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Departamento de Matemática - UFPE Cálculo diferencial e integral II - Área II Gabarito do 2 o Exercício Escolar - 30/05/2016 1. Derivadas direcionais (a) (1.5) Se a temperatura em certa região do espaço é dada pela função T (x, y, z) = 3x2− 5y2+2z2 e você está localizado no ponto (1/3, 1/5, 1/2) e quer está num ponto mais frio tão rápido quanto possível, em que direção você deve seguir? Resposta: Vetor gradiente: ∇T (x, y, z) = ∂T ∂x i+ ∂T ∂y j+ ∂T ∂z k, = 6xi− 10yj+ 4zk. No ponto (1/3, 1/5, 1/2), ∇T (1/3, 1/5, 1/2) = 2i− 2j+ 2k. Uma vez que ∇T indica a direção de maior crescimento da temperatura, para diminuir a tempe- ratura mais rapidamente deve-se seguir na direção de −∇T , ou seja deve-se seguir na direção u tal que u = − ∇T|∇T | = −2 (i− j+ k)√ 3 · 22 = −i+ j− k√ 3 . (b) (1.0) Determine se a afirmação é falsa ou verdadeira. Se for verdadeira, explique por quê. Caso contrário, explique por que ou dê um exemplo que mostre que é falsa. Se f tem um mínimo local em (a, b) e f é diferenciável em (a, b), então ∇f (a, b) = 0. Resposta: A afirmação é verdadeira. Vale notar que, se f tem um mínimo local em (a, b), então f (x, y) ≥ f (a, b) para pontos x, y nas vizinhanças de (a, b). Ou seja, f (x, y)− f (a, b) ≥ 0. (1) Mas, uma vez que f é diferenciável em (a, b), sua derivada direcional em (a, b) ao longo da direção do vetor unitário u pode ser escrita como Duf (a, b) =∇f (a, b) · u. Se utilizarmos que u = ci+ dj e a definição da derivada direcional, temos que lim h→0 f (a+ ch, b+ dh)− f (a, b) h =∇f (a, b) · u. (2) 1 Figura 1: f (x, y) = 2x3 + y4, D = { (x, y) |x2 + y2 ≤ 1} . Os valores mínimo e máximo absolutos em D são f (−1, 0) = −2, e f (1, 0) = 2, respectivamente. O limite na Eq. (2) pode ser resolvido usando a desigualdade (1) e o teorema do confronto. Note que para h > 0, f(a+ch,b+dh)−f(a,b)h ≥ 0, e portanto lim h→0+ f (a+ ch, b+ dh)− f (a, b) h ≥ 0, enquanto que para h < 0, f(a+ch,b+dh)−f(a,b)h ≤ 0, de forma que lim h→0− f (a+ ch, b+ dh)− f (a, b) h ≤ 0. Daí, pelo teorema do confronto, limh→0 f(a+ch,b+dh)−f(a,b) h = 0, e a Eq. (2) torna-se ∇f (a, b) · u = 0, ou cfx (a, b) + dfy (a, b) = 0, para qualquer direção de u. Esta condição só pode ser satisfeita para valores arbitrários de c e d se, e somente se, fx (a, b) = fy (a, b) = 0, ou ∇f (a, b) = 0. 2. (2.5) Determine os valores máximos e mínimos absolutos da função f no conjunto D. f (x, y) = 2x3 + y4, D = { (x, y) |x2 + y2 ≤ 1} . Resposta: Para encontrar os máximos e mínimos locais de f (x, y) em D podemos encontrar quais pontos críticos de f estão em D, e os extremos de f sobre o contorno de D. Como último passo, utilizamos o teorema do valor extremo. Pontos críticos: { fx (x, y) = 6x 2 = 0 fy (x, y) = 4y 3 = 0 , 2 Figura 2: A intersecção entre o plano x+y+2z = 2 e o paraboloide o paraboloide z = x2+y2 é representado pela elipse em azul. ou seja, o único ponto crítico ocorre na origem, (0, 0) e portanto faz parte de D. Daí, f (0, 0) = 0. Sobre o contorno de D, y2 = 1− x2, e f ( x,± √ 1− x2 ) = 2x3 + ( 1− x2)2 , = 1− 2x2 + 2x3 + x4. d dx f ( x,± √ 1− x2 ) = 2x (−2 + 3x+ 2x2) = 0. Pontos críticos sobre o contorno em x = 0, e x = 12 (a solução x = −2 está fora do contorno). Então, sobre o contorno temos os extremos locais f (0,±1) = 1, e f ( 1 2 ,± √ 3 2 ) = 1316 ao fazer a escolha y2 = 1− x2. Nas extremidades de x no contorno, temos ainda que f (±1, 0) = ±2. Então, pelo TVE, os valores mínimo e máximo absolutos em D são f (−1, 0) = −2, e f (1, 0) = 2, respectivamente. Veja a representação da função dentro da região D na Figura 1. 3. (2.5) O plano x+ y+2z = 2 intercepta o paraboloide z = x2+ y2 em uma elipse. Determine os pontos dessa elipse que estão mais próximos e mais longe da origem. Resposta: Este problema pode ser resolvido utilizando multiplicadores de Lagrange. Qualquer ponto sobre o plano satisfaz z = 1− x 2 − y 2 , (3) 3 de forma que o quadrado da distância entre um ponto qualquer e a origem é dada por f (x, y) = x2 + y2 + ( 1− x 2 − y 2 )2 . (4) Os pontos sobre a elipse devem satisfazer tanto a equação do plano quanto a do paraboloide. Substi- tuindo a Eq. (3) na Eq. do paraboloide, z = x2 + y2, ou seja 1− x 2 − y 2 = x2 + y2, x2 + x 2 + y2 + y 2 = 1. (5) Para tal, consideremos f (x, y) a função que se deseja encontrar extremos, e g (x, y, z) = x2+ x2+y 2+ y2 = 1 a função que restringe f aos pontos da elipse. Então, ∇f = [ 2x− x ( 1− x 2 − y 2 )] i+ [ 2y − y ( 1− x 2 − y 2 )] j, (6) ∇g = ( 2x+ 1 2 ) i+ ( 2y + 1 2 ) j, (7) de forma que os extremos de f sobre g devem satisfazer 2x− x ( 1− x 2 − y 2 ) = λ ( 2x+ 1 2 ) , (8) 2y − y ( 1− x 2 − y 2 ) = λ ( 2y + 1 2 ) , (9) x2 + x 2 + y2 + y 2 = 1. (10) Multiplicando (8) por y e subtraindo a Eq. (9) multiplicada por x, temos a condição 0 = λ (y 2 − x 2 ) , (11) que será satisfeita apenas se λ = 0, ou x = y. • Caso λ = 0: Então de (8), x ( 1 + x2 + y 2 ) = 0 e x = 0, ou x = −2 − y. Se x = 0, então a Eq. (10) tem soluções y = (−1±√17) /4. Notar que f (0, −1+√174 ) ≈ 1, e f (0, −1−√174 ) ≈ 4. Se x = −2 − y, então (10) pode ser escrita como 2 + 72y + 2y 2 = 0, que não possui raiz real. • Caso x = y: Então a Eq. (10) pode ser reescrita como y2 + y2 − 12 = 0 que tem soluções y = −1 e y = 1/2, tais que f (−1,−1) = 6 e f ( 12 , 12) = 34 . Portanto, o ponto da elipse mais distante da origem é (−1,−1, 2) cuja distância é √6, enquanto o ponto mais próximo da origem é ( 1 2 , 1 2 , 1 2 ) , e cuja distância é √ 3 2 . 4. (2.5) Determine o volume do sólido que se encontra abaixo do plano 4x+6y− 2z +15 = 0 e acima do retângulo R = {(x, y) | − 1 ≤ x ≤ 2,−1 ≤ y ≤ 1}. Resposta: 4 O volume do sólido entre a superfície f e o retângulo R é dado pela integral sobre R de z = 2x+3y+ 152 , ou seja ¨ R ( 2x+ 3y + 15 2 ) dA = ˆ 2 −1 ˆ 1 −1 ( 2x+ 3y + 15 2 ) dydx, = ˆ 2 −1 ( 4x+ 3 y2 2 ∣∣∣∣1 y=−1 + 15 ) dx, = 4 x2 2 ∣∣∣∣2 x=−1 + 45, = 51. Pode-se de forma equivalente iniciar o calculo pela integral em x, ¨ R ( 2x+ 3y + 15 2 ) dA = ˆ 1 −1 ˆ 2 −1 ( 2x+ 3y + 15 2 ) dxdy, = ˆ 1 −1 ( x2 + 3yx+ 15 2 x )∣∣∣∣2 x=−1 dy, = ˆ 1 −1 ( 9y + 51 2 ) dy, = 51. 5
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