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FORÇAS ARMADAS, NORMAS GERAIS , ESTRATÉGIA E LEGISLAÇÃO NAVAL

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ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHA
Forças armadas(FFAA) - A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, NO SEU ARTIGO 142 DEFINE AS FUNÇÕES DAS FFAA:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
É instituição permanente, não está sujeita à estinção e como tal deve ser mantida em alto nível. sua funçâo é de estado, é suprapartidária, está acima de interesses de partidos políticos, acima de ser usada como intrumento de governos ou interesses pessoais.  As ffaa estão a serviço da pátria, a serviço de seu povo. As ffaa representam a garantia da aplicação da constituição, da lei e na manutenção da ordem interna. É a aval da ordem institucional, para isso deve ser uma instituição de valores permanentes.
Na época imperial e republicana atuou alargando e demarcando fronteiras, pela ação de militares como fez o marechal rondon, ou respaldando ações diplomáticas de rio branco, ou atuando na guerra e na paz como fez duque de caxias e garantindo a integridade territorial da amazônia que hoje é um patrimônio de todos. Os governos não são o estado - eles vêm e vão - alçado por seu partido, cujo instrumento democrático é o voto que representa a vontade popular. Uns partidos são nacionalistas, outros são entreguistas. Uns partidos são patriotas outros interesseiros e corruptos, ao dividir o patrimônio público entre seus asseclas.
Nas ffaa procura-se ensinar  a ética, a moralidade, o companeirismo, a dedicação às causas quem estão à serviço da pátria. O sacrifício de viver com sérias restrições de toda ordem em nome de uma causa patriótica, a de zelar com profissionalismo pelos valores de seu povo, em quem acredita.
Assim como ao stf compete a interpretação e aplicação da constituição, ao stj cabe a interpretação e aplicação da lei federal, aos tribunais estaduais a aplicação das leis do estado e em geral, cabe às ffaa a garantia da aplicação da lei, a garantia da ordem interna e à defesa da nação das agressões bélicas externas.
file:///C:/Users/PESSOAL/Desktop/FFAA%20consititui%C3%A7%C3%A3o%20geral..pdf – (pdf na área de trabalho)
:: Missão
"Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a Defesa da Pátria; para a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem; para o cumprimento das atribuições subsidiárias previstas em Lei; e para o apoio à Política Externa”.
:: Visão de Futuro
"A Marinha do Brasil será uma Força moderna, equilibrada e balanceada, e deverá dispor de meios compatíveis com a inserção político-estratégica  de  nosso País no cenário internacional e, em sintonia com os anseios da sociedade brasileira. Ela  estará permanentemente pronta para atuar no mar e em águas interiores, de forma singular ou conjunta, de modo a atender aos propósitos estatuídos na sua missão".
O Regulamento Disciplinar da Marinha conforme a Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988.
A análise da constitucionalidade do Regulamento Disciplinar da Marinha se mostra relevante na medida em que a Carta Magna assegura, acima de tudo, a garantia da dignidade da pessoa humana, sendo o seu desrespeito inaceitável na “nova” ordem constitucional.
O texto final foi fundamentado na análise do o referido Decreto, da Carta Magna pátria, bem como dos autores ABREU (2010), MENDES (2014), MORAES (2003), SILVA (2009) e julgados sobre o tema.
1.O Decreto e o ambiente político de sua elaboração
Publicado em 26 de julho de 1983, sob a égide da Constituição de 1967, alterada pelos atos institucionais nº 1 ao 17, o Decreto nº 88.545, aprova o Regulamento Disciplinar para a Marinha e dá outras providências.
Referido diploma traz em seu bojo a especificação e classificação das contravenções disciplinares bem como estabelece as normas relativas à aplicação de penalidades na referida Arma.
Dividido em cinco títulos, quais sejam: generalidades, das contravenções disciplinares, das penas disciplinares, da parte, prisão imediata e recursos e disposições gerais, busca tratar de forma abstrata de todas as hipóteses de ofensa aos princípios da Hierarquia e Disciplina (BRASIL. Decreto nº 88.545, 1983).
1.1. Do preceito constitucional para as hipóteses do Decreto
Como dito a referida regulamentação foi aprovada com base na constituição e atos institucionais de um período antidemocrático, portanto, sua recepção frente à nova ordem constitucional deve ser analisada.
Nessa esteira, o artigo 5º, LXI, da CF/1988 (BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) estabelece que:
“LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime militar propriamente dito, definidos em lei.”(grifo do autor)
Noutra ponta, o artigo 47 do Estatuto dos Militares (BRASIL. Lei nº 6.880/1980), prega:
“Art. 47. Os regulamentos disciplinares das Forças Armadas especificarão e classificarão as contravenções ou transgressões disciplinares e estabelecerão as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à classificação do comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.”
Assim, inevitavelmente, surge o debate sobre a possibilidade ou não de as transgressões disciplinares apenadas com restrição de liberdade serem definidas por decreto, nos termos do art. 47 citado, ante o claro conflito com o princípio da legalidade presente na Carta Magna.
1.2. Da controvérsia aos olhos da doutrina
Sobre o tema ABREU (2010, p.328) aponta duas correntes para a análise da questão.
A primeira defende que o artigo 47 da Lei 6.880/1980 teria sido recepcionado inteiramente pela Constituição, motivo pelo qual os regulamentos disciplinares poderiam ser regidos por decreto, por força da delegação nele contida, inclusive no tocante às penas privativas de liberdade.
A segunda aponta que o artigo 47 da Lei 6.880/1980 foi revogado pela Carta Democrática ante a sua não recepção.
