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GÊNEROS TEXTUAIS 
 
1) 
Leia o trecho abaixo: 
"A ciência mais imperativa e 
predominante sobre tudo é a ciência 
política, pois esta determina quais 
são as demais ciências que devem 
ser estudadas na pólis. Nessa 
medida, a ciência política inclui a 
finalidade das demais, e, então, 
essa finalidade deve ser o bem do 
homem." 
(Aristóteles. Adaptado) 
O gênero textual utilizado pelo autor 
é 
a) propaganda 
b) enciclopédia 
c) texto didático 
d) texto de opinião 
e) texto prescritivo 
 
2) 
São Paulo, 18 de agosto de 1929. 
Carlos [Drummond de Andrade], 
Achei graça e gozei com o seu 
entusiasmo pela candidatura Getúlio 
Vargas – João Pessoa. É. Mas veja 
como estamos... trocados. Esse 
entusiasmo devia ser meu e sou eu 
que conservo o ceticismo que 
deveria ser de você. (...). Eu... eu 
contemplo numa torcida apenas 
simpática a candidatura Getúlio 
Vargas, que antes desejara tanto. 
Mas pra mim, presentemente, essa 
candidatura (única aceitável, está 
claro) fica manchada por essas 
pazes fragílimas de governistas 
mineiros, gaúchos, paraibanos (...), 
com democráticos paulistas (que 
pararam de atacar o Bernardes) e 
oposicionistas cariocas e gaúchos. 
Tudo isso não me entristece. 
Continuo reconhecendo a existência 
de males necessários, porém me 
afasta do meu país e da candidatura 
Getúlio Vargas. Repito: única 
aceitável. 
Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do 
Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 
(Enem - 2007) 
A carta é um gênero textual em que 
existe sempre um emissor 
(remetente) e um receptor 
(destinatário). No trecho acima, a 
carta escrita para Carlos revela um 
exemplo de 
a) carta pessoal 
b) carta do leitor 
c) carta aberta 
d) carta argumentativa 
e) carta comercial 
 
3) 
Eça de Queirós, um dos maiores 
escritores do realismo português, é 
conhecido por sua prosa onde ele 
criou novas formas de linguagens, 
neologismos e mudanças na 
sintaxe. 
O trecho abaixo é de sua obra mais 
emblemática “O primo Basílio” 
"Ficara sentada à mesa a ler o 
Diário de Notícias, no seu roupão de 
manhã de fazenda preta, bordado a 
sutache, com largos botões de 
madrepérola; o cabelo louro um 
pouco desmanchado, com um tom 
seco do calor do travesseiro, 
enrolava-se, torcido no alto da 
cabeça pequenina, de perfil bonito; 
a sua pele tinha a brancura tenra e 
láctea das louras; com o cotovelo 
encostado à mesa acariciava a 
orelha, e, no movimento lento e 
suave dos seus dedos, dois anéis 
Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com
de rubis miudinhos davam 
cintilações escarlates." 
De acordo com os gêneros textuais, 
a intenção do autor foi 
a) relatar sobre a manhã da 
personagem 
b) narrar os fatos habituais daquela 
manhã 
c) descrever aspectos da 
personagem e de suas ações 
d) apresentar o principal jornal lido 
pela personagem 
e) dissertar sobre a roupa utilizada 
pela personagem 
 
4) 
Qual das alternativas abaixo contém 
somente gêneros textuais? 
a) romance, descrição, biografia 
b) autobiografia, narração, 
dissertação 
c) bula de remédio, propaganda, 
receita culinária 
d) contos, fábulas, exposição 
e) seminário, injunção, declaração 
 
 
5) 
Pena pode chegar a até 10 anos de 
prisão caso o autor da notícia esteja 
por trás de um grupo de 
disseminação de fake news 
De autoria da deputada Rejane 
Dias, o Projeto de Lei 2389/20 altera 
o Código Penal e prevê punição 
com detenção para aqueles que se 
beneficiam compartilhando notícias 
falsas. A iniciativa é reduzir o 
número de fake news na internet, 
que são compartilhadas por 
ingenuidade mas também podem 
ser criadas propositalmente para 
favorecimento de pessoas e/ou 
instituições. 
Caso o beneficiamento da pessoa 
com a proliferação de fake news 
seja comprovado, a PL 2389/20 
prevê detenção de 2 a 4 anos. A 
pena pode aumentar para até 10 
anos caso o autor da notícia falsa 
seja o líder ou coordene um grupo 
responsável pela disseminação – os 
famigerados bots. 
“É um desserviço à população e um 
atentado à segurança coletiva, um 
gesto de desumanidade e prejuízo 
frontal (…). A notícia falsa, além de 
afetar seriamente a vida das 
pessoas, pode também ajudar a 
reforçar um pensamento errôneo”, 
disse a deputada autora do projeto, 
que reforçou como a disseminação 
de fake news na atual época de 
pandemia que estamos vivendo é 
perigosíssima e um atentado à vida 
das pessoas. 
Em análise na Câmara dos 
Deputados, o texto já está dando o 
que falar e algumas pessoas, 
inclusive que trabalham com 
política, estão dizendo que a PL é 
um complô e é tendenciosa. A 
pergunta é: para quem? 
Para não cair em notícias falsas, 
confira sempre o veículo em que ela 
foi publicada, se ele é renomado, 
por exemplo, duvide de sites poucos 
conhecidos e de conteúdos 
compartilhados em grupos de 
WhatsApp, principalmente de textos 
copiados e colados que não têm 
links ou fontes. 
O editorial é um gênero textual 
sendo um texto essencialmente 
a) narrativo-descritivo 
b) descritivo-narrativo 
c) prescritivo-descritivo 
d) dissertativo-argumentativo 
e) injuntivo-opinativo 
 
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6) 
O cavalo e o burro seguiam juntos 
para a cidade. O cavalo contente da 
vida, folgando com uma carga de 
quatro arrobas apenas, e o burro — 
coitado! Gemendo sob o peso de 
oito. Em certo ponto, o burro parou 
e disse: 
— Não posso mais! Esta carga 
excede às minhas forças e o 
remédio é repartirmos o peso 
irmãmente, seis arrobas para cada 
um. 
O cavalo deu um pinote e relinchou 
uma gargalhada. 
— Ingênuo! Quer então que eu 
arque com seis arrobas quando 
posso tão bem continuar com as 
quatro? Tenho cara de tolo 
O burro gemeu: 
— Egoísta, Lembre-se que se eu 
morrer você terá que seguir com a 
carga de quatro arrobas e mais a 
minha. 
O cavalo pilheriou de novo e a coisa 
ficou por isso. Logo adiante, porém, 
o burro tropica, vem ao chão e 
rebenta. 
Chegam os tropeiros, maldizem a 
sorte e sem demora arrumam com 
as oito arrobas do burro sobre as 
quatro do cavalo egoísta. E como o 
cavalo refuga, dão-lhe de chicote 
em cima, sem dó nem piedade. 
— Bem feito! Exclamou o papagaio. 
Quem mandou ser mais burro que o 
pobre burro e não compreender que 
o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo 
da carga em excesso? Tome! Gema 
dobrada agora… 
(LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1994) 
A fábula é um gênero textual 
literário que possui uma forte carga 
moral, sendo uma narrativa 
fantasiosa que o afasta de 
realidade. Sobre isso, assinale 
abaixo a alternativa INCORRETA 
sobre esse gênero textual: 
a) é uma narrativa breve 
b) sempre propõe algum 
ensinamento 
c) usa animais como personagens 
d) possui um entendimento rápido e 
fácil 
e) é sinônimo de parábola 
 
7) 
 
"Experimente o nova e deliciosa 
barrinha de chocolate asteca: com 
mais de 70% de cacau e 0% de 
gordura saturada." 
A oração acima faz parte do gênero 
textual 
a) notícia 
b) propaganda 
c) editorial 
d) bilhete 
e) declaração 
 
8) 
Ingredientes 
3 xícaras de amendoim torrado e 
moído 
3 xícaras de açúcar 
1 ½ xícaras de leite 
Modo de Fazer 
Leve todos os ingredientes ao fogo, 
mexendo sempre e até desgrudar 
da panela. Em seguida, despeje em 
mármore e espere esfriar e 
endurecer. Por fim, corte em 
pequenos pedaços. 
