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TCC - ciencias biologicas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
AVALIAÇÃO DAS SALAS DE VACINAS NA REDE BÁSICA DO
MUNICÍPIO DE LUÍS CORREIA – PIAUÍ, BRASIL
FRANCISCA DAS CHAGAS MELO SALES
BURITI DOS LOPES – PI
2017
FRANCISCA DAS CHAGAS MELO SALES
AVALIAÇÃO DAS SALAS DE VACINAS NA REDE BÁSICA DO
MUNICÍPIO DE LUÍS CORREIA – PIAUÍ, BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo Científico) apresentado como requisito parcial para obtenção de grau de Licenciado em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal do Piauí / Universidade Aberta do Brasil.
Orientador:
Profa. Dra. Ana Paula dos Santos Correia Lima da Silva
BURITI DOS LOPES – PI
2017
Dedico este trabalho à minha irmã Daniele Sales que tanto me ajudou a trilhar este caminho, aos meus pais Adalbertina Sales e Francisco Sales, que contribuíram para minha educação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido força e motivação durante esta longa caminhada e por me permitir findar com êxito esta etapa importante da minha jornada acadêmica.
Aos meus pais Francisco e Adalbertina Sales, por todo o exemplo de vida me repassado, pelo apoio e amor incondicional, pela educação que me proporcionaram, por todas as contribuições para que eu me tornasse o ser que sou. A minha irmã Daniele Sales pela cumplicidade e companheirismo e pelas ajudas que foram desmesuradas. 
 À instituição, Universidade Federal do Piauí, seu corpo docente, direção e administração, que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte, eivada pela confiança no mérito e ética aqui presentes.
 À minha Professora Orientadora, Profa. Dra. Ana Paula dos Santos Correia Lima da Silva, pelo auxílio, paciência, disponibilidade de tempo, sempre com uma simpatia contagiante. Quero expressar a minha admiração pela sua competência profissional. 
E a todos que de alguma forma contribuíram para a minha formação, o meu muito obrigado. 
“Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles ”.
 Augusto Cury
SUMÁRIO
	RESUMO
	
	
	
	ABSTRACT
	
	
	
	1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................
	9
	
	
	2 MATERIAL E MÉTODOS .....................................................................................
	12
	
	
	3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................
	13
	
	
	4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................
	19
	
	
	REFERÊNCIAS ..........................................................................................................
	20
	
	
	ANEXOS.........................................................................................................................
	22
	
	
AVALIAÇÃO DAS SALAS DE VACINAS NA REDE BÁSICA DO
MUNICÍPIO DE LUÍS CORREIA – PIAUÍ, BRASIL
Francisca das Chagas Melo Sales¹
Ana Paula dos Santos Correia Lima da Silva2
RESUMO
O processo histórico das vacinas se iniciou há mais de mil anos no Continente Asiático, onde os chineses, haviam desenvolvido a variolização, que era o contato das secreções de pústulas de indivíduos infectados para indivíduos sãos, para induzir quadros leves da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar as salas de vacinas na rede básica da zona urbana do município de Luís Correia Piauí quanto a suas estruturas e processos. A natureza da pesquisa versa sobre um estudo exploratório, observacional, transversal de cunho descritivo, com abordagem quantitativa. Foram avaliadas 6 salas de vacinas da zona urbana do município, e para coleta de dados utilizou-se o instrumento de supervisão em sala de vacinação padronizado pelo Ministério da Saúde o Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão em Sala de Vacinação (PAISSV) disponibilizado pelo Programa Nacional de Humanização (PNI). Foi criado então um conceito de ideal 100%, regular 50% e insuficiente <50% para avaliação dos aspectos críticos averiguados neste estudo, entre estes relacionados aos aspectos gerais da sala de vacinação, rede de frio, eventos adversos pós vacinação, vigilância epidemiológica que receberam conceito regular 50% na rede urbana como um todo, conceito ideal 100% aos procedimentos técnicos, sistema de informação-SI, educação em saúde e imunobiológicos especiais, conceito insuficiente <50%. Diante disso, quanto ao item imunobiológicos especiais o que fica evidente é a falta de que os profissionais desconhecem a existência do CRIE e suas respectivas indicações imunobiológicas, além de faltar capacitação a estes mesmos profissionais para a qualidade esperada nas salas de vacinas. É importante frisar que não é fácil definir o que é qualidade, uma vez que, não se segue uma homogeneidade. Certamente, profissionais distintos atribuem pesos diferentes a determinados conceitos e características, e consequentemente o significado de qualidade difere de um indivíduo para outro. Conclui-se, pelos dados analisados que há necessidade de implementar de forma ordenada a atividade de supervisão, monitoramentos e avaliação nas salas de vacinas para melhor funcionamento bem como proporcionar aos profissionais programas de desenvolvimento técnico e cientifico para progressão da promoção a saúde e manutenção do controle das doenças imunopreveníveis na comunidade. 
