Buscar

ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Definir pleura e cavidade pleural. Descrever a sua função.
As duas cavidades pulmonares estão situadas a cada lado do mediastino. Cada cavidade pulmonar é completamente revestida por uma membrana mesotelial chamada pleura. A pleura que reveste as paredes da cavidade é a pleura parietal, enquanto a refletida do mediastino nas raízes e que vai às superfícies dos pulmões é a pleura visceral. O pulmão não preenche completamente o espaço potencial da cavidade pleural, resultando em recessos, que não contêm pulmão e são importantes para acomodar alterações do volume durante a ventilação pulmonar. O recesso costodiafragmático é o clinicamente mais importante, situando-se inferiormente entre a parede torácica e o diafragma.
As duas cavidades pleurais situam-se: superiormente, estendem-se acima da costela I e entram na raiz do pescoço; inferiormente, entendem-se a um nível imediatamente acima da margem costal; medialmente ao mediastino.
A cavidade pleural é um espaço entre as camadas de pleura (visceral e parietal) que contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura deslizem suavemente uma sobre a outra, durante a respiração. A tensão superficial do líquido pleural também propicia a coesão que mantém a superfície pulmonar em contato com a parede torácica.
A pleura visceral está aposta ao pulmão e aderida a todas as suas superfícies. Na dissecação de cadáveres, em geral não é possível dissecar a pleura visceral da superfície do pulmão. Ela torna a superfície pulmonar lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a pleura parietal. A pleura visceral é contínua com a pleura parietal no hilo do pulmão, onde estruturas que formam a raiz do pulmão (brônquio e vasos pulmonares) entram e saem.
A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo, assim, à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais espessa que a pleura visceral, e durante cirurgias e dissecações cadavéricas, pode ser separada das superfícies que reveste.
Explicar as divisões pleurais.
A pleura parietal têm três partes – costal, mediastinal e diafragmática – e a cúpula da pleura (pleura cervical).
A parte costal da pleura parietal (pleura costovertebral ou costal) cobre as faces internas da parede torácica. Está separada da face interna da parede torácica (esterno, costelas e cartilagens costais, músculos, membranas intercostais e faces laterais das vértebras torácicas) pela fáscia endotorácica. Essa camada extrapleural fina de tecido conjuntivo frouxo forma um plano de clivagem natural para separação cirúrgica da pleura costal da parede torácica.
A parte mediastinal da pleura parietal cobre as faces laterais do mediastino. Continua superiormente até a raiz do pescoço na forma de cúpula da pleura. É contínua com a pleura costal anterior e posteriormente e com a pleura diafragmática na parte inferior. Superior à raiz do pulmão, a parte mediastinal é uma lâmina contínua entre o esterno e a coluna vertebra. No hilo do pulmão é a parte mediastinal que se reflete lateralmente sobre a raiz do pulmão e torna-se contínua com a pleura visceral.
A parte diafragmática da pleura parietal cobre a face superior (torácica) do diafragma de cada lado do mediastino, exceto ao longo de suas fixações (origens) costais e no local onde o diafragma está fundido ao pericárdio. Uma camada fina, mais elástica, de fáscia endotorácica, a fáscia frenicopleural une a parte diafragmática da pleura às fibras musculares do diafragma.
A cúpula da pleura cobre o ápice do pulmão (parte do pulmão que se estende superiormente através da abertura superior do tórax até a raiz do pescoço). Forma uma abóboda sobre o ápice, cuja parte mais alta situa-se 2 a 3 cm superiormente ao terço medial da clavícula, no nível do colo da costela I. É reforçada por uma extensão fibrosa da fáscia endotorácica, a membrana suprapleural, que fixa-se à margem interna da costela I e ao processo transverso da vértebra C VII.
As linhas em que a pleura parietal muda de direção (é refletida) quando passa de uma parede da cavidade pleural para outra são as linhas de reflexão pleural. São identificadas três linhas: esternal, costal e diafragmática. 
Explicar a vascularização e inervação das pleuras parietal e visceral.
