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APOSTILA MÓDULO 01

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Prévia do material em texto

1  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
ISOLADA DE 
MÓDULO 01 
Compreensão e Interpretação 
de Textos 
 
 
2  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, pessoal, 
Estamos iniciando a Turma Isolada de Língua Portuguesa Professor Adeildo Júnior. 
Trata-se de um curso modular, em que você irá estudar o Português com foco total em 
concursos públicos. O curso se divide em 6 módulos, cada um com 2 meses de duração. 
Neste primeiro módulo, iremos trabalhar com a compreensão e a interpretação de tex-
tos, e apresentaremos conceitos-chaves importantes para entendermos as análises que 
serão realizadas, e servirão de suporte inclusive para outras provas, como as de Direito. 
Trata-se de um conjunto de informações iniciais fundamentais, pois servem de suportes 
a uma série raciocínios, que embasam as competências de leitura e interpretação de 
textos. 
Ao final desse estudo, você saberá o que é compreender e o que é interpretar um texto; 
como identificar as ideias de um texto; como reconhecer informações explícitas e implí-
citas; como avaliar conclusões, inferências e deduções concebidas a partir da leitura 
dos textos; como reconhecer erros de extrapolação, de redução e de contradição. 
Atenção às explicações e bons estudos! 
 
Professor Adeildo Júnior
 
 
3  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
CONCEITOS-CHAVES 
 
TEXTO 
 
É um conjunto de ideias organizadas e relaciona-
das entre si, formando um todo significativo capaz de pro-
duzir interação comunicativa (capacidade de codificar e 
decodificar). 
 
CONTEXTO 
 
É um texto é constituído por diversas frases. Em 
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-
se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições 
para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o re-
lacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma 
frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
paradamente, poderá ter um significado diferente da-
quele inicial. 
 
INTERTEXTO 
 
Comumente, os textos apresentam referências di-
retas ou indiretas a outros autores através de citações. 
Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
COMPREENSÃO DE TEXTO 
 
A base conceitual da interpretação de texto é a 
compreensão. A etimologia, ainda que não seja um re-
curso confiável para estabelecer o significado das pala-
vras, pode ser útil aqui, para mostrar a diferença entre 
compreender e interpretar. “Compreender” vem de duas 
palavras latinas: “cum”, que significa “junto” e “prehen-
dere” que significa “pegar”. Compreender é, portanto, 
“pegar junto”. Essa ideia de juntar é óbvia em uma das 
principais acepções do verbo compreender: ser composto 
de dois ou mais elementos, ou seja, abarcar, envolver, 
abranger, incluir. 
Compreender um texto escrito significa, por tudo 
isso, extrair a informação necessária da maneira mais efi-
ciente possível. Por exemplo, aplicamos diferentes estra-
tégias de leitura quando olhamos a página de classifica-
dos de um jornal à procura de um tipo particular de apar-
tamento e quando cuidadosamente lemos um artigo cien-
tífico de especial interesse. Entretanto, localizar o classifi-
cado relevante e compreender a nova informação contida 
no artigo demonstra que o objetivo de leitura foi alcan-
çado com sucesso. No primeiro caso, um leitor competente 
rapidamente rejeitará a informação irrelevante e encon-
trará o que está procurando. No segundo caso, não é su-
ficiente entender a ideia geral do texto: uma compreensão 
mais detalhada é necessária. É, portanto, essencial levar 
estes elementos em consideração. 
 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
O primeiro objetivo de uma interpretação de um 
texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, 
localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, 
as argumentações, ou explicações, que levem ao esclare-
cimento das questões apresentadas na prova. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais 
de uma argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os 
quais definem o tempo). 
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou 
de diferenças entre as situações do texto. 
3. Comentar – é relacionar o conteúdo apresentado com 
uma realidade, opinando a respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundá-
rias em um só parágrafo. 
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. 
 
Exemplo: 
 
 Título do texto Paráfrases 
“O homem unido” A integração do mundo 
A integração da humanidade 
A união do homem 
Homem + homem = mundo 
A macharada se uniu (sátira) 
 
INTERTEXTUALIDADE 
 
A Linguística Textual, disciplina que aborda os es-
tudos sobre o texto, tem se dedicado bastante à análise 
de um de seus grandes temas: a intertextualidade. 
A intertextualidade ocorre quando um texto está 
inserido em outro texto, podendo acontecer de maneira 
implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita 
(quando há citação da fonte do intertexto). Muitos compo-
sitores e escritores brasileiros utilizaram-se desse recurso, 
elaborando um texto novo a partir de um texto já existente, 
os chamados textos fontes, considerados fundamentais 
em uma determinada cultura por fazerem parte da memó-
ria coletiva de uma sociedade. 
Pensemos na estrutura da palavra intertextuali-
dade: o sufixo inter, de origem latina, refere-se a uma no-
ção de relação, dependência. Dessa forma, podemos di-
zer que a intertextualidade acontece quando os textos 
conversam entre si, estabelecendo assim uma relação 
dialógica, representada em citações, paródias ou pará-
frases. Sua importância é inquestionável para a leitura e 
a produção de sentidos, pois realça o estudo da coerência 
através do conhecimento declarativo ou através do conhe-
cimento construído a partir de nossas vivências. 
Para conseguirmos perceber o intertexto e a poli-
fonia presente nas vozes do discurso, é necessária uma 
ampla bagagem de leitura, o que permitirá a você, caro 
leitor, ser capaz de realizar inferências e ligações entre 
diferentes textos, seja na superfície, seja nas entrelinhas. 
 
 
4  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
Nesta seção, você encontrará diversos artigos relaciona-
dos com o tema, podendo, assim, aprimorar seus conhe-
cimentos. 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros li-
terários, estrutura do texto), leitura e prática; 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico; 
 
OBSERVAÇÃO – Na Semântica (significado das pala-
vras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e 
conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de 
linguagem, entre outros. 
 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
INTERPRETAR x COMPREENDER 
 
Interpretar significa Compreender significa 
- Reconhecer o que o texto 
permite dizer. 
- Explicar, comentar, julgar, 
tirar conclusões, deduzir. 
 
Tipos de enunciados 
Através do texto, infere-se 
que… 
É possível deduzir que… 
O autor permite concluir 
que… 
Qual é a intenção do autor 
ao afirmar que… 
De acordo com o texto, é cor-
reta ou errada a afirma-
ção… 
Conclui-se / Deduz-se / In-
fere-se da leitura do texto 
que... 
- Reconhecer o que o texto 
diz, explícita ou implicita-
mente. 
- Intelecção, entendimento, 
atenção ao que realmente 
está escrito. 
 
Tipos de enunciados: 
O texto diz que… 
É sugerido pelo autor que… 
O narrador afirma... 
Nas palavras do autor... 
Segundo o autor,... 
Para o autor... 
Conclui-se / Deduz-se / In-
fere-se na leiturado texto 
que... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do 
tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do enten-
dimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candi-
dato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
quentemente, errando a questão. 
 
OBSERVAÇÃO – Muitos pensam que há a ótica do escritor 
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova 
de concurso qualquer, o que deve ser levado em conside-
ração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
 
COESÃO – é o emprego de mecanismo de sintaxe que re-
lacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através 
de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um 
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o 
que se vai dizer e o que já foi dito. 
 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-
dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do 
pronome oblíquo átono. Este depende da regência do 
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
tecedente. 
 
EXERCÍCIOS 
 
TEXTO 1 
 
A vírgula não foi feita para humilhar ninguém 
 
Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego 
na Prefeitura de Macajuba por coisas de pontuação. Certa 
vez, o diretor do Serviço de Obras chamou o amanuense 
para uma conversa de fim de expediente. E aconselhativo: 
─ Seu Borjalino, tenha cuidado com as vírgulas. 
Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca 
não tem dinheiro para comprar vírgulas novas. 
Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas 
por todos os lados e foi despedido. Como era sujeito de 
brio, tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vír-
gulas em seus devidos lugares. Estudou e progrediu. Mais 
do que isso, saiu das páginas da gramática, escrevendo 
bonito, com rendilhados no estilo. Cravava vírgulas e cra-
ses como ourives crava as pedras. O que fazia o coletor 
federal Zozó Laranjeira apurar os óculos e dizer com orgu-
lho: 
─ Não tem como o Borjalino para uma vírgula e 
mesmo para uma crase. Nem o presidente da República! 
E assim, um porco espinho de vírgulas e crases, 
Borjalino foi trabalhar, como escriturário, na Divisão de 
Rendas de São Miguel do Cupim. Ficou logo encarregado 
dos ofícios, não só por ter prática de escrever como pela 
fama de virgulista. Mas, com dois meses de caneta, era 
despedido. O encarregado das Rendas, funcionário sem 
vírgulas e sem crases, foi franco: 
─ Seu Borjalino, sua competência é demais para 
repartição tão miúda. O amigo é um homem de instrução. 
 