Palavras-chave: imunopreveníveis, promoção da saúde, sala de vacina, vacinas.
ABSTRACT
The historical process of vaccines began more than a thousand years ago in the Asian Continent, where the Chinese had developed variolization, which was the contact of pustules secretions from infected individuals to healthy individuals, to induce mild disease. The objective of this study was to evaluate the vaccine rooms in the basic network of the urban zone of the city of Luís Correia Piauí regarding its structures and processes. The nature of the research is based on an exploratory, observational, cross - sectional, descriptive study with a quantitative approach. Six vaccination rooms were evaluated in the urban area of ​​the city and data collection was used in the vaccination room standardized by the Ministry of Health, the Vaccination Room Supervision Instrument Evaluation Program (PAISSV) made available by the Ministry of Health. National Humanization Program (PNI). A concept of 100% ideal, regular 50% and insufficient <50% was created to evaluate the critical aspects investigated in this study, among them related to the general aspects of the vaccination room, cold network, post-vaccination adverse events, epidemiological surveillance received a 50% regular concept in the urban network as a whole, 100% ideal concept for technical procedures, SI information system, health education and special immunobiological, insufficient concept <50%. Therefore, regarding the item of special immunobiologicals what is evident is the lack of the professionals are unaware of the existence of CRIE and their respective immunobiological indications, besides lacking qualification to these same professionals for the quality expected in the vaccination rooms. It is important to stress that it is not easy to define what quality is, since homogeneity does not follow. Certainly, distinguished professionals attribute different weights to certainconcepts and characteristics, and consequently the meaning of quality differs from one individual to another. It is concluded from the analyzed data that there is a need to implement in an orderly way the supervision, monitoring and evaluation activities in the vaccination rooms for better functioning as well as to provide professionals with technical and scientific development programs for progression of health promotion and maintenance of the control of immunopreventable diseases in the community.
Keywords: immunopreventable, health promotion, vaccine room, vaccines.
_________________________
¹Graduanda do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Piauí / Universidade Aberta do Brasil, Polo de Apoio Presencial de Buriti dos Lopes – PI. E-mail: chaguinhacarvalho@gmail.com 
²Professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí, campus Ministro Petrônio Portella, Centro de Educação Aberta e a Distância, Teresina – PI.
apaulasantoslima@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
O processo histórico das vacinas se iniciou há mais de mil anos no Continente Asiático, onde os chineses, haviam desenvolvido a variolização, que era o contato das secreções de pústulas de indivíduos infectados para indivíduos sãos, para induzir quadros leves da doença. Com isso, se propagou pelo continente asiático e africano, chegando a Europa no início do século XVIII. Foi somente em 1798 que o termo “vacina” surgiu pela primeira vez, graças a uma experiência do médico e cientista inglês Edward Jenner. Ele ouviu relatos de que trabalhadores da zona rural não pegavam varíola, pois já haviam tido a varíola bovina, de menor impacto no corpo humano. Ele então introduziu os dois vírus em um garoto de oito anos e percebeu que o rumor tinha de fato uma base científica. A palavra vacina deriva justamente de Variolae vaccinae, nome científico dado à varíola bovina (MONTESANTI, 2016).