A pleura costovertebral é suprida por ramos das artérias intercostais e torácica interna; a pleura mediastinal é suprida por ramos das artérias brônquica, diafragmática superior, torácica interna e mediastinal; a pleura cervical é suprida por ramos da artéria subclávia; e a pleura diafragmática é suprida pela parte superficial da microcirculação do músculo diafragmático. As veias desembocam em veias sistêmicas na parede torácica, que drenam para a veia cava superior. 
A pleura visceral constitui uma parte integrante do pulmão e, portanto, seu suprimento arterial e sua drenagem venosa são proporcionados pelos vasos brônquicos. As artérias brônquicas do hilo formam um anel que circunda o brônquio principal, e os ramos pleurais desse anel suprem a pleura visceral voltada para o mediastino, as superfícies interlobares, a superfície apical e parte da superfície diafragmática. A pleura visceral é drenada por veias pulmonares, exceto por uma área em torno do hilo, que drena para veias brônquicas. 
As pleuras parietais costal e diafragmática periférica são inervadas por nervos intercostais e as pleuras parietais mediastinal e diafragmática central são inervadas pelo nervo frênico. A irritação das primeiras acarreta uma dor que é referida pelos nervos intercostais até a parte apropriada da parede torácica ou abdominal, enquanto a irritação da pleura diafragmática central causa uma dor que é referida à parte inferior do pescoço e à extremidade do ombro, isto é, aos dermátomos C3 e C4. 
A pleura visceral é inervada por aferentes viscerais que chegam até ela passando ao lado de vasos brônquicos juntamente com as fibras autonômicas. A pleura visceral e outras estruturas do pulmão são inervadas por aferentes e eferentes distribuídos através do plexo pulmonar anterior e do plexo pulmonar posterior. Estes plexos se situam anterior e posterior à bifurcação da traqueia e aos brônquios principais. Ramos destes plexos, que se originam dos troncos simpáticos e dos nervos vagos são distribuídos ao longo das vias respiratórias e dos vasos. Eferentes viscerais do nervo vago causam a constrição dos bronquíolos e do sistema simpático dilatam os bronquíolos.
A pleura parietal deriva seu suprimento sanguíneo arterial das artérias sistêmicas, como as intercostais posteriores, mamárias internas, mediastinais anteriores e frênicas superiores. A drenagem é feita por veias correspondentes. Por fim, a pleura parietal é ricamente inervada pelos nervos intercostais e frênicos, que também conduzem sensações álgicas.
Caracterize a estrutura geral dos pulmões, bem como suas funções.
Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua principal função é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado bem próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares. Os pulmões saudáveis em pessoas vivas são normalmente leves, macios e esponjosos. Também são elásticos e retraem-se a aproximadamente um terço do tamanho original quando a cavidade torácica é aberta. Os pulmões são separados um do outro pelo mediastino. Cada pulmão tem:
Um ápice, a extremidade superior arredondada do pulmão que ascende acima do nível da costela I até a raiz do pescoço, sendo recoberto pela cúpula da pleura.
Uma base, a face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia nela.
Dois ou três lobos, criados por uma ou duas fissuras.
Três faces (costal, mediastinal e diafragmática)
Três margens (anterior, inferior e posterior).
Diferenciar o pulmão direito do pulmão esquerdo quanto ao número de lobos e fissuras.
O pulmão direito apresenta fissuras oblíqua direita e horizontal, que o dividem em três lobos direitos: superior, médio e inferior. É o pulmão maior e mais pesado, porém maiscurto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio estão mais voltados para a esquerda. A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta.
O pulmão esquerdo tem uma única fissura oblíqua esquerda, que o divide em dois lobos esquerdos, superior e inferior. A margem anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca profunda, impressão deixada pelo desvio do ápice do coração para o lado esquerdo. Essa impressão situa-se principalmente na face anteroinferior do lobo superior, moldando a parte mais inferior e anterior do lobo superior, transformando-a em um processo estreito e linguiforme, a língula, que desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração e a expiração.
As cissuras ou septos interlobulares são constituídas pela interposição da pleura visceral separando os lobos pulmonares. Há dois planos cissurais à direita: o da cissura interlobar oblíqua, que separa os lobos superior e médio do lobo inferior e o plano da pequena cissura interlobar, para diante do anterior, separando o lobo superior e médio. À esquerda há apenas um plano cissural que separa os lobos superior e inferior. 
