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FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA 
TEOLOGIA BÍBLICA DO 
ANTIGO TESTAMENTO 
 
 
 
2 
 
Faculdade e Seminário Teológico Nacional 
Ensino à Distância 
 
 
CONCEITO GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teologia é a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus, e das coisas divinas. A 
teologia abrange vários ramos, vejamos: 
 
Teologia exegética - Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta 
teologia procura descobrir o verdadeiro significado das Escrituras. 
 
Teologia Histórica - Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da 
interpretação doutrinária. 
 
Teologia Dogmática- É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos 
apresentam nos credos da igreja. 
 
Teologia Bíblica - Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da 
Bíblia e descreve a maneira de cada escritor em apresentar as doutrinas mais 
importantes. 
 
Teologia Sistemática - Neste ramo de estudo os ensinamentos concernentes a 
Deus e aos homens são agrupados em tópicos. 
 
3 
 
Faculdade e Seminário Teológico Nacional 
Ensino à Distância 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
O Antigo Testamento é a parte preparatória de Deus para revelações maiores e mais 
profundas ao homem. Por isso é especial. Deus providenciou uma revelação e mostrou 
seus diferentes métodos: 
 
Sonhos - Joel 2:28 E háde ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a 
carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os 
vossos jovens terão visões. 
 
Jeremias 23:32 Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o 
SENHOR, e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas 
leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito 
algum a este povo, diz o SENHOR. 
 
Visões - Atos 7:31 Então Moisés, quando viu isto, se maravilhou da visão; e, 
aproximando-se para observar, foi-lhe dirigida a voz do Senhor, ( Uma Visão espiritual 
) 
 
Aparições - Isaías 6:1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi tambémao Senhor 
assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. 
 
Histórico - A Melhor forma de revelação de Deus ao homem sem dúvida é através da 
história. Através da convivência com Deus, através das experiências com Ele. 
 
 
 
OS PERÍODOS HISTÓRICOS DA TEOLOGIA DO VELHO TESTAMENTO 
 
 
 
Assim como os apóstolos do NT com suas epístolas, eram de muitas maneiras, os 
intérpretes dos Atos e dos Evangelhos, assim também a teologia do AT poderia 
semelhantemente começar com os profetas por um motivo bem semelhante. No 
entanto, mesmo para o fenômeno da profecia bíblica, havia a realidade sempre 
presente da história de Israel. Toda a atividade salvífica de Deus em tempos anteriores 
tinha que ser reconhecida e confessada antes de alguém poder ver mais firme a 
revelação adicional de Deus. Devemos, portanto, começar onde começou: na história 
— história verdadeira e real. 
 
 
 
A Era Pré-patriarcal 
 
Sem dúvida, Abraão ocupou um lugar de destaque no auge da revelação. O texto 
avança da extensão desde a criação e descreve a tríplice tragédia do homem como 
 
4 
 
Faculdade e Seminário Teológico Nacional 
Ensino à Distância 
 
 
resultado da queda, do Dilúvio e da fundação de Babel para a universalidade da nova 
provisão da salvação da parte de Deus para todos os homens, através da 
descendência de Abraão. 
 
A palavra principal é "Benção" repetida da parte Deus — que existia apenas no estado 
embrionário. No inicio, trata-se da "Bênção" da ordem criada. Depois, é a "Bênção" da 
família e da Nação, em Adão e Noé. O auge veio na quíntupla "Bênção" para Abraão em 
Gênesis 12:1-3, que incluía bênçãos materiais e espirituais. 
 
 
 
A Era Patriarcal 
 
Esta era foi tão significativa que Deus Se anunciava como "Deus dos patriarcas", ou 
"Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó". Além disto, os patriarcas eram considerados 
"profetas" (Gn 20:7; SI 105:15). Aparentemente era porque pessoalmente recebiam a 
palavra de Deus. Freqüentemente, a palavra do Senhor "veio" a eles de modo direto (Gn 
12:1; 13:14; 21:12; 22:1) ou o Senhor "apareceu" a eles numa visão (12:7; 15:1; 17:1; 18:1) 
ou em aparição de Anjos (22:11,15). 
 
Os períodos de vida de Abraão, Isaque e Jacó formam outro tempo distintivo no fluxo 
da história. Estes três privilegiados da revelação viram, experimentaram e ouviram 
tanto, ou mais, durante o conjunto de dois séculos representado pelas vidas 
combinadas deles, do que todos aqueles que viveram durante os milênios anteriores! 
Como conseqüência, podemos, com toda a segurança, delinear Gênesis 12-20 como 
nosso segundo período histórico no desdobrar da teologia do AT, exatamente como foi 
feito por gerações posteriores que tinham o registro escrito das Escrituras. 
 
 
A Era Mosaica 
 
Israel foi então chamado "reino de sacerdotes e nação santa" (Êxodo 19:6). Deus, com 
todo o amor, delineava os meios morais, cerimoniais e civis de se cumprir tão alta 
vocação. Viria no ato primário do Êxodo, com a graciosa libertação de Israel do 
Egito, operada por Deus, a subseqüente obediência de Israel, em fé, aos Dez 
mandamentos, a teologia do tabernáculo e dos sacrifícios, e semelhantes detalhes do 
código da aliança (Êxodo 24-7:8) para o governo civil. 
 
Toda a discussão quanto a ser um novo povo de Deus se derivava de Êxodo Capítulos 
1 à 40; 
 
Levítico 27-2; e Números 1-54. Durante esta era inteira, o profeta de Deus foi Moisés 
— um profeta sem igual entre os homens (Deuteronômio 34-10).De fato, Moisés foi o 
padrão para aquele grande Profeta que estava para vir, o Messias. ( Deuteronômio 
16:15-18 ) 
 
 
 
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A Era Pré-Monárquica 
 
Uma das partes da promessa de Deus que recebeu uma descrição detalhada foi a 
conquista da terra de Canaã. 
 
Esta história se estende ao longo do período dos juizes para incluir a teologia das 
narrativas da arca da aliança em 1 Samuel 4-7 os tempos se tornaram tão distorcidos 
e tudo parecia estar em tantas mudanças subseqüentes devido ao declínio moral do 
homem e à falta da revelação da parte de Deus. De fato, a palavra de Deus se tornara 
"rara" naqueles dias em que Deus falou a Samuel (1 Samuel 3:1). Conseqüentemente, 
as linhas de demarcação não se escrevem tão nitidamente, embora os temas centrais 
da teologia e os eventos-chave sejam bem registrados historicamente. 
 
A história de Josué, Juízes e até Samuel e Reis, são momentos significantes na 
história da revelação deste período, são usualmente reconhecidos pela maioria dos 
teólogos bíblicos de hoje. 
 
O melhor que se pode dizer do período pré-monárquico é que era um tempo de 
transição. o surgimento de exigência de um rei para reinar sobre uma nação que se 
cansou da sua experiência em teocracia conforme ela era praticada por uma nação 
rebelde. 
 
Depois da Lei até Davi não há avanço teológico. Neste período, Deus é revelado como 
Santo, como Espírito Santo, como Eterno. A vida de Cristo é mais precisamente 
predita, nos sacrifícios, e ofertas e no propiciatório. 
 
 
 
A Era Monárquica 
 
O pedido do povo no sentido de lhe ser dado um rei, quando Samuel era juiz (1 Sm 8-
10). e até o reinado de Saul nos preparam negativamente para o grandioso reinado de 
Davi (1 Sm 11 —2 Sm 24:1 Reis l-2.) 
 
A história e a teologia se combinavam para enfatizar os temas de uma dinastia real 
continuada, e um reino perpétuo com um domínio e alcance que se tornaria universal 
na sua extensão e influência. Mesmo assim, cada um destes motivos régios foi 
cuidadosamente vinculado com idéias e palavras de tempos anteriores: uma 
"descendência"" um "nome" que "habitava" num lugar de "descanso", uma "bênção" 
para toda a humanidade, e um "rei" que agora reinava sobreum reino que duraria para 
sempre. 
 
Este período é caracterizado historicamente pela prática desenfreada do pecado e 
declínio de Israel. 
 
 
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Os quarenta anos de Salomão foram marcados pela edificação do templo e por outro 
derramamento de revelação divina. A Sabedoria. Assim, a lei mosaica pressupunha a 
promessa patriarcal e edificava sobre ela, assim também a sabedoria de Salomão 
pressupunha a promessa Abraão-Daví como a lei de Moisés. O conceito-chave era "o 
temor do Senhor" — uma idéia que já começou na era patriarcal (Gn 22:12; 42:18; 
Dt.10:12; Josué.24:14). 
 
Agora que a "casa" de Davi e o templo de Salomão tinham sido estabelecidos, sendo 
assim, os profetas poderiam agora focalizar sua atenção sobre o plano e reino de Deus 
no seu alcance mundial. Infelizmente, porém, o pecado de Israel também exigiu boa 
parte da atenção dos profetas. 
 
Com essas revelações o mundo deveria esperar até que chegasse a " Plenitude dos 
Tempos " , Gálatas 4:4; Pedro 1:10-12. 
 
 
Questões Importantes Sobre Revelação 
 
1) Distinção entre revelação e apreensão: A compreensão vinha a medida que o 
homem ponderava a revelação feita. 
 
2) Revelação Parcial: Algumas coisas foram reveladas, mas não foram explicadas. A 
explicação pode vir mais tarde, ou não vir jamais, Deut. 29:29. Também no Novo 
Testamento há coisas reveladas mas não explicadas: Nascimento de Jesus através da 
Virgem Maria, Trindade, Dupla Natureza de nosso Senhor. 
 
