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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Prof.a: CARMINDA CÉLIA M. M. CARVALHO CAPÍTULO 3- CONDUTORES 3.1- DEFINIÇÕES GERAIS Condutor elétrico: corpo constituído de material bom condutor, destinado à transmissão da eletricidade. Um condutor sólido, maciço, com ou sem isolação, constitui um fio elétrico. O conjunto de fios encordoados, não isolados entre si, constitui um cabo, podendo o conjunto ser isolado ou não. Os cabos podem ser: Isolados: quando são constituídos por um condutor de fios trançados, com isolação e sem cobertura adicional. Unipolares: quando são constituídos por um condutor de fios trançados, com isolação e com cobertura adicional. Multipolares: quando são constituídos por dois ou mais condutores isolados, envolvidos por uma camada de proteção ou cobertura comum. Os cabos multipolares constituídos por dois, três ou quatro condutores isolados entre si são denominados de cabos bipolares, tripolares ou tetrapolares, respectivamente. Os condutores internos são chamados de veias. Os condutores possuem materiais empregados na sua confecção, podendo-se citar: Isolação: conjunto de materiais isolantes aplicados sobre o condutor com o objetivo de mantê-lo isolado eletricamente do ambiente que o circunda. Isolamento é o termo empregado para definir a isolação quantitativamente. Por exemplo: Tensão de isolamento de 750 V. Exemplos de materiais empregados na isolação de condutores: cloreto de polivinila (PVC), polietileno (PE), polietileno reticulado (XLPE), borracha etileno - propileno (EPR). Cobertura: invólucro externo, não metálico e contínuo, sem função de isolação, destinado a proteger o condutor contra influências externas (impactos, cortes, abrasão, agentes químicos, pó, gordura e outros). Exemplos de materiais utilizados na cobertura dos condutores: neoprene, polietileno, borracha de silicone, PVC. 3.2- TIPOS DE CONDUTORES Os condutores de baixa tensão podem ser classificados de acordo com o seu comportamento quando submetidos a ação do fogo, em função dos materiais empregados na cobertura e na isolação, podendo ser: Propagadores da chama: são aqueles que entram em combustão sob presença direta da chama e a mantém, mesmo após a retirada da chama. O polietileno reticulado (XLPE) e o etileno propileno (EPR) são materiais propagadores da chama. Não-propagadores da chama: são aqueles nos quais a chama se auto-extingue quando a causa ativadora da mesma é removida. Essa propriedade, no entanto, depende da intensidade e do tempo de exposição do condutor à chama e da quantidade de cabos agrupados. Considera-se o cloreto de polivinila (PVC) e o neoprene como materiais não - propagadores da chama. Resistentes à chama: são aqueles nos quais a chama não se propaga ao longo do material isolante, mesmo em casos de exposição prolongada. O PVC aditivado é empregado nesses tipos de condutores. Resistentes ao fogo: são aqueles revestidos de materiais incombustíveis, capazes de manter o funcionamento do circuito mesmo na presença de um incêndio. São utilizados em circuitos de segurança e sinalizações de emergência. EXEMPLO: 1) CONDUTOR: Metal: fio de cobre nu, têmpera mole. Encordoamento: classe 5. (2) ISOLAÇÃO: Composto termoplástico de PVC SEM CHUMBO anti - chama. (3) ENCHIMENTO: Composto termoplástico de PVC SEM CHUMBO. (4) COBERTURA: Composto termoplástico de PVC SEM CHUMBO anti - chama. Observações: Seção nominal: é a área aproximada da seção transversal do fio ou a soma das seções dos fios componentes de um cabo, sem incluir a isolação e a cobertura, se houver. A seção nominal de um cabo multipolar é igual ao produto da seção do condutor de cada veia pelo número de veias que constituem o cabo. Os condutores elétricos devem ser especificados pela sua seção em mm2. Cabo multiplexado é aquele formado por dois ou mais condutores isolados ou cabos unipolares, dispostos helicoidalmente, sem cobertura. O cobre e o alumínio são os metais mais utilizados na fabricação de condutores elétricos, porque possuem boas propriedades elétricas e baixo custo. Em instalações residenciais só podem ser empregados condutores de cobre. Em instalações comerciais é permitido o uso de condutores de alumínio desde que ocorram simultaneamente as três condições a seguir: Condutores com seção nominal