A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa. Relaciona-se com a parte costal da pleura, que a separa das costelas, cartilagens costais e músculos intercostais íntimos. 
A face mediastinal do pulmão é côncava porque está relacionada ao mediastino médio. Compreende o hilo que recebe a raiz do pulmão. No cadáver, há um sulco do esôfago e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito. No entanto, devido à posição do coração, a impressão cardíaca é muito maior na face mediastinal esquerda. A face esquerda também possui um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a parte descendente da aorta, além de uma área menor para o esôfago. 
A face diafragmática do pulmão também é côncava e forma a base do pulmão, apoiada sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão direito em vista da posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica sobre o fígado. Na parte lateral e posterior, a face diafragmática é limitada por uma margem fina e aguda (inferior) que se projeta para o recesso costodiafragmático da pleura.
A margem anterior do pulmão é o ponto de encontro anterior entre as faces costal e mediastinal, que recobrem o coração. A incisura cardíaca deixa uma impressão nessa margem do pulmão esquerdo. A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafragmática do pulmão, separando-a das faces costal e mediastinal. A margem posterior do pulmão é o ponto de encontro posterior das faces costal e mediastinal, larga e arredondada e situa-se na cavidade ao lado da parte torácica da coluna vertebral. 
Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes dos pulmões – isto é, os brônquios (e vasos brônquicos associados), as artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais) e vasos linfáticos. Se a raiz for seccionada antes da (medial à) ramificação do brônquio primário e da artéria pulmonar, sua configuração é:
Artéria pulmonar: o extremo superior à esquerda (o brônquio lobar superior pode estar localizado no extremo superior à direita)
Veias pulmonares superior e inferior: nas extremidades anterior e inferior, respectivamente.
Brônquio principal: aproximadamente no meio do limite posterior, e os vasos brônquicos seguem em sua face externa.
O hilo do pulmão é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram ou saem do pulmão as estruturas que formam sua raiz. Medialmente ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral da pleura – a bainha pleural.
Inferior à raiz do pulmão, essa continuidade entre as duas pleuras forma o ligamento pulmonar, que se estende entre o pulmão e o mediastino, anterior ao esôfago. É formado por uma camada dupla de pleura separada por uma pequena quantidade de tecido conectivo. Seccionando a raiz do pulmão, o ligamento parece pender da raiz. 
 
Descrever a estrutura geral da árvore traqueobronquial. Citar os ramos lobares e segmentares que formam ambos os pulmões.
A partir da laringe, as paredes das vias respiratórias são sustentadas por anéis de cartilagem hialina em formato de ferradura ou em C. As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia, situada no mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca no nível do plano transverso do tórax (ou ângulo do esterno) em brônquios principais, um em cada pulmão, que seguem em sentido inferolateral e entram no hilo dos pulmões.
O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical que o esquerdo, porque entra diretamente no hilo do pulmão. O brônquio principal esquerdo segue inferolateralmente, inferior ao arco da aorta e anterior ao esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão.
Nos pulmões, os brônquios ramificam-se de modo constante e dão origem à árvore traqueobronquial. 
Cada brônquio principal divide-se em brônquios lobares secundários, dois à esquerda e três à direita, e cada um deles supre um lobo do pulmão. Os lobos pulmonares são: superior, médio e inferior direitos e superior e inferior esquerdos. Cada brônquio lobar se divide em vários brônquios segmentares terciários, que suprem os segmentos broncopulmonares. 
Os segmentos broncopulmonares são as maiores subdivisões de um lobo, segmentos piramidais do pulmão, com seus ápices voltados para a raiz do pulmão e suas bases na superfície pleural, separados dos segmentos adjacentes por septos de tecido conectivo, supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo arterial pulmonar terciário, nomeados de acordo com o brônquio segmentar que os supre, drenados por partes intersegmentares das veias pulmonares que estão situadas no tecido conectivo interposto e drenam segmentos adjacentes, geralmente 18 a 20 (10 no direito e 8 a 10 no esquerdo) e cirurgicamente ressecáveis. 