 
5  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
É um dicionário. Quando o contribuinte recebe um ofício 
de sua lavra cuida que é ordem de prisão. O Coronel Bal-
duíno dos Santos quase teve um sopro no coração ao ler 
uma peça saída de sua caneta. Pensou que fosse ofensa, 
pelo que passou um telegrama desaforado ao Senhor Go-
vernador do Estado. Veja bem! O Senhor Governador. 
E por colocar bem as vírgulas e citar Nabucodono-
sor em ofício de pequena corretagem, o esplêndido 
Borjalino foi colocado à disposição do olho da rua. Com 
uma citação no Diário Oficial e duas gramáticas debaixo 
do braço. 
 
CARVALHO, José Cândido de. In: Os mágicos municipais. 
Rio de Janeiro. José Olympio, 198. p. 44-5. 
 
01. Com o trecho do 1º parágrafo “E aconselhativo:”, 
percebe-se que 
A) o chefe de Borjalino não tinha pretensões de prejudicá-
lo. 
B) o superior de Borjalino era membro pertencente ao con-
selho da empresa. 
C) Borjalino possuía um chefe autoritário e pouco conse-
lheiro. 
D) em tom áspero, o chefe se dirigia a Borjalino, repreen-
dendo-o em todos os seus atos. 
E) Borjalino era irreverente e pouco adepto aos conselhos 
do chefe. 
 
02. Através da passagem “Fez outros ofícios, semeou vír-
gulas empenadas por todos os lados...”, o autor demons-
tra que 
A) de fato, Borjalino não era adepto ao uso dos sinais de 
pontuação. 
B) Borjalino redigia ofícios, sem dar importância às nor-
mas gramaticais da língua. 
C) naquele momento da redação, Borjalino usou excessi-
vamente as vírgulas. 
D) sempre redigia os ofícios utilizando, de forma escassa, 
os sinais de pontuação. 
E) Borjalino utilizava comedidamente os sinais de pontu-
ação. 
 
TEXTO 2 
 
Entre 11 de junho e 11 de julho de 2010, pessoas do 
mundo inteiro assistirão aos jogos da Copa do Mundo de 
Futebol. O evento será realizado pela primeira vez, no 
continente africano, tendo a África do Sul como país-sede. 
Apesar de o torneio durar apenas um mês, os preparativos 
demoram anos e exigem muito esforço, tanto físico quanto 
financeiro. 
A escolha da África do Sul foi anunciada em maio 
de 2004, quando o país derrotou Marrocos por quatorze 
votos contra dez. Para a escolha, os 24 membros do Co-
mitê Executivo da FIFA (Federação Internacional de Fute-
bol) analisaram aspectos, como turismo, segurança, está-
dios, infraestrutura, transporte, rede hoteleira, entre ou-
tros. Geralmente, os países que organizam a Copa seleci-
onam 12 cidades-sede para abrigarem os jogos. Em vir-
tude de a África do Sul não ser uma potência econômica, 
a FIFA permitiu a escolha de apenas nove cidades, sendo 
que Johanesburgo terá dois estádios. As outras oito são: 
Cidade do Cabo, Durban, Nelspruit, Polokwane, Rustem-
burgo, Pretória, Bloemfontein e Port Elizabeth. 
 
 
Obras do principal estádio, o Soccer City, duraram três anos 
 
O principal estádio do Mundial de 2010 é o Soccer 
City (Cidade do Futebol, em português), que está locali-
zado em Johanesburgo. Ele foi construído em substituição 
ao antigo FNB Stadium, ampliando a capacidade de 88 
mil para 94.700 espectadores, tornando-se o maior do con-
tinente africano. As obras duraram três anos e custaram 
cerca de 800 milhões de reais. 
Historicamente, a localização do Soccer City é 
bastante importante. Foi no antigo estádio que, em 1990, 
Nelson Mandela fez o seu primeiro discurso após sair da 
prisão. O outro estádio de Johanesburgo, o Ellis Park, per-
tence a um time de rugby. Em 1995, o Ellis Park recebeu a 
final do mundial rugby, principal esporte do país, vencida 
pela própria África do Sul e retratada por meio do filme 
Invictus, em 2009. Este evento foi muito importante para a 
integração racial, pois atraiu torcedores negros para um 
esporte considerado de brancos. 
 
03. Nesta COPA 2010, a Fifa adotou uma postura dife-
renciada em relação a outras copas mundiais que está 
declarada na alternativa 
A) “Para a escolha, os 24 membros do Comitê Executivo 
da FIFA (Federação Internacional de Futebol) analisaram 
aspectos, como turismo, segurança, estádios, infraestru-
tura, transporte, rede hoteleira, entre outros”. 
B) “Em virtude de a África do Sul não ser uma potência 
econômica, a FIFA permitiu a escolha de apenas nove ci-
dades, sendo que Johanesburgo terá dois estádios”. 
C) “O principal estádio do Mundial de 2010 é o Soccer City 
(Cidade do Futebol, em português), que está localizado 
em Johanesburgo”. 
D “Apesar de o torneio durar apenas um mês, os prepara-
tivos demoram anos e exigem muito esforço, tanto físico 
quanto financeiro”. 
E) “O evento será realizado pela primeira vez, no conti-
nente africano, tendo a África do Sul como país -sede”. 
 
04. Sobre os dois estádios localizados em Johanes-
burgo, existe uma INFORMAÇÃO INCORRETA contidaem uma das alternativas abaixo. Assinale-a. 
A) O Soccer City foi o lugar onde Nelson Mandela proferiu 
seu primeiro discurso após a saída da prisão. 
B) O Soccer City é o estádio mundial mais importante da 
COPA 2010. 
C) O Ellis Park é o maior estádio do continente africano. 
 
 
6  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
D) O Ellis Park pertence a um time de rugby. 
E) O Soccer City substituiu o antigo FNB Stadium. 
 
05. Sobre o texto 2, existe em uma das alternativas 
abaixo uma mensagem que NÃO se encontra nele de-
clarada. Assinale-a. 
A) Em 2004, a África do Sul foi escolhida como país -sede 
para o mundial 2010, ao derrotar Marrocos por quatorze 
votos contra dez. 
B) É a primeira vez que a copa do futebol se realizará no 
continente africano. 
C) Vários esforços, tanto físicos como financeiros, são dis-
pendidos para a realização da Copa Mundial. 
D) Para a realização da Copa Mundial 2010, o Comitê da 
FIFA, formado por 21 membros, analisou, apenas, ques-
tões ligadas à segurança e ao transporte. 
E) Em 2009, o filme Invictus retratou a final mundial de 
rugby, realizada no ano de 1995. 
 
 
TEXTO 3 
 
João, Francisco, Antônio 
 
João, Francisco, Antônio põem-se a contar-me a 
sua vida. Moram tão longe, no subúrbio, precisam sair tão 
cedo de casa para chegar pontualmente a seu serviço. Já 
viveram aglomerados num quarto, com mulher, filhos, a 
boa sogra que os ajuda, o cão amigo à porta... A noite 
deixa cair sobre eles o sono tranquilo dos justos. O sono 
tranquilo que nunca se sabe se algum louco vem destruir, 
porque o noticiário dos jornais está repleto de aconteci-
mentos inexplicáveis e amargos. 
João, Francisco, Antônio vieram a este mundo, 
meu Deus, entre mil dificuldades. Mas cresceram, com os 
pés descalços pelas ruas, como os imagino, e os prováveis 
suspensórios - talvez de barbante - escorregando-lhes pe-
los ombros. É triste, eu sei, a pobreza, mas tenho visto ri-
quezas muito mais tristes para os meus olhos, com vidas 
frias, sem nenhuma participação do que existe, no mundo, 
de humano e de circunstante. (...) 
João, Francisco, Antônio amam, casam, acham 
que a vida é assim mesmo, que se vai melhorando aos 
poucos. Desejam ser pontuais, corretos, exatos no seu ser-
viço. É dura a vida, mas aceitam-na. Desde pequenos, so-
zinhos sentiram sua condição humana e, acima dela, uma 
outra condição a que cada qual se dedica, por ver depois 
da vida a morte e sentir a responsabilidade de viver. 
João, Francisco, Antônio conversam comigo, vesti-
dos de macacão azul, com perneiras, lavando vidraças, 
passando feltros no assoalho, consertando fechos de por-
tas. Não lhes sinto amargura. Relatam-se, descrevem as 
modestas construções que eles mesmos levantaram com 
suas mãos, graças a pequenas economias, a algum favor, 
a algum benefício. E não sabem com que amor os estou 
escutando, como penso que este Brasil imenso não é feito 
só do que acontece em grandes proporções, mas destas 
pequenas, ininterruptas, perseverantes atividades que se 
desenvolvem na obscuridade e de que as outras, sem as 
enunciar, dependem. 
Por isso, as enuncio, porque sei que, na sombra, se 
desenvolve este trabalho humilde de Antônio, Francisco, 
João. 
(Cecília Meireles. Janela mágica. São Paulo, Moderna, 1983.) 
 