As receitas culinárias são gêneros 
textuais que instruem as pessoas a 
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fazerem algo, seguindo um passo a 
passo. Esse tipo de gênero 
pertence aos textos 
a) prescritivos 
b) narrativos 
c) descritivos 
d) injuntivos 
e) expositivos 
 
 
9) 
Os gêneros textuais englobam 
também alguns gêneros orais. 
Geralmente, eles são considerados 
textos expositivos que possuem o 
intuito de expor alguma ideia. Das 
alternativas abaixo, a que não faz 
parte dos gêneros orais é 
a) a resenha 
b) o seminário 
c) a palestra 
d) o colóquio 
e) a entrevista10) 
HAMLET observa a Horácio que há 
mais causas no céu e na terra do 
que sonha a nossa filosofia. Era a 
mesma explicação que dava a bela 
Rita ao moço Camilo, numa sexta-
feira de novembro de 1869, quando 
este ria dela, por ter ido na véspera 
consultar uma cartomante; a 
diferença é que o fazia por outras 
palavras. 
— Ria, ria. Os homens são assim; 
não acreditam em nada. Pois saiba 
que fui, e que ela adivinhou o 
motivo da consulta, antes mesmo 
que eu lhe dissesse o que era. 
Apenas começou a botar as cartas, 
disse-me: "A senhora gosta de uma 
pessoa..." Confessei que sim, e 
então ela continuou a botar as 
cartas, combinou-as, e no fim 
declarou-me que eu tinha medo de 
que você me esquecesse, mas que 
não era verdade. 
— Errou! interrompeu Camilo, rindo. 
— Não diga isso, Camilo. Se você 
soubesse como eu tenho andado, 
por sua causa. Você sabe; já lhe 
disse. Não ria de mim, não ria... 
Camilo pegou-lhe nas mãos, e 
olhou para ela sério e fixo. Jurou 
que lhe queria muito, que os seus 
sustos pareciam de criança; em 
todo o caso, quando tivesse algum 
receio, a melhor cartomante era ele 
mesmo. Depois, repreendeu-a; 
disse-lhe que era imprudente andar 
por essas casas. Vilela podia sabê-
lo, e depois. 
— Qual saber! tive muita cautela, ao 
entrar na casa. 
— Onde é a casa? 
— Aqui perto, na Rua da Guarda 
Velha; não passava ninguém nessa 
ocasião. Descansa; eu não sou 
maluca. 
Camilo riu outra vez: 
— Tu crês deveras nessas cousas? 
perguntou-lhe. 
Foi então que ela, sem saber que 
traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe 
que havia muita cousa misteriosa e 
verdadeira neste mundo. Se ele não 
acreditava, paciência; mas o certo é 
que a cartomante adivinhara tudo. 
Que mais? A prova é que ela agora 
estava tranqüila e satisfeita. 
(A Cartomante, Machado de Assis) 
O conto é um tipo de gênero textual 
breve, escrito em prosa e formado 
apenas por uma história e um 
conflito. Sobre esse gênero textual, 
podemos afirmar que 
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a) é um texto essencialmente 
descritivo com presença de diálogos 
entre personagens. 
b) é um texto dissertativo e mais 
curto que o romance e a novela, 
ambos do mesmo tipo textual. 
c) é um texto narrativo e que 
envolve enredo, personagens, 
tempo e espaço. 
d) é um texto opinativo formado 
pelos discursos direto e indireto. 
e) é um texto expositivo em que um 
tema é apresentado ao público. 
 
 
GABARITO 
1d; 2a; 3c; 4c; 5d; 6e; 7b; 8d; 9a; 
10c 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. ENEM 2016
Receitas de vida por um mundo mais doce
Pé de moleque
Ingredientes
2 filhos que não param quietos
3 sobrinhos da mesma espécie
1 cachorro que adora uma farra
1 fim de semana ao ar livre
Preparo
Junte tudo com os ingredientes do Açúcar Naturale, mexa
bem e deixe descansar. Não as crianças, que não vai
adiantar. Sirva imediatamente, porque pé de moleque não
para. Quer essa e outras receitas completas?
Entre no site cianaturale.com.br.
Onde tem doce, tem Naturale.
Revista Saúde, n. 351, jun. 2012 (adaptado).
O texto é resultante do hibridismo de dois gêneros textuais.
A respeito desse hibridismo, observa-se que a
a. receita mistura-se ao gênero propaganda com a finalidade
de instruir o leitor.
b. receita é utilizada no gênero propaganda a fim de divulgar
exemplos de vida.
c. propaganda assume a forma do gênero receita para
divulgar um produto alimentício.
d. propaganda perde poder de persuasão ao assumir a
forma do gênero receita.
e. receita está a serviço do gênero propaganda ao solicitar
que o leitor faça o doce.
2. ENEM 2011
A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a 
chegada da mídia eletrônica me lembra a 
discussão idêntica sobre a obsolescência do 
folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam 
mais daqui a 100 ou 200 anos, mas mesmo que 
isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de 
Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão 
sendo publicados e lidos – em CD-ROM, em livro 
eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá o quê. O
texto é uma espécie de alma imortal, capaz de
reencarnar em corpos variados: página impressa,
livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia
manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode
se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não
importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é
Macbeth ou O Livro de Piadas de Casseta & Planeta.
TAVARES, B. Disponível em:
http://jornaldaparaiba.globo.com.
Ao refletir sobre a possível extinção do livro
impresso e o surgimento de outros suportes em
via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de
vista, defendendo que
a. o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será
extinto com o avanço da tecnologia.
b. o livro impresso permanecerá como objeto cultural
veiculador de impressões e de valores culturais.
c. o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer
de se ler textos em livros e suportes impressos.
d. os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em
novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.
e. os livros impressos desaparecerão e, com eles, a
possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos
gêneros.
3. ENEM 2015
Ataliba de Castilho, professor de língua
portuguesa da USP, explica que o internetês é
parte da metamorfose natural da língua.
– Com a internet, a linguagem segue o caminho
dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu
com "você", que se tornou o pronome átono "cê".
Agora, o interneteiro pode ajudar a reduzir os
excessos da ortografia, e bem sabemos que são
muitos. Por que o acento gráfico é tão importante
assim para a escrita? Já tivemos no Brasil
momentos até mais exacerbados por acentos e
dispensamos muitos deles. Como toda palavra é
contextualizada pelo falante, podemos dispensar
ainda muitos outros. O interneteiro mostra um
caminho, pois faz um casamento curioso entre
GÊNEROS DIGITAIS
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oralidade e escrituralidade. O internetês pode, no
futuro, até tornar a comunicação mais eficiente.
Ou evoluir para um jargão complexo, que, em vez
de aproximar as pessoas em menor tempo,
estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão
dos leigos.
Para Castilho, no entanto, não será uma reforma
ortográfica que fará a mudança de que
precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh
tc e esperar pra ver?
Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2015.
Adaptado.
Na entrevista, o fragmento "O jeito eh tc e esperar
pra ver?" tem por objetivo
a. ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá
promover alterações de grafias.
b. mostrar os perigos da linguagem da internet como
potencializadora de dificuldades de escrita.
c. evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas
com baixa proficiência escrita.
d. explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do
padrão formal apresentado ao longo do texto.
e. exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que
desconhecem as estruturas da norma padrão.
4. ENEM 2010
Texto I
Sob o olhar do Twitter
Vivemos a era da exposição e do
compartilhamento. Público e privado
começam a se confundir. A ideia de
privacidade vai mudar ou desaparecer.
O trecho acima tem 140 caracteres exatos. É 
uma mensagem curta que tenta encapsular 
uma ideia complexa. Não é fácil esse tipo de 
síntese, mas dezenas de milhões de pessoas 
o praticam diariamente. No mundo todo, são
disparados 2,4 trilhões de SMS por mês, e
neles cabem 140 toques, ou pouco mais.
Também é comum enviar e-mails, deixar
recados no Orkut, falar com as pessoas pelo
MSN, tagarelar no celular, receber chamados
em qualquer parte, a qualquer hora. Estamos
conectados. Superconectados, na verdade, de
várias formas.
