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OAB Damasio Dir. empresarial.doc

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OAB Damásio de Jesus
Disciplina Direito Empresarial
Prof. Elisabete Vido
Twitter: @elisabetevido
Sujeitos
Quem são os sujeitos que realizem a atividade empresarial?
Empresário individual, empresa individual de responsabilidade limitada (alteração em 2011), sociedades
Empresário individual
Quem é esse sujeito? É pessoa física que exerce atividade empresarial ( que pode ser regular ou irregular.
Regular o empresário individual é registrado na Junta comercial; Se irregular é o empresário sem registro.
Quando o empresário individual se registra na JC ele adquire personalidade jurídica? NÃO adquire personalidade jurídica, continua sendo pessoa física. Contudo, tem CNPJ, mas não tem personalidade jurídica, porque somente o legislador pode personalidade. O CNPJ é apenas para questões tributárias
Se foi registrado quantos patrimônio tem? Tem um único patrimônio, que responderá pelas dívidas pessoais e empresariais.
Art. 44 do CC
O que é necessário para ser empresário individual?
Capacidade: art. 5º do CC
O incapaz pode ser empresário individual? questão da idade ou da interdição.
( o incapaz SÓ PODE CONTINUAR uma atividade empresarial
O adolescente de 12 anos não pode abrir uma Lan house; Mas, pode eventualmente continuar uma empresa (porque ele herdou OU em virtude de uma incapacidade superveniente), dependendo de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. (cuidado: não é certeza, pode, dependerá do juiz).
Se o juiz autorizar, será acompanhado de um representante se absolutamente incapaz OU será assistido se relativamente incapaz
O incapaz terá uma proteção patrimonial: os bens do incapaz que não tem relação com a atividade empresarial NÃO serão atingidos pelas dívidas da empresa.
p.ex. incapaz herdou um caminhão da empresa - não terá proteção; se herdar uma casa na praia que não tem relação com a atividade empresarial que está herdando, esse sim, terá proteção.
Como saber que tem proteção? O juiz expedirá um alvará, que conterá a autorização do juiz para continuidade da empresa, conter o nome do representante ou assistente e a relação dos nomes dos bens protegidos, devendo ser registrado na Junta comercial.
Art. 974 a 976 do CC
Livre de impedimentos: 
Impedimentos são proibições ao exercício da atividade empresarial
- Servidor público (art. 117 da Lei 8.112/90): juiz, delegado, MP - o que eles são proibidos? Ser empresários individuais. Mas pode ser acionista, sócio, NÃO PODEM SER ADMINISTRADOR DE UMA SOCIEDADE.
- Falido: não pode exercer atividade empresarial no período de 5 anos, se não houve condenação em crime falimentar. Os 5 anos são contados do encerramento da falência, art. 158 da Lei 11.101/05.
Se houver crime falimentar o prazo será de 10 anos, contados também do encerramento da falência.
E se uma pessoa impedida exercer atividade empresarial, o que ocorrerá? Responderá por seus atos e, ainda poderá sofrer falência (instituto para quem exerce atividade empresarial e não consegue pagar suas dívidas, tornando-se insolvente). Art. 973 do CC
Empresa individual de responsabilidade ltda.
Art. 980-A, 44 e 1033 do CC - artigos alterados em 2010 pela lei....
Quem é o sujeito? Pode ser uma pessoa física ou PJ já constituída queiram exercer atividade empresarial individual.
Para existir essa figura tem que se registrar (não existe na forma irregular, porque senão irá configurar empresário individual) - o registro é feito na Junta comercial.
Aqui diferentemente, constitui uma nova Pessoa Jurídica, tem personalidade Jurídica. Com isso tem o patrimônio do titular + o patrimônio da empresa individual de responsabilidade ltda - 2 patrimônios.
O patrimônio do titular responde apenas pelas dívidas pessoais e o patrimônio da empresa indiv. De responsabilidade ltda responde pelas dívidas da empresa - verifica que há uma proteção no patrimônio pessoal. Ou seja, só conseguirá atingir o patrimônio particular, para este responsabilizar, por meio da Desconsideração da Personalidade Jurídica, que é uma exceção.
Para sua constituição é necessário que exista um CAPITAL SOCIAL MÍNIMO de 100 salários mínimos.
Como diferenciar essa figura, ou melhor, o nome empresarial? O nome empresarial será o nome do titular ou da PJ mais a terminação “EIRELI”
	Empresa Individual
	EIRELE
	Regular ou Irregular
	Regular
	Não tem capital social mínimo
	Mínimo de 100 salários mínimos
	Nome empresarial é apenas do titular
	Nome do titular + EIRELI
	Assume todo o risco da atividade empresarial
	Tem proteção patrimonial
	Não adquire PJ
	Adquire PJ
Registro
Como é feito o registro nas atividades empresariais? Art. 967/969 do CC e Lei 8.934/94, arts. 5º, 6º, 29 e 32)
Órgãos: 
DNRC - departamento nacional de registro comercial - é um órgão federal, vinculado ao Ministério de Desenvolvimento de Indústria - Ele normatiza e fiscaliza a atividade da junta comercial.
