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Resumo de Biologia

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Biologia
Bases Moleculares da Vida
Substâncias Inorgânicas
1. Água:
Propriedades: Tensão superficial; Caplilaridade; Alto calor específico; Solvente universal;
Importância:
1) Solvente da maioria dos solutos, permite reações química.
2) As reações catalisadas por enzimas só ocorrem na água. Em algumas reações, a água participa também como substrato (reações de hidrólise).
3) As substâncias se distribuem pelo interior da célula pelo contínuo fluxo de água (ciclose).
4) Os sistemas de transporte dos animais (sistema circulatório) usa a água como meio de distribuição.
5) Devido ao seu elevado calor específico, impede grandes variações de temperatura.
6) Age como lubrificante nas articulações, nos olhos. E como saliva, facilita a deglutição.
No ser vivo água varia de acordo com idade (quanto mais jovem, mais água), com o metabolismo (quanto maior o metabolismo, mais água) e com a espécie.
2. Sais Minerais
Os sais minerais são substâncias essenciais ao bom funcionamento do metabolismo, participando da estruturação do organismo (constituindo os ossos) e até mesmo integrando reações direta ou indiretamente vitais, por exemplo, a fotossíntese e a respiração.
Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo;
Podem ser encontrados livres (íons) ou compondo os seres vivos;
A falta de certos sais minerais pode afetar seriamente o metabolismo ou causar a morte.
Substâncias Orgânicas
3. Carboidratos/ Hidratos de carbono/ Glicídios
Carboidrato - Fórmula geral: Cn (H2O); Funções: energética e plástica (ou estrutural); Classificação: monossacarídios, dissacarídios e polissacarídios.
Monossacarídios – redutores não hidrolisáveis de sabor doce.
Oligossacarídios – formados por resíduos de monossacarídios unidos por ligações hemiacetálicas (glicosídicas), podendo conter de duas até dez unidades.
Polissacarídios – macromoléculas naturais presentes em quase todos os organismos vivos e exercem várias funções.
4. Lipídios
Características gerais: Insolúveis em água/ apolares, mas solúveis em solvente orgânicos; tem o dobro energia carboidratos. Funções: reserva energética: animais (células), isolante térmico, isolante elétrico.
Classificação: Glicerídios (óleos: líquidos e gordura: sólidas); Fosfolipídios (constituintes das membranas celulares); Esteróides (colesterol e hormônios sexuais animais); Lipoproteínas: encontradas no plasma que transportam lipídios incluindo colesterol.
Classes: 
Quilomicrons: pegam os lipídeos do intestino delgado através de células linfáticas
Lipoproteínas de baixa densidade muito baixa (VLDL) 
Lipoproteína de densidade intermediária (IDL) 
Lipoproteínas de densidade baixa (LDL) 
Lipoproteínas de densidade alta (HD)
5. Proteínas/Peptídeos
São compostos orgânicos de alto peso molecular, são formadas pelo encadeamento de aminoácidos; Aminoácidos: Podem ser de origem animal ou vegetal; Há apenas 20 aminoácidos na natureza:
Classificação:
a) Proteínas simples - São também denominadas de homoproteínas e são constituídas, exclusivamente por aminoácidos. Exemplo: albumina, globulina
b) Proteínas Conjugadas - São também denominadas heteroproteínas. As proteínas conjugadas são constituídas por aminoácidos mais outro componente não proteicos chamado grupo prostético. Exemplo: ácido nucléico e ribonucleoproteínas.
c) Proteínas Derivadas - formam-se a partir de outras por desnaturação ou hidrólise. Pode-se citar como exemplos desse tipo de proteínas as proteoses e as peptonas, formadas durante a digestão.
Papel biológico das proteínas:
Função estrutural: Participam da estrutura dos tecidos. Exemplo: colágeno, miosina.
Função hormonal: uma grande quantidade dos hormônios é proteína.
Função nutritiva: fontes de aminoácidos, incluindo os essenciais.
Função enzimática: a maioria das enzimas são proteínas, porém existe um grupo de RNA (ribozimas) que funcionam como enzimas.
Função de defesa: anticorpos são proteínas.
Enzimas: funcionam como catalisadoras, diminuindo a energia de ativação e o tempo gasto na reação. São altamente específicas; Sofrem ação de alguns fatores externos (temperatura, pH, quantidade de substrato).