igual ou superior a 50 mm2; A instalação seja feita em locais de baixa densidade de ocupação e condições de fuga, tais como áreas comuns e de circulação em edificações exclusivamente residenciais de até 15 pavimentos e edificações de outros tipos até 6 pavimentos; Instalação e manutenção realizadas por pessoas qualificadas. Em locais de alta densidade de ocupação e condições de fuga difíceis, como áreas comuns e de circulação de edifícios de atendimento ao público, hotéis ou hospitais, não é permitido o uso de condutores de alumínio. Em instalações industriais podem ser utilizados condutores de alumínio desde que ocorram simultaneamente as três condições a seguir: Condutores com seção nominal igual ou superior a 16 mm2; A instalação seja alimentada diretamente por subestação de transformação ou transformador, a partir da rede de alta tensão ou fonte própria; Instalação e manutenção realizadas por pessoas qualificadas. 3.3- DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES PELO CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE 3.3.1- Corrente Nominal ou Corrente de Projeto - Circuitos Monofásicos (alimentados por fase, neutro e terra. Exemplo: circuitos para iluminação e tomadas comuns; quadros de distribuição monofásicos): cosv P I np onde: Ip: corrente de projeto (A) Pn: potência nominal do circuito (W) : tensão fase-neutro (V) cos: fator de potência - Circuitos Bifásicos (a alimentação é feita utilizando-se duas fases, com ou sem o condutor neutro, e o condutor terra. Exemplo: alimentação para ar condicionado e chuveiro elétrico; quadros de distribuição bifásicos). cosV P I np onde: V: tensão entre fases (V) - Circuitos Trifásicos (recebem como alimentação três fases, com ou sem o condutor neutro, e o condutor terra. Exemplo: cargas trifásicas; quadros de distribuição trifásicos). V 3 cos n p P I 3.3.2- Fatores que Devem ser Levados em Consideração na Determinação da Seção Nominal de um Condutor: Tipo de isolação e de cobertura Número de condutores carregados Maneira de instalar Proximidade com outros condutores Temperatura ambiente ou do solo (para condutores enterrados diretamente no solo) a) TIPO DE ISOLAÇÃO Determina a temperatura máxima a qual os condutores poderão ser submetidos em regime permanente, em curto-circuito ou em condição de sobrecarga (tabela 3.1). Tabela 3.1: Temperaturas Características dos Condutores Tipo de isolação Temperatura máxima para serviço contínuo (oC) Temperatura limite de sobrecarga (oC) Temperatura limite de curto-circuito (oC) Policloreto de vinila (PVC) até 300 mm2 70 100 160 Policloreto de vinila (PVC) maior que 300 mm2 70 100 140 Polietileno reticulado (XLPE) 90 130 250 Borracha etileno propileno (EPR) 90 130 250 b) NÚMERO DE CONDUTORES CARREGADOS Nas ligações monofásicas a dois condutores (F-N) a corrente elétrica percorre o condutor de fase e retorna pelo condutor neutro, por isso, essas ligações são consideradas com dois condutores carregados (também chamados condutores “vivos”). Nas ligações monofásicas a três condutores (F-F-N) são considerados dois condutores carregados. Nas ligações bifásicas a três condutores (F-F-N) são considerados três condutores carregados. Nas ligações bifásicas a dois condutores(F-F) são considerados dois condutores carregados. Nas ligações trifásicas a três condutores (F-F-F) são considerados três condutores carregados. Nas ligações trifásicas a quatro condutores (F-F-F-N) existem três ou quatro condutores carregados. Quando a corrente nos condutores de fase contém componentes harmônicos de ordem três e múltiplos numa taxa superior a 15%, o circuito trifásico com neutro deve ser considerado como constituído de quatro condutores carregados. Se o circuito for equilibrado, são considerados apenas três condutores carregados. c) MANEIRA DE INSTALAR A capacidade de condução de corrente dos condutores, determinada por ensaio ou por cálculo, é definida em função do método de instalação adotado. Os métodos de instalação de referência são: A1: condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante; A2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante; B1: condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira; B2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de madeira; C: cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira; D: Cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo; E: cabo multipolar ao ar livre; F: cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em trifólio) ao ar livre; G: cabos unipolares espaçados ao ar livre; Observação: Se um determinado circuito apresentar, ao longo de seus diversos trechos, mais de uma maneira de instalar, deve-se considerar, para efeito de dimensionamento, aquela que apresentar a condição mais desfavorável de troca térmica com o meio ambiente. d) FATORES DE CORREÇÃO PARA O DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES Fator de Correção de Temperatura (FCT) – K1: aplicável para temperaturas ambientes diferentes de 30oC para linhas não-subterrâneas e de 20oC (temperatura do solo) para linhas subterrâneas (tabela 3.2). Tabela 3.2: Fatores de Correção para Temperatura Temperatura ambiente (°C) Isolação Temperatura do solo (°C) Isolação PVC EPR ou XLPE PVC EPR ou XLPE 10 1,22 1,15 10 1,10 1,07 15 1,17 1,12 15 1,05 1,04 20 1,12 1,08 20 1,00 1,00 25 1,06 1,04 25 0,95 0,96 30 1,00 1,00 30 0,89 0,93 35 0,94 0,96 35 0,84 0,89 40 0,87 0,91 40 0,77 0,85 45 0,79 0,87 45 0,71 0,80 50 0,71 0,82 50 0,63 0,76 55 0,61 0,76 55 0,55 0,71 60 0,50 0,71 60 0,45 0,65 65 - 0,65 65 - 0,60 70 - 0,58 70 - 0,53 75 - 0,50 75 - 0,46 80 - 0,41 80 - 0,38 Fator de Correção de Agrupamento de Condutores (FCA) – K2: aplicável a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados em um mesmo plano, em camada única (tabela 3.3). Tabela 3.3: Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano, em camada única Ref. Forma de agrupamento dos condutores Número de circuitos ou de cabos multipolares Métodos de referência 1 2 3 4 5 6 7 8 9 a 11 12 a 15 16 a 19 20 1 Em feixe: ao ar livre ou sobre superfície; embutidos; em conduto fechado 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 A a F 2 Camada única sobre parede, piso ou em bandeja não perfurada ou prateleira 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 C 3 Camada única no teto 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 4 Camada única em bandeja perfurada 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 E e F 5 Camada única sobre leito, suporte, etc. 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78 Observações da tabela 3.3: 1. Esses fatores são aplicáveis a grupos homogêneos de cabos, uniformemente carregados; 2. Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro do seu diâmetro externo, não é necessário aplicar nenhum fator de correção; 3. O número de circuitos ou de cabos com o qual se consulta a tabela refere-se: - À quantidade de grupos de dois ou três condutores isolados ou cabos unipolares, cada grupo constituindo um circuito (supondo-se um só condutor por fase, isto é, sem condutores em paralelo) e/ ou - À quantidade de cabos multipolares que compõem o agrupamento, qualquer que seja essa composição (somente condutores isolados, somente cabos unipolares, somente cabos multipolares ou qualquer combinação); 4. Se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar o número total de cabos como sendo o número de circuitos e, de posse do fator de agrupamento resultante, a determinação das capacidades de condução de corrente, deve então ser efetuada: - Na coluna de dois condutores carregados para os cabos bipolares; - Na coluna de três condutores carregados para os cabos tripolares; 5. Um agrupamento com N condutores isolados ou N cabos unipolares pode ser considerado composto tanto de N/2 circuitos com dois condutores carregados como por N/3 circuitos com três condutores carregados; Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente inferior a 5%. Fator de Correção de Agrupamento de Circuitos (FCA) – K3: aplicável a agrupamentos consistindo em mais de uma camada de condutores (métodos de referência C, E e F), independentemente da disposição da camada, se horizontal ou vertical ( tabela 3.4). Tabela 3.4: Fatores de correção para mais de uma camada de condutores Quantidade de circuitos trifásicos ou de cabos multipolares por camada 2 3 4 ou 5 6 a 8 9 e mais Quantidade de camadas 2 0,68 0,62 0,60 0,58 0,56 3 0,62 0,57 0,55 0,53 0,51 4 ou 5 0,60 0,55 0,52 0,51 0,49 6 a 8 0,58 0,53 0,51 0,49 0,48 9 e mais 0,56 0,51 0,49 0,48 0,46 A corrente de projeto corrigida (𝐼′𝑝) será: 𝐼′𝑝 = 𝐼𝑝 𝐾1 𝑥 𝐾2 ou 𝐼′𝑝 = 𝐼𝑝 𝐾1 𝑥 𝐾3 Com esse valor, entra-se na tabela