Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REVISÃO DE PENAL TIPO PENAL Conceito: Quando uma lei define uma conduta para proteger determinados bens cuja tutela se mostrou insuficiente para os demais ramos de direito TIPICIDADE PENAL= TIPICIDADE FORMAL + TIPICIDADE CONGLOBANTE Tipicidade Formal: É o enquadramento perfeito da ação com a descrição do direito penal Tipicidade Conglobante: (tipicidade material+ antinormatividade) = antijuridicidade + relevância pro direito penal Adequação Típica Subordinação direta: Quando a conduta encaixa perfeitamente com a descrição da lei penal Subordinação indireta: Quando o objetivo do indivíduo é ilícito, mas sua conduta não encaixa na norma (Normas de expansão) Ex: ART. 13 &2 Fases da evolução do tipo 1º Descritivo 2º. Adiciona-se a ilicitude 3° Fusão (típico + ilícito) Classificação do Tipo Penal BÁSICO OU DERIVADO: Básico: É a simples descrição da ação (Caput do artigo) Derivado: Quando os detalhes que especificam a conduta (parágrafos e incisos) FECHADOS E ABERTOS: Fechados: Descrição exata do crime (dolosos) Abertos: Quando o tipo penal exige interpretação do caso concreto (culposos) CONGRUENTES E INCONGRUENTES: Congruentes: Quando o objetivo do autor coincide com o resultado Incongruentes: Quando o resultado não era a vontade do autor Elementos do tipo penal Núcleo: É o verbo de ação do tipo penal Uninuclear: Somente um verbo Plurinuclear: Dois ou mais verbos Objeto Material: É o objeto ou pessoa sob o qual recai a conduta Sujeito ativo: Aquele que pratica a ação prevista no tipo Sujeito ativo próprio: Há uma condição para poder ser o autor dessa conduta Sujeito ativo comum: Qualquer pessoa pode performar a ação Sujeito passivo: Aquele sob o qual recai a conduta Sujeito passivo próprio: Há uma condição pra sofrer de tal conduta Sujeito passivo comum: Qualquer um pode sofrer tal conduta Elementares do tipo Características que definem o delito (no roubo/furto o objeto deve ser alheio a pessoa que está furtando/roubando) ILICITUDE Conceito: Limite de justificação da conduta ilícita Espécies: Necessário: Estado de necessidade e legítima defesa Direito: Estrito cumprimento do dever legal, exercício regular de um direito Ausência de interesse: consentimento da vítima ESTADO DE NECESSIDADE Conceito: Está em estado de necessidade aquele que pratica o fato para se salvar de perigo atual ou iminente que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, cujo sacrifício não era razoável exigir-se ELEMENTOS: Perigo atual ou iminente; Não provocado por ele; Inevitabilidade do dano Razoabilidade 2 bens jurídicos em perigo Teorias: Unitária: Diz que todo estado de necessidade é justificante, se o objeto era menos valioso ou de igual valor ao outro Diferenciadora: Diz que há estado de necessidade justificante quando o objeto é menos valioso e estado de necessidade exculpante quando é de igual valor. ESPÉCIES DO ESTADO DE NECESSIDADE Agressivo: Ocorre quando a ação é contra um terceiro que não causou o estado de necessidade Defensivo: Ocorre quando a ação é contra quem ou o que causou o estado de necessidade Estado de necessidade putativo: Ocorre quando a pessoa acredita que está em estado de necessidade, se a situação fosse real existiria uma excludente de ilicitude Consequências jurídico-penal: Escusável: isento de pena Inescusável: responde de modo culposo LEGÍTIMA DEFESA Conceito: Entende-se em legítima defesa quem usando moderadamente dos meios necessários repele injusta agressão, atual ou eminente a direito seu ou de outrem. Legítima defesa real: está acontecendo de fato Legítima defesa putativa: Situação imaginária ou agressão justa (Se escusável, isenta de pena o agressor. Se inescusável o agressor responde de modo culposo) Excesso na legítima defesa Excesso doloso em sentido estrito: Ocorre quando a pessoa percebe que a agressão encerrou e se excede com a intenção de lesionar o indivíduo Excesso doloso – erro sobre os limites da causa de justificação (mas sabia que a agressão tinha cessado) Excesso culposo: O agente não percebe que cessou a agressão e acredita estar protegido pela excludente de ilicitude Excesso Extensivo: o agente se excede no tempo da agressão Excesso Intensivo: o agente se excede na intensidade da agressão Legítima defesa sucessiva: Quando o ato começa como uma legítima defesa, mas passa a ser agressão injusta Ofendículos: Proteção da casa com vidro no muro/cachorro. Se classifica como o exercício regular do direito em um primeiro momento e como legítima defesa quando fere alguém. Estrito cumprimento do dever legal: *prévio dever legal imposto ao agente *limite do dever legal *agentes públicos Exercício regular de um direito: direito facultativo dos indivíduos CULPABILIDADE Conceito: elemento subjetivo que liga o fato ao seu autor, manifestando-se pelo dolo ou pela culpa Sistema da ação final: Toda ação humana tem uma finalidade; culpabilidade normativa ELEMENTOS Imputabilidade Penal: Possibilidade de responsabilizar o indivíduo pela ação Fator BIOPSICOLÓGICO: Intelectual (+18) ou Volitivo (drogas e álcool) Art. 26 Incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou agir de acordo com esse entendimento Consequência jurídico-penal: Se ele