Amostragens chegaram ao Brasil em torno de 1840, trazidas pelo Barão de Barbacena, sendo utilizadas principalmente na proteção de famílias nobres. Posteriormente, o cirurgião Barão de Pedro Afonso, criou um Instituto privado para o preparo de vacina antivariólica no país, sendo mais tarde encarregado pelo governo de estabelecer o Instituto Municipal Soroterápico no Rio de Janeiro, posteriormente, Instituto Oswaldo Cruz (SCHATZMAYR, 2001). Vendo a situação piorar cada dia mais, o então presidente Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no centro do Rio, implementando projetos de saneamento básico e urbanização. Ele designa Oswaldo Cruz, biólogo e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, que juntamente com o prefeito Pereira Passos, começam a reforma (FIOCRUZ, 2015). 
Na passagem do século XIX para o século XX, o Rio de Janeiro era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, de saneamento precário e foco nas doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste, que por vezes navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas. Em novembro 1904, foi instituída a campanha obrigatória de vacinação contra a varíola, a qual marcou o país em sua história de imunização. Embora o objetivo fosse a proteção da população e a erradicação da doença, foi implantada de forma autoritária e violenta. As pessoas tinham suas casas muitas vezes invadidas por agentes sanitários e eram vacinadas à força, provocando revolta, pois a grande maioria desconhecia o que era vacina e os seus efeitos. Essa atitude provocou na população sentimentos de reprovação expressados pela destruição de meios de transportes entre outras desordens. O governo viu-se pressionado e revogou a lei de vacinação obrigatória em 16 de novembro de 1904 e, com a ajuda do exército e da marinha, a ordem foi estabelecida novamente (RIBEIRO, 2006; MOULIN, 2003). É inquestionável a importância que as vacinas têm na proteção à saúde e na prevenção de doenças imunopreveníveis, particularmente durante a infância. Em função disso, as autoridades de saúde, em todo o mundo, estabeleceram programas de imunizações e calendários específicos de vacinas de acordo com a faixa etária infantil (QUEIROZ, 2013). 
Há que se recordarem que os fatos evidenciaram os conflitos gerados sejam pela imposição da vacinação (A Revolta da vacina), informações de má-fé (Wake Field- tríplice viral e autismo), erros científicos (vacina da hepatite B e esclerose múltipla), por crenças religiosas ou filosóficas (vacina do HPV), e ainda outras pelo simples desconhecimento dos fatos e dos dados abundantemente fornecidos por fontes cientificas de seriedade indiscutível e pela própria história e da medicina em particular (LEVI, 2012). Somente em 1962, no Brasil, iniciou-se a campanha de erradicação da varíola, considerada um grande sucesso, pelo grande número de pessoas imunizadas. Com o término da mesma, percebeu-se a necessidade de se criar um programa que articulasse os conjuntos de ações que, anteriormente, eram desenvolvidas de forma isolada e dispersas nos diversos órgãos do governo.
 Em decorrência do sucesso, a conscientização foi geral entre a massa crítica de profissionais envolvidos com a campanha, levando-os a se engajarem em outras atividades relacionadas ao controle de doenças imunopreveníveis pelo uso da imunização (TEMPORÃO, 2003). As vacinas têm um alto padrão de segurança, desde sua produção até o momento da manipulação e administração da mesma, mas assim como qualquer produto biológico não está totalmente livre de produzir eventos adversos pós-vacinação. No entanto, estes riscos são inferiores quando comparados as graves complicações produzidas pelas doenças (BRASIL, MANUAL VIGILÂNCIA, 2014).
Hoje no atual cenário, a área da saúde vem passando por grandes avanços. As ações de imunização, especialmente, merecem destaque mundial pelo grande impacto do uso de vacinas na prevenção das doenças imunopreveníveis, fortalecendo a promoção da saúde e a prevenção de doenças (FEIJÓ RB, 2006). Em decorrência do sucesso da campanha mundial de erradicação da varíola em 1962, os profissionais envolvidos engajaram-se em outras atividades relacionadas ao controle de doenças imunopreveníveis pelo uso da imunização (TEMPORÃO, 2003). 