3) Revelação Universal: A revelação foi feita com o objetivo de se estender a 
humanidade toda: "Em ti serão bendita todas as nações", Deus disse a Abraão. 
(Gênesis 12:3) 
 
 
 
DIVISÕES DA TEOLOGIA DO VELHO TESTAMENTO 
 
As divisões naturais incluem as grandes doutrinas a serem discutidas: 
 
A Doutrina da Criação 
 
A Doutrina de Deus 
 
A Doutrina do Homem e do Pecado 
 
A Doutrina da Salvação. 
 
 
 
 
 
 
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A DOUTRINA DA CRIAÇÃO 
 
A Constatação de um princípio 
claramente definido, tanto nas referências 
cosmológicas quanto bíblicas, podem 
desencadear novas e fascinantes 
descobertas que confirmem ainda mais, 
as sábias palavras das Escrituras. 
 
 
 
 
Podemos dizer que a “Ciência e a religião são como duas janelas na mesma casa, 
através de ambas contemplamos as obras do Criador. 
 
 
 
Teorias Referente a Criação 
 
 
 
Teoria da Grande Explosão ("BIG BANG"). A partir do estudo de Einstein. sobre a 
Teoria da Relatividade, outros cientistas acreditam que o Universo era uma bola 
imensa de hidrogênio que se expandiria indefinidamente e alcançaria distâncias quase 
infinitas. Eles imaginam que, em algum tempo indecifrável. houve uma grande explosão 
desta imensa bola de hidrogênio. Daí, surgiram os mundos, as galáxias. Na tentativa de 
definir as origens do Universo, procuram determinar a sua idade, sugerindo a cifra de 
12 bilhões de anos. De fato, esta teoria acredita na eternidade da matéria, mas a Bíblia 
a refuta, quando declara que tudo em algum tempo começou a existir, "No princípio, 
criou Deus os céus e a terra. 
 
 
 
A teoria do Panteísmo . O Panteísmo declara que Deus e a Natureza são a mesma 
coisa e estão inseparavelmente ligados. A idéia básica desta teoria é que o Senhor 
não cria nada, mas tudo emana e faz parte dEle. Entretanto, a revelação bíblica não 
aceita, de modo algum, este ensinamento, pois o Criador não é parte do Universo, e , 
sim, este foi criado por Ele. (Gênesis 1:1) 
 
 
 
A Teoria Evolucionista. Criada por Charles Darwin, ensina que a matéria é eterna, 
preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por transformação gradual, os 
seres passaram a existir. Entretanto, a Bíblia declara que Deus criou todas as coisas, 
Imagem meramente ilustrativa 
 
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isto é, tudo teve um começo. As provas diretas da criação, além da Ciência, estão 
expostas na Bíblia Gn 1.1. 
 
 
 
Teoria da Criação, a partir do nada ( Catastrófica ). Esta é talvez, a mais difundida, 
ensinada e pregada no meio evangélico. Declara que Deus criou tudo "do nada", 
mediante o poder de sua palavra. Utiliza-se como base, para a afirmação desta idéia, o 
texto de Hebreus 11.3, o qual diz que "os mundos foram criados pela palavra de 
Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente’. 
Ora, entendemos que aquilo qual não é aparente, não quer dizer "do nada", mas pode 
referir-se à coisas imateriais. 
 
 
 
Gênesis1: 1 No princípio criou Deus os céus e a terra. 
 
Uma leitura atenta nos trará importantes informações, sobre a origem do Universo, com 
poucas palavras este verso nos traz três dados importantes: 
 
1 - O Tempo da Criação 
 
2 - O Ato da Criação 
 
3 - O Autor da Criação 
 
 
 
O Tempo da Criação 
 
Quando tudo começou ? 
 
João 1: 1 - 2 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era 
Deus. Ele estava no princípio com Deus. 
 
Provérbios 8: 23 Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da 
terra. 
 
O Princípio é o espaço existente antes da criação 
 
 
 
O Ato da Criação 
 
No original hebraico o termo "Criar" aparece como "Bara" termo este que na Bíblia só é 
empregado para designar atos especiais de Deus. Seu significado mais amplo é trazer 
a existência o que antes não existia. Somente Ele possui este poder. 
 
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Salmo 8: 3 - 4 Quando vejo os Teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que 
preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para 
que o visites? 
 
 
 
O Autor da Criação 
 
A Suprema precisão com que todos os astros se movem e sua disposição no universo 
demonstra que tudo isto não apareceu por acaso. 
 
Salmo 19: 1 Os céusdeclaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das 
suas mãos. 
 
Salmo 119: 90 - 91 A tua fidelidade dura de geração em geração; tu firmaste a terra, e 
ela permanece firme. Eles continuam até ao dia de hoje, segundo as tuas ordenações; 
porque todos são teus servos. 
 
 
 
A DOUTRINA DE DEUS 
 
 
 
Atributos da Personalidade de Deus 
 
 
 
1º Aspecto de sua personalidade INTELECTO 
 
Isaías 11: 2 Repousarásobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de 
INTELIGÊNCIA, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de 
temor do Senhor. 
 
- Escolhe Atos 20: 28 - Ensina João 14: 26 
 
- Instrui Atos10:19–20 - Fala Apoc. 2: 7 
 
 
 
2º Aspecto de sua personalidade VOLIÇÃO 
 
I Cor. 12: 11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo 
particularmente a cada um como quer. 
 
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- Testifica João 15: 26 - Envia Atos 13: 2, 4 
 
- Impede Atos 16 ; 6-7 - Intercede Rom. 8: 26 
 
- Revela II Pe. 1: 21 
 
 
 
3º Aspecto de sua personalidade SENSIBILIDADE 
 
Rom. 15: 30 Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, 
que combateis comigo nas vossas orações por mim a Deus. 
 
- Ama II Tim. 1: 7 - Entristece Ef. 4: 30 
 
Portanto qualquer ser que pensa, que ama, que quer, é uma pessoa. 
 
 
 
Os Atributos 
 
 
 
Vida: Deus tem vida em si mesmo; Apocalipse 7:17 Porque o Cordeiro que estáno meio 
do trono os apascentará,e lhes serviráde guia para as fontes das águasda vida; e Deus 
limparáde seus olhos toda a lágrima. 
 
Deus é vida ( Jo.5:26; 14:26 ) e o princípio de vida ( At.17:25,28 ). 
 
 
 
Sábio:Capacidade de agir, julgar corretamente e prudentemente. Tiago 3:17 Mas a 
sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, 
tratável,cheiade misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. ( 
Jó 9:14 ; João 11:8-9 ) 
 
H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz 
os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis. 
 
Inteligente: Capacidade de compreender facilmente. 
 
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Outros Atributos 
 
- Tem Propósito Efésios 3:11 
 
- Tem Emoções Salmos 103:13 
 
- ÉLivre Efésios 1:11 
 
- ÉAtivo João 5:17 
 
 
 
Atributos de Sua Grandeza 
 
 
 
Auto-Existência:Deus existe por Si mesmo. Ele nunca teve início, portanto Deus é 
absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e 
perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência ( João 5: 26; Salmo 
36: 9 ). 
 
Eterno: A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade. Deus 
é Eterno (Salmos 90: 2; Deuteronômio 33: 27 ). A eternidade de Deus significa que 
Deus transcende a todas as limitações de tempo ( II Pedro 3: 8 ) Ele é o Eterno EU 
SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais e de toda a sucessão de 
momentos, e tem a totalidade de sua existência num único presente indivisível 
(Is.57:15). 
 
Imutabilidade: É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em 
Deus. A base de Sua imutabilidade sua perfeição porque toda mudança tem que ser 
para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio, 
mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. ( Deuteronômio 32: 4; Tiago 
1: 17 ). O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu plano 
predeterminado (Isaías 46:9,10). 
 
Onipresença: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo ou tudo está em sua 
presença 
 
O Panteísmo ensina que tudo é Deus 
 
Os Materialistas ensina que Deus está distribuído em todo o espaço 
 
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Ensino à Distância 
 
 
Imensidão : A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidade. 
Deus é imenso ( Isaías 66: 1; Jeremias 23: 24 ). 
 
 
 
Onisciência:Atributo pelo qual Deus, única, conhece-se a Si próprio e a todas as 
coisas possíveis e reais. Seu conhecimento não é progressivo ou fragmentado e Nem 
precisa de observar ou de raciocinar para adquirir conhecimento ( Jó 37: 16; 
Isaías .40:28 ). 
 
Presciência :Significa conhecimento prévio do futuro. Não é dedução ou previsão ( 
Mateus 6:8 ). 
 
Onividência:Significa que tudo está ao alcance de Sua visão, isto é, das coisas que 
existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. 
 
 
 
Onipotência: É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer 
qualquer coisa que Ele queira, não significa o exercício para fazer aquilo que é 
incoerente com a natureza ( Romanos 7: 15 ). Entretanto há muitas coisas que Deus 
não pode realizar. Ele não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo ( 
Números 23: 19; Hebreus 6: 18; Tiago 1: 13; ). 
 
 
 
Outros Atributos 
 
- Perfeito Salmo 18:30 
 
- Infinito I Reis 8:27 
 
- Soberano Neemias 9:6 
 
- Incompreensível Jó 37:5 
 
Demais atributos e estudo dos Nomes de Deus estaremos analisando na Matéria 
Teologia Sistemática de Deus. 
 
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A DOUTRINA DO HOMEM E DO PECADO 
 
Têm surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo geral, 
elas não conseguem anular a ligação do ser humano com a Terra. Entretanto, a única 
fonte realmente autorizada, acerca da origem da humanidade, é a Bíblia 
Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos oferecem, de modo plausível e 
coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem. 
 
 
 
A CRIACAO DO HOMEM 
 
Gênesis 1: 26-27 A Bíblia nos informa 
sobre a criação do homem; uma forma 
simples que podemos perder a grandeza 
desse ato. 
 