Os segmentos não encontram-se delimitados por septos definidos, no entanto, nota-se a presença de um plano ocupado por vasos venosos (veias intersegmentares) que representam, para o cirurgião, um plano de clivagem. 
Além dos brônquios segmentares terciários, há 20 a 25 gerações de bronquíolos condutores ramificados que terminam como bronquíolos terminais. A parede dos bronquíolos não tem cartilagem. Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não têm glândulas nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios, com alvéolos de paredes finas. O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa. Cada bronquíolo pulmonar dá origem a 2 a 11 ductos alveolares, e cada um dá origem a 5 a 6 sacos alveolares.
Explicar a vascularização e inervação dos pulmões.
As artérias pulmonares direita e esquerda originam-se do tronco pulmonar e carregam para os pulmões sangue desoxigenado do ventrículo direito. A bifurcação do tronco pulmonar ocorre à esquerda da linha média, imediatamente inferior ao nível TIV/TV e ântero-inferiormente à esquerda da bifurcação da traqueia.
A artéria pulmonar direita é mais longa e passa horizontalmente através do mediastino. Entra na raiz do pulmão direito e forma um grande ramo para o lobo superior. O vaso principal continua através do hilo do pulmão, fornece um segundo ramo (recorrente) para o lobo superior e depois se divide para chegar aos lobos médio e inferior.
A artéria pulmonar esquerda é mais curta e atravessa a raiz e o hilo e ramifica-se dentro do pulmão.
As veias pulmonares superior e inferior carregam sangue oxigenado dos pulmões de volta para o coração. Começam no hilo pulmonar, atravessam a raiz do pulmão e imediatamente drenam para o átrio esquerdo.
Descreva o processo de toracocentese e sua importância clínica.
A presença de líquido pleural com etiologia desconhecida é indicação de toracocentese. O local da punção é determinadopelo exame físico e pela radiografia de tórax em postero-anterior e perfil. 
Nos derrames pleurais livres a toracocentese é praticada no ponto de maior declive da cavidade pleural, o risco de lesão pulmonar pela agulha é menor e possibilita esvaziamento pleural completo. Nessa região, o líquido é mais rico em células e outros elementos, aumentando assim o rendimento diagnóstico.
Normalmente o doente é posicionado sentado com o tórax ereto. O membro superior do lado a ser puncionado é mantido elevado apoiado sobre a cabeça ou segurando um suporte de soro. A posição aumenta os espaços intercostais e facilita a punção. 
Nos derrames pleurais livres a toracocentese é feita na linha axilar média ou posterior, no plano horizontal que passa pelo apêndice xifoide. Corresponde ao sétimo ou oitavo espaço intercostal, acima da cúpula frênica. Se a toracocentese for realizada abaixo desse espaço, existe o risco de lesar o diafragma, o fígado, o rim e o baço. Nos derrames posteriores, a punção é praticada aproximadamente a quatro dedos transversos abaixo da ponta da escápula.
O exame é feito sob anestesia local com lidocaína 1% ou 2%. Iniciada com agulha fina e curta, é substituída por agulha com comprimento suficiente para ultrapassar a espessura da parede torácica. À medida que o anestésico vai sendo injetado, a seringa deve ser aspirada de modo a evitar injeções anestésicas intravasculares. A agulha é inserida acima da borda superior da costela superior, de modo a evitar lesão do feixe vasculonervoso, situado na borta inferior da costela superior. 
A entrada na cavidade pleural é percebida por queda da resistência à penetração da agulha e pelo líquido pleural saindo para a seringa. A seringa é trocada por outra maior e vazia acoplada a uma torneira de três vias, o líquido é colhido para análise bioquímica, ao qual é adicionado à heparina. O volume retirado para análise varia de 20 a 50ml. O esvaziamento pleural com fins terapêuticos pode ser realizado utilizando uma seringa grande ou um tubo de extração.
A perfuração segue o seguinte caminho: pele, tela subcutânea, fáscia muscular, músculo intercostal externo, interno e íntimo, fáscia endotorácica e pleura parietal.