2. Das particularidades da Marinha do Brasil
Ante a necessidade da utilização de vocabulário castrense e o carregamento de lastro teórico para o desenvolvimento que se segue, pedimos vênia ao interlocutor para postergar a análise da questão e apresentar pequeno escorço histórico apresentado em magistral obra intitulada Direito Administrativo Militar de Jorge Luiz Nogueira de Abreu (2010, p.142):
“D. João V, por meio de Alvará, em 28 de junho de 1736, criou a Secretaria de Estado da Marinha e domínios Ultramarinos, cuja atribuição, em síntese, era a administração da força de Mar Portuguesa.
Em 1808, com o estabelecimento da Corte Portuguesa no rio de janeiro, o conde de Anandia, D. João Rodrigues de Sá e Menezes, por decreto do Príncipe Regente, foi confirmado como titular da referida Secretaria, formalizando a sua instalação no Brasil.Antes de seu retorno a Portugal, em 1821, D. João nomeou os titulares das secretarias de Estado que constituíram o Governo do Reino do Brasil, indicando como Secretário de Estado da “Repartição da Marinha” o chefe de Esquadra Manoel Antônio Farinha. Em virtude do art. 39 da Lei 243, de 30 de novembro de 1841, foi editado o Decreto 114, de 04 de janeiro de 1842, reformando a Secretaria de Negócios da Marinha. A Lei 23, de 30 de outubro de 1891, reorganizou os serviços da Administração federal, distribuindo-os em seis ministérios, sendo um deles o Ministério da Marinha.”
Desde referido período histórico sob a égide da primeira constituição republicana do Brasil – 1891 – até 1999 não houve alterações no tocante à nomenclatura atribuída à força naval, conforme nos aponta ABREU (Idem, p.143):
Por força do art. 20 da Lei Complementar 97/1999, com a criação do Ministério da Defesa, os Ministérios Militaresforam transformados em Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
2.1. Do conceito e das competências do Comando da Marinha do Brasil
Abreu (Idem, Ibidem), continua sua lição estabelecendo o conceito do comando da Marinha como “o órgão integrante da Estrutura Regimental do Ministério da Defesa, subordinado diretamente ao Ministro de Estado de defesa, que tem por propósito preparar a Marinha para o cumprimento da sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias”.
Na sequência imediata ABREU (Idem, Ibidem) elenca as competências do Comando da Marinha:
“Ao comando da Marinha compete:
a) formular a política naval e a doutrina militar naval;
b) propor a constituição, a organização e os efetivos, bem como executar o apresentamento das Forças Navais;
c) formular o planejamento estratégico e executar o emprego das forças Navais na defesa do País;
d) contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar;
e) orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional;
f) prover a segurança da navegação aquaviária e a salvaguarda da vida humana no mar;
g) produzir material bélico de seu interesse;
h) realizar adestramento militar e a supervisão de adestramento civil no interesse da segurança da navegação nacional;
i) executar a inspeção naval;
j) implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessário, em razão de competências específicas.”
Assim, concluímos a atual configuração e atribuição da Marinha do Brasil como comando militar subordinado ao Ministério da Defesa responsável pela organização, defesa e planejamento das áreas afetas às águas nacionais.
Decorrente de tal análise surge outra questão que merece atenção – como conseguir cumprir com suas obrigações e quais as consequências para a vida castrense.
2.2. Da hierarquia e da disciplina e as formas de sua manutenção
A resposta para tal questionamento surge do histórico militar que em todas as nações ao longo de toda a história tem a mesma base, os princípios da Hierarquia e da Disciplina.
Nesse sentido, o Estatuto dos Militares (BRASIL. Lei nº 6.880/1980) traz a conceituação dos referidos institutos em seu artigo 14:
“Art. 14. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequencia de autoridade.
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
Importante observar que o Regulamento Disciplinar da Marinha (BRASIL. Decreto nº 88.545/1983) repete em seus artigos 2° e 3° ipsis literis as definições trazidas acima:
Assim como nos diz ABREU (2010, p.294) art 3°“a disciplina e respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre os militares da ativa, da reserva remunerada e reformados”, sendo, então, pilar de sustentabilidade de todo o funcionamento dos corpos militares.
No que tange à hierarquia não existe grande complicação, pois consiste na ordenação vertical e horizontal da cadeia de comando (ABREU. Idem).
Com foco nisso voltamos à questão central do presente estudo – tendo o Regulamento Disciplinar da Marinha sua gênese na vigência da ordem de exceção seria ele constitucional, uma vez que a atual Carta Magna traça como requisito de validade a previsão legal, em sentido estrito?
3. Da (in)constitucionalidade do Decreto
Como dito em momento anterior, existem duas correntes para a solução da questão; na primeira, o artigo 47 do Estatuto dos militares teria sido recepcionado, ao passo que na segunda teria sido revogado em razão do conflito com a “nova” ordem constitucional.
3.1. Da corrente recepcionista e os tribunais
Para os adeptos da primeira corrente o constituinte delegou o regramento da matéria ao legislador infraconstitucional que, a seu turno, delegou ao chefe do poder executivo.
