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GÊNEROS TEXTUAIS 1) Leia o trecho abaixo: "A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve ser o bem do homem." (Aristóteles. Adaptado) O gênero textual utilizado pelo autor é a) propaganda b) enciclopédia c) texto didático d) texto de opinião e) texto prescritivo 2) São Paulo, 18 de agosto de 1929. Carlos [Drummond de Andrade], Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável. Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 2007) A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor (remetente) e um receptor (destinatário). No trecho acima, a carta escrita para Carlos revela um exemplo de a) carta pessoal b) carta do leitor c) carta aberta d) carta argumentativa e) carta comercial 3) Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português, é conhecido por sua prosa onde ele criou novas formas de linguagens, neologismos e mudanças na sintaxe. O trecho abaixo é de sua obra mais emblemática “O primo Basílio” "Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com de rubis miudinhos davam cintilações escarlates." De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi a) relatar sobre a manhã da personagem b) narrar os fatos habituais daquela manhã c) descrever aspectos da personagem e de suas ações d) apresentar o principal jornal lido pela personagem e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem 4) Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais? a) romance, descrição, biografia b) autobiografia, narração, dissertação c) bula de remédio, propaganda, receita culinária d) contos, fábulas, exposição e) seminário, injunção, declaração 5) Pena pode chegar a até 10 anos de prisão caso o autor da notícia esteja por trás de um grupo de disseminação de fake news De autoria da deputada Rejane Dias, o Projeto de Lei 2389/20 altera o Código Penal e prevê punição com detenção para aqueles que se beneficiam compartilhando notícias falsas. A iniciativa é reduzir o número de fake news na internet, que são compartilhadas por ingenuidade mas também podem ser criadas propositalmente para favorecimento de pessoas e/ou instituições. Caso o beneficiamento da pessoa com a proliferação de fake news seja comprovado, a PL 2389/20 prevê detenção de 2 a 4 anos. A pena pode aumentar para até 10 anos caso o autor da notícia falsa seja o líder ou coordene um grupo responsável pela disseminação – os famigerados bots. “É um desserviço à população e um atentado à segurança coletiva, um gesto de desumanidade e prejuízo frontal (…). A notícia falsa, além de afetar seriamente a vida das pessoas, pode também ajudar a reforçar um pensamento errôneo”, disse a deputada autora do projeto, que reforçou como a disseminação de fake news na atual época de pandemia que estamos vivendo é perigosíssima e um atentado à vida das pessoas. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto já está dando o que falar e algumas pessoas, inclusive que trabalham com política, estão dizendo que a PL é um complô e é tendenciosa. A pergunta é: para quem? Para não cair em notícias falsas, confira sempre o veículo em que ela foi publicada, se ele é renomado, por exemplo, duvide de sites poucos conhecidos e de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp, principalmente de textos copiados e colados que não têm links ou fontes. O editorial é um gênero textual sendo um texto essencialmente a) narrativo-descritivo b) descritivo-narrativo c) prescritivo-descritivo d) dissertativo-argumentativo e) injuntivo-opinativo Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com 6) O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse: — Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um. O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada. — Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo O burro gemeu: — Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha. O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta. Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade. — Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrada agora… (LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1994) A fábula é um gênero textual literário que possui uma forte carga moral, sendo uma narrativa fantasiosa que o afasta de realidade. Sobre isso, assinale abaixo a alternativa INCORRETA sobre esse gênero textual: a) é uma narrativa breve b) sempre propõe algum ensinamento c) usa animais como personagens d) possui um entendimento rápido e fácil e) é sinônimo de parábola 7) "Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com mais de 70% de cacau e 0% de gordura saturada." A oração acima faz parte do gênero textual a) notícia b) propaganda c) editorial d) bilhete e) declaração 8) Ingredientes 3 xícaras de amendoim torrado e moído 3 xícaras de açúcar 1 ½ xícaras de leite Modo de Fazer Leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre e até desgrudar da panela. Em seguida, despeje em mármore e espere esfriar e endurecer. Por fim, corte em pequenos pedaços. As receitas culinárias são gêneros textuais que instruem as pessoas a Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com fazerem algo, seguindo um passo a passo. Esse tipo de gênero pertence aos textos a) prescritivos b) narrativos c) descritivos d) injuntivos e) expositivos 9) Os gêneros textuais englobam também alguns gêneros orais. Geralmente, eles são considerados textos expositivos que possuem o intuito de expor alguma ideia. Das alternativas abaixo, a que não faz parte dos gêneros orais é a) a resenha b) o seminário c) a palestra d) o colóquio e) a entrevista10) HAMLET observa a Horácio que há mais causas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta- feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras. — Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era verdade. — Errou! interrompeu Camilo, rindo. — Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de mim, não ria... Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo. Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente andar por essas casas. Vilela podia sabê- lo, e depois. — Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa. — Onde é a casa? — Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não sou maluca. Camilo riu outra vez: — Tu crês deveras nessas cousas? perguntou-lhe. Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não acreditava, paciência; mas o certo é que a cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é que ela agora estava tranqüila e satisfeita. (A Cartomante, Machado de Assis) O conto é um tipo de gênero textual breve, escrito em prosa e formado apenas por uma história e um conflito. Sobre esse gênero textual, podemos afirmar que Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com a) é um texto essencialmente descritivo com presença de diálogos entre personagens. b) é um texto dissertativo e mais curto que o romance e a novela, ambos do mesmo tipo textual. c) é um texto narrativo e que envolve enredo, personagens, tempo e espaço. d) é um texto opinativo formado pelos discursos direto e indireto. e) é um texto expositivo em que um tema é apresentado ao público. GABARITO 1d; 2a; 3c; 4c; 5d; 6e; 7b; 8d; 9a; 10c Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com 1. ENEM 2016 Receitas de vida por um mundo mais doce Pé de moleque Ingredientes 2 filhos que não param quietos 3 sobrinhos da mesma espécie 1 cachorro que adora uma farra 1 fim de semana ao ar livre Preparo Junte tudo com os ingredientes do Açúcar Naturale, mexa bem e deixe descansar. Não as crianças, que não vai adiantar. Sirva imediatamente, porque pé de moleque não para. Quer essa e outras receitas completas? Entre no site cianaturale.com.br. Onde tem doce, tem Naturale. Revista Saúde, n. 351, jun. 2012 (adaptado). O texto é resultante do hibridismo de dois gêneros textuais. A respeito desse hibridismo, observa-se que a a. receita mistura-se ao gênero propaganda com a finalidade de instruir o leitor. b. receita é utilizada no gênero propaganda a fim de divulgar exemplos de vida. c. propaganda assume a forma do gênero receita para divulgar um produto alimentício. d. propaganda perde poder de persuasão ao assumir a forma do gênero receita. e. receita está a serviço do gênero propaganda ao solicitar que o leitor faça o doce. 2. ENEM 2011 A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidos – em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O Livro de Piadas de Casseta & Planeta. TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com. Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que a. o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia. b. o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais. c. o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos. d. os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam. e. os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros. 3. ENEM 2015 Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose natural da língua. – Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu com "você", que se tornou o pronome átono "cê". Agora, o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que são muitos. Por que o acento gráfico é tão importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil momentos até mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre GÊNEROS DIGITAIS Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com oralidade e escrituralidade. O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação mais eficiente. Ou evoluir para um jargão complexo, que, em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos. Para Castilho, no entanto, não será uma reforma ortográfica que fará a mudança de que precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver? Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2015. Adaptado. Na entrevista, o fragmento "O jeito eh tc e esperar pra ver?" tem por objetivo a. ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá promover alterações de grafias. b. mostrar os perigos da linguagem da internet como potencializadora de dificuldades de escrita. c. evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas com baixa proficiência escrita. d. explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do padrão formal apresentado ao longo do texto. e. exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que desconhecem as estruturas da norma padrão. 4. ENEM 2010 Texto I Sob o olhar do Twitter Vivemos a era da exposição e do compartilhamento. Público e privado começam a se confundir. A ideia de privacidade vai mudar ou desaparecer. O trecho acima tem 140 caracteres exatos. É uma mensagem curta que tenta encapsular uma ideia complexa. Não é fácil esse tipo de síntese, mas dezenas de milhões de pessoas o praticam diariamente. No mundo todo, são disparados 2,4 trilhões de SMS por mês, e neles cabem 140 toques, ou pouco mais. Também é comum enviar e-mails, deixar recados no Orkut, falar com as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, receber chamados em qualquer parte, a qualquer hora. Estamos conectados. Superconectados, na verdade, de várias formas. [...] O mais recente exemplo de demanda por total conexão e de uma nova sintaxe social é o Twitter, o novo serviço de troca de mensagens pela internet. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular.As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet, como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores” – gente que acompanha o emissor. Podem ser 30, 300 ou 409 mil seguidores. MARTINS, I; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009 (fragmento adaptado). Da comparação entre os textos, depreende-se que o texto II constitui um passo a passo para interferir no comportamento dos usuários, dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto I Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com a. adverte os leitores de que a internet pode transformar-se em um problema porque expõe a vida dos usuários e, por isso, precisa ser investigada. b. ensina aos leitores os procedimentos necessários para que as pessoas conheçam, em profundidade, os principais meios de comunicação da atualidade. c. exemplifica e explica o novo serviço global de mensagens rápidas que desafia os hábitos de comunicação e reinventa o conceito de privacidade. d. procura esclarecer os leitores a respeito dos perigos que o uso do Twitter pode representar nas relações de trabalho e também no plano pessoal. e. apresenta uma enquete sobre as redes sociais mais usadas na atualidade e mostra que o Twitter é preferido entre a maioria dos internautas. 5. ENEM 2016 O Google Art é uma ferramenta on-line que permite a visitação virtual dos mais importantes museus do mundo e a visualização de suas obras de arte. Por meio da tecnologia Street View e de um veículo exclusivamente desenvolvido para o projeto, fotografou-se em 360 graus o interior de lugares como o MoMA, de Nova York, o Museu Van Gogh, em Amsterdã, e a National Gallery, de Londres. O resultado é que se pode andar pelas galerias assim como se passeia pelas ruas com o Street View. Além disso, cada museu escolheu uma única obra de arte de seu acervo para ser fotografada com câmeras de altíssima resolução, ou gigapixel. As imagens contêm cerca de 7 bilhões de pixels, o que significa que é mais de mil vezes mais detalhada do que uma foto de câmera digital comum. Além disso, todas as obras vêm acompanhadas de metadados de proveniência, tais como títulos originais, artistas, datas de criação, dimensões e a quais coleções já pertenceram. Os usuários também podem criar suas próprias coleções e compartilhá-las pela web. Disponível em: . Acesso em: 3 out. 2013. Adaptado. As tecnologias da computação possibilitam um novo olhar sobre as obras de arte. A prática permite que usuários a. guiem virtualmente um veículo especial através dos melhores museus do mundo. b. reproduzam as novas obras de arte expostas em museus espalhados pelo mundo. c. criem novas obras de arte em 360 graus, consultem seus metadados e os compartilhem na internet. d. visitem o interior e as obras de arte de todos os museus do mundo em 3D e em altíssima resolução. e. visualizem algumas obras de arte em altíssima resolução e, simultaneamente, obtenham informações sobre suas origens e composição. GABARITO: 1) c, 2) d, 3) a, 4) c, 5) e, Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com 1. ENEM 2010 A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Predomina no texto a função da linguagem a. emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. b. fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. c. poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem, d. conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. e. referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. 