Concomitantemente a criação do PNI surge, em 1974, o Programa Ampliado de Imunização (PAI), resultado de uma resolução conjunta da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cujo objetivo era tornar a vacinação disponível para todas as crianças do mundo até o ano de 1990. Priorizava, principalmente, atingir os menores de um ano, em que a incidência das doenças infecciosas preveníveis por vacinação é maior e em mulheres em estado gravídico, sendo importante instrumento de proteção à saúde materno-infantil (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1993). A coordenação do PNI pelo Ministério da Saúde, além de normatizar, implantar, supervisionar e avaliar o programa, também propõe políticas e estratégias que viabilizam altas coberturas vacinais em todo o território nacional (PEDRAZZANI et al, 2002). Somente em 1975, porém, o PNI teve suas competências regulamentadas (ARAÚJO et al, 2009).
O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil é considerado um dos mais completos dentre os países em desenvolvimento, tendo sido pioneiro na introdução de algumas vacinas e demonstrado alta capacidade técnica nas questões de logística para imunização (HOMMA et al, 2011). O referido programa assume papel de extrema importância, com espaço privilegiado no modelo de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), o modelo de atenção tem enfoque epidemiológico, centrado na qualidade de vida das pessoas e no ambiente em que vivem e, ainda, na relação entre as equipes de saúde e a população atendida, sendo os estados e municípios responsáveis efetivos pela estruturação e organização do sistema de saúde (PEREIRA, 2007). 
O desenvolvimento do PNI é orientado por manuais técnicos, elaborados pelo Ministério da Saúde, que devem serseguidos por todas as instâncias responsáveis pela imunização no Brasil. Fazem parte dessas normas o armazenamento, a conservação, o transporte e a administração dos imunobiológicos, bem como sua programação e avaliação (ROSA et al, 2004). Além disso, o ministério da saúde preconiza a supervisão das salas de vacinas de forma sistemática, para verificar as condições da área física e o cumprimento de normas que visam garantir a qualidade dos imunobiológicos desde sua fabricação, conservação adequada e aplicação. Na atividade de supervisão, cabe salientar o papel da equipe de enfermagem e a importância da informação por ela gerada na sala de vacinas, com a finalidade de planejar e implantar estratégias capazes de manter o controle das doenças imunopreveníveis (GRALHA, 2007). 
Nesta perspectiva é de suma importância ter uma visão acerca dos serviços de saúde, com um olhar direcionado e com o intuito de tornar público os padrões e manejos atuais nas salas de vacinas. Com isso, observa-se que há poucos trabalhos na literatura local com este enfoque, tendo em vista que esta pesquisa propõe avaliar as salas de vacinas da zona urbana do município de Luís Correia-PI, Brasil para posterior atualizar informações imprescindíveis ao público comunitário. 
2 MATERIAL E MÉTODOS
A natureza da pesquisa trata de um estudo exploratório, observacional, transversal de cunho descritivo, com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em Luís Correia-PI, Brasil, localizado ao norte do estado do Piauí, dentre um dos quatros municípios litorâneos do Piauí, com 10 m de altitude e 365 km de distância até a capital piauiense e, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2016, conta com uma população aproximadamente 28.406 habitantes, com densidade demográfica de 26,52 hab./km² e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,573 sendo considerada de médio desenvolvimento. 