Junta comercial - tem uma atribuição estadual
p.ex. criou uma empresa na cidade de SP no estado de SP - registra na JC/SP
filial em São Bernardo do Campo/SP - fará averbação na JC/SP
filial em Goiânia/GO - terá que fazer uma averbação na JC/SP e um registro na JC/GO
1ª primeira vez que entra no Estado é registro, os demais são averbações;
Funções da Junta comercial:
- arquivamento: averbação e registro (é guardar)
O que é guardado na JC é sigiloso? Não, é público
- autenticação: o que é isso? É termo técnico, tendo relações com os livros. É o reconhecimento do início e fechamento do livro. 
O livro é sigiloso? Os livros como regra, são sigilosos, SALVO: para o fisco, interessado pede ao juiz, a EXIBIÇÃO JUDICIAL, art. 1.190 a 1.193 do CC.
Estabelecimento
Art. 1.142 a 1.148 do CC
O que é estabelecimento? É o conjunto de bens que é utilizado para o exercício da atividade empresarial.
Ao entrar numa loja (tudo que se ver é estabelecimento), são chamados de bens materiais, contudo, também os bens imateriais, p.ex. título do estabelecimento (antigo nome fantasia), marca (registrada no INPI), endereço comercial (ponto comercial).
Venda do estabelecimento comercial/alienação/TRESPASSE - 
a.1. Responsabilidade pelas dívidas antes do trespasse:
Se houve a venda, quem é que vai responder pelas dívidas que aconteceram antes do trespasse? O adquirente RESPONDE PELAS DÍVIDAS CONTABILIZADAS, descritas nos livros contábeis.
Na dívida tributária, art. 113 do CTN - prazo de 6 meses - 
O alienante será SOLIDARIAMENTE RESPONSÁVEL AO ADQUIRENTE POR 1 ANO.
Em relação às dívidas vencidas é contado da publicação do trespasse; e em relação às dívidas vincendas, será contado 1 ano após vencer.
a.2. Precisa da concordância dos credores no trespasse? 
A lei no art. 1.145 do CC - a concordância é necessária SE O ALIENANTE NÃO TIVER BEM SUFICIENTES PARA SALDAR AS DÍVIDAS. Isso é importante, porque é solidário ao adquirente pelas dívidas da empresa.
Os credores serão notificados, precisam concordar expressamente ou tacitamente.
O que acontece se o credor não concordar ou não for notificado? O credor poderá requerer a falência do alienante (não precisa ter título protestado), porque aparenta frauda, art. 94, III, alínea “c” da lei 11.101/05.
a.3. não concorrência:
Se vende o estabelecimento quanto tempo não poderá concorrer? É tratada no contrato de trespasse (pode ser de 1 ano, 6 meses, 4 anos).
Se o contrato for omisso, a não concorrência dura 5 anos.
O legislador não fala de região, uma vez que isso será devido à atividade.
A não concorrência é uma obrigação ao alienante, que está ligada a mesma atividade, para evitar fraude à clientela.
Aula dia 17/01/12 - Elisabete.vido@damasio.com.br
Sociedades
Sociedade simples x Sociedades empresárias
A sociedade simples é a antiga sociedade civil; e a sociedade empresária era a sociedade coletiva.
Na sociedade simples é a atividade não empresária, compostas por profissionais liberais (Advogadas, dentistas, médicos, arquitetos). Na Sociedade empresária exerce atividade empresária (padaria, farmácia).
Quando a sociedade for simplescomo regra, será registrada no CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS.
Exceção: a sociedade de advogados é registrada na OAB no Conselho Seccional da OAB.
 Quando da sociedade empresária será registrada na Junta Comercial.
Personalizadas ou não personalizadas
Sociedade personalizada é a mesma coisa de dizer que tem personalidade jurídica, registrada (no cartório de registro civil de pessoas jurídicas, OAB, JC). Caso não seja registrada em nenhum desses 3 órgãos, não terá personalidade jurídica.
Sociedade comum
Previstos nos arts. 986 a 990 a CC
A sociedade comum NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA, não foi registrada. (tal pode ser chamada de sociedade de fato ou de irregular).
p.ex. sociedade ltda que ainda não foi registrada, cuidado, é uma sociedade comum, porque não foi registrada.
Responsabilidade dos sócios:
Os sócios respondem ILIMITADAMENTE E SOLIDARIAMENTE.
O credor tem que atingir o patrimônio especial são os bens dos sócios que foram colocados para o uso da empresa (e não diretamente o patrimônio dos sócios) ( especial porque separou e colocou na empresa. Somente quando o patrimônio especial acabar que será atingido o patrimônio dos sócios (isso é chamado de BENEFÍCIO DE ORDEM, ou seja, os sócios têm benefícios de ordem, e respondem de forma solidária apenas entre os sócios após o esgotamento do patrimônio especial.
Exceção: sócio que contratou pela sociedade é o excluído do benefício de ordem - foi sozinho procurar o fornecedor não tem CNPJ.
p.ex. Loja X Ltda, NÃO REGISTRADA ( sócios A e B ( B foi sozinho contratar com o fornecedor ( B não terá benefício de ordem, responde diretamente com seu patrimônio; A, no entanto, poderá responder também junto ao fornecedor, só que tem benefício de ordem, ou seja, atinge primeiro o patrimônio especial, e depois o seu patrimônio (porque responde ilimitadamente).
A sociedade comum pode sofrer falência (tem que ser atividade comercial).
Sociedade em conta de participação
Previstos nos arts. 991 a 996 do CC
Não é registrada, portanto, não tem personalidade jurídica
	Sócio ostensivo
	Sócio participante
	Aparece perante 3º
	Não aparece perante 3º
	Responde perante os 3º
	Não responde perante 3º
	Realiza a atividade empresarial
	Não responde perante 3º
E só responderá perante o sócio ostensivo se tiver algum contrato entre eles.