Sobre o tema, decidiu o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (BRASIL.TRF1, 2005):
“Processual penal. Recurso de habeas corpus. Prisão disciplinar militar. Controle judicial. Constitucionalidade. 1. Tem entendido a jurisprudência, interpretando o §2º. do art. 142 da CF (‘Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares’), que o controle judicial da punição disciplinar militar na via do habeas corpus restringe-se à sua legalidade (competência, forma, devido processo legal etc.), não se estendendo ao segmento de mérito, radicado na conveniência e oportunidade da punição. 2. Não padece de inconstitucionalidade a detenção disciplinar prevista no Regulamento Disciplinar do Exército, editado pelo Decreto 4.346/2002, segundo a previsão do art. 47 da Lei 6.880/1990 (Estatuto dos Militares), restando, portanto, satisfeito o requisito ‘definidos em lei’, alusivo ao tema – transgressão militar –, constante do art. 5º, inciso LXI), exceto nos casos de transgressão militar. 3. Provimento de recurso. (REOHC 2004.36.00.010090-7/MT, Rel. Desembargador Federal Olindo Menezes, Terceira Turma, DJ2 de 16/12/2005, p.23)”
Com efeito, SILVA (2006, p.423-424) aponta que a reserva de lei pode ser absoluta ou relativa sob o ponto de vista do vínculo imposto ao legislador.
Para tanto, leciona José Afonso da Silva (Idem), é absoluta a reserva constitucional de lei quando a disciplina da matéria é reservada pela Constituição à lei, com exclusão, portanto, de qualquer outra fonte infralegal, o que ocorre quando o texto Magno se utiliza das expressões: a lei regulará, a lei disporá, lei complementar tratará, etc.
Na sequência, SILVA (Ibidem) explicita que é relativa a reserva constitucional de lei quando a disciplina da matéria é em parte admissível a outra fonte diversa da lei, sob a condição de que esta indique as bases em que aquela deva produzir-se validamente; são as situações em que a Lei Maior cita: nos termos da lei, no prazo da lei, com base na lei, nos limites da lei, etc. São as hipóteses em que a prática de ato infralegal sobre determinada matéria depende da obediência de requisitos ou condições específicas tidos na lei.
Adotando os fundamentos doutrinários mencionados, entendemos que a Carta Republicana de 1988 em seu artigo 5º, inciso LXI, ao se valer da expressão definidos em lei, condicionou o regramento da matéria à reserva de lei absoluta.
Portanto, tornou-se proibida após sua promulgação a definição de transgressão disciplinar apenas com privação de liberdade por meio de decreto, portaria ou de qualquer outro ato administrativo normativo.
Esse é o entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região quando da apreciação do Recurso em Sentido Estrito – RSE – 2004.71.02.008512-4, pela oitava turma, da lavra do Relator Paulo Afonso Brum Vaz, publicado em 23/08/2006, abaixo:
“Penal e processo penal. Habeas Corpus. União. Ilegitimidade recursal. Sanção disciplinar militar. CF, art. 142, §2º. Cabimento do writ para a análise da legalidade da punição administrativa. Definição das hipóteses de prisão e detenção disciplinares. Reserva legal. CF, art. 5º XLI. Não recepção do art. 47 da Lei 6.880/1980. Ilegalidade do art. 24, IV e V, do Decreto 4.346/2002. 1. A União carece de Legitimidade para em matéria penal e processual penal, o interesse público é resguardado através da atuação do Ministério Público Federal. Precedentes. 2. As sanções de detenção e prisão disciplinares, por restringirem o direito de locomoçãodo militar, somente podem ser validamente definidas através de lei strictu sensu (CF, art. 5.º, LXI), consistindo a adoção da reserva legal em uma garantia para o castrense, na medida em que impede o abuso e arbítrio da Administração Pública na imposição de tais reprimendas. 3. Ao possibilitar a definição dos casos de prisão e detenção disciplinares por transgressão militar através de decreto regulamentar a ser expedido pelo Chefe do Poder Executivo, o art. 47 da Lei 6.880/1980 restou revogado pelo novo ordenamento constitucional, pois que incompatível com o disposto no art. 5.º, LXI. Consequentemente, o fato de o Presidente da República ter promulgado o Decreto 4.346/2002 (Regulamento Disciplinar do Exército) com fundamento em norma legal não recepcionada pela Carta Cidadã viciou o plano da validade de toda e qualquer disposição regulamentar contida no mesmo pertinente à aplicação das referidas penalidades, notadamente os incisos IV e V de seu art. 24. Inocorrência de represtinação dos preceitos do Decreto 90.604/1984 (ADCT, art. 25). (TRF4, SER 2004.71.02.008512-4, Oitava Turma, Relator Paulo Afonso Brum Vaz, publicado em 23/08/2006).”
Trata-se, portanto, de valorosa garantia fundamental ao direito à liberdade da pessoa humana, vez que impede o abuso e o arbítrio do poder público na imposição da restrição de liberdade.
Ainda que o entendimento não seja uniforme, necessário se faz o registro do disposto no artigo 24, inciso I do ADCT:
“Art. 25 Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, sujeito a este prazo a prorrogação por lei todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, especialmente no que tange a:
I – ação normativa;”
Logo a delegação contida no art. 47 da Lei 6.880/1980 quanto à definição transgressão ou contravenção disciplinar punidas com penas privativas de liberdade restaria como letra morta.
3.2. Da corrente não recepcionista e os tribunais
Noutra ponta, os adeptos da segunda corrente defendem que o art. 47 da Lei 6.880/1980 teria sido revogado pela Constituição Federal de 1988, por não ter sido por ela recepcionado.