O retorno do mediastino à posição original, a tração exercida no hilo pulmonar sobre o pulmão e a negativação da pressão intrapleural podem causar: tosse seca, hipotensão, dispneia, dor retroesternal e dificuldade respiratória. Nesse caso, interrompe-se o procedimento. O decúbito lateral sobre o lado não comprometido facilita o retorno das estruturas à posição original e costuma aliviar os sintomas. Alguns pacientes apresentam hipotensão súbita, taquicardia, sudorese e lipotimia, geralmente causada por reflexo vasovagal. 
Para evitar edema pulmonar (apesar de raro, deve-se tomar algumas medidas de precaução: não esvaziar o derrame pleural acima de 1000ml por vez e realizar o procedimento lentamente. 
Radiografias de tórax são realizadas após a toracocentese, visando detectar possíveis complicações e lesões parenquimatosas. A principal intercorrência é o pneumotórax, geralmente pela entrada de ar na agulha. Quando estável, costuma ser absorvido sem causar problemas. Ocorrências raras são hemotórax pela lesão dos vasos intercostais, laceração do fígado e baço, infecção de partes moles e implante tumoral no trajeto da agulha. 
Descrever os limites anatômicos da nasofaringe.
A nasofaringe é a extensão posterior das cavidades nasais, fica superior ao palato mole. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos, que são aberturas onde situam-se as extremidades posteriores das conchas nasais superior e média. Além disso, a nasofaringe tem um teto, uma parede posterior, duas paredes laterais e um assoalho. O teto e a parede posterior formam uma superfície contínua situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occiptal, formando um declive que vai inferiormente, do septo nasal até a orofaringe. As paredes laterais recebem a abertura da tuba auditiva, imediatamente posterior a ela situa-se a tonsila tubária. Já o assoalho da nasofaringe é formado pela superfície nasal superior do palato mole.
Descrever os seios paranasais.
Os seios paranasais são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os ossos frontal, etmoidal, esfenoide e maxila. São nomeados de acordo com os ossos em que estão localizados.
Os seios frontais direito e esquerdo estão entre as laminas interna e externa do osso frontal, são posteriores aos arcos superciliares. A abertura de cada seio frontal abre tanto para o meato nasal médio, através do infundíbulo etmoidal, como para um recesso frontonasal ou medialmente ao hiato semilunar.
Os seios esfenoidais são duas cavidades irregulares dentro do corpo do esfenoide, situam-se posteriores à parte superior da cavidade nasal. Cada um abre para o recesso esfenoetmoidal correspondente, através de uma abertura no topo da parede anterior do seio. Eles estão relacionados superiormente com o quiasma óptico e a hipófise, de cada lado, com a carótida interna e o seio cavernoso. 
As células etmoidais diferem dos outros seios paranasais na medida em que são formadas por várias cavidades de pares finos no labirinto etmoidal. Elas são invaginações da túnica mucosa dos meatos nasais médio e superior para o etmoide. As células etmoidais anteriores drenam para o meato nasal médio pelo infundíbulo etmoidal; as médias também drenam para o meato médio e formam a bolha etmoidal; os posteriores abrem-se diretamente no meato superior.
Por fim, os seios maxilares, os maiores dos seios paranasais, ocupam os corpos das maxilas e se comunicam com o meato nasal médio. O ápice do seio maxilar estende-se em direção ao zigomático, a base forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal, o teto é formado pelo assoalho da órbita e o assoalho é formado pela parte alveolar da maxila. Cada seio drena através do óstio maxilar para o meato médio por meio do hiato semilunar.
Descrever a neurovasculatura da cavidade nasal.
A cavidade nasal é irrigada pelos ramos das artérias oftálmica, maxilar e facial.
A artéria oftálmica emite os ramos etmoidais anterior e posterior, que suprem as células etmoidais, os seios frontais, o teto da cavidade nasal e o septo nasal.
A artéria maxilar origina o ramo esfenopalatino, que supre a túnica mucosa das conchas nasais, dos meatos e da parte posterioinferior do septo; a artéria palatina maior, que supre o meato nasal inferior e sua parte terminal sobe pelo canal incisivo anastomosando-se no septo nasal com os ramos das artérias esfenopalatinas e etmoidais anteriores e com o ramo do septo nasal da artéria labial anterior; a artéria infraorbital e as artérias alveolar superior anterior e posterior que suprem a túnica mucosa do seio maxilar; e o ramo faríngeo que supre o seio esfenoide.