06. Pela compreensão do texto, podemos inferir que 
I. os personagens que dão título ao texto são pessoas po-
bres que, desde a infância, enfrentam dificuldades para 
sobreviver. 
II. João, Francisco, Antônio mesmo entre mil dificuldades 
não são pessoas infames. 
III. os personagens, à noite, dormem sempre inquietos, em-
bora nunca saibam se o despertar será perturbado por de-
linquentes que moram no subúrbio. 
IV. João, Francisco, Antônio são pontuais e responsáveis 
no trabalho, já que chegam muito cedo. 
Somente está CORRETO o que se afirma em 
A) I. 
B) II. 
C) I e II. 
D) I e III. 
E) I e IV. 
 
07. Sobre João, Francisco, Antônio, é INCORRETO afir-
mar que 
A) chegam pontualmente todos os dias ao trabalho. 
B) erguem suas residências modestas com suas próprias 
mãos. 
C) não perderam a humanidade nem a dignidade. 
D) não exteriorizam tristeza por viver em meio às adversi-
dades. 
E) representam milhares de brasileiros que, sem tristezas 
nem reclamações, sobrevivem. 
 
 
TEXTO 4 
 
 Saímos, eu, Pharoux e Cortines, pelos corredores 
escuros do Lar Onze de Maio. Pharoux leva na mão o es-
tilete de aço. Seu único olho brilha forte; ele está tenso, 
mas tem um ar profissional de quem sabe o que fazer. Va-
mos para a outra ala, subimos um andar. O Lar está tran-
quilo, mas se ouve o som das televisões funcionando. Su-
bimos uma escadinha. É a torre do Diretor. Chegamos a 
uma porta. 
 É aqui, diz Pharoux. 
 Pharoux tira um arame do bolso, ajoelha-se. Du-
rante um longo tempo enfia e tira o arame do buraco da 
fechadura. Ouve-se o barulho da lingueta correndo no 
caixilho. 
 Pharoux sorri. Vamos entrar. Mas a porta não 
abre. Deve estar trancada por dentro. 
 Num impulso bato na porta, com força. 
 Nada acontece. 
 Bato novamente. 
Do lado de dentro ouvimos a voz irritada do Dire-
tor. 
 
 
7  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
 O que é? 
 Senhor Diretor, digo com voz meio abafada, uma 
emergência. 
 O Diretor abre a porta. Pharoux agarra-o, Cortines 
segura-o pelo pescoço, numa gravata. Pharoux pica com 
o estilete o rosto do Diretor, fazendo brotar uma gota de 
sangue. 
 
FONSECA, Rubem. O cobrador. In: OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. 
Arte Literária Portugal Brasil. São Paulo: Moderna, s.d. p. 605. 
 
08. De acordo com o texto, assinale a alternativa cor-
reta. 
A) Duas realidades são apresentadas paralelamente, 
sendo a segunda detalhada pelo narrador à maneira de 
uma cena cinematográfica com recuos temporais iguais. 
B) Duas realidades similares são apresentadas pelo nar-
rador; a primeira delas ocupa um espaço insignificante 
da narrativa em detrimento da segunda que ganha força 
narrativa. 
C) Duas realidades são focadas pelo narrador; a primeira 
mostra a situação de marginais dominados pela vin-
gança contra o sistema social, enquanto a segunda apre-
senta o poder sendo rechaçado. 
D) Uma das realidades apresentadas pelo narrador 
cresce em reflexão sobre o sistema carcerário, enquanto 
a outra perde força de narratividade devido à concisão de 
linguagem. 
E) Uma das realidades do texto se omite a verdade sobre 
a aplicação da justiça nos presídios; por sua vez, a outra 
é apresentada em discurso direto livre tradicional. 
 
 
TEXTO 5 
 
INCLUSÃO DIGITAL, PROGRAMA DE ÍNDIO 
CONECTADO À WEB 
 
ILHÉUS (Bahia) – Quem visitar a Aldeia de Itapoã 
em Olivença, distrito de Ilhéus, cidade do sul da Bahia, lo-
calizada a 465 quilômetros de Salvador, vai encontrar ín-
dios que frequentam escolas, surfam nas praias ilheenses 
e navegam na Internet. Se essa imagem não era possível 
há alguns anos, hoje faz parte da realidade de grande 
parte das tribos indígenas. 
Na aldeia de Itapoã, as residências são de taipa, 
mas os telhados, de amianto. Em vez de fogueiras, energia 
elétrica. Não foi apenas o urbanismo e outras facilidades 
do mundo moderno que invadiram as aldeias indígenas. 
Hoje, a inclusão digital também é realidade. 
Sete nações indígenas estão em processo de inclu-
são digital por meio do site Índios On Line (www.in-
dios.org.br), um portal de diálogo intercultural. 
O site Índios On Line é uma forma de fazer com 
que o próprio índio seja o seu historiador, fotógrafo e seu 
próprio jornalista”, afirma Jaborandy Yandé, índio tupi-
nambá de Olivença e um dos coordenadores do projeto. 
Para o gestor da rede, Alexandre Pankararu, do 
Estado de Pernambuco, o site é uma grande conquista 
para os índios. “Só o fato de a gente mostrar nossa cara, 
comoa gente vive hoje, já é uma grande mudança na 
forma como as pessoas nos olham”, diz Alexandre Panka-
raru. 
 
 Oliveira, Camila. Agência A Tarde. Jornal do Commercio. Caderno C. 
28 de março de 2010. p.16. 
 
09. Após a leitura do texto, percebe-se que 
A) a autora buscou tecer comentários que, apenas, refle-
tissem o comportamento do índio face à era digital. 
B) em diversas passagens, produz comparações entre di-
versas tribos indígenas. 
C) a pretensão da autora é a de transmitir ao leitor algu-
mas das mudanças vivenciadas pelo indígena no mundo 
moderno. 
D) o índio é um ser dotado de espírito passivo, desprovido 
de sentimentos de ambição. 
E) a tecnologia é algo de pouca importância para o povo 
indígena. 
 
10. Segundo o texto, na atualidade, as aldeias indíge-
nas têm vivenciado algumas transformações. Assinale 
a alternativa que contém algumas delas mencionadas 
no texto 5. 
A) Residências de taipa, índios surfistas. 
B) Telhados de amianto, fogueiras. 
C) Índios na escola, residências de taipa. 
D) Urbanismo e inclusão digital. 
E) Inclusão digital e fogueiras. 
 
11. Em relação ao site Índios On Line, é CORRETO afir-
mar que ele 
A) denota um retrocesso para a vida indígena. 
B) representa uma relevante conquista para o povo indí-
gena. 
C) precisa constantemente da presença de historiadores 
e fotógrafos para se manter vivo. 
D) é um meio de divulgar as mudanças ocorridas apenas 
entre os índios Pankararu. 
E) revela aspectos indígenas concernentes ao século pas-
sado. 
 
TEXTO 6 
 
O silêncio já se tornou para mim uma necessidade 
física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da 
depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após 
havê-lo praticado por certo tempo, descobri, todavia, seu 
valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses 
momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. 
Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio. 
 
(Mahatma Gandhi) 
 
12. Gandhi fez uma significativa descoberta que está 
contida em uma das alternativas abaixo. Assinale-a. 
A) Em convívio com outras pessoas, poderia delas apren-
der mais sobre a vida. 
 
 
8  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
B) A depressão é algo momentâneo que exige comunica-
ção plena com outras pessoas. 
C) O silêncio impedia-o de crescer diante de Deus, porque 
deixava de conviver com os outros. 
D) O valor das coisas depende da realidade de cada um. 
E) O valor espiritual do silêncio: através dele, percebeu 
uma melhor comunicação com Deus. 
 