Gênesis 2: 7. A Bíblia detalha o que se 
passou em Gênesis l: 26. A Bíblia utiliza 
muito essa forma acerca dos grandes 
acontecimentos, ou seja, informa primeiro 
de forma geral e depois descreve melhor, 
em mais detalhes, esse mesmo fato.
 Imagem meramente ilustrativa. 
 
 
Espírito - Alma - Corpo 
 
O homem é diferente e superior a todas as criaturas que Deus criou, Podemos afirmar 
isso, porque de nenhuma outra criatura a Bíblia informa que foi criada à imagem e 
semelhança de Deus. A Bíblia nos mostra que os anjos forma criados espíritos; foram 
feitos espíritos por criação, por composição. Deus fez os anjos espíritos. Hebreus 1: e 
14; Salmo 104:4 
 
 
Corpo 
 
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra": a que parte se refere? o corpo. 
Deus pegou do pó da terra e formou um corpo: mas esse corpo não era um homem, 
era um boneco de terra. 
 
 
 
 
 
 
 
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Espírito 
 
Mas o versículo continua: "e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida". Se Deus não 
tivesse soprado, aquele boneco de terra estaria lá até hoje. Deus pegou aquele boneco 
e soprou algo de dentro Dele. Quando Deus soprou, aquele boneco recebeu vida, uma 
vida que saiu de dentro de Deus. 
 
A palavra fôlego no hebraico, é a mesma palavra usada para espírito. 
 
 
 
Alma 
 
Vemos no final de Gênesis 2: 7; "e o homem se tomou alma vivente" Quando o 
Espírito de Deus tocou aquele boneco de terra, foi manifesta a vida no homem. O que 
manifesta a vida no homem, é a nossa alma, a nossa personalidade. Deus soprou nas 
narinas o Espírito que iria trazer vida na alma e no corpo. A vida no espírito vem direto 
de Deus. 
 
Com o espírito conheço a Deus, com a minha alma conheço meu intelecto, as 
emoções, as vontades, e com o corpo conheço o mundo físico, material. Estudaremos 
em mais detalhes durante a matéria Teologia Sistemática do homem. 
 
 
AS FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM 
 
 
 
As Faculdades do Corpo: São Cinco as faculdades, as quais se manifestam através 
do corpo: visão, audição, olfato, paladar e tato. Ainda que sejam distintas umas das 
outras, elas não atuam independentes do comando da alma. São denominadas de 
instintos naturais ou sentidos corporais, os quais recebem impressões do mundo 
exterior, transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. 
E dai que partem as ordens para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos 
obedecem às leis naturais que estão impressas no ser humano. São elas que regem 
as atividades do corpo. 
 
As Faculdades da Alma: São três as faculdades principais ou qualidades da alma, 
pelas quais ela se manifesta: intelecto, sentimento e vontade. 
 
O INTELECTO é a parte da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece. 
 
O SENTIMENTO faz o homem um ser emotivo. Ele não é uma máquina insensível, 
pois pode sentir todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer, 
tristeza, descontentamento, pesar e dor. 
 
 
 
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A VONTADE se expressa como resultante das influências do intelecto e dos 
sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela 
obedece às forças emotivas e intelectuais da alma. 
 
 
 
As Faculdades do Espírito Habitando no Homem: Duas faculdades principais se 
destacam com abrangência sobre outras qualidades im portantes, as quais são: Fé e 
Consciência. Elas identificam o ser religioso do h omem. Podemos chamar de natureza 
espiritual, da qual o ser humano é dotado especialmente para uma perfeita comunhão 
com Deus. 
 
 
TENTAÇÃO E QUEDA DO HOMEM 
 
A Terminologia do Pecado 
 
As palavras empregadas no V.T. para descreverem o pecado são tão notáveis como o 
registro de sua historia. 
 
1. (Chata) Pecar, errar o alvo. 
 
2. (Pasha) Transgredir. Significa primariamente ir além, rebelar-se, transgredir. 
 
3. (Rasha)Ser ímpio basicamente significa ser solto ou mal ligado; ser ruidoso ou 
maldoso. 
 
4. (Ra ‘a’)Ser mau. Com o significado de quebrar, danificar por ‘meios violentos, A 
palavra veio a significar aquilo que causa dano, dor ou tristeza e dai, o mal moral. 
 
5. (Avah’) Ser perverso. O termo significa entortar ou torcer, daí perverter ou ser 
perverso. Perverter a lei de Deus ou andar pelo tortuoso em oposição ao, caminho reto 
de Deus, Gen. 
 
 
 
Outros termos 
 
Ramah = Enganar 
 
Ma´al = Transgredir 
 
Pathah = Seduzir 
 
Kasal e nabhel = Ser insensato 
 
Tame ‘eba’ash= Ser impuro 
 
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A PROPENSÃO PARA O PECADO 
 
Propenso, mas não destinado. Como ser racional, o homem, em seu primeiro estado de 
inocência desconhecia o pecado. A possibilidade para o pecado surgiu com a tentação. 
De fato, ele não havia ainda desenvolvido o seu caráter moral. Esta propensão para a 
transgressão não significa que o homem, inevitavelmente, estivesse destinado a pecar. 
Esta tendência baseava-se unicamente em seu Livre-arbítrio. Ele poderia, 
conscientemente, manter-se fiel aos limites do conhecimento que o Criador lhe deu, ou, 
então, rebelar-se contra esta lei, e partir para o outro lado. 
 
 
 
A QUEDA DO HOMEM, ATRAVÉS DO PECADO 
 
A queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito. Não 
foi um relato teórico ou figurativo, mas histórico. Por isso, entendemos que o pecado de 
nossos primeiros pais foi um ato involuntário de sua própria vontade e determinação. E 
claro que a tentação veio de fora, da parte de Satanás, que os instigou a desobedecer à 
ordem de Deus. Concluímos, pois, que a essência do primeiro pecado está na 
desobediência do homem à vontade divina e na realização de sua própria vontade. O 
seu pecado foi uma transgressão deliberada ao limite que Deus lhe havia colocado. 
 
 
 
AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA 
 
O Pecado afetou a vida física e psíquica do homem. Paulo escreveu aos Romanos: 
"Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" (Rm 5.12). A morte 
física se tornou, então, a conseqüência natural da desobediência de Adão, e a espiritual 
se constituiu na eterna separação de Deus. O Criador foi enfático no Jardim: "Porque 
no dia em que dela comeres, certamente morrerás"(Gn 2.17). 
 
O pecado afetou a vida espiritual do homem. "O saláriodo pecado é a morte" (Rm 6.23). 
Adão não morreu no mesmo dia em que pecou, mas perdeu, a possibilidade de viver e 
também perdeu a imagem de Deus em sua vida. Isto implicou, no rompimento da 
comunhão com o Criador, e causou-lhe a "morte espiritual", no momento exato que 
pecou. 
 
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A DOUTRINA DA SALVAÇÃO 
 
 
 
OS 2 PASSOS PARA A SALVAÇÃO 
 
Mat. 4: 17 Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei - vos, porque é 
chegado o reino dos céus. 
 
Mat. 18: 3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos 
tornardes como crianças de modo algum entrareis no reino dos céus. 
 
Cristo chegara ao mundo, vindo do seio do Pai. Podia descrever as glórias do céu para 
comover os homens. Mas a sua mensagem era a mesma: Arrependimento e 
Conversão. 
 
 
 
Arrependimento O verdadeiro arrependimento envolve a pessoa toda, todo o seu ser, 
toda a sua personalidade. Arrependimento não é apenas mudança de pensamento. 
 
João 3:3 ...Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o 
reino de Deus. 
 
Nascer do novo significa "um novo ser uma nova pessoa ou seja uma nova 
personalidade". 
 
Estudaremos o arrependimento em cada um dos poderes da personalidade: 
Intelecto, Sensibilidade, Volição. 
 
 
 
Conversão Conversão é uma palavra usada para exprimir o ato do pecador, 
abandonando o pecado, para seguir a Jesus. 
 
A conversão pode e deve repetir-se todas as vezes em que o homem pecar e afastar-
se de Deus, porque ela consiste no ato de abandonar o pecado e aproximar-se de 
Deus. 
 
Emprega-se, geralmente, a palavra conversão para significar aquela primeira 
experiência do homem, abandonando o pecado paras seguir a Cristo. 
 
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OS 3 ELEMENTOS BÁSICOS PARA A SALVAÇÃO 
 
Rom. 3: 24 - 25 E são justificados gratuitamente pela sua Graça , pela redenção que 
háem Cristo Jesus. Deus o propôs para propiciação pela Fé no seu Sangue, para 
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância 
de Deus. 
 
Os elementos básicos estabelecidos para salvação conf. escrito pelo Apóstolo Paulo 
aos Romanos são: 
 
 
 
1o. A Graça Tito 2: 11 Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos 
os homens. 
 
Graça significa, primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da parte de Deus. ( 
Favor não merecido ) 
 
A graça de Deus aos pecadores revela-se no fato de que ele mesmo pela expiação de 
Cristo pagou toda a pena do pecado. Por conseguinte, ele pode justamente perdoar o 
pecado sem levar em conta os merecimentos ou não merecimentos. 
 
A graça manifesta-se independente das obras dos homens. 
 
A graça é conhecida como Fonte da Salvação. 
 
 
2o. O Sangue I Jo. 1: 7 O sangue de Jesus Cristo , seu Filho, nos purifica de todo 
pecado. 
 
Em virtude do sacrifício de Cristo no calvário, o crente é separado para Deus, seus 
pecados perdoados e sua alma purificada. Sangue é conhecido como a Base da 
Salvação . 
 
 
3o. A Fé Ef. 2: 8 - 9 Pois é pela graça que sois salvos, por meio da 
 
Fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se 
glorie. 
 
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Pela fé reconhece o homem a necessidade de salvação, e pela mesma fé é ele levado 
a crer em Cristo Jesus. 
 