Essa corrente pode ser vista no julgado do RSE número 2004.71.02.005966-6, da oitava turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de lavra do relator Élcio Pinheiro de Castro, publicado em 4/10/2006:
“Penal. Habeas corpus. Prisão disciplinar militar. Não recepção pela Magna Carta do art. 47 da Lei 6.880/1980. Precedentes. Consoante recente jurisprudência desta Corte, o art. 47 da Lei 6.880/1980 não foi recepcionado pela Constituição Federal, mostrando-se com ela incompatível, pois quando delegou competência ao regulamento para estabelecer as transgressões disciplinares e respectivas penas privativas de liberdade (prisão de detenção) incidiu em manifesta contrariedade ao inciso LXI do art. 5º da CF.(TRF4, RSE 2004.71.02.005966-6/RS, Oitava Turma, relator: Elcio Pinheiro de Castro. Publicado em 4/10/2006).”
Contudo, esta corrente encontra óbice no fato de que a supremacia das normas constitucionais no ordenamento jurídico presume-se de constitucionalidade de leis e atos normativos editados pelo poder público competente, exigindo do hermeneuta que interpreta sempre no sentido mais adequado à Constituição Federal.
MENDES (2014, p. 1289) nos diz que “deve o juiz, na dúvida, reconhecer a constitucionalidade da lei”, utilizando-se portando da técnica chamada de Interpretação Conforme a Constituição.
4. Da interpretação conforme a Constituição
Nesse sentido, o intérprete buscaria a interpretação do dispositivo nos limites impostos pela norma maior, sendo prática vigente, limita-se a declarar a legitimidade do ato questionado, desde que interpretado em conformidade com a Constituição, MENDES (Idem).
Assim, afirma MORAES (2003, p.45) que no caso de normas constitucionais de várias significações possíveis, deverá ser encontrada a significação que apresente conformidade com as normas constitucionais, evitando declaração de inconstitucionalidade e consequentemente a retirada do ordenamento jurídico.
Com isso em mente, o artigo 47 da Lei 6.880/1980 deve ser interpretado conforme a Constituição, excluindo-se interpretações que autorizem a definição de contravenções ou transgressões disciplinares apenadas com restrição de liberdade por meio de ato infralegal, adequando-o ao comando do artigo 5.º, LXI, da CF/1988.
Em ABREU (2010, p. 332) vemos que não há em nosso ordenamento jurídico norma que imponha à Administração Militar a obrigatoriedade de incluir, no rol de punições disciplinares, penas privativas de liberdade. Logo, perfeitamente viável e possível a veiculação, mediante decreto, de regulamentos disciplinares que disponham apenas de penalidades como advertência, repreensão verbal ou escrita, licenciamento e exclusão a bem da disciplina, ou seja, sanções que não impliquem a perda da liberdade do transgressor.
Conclusão
Diante do exposto, concluiu-se que no momento em que foi promulgada a Constituição cidadã estava em vigor do Decreto nº 88.545, de 26 de julho de 1983, que regulamenta a disciplina na arma naval pátria.
Não obstante a notória incompatibilidade formal da norma não seria possível sua simples negação ao argumento de que não existe outro regramento para o tema.
Nesse sentido, a doutrina e a jurisprudência fazem jus da chamada interpretação conforme instituto que tem como objetivo aplicar a norma vigente antes da mudança constitucional naquilo que é compatível com o novo quadro jurídico.
Portanto, ao observarmos o texto do Regulamento Disciplinar observamos que apenas parte de sua redação se mostra incompatível com os preceitos constitucionais atuais, quais sejam, a atribuição de penas privativas de liberdades em oposição à expressa dicção de que apenas a LEI pode prever a coerção de locomoção.
Dessa forma, após a análise das correntes que estudam o tema e os desdobramentos em casos concretos em julgados nos tribunais espalhados pelo país, podemos concluir que o Regulamento Disciplinar da Marinha foi Recepcionado em parte pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, à exceção das penas privativas de liberdade.
Nesse ínterim, cabe a advertência de que o descumprimento desse entendimento, necessariamente, levará o conflito à seara jurídica, onde a solução mais justa se mostra em aplicação das demais penalidades incursas no referido decreto, quais sejam: repreensão, dispensa das atividades, exclusão do serviço ativo, licenciamento e serviços extraordinários.
https://www.marinha.mil.br/content/historia-naval - história
As polícias militares e os corpos de bombeiros militares estaduais e distritais são descritos como forças reservas e auxiliares constitucionais do Exército Brasileiro. As forças armadas são forças federais subordinadas ao Ministério da Defesa. O Comandante Supremo das Forças Armadas é o Presidente da República.
O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, o Comandante Supremo das Forças Armadas.
O exercício dos poderes constitucionalmente atribuídos ao Presidente da República no âmbito da Defesa Nacional e enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas, expressamente consagrados na Constituição da República (art. 120.º) e na Lei de Defesa Nacional (art. 10.º), traduzem responsabilidades específicas numa área de importância vital para o Estado português, compreendendo os seguintes direitos e deveres:
Dever de contribuir, no âmbito das suas competências constitucionais, para assegurar a fidelidade das Forças Armadas à Constituição e às instituições democráticas;
Direito de ser informado pelo Governo acerca da situação das Forças Armadas;
Direito de ser previamente informado pelo Governo, através de comunicação fundamentada, sobre o emprego das Forças Armadas em missões que envolvam a colaboração com as forças e os serviços de segurançacontra agressões ou ameaças transnacionais;
Direito de ser previamente informado pelo Primeiro-Ministro, através de comunicação fundamentada, sobre o emprego das Forças Armadas e de outras forças quando integradas numa força militar, em operações militares no exterior do território nacional;
Dever de aconselhar em privado o Governo acerca da condução da política de defesa nacional;
Direito de ocupar o primeiro lugar na hierarquia das Forças Armadas;
Consultar o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os Chefes do Estado-Maior da Armada, do Exército e da Força Aérea, em matérias de defesa nacional;
Conferir, por iniciativa própria, condecorações militares.