6.Vitaminas:
São necessárias ao corpo em pequenas quantidades; Podem ser hidrossolúveis (vitaminas C e as do complexo B) e lipossolúveis (Vitaminas K, A, D e E).
7. Ácidos Nucléicos
Substâncias químicas das quais são feitos os genes.
DNA: É composto por nucleotídeos (fosfato, desoxirribose e uma base nitrogenada (A, G, T, C); Formado por uma dupla hélice de hidrogênio que se ligam por pontes de H. Chamado de Ácido Desoxirribonucléico.
RNA: É composto por nucleotídeos (fosfato, ribose e uma base nitrogenada (A, G, U, C); Formado por uma fita simples; Há três tipos: RNAm, RNAt e RNAr. Chamado Ácido Ribonucléico.
A informação contida no DNA, o código genético, está registrada na sequência de suas bases na cadeia (timina sempre ligada à adenina, e citosina sempre com guanina). A sequência indica outra sequência, a de aminoácidos - substâncias que constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante direto das proteínas; para isso ele forma um tipo específico de RNA, o RNAm, no processo chamado transcrição.
Os genes estão no DNA, no núcleo das células. Já a "fábrica" de proteínas se localiza no citoplasma celular em estruturas específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNAm. Na transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que se quer produzir são copiados na forma de RNA mensageiro. Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico para um tipo de aminoácido.
 Nos ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por moléculas de RNA de transferência (RNAt), responsável pelo transporte dos aminoácidos até o local onde será montada a cadeia proteica. Essa produção de proteínas com base em um código é o fundamento da engenharia genética.
Membrana Celular
A membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema é um envoltório fino, poroso e microscópico que reveste as células dos seres procariontes e eucariontes. Ela tem como funções: 
Permitir a interação e reconhecimento entre células
Individualizar as organelas
Manter a forma da célula
Selecionar o que entra e o que sai da célula (permeabilidade seletiva)
A membrana plasmática é tão fina (entre 6 a 9 nm) que somente após o desenvolvimento da microscopia eletrônica que ela pode ser observada.
Estudos com membranas plasmáticas isoladas revelam que seus componentes mais abundantes são fosfolipídios, colesterol e proteínas. É por isso que se costumam dizer que as membranas plasmáticas têm constituição lipoprotéica.
Mosaico Fluído
A disposição das moléculas na membrana plasmática foi elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido. 
Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas plasmáticas de um eucariócitos contêm quantidades particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida.
Proteínas
As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto. Podem ser periféricas/extrínsecas ou integradas/intrínsecas, e as integrais podemser também transmembrana.
Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras.
Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células.
Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células.
Proteínas receptoras de membrana.
Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.
Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica.
Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.
Protege a célula de agressões mecânicas e químicas
Auxilia no processo de despolarização de membranas em neurônios
Reconhecimento e adesão celular
Isolamento elétrico de axônios (bainha de mielina)
Especificidade do sistema ABO
Ação enzimática
Lipídios	
Fornece a estrutura básica da célula
Serve como barreira de permeabilidade
Barreira impermeável a compostos hidrofílicos
Maior quantidade de colesterol deixa mais fluida, menor quantidade deixa menos fluida
Estado de gel em baixas temperaturas e estado fluido em altas temperaturas.
Transporte
A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas substâncias e não por outras define sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e o soluto (partícula dissolvida). Classificam-se as membranas, de acordo com a permeabilidade, em 4 tipos:
Permeável: permite a passagem do solvente e do soluto;
Impermeável: não permite a passagem do solvente nem do soluto;
Semipermeável: permite a passagem do solvente, mas não do soluto;
Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e de alguns tipos de soluto.
Nessa última classificação se enquadra a membrana plasmática.
A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de concentração). Isso se dá até que a distribuição das partículas seja uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam-se proporcionais.
A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve vários mecanismos, entre os quais podemos citar:
Transporte passivo: Osmose; Difusão simples; Difusão facilitada. 
Transporte ativo: Bomba de sódio e potássio.
Endocitose e exocitose: Fagocitose; Pinocitose.
Citoplasma
Além da parte fluida, o citoplasma contém bolsas e canais membranosos e organelas ou orgânulos citoplasmáticos, que desempenham funções específicas no metabolismo da célula eucarionte.