A artéria facial origina o ramo septal da artéria labial superior e os ramos nasais laterais.
Um rico plexo cavernoso submucoso é especialmente denso na parte posterior do septo nasal e nas conchas média e inferior, o que proporciona drenagem venosa do nariz por meio das veias esfenopalatina, facial e oftálmica.
As veias na parte posterior do nariz passam para a esfenopalatina, que drena para o plexo pterigoideo. A parte anterior é drenada, principalmente, pelas veias que acompanham as artérias etmoidais anteriores e passam para as veias oftálmicas ou faciais. Algumas passam pela lâmina cribriforme conectando-se com as veias da superfície orbital.
A inervação da cavidade nasal ocorre da seguinte forma: o olfato é mediado através dos nervos olfatórios. As sensações gerais a partir da túnica mucosa nasal são percebidas pelos ramos das divisões oftálmicas e maxilar dos nervos trigêmeos. As fibras autônomas inervam glândulas mucosas e controlam a atividade vasomotora cíclica e reativa.
As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e lateral. 
O teto das cavidades nasais é curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior, onde o corpo do esfenoide, queé oco, forma o teto. É dividido em partes frontonasal, etmoidal e esfenoidal.
O assoalho é mais largo e formado pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino.
A parede medial é formada pelo septo nasal.
As paredes laterais são irregulares em razão das conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas.
A irrigação arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal tem cinco procedências:
Artéria etmoidal anterior (da artéria oftálmica)
Artéria etmoidal posterior (da artéria oftálmica)
Artéria esfenopalatina (da artéria maxilar)
Artéria palatina maior (da artéria maxilar)
Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial).
As três primeiras artérias dividem-se em ramos lateral e medial (septal). A artéria palatina maior chega ao septo via canal incisivo através da região anterior do palato duro. A parte anterior do septo nasal é a sede de um plexo arterial anastomótico do qual participam todas as cinco artérias que vascularizam o septo. O nariz também recebe sangue de ramos nasais da artéria infraorbital e ramos nasais laterais da artéria facial.
Um rico plexo venoso submucoso situado profundamente à túnica mucosa do nariz proporciona drenagem venosa do nariz por meio das veias esfenopalatina, facial e oftálmica. É uma importante parte do sistema termorregulador do corpo, trocando calor e aquecendo o ar antes de entrar nos pulmões. O sangue venoso do nariz drena principalmente para a veia facial através das veias angular e nasal lateral. 
Em relação à inervação do nariz, a túnica mucosa do nariz pode ser dividida em partes posteroinferior e anterossuperior por uma linha oblíqua que atravessa aproximadamente a espinha nasal anterior e o recesso esfenoetmoidal. A inervação da região posterioinferior é feita, principalmente pelo nervo maxilar, através do nervo nasopalatino para o septo nasal, e os ramos nasal lateral superior posterior e nasal lateral inferior do nervo palatino maior até a parede lateral. A inervação da porção anterossuperior provém do nervo oftálmico através dos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos do nervo nasociliar. A maior parte do nariz (dorso e ápice) também é suprida pelo nervo oftálmico (via nervo infratroclear e ramo nasal externo do nervo etmoidal anterior) mas as asas são supridas pelos ramos nasais do nervo infraorbital. Os nervos olfatórios, associados ao olfato, originam-se de células no epitélio olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da cavidade nasal. Os processos centrais dessas células (que formam o nervo olfatório) atravessam a lâmina cribriforme e terminam no bulbo olfatório¸a expansão rostral do trato olfatório.
Citar as cartilagens e membranas da laringe
O osso hioide é inserido na laringe; é geralmente considerado como uma estrutura separada com funções distintas. As cartilagens laríngeas são as cartilagens ímpares tireóidea, cricóidea e epiglótica, e as cartilagens pares aritenóidea, cuneiforme, corniculada e tritícea. A estrutura esquelética da laringe é ligada a estruturas adjacentes por membranas extrínsecas. É também interligada por ligamentos intrínsecos e membranas fibroelásticas, dos quais as membranas tireo-hióideas, quadrangulares e cricotireóideas e o cone elástico são os mais significativos. A membrana tireóidea é externa à laringe, enquanto as membranas pares quadrangulares, a membrana cricotireóidea e o cone elástico são internos. Os ligamentos nomeados são o ligamento cricotireóideo mediano (anterior), os ligamentos hioepiglóticos e tireoepiglóticos e o ligamento cricotraqueal.