Heb. 11: 6 Ora, sem Fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele 
que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que égalardoador dos que o buscam. 
 
A Fé conduz-nos ao Salvador, a Fé coloca a verdade na mente e Cristo no coração. 
A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo espiritual, por isso concluímos que a Fé 
é o Meio para a Salvação . 
 
 
 
A NATUREZA DA SALVAÇÃO 
 
Vejamos os 3 aspectos da Salvação 
 
1o. Justificação Justificar é um termo judicial que significa absolver, declarar justo. O 
réu, ao invés de receber sentença condenatória, ele recebe a sentença de absolvição. 
 
Esta absolvição é dom gratuito de Deus, colocado a nossa disposição pela fé. 
 
Essa doutrina assim se define: "Justificação" é um ato da livre graça de Deus pelo qual 
ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos seus olhos somente 
por nos ser imputada a justiça de Cristo, que se recebe pela Fé. 
 
Justificação é mais que perdão dos pecados, é a remoção da condenação. 
 
Deus apaga os pecados, e, em seguida, nos trata como se nunca tivéssemos cometido 
um só pecado. 
 
Portanto Justificação é o Ato de Deus tornar justo o pecador 
 
 
 
2o. Regeneração Regenerar significa: Restaurar o que esta destruído. 
 
Quando se trata do ser humano, Regeneração é uma mudança radical, operada pelo 
Espírito Santo na alma do homem. 
 
Esta Regeneração, atinge, portanto todas as faculdades do homem ou seja: Intelecto, 
Volição e a Sensibilidade. 
 
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O homem regenerado não faz tanta questão de satisfazer à sua própria vontade 
como de satisfazer à de Deus. Na Regeneração, ele passa a pensar de modo 
diferente, sentir de modo diferente e querer de modo diferente: tudo se transforma. 
 
II Cor. 5: 17 Portanto, se alguémestáem Cristo, Nova Criatura é;as coisas velhas já 
passaram, tudo se fez novo. 
 
 
3o. Santificação Santificar é tornarsagrado, separar, consagrar, fazer santo. 
 
A Palavra santo tem muitos significados: 
 
Separação Representa o que está separado de tudo quanto seja terreno e humano. 
 
Dedicação Representa o que está dedicado a Deus, no sentido ser sua 
propriedade. 
 
Purificação Algo que separado e dedicado tem de ser purificado, para melhor ser 
apresentado. 
 
Consagração No sentido de viver uma vida santa e justa. 
 
Diante do exposto, podemos estabelecer o seguinte: 
 
Santificação é um processo O crente precisa esforçar-se para progredir em 
santificação. 
 
II Cor.7: 1 Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a 
impureza tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no 
temor de Deus. 
 
Os meios divinos de santificação 
 
O Sangue de Cristo I Jo.1: 7 O sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de 
todo o pecado. 
 
O Espírito Santo Fil. 1: 6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós 
começou boa obra a aperfeiçoaráaté o dia de Jesus Cristo. 
 
A Palavra de Deus Jo. 17: 17 Santifica-os na verdade a tua palavra é a verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução à Teologia do Antigo Testamento 
 
 
1. Conceito e Definição 
 
O conceito de Teologia do Antigo Testamento está enlaçado ao conceito de 
“teologia”. Por definição, se entendermos “teologia” como sendo “o estudo de Deus e 
de sua revelação ao homem”, conseqüentemente a Teologia do Antigo Testamento 
será “o estudo de Deus e de sua revelação ao homem no Antigo Testamento”. Ao 
considerarmos que “do” refere-se à “pertencendo a”, o substantivo “teologia” estaria 
subordinado ao Antigo Testamento, levando-nos a considerar uma “teologia que 
pertence singularmente ao Antigo Testamento”. Entretanto, o título “Antigo 
Testamento”, possuiu uma identidade especial, pois se reconhece o “Antigo 
Testamento” como uma unidade na Escritura Sagrada na qual os cristãos combinam 
e contrastam com o Novo Testamento. Portanto, Teologia do Antigo Testamento “é o 
estudo de Deus e de sua revelação ao povo eleito segundo os escritos desse 
mesmo povo e que, por conseguinte, se difere da revelação de Deus por meio de 
Cristo”. 
 
É sabido, porém, que o Antigo Testamento é um conjunto de 39 livros no cânon 
cristão, escritos em épocas distintas por diferentes hagiógrafos. Quanto à literatura, 
o Antigo Testamento possui diversificadas características literárias que vão desde a 
prosa até ao gênero apocalíptico. Conseqüentemente, uma Teologia do Antigo 
Testamento deve contemplar todas essas extensões quer sejam temporais, culturais 
ou literárias. 
 
 
Não somos escusados de frisar de que a Teologia do Antigo Testamento se insere 
dentro da divisão da Teologia conhecida como Teologia Bíblica. Esta por sua vez, se 
ocupa também da Teologia do Novo Testamento. O propósito da Teologia Bíblica, 
segundo Ladd “é de expor a teologia encontrada na Bíblia em seu próprio contexto 
histórico, com seus principais termos, categorias e formas de pensamentos”. Isto 
posto, uma teologia bíblica do Antigo Testamento deve considerar os graus de 
desenvolvimento da revelação divina no Antigo Testamento e ser mais descritiva do 
que prescritiva, isto é, descrever o conteúdo teológico do Antigo Testamento e, não 
diretamente ocupar-se de sua aplicação, atualização ou acomodação bíblica. 
 
O encadeamento lógico dessas proposições leva-nos a seguinte definição: “Teologia 
do Antigo Testamento é a disciplina da Teologia Bíblica que estuda a pessoa, 
atributos, revelação de Deus, e sua aliança com o povo eleito considerando a 
progressividade da revelação, os escritos e estilos literários do cânon judaico do 
Antigo Testamento”. 
 
 
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Embora redundante, urge ressaltar que a Teologia do Antigo Testamento difere-se 
do estudo denominado de Introdução ao Antigo Testamento. Enquanto o primeiro se 
ocupa da teologia bíblica nos livros veterotestamentário, o segundo trata dos 
aspectos pertinentes ao cânon, texto, data, autoria, composição, estrutura e 
comentário descritivo de cada livro sem deter-se em sua teologia específica. As duas 
disciplinas formam uma díade e são igualmente necessárias para a compreensão 
das Escrituras. 
 
 
2. Definição e Conceito Segundo Alguns Teólogos 
 
O Dr. Asa Routh Crabtree define a Teologia do Antigo Testamento como: A Teologia 
do Velho Testamento é o estudo dos atributos de Deus e o propósito das suas 
atividades na história e na vida do povo de Israel, de acordo com a doutrina da 
revelação divina nos livros sagrados deste povo. 
 
R. K. Harrison, professor de Antigo Testamento do Wycliffe College, define a 
disciplina nos seguintes termos: A Teologia do Antigo Testamento esforça-se para 
expor, do modo mais ordenado possível, as grandes declarações da verdade divina 
que ocorrem nesses escritos. Tais afirmações podem incluir revelação direta ou 
proposicional da parte de Deus a respeito da Sua natureza e Seus propósitos, 
proclamações feitas por profetas e outros de temas ou aspectos específicos da Torá 
e do seu significado para os receptores. 
 
 
Segundo Paul Francis Porta, a Teologia Bíblica do Antigo Testamento enfatiza a 
importância teológica de diversos livros ao revelarem-se no desenrolar gradual da 
mensagem redentora. Outros autores que tratam da Teologia do Antigo Testamento 
preferem definir Teologia Bíblica em vez de considerar especificamente o título, pois 
existem muitas controvérsias a respeito do tema. Ralph L. Smith afirma que a 
literatura básica da disciplina nos últimos 50 anos tem demonstrado pouca 
concordância quanto à natureza, tarefa e metodologia dessa disciplina. De acordo 
com John McKenzie, na obra “A Teologia do Antigo Testamento” a Teologia bíblica é 
a única disciplina ou subdisciplina no campo da teologia que carece de princípio, 
métodos e estrutura que recebam aceitação geral. Nem mesmo existe uma definição 
geral de seu escopo. 
 
 
 
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Concernente a definição, escopo e metodologia, o teólogo Gerhard von Rad, afirma 
que a Teologia do Antigo Testamento ainda é uma ciência jovem, uma das mais 
jovens dentre as ciências bíblicas. (...) Predomina a característica de não ter ainda 
havido um acordo perfeito quanto ao domínio que lhe é próprio. 
 
 
Essa falta de consenso entre os teólogos a respeito do assunto têm suscitado 
calorosas disputas. Um exemplo vislumbra-se no “Prefácio da Quarta Edição” de von 
Rad onde ele justifica o seu método diacrônico e responde ao teólogo W. Eichrodt e 
F. Baumgärtel as críticas ao seu método. Conseqüentemente, a delimitação e 
definição do tema conduzem a outra controvérsia não menos importante: o método 
empregado para se chegar a uma Teologia do Antigo Testamento. 
 
 
3. Excurso sobre os Métodos de Teologia do Antigo Testamento 
 
De acordo com o teólogo K.H. Harrison uma teologia do Antigo Testamento para ser 
formulada com sucesso precisa considerar: 
 
O significado que as palavras e os escritos tinham para aqueles que os receberam 
originalmente; 
 
Deve estar firmemente baseada numa tradição tão fiel ao texto original quanto 
possível, considerando os problemas de transmissão textual e o fato de algumas 
palavras hebraicas ainda terem significados desconhecidos; 
 
Manter o devido equilíbrio entre um método de investigação histórico e objetivo e o 
conceito de uma revelação autorizada e definitiva de Deus em forma escrita; 
 
 
Por fim, o pensamento dos escritores do Antigo Testamento não deve restringir-se 
aos interesses que dizem respeito à religião ou à vida dos hebreus antigos.Deve 
considerar parte da revelação contínua de Deus que chega ao seu ponto culminante 
na proclamação neotestamentária da Sua graça redentora em Cristo. 
 