[...] O mais recente exemplo de demanda por
total conexão e de uma nova sintaxe social é o
Twitter, o novo serviço de troca de mensagens
pela internet. O Twitter pode ser entendido
como uma mistura de blog e celular.As
mensagens são de 140 toques, como os
torpedos dos celulares, mas circulam pela
internet, como os textos de blogs. Em vez de
seguir para apenas uma pessoa, como no
celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai
para todos os “seguidores” – gente que
acompanha o emissor. Podem ser 30, 300 ou
409 mil seguidores.
MARTINS, I; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009
(fragmento adaptado).
Da comparação entre os textos, depreende-se
que o texto II constitui um passo a passo para
interferir no comportamento dos usuários,
dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto
I
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a. adverte os leitores de que a internet pode transformar-se
em um problema porque expõe a vida dos usuários e, por
isso, precisa ser investigada.
b. ensina aos leitores os procedimentos necessários para
que as pessoas conheçam, em profundidade, os principais
meios de comunicação da atualidade.
c. exemplifica e explica o novo serviço global de mensagens
rápidas que desafia os hábitos de comunicação e reinventa o
conceito de privacidade.
d. procura esclarecer os leitores a respeito dos perigos que o
uso do Twitter pode representar nas relações de trabalho e
também no plano pessoal.
e. apresenta uma enquete sobre as redes sociais mais
usadas na atualidade e mostra que o Twitter é preferido
entre a maioria dos internautas.
5. ENEM 2016
O Google Art é uma ferramenta on-line que
permite a visitação virtual dos mais importantes
museus do mundo e a visualização de suas obras
de arte. Por meio da tecnologia Street View e de
um veículo exclusivamente desenvolvido para o
projeto, fotografou-se em 360 graus o interior de
lugares como o MoMA, de Nova York, o Museu
Van Gogh, em Amsterdã, e a National Gallery, de
Londres. O resultado é que se pode andar pelas
galerias assim como se passeia pelas ruas com o
Street View. Além disso, cada museu escolheu
uma única obra de arte de seu acervo para ser
fotografada com câmeras de altíssima resolução,
ou gigapixel. As imagens contêm cerca de 7
bilhões de pixels, o que significa que é mais de mil
vezes mais detalhada do que uma foto de câmera
digital comum. Além disso, todas as obras vêm
acompanhadas de metadados de proveniência,
tais como títulos originais, artistas, datas de
criação, dimensões e a quais coleções já
pertenceram. Os usuários também podem criar
suas próprias coleções e compartilhá-las pela
web.
Disponível em: . Acesso em: 3 out. 2013.
Adaptado.
As tecnologias da computação possibilitam um
novo olhar sobre as obras de arte. A prática
permite que usuários
a. guiem virtualmente um veículo especial através dos
melhores museus do mundo.
b. reproduzam as novas obras de arte expostas em museus
espalhados pelo mundo.
c. criem novas obras de arte em 360 graus, consultem seus
metadados e os compartilhem na internet.
d. visitem o interior e as obras de arte de todos os museus
do mundo em 3D e em altíssima resolução.
e. visualizem algumas obras de arte em altíssima resolução
e, simultaneamente, obtenham informações sobre suas
origens e composição.
GABARITO: 1) c, 2) d, 3) a, 4) c, 5) e,
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1. ENEM 2010
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se
desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores
chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um
deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos
mecanismos que regulam o número de organismos dentro
dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
Predomina no texto a função da linguagem
a. emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em
relação à ecologia.
b. fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de
comunicação.
c. poética, porque o texto chama a atenção para os recursos
de linguagem,
d. conativa, porque o texto procura orientar comportamentos
do leitor.
e. referencial, porque o texto trata de noções e informações
conceituais.
2. ENEM 2009
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses 
E varria os teus sorrisos... 
O vento varria tudo! 
E a minha vida ficava 
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:
José Aguilar, 1967.
Predomina no texto a função da linguagem
a. fática, porque o autor procura testar o canal de
comunicação.
b. metalinguística, porque há explicação do significado das
expressões.
c. conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de
uma ação.
d. referencial, já que são apresentadas informações sobre
acontecimentos e fatos reais.
e. poética, pois chama-se a atenção para a elaboração
especial e artística da estrutura do texto.
3. ENEM 2012
LAERTE. Disponível em: http://blog.educacional.com.br.
Acesso em: 8 set. 2011.
Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro
quadrinho a persuadir sua interlocutora?
a. Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor.
b. Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica.
c. Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto
eletrônico.
d. Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados
anteriormente são inferiores.
e. Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios
do consumidor.
4. PUC-SP 2001
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. 
Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é 
necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, 
o "bom dia", "o boa tarde, como vai?" já não funcionam para
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Licenciado para - Tayane dos Santos Rodrigues - 13703473673 - Protegido por Eduzz.com
engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do
tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim,
e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia,
com que se divaga até encontrar assunto para um discurso
encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos
ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que
supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o
que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever
para pensar; uma outra forma de conversar. 
Assim fomos "alfabetizados", em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo.
Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim
predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo
e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor)
conversando entender como necessitamos nos reeducar
para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas
transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi
pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare
aí", me diz você. "O escrevente escreve antes, o leitor lê
depois." "Não", lhe respondo, "Não consigo escrever sem
pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me
deixe falando sozinho." 
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com
interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas,
sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre
ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos
interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos.
Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M. O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ,
1997, p. 13).
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: "Em nossa
civilização apressada, o 'bom dia', o 'boa tarde, como vai?' já
não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto
servindo, fala-se do tempo ou de futebol." Ela faz referência
à função da linguagem cuja meta é "quebrar o gelo". Indique
a alternativa que explicita essa função.
a. Função emotivab. Função referencial
c. Função fática
d. Função conativa
e. Função poética
5. ITA 1999
Assinale a opção que apresenta a função da linguagem
predominante nos fragmentos a seguir:
 ( I )
Maria Rosa quase que aceitava, de uma vez, para resolver a
situação, tal o embaraço em que se achavam. Estiveram um
momento calados.
- Gosta de versos?
- Gosto...
- Ah...
Pousou os olhos numa oleografia.
- É brinde de farmácia?
- É.
- Bonita...
- Acha?
- Acho... Boa reprodução...
 (Orígenes Lessa. O FEIJÃO E O SONHO)
 ( II )
Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública.
E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para
a grande glória de Deus.
Ele: - Pois é.
Ela: - Pois é o quê?
Ele: - Eu só disse "pois é"!
Ela: - Mas "pois é" o quê?
Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me
entende.
Ela: - Entender o quê?
Ele: - Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e
já.
 (Clarice Lispector. A HORA DA ESTRELA)
a. Poética.
b. Fática.
c. Referencial.
d. Emotiva.
e. Conativa.
6. ENEM 2013
Lusofonia
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina;
(Brasil), meretriz.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no 
café, em frente da chávena de café, enquanto alisa os 
cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema
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sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga não
quer dizer o que ela diz em portugal. Então, terei de escrever
a mulher nova do café, a jovem do café, a menina do café,
para que a reputação da pobre rapariga que alisa os cabelos
com a mão, num café de lisboa, não fique estragada para
sempre quando este poema atravessar o atlântico para
desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo sem pensar em
áfrica, porque aí lá terei de escrever sobre a moça do café,
para evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores de cabeça até
porque, no fundo, a única coisa que eu queria era escrever
um poema sobre a rapariga do café. A solução, então, é
mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre
aquele café onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa
porque só servem café ao balcão.
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética.
Seu caráter metalinguístico justifica-se pela
a. discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no
mundo contemporâneo.
b. defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico
do século XX.
c. abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta
para assuntos rotineiros.
d. tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de
construção da própria obra.
e. valorização do efeito de estranhamento causado no
público, o que faz a obra ser reconhecida.
7. UFAL 1999
Está INCORRETA a classificação da função da linguagem
na frase:
a. Comunicação é a transferência de informação por meio de
mensagem=Função Metalinguística.
b. Psiu! Atenção! Olhe aqui! aonde vai?=Função Fática.
c. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças=Função
Apelativa.
d. Nem todos os alunos são capazes de valorizar
devidamente a escola onde estudam=Função Referencial.
e. Os moradores da periferia dirigiam-se ao prefeito
solicitando verbas para a canalização do rio=Função
Emotiva.
