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Instalações Elétricas Industriais Levantamento das cargas Divisão das cargas em circuitos Representação da ligação das cargas em projeto (planta-baixa, diagramas de potência e controle) Especificação dos condutos e condutores que serão usados na instalação. Dimensionamento da seção dos condutores Dimensionamento dos condutos (eletrodutos, canaletas, etc.) São os meios de instalação dos condutores para os circuitos Os tipos mais usados são ◦ Eletrodutos e conduítes para instalação embutida ◦ Bandejas e eletrocalhas para instalação aparente ◦ Canaletas para instalação subterrânea (embutida em solo) Além dos condutos, onde serão instalados os condutores, também existem caixas de passagem e conduletes para fazer curvas e facilitar a instalação e manutenção Material condutor ◦ Os fios e cabos usados em instalações apresentam dois tipos de material condutor: cobre e alumínio. ◦ Os tipos de condutores mais comuns em instalações internas são os de cobre, enquanto os de alumínio são mais empregados para distribuição aérea em média tensão e sessões maiores que 16mm². ◦ Apesar de mais caros, os fios e cabos de cobre apresentam vantagem elétrica (resistência elétrica) e mecânica (suporte a esforços) sobre os de alumínio. Material isolante ◦ Os fios e cabos para instalação apresentam camada de isolação que pode ser constituída de: PVC (cloreto de polivinila) EPR (etileno-propileno) XLPE (polietileno reticulado) ◦ Os isolantes EPR e XLPE apresentam maior temperatura de operação e evitam a propagação de chama pela instalação ◦ Cabos apresentam, além da camada isolante, uma capa protetora para impactos, geralmente feita de PVC, ou polietileno (PE) ◦ Fios e cabos mais utilizados em baixa tensão são os de PVC Considerando a instalação dos condutores, deve- se atentar para as características de construção destes ◦ Se é necessário cabo unipolar ou multipolar com proteção mecânica ◦ Se é necessário blindagem eletromagnética A NBR-5410 define também cores padrão para cada finalidade de condutor ◦ Neutro: Deve ser usado fio com isolação azul ◦ PE: Deve ser usado fio com isolação verde, ou verde e amarelo ◦ Fases: Podem ser adotadas outras cores, além do azul, verde e amarelo Fios Cabos Para que os condutores suportem a carga a ser alimentada deve-se verificar três quesitos ◦ Capacidade de condução de corrente (ampacidade): dado o meio de instalação e carga, o condutor suportará a corrente? ◦ Queda de tensão: dada a corrente e a distância entre o quadro e a carga, haverá queda de tensão crítica no condutor? ◦ Limite térmico: caso ocorra um curto-circuito, o condutor suportará a corrente de curto até que um dispositivo de proteção atue? O critério da ampacidade leva em conta o tipo de instalação, a corrente a ser conduzida, condições do ambiente e número de circuitos no conduto. Para dimensionar a seção do condutor, deve- se calcular a corrente requerida, a partir da potência nominal e tensão de operação. Deve-se definir o tipo de material isolante do fio/cabo Deve-se definir o tipo de instalação: eletroduto, canaleta, fio/cabo exposto. Calcular a corrente requerida para o circuito Adotar fatores de compensação de temperatura ambiente e agrupamento de circuitos no conduto ◦ Para motores deve-se considerar o fator de serviço também Definir o método de referência (tipo da instalação – A1, A2, B1, etc.) a partir da NBR-5410 Definir a isolação do fio/cabo Consultar a tabela de capacidade de condução dos fios e cabos (fabricante) usando as definições anteriores ◦ 2 condutores carregados: monofásico e bifásico ◦ 3 condutores carregados: trifásico Monofásico e bifásico 𝐼 = 𝑃 𝑉 × 𝑐𝑜𝑠∅ Trifásico 𝐼 = 𝑃 3 × 𝑉𝑓𝑓 × 𝑐𝑜𝑠∅ ◦ Para motores, deve-se multiplicar a corrente pelo fator de serviço A compensação da corrente pelos fatores de temperatura e agrupamento é feita por: 𝐼𝑐𝑜𝑚𝑝 = 𝐼 𝐹𝑡𝑒𝑚𝑝 × 𝐹𝑎𝑔𝑟𝑢𝑝 Outro quesito a ser considerado é a tensão fornecida nos terminais da carga. As cargas necessitam de uma tensão para que possam fornecer a potência a que foram projetados ◦ Motores com baixa tensão em seus terminais sobreaquecem e podem travar (potência insuficiente para suportar a carga mecânica) ◦ Lâmpadas e cargas eletrônicas podem não funcionar devido a tensão insuficiente ◦ Algumas cargas são pouco afetadas: equipamentos de aquecimento por resistência (chuveiro) Após dimensionada a seção do condutor por ampacidade, deve-se atentar para tensão disponibilizada nos terminais da carga. A NBR-5410 define os limites de queda de tensão permissíveis de acordo com o sistema de alimentação, geralmente menor que 10%. ◦ Para subestação ou gerador próprio, não deve ultrapassar 7% ◦ Para alimentação do secundário do trafo da concessionária, não deve ultrapassar 5% Quedas maiores que 10% são permitidas desde que não afetem demais cargas em operação Monofásico/Bifásico 𝑆 = 200 × 𝜌 × (𝑙 × 𝐼) ∆𝑉 × 𝑉 Trifásico 𝑆 = 100 × 3 × 𝜌 × (𝑙 × 𝐼) ∆𝑉 × 𝑉𝑓𝑓 A queda de tensão no circuito pode ser calculada por: ∆𝑉% = 3 × 𝐼 × 𝑙 × (𝑅 × 𝑐𝑜𝑠∅ + 𝑋 × 𝑠𝑒𝑛∅) 10 × 𝑁 × 𝑉𝑓𝑓 Caso ocorra uma falta na instalação, os condutores devem suportar a corrente de curto-circuito até que o dispositivo de proteção atue Esse critério envolve a seção do condutor (determinada pelos critérios anteriores), a corrente de curto-circuito e o tempo de atuação do dispositivo de proteção O tempo que o condutor suporta é fornecido no gráfico a seguir Corrente de CC Tempo suportável [ciclos] Seção do condutor [mm²] Logo, a seção pode ser determinada pelo gráfico anterior, ou diretamente por: 𝑆𝑐 = 𝑡 × 𝐼 0,34 × log( 234 + 𝑇𝑓 234 + 𝑇𝑛 ) t: tempo suportável I: corrente de curto-circuito Tf: temperatura máxima ◦ PVC: 160 °C XLPE/EPR: 250 °C Ti: temperatura nominal ◦ PVC: 70 °C XLPE/EPR: 90 °C NBR-5410 ◦ Condutores destinados a iluminação devem ter seção mínima 1,5 mm² ◦ Condutores para tomada de uso geral devem ter seção mínima 2,5 mm² ◦ Circuitos de comando e sinalização devem ter seção mínima 1 mm² ◦ Condutores neutro devem ter seção igual a das fases • Carga normalmente equilibrada; • Neutro protegido contra sobrecorrente • Sem distorção harmônica 𝑆 = 𝐼2 × 𝑡 𝐾 • PVC: K=143 • XLPE/EPR: K=176
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