 
Segundo o teólogo Kaiser Jr. a teologia do Antigo Testamento é a disciplina mais 
exigente dos estudos vétero-testamentários, e que o escopo dessa disciplina tem 
desencorajado a maioria dos estudiosos, até mesmo aqueles que estão no fim das 
suas carreiras acadêmicas. 
 
 
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O MÉTODO SEGUNDO KAISER 
 
Uma das primeiras preocupações de Walter Kaiser é discutir se de fato existe a 
possibilidade de uma teologia do Antigo Testamento. Para analisar esta questão, o 
autor faz uma apresentação das posições adotadas por grandes teólogos do AT 
neste século, como Walter Eichrodt, Theology of the Old Testament (Londres: SCM, 
1961) e Gerhard von Rad, Teologia do Antigo Testamento, 2 vols. (SP: ASTE, 1986). 
Eichrodt fez um ataque violento contra o historicismo. Alegava que a coerência 
interior do AT e do NT tinha sido reduzida a um tênue fio de conexão histórica e 
seqüencial, causal, entre os dois testamentos, que resultava de uma causalidade 
externa. 
 
 
Já von Rad não somente negava qualquer fundamento histórico genuíno para a 
confissão de fé de Israel, como também tinha mudado o objeto do estudo teológico 
de uma focalização sobre a palavra de Deus e sua obra para os conceitos religiosos 
do povo de Deus. O objeto e enfoque da teologia do Antigo Testamento tinham sido 
mudados da história como evento e da palavra como revelação para uma 
abordagem tipo história da religião. 
 
 
Assim, Kaiser vai mostrar que a natureza da teologia do AT não é somente uma 
teologia que está em conformidade com a Bíblia inteira, mas é aquela que se 
descreve e se contém na Bíblia. Essa teologia expressa uma vinculação real com os 
períodos históricos que compreendem a história de Israel, onde cada contexto 
antecedente e mais antigo se torna a base para a teologia que vem a seguir. Dessa 
maneira, para Kaiser, na teologia do Antigo Testamento a estrutura está colocada 
historicamente e seu conteúdo se encontra exegeticamente controlado. Como 
conseqüência, a teologia do AT em Kaiser tem um centro e conceitualização 
unificadas e traduzidas nas descrições, explanações e conexões do texto sagrado. 
 
 
Ao procurar identificar as teologias do AT, Kaiser vai trabalhar com quatro 
variáveis: 
 
 
1. A teologia estrutural, que descreve o esboço básico do pensamento e da crença 
do AT em unidades tiradas por empréstimo da teologia sistemática, da sociologia, ou 
de princípios selecionados, e depois arma seus relacionamentos com conceitos 
secundários. Eichrodt e Th. C. Vriezen, An Outline of Old Testament Theology 
(Newton, Mass.: Charles T. Branford Co. 1970) pode sem enquadrados na teologia 
 
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estrutural. Para Kaiser, essa teologia não tem autonomia, existindo apenas como 
função heurística da teologia sistemática. 
 
2. A teologia diacrônica que expõe a crença dos sucessivos períodos e das 
estratificações da história de Israel, colocando a ênfase sobre as tradições 
sucessivas da fé e da experiência da comunidade religiosa. Von Rad é seu grande 
expoente. Para Kaiser, não estamos diante de uma teologia do AT, mas diante de 
uma história da religião de Israel. 
 
3. A teologia lexicográfica, que limita sua investigação a um grupo ou a grupos de 
personalidades bíblicas, analisando seu vocabulário teológico especial, como por 
exemplo, os sábios, o eloísta, o vocabulário sacerdotal, etc. Gerhard Kittel, editor, G. 
W. Bromiley, trad., Theological Dictionary of the New Testament, 10 vols. (Grand 
Rapids: Eerdmans, 1964-74); Peter F. Ellis, The Yahwist: the Bible's First Theologian 
(Notre Dame: Fides Publishers, 1968). 
 
4. E por fim a teologia de temas bíblicos, que leva sua busca além do vocabulário de 
personagens, para abranger uma constelação de palavras que gira ao redor de um 
tema chave. Aqui se coloca o próprio Kaiser. 
 
O enquadramento da teologia do AT 
 
 
Outra questão colocada por Kaiser é a que se refere ao enquadramento da teologia 
do AT. Deve-se incluir material alheio ao cânone, como apócrifos, textos da 
biblioteca de Qumran ou comentários do Talmude? Para Kaiser a utilização de 
material alheio ao texto debilitaria o propósito de discutir a feição integral da teologia 
dentro de uma corrente da revelação. Toma como exemplo a pregação de Jesus 
que, considera Kaiser, trabalhou apenas com os textos enquadrados no cânone 
judaico. 
 
 
Assim, para Kaiser, a teologia deve ser bíblica e não precisa repetir cada detalhe do 
cânone para ser autêntica e exata. O método deve sintetizar os detalhes que 
parecem discrepantes, a fim de termos, então, uma única teologia bíblica embalada 
sob a etiqueta de dois testamentos. 
 
O que move a teologia do AT? 
 
 
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O texto pede para ser entendido e colocado num contexto de eventos e significados. 
Os estudos históricos colocam o exegeta em contato com os fluxos de eventos no 
tempo e no espaço. As análises gramaticais e sintáticas identificam a coleção de 
idéias no período histórico sob investigação. Assim, as raízes históricas da 
mensagem em seu desenvolvimento e o julgamento das avaliações normativas do 
texto traduzem o propósito e o papel da teologia bíblica. 
 
A motivação maior é entender o texto enquanto texto colocado num contexto de 
significados. É assim, considera Kaiser, que a teologia bíblica sua grande 
contribuição, especial e peculiar. 
 
E o centro canônico, existe ou não? 
 
Kaiser levanta algumas perguntas: existe uma chave para uma organização 
metódica e progressiva de assuntos, temas e ensinos do Antigo Testamento? Os 
escritores do AT tinham consciência dessa organização quando acrescentavam algo 
a essa corrente histórica da revelação? 
 
E conclui que as respostas a seus questionamentos definirão o destino e a direção 
da teologia do AT. Caso seja impossível responder positivamente as duas 
perguntas, então, somos obrigados a falar de diferentes teologias do AT, no sentido 
de variedade ou de linhas de continuidade que acontecem dentro de tendências de 
diversidade. Mas para Kaiser isso não acontece: os escritores bíblicos reivindicam a 
posse da intencionalidade divina na sua seletividade e interpretação daquilo que foi 
registrado e nós não podemos negar essa realidade. 
 
 
Por isso Kaiser defende a realidade do centro canônico. Considera, porém, que a 
maioria dos teólogos erra ao definir um centro apriorístico, externo, e tentar 
enquadrar o conteúdo do AT nele. A metodologia deve partir de uma exegese 
cuidadosa, evitando todo e qualquer encaixe precipitado. 
 
 
Até a década de 70, a maioria dos teólogos considerava que a história era o veículo 
da revelação divina no AT. Aquilo que se conhecia de Deus era conhecido através 
da história. Outros, no entanto, argumentavam que a revelação verbal tinha tanto 
direito quanto a história de ocupar o centro do palco teológico. A fé de Israel, assim 
como a teologia bíblica, tinha de Ter como seu objeto não os atos de Deus na 
história, mas aquilo que o povo confessava, não importa a veracidade primeira dos 
acontecimentos. A essa afirmação, um teólogo católico, Roland de Vaux, História 
antiga de Israel, 2 vols. (Madri, Cristiandad, 1975) - id., Instituciones del Antiguo 
 
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Testamento (Barcelona, Herder, 1976) argumenta: "A interpretação da história dada 
é verdadeira e tem origem em Deus ou não édigna da fé de Israel e da nossa". 
 
 
O mais importante, para Kaiser, é a conexão entre a reivindicação divina - o ter 
anunciado muito antes de ter acontecido o curso dos eventos - e o fato de que isso 
estava de acordo com seu plano e propósito. E os escritores bíblicos tinham a 
palavra divina e o juramento divino de promessa. 
 
 
Esse é o centro canônico que Kaiser vai devolver em sua obra, depois de uma 
ampla e bem defendida exposição metodológica. Trabalhando a partir dessa 
metodologia, Kaiser constrói sua teologia bíblica, organizando o cânone a partir das 
promessas de Deus ou daquelas passagens onde considera que Deus acrescentou 
seu compromisso ou juramento. 
 
 
A DIVISÃO EM PERÍODOS DA HISTÓRIA CANÔNICA DA SALVAÇÃO 
ATRAVÉS DA TEOLOGIA DA ALIANÇA 
 
Gerhard Von Had expõe que as diversas fontes têm diversas maneiras de interpretar 
a aliança (p.138-139), no entanto, todas concordam que a aliança está intimamente 
ligada à lei, isto é, o homem faz parte dela no cumprimento e na obediência da lei 
(esta lei não é necessariamente a lei do Sinai, e sim uma lei dada por Deus em suas 
alianças com o homem [Noé, Abraão], e visava à obediência deste). Neste capítulo, 
Von Had trata da divisão da história em períodos de salvação, ou aliança no 
exateuco. 
 
Os pontos positivos são as explicações do autor quanto à forma e a maneira que na 
Antigüidade uma aliança era feita. 
 
 
Os pontos negativos consistem na linguagem um tanto difícil do autor que não 
clareia suas idéias. 
 