2. ENEM 2009 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. Predomina no texto a função da linguagem a. fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. b. metalinguística, porque há explicação do significado das expressões. c. conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação. d. referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais. e. poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto. 3. ENEM 2012 LAERTE. Disponível em: http://blog.educacional.com.br. Acesso em: 8 set. 2011. Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora? a. Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor. b. Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica. c. Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico. d. Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores. e. Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios do consumidor. 4. PUC-SP 2001 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A QUESTÃO É COMEÇAR Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o "bom dia", "o boa tarde, como vai?" já não funcionam para FUNÇÕES DA LINGUAGEM Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar; uma outra forma de conversar. Assim fomos "alfabetizados", em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí", me diz você. "O escrevente escreve antes, o leitor lê depois." "Não", lhe respondo, "Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho." Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. (MARQUES, M. O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13). Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: "Em nossa civilização apressada, o 'bom dia', o 'boa tarde, como vai?' já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol." Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é "quebrar o gelo". Indique a alternativa que explicita essa função. a. Função emotivab. Função referencial c. Função fática d. Função conativa e. Função poética 5. ITA 1999 Assinale a opção que apresenta a função da linguagem predominante nos fragmentos a seguir: ( I ) Maria Rosa quase que aceitava, de uma vez, para resolver a situação, tal o embaraço em que se achavam. Estiveram um momento calados. - Gosta de versos? - Gosto... - Ah... Pousou os olhos numa oleografia. - É brinde de farmácia? - É. - Bonita... - Acha? - Acho... Boa reprodução... (Orígenes Lessa. O FEIJÃO E O SONHO) ( II ) Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus. Ele: - Pois é. Ela: - Pois é o quê? Ele: - Eu só disse "pois é"! Ela: - Mas "pois é" o quê? Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me entende. Ela: - Entender o quê? Ele: - Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já. (Clarice Lispector. A HORA DA ESTRELA) a. Poética. b. Fática. c. Referencial. d. Emotiva. e. Conativa. 6. ENEM 2013 Lusofonia rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz. Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, em frente da chávena de café, enquanto alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então, terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não fique estragada para sempre quando este poema atravessar o atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá terei de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com dores de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria era escrever um poema sobre a rapariga do café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão. JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela a. discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo. b. defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX. c. abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros. d. tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra. e. valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida. 7. UFAL 1999 Está INCORRETA a classificação da função da linguagem na frase: a. Comunicação é a transferência de informação por meio de mensagem=Função Metalinguística. b. Psiu! Atenção! Olhe aqui! aonde vai?=Função Fática. c. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças=Função Apelativa. d. Nem todos os alunos são capazes de valorizar devidamente a escola onde estudam=Função Referencial. e. Os moradores da periferia dirigiam-se ao prefeito solicitando verbas para a canalização do rio=Função Emotiva. 8. ENEM 2014 eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete anos de casados… CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998. Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um(a) a. índice de baixa escolaridade do falante. b. estratégia típica de manutenção da interação oral. c. marca de conexão lógica entre conteúdos na fala. d. manifestação característica da fala regional nordestina. e. recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa. 9. ENEM 2016 Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. E, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista. LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto a. ressaltar a importância da intertextualidade. b. propor leituras diferentes das previsíveis. c. apresentar o ponto de vista da autora. d. discorrer sobre o ato de leitura. e. focar a participação do leitor. 10. ENEM 2009 Em uma famosa discussão entre profissionais das ciências biológicas, em 1959, C. P. Snow lançou uma frase definitiva: “Não sei como era a vida antes do clorofórmio”. De modo parecido, hoje podemos dizer que não sabemos como era a vida antes do computador. Hoje não é mais possível visualizar um biólogo em atividade com apenas um microscópio diante de si; todos trabalham com o auxílio de computadores. Lembramo-nos, obviamente, como era a vida sem computador pessoal. Mas não sabemos como ela seria se ele não tivesse sido inventado. PIZA, D. Como era a vida antes do computador? OceanAir em Revista, nº 1, 2007 (adaptado). Neste texto, a função da linguagem predominante é a. emotiva, porque o texto é escrito em primeira pessoa do plural. b. referencial, porque o texto trata das ciências biológicas, em que elementos como o clorofórmio e o computador impulsionaram o fazer científico. c. metalinguística, porque há uma analogia entre dois mundos distintos: o das ciências biológicas e o da tecnologia. d. poética, porque o autor do texto tenta convencer seu leitor de que o clorofórmio é tão importante para as ciências médicas quanto o computador para as exatas. e. apelativa, porque, mesmo sem ser uma propaganda, o redator está tentando convencer o leitor de que é impossível trabalhar sem computador, atualmente. 