O citoesqueleto tem três tipos de filamentos preteicos: filamentos de actina (subunidades formando fios, dão movimento), microtúbulos (proteínas reguladoras, de associação e motoras) e filamentos intermediários (tensão mecânicas). Também é composto por cílios e flagelos, com função de locomoção, captura de alimento, filtrar partículas, criar corrente de líquido.
O fluido citoplasmático é constituído principalmente por água, proteínas, sais minerais e açucares. No citosol ocorre a maioria das reações químicas vitais, entre elas a fabricação das moléculas que irão constituir as estruturas celulares. É também no citosol que muitas substâncias de reserva das células animais, como as gorduras e o glicogênio, ficam armazenadas.
Na periferia do citoplasma, o citosol é mais viscoso, tendo consistência de gelatina mole. Essa região é chamada de ectoplasma (do grego, ectos, fora). Na parte mais central da célula situa-se o endoplasma (do grego, endos, dentro), de consistência mais fluida.
Organelas Celulares
O retículo endoplasmático: Conjunto de vesículas, canais e tubos que se intercomunicam. Tipos de retículo: 
Retículo endoplasmático rugoso/ granuloso (RER): formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à presença de grânulos – os ribossomos (grânulos citoplasmáticos formados por moléculas de RNAr e proteínas) – aderidos à sua superfície externa (voltada para o citosol). Com função de armazenamento, síntese de lipídios, transporte de substâncias e também síntese de proteínas.
Liso/ não granuloso (REL): formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de superfície lisa. Com função de armazenamento, síntese de lipídios e transporte de substâncias.
Os dois tipos de retículo estão interligados e a transição entre eles é gradual. Se observarmos o retículo endoplasmático partindo do retículo rugoso em direção ao liso, vemos as bolsas se tornarem menores e a quantidade de ribossomos aderidos diminuir progressivamente, até deixar de existir.
Aparelho de Golgi: local onde ocorre o empacotamento de proteínas e lipídios. Consiste de bolsas membranosas achatadas, empilhadas como pratos. Cada uma dessas pilhas recebe o nome de dictiossomo. O complexo de Golgi age como um transportador de proteínas e lipídios, dentro do Golgi os produtos são marcados para um “endereço”. Também produz enzimas do suco pancreático, produz muco das células caliciformes (intestino), produz o acrossoma do espermatozoide e origina os lisossomas.
Doenças decorrentes de defeitos pós-traducionais:
Diabetes mellitus pró-insulínica: devido a não transformação da pró-insulina (inativa) em insulina ativa; Síndromes de Ehlers-Danlos: pele friável, amolecimento dos ligamentos das articulações, lesões do colágeno do olho, vasos e tubo digestivo.
Lisossomos: Pequenas vesículas que contêm enzimas digestivas, especializadas na digestão intracelular (autofagia, heterofagia e autólise). Há mais de um tipo:
Primários ou de reserva: enzima sintetizada pelos ribossomos e armazenada no retículo endoplasmático.
Heterofagossomo: Surge após a ingestão da célula de algum material.
Corpos residuais: surge quando a digestão não é completa, permanecendo por muito tempo na célula (envolvido no processo de envelhecimento).
Vacúolo autofágico ou autossomo: especializado em digerir partes da célula que o contém.
Doenças lisossomais: doença de pompe (deficiência na glicosidade), acúmulo de glicogênio, cardiomegalia e hipotonia.
Peroxissomos: Vesículas semelhantes aos lisossomos, com enzimas para destruição de substâncias tóxicas.
Doenças causadas por defeitos nos peroxissomos:
Síndrome Cérebro-hepatorenal ou Síndrome de Zellweger:
Defeitos neurológicos, hepáticos e renais.
Morte precoce (infância)
Peroxissomos “vazios” (fígado e rins)
Deficiência no transporte de enzimas para dentro dos peroxissomos.
Adrenoleucodistrofia:
Falta uma enzima
Afeta meninos antes da puberdade
Deficiência na secreção da glândula adrenal e disfunções neurológicas
Acúmulo de ácido graxo saturado de cadeia muito longa, devido a sua 	não oxidação
Centríolo: é uma organela fibrilar, formada por túbulos de proteínas, geralmente aos pares em posições perpendiculares. Participa da divisão celular (orienta a disposição das fibras do fuso mitótico e a distribuição dos cromossomos).