8. ENEM 2014
eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e
minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe
morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô...
materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente...
infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco anos... né... e o
irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha dezessete e
ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele
foi... o banco... no caso... estava... com um número de
funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu
transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a
cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão
entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar
em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde
tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar
na rua do meu pai... né... e começaram a se conhecer...
namoraram onze anos... né... pararam algum tempo...
brigaram... é lógico... porque todo relacionamento tem uma
briga... né... e eu achei esse fato muito interessante porque
foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se
conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos...
dezessete anos de casados…
CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e
escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência
pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”.
Essa repetição é um(a)
a. índice de baixa escolaridade do falante.
b. estratégia típica de manutenção da interação oral.
c. marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
d. manifestação característica da fala regional nordestina.
e. recurso enfatizador da informação mais relevante da
narrativa.
9. ENEM 2016
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o
sentido de um texto. E, a partir do texto, ser capaz de
atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os
outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o
tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da própria
vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela,
propondo uma outra não prevista.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo.
São Paulo: Ática, 1993.
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Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo
de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem.
Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o
texto
a. ressaltar a importância da intertextualidade.
b. propor leituras diferentes das previsíveis.
c. apresentar o ponto de vista da autora.
d. discorrer sobre o ato de leitura.
e. focar a participação do leitor.
10. ENEM 2009
Em uma famosa discussão entre profissionais das ciências
biológicas, em 1959, C. P. Snow lançou uma frase definitiva:
“Não sei como era a vida antes do clorofórmio”. De modo
parecido, hoje podemos dizer que não sabemos como era a
vida antes do computador. Hoje não é mais possível
visualizar um biólogo em atividade com apenas um
microscópio diante de si; todos trabalham com o auxílio de
computadores. Lembramo-nos, obviamente, como era a vida
sem computador pessoal. Mas não sabemos como ela seria
se ele não tivesse sido inventado.
PIZA, D. Como era a vida antes do computador? OceanAir
em Revista, nº 1, 2007 (adaptado).
Neste texto, a função da linguagem predominante é
a. emotiva, porque o texto é escrito em primeira pessoa do
plural.
b. referencial, porque o texto trata das ciências biológicas,
em que elementos como o clorofórmio e o computador
impulsionaram o fazer científico.
c. metalinguística, porque há uma analogia entre dois
mundos distintos: o das ciências biológicas e o da
tecnologia.
d. poética, porque o autor do texto tenta convencer seu leitor
de que o clorofórmio é tão importante para as ciências
médicas quanto o computador para as exatas.
e. apelativa, porque, mesmo sem ser uma propaganda, o
redator está tentando convencer o leitor de que é impossível
trabalhar sem computador, atualmente.
11. ENEM 2013
Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer
comunicação determinam, em uma situação de interlocução,
o predomínio de uma ou de outra função de linguagem.
Nesse texto, predomina a função que se caracteriza por
a. tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se
tomarem certas medidas para a elaboração de um livro.
b. enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta para
sua obra seus sonhos e histórias.
c. apontar para o estabelecimento de interlocução de modo
superficial e automático, entre o leitor eo livro.
d. fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios
que estruturam a forma e o conteúdo de um livro.
e. retratar as etapas do processo de produção de um livro,
as quais antecedem o contato entre leitor e obra.
12. UERJ 2004
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO I
OS QUE COMEÇAM... 
Não há decerto exploração mais dolorosa que a das 
crianças. Os homens, as mulheres ainda pantomimam a 
miséria para lucro próprio. As crianças são lançadas no 
ofício torpe pelos pais, por criaturas indignas, e crescem com
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o vício adaptando a curvilínea e acovardada alma da
mendicidade malandra. Nada mais pavoroso do que este
meio em que há adolescentes de dezoito anos e pirralhos de
três, garotos amarelos de um lustro de idade e moçoilas
púberes sujeitas a todas as passividades. Essa criançada
parece não pensar e nunca ter tido vergonha, amoldadas
para o crime de amanhã, para a prostituição em grande
escala. Há no Rio um número considerável de pobrezinhos
sacrificados, petizes que andam a guiar senhoras falsamente
cegas, punguistas sem proteção, paralíticos, amputados,
escrofulosos, gatunos de sacola, apanhadores de pontas de
cigarros, crias de famílias necessitadas, simples vagabundos
à espera de complacências escabrosas, um mundo vário, o
olhar de crime, o broto das árvores que irão obumbrar as
galerias da Detenção, todo um exército de desbriados e de
bandidos, de prostitutas futuras, galopando pela cidade à
cata do pão para os exploradores. Interrogados, mentem a
princípio, negando; depois exageram as falcatruas e acabam
a chorar, contando que são o sustento de uma súcia de
criminosos que a polícia não persegue.
A metade desse bando conhece as leis do prefeito, os
delegados de polícia e acompanha o movimento da política
indígena, oposicionista e vendo em cada homem importante
uma roubalheira. São em geral os mendigos claramente
defeituosos a que falta uma perna, um braço.
A perda que os tornou inválidos é uma espécie de felicidade,
a indolência e o sustento garantidos.
À beira das calçadas o dia inteiro têm tempo de se tornarem
homens e de ler os jornais. Fazem tudo isso com vagar.
Quando um ponto se torna insustentável vão para outros, e
há entre eles relações, morfeias que se ligam às úlceras,
olhos em pus que olham com ternura companheiros sem
braços, e todos guardando a data do desastre que os
mutilou, que os fez entrar para a nova vida com a saudade
da vida passada.
(RIO, João do. A alma encantadora das ruas: crônicas. Rio
de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1987.)
TEXTO II
CIDADE DE DEUS 
Barracos de caixas de tomate, madeiras de lei, carnaúba, 
pinho-de-riga, caibros cobertos, em geral, por telhas de zinco 
ou folhas de compensados. Fogueiras servindo de fogão 
para fazer o mocotó, a feijoada, o cozido, o vatapá, mas, na 
maioria das vezes, para fazer aquele arroz de terceira 
grudado, angu duro ou muito ralo, aqueles carurus catados
no mato, mal lavados, ou simplesmente nada. Apenas 
olhares carcomidos pela fome, em frente aos barracos, num 
desespero absoluto e que por ser absoluto é calado. Sem 
fogueira para esquentar ou iluminar como o sol, que se 
estendia por caminhos muitas vezes sem sentido algum para 
os que não soltavam pipas, não brincavam de pique-pega e 
não se escondiam num pique-esconde. 
Os abismos têm várias faces e encantam, atraem para o seu 
seio como as histórias em quadrinhos que chegavam ao 
morro compradas nas feiras da Maia Lacerda e do Rio 
Comprido, baratas como a tripa de porco que sobrava na 
casa do compadre maneiro que nem sempre era compadre 
de batismo. Era apenas o adjetivo, usado como substantivo, 
sinônimo de uma boa amizade, de um relacionamento que 
era tecido por favores, empréstimos impagáveis e 
consideração até na hora da morte. 
São as pessoas nesse desespero absoluto que a polícia 
procura, espanca com seus cassetetes possíveis e sua 
razão impossível, fazendo com que elas, com seus olhares 
carcomidos pela fome, achem plausíveis os feitos e os 
passos de Pequeno e de sua quadrilha pelos becos que, por 
terem só uma entrada, se tornam becos sem saídas, e 
achem, também, corriqueira essa visão de meia cara na 
quina do último barraco de cada beco de crianças negras ou 
filhas de nordestinos, de peito sem proteção, pé no chão, 
shorts rasgados e olhar já cabreiro até para o próprio amigo, 
que, por sua vez, se tornava inimigo na disputa de um 
pedaço de sebo de boi achado no lixo e que aumentaria o 
volume da sopa, de um sanduíche quase perfeito nas 
imediações de uma lanchonete, de uma pipa voada, ou de 
um ganso dado numa partida de bola de gude. 
Lá ia Pequeno, senhor de seu desejo, tratando bem a quem 
o tratava bem, tratando mal a quem o tratava mal e tratar
mal era dar tiros de oitão na cabeça para estuporar os
miolos.
Os exterminadores pararam na tendinha do Zé Gordo para
tomar uma Antarctica bem gelada, porque esta era a cerveja
de malandro beber. Pequeno aproveitou para perguntar
pelos amigos que fizera no morro, pelas tias que faziam um
mocotó saboroso nos sábados à tarde, pelos compositores
da escola.