Descrever os músculos intrínsecos da laringe
Os músculos da laringe podem ser divididos em grupos extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos da laringe ligam a laringe a estruturas vizinhas e são responsáveis por seu movimento vertical durante a fonação e a deglutição. Eles incluem os músculos infra-hióideos, tireo-hióideos, esternotireóideos e esterno-hióideos e o músculo constritor inferior da faringe. Os músculos extrínsecos podem afetar o tom e a qualidade da voz através do aumento ou abaixamento da laringe, e o genio-hióideo eleva-se e desloca anteriormente a laringe, particularmente durante a deglutição. Os músculos intrínsecos são o cricotireóideo, cricoaritenóideo posterior e lateral, aritenóideo transversal e oblíquo, ariepiglótico, tireoaritenóideo e sua parte subsidiária, vocal e tireoepiglótico: todos estão restritos à laringe em suas inserções e todos, exceto o aritenóideo transverso e o oblíquo, são pares. Os músculos intrínsecos da laringe podem ser colocados em três grupos, de acordo com as suas ações principais. Os cricoaritenóideos posterior e lateral e os aritenóideos oblíquos e transversos variam as dimensões da rima glótica. Os cricotireóideos, cricoaritenóideos posteriores, tireoaritenóideos e vocais regulam a tensão dos ligamentos vocais. Na realidade, a obliquidade das facetas cricoaritenóideas significa que uma determinada sobreposição funcional entre estes dois grupos musculares é inevitável. Assim, alterações nas dimensões da rima glótica produzirão pequenas alterações no comprimento da prega vocal e o encurtamento das pregas vocais também resultará em um grau de adução. Os músculos aritenóideos oblíquos, ariepiglóticos e tireoepiglóticos modificam a abertura laríngea. Os pares bilaterais de músculos normalmente agem em consonância uns com os outros.
Explicar a inervação da laringe
O suprimento sanguíneo da laringe deriva principalmente das artérias laríngeas superior e inferior. Existem anastomoses ricas entre as artérias laríngeas contralaterais correspondentes e entre as artérias laríngeas ipsilaterais. As artérias laríngeas superiores suprem a maior parte dos tecidos da laringe, da epiglote até o nível das pregas vocais, incluindo a maior parte musculatura laríngea. A artéria laríngea inferior supre a região em torno do cricotireóideo, enquanto seu ramo laríngeo posterior supre o tecido ao redor do cricoaritenóideo posterior. A laringe é inervada pelos ramos interno e externo do nervo laríngeo superior, o nervo laríngeo recorrente e os nervos simpático. Convencionalmente, o nervo laríngeo interno é descrito como sensorial, o nervo laríngeo externo como motor, e o nervo laríngeo recorrente como misto. O nervo laríngeo interno é sensorial em direção às pregas vocais, o nervo laríngeo recorrente é sensorial abaixo das pregas vocais, e existe uma sobreposição entre os territórios inervados pelos dois nervos nas pregas vocais em si. Todos os músculos intrínsecos da laringe são supridos pelo nervo laríngeo recorrente, exceto para o cricotireóideo, que é suprido pelo nervo laríngeo externo. No entanto, inúmeras anastomoses entre estes três nervos foram descritas, com diferentes estimativas de sua incidência. A maioria ocorre na superfície posterior da laringe, formando o que tem sido descrito como um plexo laríngeo em paralelo ao plexo faríngeo. A sua natureza e função exatas não estão claras, mas, como se acredita que algumas conduzem fibras motoras, é razoável supor que comumente funções atribuídas aos três nervos laríngeos podem ser mais complexas do que as descrições convencionais indicam e isto pode ter implicações clínicas potenciais.
No que consiste a traqueostomia?
O que pode explicar a dispneia do paciente?

Outros materiais