11. ENEM 2013 Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer comunicação determinam, em uma situação de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função de linguagem. Nesse texto, predomina a função que se caracteriza por a. tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se tomarem certas medidas para a elaboração de um livro. b. enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta para sua obra seus sonhos e histórias. c. apontar para o estabelecimento de interlocução de modo superficial e automático, entre o leitor eo livro. d. fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios que estruturam a forma e o conteúdo de um livro. e. retratar as etapas do processo de produção de um livro, as quais antecedem o contato entre leitor e obra. 12. UERJ 2004 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TEXTO I OS QUE COMEÇAM... Não há decerto exploração mais dolorosa que a das crianças. Os homens, as mulheres ainda pantomimam a miséria para lucro próprio. As crianças são lançadas no ofício torpe pelos pais, por criaturas indignas, e crescem com Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com o vício adaptando a curvilínea e acovardada alma da mendicidade malandra. Nada mais pavoroso do que este meio em que há adolescentes de dezoito anos e pirralhos de três, garotos amarelos de um lustro de idade e moçoilas púberes sujeitas a todas as passividades. Essa criançada parece não pensar e nunca ter tido vergonha, amoldadas para o crime de amanhã, para a prostituição em grande escala. Há no Rio um número considerável de pobrezinhos sacrificados, petizes que andam a guiar senhoras falsamente cegas, punguistas sem proteção, paralíticos, amputados, escrofulosos, gatunos de sacola, apanhadores de pontas de cigarros, crias de famílias necessitadas, simples vagabundos à espera de complacências escabrosas, um mundo vário, o olhar de crime, o broto das árvores que irão obumbrar as galerias da Detenção, todo um exército de desbriados e de bandidos, de prostitutas futuras, galopando pela cidade à cata do pão para os exploradores. Interrogados, mentem a princípio, negando; depois exageram as falcatruas e acabam a chorar, contando que são o sustento de uma súcia de criminosos que a polícia não persegue. A metade desse bando conhece as leis do prefeito, os delegados de polícia e acompanha o movimento da política indígena, oposicionista e vendo em cada homem importante uma roubalheira. São em geral os mendigos claramente defeituosos a que falta uma perna, um braço. A perda que os tornou inválidos é uma espécie de felicidade, a indolência e o sustento garantidos. À beira das calçadas o dia inteiro têm tempo de se tornarem homens e de ler os jornais. Fazem tudo isso com vagar. Quando um ponto se torna insustentável vão para outros, e há entre eles relações, morfeias que se ligam às úlceras, olhos em pus que olham com ternura companheiros sem braços, e todos guardando a data do desastre que os mutilou, que os fez entrar para a nova vida com a saudade da vida passada. (RIO, João do. A alma encantadora das ruas: crônicas. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1987.) TEXTO II CIDADE DE DEUS Barracos de caixas de tomate, madeiras de lei, carnaúba, pinho-de-riga, caibros cobertos, em geral, por telhas de zinco ou folhas de compensados. Fogueiras servindo de fogão para fazer o mocotó, a feijoada, o cozido, o vatapá, mas, na maioria das vezes, para fazer aquele arroz de terceira grudado, angu duro ou muito ralo, aqueles carurus catados no mato, mal lavados, ou simplesmente nada. Apenas olhares carcomidos pela fome, em frente aos barracos, num desespero absoluto e que por ser absoluto é calado. Sem fogueira para esquentar ou iluminar como o sol, que se estendia por caminhos muitas vezes sem sentido algum para os que não soltavam pipas, não brincavam de pique-pega e não se escondiam num pique-esconde. Os abismos têm várias faces e encantam, atraem para o seu seio como as histórias em quadrinhos que chegavam ao morro compradas nas feiras da Maia Lacerda e do Rio Comprido, baratas como a tripa de porco que sobrava na casa do compadre maneiro que nem sempre era compadre de batismo. Era apenas o adjetivo, usado como substantivo, sinônimo de uma boa amizade, de um relacionamento que era tecido por favores, empréstimos impagáveis e consideração até na hora da morte. São as pessoas nesse desespero absoluto que a polícia procura, espanca com seus cassetetes possíveis e sua razão impossível, fazendo com que elas, com seus olhares carcomidos pela fome, achem plausíveis os feitos e os passos de Pequeno e de sua quadrilha pelos becos que, por terem só uma entrada, se tornam becos sem saídas, e achem, também, corriqueira essa visão de meia cara na quina do último barraco de cada beco de crianças negras ou filhas de nordestinos, de peito sem proteção, pé no chão, shorts rasgados e olhar já cabreiro até para o próprio amigo, que, por sua vez, se tornava inimigo na disputa de um pedaço de sebo de boi achado no lixo e que aumentaria o volume da sopa, de um sanduíche quase perfeito nas imediações de uma lanchonete, de uma pipa voada, ou de um ganso dado numa partida de bola de gude. Lá ia Pequeno, senhor de seu desejo, tratando bem a quem o tratava bem, tratando mal a quem o tratava mal e tratar mal era dar tiros de oitão na cabeça para estuporar os miolos. Os exterminadores pararam na tendinha do Zé Gordo para tomar uma Antarctica bem gelada, porque esta era a cerveja de malandro beber. Pequeno aproveitou para perguntar pelos amigos que fizera no morro, pelas tias que faziam um mocotó saboroso nos sábados à tarde, pelos compositores da escola. - Qualé, Zé Gordo, se eu te der um dinheiro, tua mulher faz um mocotó aí pra gente? - Então, meu cumpádi! Pequeno deu a quantia determinada pela esposa de Zé Gordo, em seguida retornaram à patrulha que faziam. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com (LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.) No segundo parágrafo do texto "Cidade de Deus", há um comentário sobre os sentidos e as possíveis classificações gramaticais da palavra compadre. Nesse trecho, o narrador recorreu à função da linguagem denominada: a. poética b. conativa c. referencial d. metalinguística 13. ENEM 2017 Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro [...]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada. SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In:O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento estético que estabelece uma a. confluência de cores, destacando a importância do espaço. b. composição de sons, valorizando a construção musical do texto. c. percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita. d. cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos. e. hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos significados. 14. ENEM 2012 Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. CARNEIRO, J.E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento) Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função de linguagempredominante é a emotiva ou expressiva, pois a. o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. b. a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. c. o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. d. o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. e. o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 15. ENEM Sentimental 1 Ponho-me a escrever teu nome Com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas 4 e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, 7 uma letra somente para acabar teu nome! — Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! 