- Qualé, Zé Gordo, se eu te der um dinheiro, tua mulher faz
um mocotó aí pra gente?
- Então, meu cumpádi!
Pequeno deu a quantia determinada pela esposa de Zé
Gordo, em seguida retornaram à patrulha que faziam.
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(LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das
Letras, 1997.)
No segundo parágrafo do texto "Cidade de Deus", há um
comentário sobre os sentidos e as possíveis classificações
gramaticais da palavra compadre.
Nesse trecho, o narrador recorreu à função da linguagem
denominada:
a. poética
b. conativa
c. referencial
d. metalinguística
13. ENEM 2017
Um conto de palavras que valessem mais por sua
modulação que por seu significado. Um conto abstrato e
concreto como uma composição tocada por um grupo
instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de
narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago
assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em
lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto
por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um
conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual
a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que
os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta;
que é como bater suave e espaçado de um sino
propagando-se nos corredores de um mosteiro [...]. Um
conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto
mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação
das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada
cujo maior mistério é o nada.
SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In:O voo da madrugada.
São Paulo: Cia. das Letras, 2003.
Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca
definir o gênero conto pelo procedimento estético que
estabelece uma
a. confluência de cores, destacando a importância do
espaço.
b. composição de sons, valorizando a construção musical do
texto.
c. percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da
escrita.
d. cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição
de sentidos.
e. hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos
significados.
14. ENEM 2012
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha
divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A
começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária
eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J.E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento)
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de
várias funções da linguagem, com predomínio, entretanto, de
uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a
função de linguagempredominante é a emotiva ou
expressiva, pois
a. o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b. a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está
sendo dito.
c. o interlocutor é o foco do enunciador na construção da
mensagem.
d. o referente é o elemento que se sobressai em detrimento
dos demais.
e. o enunciador tem como objetivo principal a manutenção
da comunicação.
15. ENEM
Sentimental
1 Ponho-me a escrever teu nome 
 Com letras de macarrão. 
 No prato, a sopa esfria, cheia de escamas 
4 e debruçados na mesa todos contemplam 
 esse romântico trabalho. 
 Desgraçadamente falta uma letra, 
7 uma letra somente 
 para acabar teu nome! 
 — Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! 
10 Eu estava sonhando... 
 E há em todas as consciências este cartaz amarelo: 
 “Neste país é proibido sonhar.” 
ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro:
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Record, 1995.
Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da
predominância das funções da linguagem no texto de
Drummond, pode-se afirmar que
a. por meio dos versos “Ponho-me a escrever teu nome” (v.
1) e “esse romântico trabalho” (v. 5), o poeta faz referências
ao seu próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos.
b. a linguagem essencialmente poética que constitui os
versos “No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e
debruçados na mesa todos contemplam” (v. 3 e 4) confere
ao poema uma atmosfera irreal e impede o leitor de
reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena
realista.
c. na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem
centrada na amada, receptora da mensagem, mas, na
segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o
que sente.
d. em “Eu estava sonhando...” (v. 10), o poeta demonstra
que está mais preocupado em responder à pergunta feita
anteriormente e, assim, dar continuidade ao diálogo com
seus interlocutores do que em expressar algo sobre si
mesmo.
e. no verso “Neste país é proibido sonhar.” (v. 12), o poeta
abandona a linguagem poética para fazer uso da função
referencial, informando sobre o conteúdo do “cartaz amarelo”
(v. 11) presente no local.
16. CESGRANRIO 1994
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito
bem engomada,
 [e na primeira esquina passa um caminhão,
 [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama:
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. (...)
Manuel Bandeira
As funções da linguagem PREDOMINANTES na "Nova
Poética" são:
a. metalinguística - referencial.
b. conativa - metalinguística.
c. poética - conativa.
d. emotiva - conativa.
e. referencial - fática.
17. ENEM 2016
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
afogado.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio
de Janeiro: José Olympio, 1980.
No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de
elementos da função referencial da linguagem pela
a. atribuição de título ao texto com base em uma notícia
veiculada em jornal.
b. utilização de frases curtas, características de textos do
gênero jornalístico.
c. indicação de nomes de lugares como garantia da
veracidade da cena narrada.
d. enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos
à personagem do texto.
e. apresentação de elementos próprios da notícia, tais como
quem, onde, quando e o quê.
18. ENEM 2017
TEXTO I
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas
obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes
ilustradas põem o seu ideal de perfeição porque nela é que
se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou.
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LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa.
Rio de Janeiro: José Olympio. 1989.
TEXTO II
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras
são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis,
sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade
real não tem para mim interesse de nenhuma espécie – nem
sequer mental ou de sonho –, transmudou-se-me o desejo
para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de
outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal
página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida
em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de
um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de
Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz
tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa
movida.
PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo:
Brasiliense, 1986.
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de
comunicação. A função que predomina nos textos I e II
a. destaca o “como” se elabora a mensagem,
considerando-se a seleção, combinação a sonoridade do
texto.
b. coloca o foco no “com o que" se constrói a mensagem,
sendo o código utilizado o seu próprio objeto.
c. focaliza o “quem" produz a mensagem, mostrando seu
posicionamento e suas impressões pessoais.
d. orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem,
estimulando a mudança de seu comportamento.
e. enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada
com palavras precisas e objetivas.
19. ENEM 2017
Aí pelas três da tarde
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde 
invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do 
mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do 
mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que 
afligem o homem moderno (espécie da qual você, 
milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), 
largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha 
uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais 
calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo
“ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da
vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em
hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na
limpeza dos armários, que você não sabia antes como era
conduzida. Convém não responder aos olhares
interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa
expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e
suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias
e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como e retirasse a
importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas,
quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu
decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa
verdade provisória, toda mudança de comportamento.
NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras.
1997.
Em textos de diferentes gêneros, algumas estratégias
argumentativas referem-se a recursos linguístico-discursivos
mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se
como estratégia de envolvimento a
a. prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo
de repente sob os olhares a sua volta [...]”.
b. apresentação de contraposição, como em: “Mas não
exagere na medida e suba sem demora ao quarto [...]”.
c. explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da
qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto
excluído) [...]”.
d. descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de
mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes
dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”.
e. construção de comparações, como em: “[...] libertando aí
os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo
como se retirasse a importância das coisas [...]”.
20. UDESC 2014
Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o quê?
Ele: – Eu só disse pois é!
Ela: – Mas “pois é” o quê?
Ele: – Melhormudar de conversa porque você não me
entende.
Ela: – Entender o quê?
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e
já!
Ela: – Falar então de quê?
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Ele: – Por exemplo, de você. 
Ela: – Eu?! 
Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala
de gente.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro:
Rocco, 1998, p. 48.
Há três conceitos clássicos de discursos, estudados pela
gramática tradicional, que designam três modos de
reproduzir ou citar um ato de enunciação. O texto acima é
constituído por apenas um tipo de discurso. Analise as
proposições em relação a ele e aos tipos de discursos.
I. O discurso direto é a forma de citação do discurso em que
o narrador indica o discurso do outro, e depois reproduz
literalmente a fala dele.
II. O discurso direto é uma operação que confere ao discurso
a vivacidade e naturalidade típicas da oralidade, pelos
recursos das interjeições, exclamações, interrogações
diretas e dos vocativos, entre outros elementos.
III. O discurso direto e o indireto são expedientes linguísticos
para mostrar as diferentes vozes bem demarcadas no texto.
IV. As frases que, no discurso direto, têm a forma
interrogativa ou imperativa convertem-se no discurso
indireto, em orações declarativas, conforme “Ele: – Por que
esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente”
(linha 11): Ele perguntou por que o espanto, se ela não era
gente, porque gente fala sobre gente.
V. Em uma mesma mensagem verbal pode-se reconhecer
mais de uma função da linguagem, embora uma seja
dominante. No diálogo entre Macabéa e Olímpio a função da
linguagem predominante é a fática.
Assinale a alternativa correta. 
a. Somente as afirmativas III e V são verdadeiras.
b. Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
c. Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
e. Todas as afirmativas são verdadeiras.
21. UDESC 2014
Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o quê?
Ele: – Eu só disse pois é!