que contém o tipo de condutor e a maneira de instalar escolhida e escolhe-se um condutor cuja corrente nominal seja maior que Ip’. Observação: Para o agrupamento de circuitos contendo condutores isolados, cabos unipolares ou multipolares de dimensões muito diferentes (cabos não semelhantes) instalados em condutos fechados ou em bandejas, leitos, prateleiras ou suportes, pode-se aplicar o fator de correção (F) a seguir: 𝐹 = 1 √𝑁 onde: N: número de circuitos ou de cabos multipolares Nesse caso, a corrente de projeto ou corrente do condutor corrigida é calculada da seguinte forma: 𝐼′𝑝 = 𝐼𝑝 𝐾1𝑥 𝐹 3.4- DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES PELO CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO ADMISSÍVEL Ao longo de um circuito, desde o ponto de alimentação até a carga, ocorre uma queda na tensão. É necessário, então, dimensionar os condutores para que essa redução de tensão não ultrapasse os limites estabelecidos pelas normas, que garantem o funcionamento normal dos aparelhos, equipamentos e motores. Esses limites, determinados em valores percentuais da tensão nominal, são os seguintes: Em instalações alimentadas a partir da rede de baixa-tensão (Figura 3.1): 5%. Em instalações alimentadas por uma subestação de transformação, a partir da rede de alta-tensão ou que possuam fonte própria (Figura 3.2): 7%. Observações: Em qualquer dos casos, a queda de tensão parcial nos circuitos terminais deverá ser, no máximo, de 4%; Para o cálculo da queda de tensão num circuito deve ser utilizadaa corrente de projeto do circuito. Figura 3.1: Queda de tensão máxima admissível para circuitos alimentados a partir da rede de baixa tensão Quadro Geral Quadro Terminal Quadro Terminal ~ Alimentação em BT Circuitos de distribuição Circuitos Terminais Iluminação Outras utilizações 5% 4% no máximo 5% Figura 3.2: Queda de tensão máxima admissível para circuitos alimentados a partir da rede de alta tensão Para o dimensionamento do condutor pelo critério da queda de tensão deve-se conhecer: O material do eletroduto (magnético ou não magnético) O tipo de circuito (monofásico ou trifásico) A corrente de projeto O tipo de isolação do condutor A tensão de alimentação do circuito A queda de tensão admissível O fator de potência médio considerado O comprimento do circuito Calcula-se, então, a queda de tensão unitária, através da seguinte equação: pLl Ve U (%) onde: U: queda de tensão unitária (V/A x Km) e%: queda de tensão admissível sobre a tensão de alimentação (%) V: tensão de alimentação (V) L: distância entre o ponto de alimentação e a carga (Km) Ip: corrente de projeto (A) Com o valor da queda de tensão unitária, entra-se em uma tabela de queda de tensão para condutores e adota-se a seção do condutor que corresponde ao valor igual ou imediatamente inferior ao de U. Iluminação Subestação Quadro Geral Quadro Terminal Quadro Terminal ~ Alimentação em AT 7% 4% Circuitos de distribuição 4% Circuitos Terminais Outras utilizações 7% Observações: A equação anterior é válida para cálculo da queda de tensão em circuitos de distribuição e em circuitos terminais que alimentam uma única carga. Em circuitos com várias cargas distribuídas deve-se calcular a queda de tensão trecho a trecho ou calcular o centro de carga. Para isso, definem-se aleatoriamente dois eixos (x, y), perpendiculares entre si, que servirão para obter as coordenadas das diversas cargas da instalação. O centro de carga pode ser calculado utilizando as equações a seguir: 𝑋 = 𝑥1𝑃1 + 𝑥2𝑃2 + 𝑥3𝑃3 + … + 𝑥𝑛𝑃𝑛 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + ⋯ 𝑃𝑛 e 𝑌 = 𝑦1𝑃1 + 𝑦2𝑃2 + 𝑦3𝑃3 + … + 𝑦𝑛𝑃𝑛 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + ⋯ 𝑃𝑛 onde: X, Y: coordenadas do centro de carga xi, yi: coordenadas da carga i Pi: potência nominal da carga i Por outro lado, a seção mínima dos condutores considerando-se a máxima queda de tensão admitida pode ser calculada de acordo com as seguintes equações: - Circuito Trifásico: 𝑆𝑐 = 100 𝑥 √3 𝑥 𝜌 𝑥 ∑(𝐼𝑝 𝑥 𝐿 ) ∆𝑉 𝑥 𝑉𝑓𝑓 onde: Sc: seção do condutor (mm²) 𝜌: resistividade do material condutor (𝜌cobre = 1/56 Ω x mm²/m) Ip: corrente de projeto (A) L: comprimento do circuito (m) ∆𝑉: máxima queda de tensão admitida (%) Vff: tensão entre fases (V) - Circuitos Monofásico e Bifásico: 𝑆𝑐 = 200 𝑥 𝜌 𝑥 ∑(𝐼𝑝 𝑥 𝐿 ) ∆𝑉 𝑥 𝑉𝑓𝑛 onde: 𝑉𝑓𝑛: tensão entre fase e