A sociedade em conta de participação NÃO PODE FALIR, porque aqui quem realiza atividade empresarial é somente o sócio ostensivo, podendo este sim falir.
Sociedade Limitada - LTDA.
Nome empresarial é o nome que registra na Junta ou no cartório.
Art. 1.158 do CC
	Razão social = firma social
	Denominação social
	O nome empresarial é composto pelo patronímico dos sócios (no nome da empresa aparece o sobrenome dos sócios, Moraes e Tavares ....)
	O nome empresarial é inventado (Padaria sonho dos gordinhos)
Na LTDA. pode usar razão social ou denominação social e no final obrigatoriamente a expressão “LTDA.”
A falta da expressão LTDA., acaba por gerar RESPONSABILIDADE ILIMITADA E SOLIDÁRIA DOS ADMINISTRADORES.
Capital social
Arts. 1.055, 1.081 a 1.084 do CC
Informação encontrada nos atos constitutivos, em moeda nacional, não tem valor mínimo (p.ex. pode criar uma sociedade com R$ 1,00 (um real).
O capital social é a soma do que os sócios se comprometem. Os sócios podem ser comprometerem com dinheiro, bens. Ao contribuir com bens terá que fazer uma avaliação (como o legislador nada diz sobre o assunto, pode usar o valor da nota fiscal, o valor do dia da tabela de carro, p.ex.). Os sócios são solidariamente responsáveis pela exata estimativa, pelo prazo de 5 anos, contados da data da constituição da sociedade. Se o valor estimado por um dos sócios não for real, todos os sócios respondem, uma vez que os demais concordaram com a estimativa apresentada pelo outro sócio.
Toda vez que se fizer aumento ou diminuição tem que ....
Cuidado: nem na sociedade limitada nem na SA o sócio não pode contribuir somente com trabalho.
Responsabilidade dos sócios
Art. 1.052 do CC
	X LTDA
CS 100,00
	Sócio A
	Sócio B
	Comprometeu
	70 (subscreveu)
	30 (subscreveu)
	Quanto cada sócio colocou
	50
	30 (integralizado)
	Deve
	20 
	0
( Cada sócio responde pela integralização (pagamento) da cota que subscreveu.
A sociedade X Ltda. pode cobrar quanto do sócio A? pode cobrar A. E de “B”? Não pode cobrar nada, porque integralizou tudo.
( Todos os sócios são solidariamente responsáveis até o limite do que falta a integralizar? (diz respeito aos credores - os credores na sociedade LTDA pode atingir o patrimônio pessoal dos sócios “A” e “B”. Se os credores quiserem cobrar somente de “B” poderá. É responsável pelo que não foi integralizado 
Sócio remisso é o sócio que não integralizou as cotas que subscreveu, no exemplo é o sócio “A”. Terá que ser notificado para pagar no prazo de 30 dias. A partir dos 30 dias sem o pagamento, será considerado in mora.
 A partir da mora poderá fazer a cobrança (ação de cobrança) ou excluí-lo. Na exclusão terá que fazer a devolução da parte integralizada deste sócio (art. 1.004 do CC).
Incapaz pode ser sócio de uma LTDA.
* o incapaz de acordo com o art. 974, §3 do CC, preencher 3 requisitos cumulativos:
Representado ou assistido
NÃO pode ser administrador (nem o seu representante)
Se o capital social foi totalmente integralizado
Administrador
O administrador não precisa ser sócio, que é a pessoa que irá tomar conta da empresa.
A escolha do administrador pode fazer parte do contrato social ou documento separado (p.ex. ata de assembléia).
O que tem que constar? A qualificação do sujeito + descrição dos poderes que terá.
O documento poderá ser registrado na Junta comercial ou Cartório de registro Civil de PJ.
Responsabilização do administrador:
Por perdas e danos (quando causar prejuízos): se provarem a culpa 
 Ou quando contraria a vontade dos sócios (os sócios disseram que não era p.ex. para pedir empréstimo no Banco, se assim o fizer e trouxer prejuízo, responderá)
Solidariamente: deixa de registrar o documento que deu poderes a ele
Isoladamente: “oposta a 3º” - quando o administrador age com excesso de poderes (ou dizer, que realizou um ato além do objeto social; estranho ao objeto social) “ultra vires” (praticou um ato além das forças), arts 1.010/1.17 do CC.
Exclusão de sócios
Exclusão de sócio remisso (sócio que não integralizou as cotas que subscreveu, sócio devedor, art. 1.004 e 1.058 do CC)
Exclusão judicial - precisou de uma justa causa (é a falta grave), 
também a falência de sócio e, 
a incapacidade superveniente de sócio (interdição do sócio)
exclusão extrajudicial (art. 1.085 do CC) - os sócios que estabeleceram a saída do outro sócio, preenchidos os requisitos:
previsão no contrato social
concordância da maioria dos sócios (tem que ter no mínimo 3 sócios), representativa de + da ½ do capital social (na verdade só dará para excluir o sócio minoritário). Dependente da concordância de todos os sócios, se p.ex. até do próprio sócio
Falta grave (são os próprios sócios que irão dizer o que consideram falta grave)
(O sócio excluído tem direito de ser ressarcido, art. 1031 do CC
S.A. lei 6.404/76
O capital social da SA é dividido em ações.
