Artigo Científico Metodologias Ágeis

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FACULDADE ICESP – PROMOVE DE BRASÍLIA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
CHRISTIANE DA CUNHA GONÇALVES
METODOLOGIAS ÁGEIS
Conceitos, vantagens e desvantagens, abordagens aplicadas pelo Project Management Institute – PMI e restrições de tempo, escopo, qualidade, custos e riscos
Brasília
2017
CHRISTIANE DA CUNHA GONÇALVES
METODOLOGIAS ÁGEIS:
Conceitos, vantagens e desvantagens, abordagens aplicadas pelo Project Management Institute – PMI e restrições de tempo, escopo, qualidade, custos e riscos
Artigo Científico apresentado como requisito de avaliação da disciplina de Metodologias Ágeis do Curso de Especialização em Gerenciamento de Projetos da Faculdade Icesp – Promove de Brasília
Prof. Thiago Dieb
Brasília
2017
METODOLOGIAS ÁGEIS: Conceitos, vantagens e desvantagens, abordagens aplicadas pelo Project Management Institute – PMI e restrições de tempo, escopo, qualidade, custos e riscos
GONÇALVES, Christiane da Cunha[1: Aluna do Curso de Especialização em Gerenciamento de Projetos da Faculdade Icesp-Promove de Brasília.]
DIEB, Thiago [2: Professor do Curso de Metodologias Ágeis da Faculdade Icesp-Promove de Brasília. ]
RESUMO
O presente artigo científico tem a proposta de apresentar os principais conceitos sobre metodologias ágeis, identificando suas vantagens e desvantagens quando aplicados em diversos projetos, sejam estes no ramo da Tecnologia da Informação – TI ou até mesmo em outros setores da organização, considerando, no entanto, a complexidade do projeto. Por meio de pesquisas bibliográficas foi possível apurar informações atualizadas das melhores práticas em metodologias ágeis aplicadas no mercado. Pode-se observar que diante das pesquisas realizadas esse novo conceito metodológico aplicado para projetos de diferentes complexidades tem acelerado a entrega de valor ao cliente, a melhoria contínua das iterações dentro dos projetos, bem como o aumento da comunicação e a interação com a equipe. 
Palavras-chaves: Metodologias Ágeis. Gestão de Projetos. Entrega de Valor.
INTRODUÇÃO
É fato que muitos projetos não concluem os seus estágios nos prazos estabelecidos devido ao grande número de artefatos (documentos) necessários para compor as entregas do projeto, considerando, no entanto, que muitas organizações utilizam o guia Project Management Body of Knowledge – PMBOK do Project Management Institute – PMI devido a sua grande aceitação no mercado.
Segundo Bajec et al. (2007), as organizações acreditam que o uso de uma metodologia padroniza o processo de atividades e a entrega em cada iteração. No entanto, não é observado que as organizações adotam com os devidos critérios. Muitas vezes isso ocorre devido à complexidade da metodologia fazendo com que os recursos não utilizem a metodologia de forma rigorosa. 
O PMBOK apesar de sua complexidade contribuiu e serviu de insumo para que novos conceitos metodológicos fossem repensados, visando contribuir na entrega de valor ao cliente com menos artefatos e mais resultados. 
O problema é que certas metodologias tradicionais não se aplicam adequadamente ao projeto proposto e para minimizar os impactos que isso traz foram propostas metodologias ágeis (Teles, 2004). 
A aplicação e o pensamento inovador na execução dos projetos iniciaram-se no ramo de TI. No entanto, tem expandido para as demais áreas da organização. Com isso, o objetivo geral desse artigo é abordar sobre os métodos ágeis, no que se refere a esse processo inovador para a execução das atividades que contribuem para a entrega de valor ao cliente. 
Os objetivos específicos a serem identificados nesse artigo são os seguintes:
Conceitos de métodos ágeis; 
Vantagens e desvantagens com relação aos métodos tradicionais;
Abordagens aplicadas pelo PMI quanto as metodologias ágeis;
Exemplificações de como as metodologias ágeis abordam as restrições de: tempo, escopo, qualidade, custo e riscos.
METODOLOGIAS ÁGEIS
Principais Conceitos
De acordo com Jim Highsmith (2004) as metodologias ágeis partiram do princípio do Manifesto Ágil que reconhece a importância de todos os artefatos, ferramentas e processos. No entanto, a interação entre os recursos da organização agrega maior valor para a entrega.
Os valores a serem observados no Manifesto Ágil são: Indivíduos e interações; colaboração com o cliente; responder as mudanças (Jim Highsmith,2004).
Diante do exposto, nota-se que a comunicação, interação e os recursos de uma organização são elementos essenciais para entregar valor ao cliente.