Defesa Nacional
A defesa nacional tem por objetivos garantir a soberania do Estado, a independência nacional e a integridade territorial de Portugal, bem como assegurar a liberdade e a segurança das populações e a proteção dos valores fundamentais da ordem constitucional contra qualquer agressão ou ameaça externas. A defesa nacional assegura ainda o cumprimento dos compromissos internacionais do Estado no domínio militar, de acordo com o interesse nacional (Lei de Defesa Nacional art. 1.º).
Missão das Forças Armadas
As Forças Armadas asseguram, de acordo com a Constituição e as leis em vigor, a execução da componente militar da defesa nacional. Assim, constituem-se como Instituição estruturante do Estado, contribuindo de forma fundamental para o esforço de defesa, dentro e fora das nossas fronteiras físicas, através de missões em apoio da política externa do Estado português, de atividades regulares relativas às funções de soberania, ou ainda, no âmbito de missões de interesse público, cooperando com as forças e serviços de segurança e colaborando em tarefas relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida das populações.
No plano externo, as atividades inerentes à designada “diplomacia de defesa” vêm assumindo um papel de reconhecida e crescente importância, onde o contributo das Forças Armadas tem constituído um pilar fundamental, em particular através do desempenho de missões humanitárias e de paz, e no âmbito da cooperação técnico-militar.
No plano interno, para além das missões de soberania e de interesse público, as Forças Armadas desenvolvem atividades nos domínios do ensino, da investigação e do desenvolvimento científico, cultural e econômico, através de centros de excelência com créditos firmados.
LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999
Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
Da Destinação e Atribuições
     Art. 1º As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
      Parágrafo único. Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe também às Forças Armadas o cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas nesta Lei Complementar. 
SEÇÃO II
Do assessoramento ao Comandante Supremo
     Art. 2º O Presidente da República, na condição de Comandante Supremo das Forças Armadas, é assessorado: 
      I - no que concerne ao emprego de meios militares, pelo Conselho Militar de Defesa; e 
      II - no que concerne aos demais assuntos pertinentes à área militar, pelo Ministro de Estado da Defesa. 
      § 1º O Conselho Militar de Defesa é composto pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior de Defesa. 
      § 2º Na situação prevista no inciso I deste artigo, o Ministro de Estado da Defesa integrará o Conselho Militar de Defesa na condição de seu Presidente. 
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO
SEÇÃO I
Das Forças Armadas
     Art. 3º As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias. 
     Art. 4º A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de um Comandante, nomeado pelo Presidente da República, ouvido o Ministro de Estado da Defesa, o qual, no âmbito de suas atribuições, exercerá a direção e a gestão da respectiva força. 
     Art. 5º Os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são privativos de oficiais-generais do último posto da respectiva Força. 
      § 1º É assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica precedência hierárquica sobre os demais oficiais-generais das três Forças Armadas. 
      § 2º Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Força estiver na ativa, será transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo. 
      § 3º São asseguradas aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica todas as prerrogativas, direitos e deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiverem em exercício. 
     Art. 6º O Poder Executivo definirá a competência dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para a criação, a denominação, a localização e a definição das atribuições das organizações integrantes das estruturas das Forças Armadas. 
     Art. 7º Compete aos Comandantes das Forças apresentar ao Ministro de Estado da Defesa a Lista de Escolha, elaborada na forma da lei, para a promoção aos postos de oficiais-generais e indicar os oficiais-generais para a nomeação aos cargos que lhes são privativos. 
      Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa, acompanhado do Comandante de cada Força, apresentará os nomes ao Presidente da República, a quem compete promover os oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos. 
     Art. 8º A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar e civil, fixados em lei, e dos meios orgânicos necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias. 
      Parágrafo único. Constituem reserva das Forças Armadas o pessoal sujeito a incorporação, mediante mobilização ou convocação, pelo Ministério da Defesa, por intermédio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como as organizações assim definidas em lei. 
SEÇÃO II
Da Direção Superior das Forças Armadas
     Art. 9º O Ministro de Estado da Defesa exerce a direção superior das Forças Armadas, assessorado pelo Conselho Militar de Defesa, órgão permanente de assessoramento, pelo Estado-Maior de Defesa, pelas Secretarias e demais órgãos, conforme definido em lei. 
     Art. 10. O Estado-Maior de Defesa, órgão de assessoramento do Ministro de Estado da Defesa, terá como Chefe um oficial-general do último posto, da ativa, em sistema de rodízio entre as três Forças, nomeado pelo Presidente da República, ouvido o Ministro de Estado da Defesa. 
     Art. 11. Compete ao Estado-Maior de Defesa elaborar o planejamento do emprego combinado das Forças Armadas e assessorar o Ministro de Estado da Defesa na condução dos exercícios combinados e quanto à atuação de forças brasileiras em operações de paz, além de outras atribuições que lhe forem estabelecidas pelo Ministro de Estado da Defesa. 
CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO
     Art. 12. O orçamento do Ministério da Defesa contemplará as prioridades da política de defesa nacional, explicitadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
      § 1º O orçamento do Ministério da Defesa identificará as dotações próprias da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
      § 2º A consolidação das propostas orçamentárias das Forças será feita pelo Ministério da Defesa, obedecendo-se as prioridades estabelecidas na política de defesa nacional, explicitadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
      § 3ºA Marinha, o Exército e a Aeronáutica farão a gestão, de forma individualizada, dos recursos orçamentários que lhes forem destinados no orçamento do Ministério da Defesa. 