13. Uma das alternativas contém uma mensagem que 
NÃO está declarada no texto 6. Assinale-a. 
A) Gandhi vivenciava momentos depressivos. 
B) Nos momentos de depressão, Gandhi buscava a com-
panhia dos amigos para dialogar e aliviar o sofrimento. 
C) Em determinadas fases da depressão, Gandhi recorria 
à escrita para aliviar a dor. 
D) Gandhi percebeu o valor espiritual do silêncio como 
um meio de se aproximar de Deus. 
E) Gandhi passou a reconhecer o silêncio como uma ne-
cessidade física espiritual. 
 
TEXTO 7 
 
 Suape, ao contrário do que muita gente pensa, 
não é uma sigla. Ele remonta à língua dos índios Caetés 
da tribo tupi-guarani da região, que usava a palavra para 
designar os “caminhos sinuosos” da região, atravessada 
pelos rios Massangana, Ipojuca e Tatuoca. 
Os atrativos que fazem do porto algo viável para 
os investidores nacionais e estrangeiros são inúmeros. A 
localização privilegiada permite às empresas escoarem e 
receberem produtos através das rotas que levam a mais 
de 160 portos no mundo todo, sem falar nos investimentos 
em pesquisas, promovidas pelas universidades da região, 
que buscam o desenvolvimento e a modernização da pro-
dução. 
Disponível no site www.pe360graus.globo.com 
 
14. Segundo o texto, 
A) o termo Suape é uma sigla utilizada para denominar 
caminhos sinuosos. 
B) a região de Suape se apresenta geograficamente 
plana, desprovida de acidentes geográficos relevantes. 
C) Suape é área imprópria a pesquisas e grandes inves-
timentos. 
D) as universidades próximas a Suape têm o propósito de 
desenvolver e modernizar a produção. 
E) são insignificantes os atrativos existentes em Suape. 
 
15. Assinale a alternativa que contém uma mensagem 
NÃO contida no texto 7. 
A) A região de Suape era atravessada pelos rios Massan-
gana, Ipojuca e Tatuoca. 
B) Suape tem conexão com um contingente de 160 portos 
do mundo inteiro. 
C) A região de Suape é alvo de interesse apenas para os 
investidores estrangeiros. 
D) As universidades que cercam a região de Suape reali-
zam diversas pesquisas na região. 
E) A localização de Suape permite a importação e expor-
tação de produtos a um montante de 160 portos no mundo 
inteiro. 
 
TEXTO 8 
 
BRASIL, MOSTRA TUA CARA 
 
(...) 
 
A parte que nos coube no latifúndio dessas rela-
ções foi um projeto econômico incapaz de integrar à cida-
dania massas excluídas de um consumo ao menos de-
cente. E a crença míope de que reduzir juros e corrigir 
câmbio poderia ser feito antes de se desorganizar o sis-
tema produtivo nacional; de que a integração crescente 
do país ao mercado de economia mundial seria suficiente 
para assegurar nosso desenvolvimento; de que o fata-
lismo histórico seria suficiente para nos converter em 
grande potência. 
Um pedaço do país crescentemente se integra na 
economia e na cultura dos países ricos, enquanto o outro 
pedaço batalha pela sobrevivência diária. Somos ao 
mesmo tempo modernos e atrasados, ricos e carentes, au-
tossuficientes e dependentes. Pensar o futuro, por tudo 
isso, deveria ter como referência básica a inclusão. Inclu-
são tecnológica e econômica, é certo. Mas, também, so-
cial. Só que perdemos, como povo, o sentimento do cole-
tivo. E o amanhã é incerto. 
Nosso futuro tem como cenário um choque de rea-
lismo nas sociais-democracias do primeiro mundo, a dete-
rioração da economia socialista no segundo mundo, e o 
fim do ciclo nacional-desenvolvimentista no terceiro 
mundo, sem que se saiba bem se caminharemos em dire-
ção à consumação da globalização, a integrações regio-
nais, ou mesmo, a algum tipo de retorno aos nacionalis-
mos. 
Chegamos a um novo tempo. E há razões para oti-
mismo. É preciso que a razão vença o preconceito. Que a 
confiança no futuro vença a nostalgia do passado. Que o 
fazer bem vença as (apenas) boas intenções. Que o ho-
mem, barro trágico rareado de estrelas, reine imponente e 
majestoso sobre o mercado, a força bruta, os pequenos in-
teresses e tudo o mais quanto exista neste vasto e insen-
sato mundo. Para todo o sempre. Amém. 
 
FILHO, José Paulo Cavalcanti. In: Escritas Atemporais. 
Ed.Bagaço. Recife, 200.p.1 Adaptado. 
 
16. No trecho compreendendo A parte que nos coube até 
E o amanhã é incerto, 
A) o autor se reporta a um passado e à rica herança dei-
xada para toda a população brasileira. 
B) o autor aponta uma série de procedimentos que resul-
tariam em benefícios ao país. 
C) de linguagem vulgar, o texto agride o leitor, causando, 
até mesmo, repúdio. 
D) inexistem meios ou procedimentos que restaurem a 
“saúde” do nosso país. 
 
 
9  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
E) há uma comparação entre o hoje e o futuro do país. 
 
17. No segundo trecho do texto 8, o autor declara 
A) a necessidade de haver inclusão como forma de proje-
tar um futuro otimista ao país. 
B) que o país não apresenta diferenças que ameaçam o 
progresso da nação. 
C) que ao país falta organização e disciplina quanto à 
distribuição das tarefas. 
D) ser radicalmente contrário à inclusão social no país. 
E) que o sentimento de coletividade é transbordante em 
todo o país. 
 
18. Com o último trecho, o autor nos transmite 
A) a visão de um horizonte de cenários pessimistas e trá-
gicos a toda a nação. 
B)a importância de desacreditar em mudanças profícuas 
ao país. 
C) que o tempo de nostalgia é algo que se perpetuará no 
futuro. 
D) a necessidade de não sermos solidários aos dirigentes 
da nação. 
E) uma visão otimista para a realidade de vida dos brasi-
leiros. 
 
19. Ainda no último trecho, percebe-se o quanto o autor 
A) depreciou o homem em toda a sua essência. 
B) valorizou o homem como elemento vital promotor de 
mudanças benéficas a todo o contexto nacional. 
C) repudiou o indivíduo, por julgá-lo incapaz de promover 
mudanças. 
D) enfatizou as diferenças sociais e a impossibilidade de 
se viabilizarem mudanças. 
E) enalteceu o homem e todo o seu potencial para desin-
tegrar relações sociais. 
 
20. Com o trecho “Chegamos a um novo tempo”, en-
tende-se que 
A) todo o cenário mantém-se inalterado. 
B) o passado caminha atrelado ao presente, sem existi-
rem mudanças. 
C) se trata de uma nova fase, numa perspectiva otimista. 
D) o futuro não vislumbra horizontes “azuis” à população 
envolvida. 
E) o tempo novo se preocupará em imitar sempre o tempo 
velho. 
TEXTO 9 
 
 
Disponível em: www.facebook.com. 
21. Para Shakespeare, 
A) é rápida a percepção humana de que as amizades 
são essenciais apenas durante uma determinada fase 
de nossas vidas. 
B) ao homem cabe delimitar o período de manter ou não 
as amizades em suas vidas. 
C) o essencial na vida não é o lado material, e sim, o hu-
mano. 
D) a velhice é o momento de resgatar os bens materiais 
que nos são preciosos. 
E) nem sempre nos apercebemos das pessoas que nos 
são gratas. 
 
22. Existe em uma das alternativas, uma ideia NÃO de-
clarada no texto 9. Assinale-a. 
A) Para serem sólidas, as amizades precisam ser manti-
das a distância. 
B) Com o tempo, entendemos que, mesmo distantes, as 
amizades se mantêm. 
C) Compreendemos quando amadurecemos que o tempo 
é incapaz de separar amizades. 
D) Na vida, o essencial são as pessoas que fazem parte 
de sua vida. 
E) Os objetos e as coisas não são essenciais na sua vida. 
 
