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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI TEÓFILO OTONI – MINAS GERAIS BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA www.ufvjm.edu.br 1 EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA Carolina Tanure Martins1, Gabriel Lopes Dias2, Lorena Lehmann Alves3, Rogaciano Pereira de Castro Neto4 – Turma: A 1caroltanure01@gmail.com, 2diaslopesgabriel@gmail.com, 3lorenalehmann.ufvjm@gmail.com, 4roganeto1@gmail.com Instituto de Ciência e Tecnologia do Mucuri - UFVJM Mecânica dos Sólidos – CTT219 – Bacharelado em Ciência e Tecnologia Resumo: O procedimento experimental realizado teve como objetivo a observação da existência de equilíbrio em um sistema de forças. Através da análise dos dados obtidos foi possível determinar as forças nas linhas de um sistema em equilíbrio. O presente relatório apresenta os dados e resultados obtidos experimentalmente em laboratório. Palavras chave: Equilíbrio de forças, lei de Newton, vetor. Introdução Da primeira lei de Newton, na ausência de forças aplicadas, uma partícula inicialmente em repouso ou em movimento com velocidade constante em linha reta permanecerá em repouso ou em movimento com velocidade constante em linha reta. Dessa forma, uma partícula que está em repouso ou que se move com velocidade constante está em equilíbrio (BORESI et al., 2003) A primeira lei de Newton sugere que não existem forças atuando na partículas, ou que as forças agindo sobre ela se anulam, produzindo uma força resultante zero. Sendo expressa matematicamente como: ∑𝐹 = 0 onde ∑ 𝐹é a soma de todas as forças que atuam sobre a partícula. Em um sentido limitado, pode-se pensar em uma partículas como um corpo de tamanho infinitesimal. Porém, em diversas situações, um corpo de tamanho finito pode ser tratado como uma partícula. Boresi interpreta o conceito de equilíbrio de uma partícula de duas maneiras: Interpretação 1: Se a resultante das várias forças que agem em uma partícula for nula, o polígono de forças é fechado. Consequentemente, as forças não produzem variação no movimento da partícula, e dizemos que uma partícula sob ação dessas forças está em equilíbrio. Interpretação 2: Se várias forças, incluindo o peso da partícula, agirem sobre a partícula, mas não produzirem variação em seu movimento, sua resultante é nula. Novamente, dizemos que a partícula está em equilíbrio sob a ação destas forças (BORESI, et al., 2003). De forma geral, substituindo a palavra “partícula” por “corpo”, as afirmações acima continuam verdadeiras para um corpo rígido submetido a forças concorrentes, incluindo o seu peso. Para aplicar a equação do equilíbrio, deve-se considerar todas as forças conhecidas e desconhecidas que atuam sobre a partícula. A melhor maneira de fazer isso é traçar um diagrama de corpo livre (DCL), isolando a partícula de outros sistemas e mostrando todas as forças aplicadas a ela. Por exemplo, na Figura 1, uma partícula P de peso desprezível está em equilíbrio submetida a ação de três forças A, B e C de magnitudes iguais. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI TEÓFILO OTONI – MINAS GERAIS BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA www.ufvjm.edu.br 2 Figura 1: Três forças concorrentes em equilíbrio. Fonte: BORESI, et al., 2003. Em um sistema de forças tridimensional, como mostra a Figura 2, é possível decompor as forças em suas componentes i, j, k, de modo que ∑𝐹𝑥𝒊 + ∑𝐹𝑦𝒋 + ∑𝐹𝑧𝒌 = 0. Sendo necessário que: ∑𝐹𝑥 = 0 ∑𝐹𝑦 = 0 ∑𝐹𝑧 = 0. Essas três equações instituem que a soma algébrica das componentes de todas as forças que agem sobre a partícula ao longo