 
I. A HISTÓRIA DAS ORIGENS 
 
Por causa dos relatos da criação não serem de documentos antigos, pode-se “dizer 
que, antes dos séculos VII e VI, Javé nunca foi venerado como Criador”. Parece que 
o Israel antigo não continha nada a respeito dessa teologia até que ela encontrou um 
paralelo com a história da salvação. Para que a história da salvação pudesse existir, 
a história da criação não poderia basear-se em mitos cananeus, e sim em uma 
realidade histórica. Baseados em sua própria história, definiram a noção da criação, 
pois “Javé criou o mundo e criou também Israel”. O alcance da concepção da 
 
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criação com isso teve grande êxito. A criação é tida como ação histórica de Javé e é 
inserida no tempo e no espaço. 
 
Os hinos prestam grande auxílio teológico pois são declarações do A.T. sobre a 
criação do mundo e do homem. Entretanto, sobre a Criação detalhada, existem 
apenas duas fontes que fazem declarações específicas e de caráter histórico sobre 
a Criação: código sacerdotal (Gn 1.1-2) e narrativa javista (Gn 2.4b-25). Em muitos 
aspectos essas narrativas são diferentes, entretanto, ambas afirmam o homem 
(homem-mulher) como o ponto máximo da criação. As diferenças consistem no fato 
de que P se preocupa com o mundo e com o homem no mundo enquanto que J se 
preocupa mais com o homem, seu anseio e seu relacionamento. 
 
 
Não há no AT uma profunda reflexão teológica sobre o pecado. Existem sempre os 
chamados pecados ocasionais. Entretanto, Von Had analisa as velhas narrativas do 
pecado sob os ângulos teológicos, antropológicos e o que parte da história da 
cultura. 
 
 
A história das nações parte da era pós-dilúvio, com os descendentes dos 3 filhos de 
Noé. Se por um lado esse fator contribuía para união dos povos, o evento “Babel” 
traz uma imagem totalmente negativa de separação. Depois de Babel, o abismo 
entre Deus e os homens aumenta ainda mais com a dispersão e a confusão de 
línguas. Podemos ver que depois da queda do homem no jardim, segue-se uma 
evolução de pecados e juízos, no entanto o homem sempre é preservado, 
denotando assim a graça de Deus. 
 
Pontos positivos: A forma como Israel lê a criação resulta numa união com o ato de 
salvação. A questão das origens também se torna relevante, visto que para o Israel, 
a criação se tornou história. 
 
 
Pontos negativos: As diversas fontes por vezes confundem-se com a linguagem do 
autor. Também a questão do pecado ficou um tanto sem base. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II. A HISTÓRIA PATRIARCAL 
 
“O Deus que atua em todas as circunstâncias da história patriarcal é Javé”. No 
entanto, o nome de Javé ainda era desconhecido nesta época. Javé se fez 
conhecido pelo nome a partir de Moisés. Depois disso Israel se apropria dos fatos 
passados e reconhece neles a mão de seu Deus Javé. Também se apropria das 
promessas, conforme J e E, que contém um duplo conteúdo: a garantia da posse da 
terra prometida e a promessa de uma posteridade inumerável. A primeira promessa 
era esperada a curto prazo; no Sinai foi garantido a posse definitiva da terra de 
Canaã, que era bênção exclusiva do povo de Israel, pois por detrás da história e das 
promessas aos patriarcas, Javé foi trazendo vida ao povo. A fé dos patriarcas 
demonstrada nas narrativas tinha um significado interessante para o povo. Fé era 
“firmar-se em Javé”. Com isso Deus se revelava ao seu povo, não escatológico, mas 
contemporâneo. 
 
Pontos positivos: O povo era guiado por uma fé simples, baseada nas promessas 
feitas aos patriarcas. Essa questão da fé era muito interessante, principalmente seu 
significado. 
 
 
III. A SAÍDA DO EGITO 
 
O fato de Javé conduzir seu povo para fora do Egito se torna uma verdadeira 
confissão de fé para a história desse povo. Israel viu nessa saída a garantia para 
seu futuro como povo. Nos períodos de tribulação reportava-se a esses 
acontecimentos para amenizarem as dificuldades na sua crença. A libertação do 
Egito e os milagres que se seguiram são uma verdadeira amostra da glória de Javé. 
Essa confissão desses fatos “adquiriu uma dimensão toda especial ao fundir-se com 
o mito da criação”. Entretanto, o povo ainda não tinha uma noção mais apurada de 
“eleição”. Isto só acontece no Deuteronômio. 
 
Como já mencionamos, Javé só se deu a conhecer na época de Moisés. Neste 
contexto, claramente se vê que Javé tem uma comunicação a fazer, não a respeito 
de si mesmo, mas de seu propósito para com Israel. A revelação do nome Javé 
também traz junto um pouco de sua personalidade (Deus compassivo, clemente, 
longânime, misericordioso, fiel, “Êx 34.6” e ainda: Zeloso “Êx 34.14”). “Portanto, 
houve uma época em que o nome de Javé podia ser interpretado num sentido ou 
noutro”.
 
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Antigamente também o nome tinha uma íntima ligação com o seu portador. Era 
crença determinante a relação do portador com seu nome e seus deuses. Quanto ao 
nome Javé, este deveria ser respeitado e santificado. Não poderia usar-se esse 
nome abusivamente. Somente em ritos cultuais fazia-se menção dele. Isso implicava 
em reconhecer o caráter único e exclusivo do culto de. O nome de Javé não aceita 
sincretismo religioso. Quando isso acontece, ele é profanado. 
 
 
Pontos positivos: A questão do nome de Javé é tratada esplendidamente por Von 
Had nesse. O fato do ocultamento desse nome e da proibição de seu uso, o 
preservou de muitas interpretações errôneas. 
 
 
IV. A REVELAÇÃO DE DEUS NO SINAI 
 
Von Had trata das revelações de Deus dadas no monte Sinai. Para tanto, trabalha 
com os significados dos mandamentos, rompendo com o decálogo. Essa tradição 
sinaítica do decálogo pode ser localizada nas tradições de Cades. Por isso, o que 
Von Had defende é que o decálogo chegou até nos com uma série de modificações 
que se adaptaram e aprimoraram-se visando a compreensão da vontade de Javé 
por Israel. 
 
Em alguns manuscritos mais antigos, o primeiro mandamento e a questão de 
imagens, não ocorria. “A antiga escola crítica considerava dispensável falar a seu 
respeito, pois estava persuadidade que o culto de Javé, pelo menos nos tempos 
antigos, utilizava imagens”. Von Had se prende bastante nesse capítulo na pesquisa 
histórica. 
 
 
Após esse capítulo, Von Had trata do Deuteronômio: que, para ele “não é a 
interpretação da vontade de Javé senão para uma época precisa e, do ponto de 
vista histórico, bastante tardia”. A partir disso segue tratando das suas exortações, 
bem como suas leis. 
 
 
A doença no exateuco era vista como castigo divino pela desobediência. Isto levava 
o povo a crer que somente em Deus estava a cura das doenças; Ele era o médico. 
 
Pontos positivos: O decálogo para Von Had é um conjunto de leis que valoriza a 
vida. Quando olhamos para o povo de Israel, parece que esta não era a 
interpretação correta, até que Jesus fez nessas leis seus midraxes. 
 
 
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V. A TRAVESSIA DO DESERTO 
 
Este relato é pertencente a várias tradições. O objetivo destas é demonstrar a 
presença atuante de Javé no meio de seu povo, sendo por livramento ou provações. 
Este narrativa se divide em duas partes: o êxodo do povo e o anjo de Javé. 
 
 
VI. PONTOS DE VISTA SOBRE MOISÉS E SEU OFÍCIO 
 
Também Von Had coloca os diversos pontos de vista o que as tradições Javista, 
Eloísta e o Código sacerdotal tinham sobre Moisés e seu ofício. 
 
Para os Javistas, Moisés está em segundo plano. É apenas um homem inspirado a 
serviço de Javé. 
 
 
Para os Eloístas, isso já muda de figura. Moisés está envolvido em todos os fatos 
marcantes. Moisés é instrumento vital para a libertação do povo. 
 
 
Para o Código sacerdotal, Moisés é visto como aquele que pode falar com Deus. Ele 
é o único apto para isso. 
 
 
VII. A DÁDIVA DA TERRA DE CANAÃ 
 
São relatos diferenciados que, entretanto, demonstram que Deus, apesar de tudo o 
que aconteceu ao seu povo, não faltou com nenhuma de suas promessas. 
 
 
Os Períodos Históricos da Teologia do Velho Testamento 
 
Assim como os apóstolos do NT com suas epístolas, eram, de muitas maneiras, os 
intérpretes dos Atos e dos Evangelhos, assim também a teologia do AT poderia 
semelhantemente começar com os profetas por um motivo bem semelhante. No 
entanto, mesmo para o fenômeno da profecia bíblica, havia a realidade sempre 
presente da história de Israel. Toda a atividade salvífica de Deus em tempos 
anteriores tinha que ser reconhecida e confessada antes de alguém poder ver mais 
firme a revelação adicional de Deus. Devemos, portanto, começar onde começou: na 
história — história verdadeira e real. 
 
 
A Era Pré-patriarcal 
 
Sem dúvida, Abraão ocupou um lugar de destaque no auge da revelação. O texto 
avança da extensão desde a criação e descreve a tríplice tragédia do homem como 
resultado da queda, do Dilúvio e da fundação de Babel para a universalidade da 
nova provisão da salvação da parte de Deus para todos os homens, através da 
descendência de Abraão. 
 
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A palavra principal é "Benção" repetida da parte Deus — que existia apenas no 
estado embrionário. No inicio, trata-se da "Bênção" da ordem criada. Depois, é a 
"Bênção" da família e da Nação, em Adão e Noé. O auge veio na quíntupla "Bênção" 
para Abraão em Gênesis 12:1-3, que incluía bênçãos materiais e espirituais. 
 