10 Eu estava sonhando... E há em todas as consciências este cartaz amarelo: “Neste país é proibido sonhar.” ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com Record, 1995. Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da predominância das funções da linguagem no texto de Drummond, pode-se afirmar que a. por meio dos versos “Ponho-me a escrever teu nome” (v. 1) e “esse romântico trabalho” (v. 5), o poeta faz referências ao seu próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos. b. a linguagem essencialmente poética que constitui os versos “No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam” (v. 3 e 4) confere ao poema uma atmosfera irreal e impede o leitor de reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena realista. c. na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem centrada na amada, receptora da mensagem, mas, na segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o que sente. d. em “Eu estava sonhando...” (v. 10), o poeta demonstra que está mais preocupado em responder à pergunta feita anteriormente e, assim, dar continuidade ao diálogo com seus interlocutores do que em expressar algo sobre si mesmo. e. no verso “Neste país é proibido sonhar.” (v. 12), o poeta abandona a linguagem poética para fazer uso da função referencial, informando sobre o conteúdo do “cartaz amarelo” (v. 11) presente no local. 16. CESGRANRIO 1994 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Nova Poética Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. (...) Manuel Bandeira As funções da linguagem PREDOMINANTES na "Nova Poética" são: a. metalinguística - referencial. b. conativa - metalinguística. c. poética - conativa. d. emotiva - conativa. e. referencial - fática. 17. ENEM 2016 Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial da linguagem pela a. atribuição de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal. b. utilização de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico. c. indicação de nomes de lugares como garantia da veracidade da cena narrada. d. enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto. e. apresentação de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê. 18. ENEM 2017 TEXTO I Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio. 1989. TEXTO II Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie – nem sequer mental ou de sonho –, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida. PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986. A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos textos I e II a. destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação a sonoridade do texto. b. coloca o foco no “com o que" se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio objeto. c. focaliza o “quem" produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões pessoais. d. orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu comportamento. e. enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas. 19. ENEM 2017 Aí pelas três da tarde Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como e retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras. 1997. Em textos de diferentes gêneros, algumas estratégias argumentativas referem-se a recursos linguístico-discursivos mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se como estratégia de envolvimento a a. prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]”. b. apresentação de contraposição, como em: “Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto [...]”. c. explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído) [...]”. d. descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”. e. construção de comparações, como em: “[...] libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas [...]”. 20. UDESC 2014 Ele: – Pois é. Ela: – Pois é o quê? Ele: – Eu só disse pois é! Ela: – Mas “pois é” o quê? Ele: – Melhormudar de conversa porque você não me entende. Ela: – Entender o quê? Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! Ela: – Falar então de quê? Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com Ele: – Por exemplo, de você. Ela: – Eu?! Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente. LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 48. Há três conceitos clássicos de discursos, estudados pela gramática tradicional, que designam três modos de reproduzir ou citar um ato de enunciação. O texto acima é constituído por apenas um tipo de discurso. Analise as proposições em relação a ele e aos tipos de discursos. I. O discurso direto é a forma de citação do discurso em que o narrador indica o discurso do outro, e depois reproduz literalmente a fala dele. II. O discurso direto é uma operação que confere ao discurso a vivacidade e naturalidade típicas da oralidade, pelos recursos das interjeições, exclamações, interrogações diretas e dos vocativos, entre outros elementos. III. O discurso direto e o indireto são expedientes linguísticos para mostrar as diferentes vozes bem demarcadas no texto. IV. As frases que, no discurso direto, têm a forma interrogativa ou imperativa convertem-se no discurso indireto, em orações declarativas, conforme “Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente” (linha 11): Ele perguntou por que o espanto, se ela não era gente, porque gente fala sobre gente. V. Em uma mesma mensagem verbal pode-se reconhecer mais de uma função da linguagem, embora uma seja dominante. No diálogo entre Macabéa e Olímpio a função da linguagem predominante é a fática. Assinale a alternativa correta. a. Somente as afirmativas III e V são verdadeiras. b. Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. c. Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. d. Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. e. Todas as afirmativas são verdadeiras. 21. UDESC 2014 Ele: – Pois é. Ela: – Pois é o quê? Ele: – Eu só disse pois é! Ela: – Mas “pois é” o quê? Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende. Ela: – Entender o quê? Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! Ela: – Falar então de quê? Ele: – Por exemplo, de você. Ela: – Eu?! Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente. LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 48. Há três conceitos clássicos de discursos, estudados pela gramática tradicional, que designam três modos de reproduzir ou citar um ato de enunciação. O texto acima é constituído por apenas um tipo de discurso. Analise as proposições em relação a ele e aos tipos de discursos. I. O discurso direto é a forma de citação do discurso em que o narrador indica o discurso do outro, e depois reproduz literalmente a fala dele. II. O discurso direto é uma operação que confere ao discurso a vivacidade e naturalidade típicas da oralidade, pelos recursos das interjeições, exclamações, interrogações diretas e dos vocativos, entre outros elementos. III. O discurso direto e o indireto são expedientes linguísticos para mostrar as diferentes vozes bem demarcadas no texto. IV. As frases que, no discurso direto, têm a forma interrogativa ou imperativa convertem-se no discurso indireto, em orações declarativas, conforme “Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente” (linha 11): Ele perguntou por que o espanto, se ela não era gente, porque gente fala sobre gente. V. Em uma mesma mensagem verbal pode-se reconhecer mais de uma função da linguagem, embora uma seja dominante. No diálogo entre Macabéa e Olímpio a função da linguagem predominante é a fática. Assinale a alternativa correta. a. Somente as afirmativas III e V são verdadeiras. b. Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. c. Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. d. Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. e. Todas as afirmativas são verdadeiras. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com 22. ENEM 2007 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O CANTO DO GUERREIRO Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. - Ouvi-me, Guerreiros, - Ouvi meu cantar. Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? - Guerreiros, ouvi-me; - Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias. MACUNAÍMA (Epílogo) Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? Mário de Andrade. Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que a. a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto. b. a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal. c. há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena. d. a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de informações reais. e. a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro. 23. ENEM 2014 Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência. ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001 (fragmento). Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-se a predominância de uma das funções da linguagem, identificada como a. metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários sinônimos e definições. b. referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa. c. fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”. d. poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego de “hipotrélico”. e. expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida “talvez”. 24. UECE 2014 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os textos 1 (manchete de capa da revista Época de 26/08/2013), 2 (manchete de capa da revista Veja de 28/08/2013) e 3 serão analisados em conjunto, na perspectiva da polifonia, do dialogismo e da Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com intertextualidade, isto é, das relações mantidas entre eles. Texto 1 Texto 2 Texto 3 Cair das nuvens (expressão popular) 1. Espantar-se, surpreender-se (com algo que é muito diferente do que se pensava ou se desejava); perceber o próprio equívoco ou engano. 2. Restr. Decepcionar-se intensamente; desiludir-se. 3. Chegar de modo imprevisto;aparecer repentinamente; cair do céu. Dicionário Caldas Aulete. http://aulete.uol.com.br/nuvem#ixzz2ggk52qoh Assinale com V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que é dito sobre o texto 3. ( ) O aviãozinho de papel despencando do alto é um recurso para dar mais força de persuasão à manchete, cujos termos estão dispostos um abaixo do outro, o que sugere uma queda. ( ) É correto afirmar que a capa da revista Época emprega um recurso da poesia concreta. ( ) O processo de construção da manchete de capa da revista Época inclui substituição e acréscimo de elementos linguísticos, em relação ao texto fonte. ( ) O criador da manchete de Época fez um jogo com dois sentidos do termo real, jogo que foi possível graças à mudança de gênero desse vocábulo. ( ) Na manchete de Época, apresenta-se apenas uma das funções da linguagem: a função informativa. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a. F – F – V – V – F. b. V – V – V – V – F. c. V – F – F – F – V. d. F – F – F – V – V. 25. ENEM 2018 Deficientes visuais já podem ir a algumas salas de cinema e teatros para curtir, em maior intensidade, as atrações em cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplicativo Whatscine, recém-chegado ao Brasil e disponível para os sistemas operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). Ao ser conectado à rede wi-fí de cinemas e teatros, o app sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela ou no palco com o espetáculo em andamento: o usuário, então, pode ouvir a narração em seu celular. O programa foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Carlos III, em Madri. “Na Espanha, 200 salas de cinema já oferecem o recurso e flimes de grandes estúdios já são exibidos com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro Luis Mauch, que trouxe a tecnologia para o país. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com “No Brasil, já fechamos parceria com a São Paulo Companhia de Dança para adaptar os espetáculos deles! Isso já é um avanço. Concorda?” Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 25jun. 2014 (adaptado). Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de acordo com a intenção do emissor, a linguagem apresenta funções diferentes. Nesse fragmento, predomina a função referencial da linguagem, porque há a presença de elementos que a. buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo. b. definem o aplicativo, revelando o ponto de vista da autora. c. evidenciam a subjetividade, explorando a entonação emotiva. d. expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem denotativa. e. objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo a uma indagação. 26. ENEM 2009 Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. Na estruturação do texto, destaca-se a. a construção de oposições semânticas. b. a apresentação de ideias de forma objetiva. c. o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo. d. a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. e. a inversão da ordem sintática das palavras. 27. ENEM 2018 A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos nessas imagens dissemina um imaginário racista apresentado sob a forma de uma estética racista que camufla a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos produtos apresentados. O discurso midiático-publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias para uma “descolonização estética” que empodere os sujeitos negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da diversidade. Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação, diversidade. SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com Dossiê: trabalho e educação básica. Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n.16,jun. 2017 (adaptado). O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela a. impessoalidade, na organização da objetividade das informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e “Evidencia-se”. b. seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do texto, como em “imaginário racista” e “estética do negro”. c. metaforização, relativa à construção dos sentidos figurados, como nas expressões “descolonização estética” e “discurso midiático-publicitário”. d. nominalização, produzida por meio de processos derivacionais na formação de palavras, como “inferiorização” e “desvalorização”. e. adjetivação, organizada para criar uma terminologia antirracista, como em “ética da diversidade” e “descolonização estética”. 