dos eixos precisa ser nula. Figura 2: Sistema de forças tridimensional. Fonte: HIBBELER, R.C., 2011 Normalmente, o objetivo dos estudos de estática é determinar certas forças desconhecidas que atuam em um sistema que está em equilíbrio. Este relatório trata-se de uma descrição dos experimentos realizados no Laboratório de Física do Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia (ICET), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), relacionado à observação da existência de equilíbrio em um sistema de forças. Objetivos O experimento teve como objetivo determinar as intensidades das forças nas linhas de nylon para que o sistema permanecesse em equilíbrio. Procedimento Experimental Para o a realização do experimento foi montado um aparato que continha três hastes de ferro apoiadas sobre uma bancada. Tais hastes estavam interligadas por três linhas de nylon e na intersecção dessas linhas foi fixado um peso de massa igual a 98,697g. As hastes foram posicionadas de forma que o sistema permanecesse em equilíbrio, conforme a Figura 3. Assim, com o auxílio de instrumentos de medida, como trena e régua, foram coletas as medidas do sistema, o que tornou possível o cálculo da tensão em cada uma das linhas. Figura 3: Aparato montado para a realização do experimento. Fonte: Arquivo Pessoal MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI TEÓFILO OTONI – MINAS GERAIS BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA www.ufvjm.edu.br 3 Resultados e Discussão Para a determinação dos eixos de coordenadas utilizou-se o software GeoGebra, sendo assim, temos os seguintes eixos e pontos: Figura 4: Determinação do eixo de coordenadas. Fonte: Elaborado pelos autores. Tendo o ponto de intersecção das três linhas como o eixo (0,0,0), obteve-se os seguintes pontos: 𝐴 = (0.21, −0.55,0.125)𝑚 𝐵 = (−0.21, −0.46, 0.14)𝑚 𝐶 = (0.32,0.24, 0.11)𝑚 𝐷 = (0,0,0)𝑚 Temos ainda o ponto peso que é dado por: 𝑃 = (0,0, −0.9682)𝑁 Assim, temos: 𝑹𝑫𝑨 = (0.21𝒊 − 0.55𝒋 + 0.125𝒌 ) 𝑹𝑫𝑩 = (−0.21𝒊 − 0.46𝒋 + 0.14𝒌) 𝑹𝑫𝑪 = (0.32𝒊 − 0.24𝒋 + 0.11𝒌) Dessa forma: |𝑅𝐷𝐴| = 0.60185 |𝑅𝐷𝐵| = 0.52469 |𝑅𝐷𝐶| = 0.41485 Logo: 𝑭𝑫𝑨 = ( 0.21 0.60185 ) 𝒊𝐹𝐷𝐴 − ( 0.55 0.60185 ) 𝒋𝐹𝐷𝐴 + ( 0.125 0.60185 ) 𝒌𝐹𝐷𝐴 𝑭𝑫𝑩 = ( −0.21 0.52469 ) 𝒊𝐹𝐷𝐵 − ( 0.46 0.52469 ) 𝒋𝐹𝐷𝐵 + ( 0.14 0.52469 ) 𝒌𝐹𝐷𝐵 𝑭𝑫𝑪 = ( 0.32 0.41485 ) 𝒊𝐹𝐷𝐶 − ( 0.24 0.41485 ) 𝒋𝐹𝐷𝑐 + ( 0.11 0.41485 ) 𝒌𝐹𝐷𝐶 𝑷 = 0𝒊 + 0𝒋 − 0.96821𝒌 Desta forma, montando o sistema de matrizes: [ 0.34892 −0.4002 0.77136 −0.9138 −0.8767 −0.57852 0.20769 0.26682 0.26516 ] . [ FDA FDB FDC ] = [ 0 0 −0.96821 ] Realizando os cálculos através do método da matriz inversa, obtemos: [ FDA FDB FDC ] = [ +7,10187 −3,93525 −5,25419 ] Finalmente, temos que: 𝐹𝐷𝐴 = 7,10187 𝑁 𝐹𝐷𝐵 = −3,93525 𝑁 𝐹𝐷𝐶 = −5,25419 𝑁 Tendo encontrado a intensidade de cada uma das forças, podemos agora determinar as suas componentes, fazendo isso: 𝑭𝑫𝑨 = 2,4780𝒊 − 6,4900𝒋 + 1,4750𝒌 𝑭𝑫𝑩 = 1,5750𝒊 + 3,4501𝒋 − 1,0500𝒌 𝑭𝑫𝑪 = −4,0529𝒊 + 3,0397𝒋 − 1,393𝒌 Conclusão A partir dos dados obtidos experimentalmente foi possível, através de cálculos, provar o conceito de equilíbrio. Desta forma o presente experimento é de suma importância para a compreensão dos conceitos abordados teoricamente em sala de aula. Por fim, concluímos que se a força resultante do sistema for igual a zero, o mesmo está em equilíbrio. A força resultante é a soma de todas asforças atuantes, decompostas em coordenadas x,y e z. Referências BORESI, A.P., SCHMIDT, R. J. Estática. Thompson Pioneira, 2003. Cap. 3, p.82-90. HIBBELER, R.C. Estática: Mecânica para Engenharia.12. ed. Pearson, 2011. Cap.3, p.61-70.
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