A Era Patriarcal 
 
Esta era foi tão significativa que Deus Se anunciava como "Deus dos patriarcas", ou 
"Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó". Além disto, os patriarcas eram considerados 
"profetas" (Gn 20:7; SI 105:15). Aparentemente era porque pessoalmente recebiam 
a palavra de Deus. Freqüentemente, a palavra do Senhor "veio" a eles de modo 
direto (Gn 12:1; 13:14; 21:12; 22:1) ou o Senhor "apareceu" a eles numa visão (12:7; 
15:1; 17:1; 18:1) ou na personagem do Anjo do Senhor (22:11,15). 
 
 
Os períodos de vida de Abraão, Isaque e Jacó formam outro tempo distintivo no 
fluxo da história. Estes três privilegiados da revelação viram, experimentaram e 
ouviram tanto, ou mais, durante o conjunto de dois séculos representado pelas vidas 
combinadas deles, do que todos aqueles que viveram durante os milênios 
anteriores! Como conseqüência, podemos, com toda a segurança, delinear Gênesis 
12-50 como nosso segundo período histórico no desdobrar da teologia do AT, 
exatamente como foi feito por gerações posteriores que tinham o registro escrito das 
Escrituras. 
 
 
A Era Mosaica 
 
Israel foi então chamado "reino de sacerdotes e nação santa" (Êxodo 19:6). Deus, 
com todo o amor, delineava os meios morais, cerimoniais e civis de se cumprir tão 
alta vocação. Viria no ato primário do Êxodo, com a graciosa libertação de Israel do 
Egito, operada por Deus, a subseqüente obediência de Israel, em fé, aos Dez 
mandamentos, a teologia do tabernáculo e dos sacrifícios, e semelhantes detalhes 
do código da aliança (Êxodo 21-23) para o governo civil. 
 
Toda a discussão quanto a ser um novo povo de Deus se derivava de Êxodo 1-40; 
Levítico 1-27; e Números 1-36. Durante esta era inteira, o profeta de Deus foi Moisés 
— um profeta sem igual entre os homens ( Números 1-36 ). De fato, Moisés foi o 
padrão para aquele grande Profeta que estava para vir, o Messias. ( Deuteronômio 
16:15-18 ) 
 
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A Era Pré-Monárquica 
 
Uma das partes da promessa de Deus que recebeu uma descrição detalhada foi a 
conquista da terra de Canaã. 
 
Esta história se estende ao longo do período dos juizes para incluir a teologia das 
narrativas da arca da aliança em 1 Samuel 4-7 os tempos se tornaram tão 
distorcidos e tudo parecia estar em tantas mudanças subseqüentes devido ao 
declínio moral do homem e à falta da revelação da parte de Deus. De fato, a palavra 
de Deus se tornara "rara" naqueles dias em que Deus falou a Samuel (1 Samuel 
3:1). Conseqüentemente, as linhas de demarcação não se escrevem tão 
nitidamente, embora os temas centrais da teologia e os eventos-chave sejam bem 
registrados historicamente. 
 
A história de Josué, Juízes e até Samuel e Reis, são momentos significantes na 
história da revelação deste período, são usualmente reconhecidos pela maioria dos 
teólogos bíblicos de hoje. 
 
 
O melhor que se pode dizer do período pré-monárquico é que era um tempo de 
transição. O surgimento de exigência de um rei para reinar sobre uma nação que se 
cansou da sua experiência em teocracia conforme era praticada por uma nação 
rebelde. 
 
 
Depois da Lei até Davi não há avanço teológico. Neste período, deus é revelado 
como Santo, como Espírito Santo, como Eterno. A vida de Cristo é mais 
precisamente predita, nos sacrifícios, e ofertas e no propiciatório. 
 
 
A Era Monárquica 
 
O pedido do povo no sentido de lhe ser dado um rei, quando Samuel era juiz (1 Sm 
8-10). e até o reinado de Saul nos preparam negativamente para o grandioso 
reinado de Davi (1 Sm 11 —2 Sm 24:1 Reis l-2.) 
 
 
A história e a teologia se combinavam para enfatizar os temas de uma dinastia real 
continuada, e um reino perpétuo com um domínio e alcance que se tornaria 
universal na sua extensão e influência. Mesmo assim, cada um destes motivos 
 
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régios foi cuidadosamente vinculado com idéias e palavras de tempos anteriores: 
uma "descendência"" um "nome" que "habitava" num lugar de "descanso", uma 
"bênção" para toda a humanidade, e um "rei" que agora reinava sobre um reino que 
duraria para sempre. 
 
 
Este período é caracterizado historicamente pela prática desenfreada do pecado e 
declínio de Israel. 
 
 
Os quarenta anos de Salomão foram marcados pela edificação do templo e por outro 
derramamentode revelação divina. A Sabedoria. Assim, a lei mosaica pressupunha 
a promessa patriarcal e edificava sobre ela, assim também a sabedoria salomônica 
pressupunha a promessa abraâmico-davídica como a lei mosaica. O conceito-chave 
era "o temor do Senhor" — uma idéia que já começou na era patriarcal (Gn 22:12; 
42:18; Já 1:1, 8-9; 2-2). 
 
 
Agora que a "casa" de Davi e o templo de Salomão tinham sido estabelecidos, 
sendo assim, os profetas poderiam agora focalizar sua atenção sobre o plano e reino 
de Deus no seu alcance mundial. Infelizmente, porém, o pecado de Israel também 
exigiu boa parte da atenção dos profetas. 
 
Com essas revelações o mundo deveria esperar até que chegasse a " Plenitude dos 
Tempos " , Gálatas 4:4; Pedro 1:10-12. 
 
 
Divisões da teologia do Velho Testamento 
 
As divisões naturais incluem as grandes doutrinas a serem discutidas: 
 
A Doutrina da Criação 
 
A Doutrina de Deus 
 
A Doutrina do Homem e do Pecado 
 
A Doutrina da Salvação. 
 
 
A Doutrina da Criação 
 
A Constatação de um princípio claramente definido, tanto nas referência 
cosmológicas quanto bíblicas, podem desencadear novas e fascinantes descobertas 
que confirmem ainda mais, as sábias palavras das Escrituras. 
 
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Podemos dizer que a " Ciência e a religião são como duas janelas na mesma casa, 
através de ambas contemplamos as obras do Criador. 
 
Teorias Referentes à Criação 
 
 
Teoria da Grande Explosão ("BIG BANG"). A partir do estudo de Einstein. sobre a 
Teoria da Relatividade, outros cientistas acreditam que o Universo era uma bola 
imensa de hidrogênio que se expandiria indefinidamente e alcançaria distâncias 
quase infinitas. Eles imaginam que, em algum tempo indecifrável. houve uma grande 
explosão desta imensa bola de hidrogênio. Daí, surgiram os mundos, as galáxias. 
Na tentativa de definir as origens do Universo, procuram determinar a sua idade, 
sugerindo a cifra de 12 bilhões de anos. De fato, esta teoria acredita na eternidade 
da matéria, mas a Bíblia a refuta, quando declara que tudo em algum tempo 
começou a existir, "No princípio, criou Deus os céus e a terra. 
 
A teoria do Panteísmo . O Panteísmo declara que Deus e a Natureza são a mesma 
coisa e estão inseparavelmente ligados. A idéia básica desta teoria é que o Senhor 
não cria nada, mas tudo emana e faz parte dEle. Entretanto, a revelação bíblica não 
aceita, de modo algum, este ensinamento, pois o Criador não é parte do Universo, e, 
sim, este foi criado por Ele. (SI 6) 
 
A Teoria Evolucionista. Criada por Charles Darwin, ensina que a matéria é eterna, 
preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por transformação gradual, 
os seres passaram a existir. Entretanto, a Bíblia declara que Deus criou todas as 
coisas, isto é, tudo teve um começo. As provas diretas da criação, além da Ciência, 
estão expostas na Bíblia Gn 1.1. 
 
Teoria da Criação, a partir do nada ( Catastrófica ). Esta é talvez, a mais 
difundida, ensinada e pregada no meio evangélico. Declara que Deus criou tudo "do 
nada", mediante o poder de sua palavra. Utiliza-se como base, para a afirmação 
desta idéia, o texto de Hebreus 11.3, o qual diz que "os mundos foram criados pela 
palavra de Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente’. 
Ora, entendemos que aquilo qual não é aparente, não quer dizer "do nada", mas 
pode referir-se à coisas imateriais. 
 
 
 
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A Doutrina de Deus 
 
 
Atributos da Personalidade de Deus 
 
1º Aspecto de sua personalidade INTELECTO 
 
Isaías 11: 2 Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de 
INTELIGÊNCIA, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e 
de temor do Senhor. 
 
- Escolhe Atos 20: 28 - Ensina João 14: 26 
 
- Instrui Atos10:19–20 - Fala Apoc. 2: 7 
 
2º Aspecto de sua personalidade VOLIÇÃO 
 
I Cor. 12: 11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo 
particularmente a cada um como quer. 
 
- Testifica João 15: 26 - Envia Atos 13: 2, 4 
 
- Impede Atos 16 ; 6-7 - Intercede Rom. 8: 26 
 
- Revela II Pe. 1: 21 
 
3º Aspecto de sua personalidade SENSIBILIDADE 
 
Rom. 15: 30 Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do 
Espírito, que combateis comigo nas vossas orações por mim a Deus. 
 
- Ama II Tim. 1: 7 - Entristece Ef. 4: 30 
 
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Os Atributos 
 
 
Vida: Deus tem vida em si mesmo; Apocalipse 7:17 Porque o Cordeiro que está no 
meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da 
vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. 
 
Deus é vida ( Jo.5:26; 14:26 ) e o princípio de vida ( At.17:25,28 ). 
 
 
Sábio: Capacidade de agir, julgar corretamente e prudentemente. Tiago 3:17 Mas a 
sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, 
tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. ( 
Jó 9:14 ; João 11:8-9 ) 
 
H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele 
produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis. 
 