neutro (V) Observações: Após o cálculo das seções possíveis para os condutores, calculadas de acordo com os métodos descritos anteriormente, se o resultado de cada um dos métodos indicar uma seção diferente, adota-se aquela de maior valor. Em circuitos de distribuição de residências e apartamentos em geral, é suficiente o cálculo da bitola dos condutores pelo método da capacidade de condução de corrente. Em circuitos que alimentam grandes áreas industriais, comerciais ou de escritórios, deve- se calcular a seção dos condutores utilizando-se os métodos da capacidade de condução de corrente e de queda de tensão admissível. Nos alimentadores principais e secundários de elevada carga ou tensão, deve-se verificar também a seção mínima do condutor que atende às correntes de sobrecarga e de curto- circuito. 3.5- CONDUTOR NEUTRO O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito e sua seção nominal deve ser igual à seção do condutor de fase em circuitos monofásicos a 2 ou 3 condutores e bifásicos a três condutores, qualquer que seja a seção. Em circuitos trifásicos, quando a seção do condutor de fase for ≤ 25 mm2, em cobre ou em alumínio, a seção do condutor neutro deve ser igual a seção dos condutores de fase. Em circuitos trifásicos com neutro, com condutores de fase com seção superior a 25 mm², a seção do condutor neutro pode ser inferior à seção das fases, conforme indica a tabela 3.5, quando as três condições seguintes forem atendidas: O circuito for presumivelmente equilibrado em serviço normal A taxa de harmônicos de terceira ordem for inferior a 15% O condutor neutro for protegido contra sobrecorrente, com dispositivo capaz de provocar o seccionamento dos condutores de fase. Tabela 3.5: Seção do Condutor Neutro Seção dos condutores fase (S) (mm²) Seção mínima do condutor neutro (mm²) S ≤ 25 S 35 25 50 25 70 35 95 50 120 70 150 70 185 95 240 120 300 150 400 185 500 240 630 400 800 400 1.000 500 3.6- DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS 3.6.1- DEFINIÇÕES GERAIS 1- Conduto Elétrico: é a canalização destinada a conter os condutores elétricos. Existem vários tipos de condutos, entre os quais: eletrodutos, calhas, canaletas, bandejas, molduras e blocos alveolados (figura 3.3). Figura 3.3: Exemplos de condutos utilizados para o encaminhamento dos condutores Canaleta de material sintético Canaleta de piso Eletrocalhas 1.1- Eletrodutos: são canalizações metálicas (aço, alumínio) ou de material isolante (PVC, polietileno, fibrocimento e outros) utilizadas em instalações elétricas embutidas ou aparentes. Os eletrodutos podem ainda ser magnéticos ou não magnéticos (em função do material utilizado na sua confecção); rígidos ou flexíveis; roscáveis ou soldáveis; leves, semipesados ou pesados. 1.2- Calhas: são condutos fechados utilizados em instalações aparentes. Podem ser de material metálico (aço, alumínio) ou isolante (plástico), com paredes maciças ou perfuradas. As tampas são desmontáveis, podendo ser simplesmente encaixadas ou fixadas com auxílio de ferramentas. 1.3- Canaletas: condutos com tampas removíveis, ventiladas ou maciças, instalados ao nível do solo. Os condutores podem ser instalados diretamente ou em eletrodutos. 1.4- Bandejas: suporte de cabos sem cobertura, podendo ser perfuradas ou não. São constituídas, geralmente, de material metálico. Observações: Recomenda-se que todos os condutores pertencentes a um mesmo circuito sejam agrupados em um mesmo conduto. Eletrodutos e calhas devem conter somente condutores de um único circuito, com exceção para: 1. Os casos em que as quatro condições abaixo forem atendidas: Todos os condutores sejam isolados para a mesma tensão. Cada circuito possua sua própria proteção de sobrecorrente. Todos os circuitos se originem do mesmo dispositivo geral de comando e proteção, sem a interposição de equipamentos que transformem a corrente elétrica (transformadores, conversores, retificadores ou outros). As seções dos condutores fase estejam dentro de um intervalo de três valores normalizados sucessivos de seção nominal (Ex: 4 mm2, 6 mm2 e 10 mm2). 2. Diferentes circuitos alimentando um mesmo equipamento e as duas primeiras condições da regra anterior forem atendidas. 