 
TEXTO 10 
 
A praga das mensagens indesejadas 
 
Quem quer que utilize o correio eletrônico ou na-
vegue na Internet sabe o quanto é irritante o recebimento 
de mensagens não solicitadas, geralmente de caráter co-
mercial, às vezes infestadas por programas maliciosos, 
destinados à apropriação de dados para fins fraudulen-
tos. Pois agora essa praga se espalha pelos telefones ce-
lulares. Spam, como é conhecida mundialmente essa prá-
tica, provém do termo inglês span, que, na sua forma ver-
bal, tem o significado de ‘estender ao redor, propagar’. Os 
internautas atribuem à expressão o sentido da emissão 
de mensagens comerciais em profusão, seja pelo correio 
eletrônico (e-mail), seja pelos programas de comunicação 
instantânea, ou pela abertura automática de janelas nas 
páginas da teia de navegação (web), nos canais de con-
versação (chats) e nos celulares, por meio de mensagens 
de texto (sms). 
Nos Estados Unidos, essa última modalidade de 
spam, as mensagens indesejadas de texto para celulares, 
começa a causar maior preocupação, pois, ao incoveni-
ente da perda de tempo com a abertura e a exclusão, 
soma-se o prejuízo financeiro, já que algumas operadoras 
cobram por sms recebido. O problema é que esse meio 
passou a ser maciçamente usado para propaganda. Den-
tre os danos causados pelo recebimento maciço de men-
sagens indesejadas pelo ceclular contam-se, ainda, o ru-
ído decorrente de repetidos alarmes sonoros e o preenchi-
mento do espaço de armazenamento de dados no apare-
lho, causando, se atingido o limite máximo, o travamento 
de funções. É inegável, portanto, que essa prática dos 
 
 
10  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
emitentes de mensagens comerciais causa prejuízos aos 
destinatários e se reveste, pelo menos, de imprudência. 
(...) 
Mas o usuário do celular tem ao seu dispor o po-
der de acionar a Justiça para cobrar do emitente da men-
sagem e da empresa de telefonia, em caso de recusa em 
bloquear o envio de mensagens comerciais não solicita-
das, a reparação de danos materiais e morais, estes pelo 
sofrimento acarretado pelo recebimento de spam. (...) 
Além disso, a Polícia Federal tem instaurado diversos in-
quéritos para apurar a invasão de computadores para ob-
tenção de senhas e dados dos usuários com o intuito de 
realizar saques em contas bancárias ou a utilização de 
cartões de créditos clonados. 
Já são dezenas de processos penais em curso, 
com acusados presos, mas a prática continua se alas-
trando. O internauta pode colaborar na repressão desses 
crimes, comunicando à autoridade policial o recebimento 
de mensagens suspeitas. O endereço eletrônico disponí-
vel para informação dessa natureza é o da Divisão de Co-
municação Social do DPF: dcs@dpf.gov.br 
 
Lázaro Guimarães. Diário de Pernambuco, 
25 de maio de 2008, p. A15. Adaptado. 
 
23. Do ponto de vista temático, o texto 10 aborda, priori-
tariamente: 
A) as mais recentes novidades tecnológicas na área da 
telefonia celular. 
B) as ações que podem ser impetradas por internautas, 
na Polícia Federal. 
C) o prejuízo financeiro e moral dos usuários de celulares, 
nos Estados Unidos. 
D) as medidas necessárias para os internautas nunca re-
ceberem spams. 
E) as consequências, para o usuário, do envio de mensa-
gens não desejadas. 
 
24. É correto afirmar que o texto 10 tem, como principais 
funções: 
A) atestar e criticar. 
B) comentar e informar. 
C) prescrever e ensinar. 
D) explicar e avaliar. 
E) instruir e contestar. 
 
25. Acerca da organização geral do Texto 10, analise o 
que se afirma a seguir. 
I. No primeiro parágrafo, o autor traça um panorama do 
assunto a ser tratado, de maneira que o tema fica, aqui, 
claramente introduzido. 
II. No segundo parágrafo, o autor introduz um ponto de 
vista contrário ao que havia apresentado anteriormente, 
para poder, em seguida, cotejar posicionamentos distin-
tos. 
III. Nos dois últimos parágrafos, o autor aponta caminhos 
por meio dos quais os leitores podem defender-se em re-
lação ao problema apresentado ao longo do texto. 
IV. O Texto 10 é um bom exemplo de texto inconcluso, ou 
seja, podemos perceber, nele, pistas explícitas de que ele 
terá uma continuação. 
 
Estão corretas: 
A) I, II, III e IV. 
B) I e II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) II e IV, apenas. 
 
26. Assinale a alternativa que corresponde ao sentido 
do título do texto 10. 
A) As mensagens indesejadas são uma praga. 
B) Há praga nas mensagens indesejadas. 
C) É indesejado receber praga nas mensagens. 
D) Mensagens com praga são indesejáveis. 
E) Nas mensagens, a praga é indesejada. 
 
“Além disso, a Polícia Federal tem instaurado di-
versos inquéritos para apurar a invasão de computadores 
para obtenção de senhas e dados dos usuários com o in-
tuito de realizar saques em contas bancárias ou a utiliza-
ção de cartões de créditos clonados.” 
 
27. A análise das relações lógico-semânticas desse tre-
cho nos permite afirmar corretamente que, nele, preva-
lecem as relações de: 
A) causa. 
B) tempo. 
C) finalidade. 
D) adição. 
E) condição. 
 
“Quem quer que utilize o correio eletrônico ou na-
vegue na Internet sabe o quanto é irritante o recebimento 
de mensagens não solicitadas”. 
 
28. Nesse trecho, o segmento destacado tem o mesmo 
sentido de: 
A) se alguém deseja utilizar. 
B) qualquer pessoa que utilize. 
C) quando alguém utiliza. 
D) depois de utilizar. 
E) ao se utilizar. 
 
TEXTO 11 
 
Como não se tornar um spammer 
 
Muitas pessoas, mesmo sem perceber, em algum 
momento já enviaram uma corrente da sorte, uma lenda 
urbana ou algo parecido. Para não se tornar um spam-
mer, mesmo entre amigos, é importante respeitar algu-
mas dicas, como seguir as normas da etiqueta (Neti-
queta); procurar informaçõesa respeito dos diversos e-
mails que você receber, para não correr o risco de reini-
ciar a propagação de lendas urbanas ou boatos; antes de 
enviar um e-mail, refletir se seu conteúdo será útil ou de 
 
 
11  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
interesse do grupo para o qual pretende remetê-lo; não 
usar listas de mala direta ou particulares de amigos de 
terceiros para enviar propaganda ou quaisquer divulga-
ções pessoais e procurar refletir antes de repassar e-mails 
suspeitos, tais como: boatos, lendas urbanas e, até 
mesmo, golpes. A regra geral é: na dúvida, não envie. 
 
Disponível em: http://www.antispam.br. 
Acesso em 30-05-2008. Adaptado. 
 
29. As informações dos Textos 10 e 11 nos ajudam a in-
ferir que ‘spammer’ significa: 
A) alguém que já enviou uma corrente da sorte, uma 
lenda urbana ou algo parecido. 
B) um internauta que, com freqüência, recebe spam via 
mensagens comerciais em profusão. 
C) o usuário do celular que não sabe como acionar a Jus-
tiça, em caso de receber spam. 
D) alguém que, entre amigos, não costuma seguir as nor-
mas de etiqueta da Net. 
E) alguém que envia spam em suas mensagens, ainda 
que sem a intenção de fazê-lo. 
 
30. O Texto 11 nos permite concluir que, para não se tor-
nar um spammer, uma pessoa deve ser, principalmente: 
A) tranquila. 
B) capacitada. 
C) respeitadora. 
D) prudente. 
E) sensível. 
 
TEXTO 12 
 
HISTÓRIA DA CIDADE DE GOIANA 
 
Inicialmente habitado por índios Caetés e Poti-
guares, a fundação do município de Goiana é anterior a 
1570. (...) Nela aconteceu a Epopeia das Heroínas de Te-
jucupapo. 
 Este último acontecimento teve início, em 1645, 
quando invasores holandeses, ameaçados pela Insurrei-
ção Pernambucana, liderada por André Vidal de Negrei-
ros, refugiaram-se no Forte Orange, em Itamaracá. (...) 
Com a umidade do local, foram acometidos pelo escor-
buto, doença causada pela falta de vitamina C no orga-
nismo. 
A solução era ir até a Vila de Tejucupapo, em Goi-
ana, onde os cajueiros da região, que eram utilizados 
como remédio para a doença, estavam em fase de frutifi-
cação. Comandados pelo Almirante Lichthant, cerca de 
600 holandeses partiram, pelo mar, em direção ao local. 
Para se defenderem da invasão, os cem homens que ha-
bitavam Tejucupapo montaram uma trincheira, levando 
mulheres e crianças para a luta. 
 Durante o confronto, 23 holandeses foram mortos, 
despertando a fúria dos inimigos. Percebendo a superio-
ridade holandesa, Maria Camarão, de crucifixo em pu-
nho, percorreu a vila convocando as mulheres a pegarem 
em armas e ajudarem os homens na luta contra as tropas 
inimigas. No dia 24 de abril de 1646, munidas de paus, 
pedras, panelas, pimenta e água fervente, as mulheres de 
Tejucupapo venceram os holandeses que ameaçavam 
suas terras e famílias. 
O episódio marcou a história brasileira como uma 
das poucas batalhas a envolver a participação coletiva 
de mulheres. 
Administrativamente, o município é formado pelos 
distritos sede, Pontas de Pedra e Tejucupapo, além dos 
povoados de Frecheiras, Melões, Gambá, Ibeapicu, Barra 
de Catuama, Atapuz, Carne de Vaca, São Lourenço e 
Carrapicho. 
Anualmente, no dia 05 de maio, Goiana come-
mora a sua emancipação política. O padroeiro da cidade 
é São Sebastião. 
 