Ela: – Mas “pois é” o quê?
Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me
entende. 
Ela: – Entender o quê? 
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e
já! 
Ela: – Falar então de quê? 
Ele: – Por exemplo, de você. 
Ela: – Eu?! 
Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala
de gente.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro:
Rocco, 1998, p. 48.
Há três conceitos clássicos de discursos, estudados pela
gramática tradicional, que designam três modos de
reproduzir ou citar um ato de enunciação. O texto acima é
constituído por apenas um tipo de discurso. Analise as
proposições em relação a ele e aos tipos de discursos.
I. O discurso direto é a forma de citação do discurso em que
o narrador indica o discurso do outro, e depois reproduz
literalmente a fala dele.
II. O discurso direto é uma operação que confere ao discurso
a vivacidade e naturalidade típicas da oralidade, pelos
recursos das interjeições, exclamações, interrogações
diretas e dos vocativos, entre outros elementos.
III. O discurso direto e o indireto são expedientes linguísticos
para mostrar as diferentes vozes bem demarcadas no texto.
IV. As frases que, no discurso direto, têm a forma
interrogativa ou imperativa convertem-se no discurso
indireto, em orações declarativas, conforme “Ele: – Por que
esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente”
(linha 11): Ele perguntou por que o espanto, se ela não era
gente, porque gente fala sobre gente.
V. Em uma mesma mensagem verbal pode-se reconhecer
mais de uma função da linguagem, embora uma seja
dominante. No diálogo entre Macabéa e Olímpio a função da
linguagem predominante é a fática.
Assinale a alternativa correta. 
a. Somente as afirmativas III e V são verdadeiras.
b. Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
c. Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
e. Todas as afirmativas são verdadeiras.
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22. ENEM 2007
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O CANTO DO GUERREIRO
 Aqui na floresta
 Dos ventos batida,
 Façanhas de bravos
 Não geram escravos,
 Que estimem a vida
 Sem guerra e lidar.
- Ouvi-me, Guerreiros,
- Ouvi meu cantar.
 Valente na guerra,
 Quem há, como eu sou?
 Quem vibra o tacape
 Com mais valentia?
 Quem golpes daria
 Fatais, como eu dou?
- Guerreiros, ouvi-me;
- Quem há, como eu sou?
 Gonçalves Dias.
MACUNAÍMA
(Epílogo)
 Acabou-se a história e morreu a vitória.
 Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na
tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em
um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles
campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos,
aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um
silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum
conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem
contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do
Herói?
Mário de Andrade.
Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se
que
a. a função da linguagem centrada no receptor está ausente
tanto no primeiro quanto no segundo texto.
b. a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial,
enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.
c. há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos
uma palavra de origem indígena.
d. a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na
forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato
de informações reais.
e. a função da linguagem centrada na primeira pessoa,
predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.
23. ENEM 2014
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e
ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o
significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a
prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático,
sengraçante imprizido; ou talvez, vicedito: indivíduo pedante,
importuno agudo, falta de respeito para com a opinião alheia.
Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como
adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar
neologismos, começa ele por se negar nominalmente a
própria existência.
ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001 (fragmento).
Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa,
depreende-se a predominância de uma das funções da
linguagem, identificada como
a. metalinguística, pois o trecho tem como propósito
essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria
língua, por isso a utilização de vários sinônimos e definições.
b. referencial, pois o trecho tem como principal objetivo
discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou
ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.
c. fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de
estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o
emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.
d. poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas,
necessária para textos em prosa, por isso o emprego de
“hipotrélico”.
e. expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a
subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida
“talvez”.
24. UECE 2014
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Os textos 1 (manchete de capa da revista Época de
26/08/2013), 2 (manchete de capa da revista Veja de
28/08/2013) e 3 serão analisados em conjunto, na
perspectiva da polifonia, do dialogismo e da
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intertextualidade, isto é, das relações mantidas entre eles.
Texto 1
Texto 2
Texto 3
Cair das nuvens (expressão popular)
1. Espantar-se, surpreender-se (com algo que é muito
diferente do que se pensava ou se desejava); perceber o
próprio equívoco ou engano. 
2. Restr. Decepcionar-se intensamente; desiludir-se.
3. Chegar de modo imprevisto;aparecer repentinamente;
cair do céu.
Dicionário Caldas Aulete.
http://aulete.uol.com.br/nuvem#ixzz2ggk52qoh 
Assinale com V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o
que é dito sobre o texto 3.
( ) O aviãozinho de papel despencando do alto é um
recurso para dar mais força de persuasão à manchete, cujos
termos estão dispostos um abaixo do outro, o que sugere
uma queda.
( ) É correto afirmar que a capa da revista Época emprega
um recurso da poesia concreta.
( ) O processo de construção da manchete de capa da
revista Época inclui substituição e acréscimo de elementos
linguísticos, em relação ao texto fonte.
( ) O criador da manchete de Época fez um jogo com dois
sentidos do termo real, jogo que foi possível graças à
mudança de gênero desse vocábulo.
( ) Na manchete de Época, apresenta-se apenas uma das
funções da linguagem: a função informativa.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a. F – F – V – V – F.
b. V – V – V – V – F.
c. V – F – F – F – V.
d. F – F – F – V – V.
25. ENEM 2018
Deficientes visuais já podem ir a algumas salas de cinema e
teatros para curtir, em maior intensidade, as atrações em
cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplicativo Whatscine,
recém-chegado ao Brasil e disponível para os sistemas
operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). Ao ser
conectado à rede wi-fí de cinemas e teatros, o
app sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela
ou no palco com o espetáculo em andamento: o
usuário, então, pode ouvir a narração em seu celular.
O programa foi desenvolvido por pesquisadores da
Universidade Carlos III, em Madri. “Na Espanha, 200 salas
de cinema já oferecem o recurso e flimes de grandes
estúdios já são exibidos com o recurso do Whatscine!”, diz o
brasileiro Luis Mauch, que trouxe a tecnologia para o país.
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“No Brasil, já fechamos parceria com a São Paulo
Companhia de Dança para adaptar os espetáculos deles!
Isso já é um avanço. Concorda?”
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 25jun.
2014 (adaptado). Por ser múltipla e apresentar
peculiaridades de acordo com a intenção do emissor, a
linguagem apresenta funções diferentes. Nesse fragmento,
predomina a função referencial da linguagem, porque há a
presença de elementos que
a. buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo.
b. definem o aplicativo, revelando o ponto de vista da autora.
c. evidenciam a subjetividade, explorando a entonação
emotiva.
d. expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem
denotativa.
e. objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo a
uma indagação.
26. ENEM 2009
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de
Janeiro: José Aguilar, 1967.
Na estruturação do texto, destaca-se
a. a construção de oposições semânticas.
b. a apresentação de ideias de forma objetiva.
c. o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o
eufemismo.
d. a repetição de sons e de construções sintáticas
semelhantes.
e. a inversão da ordem sintática das palavras.
27. ENEM 2018
A imagem da negra e do negro em produtos de
beleza e a estética do racismo Resumo: Este artigo tem
por finalidade discutir a representação da população negra,
especialmente da mulher negra, em imagens de produtos
de beleza presentes em comércios do nordeste
goiano. Evidencia-se que a presença de
estereótipos negativos nessas imagens dissemina um
imaginário racista apresentado sob a forma de uma
estética racista que camufla a exclusão e normaliza
a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade
brasileira. A análise do material imagético aponta a
desvalorização estética do negro,
especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e
do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos
produtos apresentados. O discurso midiático-publicitário dos
produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma
ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a
essa discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito
nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias
para uma “descolonização estética” que empodere os
sujeitos negros por meio de sua valorização estética e
protagonismo na construção de uma ética da diversidade.
Palavras-chave: Estética, racismo, mídia,
educação, diversidade. SANT’ANA, J. A imagem da negra e
do negro em produtos de beleza e a estética do racismo.
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Dossiê: trabalho e educação básica. Margens
Interdisciplinar. 
Versão digital. Abaetetuba, n.16,jun. 2017 (adaptado). O
cumprimento da função referencial da linguagem é uma
marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico.
Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela
a. impessoalidade, na organização da objetividade das
informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e
“Evidencia-se”.
b. seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do texto,
como em “imaginário racista” e “estética do negro”.
c. metaforização, relativa à construção dos sentidos
figurados, como nas expressões “descolonização estética” e
“discurso midiático-publicitário”.
d. nominalização, produzida por meio de processos
derivacionais na formação de palavras, como “inferiorização”
e “desvalorização”.
e. adjetivação, organizada para criar uma terminologia
antirracista, como em “ética da diversidade” e
“descolonização estética”.
28. ENEM 2009
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios. 
Não gosto das palavras 
fatigadas de informar. 
Dou mais respeito 
às que vivem de barriga no chão 
tipo água pedra sapo. 
Entendo bem o sotaque das águas 
Dou respeito às coisas desimportantes 
e aos seres desimportantes. 
Prezo insetos mais que aviões. 
Prezo a velocidade 
das tartarugas mais que a dos mísseis. 
Tenho em mim um atraso de nascença. 
Eu fui aparelhado 
para gostar de passarinhos. 
Tenho abundância de ser feliz por isso. 
Meu quintal é maior do que o mundo. 
Sou um apanhador de desperdícios: 
Amo os restos 
como as boas moscas. 
Queria que a minha voz tivesse um formato 
de canto.
Porque eu não sou da informática: 
eu sou da invencionática. 
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da
Costa. Antologia comentada
da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.
É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e
coisas considerados, em geral, de menor importância no
mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa
valorização é expressa por meio da linguagem
a. denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da
natureza e da modernidade.
b. rebuscada de neologismos que depreciam elementos
próprios do mundo moderno.
c. hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.
d. simples, porém expressiva no uso de metáforas para
definir o fazer poético do eu lírico poeta.
e. referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o
pragmatismo da era da informação digital.
29. ENEM 2011
Pequeno concerto que virou canção
Não, não há por que mentir ou esconder
A dor que foi maior do que é capaz meu coração
Não, nem há por que seguir cantando só para explicar
Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar
Ah, eu vou voltar pra mim
Seguir sozinho assim
Até me consumir ou consumir toda essa dor
Até sentir de novo o coração capaz de amor
VANDRÉ, G. Disponível em:http://www.letras.terra.com.br Acesso em: 29 jun.
2011.
Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação
da função poética da linguagem, que é percebida na
elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de
combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto,
entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da
função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor 
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a. imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus
sentimentos.
b. transmite informações objetivas sobre o tema de que trata
a canção.
c. busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo
comportamento.
d. procura explicar a própria linguagem que utiliza para
construir a canção.
e. objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem
veiculada.
30. ENEM PPL 2011
Uma luz na evolução
Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de
inusitada combinação de características arcaicas e
modernas, podem ser ancestrais diretos do homem
Os últimos quinze dias foram excepcionais para o estudo
das origens do homem. No fim de março, uma falange
fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma espécie
inteiramente nova de hominídeo que existia há 50 000 anos.
Na semana passada, cientistas da Universidade de
Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram uma
descoberta similar. São duas as ossadas bastante completas
■ a de um menino de 12 anos e a de uma mulher de 30 ■
encontradas na caverna Malapa, a 40 quilômetros de
Johannesburgo. Devido à abundância de fósseis, a região é
conhecida como Berço da Humanidade.
Veja. Abr. 2010 (adaptado).
Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por
meio de recursos utilizados segundo a produção do autor,
que, nesse texto, centra seu objetivo
a. na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como o
texto foi escrito, sua estrutura e organização.
b. em si mesmo, ao enfocar suas emoções e sentimentos
diante das descobertas feitas.
c. no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar uma
ação, após sua leitura.
d. no canal de comunicação utilizado, ao querer certificar-se
do entendimento do leitor.
e. no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma informação
ao leitor.
GABARITO: 1) e, 2) e, 3) e, 4) c, 5) b, 6) d, 7) e, 8) b, 9) d,
10) b, 11) d, 12) d, 13) d, 14) b, 15) a, 16) a, 17) e, 18) b, 19)
c, 20) e, 21) e, 22) c, 23) a, 24) b, 25) d, 26) d, 27) a, 28) d,
29) a, 30) e,
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1. ENEM 2014
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um
intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica,
painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a
destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena
cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de
carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento
introduzido por lotti no intertexto. Além dessa figura, a
linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre
a obra de Picasso e a charge, ao explorar
a. uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”,
esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da
obra de Picasso.
b. uma referência ao tempo presente, com o emprego da
forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema
abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista
brasileiro.
c. um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem
negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica
quanto na charge.
d. uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à
permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica
quanto na charge.
e. uma expressão polissêmica, “quadro dramático”,
remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do
trânsito brasileiro.
2. ENEM 2012
Pote Cru é meu pastor. Ele me guiará.
Ele está comprometido de monge.
De tarde deambula no azedal entre torsos de 
cachorro, trampas, trapos, panos de regra, couros, 
de rato ao podre, vísceras de piranhas, baratas 
albinas, dálias secas, vergalhos de lagartos, 
linguetas de sapatos, aranhas dependuradas em 
gotas de orvalho etc. etc. 
Pote Cru, ele dormia nas ruínas de um convento 
Foi encontrado em osso. 
Ele tinha uma voz de oratórios perdidos.
BARROS, M. Retrato do artista quando coisa. Rio de
Janeiro: Record, 2002.
Ao estabelecer uma relação com o texto bíblico nesse
poema, o eu lírico identifica-se com Pote Cru porque
a. entende a necessidade de todo poeta ter voz de oratórios
perdidos.
b. elege-o como pastor a fim de ser guiado para a salvação
divina.
c. valoriza nos percursos do pastor a conexão entre as
ruínas e a tradição.
d. necessita de um guia para a descoberta das coisas da
natureza.
e. acompanha-o na opção pela insignificância das coisas.
3. ENEM 2011
O anúncio publicitário está intimamente ligado ao
ideário de consumo quando sua função é vender
um produto. No texto apresentado, utilizam-se
elementos linguísticos e extralinguísticos para
divulgar a atração "Noites do Terror, de um
parque de diversões. O entendimento da
propaganda requer do leitor
a. a identificação com o público-alvo a que se destina o
anúncio.
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
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b. a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de
terror.
c. a atenção para a imagem da parte do corpo humano
selecionada aleatoriamente.
d. o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um
dito popular.
e. a percepção do sentido literal da expressão "noites do
terror”, equivalente à noites de terror”.
4. ENEM 2014
Texto I
Seis estados zeram fila de espera para transplante de
córnea
Seis estados brasileiros aproveitaram o
aumento no número de doadores e de 
transplantes feitos no primeiro semestre de
2012 no país e entraram para uma lista
privilegiada: a de não ter mais pacientes
esperando por uma córnea.
Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal,
Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e
São Paulo eliminaram a lista de espera no
transplante de córneas, de acordo com
balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no
Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos.
Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte
zeraram essa fila.
Texto II
A notícia e o cartaz abordam a questão da
doação de órgãos. Ao relacionar os dois
textos, observa-se que o cartaz é
a. contraditório, pois a notícia informa que o país superou a
necessidade de doação de órgãos.
b. complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos
cresceu e o cartaz solicita doações.
c. redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de
influenciar as pessoas a doarem seus órgãos.
d. indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz,
que apela para a sensibilidade das pessoas.
e. discordante, pois ambos os textos apresentam posições
distintas sobre a necessidade de doação de órgãos.
5. ENEM 2013
Querô
DELEGADO Então desce ele. Vê o que arrancam
desse sacana.
SARARÁ só que tem um porem. Ele é menor.
DELEGADO Então vai com jeito. Depois a gente
entrega pro juiz.
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(Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige
ao público.)
REPORTER E o Querô foi exprimido, empilhado,
esmagado de corpo e alma num cubículo imundo,
com outros meninos. Meninos todos espremidos,
empilhados, esmagados no corpo e alma,
alucinados pelos seus desesperos, cegados por
muitas aflições.Muitos meninos, com seus
desesperos e seus ódios, empilhados,
espremidos, esmagados de corpo e alma no
imundo cubículo do reformatório. E foi lá que o
Querô cresceu.