3.6.2- TAXA MÁXIMA DE OCUPAÇÃO DOS ELETRODUTOS A taxa máxima de ocupação dos eletrodutos é definida em relação à área da seção transversal dos mesmos, não devendo ser superior a: 53% no caso de um condutor ou cabo 31% no caso de dois condutores ou cabos 40% no caso de três ou mais condutores ou cabos Para dimensionaros eletrodutos determina-se a seção total ocupada pelos condutores utilizando as dimensões fornecidas pelos fabricantes e entrando com o valor total nas tabelas fornecidas pelos fabricantes de eletrodutos. Se os condutores instalados em um eletroduto possuírem seções transversais diferentes, pode-se utilizar a equação a seguir para calcular a seção ocupada pelos condutores: 4 4 4 222 cpcpcncncfcf cond DNDNDN S xxxxxx . onde: Scon: seção ocupada pelos condutores (mm2) Ncf ; Ncn ; Ncp: número de condutores fase, neutro e de proteção, respectivamente Dcf ; Dcn ; Dcp: diâmetro dos condutores fase, neutro e de proteção, respectivamente (mm) Determina-se, então, o tamanho do eletroduto a ser utilizado entrando-se com o valor de Scond na tabela a seguir (tabela 3.6), para o número de condutores pretendidos. Tabela 3.6: Seção nominal dos eletrodutos de PVC do tipo rosqueado (Classe A e Classe B) em função da área ocupada pelos condutores – Fabricante: DAISA Dimensões do Eletroduto Área ocupável pelos cabos Tamanho Nominal mm pol. Área Útil (mm2) 2 cabos: 31% (mm²) 3 cabos ou mais: 40% (mm²) Classe A Classe B Classe A Classe B Classe A Classe B 16 1/2 196 232 60 71 79 93 20 3/4 336 356 104 110 135 143 25 1 551 593 170 183 221 238 32 1 1/4 945 1.023 282 317 378 410 40 1 1/2 1.219 1.346 377 417 488 539 50 2 1.947 2.189 603 678 779 876 65 2 1/2 3.186 3.536 987 1.096 1.275 1.415 80 3 4.441 4.976 1.396 1.542 1.777 1.990 100 4 - 8.478 - 2.628 - 3.391 Deve-se frisar, no entanto, que quando a área ocupada pelos condutores for igual ou inferior a 33% da área útil do eletroduto não é necessário aplicar nenhum fator de correção de agrupamento. 3.7- CAIXAS DE DERIVAÇÃO Objetivos: Abrigar equipamentos. Abrigar emendas de condutores. Limitar o comprimento de trechos da tubulação. Limitar o comprimento de curvas entre os trechos da tubulação. Recomendações estabelecidas pela NBR-5410: Os trechos contínuos retilíneos de tubulação (sem interposição de caixas ou equipamentos) não devem exceder 15 metros. Nos trechos com curvas, a distância deve ser reduzida de 3 metros para cada curva de 900. Observação: Caso o ramal de eletrodutos seja obrigado a passar por locais onde não é possível o emprego de caixas de derivação, a distância prescrita no item anterior pode ser aumentada desde que: a) Seja calculada a distância máxima permissível (levando-se em conta o número de curvas de 900 necessárias); b) Para cada 6 metros ou fração de aumento da distância seja utilizado um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior ao do eletroduto que seria empregado normalmente. Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas, entre extremidades ou entre extremidade e caixa, podem ser previstas, no máximo, três curvas de 900 ou equivalente até, no máximo, 2700. Em nenhuma hipótese podem ser previstas curvas com deflexão superior a 900. Devem se previstas caixas de derivação: a) Em todos os pontos de entrada ou de saída da tubulação, com exceção para os pontos de transição ou de passagem de linhas abertas para linhas em eletrodutos, que devem ser arrematados com buchas. b) Em todos os pontos de emenda ou de derivação de condutores. c) Para dividir a tubulação em trechos não maiores que os especificados anteriormente. 3.8- SEÇÃO DOS CONDUTORES EM CIRCUITOS COM HARMÔNICOS As correntes harmônicas de ordem três e seus múltiplos não se cancelam no neutro. De uma forma geral, em sistemas trifásicos as correntes harmônicas de ordem múltipla de três estão em fase (harmônicos de sequência zero) e somam-se aritmeticamente no condutor neutro. Portanto, deve-se adotar um procedimento específico para dimensionamento dos condutores em circuitos que contêm alta taxa de distorção harmônica, principalmente em relação ao condutor neutro. 