Dependendo do local onde são negociadas as ações, terá SA:
 Aberta ou fechada
	SA Aberta
	SA Fechada
	Quando os títulos são negociados em mercado de capitais (na Bolsa de Valores ou Mercado de balcão)
	Quando normalmente os títulos são negociados na própria SA
Poderá, de forma excepcional, os títulos na Bolsa de Valores, quando autorizada pela CBM. A venda de controle ocorre no mercado de capitais. 
 
A SA é necessariamente uma sociedade empresária
(Registrada na Junta, pode falir.
Ações
a.1. Direitos comuns:
Previstos nos art. 109 da LSA.Direito de preferência na aquisição de ações - quando a SA emite ações tem que ofertar em primeiro lugar para quem já é acionista e em segundo lugar para o público em geral.
Qual a diferença entre primeira e segunda? Não é a questão temporal, mas sim no tocante ao valor. 
Na primeira é o valor de emissão ( parte vai para o capital social + um ÁGIO
p.ex. capital social de $ 1,00
Emissão de R$ 2,00
O ágio de $ 1,00 vai para um reserva de capital (como se fosse uma poupança, mas só poderá usar nas hipóteses do art. 200 da LSA).
Na segunda oferta é cobrado o valor de mercado (valor de especulação, o que o público espera da empresa, crise, governo - não é com base na saúde financeira da empresa).
Direito de participação nos lucros da SA:
O voto é direito comum? NÃO, o voto é típico de uma ação.
a.2. Espécies de ações:
Art.15 da LSA
Aula dia 19/01/12
Ações
b.1. Direitos comuns 
Previstos no art. 109 da LSA
Direito de preferência na aquisição de ações - não é questão de preferência temporária de oferecer 1º para os acionistas e depois para o público. Mas, é também questão de valor.
O valor ofertado ao acionista é o valor de emissão diferentemente do valor para o público que é o valor de mercado.
Valor de emissão é o valor fixado pela SA. Parte desse valor irá compor o capital social (também denominado de valor nominar). A 2ª parte é o ágio, uma reserva de capital (que só poderá usar em situações que o legislador previu no art. 200 da LSA.
Direito de retirada - art. 136/137 da LSA - é o direito que tem o acionista que não concorda com decisão que altere o estatuto social e, portanto, se retira da sociedade e tem o direito de ser reembolsado. 
Cuidado, não é em qualquer situação, é somente para o acionista DISSIDENTE, que não concorda com alteração do estatuto social. E tendo o direito de saída, a SA irá comprar suas ações, ou seja, tem direito de reembolso, que é o valor patrimonial (significa apurar quanto esse valor tem nas ações - balanço especial ).
 b.2. Espécies de ações:
Direitos específicos
	Ações Ordinárias
	Ações Preferenciais
	Ações de gozo ou fruição
	Tem o direito de voto
Voto típico da ação ordinária (pode até ter outras ações com voto)
Se comprar uma ação terá direito a um voto.
Art. 16 da LSA
	Busca de vantagem patrimonial (tem forma diferenciada de participar nos dividendos). 
A SA pode se comprometer com um dividendo fixo, mínimo ou diferencial
Vantagem política - possibilidade do voto + direito de veto (direito de mudar a decisão da maioria - também chamada de “golden share”)
Art. 17 e 18 da LSA
	É a ação na qual a SA antecipou o valor que o acionista teria direito em caso de liquidação.
A SA amortizou uma possível dívida com o acionista
Art. 44 da LSA
Órgãos da SA 
São 4 órgãos
	Critérios de comparação
	Assembléia geral
	Conselho de Administração
	Diretoria
	Conselho Fiscal
	1º composição
	Acionistas (todos) Para participar não precisa ter direito de voto
	Mínimo de 3 pessoas(pessoas físicas) - cuidado: não precisa ser acionista
	Mínimo de 2 pessoas F e domiciliadas no Brasil
	3 a 5 pessoas
	Função
	Toma decisões:
-Alterar o estatuto social
-Elegem a administradores
Aprovam contas dos administradores
-Aprovam balanço
	Outras decisões
	Representação e execução das decisões
	Fiscalização
	Obrigatoriedade
	Sim
	Obrigatório em 3 tipos de soc.:
SA aberta
Soc. De economia mista
Soc. De capital autorizado (traz a possibilidade de aumentar o capital)
	SIM
	Sim 
Arts. 121 a 125; 135; 141; 143; 146 e 161 da LSA 
Responsabilidade dos administradores
Os administradores têm grandes responsabilidades.
Quais são os deveres dos administradores?
Dever de lealdade - pensa no interesse da SA 
Dever de informação - tudo que possa afetar o valor de uma ação tem que ser informado aos acionistas e o mercado. (também denominado de disclosure)
Dever de prestar contas - presta contas para assembléia geral e poderá ocorrer 2 situações:
A assembléia geral poderá aprovar a prestação de contas - aqui acionistas minoritários, se quiserem podem ingressar com ação de responsabilidade
A assembléia geral poderá não aprovar - tem algum problema - e será possível ingressar com ação de responsabilidade contra o administrador (art. 158/159 da LSA)
Valores mobiliários
São títulos que a SA emite quando precisa levantar dinheiro (para pagar contas, fazer urgente investimento)
Quem autoriza a emissão de valor mobiliário é a CVM comissão de valores mobiliários.