for completamente incapaz (inimputável) e se for relativamente incapaz sofre diminuição da pena (medida de segurança) Menores de 18 anos: legislação especial por serem inimputáveis e são penalmente inimputáveis Pena agravada e não excluem a imputabilidade penal Paixão ou emoção Embriaguez: voluntária ou culposa Isento de pena: caso fortuito, força maior e/ou era incapaz de entender o que está fazendo Embriaguez pré-ordenada: O agente usa da bebida para criar coragem de cometer o crime Potencial conhecimento da ilicitude Erro de proibição: Erro sobre a ilicitude do fato (achou que era licito real oficial); Se escusável isenta de pena, se inescusável diminui a pena. Espécies de erro de proibição Erro direto: O indivíduo erra sobre a ilicitude de uma conduta que incide sob um tipo penal proibitivo (Não pode fazer) Erro indireto: Erra sobre os limites de exclusão de ilicitude (justificativas) Erro mandamental: O sujeito acredita que não precisa ajudar (omissivos) Consequências jurídicos-penais: Se escusável isenta de pena, se inescusável reduz a pena EXIGIBILIDADE DA CONDUTA DIVERSA Art.22 Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem Consequência jurídico-penal: Exclui a culpabilidade do autor e a responsabilidade recaí sobre o autor da coação DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO Desistência voluntária: Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados Requisitos: Desiste da conduta criminosa antes de acabarem os atos executórios Voluntariamente O motivo da desistência é relevância Arrependimento eficaz: Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados Requisitos: Crime material (resultado naturalístico) Voluntariamente Eficácia do arrependimento Se o resultado não for evitado com sucesso, o agente responde pelo crime consumado Arrependimento Posterior: - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços Crime Impossível: Conceito: Ocorre quando o sujeito tenta praticar a conduta, mas é impossível o crime se consumar Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absolutaimpropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime Teorias: Sintomática: Se o indivíduo manifestasse uma intenção perigosa poderia ser acusado de algum crime Subjetiva: Se o indivíduo manifestasse uma tentativa, mesmo que impossível, era punido Objetiva Pura: depende da situação concreta, se for impossível não tem responsabilidade Temperada: Meio absolutamente incapaz/ Objeto absolutamente impróprio (Não responde por nada) Meio relativamente incapaz/ Objeto relativamente impróprio (responde pela tentativa) Elementos do crime impossível Dolo Início da execução Não consumação por circunstâncias alheias Resultado impossível ERRO DE TIPO Conceito: Quando é um erro factual essencial ao tipo penal Espécies do erro de tipo Erro de tipo essencial: erro de um fato essencial ao tipo penal Erro de tipo incriminador: Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Erro de tipo permissivo: Acredita que tinha permissão em virtude de alguma excludente de ilicitude § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo Erro de tipo sobre a pessoa: § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (homicídio privilegiado) Consequência jurídico-penal: Se escusável, isenta de pena e se inescusável responde pela forma culposa (se tiver) CONCURSO DE AGENTES Crimes unisubjetivos: um único indivíduo pode praticar Crimes plurisubjetivos: dois ou mais indivíduos para praticar (concurso necessário) Requisitos Pluralidade de agentes (2 ou +) Relevância causal: contribuição p crime Liame subjetivo: conexão entre os autores e o resultado Identificação de infração: mesmo crime Teoria Pluralismo: 2 pessoas = 2 crimes diferentes Dualismo = 2 espécies de agente (autor e partícipe) e 2 crimes diferentes Monista: divide os agentes, mas o crime é o mesmo AUTORIA Objetiva-formal: Autor é quem pratica o verbo núcleo do crime (co autoria no mesmo verbo) Extensiva: todo mundo que participa do crime é autor Teoria do domínio do fato: autor é quem domina o crime (necessário p/ execução) Espécies de autores CO-AUTOR Parcial: dividem o verbo do tipo penal Direta: todos os autores praticam o verbo AUTOR DIRETO/IMEDIATO É aquele que pratica o verbo que vai consumar o crime AUTOR INDIRETO/MEDIATO É quando o autor real se utiliza de outra pessoa para praticar o crime Erro determinado por 3º: § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro (induz alguém a praticar um crime, convencendo ele que não é) Coação moral: Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem Instrumento impunível: Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal Autor intelectual: É o mentor do crime, não pratica o verbo, mas sem ele o crime não se sucederia Participação Auxilio ao autor do crime Espécies: Moral ou material Teorias: Acessoriedade limitada: Há uma participação quando há um fato típico e ilícito Desistência voluntária e arrependimento eficaz Só responde pelos atos praticados se ele convencer o autor a parar; se não convencer responde pelo crime consumado Participação de menor importância Diminui a pena de 1/6 à 1/3 Participação em crime menos grave § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Compartilhar