3.8.1- HARMÔNICOS DE TERCEIRA ORDEM E MÚLTIPLOS DE TRÊS Correntes harmônicas com semiciclos diferentes contêm todas as ordens harmônicas, pares e ímpares, conforme mostram as figuras 3.4 e 3.5, a seguir: Figura 3.4: Forma de onda de corrente não simétrica absorvida por uma carga não linear Fonte: Manito, Allan e Silva Jr., Matias. TCC, UFPA, 2006 Figura 3.5: Espectro da corrente não simétrica absorvida por uma carga não linear Fonte: Manito, Allan e Silva Jr., Matias. TCC, UFPA, 2006 Time 16.7ms 33.3ms 50.0ms 66.7ms I(V1) -8.0A -4.0A 0A 4.0A 8.0A Frequency 0Hz 0.12KHz 0.24KHz 0.36KHz 0.48KHz 0.60KHz 0.72KHz 0.84KHz 0.96KHz 1.08KHz 1.20KHz 1.32KHz I(V1) 0A 0.5A 1.0A 1.5A 2.0A No entanto, a maior parte das cargas ligadas à rede possui corrente simétrica (semiciclos iguais e opostos). Nesse caso, os harmônicos de ordem par são nulos, conforme exemplificado nas figuras 3.6 e 3.7. Os harmônicos de ordem três são preponderantes. Figura 3.6: Forma de onda da corrente simétrica absorvida por uma carga não linear monofásica Fonte: Manito, Allan e Silva Jr., Matias. TCC, UFPA, 2006 Figura 3.7 Espectro da corrente simétrica absorvida por uma carga não linear monofásica Fonte: Manito, Allan e Silva Jr., Matias. TCC, UFPA, 2006 Entre os equipamentos que apresentam esse tipo de característica estão aqueles que possuem fonte de alimentação composta por retificador monofásico com filtragem capacitiva, presente nos equipamentos apresentados na tabela 3.7, por exemplo. Tabela 3.7: Exemplos de cargas monofásicas com fonte de alimentação baseada em retificadores Residências TV, som, vídeo, forno micro-ondas e outros Comércio Computadores, impressoras, fax, lâmpadas com reatores eletrônicos, xerox e outros Indústria Fontes chaveadas, acionamentos com velocidade variável e outros Fonte: J. Schonek. In: Revista Eletricidade Moderna, Abril 2003, p. 145 Time 33.3ms 50.0ms 66.7ms16.7ms I(V1) -8.0A -4.0A 0A 4.0A 8.0A Frequency 0Hz 0.12KHz 0.24KHz 0.36KHz 0.48KHz 0.60KHz 0.72KHz 0.84KHz 0.96KHz 1.08KHz 1.20KHz 1.32KHz 1.44KHz I(V1) 0A 0.4A 0.8A 1.2A 1.6A Por outro lado, cargas trifásicas, equilibradas e simétricas (como os retificadores trifásicos controlados ou não) não geram harmônicos de ordem três. As correntes harmônicas não nulas são de ordem: I NK±1 onde: I NK±1: corrente harmônica de ordem NK±1 N = 1, 2, 3, . . . K: número de pulsos do retificador (6, 12, 24, 36, . . . ) Considerando-se três cargas monofásicas idênticas em um sistema trifásico, as correntes harmônicas de ordem múltipla de três estão em fase e somam-se aritmeticamente no condutor neutro. As correntes fundamentais e harmônicas não múltiplas de três se anulam no condutor neutro, conforme exemplificado nas figuras 3.8 e 3.9. Figura 3.8: Espectro de corrente em uma das fases para um sistema trifásico equilibrado Fonte: Manito, Allan e Silva Jr., Matias. TCC, UFPA, 2006 Figura 3.9: Espectro de corrente do neutro para um sistema trifásico equilibrado Fonte: Manito, Allan e Silva Jr., Matias. TCC, UFPA, 2006 Frequency 0Hz 0.12KHz 0.24KHz 0.36KHz 0.48KHz 0.60KHz 0.72KHz 0.84KHz 0.96KHz 1.08KHz 1.20KHz 1.32KHz 1.44KHz I(V1) 0A 0.5A 1.0A 1.5A Frequency 0Hz 0.12KHz 0.24KHz 0.36KHz 0.48KHz 0.60KHz 0.72KHz 0.84KHz 0.96KHz 1.08KHz 1.20KHz 1.32KHz 1.44KHz I(V1)+ I(V2)+ I(V3) 0A 1.0A 2.0A 3.0A 4.0A Para se calcular a corrente eficaz no neutro pode-se usar como referência o valor da corrente eficaz de linha, que pode ser obtida através da seguinte equação, onde a corrente de linha é igual a corrente de fase: T LL dtti T I 0 2)( 1 onde: LI : corrente eficaz de linha e fase (A) )(tiL : corrente periódica de linha e fase (A) T : período da onda de corrente (rad) No entanto, a corrente no neutro é a soma das correntesnas fases, e para o caso em que essas correntes não se sobrepõem, o período da corrente no neutro é três vezes menor do que o de uma fase, então: 3 0 2)( 3 1 T NN dttiT I 3 0 2)( 1 3 T N dtti T onde: NI : corrente eficaz de neutro (A) )(tiN : corrente periódica de neutro (A) Considerando-se que o que é integrado em um período de uma fase é o mesmo que é integrado em um período no neutro, tem-se: T L T N dttidtti 0 23 0 2 )()( Então: T LN dtti T I 0 2)( 1 3 LI3 Portanto, a corrente no neutro será tanto maior quanto mais equilibrado operar o sistema, e o máximo valor que esta relação pode atingir é 3 . Quando as ondas de corrente das três fases se sobrepõem, conforme mostra a figura 3.10, o valor eficaz da corrente de neutro é menor que o valor eficaz da corrente de uma fase, ou seja, IN ≤ √3 IL para sobreposições parciais. Figura 3.10: Sobreposição parcial das correntes em um sistema trifásico No caso de sistemas trifásicos desequilibrados, como é o