	Debêntures
	Partes beneficiárias
	Bônus de subscrição
	Art. 52, 59 e 60 da LSA
	Art. 46 e 47
	Art. 75 
	É um direito de crédito contra a SA (como se a SA pedisse um empréstimo)
Tem vencimento certo (data para receber o título)
	É um título que confere a participação nos lucros da SA 
As companhias abertas não podem emitir partes beneficiárias
	Confere o direito de preferência na aquisição de ações 
Propriedade Industrial 
Previsto na lei 9.279/96
INPI instituto nacional de propriedade industrial - autarquia federal
Patente:
Como saber se algo pode ser patenteado? Verificar se existe a possibilidade de exploração industrial, se pode produzir em série.
Requisitos para obter a patente
Art. 8, 10 e 18 da LPI
- novidade - ninguém pediu a patente em qualquer lugar (as pessoas não conhecem, não está em domínio público)
- atividade inventiva - quer dizer que na verdade tem que provar a atividade humana que chegou naquele resultado 
- aplicação industrial - possibilidade de produzir em escala, série
Espécies de patentes e prazos de proteção 
Art. 9 e 40 da LPI - 2 espécies:
Patente de invenção - algo que não existe no mercado
Prazo de 20 anos contados do depósito (momento em que deu entrada do pedido). 
Patente de modelo de utilidade - melhoria de algo que já existe, mudança em uma máquina que a torna mais eficaz, econômica - NÃO é possível a prorrogação
Prazo de 15 anos contados do depósito - NÃO é possível a prorrogação
Licença ou Cessão
Licença é a permissão de uso, poderá ser voluntária e compulsória
Cessão é a transferência de propriedade ( a patente passa a ser de outra pessoa)
Marca:
Marca é um sinal, que poderá ser um nome, logotipo, desenho (depende de como elaborou)
Não confundir produto com o sinal.
Requisitos:
Art. 122/126 da LPI
- Novidade relativa - não precisa ser absolutamente novo, NOVO APENAS PARA O RAMO;
- Não colidência com marca de ALTO RENOME - foi registrada no Brasil, passado um tempo, a marca é conhecida além do ramo. Aqui INPI concede uma proteção especial, na qual será protegida em todos os ramos, p.ex. Nike, Brastemp;
- Não colidência com marca NOTORIAMENTE CONHECIDA - notoriamente conhecida é a marca que não foi registrada no INPI, e sim no estrangeiro, e por causa da Convenção da União de Paris - protege a marca mesmo não registrada no Brasil, apenas no próprio ramo.
Prazo de proteção de marca
Art. 133 da LPI
Proteção de 10 ANOS contados da CONCESSÃO, podendo ser prorrogável sucessivamente. (pode ser protegida para sempre)
Desenho industrial
Protege o formato, designer de determinado produto.
Protegido por 10 anos contados do DEPÓSITO, prorrogáveis por 3 períodos de 5 anos.
Art. 95 a 108 da LPI
Obs.: Patente desenvolvida por empregado e empregador
Empregado contratado no Brasil, para realizar pesquisas, neste caso a patente será do empregador;
O empregado não é contratado para pesquisas, mas usou tecnologia do empregador, neste caso a patente é do empregado e empregador; e
O empregado desenvolveu a patente fora do horário de serviço e usando recursos próprios, neste caso a patente é do empregado. 
Valendo até 1 após o término do contrato.
Art. 88 e ss.
Aula dia 27/01/2012
Títulos de crédito
Princípios
Princípio da carturalidade - incorporação é o documento (apresentação do documento);
Princípio da Literalidade - está restrito ao conteúdo daquele título - qual o valor? Quaispessoas atingidas? Somente o que está no título.
Súmula 387 do STF - afirma que o título de crédito incompleto pode ser completado por interessado, por terceiro de boa-fé
p.ex. devedor assinou nota promissória em branco - pode o terceiro de boa-fé completar de acordo com o que foi combinado.
iii. Princípio da autonomia: significa que as relações jurídicas são independentes entre si.
Um título de crédito pode ter várias relações jurídicas (devedor com credor, também do credor com avalista, credor que passa seu título para terceiro(endosso)). Todavia, imagine que há um vício na primeira relação (devedor coagido), será que atingirá a relação com o avalista? Não atingirá, porque a relação com o avalista é independente das demais relações, o vício não contaminará as demais relações jurídicas.
O princípio da autonomia também denominado de ONOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS A TERCEIROS DE BOA-FÉ, nos termos do art. 17 do decreto 57.663/1966 - (não pode negar os vícios da relação obrigacional das demais relações)
Títulos de crédito ao portador X nominativo.
Se não identificar o nome do credor será título ao portador. Já no nominativo o nome do credor é identificado.
O título ao portador é permitido? 
Verificar nas leis tal questão: Lei 8.021/90 - entende que é proibida a EMISSÃO (cuidado não é circulação) de títulos de crédito ao portador.
Para os títulos da SA não pode ter título ao portador, devido à lei 8.021/90.
Na Lei 9.069/1995 - entende que o cheque de valor de até $ 100,00 é permitido ser ao portador. Todavia, cheque acima de $ 100,00, tem que colocar o nome.
Obs.: Duplicata, letra câmbio, nota promissória - precisam ser nominativos (qualquer título que não seja cheque é proibido).
Se o título é ao portador tem que haver a tradição, entrega do cheque (cheque de até 100,00). 
Tradição + endosso quando o título é nominativo.