CAPÍTULO IV
DO PREPARO
     Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo Ministro da Defesa. 
     Art. 14. O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros básicos: 
      I - permanente eficiência operacional singular e nas diferentes modalidades de emprego interdependentes; 
      II - procura da autonomia nacional crescente, mediante contínua nacionalização de seus meios, nela incluídas pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional; 
      III - correta utilização do potencial nacional, mediante mobilização criteriosamente planejada. 
CAPÍTULO V
DO EMPREGO
     Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação: 
      I - diretamente ao Comandante Supremo, no caso de Comandos Combinados, compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos; 
      II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em operações combinadas, ou quando da participação brasileira em operações de paz; 
      III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força. 
      § 1º Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados. 
      § 2º A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição Federal. 
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
     Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República. 
     Art. 17. Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares: 
      I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional; 
      II - prover a segurança da navegação aquaviária; 
      III - contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar; 
      IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessária, em razão de competências específicas. 
      Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Marinha o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como "Autoridade Marítima", para esse fim. 
     Art. 18. Cabe à Aeronáutica, como atribuições subsidiárias particulares: 
      I - orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviação Civil; 
      II - prover a segurança da navegação aérea; 
      III - contribuir para a formação e condução de Política Aeroespacial Nacional; 
      IV - estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária; 
      V - operar o Correio Aéreo Nacional. 
      Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Aeronáutica o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como "Autoridade Aeronáutica", para esse fim. 
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
     Art. 19. Até que se proceda à revisão dos atos normativos pertinentes, as referências legais a Ministérios ou a Ministro de Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica passam a ser entendidas como a Comando ou a Comandante dessas Forças, respectivamente, desde que não colidam com atribuições do Ministério ou Ministro de Estado da Defesa. 
     Art. 20. Os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão transformados em Comandos, por ocasião da criação do Ministério da Defesa. 
     Art. 21. Lei criará a Agência Nacional de Aviação Civil, vinculada ao Ministério da Defesa, órgão regulador e fiscalizador da Aviação Civil e da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, estabelecendo, entre outras matérias institucionais, quais, dentre as atividades e procedimentos referidos nos incisos I e IV do art. 18, serão de sua responsabilidade. 
     Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. 
     Art. 23. Revoga-se a Lei Complementar nº 69, de 23 de julho de 1991.
Brasília, 9 de junho de 1999; 178º da Independência e 111º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
http://www.defesaaereanaval.com.br/a-estrategia-nacional-de-defesa-e-a-marinha-do-brasil/ - Estratégia Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Desenvolvimento
Estratégia Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Desenvolvimento 1. Estratégia nacional de defesa é inseparável de estratégia nacional de desenvolvimento. Esta motiva aquela. Aquela fornece escudo para esta. Cada uma reforça as razões da outra. Em ambas, se desperta para a nacionalidade e constrói-se a Nação. Defendido, o Brasil terá como dizer não, quando tiver que dizer não. Terá capacidade para construir seu próprio modelo de desenvolvimento. 2. Não é evidente para um País que pouco trato teve com guerras, convencer-se da necessidade de defender-se para poder construir-se. Não bastam, ainda que sejam proveitosos e até mesmo indispensáveis, os argumentos que invocam as utilidades das tecnologias e dos conhecimentos da defesa para o desenvolvimento do País. Os recursos demandados pela defesa exigem uma transformação de consciências, para que se constitua uma estratégia de defesa para o Brasil. 3. Apesar da dificuldade, é indispensável para as Forças Armadas de um País com as características do nosso, manter, em meio à paz, o impulso de se preparar para o combate e de cultivar, em prol desse preparo, o hábito da transformação. 2 Disposição para mudar é o que a Nação está a exigir agora de si mesma, de sua liderança, de seus marinheiros, soldados e aviadores. Não se trata apenas de financiar e de equipar as Forças Armadas. Trata-se de transformá-las, para melhor defenderem o Brasil. 4. Projeto forte de defesa favorece projeto forte de desenvolvimento. Forte é o projeto de desenvolvimento que, sejam quais forem suas demais orientações, se guie pelos seguintes princípios: (a) Independência nacional efetivada pela mobilização de recursos físicos, econômicos e humanos, para o investimento no potencial produtivo do País. Aproveitar os investimentos estrangeiros, sem deles depender. (b) Independência nacional alcançada pela capacitação tecnológica autônoma, inclusive nos estratégicos setores espacial, cibernético e nuclear. Não é independente quem não tem o domínio das tecnologias sensíveis, tanto para a defesa, como para o desenvolvimento; e (c) Independência nacional assegurada pela democratização de oportunidades educativas e econômicas e pelas oportunidades para ampliar a participação popular nos processos decisórios da vida política e econômica do País. Natureza e âmbito da Estratégia Nacional de Defesa 1. A Estratégia Nacional de Defesa éo vínculo entre o conceito e a política de independência nacional, de um lado, e as Forças Armadas para resguardar essa independência, de outro. Trata de questões políticas e institucionais decisivas para a defesa do País, como os objetivos da sua “grande estratégia” e os meios para fazer com que a Nação participe da defesa. Aborda, também, problemas propriamente militares, derivados da influência dessa “grande estratégia” na orientação e nas práticas operacionais das três Forças. Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa A Estratégia Nacional de Defesa pauta-se pelas seguintes diretrizes: 1. Dissuadir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres e nos limites das águas jurisdicionais brasileiras, e impedir-lhes o uso do espaço aéreo nacional. Para dissuadir, é preciso estar preparado para combater. A tecnologia, por mais avançada que seja, jamais será alternativa ao combate. Será sempre instrumento do combate. 2. Organizar as Forças Armadas sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença. Esse triplo imperativo vale, com as adaptações cabíveis, para cada Força. Do trinômio resulta a definição das capacitações operacionais de cada uma das Forças. 3. Desenvolver as capacidades de monitorar e controlar o espaço aéreo, o território e as águas jurisdicionais brasileiras. Tal desenvolvimento dar-se-á a partir da utilização de tecnologias de monitoramento 3 terrestre, marítimo, aéreo e espacial que estejam sob inteiro e incondicional domínio nacional. 4. Desenvolver, lastreada na capacidade de monitorar/controlar, a capacidade de responder prontamente a qualquer ameaça ou agressão: a mobilidade estratégica. 