A ideia da metodologia ágil é que os recursos mantenham uma boa comunicação com todos os envolvidos no projeto. Com o passar dos anos e com as experiências de grupos de projetos várias metodologias ágeis foram adaptadas para melhor adequá-las a realidade da gestão de projetos. Dentre as principais metodologias ágeis podemos destacar: XP, Scrum, Adaptative Software Development – ADS, Feature Driven Development – FDD, Lean Software Development - LSD e o Crystal. 
A metodologia Ágil também tem seu diferencial quanto as pequenas iterações, ou seja, entregas particionadas, permitindo que mudanças sejam identificadas e solucionadas brevemente (Jim Highsmith, 2004). 
Cada modelo ágil tem sua característica que os diferencia dos demais, cabe a organização identificar qual o melhor se adequa às suas necessidades, ou até mesmo adaptar um novo modelo com o que há de melhor em cada uma delas. Observa-se a flexibilidade que existe na metodologia ágil o que ocasiona vantagens e desvantagens para o cliente. 
Vantagens e Desvantagens sobre os métodos tradicionais
As vantagens e desvantagens da aplicação de uma metodologia ágil ou tradicional deve-se levar em consideração a complexidade do projeto e a necessidade do cliente.
As vantagens identificadas com a aplicação da metodologia ágil são: liberdade no planejamento; flexibilidade; equipe integrada; atribuições divididas conforme habilidades dos recursos; participação ativa do cliente (DTI Geral, 2015). 
As desvantagens apontadas para a metodologia ágil são: entrega particionada; planejamento longo; dificuldade de mensurar o custo total do projeto (DTI Geral, 2015).
Diante dos pontos abordados, fica evidente a necessidade de análise da metodologia a ser aplicada no início do projeto, considerando que diferente dos métodos tradicionais os processos aplicados na metodologia ágil não apresentam um ponto focal centralizador para direcionar o projeto que seria o Gerente de Projetos. 
Abordagens Aplicadas pelo PMI sobre Metodologias Ágeis 
De acordo com o PMI a metodologia ágil é um tema que vem crescendo constantemente e devido a esse crescimento foi criado um guia de boas práticas para a aplicação de práticas ágeis em projetos de diversos ramos. 
Nota-se o interesse da comunidade PMI em despertar nos gerentes de projetos o interesse nas metodologias para aplicação no mercado, visto a sua eficiência e flexibilidade. Tal interesse não seria apenas para ampliar o portfólio de ferramentas, mas para agregar valor por meio de pesquisas e experiências práticas. 
Como as Metodologias Ágeis Tratam as Restrições 
De acordo com o PMBOK as restrições de um projeto são limitações impostas a equipe que podem afetar o desempenho da equipe no projeto. Tais restrições no método ágil devem ser balanceadas adequadamente visando impulsionar a inovação. 
Segundo Highsmith (2004) as restrições permitem que as equipes possam ser inovadoras e eficazes. 
Considerando os questionamentos de Highsmith, vale observar que independentemente do método tradicional ou ágil as restrições devem ser consideradas, visto seu impacto para o sucesso ou fracasso do projeto. 
No método ágil o escopo é definido em alto nível, ordenado e priorizado no decorrer dos ciclos. O escopo é afetado por mudanças constantemente. No entanto, tais mudanças não afetarão drasticamente visto que o tempo e os recursos são fixos. 
O projeto desenvolvido segundoa metodologia ágil possui um custo pré-definido a cada ciclo de iteração. 
REFERÊNCIAS
BAJEC, Marko et al. Practice-driven approach for creating project-specific software development methods. In: Information and Software Technology, v. 49, n.1.jan. 2007. 
HIGHSMITH, Jim. Agile Project Management: Creating Innovative Products.2nd edition, 2004. 
Pressman, Roger S. Engenharia de Software: Uma abordagem profissional, Bookman, Porto Alegre, 2011;
TELES, V. Extreming Programming: Aprenda como encantar seus usuários desenvolvendo software com agilidade e alta qualidade. Novatec, 2004. 
DEVMEDIA. PMI versus Scrum. Disponível em: https://www.devmedia.com.br/pmi-versus-scrum/23562 Acesso em: 22 de dezembro de 2017, 22h10.
MEDEIROS, Igor. Modelo de Processos Ágeis: Conceitos e Princípios. Disponível em: < https://www.devmedia.com.br/modelos-de-processos-ageis-conceitos-e-principios/30059> Acesso em: 21 de dezembro de 2017, 23h25. 
ULTRAMARE, Fernando. Triângulo ágil: escopo, custo e prazo como impulso à inovação nos projetos ágeis. Disponível em: <https://www.infoq.com/br/news/2012/11/restricoes-impulsionam-inovacao>. Acesso em: 22/12/2017, 22h52.
WINDMOLLER, Arno. Favorabilidade na Adoção de Práticas de Metodologias Ágeis no Desenvolvimento de Software. UCB, 2012. Disponível em: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/bitstream/123456789/1359/1/Arno%20Windmoller.pdf Acesso em: 21 de dezembro de 2017, 18h40.