Endosso
Em cima da assinatura, escreverá o termo “À ORDEM” - se, no entanto, não escrever o termo “à ordem”, não haverá problema, porque isso já vem escrito no próprio cheque.
É sinônimo = transmissão à ordem
Endosso serve para transmitir o título de crédito e garantir o título de crédito. A garantia prestada é solidária (a pessoa que endossou é solidariamente com o título, não tem benefício de ordem).
Endossante é quem está transmitindo e garantindo o título.
Endossatário é o novo credor
Endosso NÃO É SINÔMINO DE CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO - cessão civil de crédito é transmissão de obrigações. Todavia, pode ser usada no direito empresarial, desde que acompanhada do termo “não à ordem”.
Na cessão civil de crédito só ocorre à transmissão do título de crédito, ou seja, não tem garantia.
Endosso é total (não existe parcial)
O endosso ocorreu após o prazo para protesto, produzirá efeitos de CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO, ou seja, só serve para transmitir o título de crédito.
(Art. 12 a 20 do decreto 57.663/66
Aval
É o instituto de garantia pessoal - alguém que aparecerá no título como garantidor. Igualmente no endosso, é uma garantia solidária.
Se o avalista for casado precisará da vênia conjugal. SALVO se for casado no regime de separação total de bens (art. 1.647 do CC).
Duplicata, Nota promissória, Cheque, Letra de Câmbio - conforme leis especiais - O aval pode ser total ou parcial. Quer dizer que o aval parcial está garantindo parcialmente o título.
Obs.: No CC/02 o aval só pode ser total, nos termos do parágrafo único do art. 897 (títulos que não tem lei especial).
Aceite
É a concordância expressa do devedor principal quando o devedor não assinou o título de crédito no momento da emissão.
Cheque e nota promissória - NÃO TEM ACEITE, porque só existe aceite se o devedor não assinou o título no momento da emissão.
Duplicata e letra de câmbio - o devedor não assina no momento da emissão, por isso é necessário o aceite.
Protesto
Quando protesta interrompe o prazo prescricional (o prazo começa a contar de novo, nos termos do art. 202 do CC) (contraria a súmula do STF, que não prevalece).
Quando que o protesto é obrigatório? Quando precisar suprir o aceite (a assinatura no título), quando necessário (duplicata e letra de câmbio);
Quando quiser usar qualquer título de crédito para requerer a falência de uma empresa, desde que acima de 40 salários mínimos.
Nota promissória
Prevista no art. 75 e ss do decreto 57.663/196
Não tem aceite
É uma promessa incondicional de pagamento - significa dizer que os demais títulos são ordens pagamentos (não pode condicionar o pagamento da nota)
A nota promissória respeita todos os princípios já estudados (carturalidade, liberalidade e autonomia).
Exceção: nota promissória VINCULADA a contrato de abertura de crédito (é o contrato que assina no momento da abertura de conta e concede um limite) 
Súmulas 233, 247 e 258 ao STJ - entende que a nota promissória vinculada a este tipo de contrato NÃO TEM AUTONOMIA.
Prazo prescricional: 3 anos para executar, contados do vencimento (para todos os títulos, exceto cheque - vale observar que ao terminar este prazo não poderá executar, todavia, poderá ingressar com ação monitória ou de cobrança).
Cheque
Previsto na Lei 7.357/85
É uma ordem de pagamento à vista.
Súmula 370 do STJ - entende que o cheque pode ser pré-datado (o nome na doutrina é pós-datado), e se for apresentado antes da data (data colocada na lateral do cheque “bom para o dia”), caberá indenização por danos morais. A indenização por danos morais é contra quem apresentou e não do banco. (mesmo tendo fundo)
Prazo de apresentação - de 30 dias contados da emissão para praças iguais
 De 60 dias em praças diferentes
É o prazo em que deveria ter levado o cheque ao banco.
Consequências para não apresentação do cheque no prazo:
1ª) Para o endossante e avalista: significa que o credor não poderá mais cobrar do endossante ou avalista (não será mais acionado);
2ª) Para o devedor principal: o devedor principal NÃO poderá ser cobrado se provar que tinha fundos no período e deixou de ter por atos de terceiro.
Por ato de terceiro compreende que é a intervenção ou liquidação extrajudicial de banco.
Prazo prescricional do cheque: em 6 meses, contados do prazo de apresentação
| ch emitido em 27/01 (praças=) +30 dias -------------26/02 (o intervalo é o prazo de apresentação) ----------------------------dia 26/08 (intervalo para executar)-----------------------(pode ser objeto de ação monitória, cobrança, ação de enriquecimento sem causa no PRAZO DE 2 ANOS, contados da prescrição da ação executiva.
Duplicata
Prevista na lei 5.474/68
A duplicata é um título causal, significa que só poderá emitir uma duplicata quando da previsão do legislador, (nota fiscal ou fatura, compra e venda ou prestação de serviço).
Se foi emitida sem a origem será chamada de duplicata fria ou duplicata simulada (é crime).
A duplicata precisa do aceite, caso não tiver, precisará ser protestada.
Prazo prescricional: 3 anos contados do vencimento - depois deste prazo poderá ainda ser cobrado.
Falência
Prevista na lei 11.101/2005
Legitimidade passiva na falência
Quem pode sofrer falência? art. 1º e 2º da LRF e lei 6.024/74
É o empresário ou a sociedade empresária.