Mitocôndrias: Organelas muito pequenas e difíceis de observar ao microscópio óptico, pode chegar a 2000 por célula e é normalmente elítica (filamentosa ou esférica), mas pode mudar de formato e local constantemente, apresentam DNA e RNA próprios. Sua membrana externa é lisa e a interna tem invaginações. Funções que necessitam de energia: 
	
MOTILIDADE-CONTRAÇÃO
BIOSSÍNTESE DE COMPONENTES CELULARES
TRANSPORTE ATIVO
TRANSMISSÃO DE SINAIS
ENDOCITOSE-EXOCITOSE
MITOSE-MEIOSEToda mitocôndria surge da reprodução de uma outra, por divisão binária. No zigoto, ou célula-ovo, estão presente somente as mitocôndrias de origem materna.
Doenças mitocondriais: doença de Luft (simula hipertiroidismo), miopatia
mitocondrial infantil (falta enzima da cadeia transportadora de elétrons). Esôfago (dificuldade de engolir, disfagia), coração (insuficiência cardíaca), intercostais e diafragma (dificuldade respiratória).
Núcleo: seu interior comanda e coordena, até a divisão celular.
 		
Replicação do DNA
Processo em que cada cadeia de DNA dá origem a uma cadeia filha igual à que lhe deu origem. 
Processo semiconservativo: na replicação as 2 fitas de DNA parental são copiadas, originando moléculas filhas com somente uma das fitas novas sintetizadas.
Início da replicação: replicação inicia em sequências específicas = as Origens.
Movimento da forquilha de replicação: pode ser: UNIDIRECIONAL – 1 forquilha ou BIDIRECIONAL – 2 forquilhas opostas.
Direção da replicação: adição de nucleotídeos sempre no sentido 5’-3.
Semidescontinuidade da replicação: a replicação ocorre de maneira contínua numa fita e descontínua na outra
A transcrição e síntese do RNA (responsáveis pela produção de proteínas, que contém somente uma fita) é feita a partir de um fragmento do DNA. Segue as mesmas regras que a replicação do DNA. Exceto: pela Timina, que vira Uracil e pela ausência do primer.
No início há reconhecimento das sequências do DNA, depois ribonucleotídeos são incorporados e no final a síntese é interrompida. Sequências de bases do DNA, viram sequências de bases do RNA, que viram sequência de aminoácidos, que por fim irão se tornar uma proteína.
Sabemos que as proteínas, substâncias essenciais para o funcionamento do corpo, são um conjunto de aminoácidos que estão ligados entre si por ligações peptídicas. A sequência de aminoácidos de uma proteína será determinada pela disposição das bases nitrogenadas em um RNAm. Este, por sua vez, será produzido a partir de uma molécula de DNA. Podemos dizer, portanto, que o DNA fornece as informações para a produção das proteínas.
O código genético pode ser definido como a relação entre as trincas (códons) encontradas no RNAm e os aminoácidos encontrados em uma proteína. Os códons são trincas formadas pelas bases nitrogenadas (A, U, C e G).
Podemos dizer, portanto, que o código genético apresenta três características importantes:
Especificidade: Uma trinca sempre codificará o mesmo aminoácido;
Universalidade- Todos os seres vivos utilizam o mesmo código genético para codificar os aminoácidos;
Redundância- Um aminoácido pode ser codificado por diferentes trincas.
O RNA mensageiro (RNAr) é o responsável por levar a informação do DNA do núcleo até o citoplasma, onde a proteína será produzida.
O RNA transportador (RNAt) também é produzido a partir de uma fita do DNA. Esse RNA é assim chamado porque ele é o responsável por transportar os aminoácidos que serão utilizados na formação das proteínas até os ribossomos, onde haverá de fato a síntese das proteínas.
O RNA ribossômico (RNAr), chamado por alguns de RNA ribossomial, faz parte da constituição dos ribossomos. É nos ribossomos que a sequência de bases do RNA mensageiro é interpretada e a proteína, de fato, sintetizada.
Sistema ABO
Quando, em uma transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o seu, as hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.
No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo.
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e pessoas do gripo O não tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.
A produção de aglutinogênios A e B são determinadas, respectivamente, pelos genes I A e I B. Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. Trata-se, portanto de um caso de alelos múltiplos. Entre os genes I A e I B há co-dominância (I A = I B), mas cada um deles domina o gene i (I A > i e I B> i).