(Fonte: http//www.ferias.tur.br/informações/5261/goiana-pe.html. 
Acesso em 03/07/2010) 
 
31. “A Epopeia das Heroínas de Tejucopapo”, mencio-
nada no primeiro parágrafo do texto 12, estabelece re-
lações referenciais com os seguintes termos: 
A) a Insurreição Pernambucana (parágrafo 2); o confronto 
(parágrafo 4); o episódio da história brasileira (parágrafo 
5). 
B) a Insurreição Pernambucana (parágrafo 2); a fúria dos 
inimigos (parágrafo 4); o episódio da história brasileira 
(parágrafo 5). 
C) a Insurreição Pernambucana (parágrafo 2); Maria Ca-
marão (parágrafo 4); o episódio da história brasileira (pa-
rágrafo 5). 
D) a luta (parágrafo 3); o confronto (parágrafo 4); o episó-
dio da história brasileira (parágrafo 5). 
E) a luta (parágrafo 3); a fúria dos inimigos (parágrafo 4); 
o episódio da história brasileira (parágrafo 5). 
 
32. O segundo parágrafo do texto 12 é marcado pelo tipo 
textual: 
A) argumentativo 
B) descritivo 
C) dialógico 
D) injuntivo 
E) narrativo 
 
TEXTO 13 
 
Mulher (Erasmo Carlos) 
Composição: Erasmocarlos – Narinha 
 
Dizem que a mulher 
É o sexo frágil 
Mas que mentira 
Absurda! 
Eu que faço parte 
Da rotina de uma delas 
Sei que a força 
Está com elas... 
 
Vejam como é forte 
A que eu conheço 
 
 
12  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
Sua sapiência 
Não tem preço 
Satisfaz meu ego 
Se fingindo submissa 
Mas no fundo 
Me enfeitiça... 
 
Quando eu chego em casa 
À noitinha 
Quero uma mulher só minha 
Mas prá quem deu luz 
Não tem mais jeito 
Porque um filho 
Quer seu peito... 
 
O outro já reclama 
A sua mão 
E o outro quer o amor 
Que ela tiver 
Quatro homens 
Dependentes e carentes 
Da força da mulher... 
 
Mulher! Mulher! 
Do barro 
De que você foi gerada 
Me veio inspiração 
Prá decantar você 
Nessa canção 
 
Mulher! Mulher! 
Na escola 
Em que você foi 
Ensinada 
Jamais tirei um 10 
Sou forte 
Mas não chego 
Aos seus pés... 
 
 
33. O diálogo entre os textos 12 e 13 implica uma relação 
que retrata o forte perfil feminino, respectivamente, na: 
A) atuação da mulher em Goiana x atuação da mulher 
na escola 
B) atuação da mulher na Insurreição Pernambucana x 
atuação da mulher na composição da canção 
C) atuação da mulher na invasão holandesa x atuação 
da mulher na relação matrimonial 
D) atuação da mulher na luta contra a doença x atuação 
da mulher no ato de dar luz 
E) atuação da mulher na luta territorial x atuação da mu-
lher na luta doméstica 
 
34. Com o uso do verbo no modo imperativo, o autor do 
texto 13 procura chamar a atenção dos interlocutores. 
Esse contato pode ser identificado no fragmento: 
A) “Dizem que a mulher/ É o sexo frágil” (primeira estrofe). 
B) “ Vejam como é forte/ A que eu conheço” (segunda es-
trofe). 
C) “ Quero uma mulher só minha” (terceira estrofe). 
D) “O outro já reclama/ A sua mão” (quarta estrofe). 
E) “Mulher! Mulher!/ Na escola/ Em que você foi/ Ensina/ 
Jamais tirei um 10” (sexta estrofe). 
 
35. As elipses constituem recursos muito utilizados com 
a finalidade de não explicitar tudo que se quer dizer. No 
enunciado “Vejam como é forte/ A que eu conheço” 
(texto 13), o termo elíptico é: 
A) força 
B) mentira 
C) mulher 
D) rotina 
E) sapiência 
 
36. Os versos da música (texto 2) que melhor correspon-
dem semanticamente ao fato de o autor reconhecer que 
não tem força suficiente para se igualar à mulher é: 
A) “Dizem que a mulher/ É o sexo frágil/ Mas que mentira/ 
Absurda!” 
B) “Na escola/ Em que você foi/ Ensinada/ Jamais tirei um 
10” 
C) “Quatro homens dependentes e carentes da força da 
mulher...” 
D) “Sou forte/ Mas não chego/ A seus pés...” 
E) “Sua sapiência/ Não tem preço” 
 
37. O gênero textual canção faz parte do acervo cultural 
artístico da sociedade e se destina a uma determinada 
função comunicativa. Nesse sentido, a letra musical da 
canção de Erasmo Carlos (texto 13) comunica: 
A) crítica social 
B) curiosidadeC) denúncia 
D) idealismo 
E) sentimento 
 
TEXTO 14 
 
Retrato da indiferença 
 
 Com o foco dos debates sobre resíduos urbanos 
centrado na reciclagem, pouca atenção se tem dado a ou-
tra enorme - e perigosa - montanha de sujeira: os restos 
de alimento que vão para a lixeira. Dados recentemente 
divulgados pela FAO, o órgão das Nações Unidas que 
trata de alimentação e agricultura, mostram que a cada 
ano 1,3 bilhão de toneladas de comida, cerca de um terço 
de tudo o que se produz, são perdidas ou por manipula-
ção indevida, ou por ser jogadas fora. 
 No Brasil, são mais de 25 milhões de toneladas de 
alimentos que vão parar no lixo todo ano, montante equi-
valente a 12 bilhões de reais e suficiente para alimentar 
30 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, desperdiça-
se ainda mais: a EPA, agência de proteção do meio am-
biente, calcula que 30 milhões de toneladas de comida 
sejam eliminadas – de longe a maior parcela dos resíduos 
sólidos, em peso. Nas grandes cidades, os latões de res-
taurantes estão sempre lotados. 
 
 
13  professor@adeildojunior.com.br 98 9 8197 8782 
 Por mais espantosos que sejam os números ape-
nas pelo desperdício, restos de comida têm outro efeito 
deletério: lançados nos aterros, alimentos em geral se 
biodegradam, mas em contrapartida produzem gás me-
tano, um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa (23 
vezes mais danoso do que o gás carbônico). Uma ma-
neira simples de reverter o desperdício seria o encami-
nhamento dos restos aproveitáveis para comunidades ca-
rentes, prática pouco usada. Outra é a compostagem, 
como é chamado o conjunto de técnicas para transformar 
resto de comida em adubo, também pouco praticada - nos 
Estados Unidos, a reciclagem de alimentos por este e ou-
tros métodos é de 2% do lixo total. 
 
BYDLOWSKI, Lizia, Veja, edição especial 
– Sustentabilidade, dez. 2011. Adaptado. 
 
38. Após a leitura do texto 14, pode-se afirmar que ele: 
1) expõe a indiferença pela destinação dos restos de ali-
mentos. 
2) apresenta dados que comprovam o enorme desperdício 
de alimentos. 
3) aponta o Brasil como o país mais esbanjador de ali-
mentos. 
4) sugere inusitadas soluções para reverter o desperdício 
de alimentos. 
5) apresenta o percentual de reciclagem de alimentos nos 
Estados Unidos 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
A) 1, 2 e 4. 
B) 2, 3 e 4. 
C) 1, 2, 3 e 5. 
D) 1, 3, 4 e 5. 
E) 1, 2 e 5. 
 