( Para sofrer falência pode ser que as empresas sejam regulares ou irregulares 
Sendo assim, ficará de fora quem exerce atividade NÃO EMPRESARIAL, que são os profissionais liberais, da sociedade simples e cooperativa.
Também não sofrerá falência as EMPRESAS PÚBLICAS E A SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. (de forma alguma, escolha do legislador).
Art. 2ª, II - na verdade podem sofrer falência: bancos, instituições financeiras, operadoras de plano de saúde, seguradoras - para todas elas existem leis especiais, e que irão dizer como estas empresas irão passar por dificuldades financeiras.
Banco passando por uma crise - o credor NÃO poderá pedir sua falência. A instituição financeira passará primeiro por uma INTERVENÇÃO, que será feitapelo Banco Central. A intervenção tem prazo de 6 meses, prorrogáveis por mais 6 meses. No final produzirá um RELATÓRIO em que o comitê irá sugerir:
Liquidação extrajudicial - quando o ativo da instituição for suficiente para pagar ao menos 50% dos créditos quirografários
Falência - se o ativo não conseguir pagar 50% dos créditos quirografários
Obs.: A instituição NÃO tem direito a recuperação judicial.
Legitimidade ativa na falência
Previsto no art. 97 da LRF
Quem pode pedir falência? O credor
- O credor não precisará necessariamente exercer atividade empresarial
Se o credor exercer atividade empresarial precisará ser REGULAR (REGISTRADO), com isso ficará de fora necessariamente os empresários irregulares e sociedade comum.
- o DEVEDOR - é a hipótese de auto-falência (art. 105 da LRF)
Juízo competente
Previsto no art. 3º da LRF
É no PRINCIPAL estabelecimento sob o ponto de vista econômico (decisões tomadas), critério de competência absoluta (não se prorroga), assim, entende a Jurisprudência.
Obs.: se tiver uma empresa que a filial é no Brasil e sede no interior - o local competente será o da filial, no Brasil.
Motivos de falência
Previsto no art. 94 LRF
Qual a causa da falência? 
Título executivo
Protesto
Valor: acima de 40 salários mínimos
É a existência de um título executivo (judicial ou extrajudicial), que esteja protestado - é possível o litisconsórcio ativo.
Aula dia 01/02/2012 - Cont. de Falência
Obrigações ilíquidas
Previsto no art. 6º, §§§ 1º, 2º e 3º
O instituto da falência recai sobre atividade empresarial (regular ou irregular)
Cooperativa, sociedade simples, advogado - NÃO SOFREM FALÊNCIA, porque não exercem atividade empresarial, aqui será por meio de insolvência civil.
Como sabe que a obrigação é ilíquida? Quando ainda não sabe quem é o credor (tem ações que precisa do juiz declarar quem é o credor), ter a certeza de quem é o credor e certeza do valor.
p.ex. uma ação de cobrança, é uma ação trabalhista, melhor dizendo, qualquer processo de conhecimento, uma vez que este serve para declarar quem é o credor. 
Obs.: Quem tem uma obrigação ilíquida em andamento, permanecerá no juízo de origem, quer dizer que se tiver uma ação de cobrança em andamento, ficará no juízo da ação em andamento.
Quem for credor de obrigação ilíquida tem direito a RESERVA DE VALOR, significa dizer que permanecerá no juízo da ação, poderá sofrer prejuízo, sendo assim, o juiz da falência faz uma reserva desse valor. Haverá uma comunicação da Vara de Recuperação e falência.
O juiz da ação em andamento enviará um ofício para o juiz da Falência, pedindo a reserva de valor. Só que o juiz da falência poderá diminuir ou não cumprir o pedido da reserva.
O pedido da reserva de valor poderá ser feito até a sentença.
Procedimento na falência
Petição inicial
Poderá ser autor na ação de falência: credor (exercer atividade empresarial, registrado - art. 97 da LRF)
Réu: devedor que exerce atividade empresarial.
Motivo: tem que deixar claro qual é o título (impontualidade) - No título executivo (é imprescindível que tenha protesto; e acima de 40 salários mínimos);
 Processo de execução que não foi cumprido; 
Atos de falência (são atitudes suspeitas)
Citação do devedor
O prazo de manifestação do devedor é de 10 dias
Defesas do réu
No prazo de 10 dias, o devedor poderá tomar 3 atitudes:
Apresentar contestação
Depósito elisivo (que é o pagamento) - só caberá o depósito por motivo de impontualidade (o título que foi protestado) - deixar de pagar no prazo acordado - tem que pagar o valor integral (principal + juros)
Pedir recuperação judicial
Sentença
Previsto no art. 99 da LRF
Será na sentença que o juiz nomeara o ADMINISTRADOR JUDICIAL - Pessoa física ou uma pessoa jurídica.
A lei diz que o administrador PREFERENCIALMENTE e não obrigatório, o contador, economista, administrador de empresas e advogado.
O juiz fixará o termo legal - é o período de no máximo 90 dias, contados retroativamente, do 1º protesto ou do pedido de falência (art. 99, II).
Recursos:
Da sentença que declarar a falência - caberá recurso de agravo, uma vez que não extingue o processo. (apenas declara)
Da sentença que julgar improcedente a falência - caberá recurso de Apelação (sentença denegatória).
Publicar sentença
Publicação da sentença por meio de edital
Habilitação
Prazo de 15 dias para se habilitar.
Poderá ainda se habilitar após este prazo, por intermédio da HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA, no art. 10 da LRF.