28. ENEM 2009 O apanhador de desperdícios Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios. BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74. É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é expressa por meio da linguagem a. denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade. b. rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno. c. hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes. d. simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu lírico poeta. e. referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação digital. 29. ENEM 2011 Pequeno concerto que virou canção Não, não há por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que é capaz meu coração Não, nem há por que seguir cantando só para explicar Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah, eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim Até me consumir ou consumir toda essa dor Até sentir de novo o coração capaz de amor VANDRÉ, G. Disponível em:http://www.letras.terra.com.br Acesso em: 29 jun. 2011. Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com a. imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos. b. transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção. c. busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento. d. procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção. e. objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada. 30. ENEM PPL 2011 Uma luz na evolução Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de inusitada combinação de características arcaicas e modernas, podem ser ancestrais diretos do homem Os últimos quinze dias foram excepcionais para o estudo das origens do homem. No fim de março, uma falange fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma espécie inteiramente nova de hominídeo que existia há 50 000 anos. Na semana passada, cientistas da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram uma descoberta similar. São duas as ossadas bastante completas ■ a de um menino de 12 anos e a de uma mulher de 30 ■ encontradas na caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johannesburgo. Devido à abundância de fósseis, a região é conhecida como Berço da Humanidade. Veja. Abr. 2010 (adaptado). Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por meio de recursos utilizados segundo a produção do autor, que, nesse texto, centra seu objetivo a. na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como o texto foi escrito, sua estrutura e organização. b. em si mesmo, ao enfocar suas emoções e sentimentos diante das descobertas feitas. c. no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar uma ação, após sua leitura. d. no canal de comunicação utilizado, ao querer certificar-se do entendimento do leitor. e. no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma informação ao leitor. GABARITO: 1) e, 2) e, 3) e, 4) c, 5) b, 6) d, 7) e, 8) b, 9) d, 10) b, 11) d, 12) d, 13) d, 14) b, 15) a, 16) a, 17) e, 18) b, 19) c, 20) e, 21) e, 22) c, 23) a, 24) b, 25) d, 26) d, 27) a, 28) d, 29) a, 30) e, Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com 1. ENEM 2014 Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar a. uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso. b. uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro. c. um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge. d. uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge. e. uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. 2. ENEM 2012 Pote Cru é meu pastor. Ele me guiará. Ele está comprometido de monge. De tarde deambula no azedal entre torsos de cachorro, trampas, trapos, panos de regra, couros, de rato ao podre, vísceras de piranhas, baratas albinas, dálias secas, vergalhos de lagartos, linguetas de sapatos, aranhas dependuradas em gotas de orvalho etc. etc. Pote Cru, ele dormia nas ruínas de um convento Foi encontrado em osso. Ele tinha uma voz de oratórios perdidos. BARROS, M. Retrato do artista quando coisa. Rio de Janeiro: Record, 2002. Ao estabelecer uma relação com o texto bíblico nesse poema, o eu lírico identifica-se com Pote Cru porque a. entende a necessidade de todo poeta ter voz de oratórios perdidos. b. elege-o como pastor a fim de ser guiado para a salvação divina. c. valoriza nos percursos do pastor a conexão entre as ruínas e a tradição. d. necessita de um guia para a descoberta das coisas da natureza. e. acompanha-o na opção pela insignificância das coisas. 3. ENEM 2011 O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração "Noites do Terror, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor a. a identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com b. a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. c. a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente. d. o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular. e. a percepção do sentido literal da expressão "noites do terror”, equivalente à noites de terror”. 4. ENEM 2014 Texto I Seis estados zeram fila de espera para transplante de córnea Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea. Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte zeraram essa fila. Texto II A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o cartaz é a. contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos. b. complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações. c. redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos. d. indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas. e. discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos. 5. ENEM 2013 Querô DELEGADO Então desce ele. Vê o que arrancam desse sacana. SARARÁ só que tem um porem. Ele é menor. DELEGADO Então vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com (Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige ao público.) REPORTER E o Querô foi exprimido, empilhado, esmagado de corpo e alma num cubículo imundo, com outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados no corpo e alma, alucinados pelos seus desesperos, cegados por muitas aflições.Muitos meninos, com seus desesperos e seus ódios, empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo cubículo do reformatório. E foi lá que o Querô cresceu. MARCOS. P. Melhor teatro, São Paulo: Global, 2003 (fragmento) No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de sentido de intensificação, construindo a ideia de a. opressão física e moral, que gera rancor nos meninos. b. repressão policial e social, que gera apatia nos meninos. c. polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os meninos. d. concepçãoeducacional e carcerária, que gera comoção nos meninos e. informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos. 6. UNAMA 2009 TEXTO I Vem, ó Marília, vem lograr comigo Destes alegres campos a beleza, Destas copadas árvores o abrigo: Deixa louvar da corte a vã grandeza: Quanto me agrada mais estar