39. A expressão ”outro efeito deletério” (l.14), refere-se 
à: 
A) biodegradação dos alimentos. 
B) produção de gás metano. 
C) elevação do efeito estufa. 
D) transformação de alimentos em adubo. 
E) nova técnica de reaproveitamento. 
 
 
TEXTO 15 
 
De náufrago a milionário da reciclagem 
 
Quando o vietnamita Thái Quang Nghiã chegou 
ao Brasil, em fevereiro de 1979, não entendia nem falava 
uma única palavra em português. Meses antes, ele fora 
resgatado em alto-mar no Sudeste Asiático por um navio 
da Petrobras. Thái decidiu fugir de sua terra natal para 
escapar da perseguição do governo comunista. "Falei mal 
do regime e fui parar no campo de concentração", diz. 
Com o exílio concedido pelo Brasil, o vietnamita abrigou-
se em uma favela no Rio de Janeiro. Ele partiu logo depois 
para São Paulo, onde viveu de pequenos bicos em várias 
empresas. 
 Sua vida mudou quando recebeu algumas má-
quinas de costura como garantia de um empréstimo que 
não fora pago por uma colega de trabalho. Thái passou 
a fabricar bolsas. O negócio cresceu de tal forma que ele 
teve a ideia de produzir calçados a partir de pneus, seme-
lhantes aos que eram usados pelos combatentes na 
Guerra do Vietnã. Thái fundou a Goóc, que produz 300 
milhões de pares de sandália por ano usando 800000 qui-
los de pneus velhos, principalmente de caminhões. Em 
2009, o faturamento da companhia foi de 30 milhões de 
reais. 
BARRUCHO, Luís Guilherme, Veja, 
 Edição especial – Sustentabilidade, dez. 2011. Adaptado 
 
40. A história acima, veiculada na revista Veja, tem 
como finalidade: 
A) incentivar a vinda de vietnamitas para o Brasil. 
B) estimular a reciclagem de pneus dos caminhões. 
C) recomendar o bom negócio da reciclagem de lixo. 
D) mostrar o coreano como exemplo de empresário. 
E) dar exemplo de negócio sustentável e muito rentável. 
 
41. Após a leitura do texto, é correto afirmar que o asiá-
tico Thái Quang Nghiã: 
A) foi expulso de seu país por ter ideias comunistas. 
B) veio para o Brasil pensando ser empresário. 
C) fabricou bolsas a partir de pneus de caminhão. 
D) mudou sua vida com um empréstimo de um colega. 
E) tornou-se milionário com a reciclagem de pneus. 
 
42. A empresa criada pelo vietnamita é exemplo de de-
senvolvimento: 
A) confiável. 
B) sustentável. 
C) biodegradável. 
D) responsável. 
E) inviável. 
 
43. “(...)viveu de pequenos bicos (...)” é o mesmo que “vi-
veu de... 
A) favores. 
B) caridade. 
C) biscates. 
D) préstimos. 
E) Benefícios. 
 
 
TEXTO 16 
 
O retorno dos brasileiros 
 
Ao final do século XX, alterou-se o fluxo migratório 
no Brasil: ao invés de receber a força de trabalho dos imi-
grantes (o que sempre ocorreu e possibilitou a formação 
multiétnica do nosso povo), o País passou a exportar mão-
de-obra. Na década de 80, por causa da recessão econô-
 
 
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mica, acompanhada de elevada inflação, poucas oportu-
nidades de trabalho e baixos salários, estima-se que 2,6 
milhões de cidadãos emigraram, número que aumentou 
gradualmente, até chegar nossa “diáspora” a cerca de 
2% da população total. 
Em anos recentes, porém, com o crescimento da 
economia brasileira, aliado às crises que afetam os polos 
de desenvolvimento mundial, o número de emigrantes 
caiu significativamente. Assistimos, assim, a uma nova in-
versão dos fluxos migratórios, caracterizada não apenas 
pelo retorno dos brasileiros, mas também pela entrada de 
novos imigrantes que estão desembarcando no Brasil. 
A nacionalidade brasileira encontra-se dentre 
aquelas que mais têm solicitado apoio do Programa de 
Retorno Voluntário da Organização Internacional para as 
Migrações (OIM). Geralmente, o projeto inicial dos emi-
grantes brasileiros é o de ficar pouco tempo no exterior, 
investir no Brasil e retornar logo que consigam fazer al-
guma poupança, conforme comprovam as remessas de 
dinheiro. Enquanto a Europa e os EUA registram milhões 
de desempregados, o Brasil tem hoje taxas de desem-
prego de aproximadamente 6%, consideradas próximas 
do chamado pleno emprego. 
Por outro lado, segundo dados do Ministério da 
Justiça, o número de estrangeiros em situação regular no 
Brasil aumentou em 52,4% no último semestre e continua 
crescendo. Passou de 961 mil registros em 2010 para 1,466 
milhão até junho de 2011. Parece um número elevado, 
mas ainda é muito inferior à força de trabalho que o Brasil 
pode absorver, tendo em vista a forte demanda de empre-
sas brasileiras por profissionais de alta qualificação. 
Além dos aspectos econômicos, fatores políticos e 
sociais relevantes, como a crescente visibilidade interna-
cional do País, os grandes eventos esportivos programa-
dos para os próximos anos, a tradição de receptividade e 
a plena democracia fazem do Brasil um país de portas 
abertas para o imigrante. Como diz o Secretário Nacional 
de Justiça, Paulo Abrão, "o Brasil tem tradição de recepti-
vidade. Somos vistos como um país aberto, democrático, 
receptivo. O Brasil sempre foi um país de imigração”. 
 
Embaixador Luiz Henrique Fonseca. http://milao.itamaraty.gov.br/pt-
br/mensagens_do_consul-geral.xml. Acesso em 26/05/2012. Adaptado. 
 
 
44. O texto 16 dá ao leitor uma visão clara, principal-
mente: 
A) das consequências de uma formação multiétnica para 
a nação brasileira. 
B) das cidades brasileiras em que há mais oportunidadesde emprego. 
C) das últimas mudanças ocorridas no movimento migra-
tório em nosso país. 
D) de como se dá a valorização da nacionalidade brasi-
leira no exterior. 
E) das consequências, para a nossa economia, de sermos 
um país aberto à imigração. 
 
45. No final do 1º §, lê-se: “até chegar nossa “diáspora” 
a cerca de 2% da população total.” Acerca do emprego 
do termo destacado, é correto afirmar que: 
A) o autor tem consciência de que o está utilizando em 
contexto no qual ele normalmente não é utilizado; daí a 
opção por empregá-lo entre aspas. 
B) ele está sendo empregado com valor hiperbólico, para 
expressar a ideia de “ponto máximo do desespero” a que 
chegaram os brasileiros. 
C) a escolha desse termo, cujo emprego se restringe aos 
judeus, indica que o autor é profundo conhecedor da his-
tória desse povo. 
D) com ele, o autor pretendeu expressar a ideia de “quan-
tidade máxima”. As aspas revelam que se trata de um es-
trangeirismo. 
E) com esse termo, o autor pretendeu se referir ao estado 
de tristeza coletiva, consequência de um povo perder o 
sentimento de nacionalidade. 
 
46. Em relação ao futuro, o autor demonstra otimismo, 
pois, segundo ele: 
A) o Brasil tem plenas condições de empregar qualquer 
imigrante que aqui chegue, ainda que sem qualificação. 
B) a previsão de que grandes eventos esportivos aconte-
çam em nosso país é o único fator capaz de aumentar a 
entrada de imigrantes. 
C) as grandes remessas de dinheiro enviadas pelos bra-
sileiros que estão fora do País confirmam que a poupança 
tende a se estabilizar. 
D) as taxas de desemprego no Brasil são, atualmente, se-
melhantes às da Europa e dos EUA, as quais são consi-
deradas próximas do “pleno emprego”. 
E) diversos aspectos do Brasil, dentre os quais os políticos, 
os sociais e os econômicos, contribuem para incrementar 
a imigração. 
 
 
TEXTO 16 
 
 
(Imagem disponível em www.leonidantas.blogspot.com. 
Acesso em 26/05/2012.) 
 
 
 
 
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47. A resposta da mãe revela que ela não consegue per-
ceber, principalmente, que: 
A) seu filho, como qualquer criança, tem necessidade de 
socialização. 
B) um direito básico de seu filho está sendo desrespei-
tado. 
C) seu filho demonstra um grande potencial para a escrita 
literária. 
D) depende inteiramente dela o processo de alfabetiza-
ção de seu filho. 
E) o ensino público, no País, está carente de crianças que, 
de fato, querem aprender. 
 