Outros Atributos 
 
 
- Tem Propósito Efésios 3:11 
 
- Tem Emoções Salmos 103:13 
 
- É Livre Efésios 1:11 
 
- É Ativo João 5:17 
 
 
Atributos de Sua Grandeza 
 
 
Auto-Existência: Deus existe por Si mesmo. Ele nunca teve início, portanto Deus é 
absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e 
perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência ( João 5: 26; 
Salmo 36: 9 ). 
 
Eterno: A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade. Deus 
é Eterno (Salmos 90: 2; Deuteronômio 33: 27 ). A eternidade de Deus significa que 
Deus transcende a todas as limitações de tempo ( II Pedro 3: 8 ) Ele é o Eterno EU 
SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais e de toda a sucessão de 
 
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momentos, e tem a totalidade de sua existência num único presente indivisível 
(Is.57:15). 
 
Imutabilidade: É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em 
Deus. A base de Sua imutabilidade sua perfeição porque toda mudança tem que ser 
para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais 
sábio, mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. ( Deuteronômio 
32: 4; Tiago 1: 17 ). O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme 
seu plano predeterminado (Isaías 46:9,10). 
 
Onipresença: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo ou tudo está em sua 
presença 
 
 
o O Panteísmo ensina que tudo é Deus 
 
o Os Materialistas ensina que Deus está distribuído em todo o espaço 
 
 
Imensidão: A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada 
imensidade. Deus é imenso (Isaías 66: 1; Jeremias 23: 24 ). 
 
Onisciência: Atributo pelo qual Deus, única, conhece-se a Si próprio e a todas as 
coisas possíveis e reais. Seu conhecimento não é progressivo ou fragmentado e 
Nem precisa de observar ou de raciocinar para adquirir conhecimento ( Jó 37: 16; 
Isaías .40:28 ). 
 
Presciência: Significa conhecimento prévio do futuro. Não é dedução ou 
previsão ( Mateus 6:8 ). 
 
Onividência: Significa que tudo está ao alcance de Sua visão, isto é, das 
coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no 
futuro. 
 
Onipotência: É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para 
fazer qualquer coisa que Ele queira, não significa o exercício para fazer aquilo que é 
incoerente com anatureza (Romanos 7: 15). Entretanto há muitas coisas que Deus 
 
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não pode realizar. Ele não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo 
(Números 23: 19; Hebreus 6: 18; Tiago 1: 13). 
 
Outros Atributos 
 
 
- Perfeito Salmo 18:30 
 
- Infinito I Reis 8:27 
 
- Soberano Neemias 9:6 
 
- Incompreensível Jó 37:5 
 
 
A Doutrina do Homem e do Pecado 
 
 
Têm surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo 
geral, elas não conseguem anular a ligação do ser humano com a Terra. Entretanto, 
a única fonte realmente autorizada, acerca da origem da humanidade, é a Bíblia 
Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos oferecem, de modo plausível e 
coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem. 
 
A CRIACAO DO HOMEM 
 
 
Gênesis 1: 26-27 A Bíblia nos informa sobre a criação do homem; uma forma 
simples que podemos perder a grandeza desse ato. 
 
Gênesis 2: 7. A Bíblia detalha o que se passou em Gênesis l: 26. A Bíblia utiliza 
muito essa forma acerca dos grandes acontecimentos, ou seja, informa primeiro de 
forma geral e depois descreve melhor, em mais detalhes, esse mesmo fato. 
 
Espírito - Alma - Corpo 
 
 
O homem é diferente e superior a todas as criaturas que Deus criou, Podemos 
afirmar isso, porque de nenhuma outra criatura a Bíblia informa que foi criada à 
imagem e semelhança de Deus. A Bíblia nos mostra que os anjos forma criados 
espíritos; foram feitos espíritos por criação, por composição. Deus fez os anjos 
espíritos. Hebreus 1: e 14; Salmo 104:4 
 
 
 
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Corpo 
 
 
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra": a que parte se refere? o corpo. 
Deus pegou do pó da terra e formou um corpo: mas esse corpo não era um homem, 
era um boneco de terra. 
 
Espírito 
 
 
Mas o versículo continua: "e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida". Se Deus não 
tivesse soprado, aquele boneco de terra estaria lá até hoje. Deus pegou aquele 
boneco e soprou algo de dentro Dele. Quando Deus soprou, aquele boneco recebeu 
vida, uma vida que saiu de dentro de Deus. 
 
A palavra fôlego no hebraico, é a mesma palavra usada para espírito. 
 
 
Alma 
 
 
Vemos no final de Gênesis 2: 7; "e o homem se tomou alma vivente" Quando o 
Espírito de Deus tocou aquele boneco de terra, foi manifesta a vida no homem. O 
que manifesta a vida no homem, é a nossa alma, a nossa personalidade. Deus 
soprou nas narinas o Espírito que iria trazer vida na alma e no corpo. A vida no 
espírito vem direta de Deus. 
 
Com o espírito conheço a Deus, com a minha alma conheço meu intelecto, as 
emoções, as vontades, e com o corpo conheço o mundo físico, material. 
Estudaremos em mais detalhes durante a matéria Teologia Sistemática do homem. 
 
AS FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM 
 
 
As Faculdades do Corpo: São Cinco as faculdades, as quais se manifestam 
através do corpo: visão, audição, olfato, paladar e tato. Ainda que sejam distintas 
umas das outras, elas não atuam independentes do comando da alma. São 
denominadas de instintos naturais ou sentidos corporais, os quais recebem 
impressões do mundo exterior, transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. 
E dai que partem as ordens para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos 
 
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obedecem às leis naturais que estão impressas no ser humano. São elas que regem 
as atividades do corpo. 
 
As Faculdades da Alma: São três as faculdades principais ou qualidades da alma, 
pelas quais ela se manifesta: intelecto, sentimento e vontade. 
 
O INTELECTO é à parte da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece. 
 
 
O SENTIMENTO faz o homem um ser emotivo. Ele não é uma máquina insensível, 
pois pode sentir todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer, 
tristeza, descontentamento, pesar e dor. 
 
A VONTADE se expressa como resultante das influências do intelecto e dos 
sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela 
obedece às forças emotivas e intelectuais da alma. 
 
As Faculdades do Espírito: Duas faculdades principais se destacam com 
abrangência sobre outras qualidades importantes, as quais são: Fé e Consciência. 
Elas identificam o ser religioso do homem. Podemos chamar de natureza espiritual, 
da qual o ser humano é dotado especialmente para uma perfeita comunhão com 
Deus. 
 
TENTAÇÃO E QUEDA DO HOMEM 
 
 
A Terminologia do Pecado 
 
 
As palavras empregadas no V.T. para descreverem o pecado são tão notáveis 
como o registro de sua historia. 
 
1. (Chata) Pecar, errar o alvo. 
 
2. (Pasha) Transgredir. Significa primariamente ir além, rebelar-se, transgredir. 
 
3. (Rasha) Ser ímpio basicamente significa ser solto ou mal ligado; ser ruidoso ou 
maldoso. 
 
4. (Ra ‘a’) Ser mau. Com o significado de quebrar, danificar por ‘meios violentos, A 
palavra veio a significar aquilo que causa dano, dor ou tristeza e dai, o mal moral. 
 
 
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5. (Avah’) Ser perverso. O termo significa entortar ou torcer, daí perverter ou ser 
perverso. Perverter a lei de Deus ou andar pelo tortuoso em oposição ao, 
caminho reto de Deus. 
 
A PROPENSÃO PARA O PECADO 
 
 
Propenso, mas não destinado. Como ser racional, o homem, em seu primeiro estado 
de inocência desconhecia o pecado. A possibilidade para o pecado surgiu com a 
tentação. De fato, ele não havia ainda desenvolvido o seu caráter moral. Esta 
propensão para a transgressão não significa que o homem, inevitavelmente, 
estivesse destinado a pecar. Esta tendência baseava-se unicamente em seu Livre-
arbítrio. Ele poderia, conscientemente, manter-se fiel aos limites do conhecimento 
que o Criador lhe deu, ou, então, rebelar-se contra esta lei, e partir para o outro lado. 
 
A QUEDA DO HOMEM, ATRAVES DO PECADO 
 
 
A queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito. 
Não foi um relato teórico ou figurativo, mas histórico. Por isso, entendemos que o 
pecado de nossos primeiros pais foi um ato involuntário de sua própria vontade e 
determinação. E claro que a tentação veio de fora, da parte de Satanás, que os 
instigou a desobedecer à ordem de Deus. Concluímos, pois, que a essência do 
primeiro pecado está na desobediência do homem à vontade divina e na realização 
de sua própria vontade. O seu pecado foi uma transgressão deliberada ao limite que 
Deus lhe havia colocado. 
 
AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA 
 
 
O Pecado afetou a vida física e psíquica do homem. Paulo escreveu aos Romanos: 
"Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" (Rm 5.12). A 
morte física se tornou, então, a conseqüência natural da desobediência de Adão, e a 
espiritual se constituiu na eterna separação de Deus. O Criador foi enfático no 
Jardim: "Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.17). 
 
O pecado afetou a vida espiritual do homem. "O salário do pecado é a morte" (Rm 
6.23). Adão não morreu no mesmo dia em que pecou, mas perdeu, a possibilidade 
 
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Faculdade e Seminário Teológico Nacional 
Ensino à Distância 
 
 
de viver e também perdeu a imagem de Deus em sua vida. Isto implicou, no 
rompimento da comunhão com o Criador, e causou-lhe a "morte espiritual", no 
momento exato que pecou. 
 
A Doutrina da Salvação 
 
 
OS 2 PASSOS PARA A SALVAÇÃO 
 
 
Mat. 4: 17 Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei - vos, porque 
é chegado o reino dos céus. 
 
Mat. 18: 3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes

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