	Fenótipos
	Genótipos
	A
	 I AI A ou I Ai
	B
	 I BI B ou I Bi
	AB
	I AI B
	O
	ii
Genética
A Genética é uma parte da Biologia que estuda, principalmente, como ocorre a transmissão de características de um organismo aos seus descendentes. Sendo assim, podemos dizer, resumidamente, que ela é uma ciência que se volta para o estudo da hereditariedade, preocupando-se também com a análise dos genes.
Ao estudar Genética, entender alguns termos é essencial. Assim sendo, separamos uma lista dos principais termos que devem ser compreendidos para um maior entendimento da Genética.
Alelo: Forma alternativa de um mesmo gene que ocupa o mesmo lócus em cromossomos homólogos.
Aneuploidia: Alteração cromossômica numérica que afeta um ou mais tipos de cromossomos. O tipo mais comum de aneuploidia é a trissomia, em que há um cromossomo extra, ou seja, a pessoa apresenta 47 cromossomos, mas o padrão é 46.
Autossômico: Dizemos que os cromossomos são autossômicos quando não são sexuais, ou seja, todos os cromossomos, exceto o X e o Y. No total, temos 22 pares de cromossomos autossômicos.
Cariótipo: É a constituição cromossômica de um indivíduo.
Codominância: Quando dois alelos que estão em heterozigose expressam-se.
Cromossomos: sequências de DNA espiraladas que carregam os genes.
Cromossomos homólogos: cromossomos que formam pares durante a meiose I, apresentando formato e tamanho similares e mesmo loci.
Dominância: Um gene exerce dominância quando ele se expressa mesmo que em dose simples, ou seja, em heterozigose.
Epistasia: Condição em que um alelo de um gene bloqueia a expressão dos alelos de outro gene.
Euploidia: Alteração cromossômica numérica em que todo o conjunto cromossômico é alterado.
Fenótipo: Características bioquímicas, fisiológicas e morfológicas observáveis em um indivíduo. O fenótipo é determinado pelo genótipo e pelo meio ambiente.
Genes: Sequência de DNA que codifica e determina as características dos organismos. É a unidade fundamental da hereditariedade.
Genótipo: Constituição genética de uma pessoa.
Heterozigoto: Indivíduo que apresenta dois alelos diferentes em um mesmo lócus em cromossomos homólogos.
Homozigoto: Indivíduo que apresenta o mesmo alelo em um mesmo lócus em cromossomos homólogos.
Locus gênico (plural loci): Posição que um gene ocupa em um cromossomo.
Recessividade: Um gene recessivo só se expressa em homozigose.
Mutações cromossômicas
Toda e qualquer modificação que interfira no número ou na estrutura dos cromossomos de uma célula é chamada mutação cromossômica, ou aberração cromossômica. As mutações cromossômicas podem ser classificadas em mutações numéricas, em que há alteração no número de cromossomos de célula, e mutações estruturais, em que há alteração na forma ou no tamanho de um ou mais cromossomos da célula.
As mutações numéricas são, ainda, subdivididas em aneuploidias e euploidias. As mutações estruturais são provenientes de fragmentos cromossômicos seguidos de perda de pedaços em locais diferentes da original. Esse tipo de mutações podem ser classificadas em:
Deficiência ou deleção: quando o cromossomo é desprovido de uma parte.
Duplicação: quando há a repetição de um pedaço do cromossomo.
Inversão: quando o cromossomo tem uma porção invertida.
Translocação: quando um cromossomo apresenta uma parte proveniente de outro cromossomo.
As mutações cromossômicas estruturais podem se fazerpresentes tanto em condições homozigóticas, quanto em condições heterozigóticas. Trata-se de uma mutação cromossômica em homozigose quando o indivíduo apresenta ambos os membros de um par de cromossomos com a mutação. Quando apenas um dos cromossomos do par de homólogos apresenta a mutação, trata-se de uma mutação cromossômica em heterozigose.
Em linhas gerais, essas mutações não dão origem a novos tipos de genes, porém, possibilitam o surgimento de novas combinações gênicas. E, ainda que sejam menos significativas para a evolução do que as mutações gênicas (alteração do código genético que produz novas versões de genes) e a recombinação gênica (mistura de genes de indivíduos diferentes), as mutações cromossômicas também contribuem para a manutenção da variabilidade gênica de determinadas populações naturais.

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