 
TEXTO 17 
 
É à língua que recorremos sempre que buscamos 
o estabelecimento de um equilíbrio entre o meio social e 
a nossa atividade: no diálogo com as pessoas que nos 
cercam na leitura do livro, do jornal, no acesso aos diver-
sos meios de comunicação. Se quisermos, por exemplo, 
alcançar um determinado momento do passado, é tam-
bém à língua que apelamos: podemos ler um texto antigo 
(um relato sobre o mundo grego ou um romance de Ma-
chado de Assis) sem abandonar nossa circunstância his-
tórica. É a língua, portanto, que nos permite esse cruza-
mento de experiências entre o hoje e o ontem. 
Mas não é só aí que reside a importância da lín-
gua: é ela que possibilita, no seu mais expressivo sentido, 
a identidade que assumimos ante os nossos atos e a 
nossa fala. É a língua, no nosso caso, a língua portu-
guesa, que nos faz brasileiros ou portugueses, ou africa-
nos. É ela que nos identifica, é ela que dá significado às 
nossas alegrias e tristezas: é ela, enfim, que nos reco-
nhece. 
 Nesse rol de aspectos positivos envolvendo a lín-
gua, acrescente-se que o conhecimento linguístico está 
associado ao poder. Numa sociedade em que a vida se 
regula pela escrita, pelo livro, pelo cheque, pelo docu-
mento, o domínio linguístico passa a ser não só um obje-
tivo, mas uma necessidade. É através da língua que se 
alcançam os objetivos pessoais e sociais, num caminho 
que começa na escola e se expande para a vida. 
 
(SANTOS, V. In Mundo Jovem. p.6-7) 
 
48. O texto 17, tem como finalidade principal: 
A) Salientar a importância da cultura grega, sem conside-
rar as circunstâncias. 
B) Enaltecer a função da escola na formação linguística, 
principalmente, oral. 
C) Ressaltar as diferentes funções que os usos da língua 
falada ou escrita desempenham na vida das pessoas. 
D) Destacar a pluralidade linguística nos países de dife-
rentes continentes. 
E) Mostrar a importância da escrita em livro, cheque e do-
cumento. 
 
49. Acerca do texto, pode-se afirmar que é uma estru-
tura predominantemente: 
A) narrativa 
B) descritiva 
C) instrucional 
D) dissertativa 
E) expositiva 
 
50. Quanto ao uso recorrente de construções na pri-
meira pessoa, é correto afirmar que: 
A) empobrece o texto. 
B) é inadequado ao gênero textual utilizado. 
C) distancia o leitor da abordagem. 
D) possibilita a inserção do leitor no texto. 
E) desvia-se da norma padrão. 
 
51. São conclusões autorizadas pelo texto 17, EXCETO: 
A) Existem ressalvas, em relação à língua oral, pois a lín-
gua escrita destaca-se como elemento que identifica nos-
sas particularidades nacionais. 
B) Pelo exercício da linguagem verbal, podemos neutrali-
zar as disparidades entre o coletivo e o particular. 
C) Entre as funções atribuídas às línguas, merece desta-
que a possibilidade de se poderem alcançar experiências 
historicamente remotas. 
D) O texto é explícito quanto à vinculação entre poder e 
conhecimento linguístico. 
E) Numa sociedade regulada pela escrita, o conheci-
mento linguístico, além de ser um objetivo, é também uma 
necessidade. 
 
 
TEXTO 18 
 
Com fúria e raiva acuso o demagogo 
Que se promove à sombra da palavra 
E da palavra faz poder e jogo 
E transforma as palavras em moeda 
 Como se faz com o trigo e com a terra 
 
BREINER, S. de M. In: Rocha, R. e Flora, A. Escrever e 
criar... É só começar! São Paulo: FTD, 1966, p.31. 
 
53. O texto 18 tem como objetivo principal: 
A) emitir um julgamento de forma criativa. 
B) informar acerca do valor das palavras. 
C) explicitar uma opinião sobre a força das palavras. 
D) explicar o sentido das palavras. 
E) instruir o leitor acerca do uso das palavras. 
 
54. O texto 18 veicula uma ideia que: 
A) valoriza as atitudes demagógicas. 
B) ressalta o papel do demagogo. 
C) enaltece a demagogia. 
D) despreza as estratégias demagógicas. 
E) enfatiza positivamente 
 
 
 
 
 
 
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TEXTO 19 
 
O Brasil tem um número de alcoólatras estimados 
em 15 milhões, o dobro da população da Suíça. Mas a 
realidade pode ser ainda pior. Os médicos da Associação 
Brasileira de estudos de álcool e outras drogas, que se 
dedicam a estudar dependência química no Brasil, esti-
mam que, na verdade, 10% dos 192 milhões de brasilei-
ros, ou 19 milhões, tenham problemas graves com a be-
bida. O alcoolismo mata 32 mil pessoas, por ano Brasil, 
está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos ho-
micídios. {...} Outra vertente estatística que preocupa os 
médicos está entre os jovens. Eles estão apreendendo a 
beber muito cedo. Uma pesquisa recente, realizada pela 
Unifesp em São Paulo com 661 adolescentes, detectou 
que 5% dos jovens entre 14 e 17 bebem uma vez por se-
mana ou mais e consomem cinco ou mais doses em cada 
ocasião..... 
 
Revista Época, 12 de setembro de 2011/n* 695. 
 
55. Com relação às ideias apresentadas no texto, pode-
se afirmar que: 
A) O problema com o álcool não é uma realidade no Bra-
sil. 
B) O Brasil tem mais alcoólatras que a Suíça. 
C) Os jovens fazem parte das estatísticas, em relação ao 
consumo do álcool. 
D) Os dados apresentados não são confiáveis, pois não 
são resultados de estudos. 
E) As pesquisas apontam os jovens como consumidores 
eventuais de bebidas alcoólicas 
 
56. O termo “detectou” pode ser substituído,sem com-
prometer as ideias por: 
A) Estimou 
B) Possibilitou 
C) Descobriu 
D) Compreendeu 
E) Avaliou. 
 
57. O texto veiculado na Revista “Época” é predominan-
temente: 
A) Descritivo 
B) Instrucional 
C) Dialogal 
D) Informativo 
E) Dissertativo. 
 
 
TEXTO 20 
 
Conceitos Básicos - Linguagem 
 
O homem precisa se comunicar. A comunicação é 
a base da vida em sociedade. Dessa necessidade hu-
mana nasceu a linguagem. 
Para se comunicar, o homem elaborou formas de 
representação da realidade, recriou-a por meio de sinais 
ou signos. Criou signos não verbais, como o desenho, a 
dança, a pintura, e criou o signo verbal, a palavra. 
Os signos são organizados em códigos, e todo có-
digo criado para estabelecer comunicação entre as pes-
soas é linguagem. O código não é um conjunto qualquer 
de signos, é um conjunto organizado, possui regras, é um 
sistema, por isso ele permite a comunicação, por isso é 
linguagem. O homem criou dois tipos de código ou lingua-
gem: a linguagem não verbal, formada de signos não ver-
bais, e a linguagem verbal, formada de palavras. 
A linguagem verbal é a mais utilizada pelo ho-
mem. É com a palavra que o homem explica os signos não 
verbais como o desenho, a dança a pintura, as expressões 
matemáticas, os sinais de trânsitos etc. É principalmente 
com a palavra que o homem se comunica com o mundo 
que o cerca, retorna fatos passados e elabora projetos fu-
turos. 
 (Adaptado de Paschoalim e Spadoto, p.20, 2008). 
 
58. O Texto 20 tem o propósito textual de: 
A) dar instruções. 
B) apresentar uma opinião. 
C) narrar um acontecimento. 
D) expor informações. 
E) descrever um fato. 
 
59. Ao considerar o conteúdo textual, NÃO é pertinente 
afirmar: 
A) a linguagem surgiu de uma necessidade humana. 
B) a linguagem está estritamente relacionada ao uso da 
palavra. 
C) existem formas de representar a realidade, como os 
signos. 
D) a comunicação do homem com o mundo não se resume 
ao uso da palavra. 
E) a linguagem vai além de um conjunto de códigos, é um 
sistema. 
 
60. No que diz respeito à linguagem utilizada no texto, 
pode-se afirmar que é: 
A) informal 
B) não padrão 
C) padrão formal 
D) rebuscada 
E) literária

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