caso de duas cargas monofásicas idênticas estarem ligadas em um sistema trifásico, a corrente que flui pelo neutro terá todos os componentes harmônicos de ordem ímpar. Nesse caso, os harmônicos de ordem três, por estarem em fase, também se somam algebricamente. Levando-se em consideração que o componente fundamental e de ordem três são os mais relevantes, pode-se expressar o valor eficaz da corrente no neutro da seguinte maneira: 23 2 1 2 IIIN onde: 1I : corrente eficaz de frequência fundamental (60 Hz), (A) 3I : corrente eficaz de terceira ordem (180 Hz), (A) Seguindo raciocínio semelhante ao utilizado para cargas equilibradas em sistemas trifásicos, pode-se encontrar o valor eficaz máximo da corrente de neutro em sistemas desequilibrados com duas cargas monofásicas idênticas utilizando a equação a seguir: LN II 2 3.8.2- CORRENTE DE PROJETO A corrente total em circuitos que contêm harmônicos pode ser calculada de acordo com: 22 3 2 2 2 1 ... NP IIIII onde: IP: valor eficaz total da corrente de projeto do circuito (A) I1: valor eficaz da componente fundamental ou componente de 60Hz (A) I2, I3, ..., IN: valores eficazes das componentes harmônicas presentes na corrente de fase (A) Time 16.7ms 33.3ms 50.0ms 66.7ms I(V3) I(V2) I(V1) -8.0A -4.0A 0A 4.0A 8.0A Esse é o valor de IP que deve ser utilizado para o dimensionamento dos condutores pelos critérios de capacidade de condução de corrente e queda de tensão. A fim de estabelecer quanto uma forma de onda se apresenta deformada em relação a uma onda perfeitamente senoidal é calculada a Taxa de Distorção Harmônica (THD), de acordo com: 1 2 2 I I THD h h Logo, tem-se: 22 3 2 2 22 1 ... NIIITHDI x Que substituído na equação de IP resulta em: 2 1 22 1 2 1 1 THDITHDIII xP 3.8.3- CÁLCULO DA SEÇÃO DO CONDUTOR NEUTRO EM CIRCUITOS COM HARMÔNICOS Em circuitos bifásicos com neutro, a seção do condutor neutro não deve ser inferior à seção dos condutores de fase, podendo ser maior se a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 33%. Em circuitos trifásicos com neutro, quando a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for maior que 15%, a seção do condutor neutro não deve ser inferior à seção dos condutores de fase, podendo ser maior se a referida taxa for superior a 33%. Quando em um circuito trifásico com neutro ou em um circuito com duas fases e neutro a taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos for superior a 15%, no cálculo da corrente de projeto pelo critério da capacidade de condução de corrente deve-se utilizar um “fator de correção devido ao carregamento do neutro”. Esse fator, em geral igual a 0,86, é aplicável independentemente do método de instalação e vale para o caso de três condutores carregados, sem prejuízo dos demais fatores de correção eventualmente aplicáveis, como temperatura ambiente e agrupamento de circuitos. Alternativamente, em circuitos trifásicos com neutro, podem-se considerar quatro condutores carregados, assumindo-se que os mesmos correspondem a dois circuitos com dois condutores carregados cada um. Nesse caso, o fator de correção devido ao carregamento do neutro corresponde ao fator de agrupamento válido para dois circuitos, de acordo com o método de instalação considerado. - Seção do Condutor Neutro quando o Conteúdo de Terceira Harmônica das Correntes de Fase for Superior a 33% Em circuitos bifásicos ou trifásicos com neutro, se a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for maior que 33% pode ser necessário adotar um condutor neutro com seção superior à seção dos condutores de fase. Nesse caso, a corrente que circula pelo neutro é superior à corrente das fases, podendo ser determinada de acordo com a equação: IN = fh IP onde: fh: fator pertinente dado pela tabela 3.8 Tabela 3.8: Fator fh para determinação da corrente de neutro Taxa de terceira harmônica fh Circuito trifásico com neutro Circuito com duas fases e neutro 33% a 35% 1,15 1,15 36% a 40% 1,19 1,19 41% a 45% 1,24 1,23 46% a 50% 1,35 1,27 51% a 55% 1,45 1,30 56% a 60% 1,55 1,34 61% a 65% 1,64 1,38 66% 1,73 1,41 Observação: Na falta de uma estimativa mais precisa da taxa de terceira harmônica, recomenda-se adotar fh = 1,73 para os circuitos trifásicos com neutro e fh = 1,41 no caso de circuitos com duas fases e neutro.
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