Se entrar depois da falência, só terá direito de atualizar o crédito até o dia em que se deu a habilitação do art. 7º, §1º da LRF.
Administrador Judicial
Elaboração do quadro geral de credores - relação dos credores ordenados de acordo com a lei.
Liquidação
É a venda de todos os bens possíveis e o pagamento de parte dos credores
Sentença
Esta sentença declara o encerramento da sentença.
Credores
Os credores são divididos em 4 grupos, conforme ordem de pagamento.
Crédito de natureza SALARIAL, no valor de até 5 salários mínimos, vencidos 3 meses antes da falência.
Cuidado: não são 5 salários mínimos por mês, é o total.
(as verbas rescisórias não integram este tipo de crédito)
De acordo com o art. 151 da LRF, receberão os valores assim que existir dinheiro em caixa (tais pessoas não precisam se habilitar);
Proprietário de um bem arrecadado pela massa - tem que provar a propriedade, não precisando se habilitar, apenas ingressar com pedido de RESTITUIÇÃO (art. 85 da LRF).
Cuidado: aqui o terceiro é proprietário do bem: Arredamento mercantil (leasing) o credor que tem a propriedade; alienação fiduciária - o credor tem direito de propriedade sobre o bem.
Créditos EXTRACONCURSAIS - a origem do crédito surgiu APÓS A DECLARAÇÃO DA FALÊNCIA, vale ressaltar que não se presume.
Massa falida é depois da falência, uma vez que é constituída após a declaração da falência. 
Os honorários do administrador judicial - é nomeado após a declaração da falência, ou seja, irá trabalhar depois da declaração.
Art. 84 da LRF.
Créditos CONCURSAIS - tem origem antes da declaração da falência - é a regra
São nos créditos concursais que se verificará os credores habilitados.
Crédito trabalhista e acidente trabalhista.
 Cuidado: o crédito trabalhista tem uma limitação de valor, que é até 150 salários mínimos.
 Se, p.ex. tiver 200 salários mínimos, o valor acima, será recebido como crédito quirografário.
A de se observar que tais valores NÃO ATINGIRÃO ACIDENTE DE TRABALHO.
Garantia real - credor de hipoteca, penhor 
Tem que se habilitar, observando o limite do bem dado em garantia.
Crédito tributário - 
Cuidado: a multa tributária não encontra aqui
Crédito com privilégio especial
Crédito com privilégio geral
Crédito quirografário
Todas as multas (tributária, penal, contratual)
Crédito subordinado - p.ex. o “prolabore”, que é o valor fixado para que o sócio trabalhe na empresa
( Honorários advocatícios na falência é considerado CRÉDITO COM PRIVILÉGIO GERAL, conforme entendimento do STJ, sendo indiferente sua natureza de alimentar.
Recuperação de empresas
	Critérios 
	Recuperação Judicial
	Recup J Plano Especial
	Recup Extrajudicial
	1º) Leg. Ativa
	- Devedor
-ativ empresarial
-regular a pelo menos 2 anos
	- Devedor
-ativ empresarial
- regular a pelo menos 2 anos
-ME OU EPP
	- Devedor
-ativ empresarial
-regular a pelo menos 2 anos
	2º)Proposta
	Em regra, qualquer proposta
	A proposta está na lei: parcelamento em 36 vezes;
Juros de 12% ao ano;
1ª Parc em 180 dias da distribuição
	Qualquer proposta
	3º)Credores atingidos
	Todos, SALVO credor tributário, credor proprietário (direito de restituição).
A.C.C. adiantamento de crédito para câmbio
	Apenas os credores quirografários
	Todos, SALVO credor tributário, credor proprietário, credor A.C.C, credor trabalhista e acidente de trabalho.4º)Intervalo entre recuperação
	5 anos
	8 anos
	2 anos
Art. 48/49; 52; 70/72; 161/163 da LRF.
Contrato de franquia
Franqueador - alguém que tem uma marca e quer crescer no mercado
Franqueado - após o contrato poderá usar a marca; possibilidade de utilizar determinada patente; com organização empresarial do franqueado.
O franqueado pagará para usar a marca, que são os hold
O franqueado tem que receber pelo menos 10 dias antes, da assinatura de qualquer contrato, pagar qualquer taxa, tem que receber a CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA, que é um descritivo de detalhe de toda atividade do franqueador (regras, situação da franquia).
Se a circular não for entregue nesse prazo, caberá a ANULAÇÃO DO CONTRATO DE FRANQUIA e a possibilidade do franqueado cobrar PERDAS E DANOS, devido à expectativa do franqueado.
Contrato de representação comercial
Representado - alguém que tem uma indústria em algum lugar para divulgação de seus produtos pelo mundo
Representante - pessoa física ou pessoa jurídica; não tem vínculo empregatício; tem por finalidade obter pedidos de compra e venda (visitar os clientes)
O representado precisará ACEITAR o pedido do terceiro (irá avaliar o CNPJ, se tem risco na atividade, uma vez que o risco de insolvência é todo do representado).
É vedado neste contrato a cláusula “del credere”, que significa que o risco pode ser compartilhado, e aqui não pode ser compartilhado o risco.
Na comissão mercantil pode ser compartilhado o risco.
Na representação como regra, o representante TEM UMA ÁREA DE EXCLUSIVIDADE (territorial) - área geográfica em que atua, ou seja, todo pedido que vir de determinado lugar receberá comissão.
Tal cláusula só não terá incidência se for expresso.

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