http://www.defesa.gov.br/arquivos/2012/mes07/end.pdf - continuação de material em pdf
As principais unidades do Exército estacionam no Sudeste e no Sul do Brasil. A esquadra da Marinha concentra-se na cidade do Rio de Janeiro. Algumas instalações tecnológicas da Força Aérea estão localizadas em São José dos Campos, em São Paulo. As preocupações mais agudas de defesa estão, porém, no Norte, no Oeste e no Atlântico Sul. Sem desconsiderar a necessidade de defender as maiores concentrações demográficas e os maiores centros industriais do País, a Marinha deverá estar mais presente na região da foz do Rio Amazonas e nas grandes bacias fluviais do Amazonas e do Paraguai-Paraná. Deverá o Exército agrupar suas reservas regionais nas respectivas áreas, para possibilitar a resposta imediata na crise ou na guerra. Pelas mesmas razões que exigem a formação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, os Distritos Navais ou Comandos de Área das três Forças terão suas áreas de jurisdição coincidentes, ressalvados impedimentos decorrentes de circunstâncias locais ou específicas. Os oficiais generais que comandarem, por conta de suas respectivas Forças, um Distrito Naval ou Comando de Área, reunir-se-ão regularmente, acompanhados de seus principais assessores, para assegurar a unidade operacional das três Forças naquela área. Em cada área deverá ser estruturado um Estado-Maior Conjunto 5 Regional, para realizar e atualizar, desde o tempo de paz, os planejamentos operacionais da área.
O militar brasileiro precisa reunir qualificação e rusticidade. Necessita dominar as tecnologias e as práticas operacionais exigidas pelo conceito de flexibilidade. Deve identificar-se com as peculiaridades e características geográficas exigentes ou extremas que existem no País. Só assim realizar- 7 se-á, na prática, o conceito de flexibilidade, dentro das características do território nacional e da situação geográfica e geopolítica do Brasil. 15. Rever, a partir de uma política de otimização do emprego de recursos humanos, a composição dos efetivos das três Forças, de modo a dimensioná-las para atender adequadamente ao disposto na Estratégia Nacional de Defesa. 16. Estruturar o potencial estratégico em torno de capacidades.
18. Estimular a integração da América do Sul. Essa integração não somente contribui para a defesa do Brasil, como possibilita fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais de defesa. Afasta a sombra de conflitos dentro da região. Com todos os países, avança-se rumo à construção da unidade sul-americana. O Conselho de Defesa Sul-Americano é um mecanismo consultivo que se destina a prevenir conflitos e fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais de defesa, sem que dele participe país alheio à região. Orienta-se pelo princípio da cooperação entre seus membros.
Objetivos Estratégicos das Forças Armadas .
A Marinha do Brasil 
Na maneira de conceber a relação entre as tarefas estratégicas de negação do uso do mar, de controle de áreas marítimas e de projeção de poder, a Marinha do Brasil se pautará por um desenvolvimento desigual e conjunto. Se aceitasse dar peso igual a todas as três tarefas, seria grande o risco de ser medíocre em todas elas. Embora todas mereçam ser cultivadas, serão em determinada ordem e sequência. A prioridade é assegurar os meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar ao inimigo é a que organiza, antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a reconfiguração das forças navais. Ao garantir seu poder para negar o uso do mar ao inimigo, o Brasil precisa manter a capacidade focada de projeção de poder e criar condições para controlar, no grau necessário à defesa e dentro dos limites do direito internacional, as áreas marítimas e águas interiores de importância políticoestratégica, econômica e militar, e também as suas linhas de comunicação marítimas. A despeito dessa consideração, a projeção de poder se subordina, hierarquicamente, à negação do uso do mar. A negação do uso do mar, o controle de áreas marítimas e a projeção de poder devem ter por foco, sem hierarquização de objetivos e de acordo com as circunstâncias: (a) defesa proativa das plataformas petrolíferas; (b) defesa proativa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras; (c) prontidão para responder a qualquer ameaça, por Estado ou por forças não convencionais ou criminosas, às vias marítimas de comércio; e 11 (d) capacidade de participar de operações internacionais de paz, fora do território e das águas jurisdicionais brasileiras, sob a égide das Nações Unidas ou de organismos multilaterais da região. A construção de meios para exercer o controle de áreas marítimas terá como foco as áreas estratégicas de acesso marítimo ao Brasil. Duas áreas do litoral continuarão a merecer atenção especial, do ponto de vista da necessidade de controlar o acesso marítimo ao Brasil: a faixa que vai de Santos a Vitória e a área em torno da foz do Rio Amazonas. 2. A doutrina do desenvolvimento desigual e conjunto tem implicações para a reconfiguração das forças navais. A implicação mais importante é que a Marinha se reconstruirá, por etapas, como uma Força balanceada entre o componente submarino, o componente de superfície e o componente aeroespacial. 3. Para assegurar a tarefa de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval submarina de envergadura, composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão nuclear. O Brasil manterá e desenvolverá sua capacidade de projetar e de fabricar tanto submarinos de propulsão convencional, como de propulsão nuclear. Acelerará os investimentos e as parcerias necessários para executar o projeto do submarino de propulsão nuclear. Armará os submarinos com mísseis e desenvolverá capacitações para projetá-los e fabricá-los. Cuidará de ganhar autonomia nas tecnologias cibernéticas que guiem os submarinos e seus sistemas de armas, e que lhes possibilitem atuar em rede com as outras forças navais, terrestres e aéreas. 4. Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em permanente condiçãode pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações internacionais de paz e em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas. O Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á como a força de caráter expedicionário por excelência. 5. A força naval de superfície contará tanto com navios de grande porte, capazes de operar e de permanecer por longo tempo em alto mar, como com navios de porte menor, dedicados a patrulhar o litoral e os principais rios navegáveis brasileiros. Requisito para a manutenção de tal esquadra será a capacidade da Força Aérea de trabalhar em conjunto com a Aviação Naval, para garantir o controle do ar no grau desejado, em caso de conflito armado/guerra. Entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de navios de propósitos múltiplos e navios-aeródromos. A Marinha contará, também, com embarcações de combate, de transporte e de patrulha, oceânicas, litorâneas e fluviais. Serão concebidas e fabricadas de acordo com a mesma preocupação de versatilidade funcional que orientará a construção das belonaves de alto mar. A Marinha adensará sua presença nas vias navegáveis das duas grandes bacias fluviais, a do Amazonas e a do Paraguai-Paraná, empregando tanto navios-patrulha como navios-transporte, ambos guarnecidos por helicópteros adaptados ao regime das águas. A presença da Marinha nas bacias fluviais será facilitada pela dedicação do País à 12 inauguração de um paradigma multimodal de transporte. Esse paradigma contemplará a construção das hidrovias do Paraná-Tietê, do Madeira, do Tocantins-Araguaia e do Tapajós-Teles Pires. As barragens serão, quando possível, providas de eclusas, de modo a assegurar franca navegabilidade às hidrovias. 6. O monitoramento da superfície do mar, a partir do espaço, deverá integrar o repertório de práticas e capacitações operacionais da Marinha. A partir dele, as forças navais, submarinas e de superfície terão fortalecidas suas capacidades de atuar em rede com as forças terrestre e aérea. 7. A constituição de uma força e de uma estratégia navais que integrem os componentes submarino, de superfície e aéreo, permitirá realçar a flexibilidade com que se resguarda o objetivo prioritário da estratégia de segurança marítima: a dissuasão, priorizando a negação do uso do mar ao inimigo que se aproxime do Brasil, por meio do mar. Em amplo espectro de circunstâncias de combate, sobretudo quando a força inimiga for muito mais poderosa, a força de superfície será concebida e operada como reserva tática ou estratégica. Preferencialmente, e sempre que a situação tática permitir, a força de superfície será engajada no conflito depois do emprego inicial da força submarina, que atuará de maneira coordenada com os veículos espaciais (para efeito de monitoramento) e com meios aéreos (para efeito de fogo focado). Esse desdobramento do combate em etapas sucessivas, sob a responsabilidade de contingentes distintos, permitirá, na guerra naval, a agilização da alternância entre a concentração e a desconcentração de forças e o aprofundamento da flexibilidade a serviço da surpresa. 8. Um dos elos entre a etapa preliminar do embate, sob a responsabilidade da força submarina e de suas contrapartes espacial e aérea, e a etapa subsequente, conduzida com o pleno engajamento da força naval de superfície, será a Aviação Naval, embarcada em navios. A Marinha trabalhará com a Base Industrial de Defesa para desenvolver um avião versátil, que maximize o potencial aéreo defensivo e ofensivo da Força Naval. 9. A Marinha iniciará os estudos e preparativos para estabelecer, em lugar próprio, o mais próximo possível da foz do rio Amazonas, uma base naval de uso múltiplo, comparável, na abrangência e na densidade de seus meios, à Base Naval do Rio de Janeiro. 10. A Marinha acelerará o trabalho de instalação de suas bases de submarinos, convencionais e propulsão nuclear.
https://www.youtube.com/watch?v=zBnxQDDcpis - A Marinha do Brasil: a hierarquia dos objetivos estratégicos e táticos
	Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 6.703, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008.
	 
	 Aprova a Estratégia Nacional de Defesa, e dá outras providências.
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Decreto de 6 de setembro de 2007, que institui o Comitê Ministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa, 
DECRETA: 
Art. 1o  Fica aprovada a Estratégia Nacional de Defesa anexa a este Decreto. 
Art. 2o  Os órgãos e entidades da administração pública federal deverão considerar, em seus planejamentos, ações que concorram para fortalecer a Defesa Nacional. 
Art. 3o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.  
Brasília, 18 de dezembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Nelson Jobim
Roberto Mangabeira Unger
 Este texto não substitui o publicado no DOU de 19.12.2008
http://www.defesaaereanaval.com.br/submarinos/
LEGISLAÇÃO MILITAR-NAVAL
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/103369/estatuto-dos-militares-lei-6880-80
(ver tbm após o art.37 – dia 28/12/2017 parei aqui!)
http://fa.cies.iscte.pt/content/documents/emfar.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=NBXwwUP3Wag – LEGISLAÇÃO MILITAR NAVAL

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