contigo Notando as perfeições da natureza! (BOCAGE. Obras de Bocage) TEXTO II Bye bye Brasil (...) Mulher Nordestina: Meu santo, minha família foi embora, meu santo... Olha, fiquei só com meu velho que morreu semana passada. Mas quero ver o meu povo, onde ele estiver, cê me entende, não? Meu santo, me diga, ocê tá me ouvindo, onde é que eles foram, meu santo? (...) Lord Cigano: E eu sei lá? Como é que vô saber? (...) Ei, pêra aí, deixa eu ver! Olha, eu tô vendo: eles estão num vale muito verde onde chove muito, as árvores são muito compridas e os rios são grandes feito o mar. Tem tanta riqueza lá, que ninguém precisa trabalhar. Os velhos não morrem nunca e os jovens não perdem sua força. É uma terra tão verde... Altamira! (...) (in: filme Bye bye Brasil. Escrito e dirigido por Cacá Diegues) A respeito de elementos textuais presentes nos fragmentos dos textos de Cacá Diegues e de Bocage, considerando a relação de significados e a contextualização, avalie as informações contidas nas cinco afirmativas a seguir: I. Na locução emotiva da personagem nordestina de Diegues, o vocábulo “povo” representa os seus familiares já mortos. II. O diálogo das personagens no texto de Cacá é reproduzido pelo discurso indireto. III. No diálogo das personagens do texto de Diegues há elementos da linguagem não padrão e da função fática. IV. A vírgula, usada tanto para separar todas as ocorrências do termo “Meu santo”, na fala da mulher nordestina no texto de Diegues, como para separar o termo “ó Marília”, no primeiro verso do poema de Bocage, tem a função de isolar o vocativo. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com V. O estilo neoclássico do qual Bocage foi representante caracteriza-se, entre outros aspectos, pela inversão da ordem sintática normal, como ocorre na primeira estrofe do texto poético lido. O correto está em: a. I, III, IV e V, apenas. b. III e IV, apenas. c. II, III e IV, apenas. d. I, II e V, apenas. GABARITO: 1) e, 2) e, 3) d, 4) b, 5) a, 6) a, Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com COESÃO E COERÊNCIA Questão 01) Encadeie os enunciados abaixo, estruturando o texto “Educação e capitalismo: aliados ou inimigos?”, de Gustavo Ioschpe, retirado da Revista Veja Online, 24/julho/2008. ( ) Essa leitura da situação se tornou absolutamente hegemônica: vai da imprensa à academia, dos mais louvados pensadores do tema à correspondência enviada a este articulista por professores dos grotões do Brasil. ( ) Virou consenso no Brasil associar o nosso fracasso educacional com as maquinações do sistema capitalista/neoliberal. ( ) Ou, no máximo, recebesse uma educação totalmente "alienante", para que não questionasse suas mazelas nem incomodasse o status quo. ( ) Apenas continuasse fornecendo sua mão-de-obra barata para a manutenção do sistema. ( ) Segundo essa leitura, calcada em Marx, interessaria aos "poderosos", à "elite", que o proletariado não fosse instruído. ( ) Em realidade, o que ocorre é exatamente o oposto: quanto mais capitalista o país, melhor e mais abrangente é o seu sistema educacional. ( ) Até para trabalhar em uma linha de montagem de uma fábrica é preciso capacidade analítica para lidar com um maquinário cada vez mais sofisticado. A seqüência correta é: a) 5 – 1 – 3 – 4 – 2 – 6 – 7. b) 3 – 1 – 5 – 4 – 6 – 7 – 2. c) 1 – 3 - 4 – 5 – 2 – 6 – 7. d) 7 – 1 – 3 – 4 – 5 – 2 – 6. e) 2 – 1 – 5 – 6 – 3 – 4 – 7 Questão 02) A frase abaixo apresenta ambigüidade: Ministro falará da crise no Canal 17. Reescreva essa frase, alterando a ordem das palavras, para eliminar a ambigüidade; na resposta, acrescente uma vírgula à frase. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com http://www.projetoredacao.com.br/ Questão 03) Assinale a única frase em que a ordem de colocação das palavras NÃO produz ambigüidade. a) Rossi pede ao STF processo por calúnia contra Motta. b) E só colocar as moedas, girar a manivela e ter a escova já com pasta embalada nas mãos. c) Casal procura filho seqüestrado via Internet. d) Câmara torna crime porte ilegal de armas. e) Regressou a Brasília depois de uma cirurgia cardíaca com cerimonial de chefe de Estado. Questão 04) “A casa que papai alugara não ficava na praia exatamente, mas numa das ruas que a ela davam e onde uns operários trabalhavam diariamente no alinhamento de um dos canais que carreavam o enxurro da cidade para o mar do golfo.” [Mário de Andrade] No período acima, o segmento “que a ela davam e onde” pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original do período, por: a) “para a cuja iam, nas quais” b) “que lhe conduziam, aonde” c) “à qual cortavam, em cuja rua” d) “nela terminavam, às quais” e) “que nela desembocavam, rua em que” Questão 05) Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas; remexo as brasas com o ferro, baixo um pouco a tampa de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais intensos clarões vermelhos lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece regozijar-se ao receber a luz desse honesto fogo. Há chamas douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos na noite escura; não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações. (Rubem Braga) Em relação ao texto, a única afirmação que NÃO está correta é: a) Nos dois primeiros períodos, o fenômeno da repetição é rigorosamente controlado pelo narrador, sobretudo por meio do recurso da elipse. b) Na expressão “ele chia”, o narrador explicitou o pronome para estabelecer, com maior precisão, a relação entre a ação expressa pelo verbo chiar e “fogo”, atrás referido. Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com http://www.projetoredacao.com.br/ c) No segundo e terceiro períodos, a coerência entre as ações do narrador e as ações atribuídas a “fogo” é estabelecida por meio de relações de causa e conseqüência. d) Em “Abro”, estão subentendidos eu e tampa de metal. e) Os dois pontos utilizados após “Abro” permitem introduzir o complemento da ação de abrir. Questão 06) Leia o texto seguinte: Sítio Bom Jardim apresenta Forró Sertanejo com a banda Casa Nova, no dia 30 de outubro, a partir das 21 horas. Mulher acompanhada até 24 horas não paga. Venha e participe desta festa. (Jornal Vale ADC’S, out./1999, adaptado.) a) Localize o trecho em que há ambigüidade. b) Aponte duas interpretações possíveis para esse trecho, considerando o contexto. Questão 07) Assinale a opção em que a ambigüidade ou o efeito cômico NÃO decorre da ordem dos termos. a) O estudo analisou, por 16 anos, hábitos como caminhar e subir escadas de homens com idade média de 58 anos. (Equilíbrio. Folha de S. Paulo, 19/10/2000) b) Andando pela zona rural do litoral norte, facilmente se encontram casas de veraneio e moradores de alto padrão. (Folha de S. Paulo, 26/01/2003) c) Atendimento preferencial para: idosos, gestantes, deficientes, crianças de colo (Placa sobre um dos caixas de um banco.) d) Temos vaga para rapaz com refeição (Placa em frente a uma casa em Campinas, SP.) e) Detido acusado de furtos de processos (Folha de S. Paulo, 8/7/2000) Questão 08) As pessoas, que nos maltratam, devem ser ignoradas, mesmo que essa atitude seja difícil. Para que a oração
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