O município de Luís Correia-Piauí conta com 15 Unidades Básicas de Saúde, sendo 9 na zona rural, e 6 na zona urbana, contando com 15 Equipes de Saúde da Família e cobertura de cerca de 100 % da área total do município. Sendo que são 9 salas de vacinas na zona rural e 6 na zona urbana, tendo como foco principal da pesquisa realizada as 6 salas de vacinas da zona urbana do município. Para a coleta de dados utilizou-se o questionário do Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão para Sala de Vacina – PAISSV 2.0 do Programa Nacional de Imunização/MS (ANEXO 2). Foram agendados horários com os enfermeiros e técnicos responsáveis pelas salas de vacinas para maiores esclarecimentos acerca do presente estudo. Neste estudo, optou-se por avaliar as dimensões da estrutura e do processo referentes aos Aspectos Gerais, Procedimentos Técnicos e Rede de Frio, como no estudo de Oliveira (2012), que avaliou a qualidade da conservação das vacinas nas Unidades de Atenção Primária à Saúde da região Centro-Oeste de Minas Gerais, através da avaliação da estrutura e do processo da rede de frio. A avaliação da dimensão resultado não foi realizada em virtude do tempo limitado para o desenvolvimento da pesquisa. 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em seguimento, serão apresentados os resultados das avaliações realizadas nas salas de vacinas da rede pública da zona urbana do município de Luís Correia Piauí em 2017, utilizado como instrumento o PAISSV do ministério da saúde. Para análise, os mesmos serão apresentados em figuras gerados pelo programa Excel. Onde inicialmente será apresentado cada unidade de saúde da zona urbana do município e após o resultado geral da mesma como um todo. O instrumento PAISSV é composto por vários itens, a citar: identificação, aspectos gerais da sala de vacina, procedimentos técnicos, rede de frio, sistema de informação-SI, eventos adversos pós-vacinação, imunobiológicos especiais, vigilância epidemiológica e educação em saúde. Sendo assim, cada item avaliado receptou um valor conceituado como: ideal 100%, regular 50% e insuficiente <50% (Figura 1). 
Figura 1. Características atribuída a sala de vacina da UBS A, Luís Correia-PI. 
 Fonte: Dados da pesquisa (2017). 
Conforme a Figura 1 a sala de vacina da unidade básica de saúde A do município de Luís Correia-PI, observou-se na análise que esta foi conceituada pela predominância ente valores regular 50% e ideal 100%, todavia é evidente que o item Imunológicos especiais possui valor insuficiente <50% pois está inferior a 50% e nem todos os itens das perguntas relacionadas foram sanadas como positivas, pois muitos profissionais desconhecem a existência do Centro de Referência Imunobiológicos Especiais (CRIE) e suas respectivas indicações imunobiológicas. 
Figura 2. Características atribuída a sala de vacina da UBS B, Luís Correia-PI. 
 Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Na Figura 2 a sala de vacina da unidade básica de saúde B do município de Luís Correia-PI, em relação aos aspectos gerais da sala de vacinação, rede de frio, eventos adversos pós vacinação, vigilância epidemiológica e educação em saúde foram conceituados como regular 50%, havendo variação entre sistema de informação-SI e imunobiológicos especiais conceituados como insuficientes <50%, assim somente procedimentos técnicos foi alvo do conceito ideal 100%. 
Figura 3. Características atribuída a sala de vacina da UBS C, Luís Correia-PI. 
 Fonte: Dados da pesquisa (2017). 
Conforme a Figura 3 os resultados da sala de vacina da unidade básica de saúde C do município de Luís Correia-PI, tem como característica a predominância do conceito de ideal 100% para a categoria dos itens aspectos gerais da sala de vacinação, procedimentos técnicos e educação em saúde, conceituado como regular 50% rede de frio, sistema de informação-SI, eventos adversos pós vacinação e insuficiente <50% imunobiológicos especiais.
Figura 4. Características atribuída a sala de vacina da UBS D, Luís Correia-PI.
 Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Nota-se na Figura 4 referente a unidade básica de saúde D do município de Luís Correia-PI, apresentou maior prevalência ao conceito regular 50% seguido do conceito ideal 100% aos itens aspectos gerais da sala de vacinação, procedimentos técnicos e educação e saúde, tendo apenas o item imunobiológicos especiais recebendo o conceito de insuficiente 50%. 
Figura 5. Características atribuída a sala de vacina da UBS E, Luís Correia-PI. 
 Fonte: Dados da pesquisa (2017).
De acordo com a Figura 5 da unidade básica de saúde E no município de Luís Correia-PI, o item imunológicos especiais recebeu o conceito de insuficiente <50%, enquanto que aos aspectos gerais da sala de vacinação, rede de frio, eventos adversos pós vacinação e vigilância epidemiológica regular 50% e o conceito de ideal 100% aos itens procedimentos técnicos, sistema de informação-SI e educação em saúde. 