MARCOS. P. Melhor teatro, São Paulo: Global,
2003 (fragmento)
No discurso do repórter, a repetição causa um
efeito de sentido de intensificação, construindo a
ideia de
a. opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.
b. repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.
c. polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os
meninos.
d. concepçãoeducacional e carcerária, que gera comoção
nos meninos
e. informação crítica e jornalística, que gera indignação entre
os meninos.
6. UNAMA 2009
TEXTO I
Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza,
Destas copadas árvores o abrigo:
Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da natureza!
(BOCAGE. Obras de Bocage)
TEXTO II
Bye bye Brasil
(...) Mulher Nordestina: Meu santo, minha família foi embora,
meu santo... Olha, fiquei só com meu velho que morreu
semana passada. Mas quero ver o meu povo, onde ele
estiver, cê me entende, não? Meu santo, me diga, ocê tá me
ouvindo, onde é que eles foram, meu santo? (...)
Lord Cigano: E eu sei lá? Como é que vô saber? (...) Ei, pêra
aí, deixa eu ver! Olha, eu tô vendo: eles estão num vale
muito verde onde chove muito, as árvores são muito
compridas e os rios são grandes feito o mar. Tem tanta
riqueza lá, que ninguém precisa trabalhar. Os velhos não
morrem nunca e os jovens não perdem sua força. É uma
terra tão verde... Altamira! (...)
(in: filme Bye bye Brasil. Escrito e dirigido por Cacá Diegues)
A respeito de elementos textuais presentes nos fragmentos
dos textos de Cacá Diegues e de Bocage, considerando a
relação de significados e a contextualização, avalie as
informações contidas nas cinco afirmativas a seguir:
I. Na locução emotiva da personagem nordestina de
Diegues, o vocábulo “povo” representa os seus familiares já
mortos.
II. O diálogo das personagens no texto de Cacá é
reproduzido pelo discurso indireto.
III. No diálogo das personagens do texto de Diegues há
elementos da linguagem não padrão e da função fática.
IV. A vírgula, usada tanto para separar todas as ocorrências
do termo “Meu santo”, na fala da mulher nordestina no texto
de Diegues, como para separar o termo “ó Marília”, no
primeiro verso do poema de Bocage, tem a função de isolar
o vocativo.
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V. O estilo neoclássico do qual Bocage foi representante
caracteriza-se, entre outros aspectos, pela inversão da
ordem sintática normal, como ocorre na primeira estrofe do
texto poético lido.
O correto está em:
a. I, III, IV e V, apenas.
b. III e IV, apenas.
c. II, III e IV, apenas.
d. I, II e V, apenas.
GABARITO: 1) e, 2) e, 3) d, 4) b, 5) a, 6) a,
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COESÃO E COERÊNCIA
Questão 01) 
Encadeie os enunciados abaixo, estruturando o texto “Educação e 
capitalismo: aliados ou inimigos?”, de Gustavo Ioschpe, retirado da Revista 
Veja Online, 24/julho/2008. 
( ) Essa leitura da situação se tornou absolutamente hegemônica: vai da 
imprensa à academia, dos mais louvados pensadores do tema à 
correspondência enviada a este articulista por professores dos grotões do 
Brasil. 
( ) Virou consenso no Brasil associar o nosso fracasso educacional com as 
maquinações do sistema capitalista/neoliberal. 
( ) Ou, no máximo, recebesse uma educação totalmente "alienante", para 
que não questionasse suas mazelas nem incomodasse o status quo. 
( ) Apenas continuasse fornecendo sua mão-de-obra barata para a 
manutenção do sistema. 
( ) Segundo essa leitura, calcada em Marx, interessaria aos "poderosos", à 
"elite", que o proletariado não fosse instruído. 
( ) Em realidade, o que ocorre é exatamente o oposto: quanto mais 
capitalista o país, melhor e mais abrangente é o seu sistema educacional. 
( ) Até para trabalhar em uma linha de montagem de uma fábrica é preciso 
capacidade analítica para lidar com um maquinário cada vez mais 
sofisticado. 
A seqüência correta é: 
a) 5 – 1 – 3 – 4 – 2 – 6 – 7.
b) 3 – 1 – 5 – 4 – 6 – 7 – 2.
c) 1 – 3 - 4 – 5 – 2 – 6 – 7.
d) 7 – 1 – 3 – 4 – 5 – 2 – 6.
e) 2 – 1 – 5 – 6 – 3 – 4 – 7
Questão 02) 
A frase abaixo apresenta ambigüidade: 
Ministro falará da crise no Canal 17. 
Reescreva essa frase, alterando a ordem das palavras, para eliminar a 
ambigüidade; na resposta, acrescente uma vírgula à frase. 
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Questão 03) 
Assinale a única frase em que a ordem de colocação das palavras NÃO 
produz ambigüidade. 
a) Rossi pede ao STF processo por calúnia contra Motta.
b) E só colocar as moedas, girar a manivela e ter a escova já com pasta
embalada nas mãos.
c) Casal procura filho seqüestrado via Internet.
d) Câmara torna crime porte ilegal de armas.
e) Regressou a Brasília depois de uma cirurgia cardíaca com cerimonial de
chefe de Estado.
Questão 04) 
“A casa que papai alugara não ficava na praia exatamente, mas numa das 
ruas que a ela davam e onde uns operários trabalhavam diariamente no 
alinhamento de um dos canais que carreavam o enxurro da cidade para o 
mar do golfo.” 
[Mário de Andrade] 
No período acima, o segmento “que a ela davam e onde” pode ser 
substituído, sem prejuízo para o sentido original do período, por: 
a) “para a cuja iam, nas quais”
b) “que lhe conduziam, aonde”
c) “à qual cortavam, em cuja rua”
d) “nela terminavam, às quais”
e) “que nela desembocavam, rua em que”
Questão 05) 
Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como 
nas pinturas antigas; remexo as brasas com o ferro, baixo um pouco a tampa 
de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais 
intensos clarões vermelhos lambem o grande quarto e a grande cômoda 
velha parece regozijar-se ao receber a luz desse honesto fogo. Há chamas 
douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa 
delicadeza de guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar 
fumegando com seus penachos brancos na noite escura; não é a lenha do 
fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no 
mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações. 
(Rubem Braga) 
Em relação ao texto, a única afirmação que NÃO está correta é: 
a) Nos dois primeiros períodos, o fenômeno da repetição é rigorosamente
controlado pelo narrador, sobretudo por meio do recurso da elipse.
b) Na expressão “ele chia”, o narrador explicitou o pronome para
estabelecer, com maior precisão, a relação entre a ação expressa pelo
verbo chiar e “fogo”, atrás referido.
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c) No segundo e terceiro períodos, a coerência entre as ações do narrador
e as ações atribuídas a “fogo” é estabelecida por meio de relações de
causa e conseqüência.
d) Em “Abro”, estão subentendidos eu e tampa de metal.
e) Os dois pontos utilizados após “Abro” permitem introduzir o complemento
da ação de abrir.
Questão 06) 
Leia o texto seguinte: 
Sítio Bom Jardim apresenta Forró Sertanejo com a banda Casa Nova, no dia 
30 de outubro, a partir das 21 horas. Mulher acompanhada até 24 horas não 
paga. Venha e participe desta festa. (Jornal Vale ADC’S, out./1999, 
adaptado.) 
a) Localize o trecho em que há ambigüidade.
b) Aponte duas interpretações possíveis para esse trecho, considerando o
contexto.
Questão 07) 
Assinale a opção em que a ambigüidade ou o efeito cômico NÃO decorre da 
ordem dos termos. 
a) O estudo analisou, por 16 anos, hábitos como caminhar e subir escadas
de homens com idade média de 58 anos. (Equilíbrio. Folha de S. Paulo,
19/10/2000)
b) Andando pela zona rural do litoral norte, facilmente se encontram casas
de veraneio e moradores de alto padrão. (Folha de S. Paulo, 26/01/2003)
c) Atendimento preferencial para: idosos, gestantes, deficientes, crianças de
colo (Placa sobre um dos caixas de um banco.)
d) Temos vaga para rapaz com refeição (Placa em frente a uma casa em
Campinas, SP.)
e) Detido acusado de furtos de processos (Folha de S. Paulo, 8/7/2000)
Questão 08) 
As pessoas, que nos maltratam, devem ser ignoradas, mesmo que essa 
atitude seja difícil. Para que a oração

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