Figura 6. Características atribuída a sala de vacina da UBS F, Luís Correia-PI. 
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
De acordo com a Figura 6 na análise realizada na sala de vacina da unidade básica de saúde F no município de Luís Correia-PI, foi constatado o conceito ideal 100% aos itens procedimentos técnicos, sistema de informação-SI e educação em saúde, regular 50% aos aspectos gerais da sala de vacinação, rede de frio, eventos adversos pós vacinação e vigilância epidemiológica. Porém imunobiológicos especias tenho deficiência e recebendo o conceito de insuficiente 50%. 
Figura 7. Conceitos atribuídos as salas de vacinas das UBSs quanto aos itens que compõem o processo de vacinação na rede pública urbana do município de Luís Correia-PI, 2017. 
 Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Na Figura 7 mostra a conceitualização geral das 6 salas de vacinas analisadas na zona urbana do município de Luís Correia Piauí de acordo com o PAISSV. Por este viés a analise realizada averiguou procedimentos técnicos, sistema de informação e educação em saúde considerados no conceito de ideal 100%, de outra forma, os aspectos gerais da sala de vacinação, rede defrio, eventos adversos pós vacinação e vigilância epidemiológica como conceito regular 50% e ao item imunobiológicos especiais recebeu o conceito de insuficiente <50%. 
Diante dos fatos apresentados os itens obedeceram a ordem proposta pelo instrumento do PAISSV, fica evidente que o item imunobiológicos especiais mostra resultados insatisfatórios, ou seja <50% sendo negligenciado. Observou-se ainda que os profissionais desconhecem a existência do Centro de Referência Imunobiológicos Especiais (CRIE) e suas respectivas indicações imunobiológicas, além de faltar capacitação a estes mesmos profissionais para a qualidade esperada nas salas de vacinas. É importante frisar que não é fácil definir o que é qualidade, uma vez que, não se segue uma homogeneidade. Certamente, profissionais distintos atribuem pesos diferentes a determinados conceitos e características, e consequentemente o significado de qualidade difere de um indivíduo para outro (DONABEDIAN, 2013). 
Como descrito na Figura 7, o município de Luís Correia Piauí possui 6 salas de vacinas localizadas na zona urbana, fato que contribui fortemente para o fácil acesso da população. Quanto ao horário de funcionamento das unidades todas as salas de vacinas pesquisadas funcionam de 07 às 13 horas, estando de acordo com o estabelecido no PNI que se sugere como funcionamento ideal de 06 a 08 h por dia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Partindo dessas discursões quanto a análise das salas de vacinas do município, no item “aspectos gerais de sala de vacinação” a rede básica do município como um todo integrado recebeu o conceito regular 50% como proposto no Figura 7. Esse conceito se deu ao fato de que nem todas as salas avaliadas são de uso exclusivo para vacinação, sendo utilizadas para outras finalidades a exemplo como sala de medicamentos, isso se dá por causa da falta da organização do setor administrativo e por vezes por não haver espaço suficiente. Todavia, sabe-se que o preconizado pelo PNI é que as salas de vacinas devem ser exclusivas para esta finalidade, portanto, se usada em duplicidade estará infringindo as normas do PNI (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
Em relação ao item “procedimentos técnicos” foram detectados como conceito ideal 100%. Já na “rede de frio” verificou-se algumas irregularidades que podem comprometer a qualidade dos imunobiológicos entre esses, o uso de refrigerador para armazenamento de outras soluções acarretando riscos aos usuários. Quanto à higienização os refrigeradores não estão sendo comtemplados no posicionamento adequado pelas normas do ministério da saúde. No item “sistema de informação-SI” foi conceituado como ideal 100% considerado como importante desempenho para as atividades em sala de vacina. Sobre a ocorrência de “eventos adversos” o Centro de Referência Imunobiológicos Especiais (CRIE) não é conhecido pelos profissionais responsáveis pelo serviço, por este dado há a necessidade de treinamento e comprometimento com esta questão. Quanto a vigilância epidemiológica e educação em saúde foram conceituadas respectivamente como conceito de regular e ideal, sendo vigilância epidemiológica falhas em algumas particularidades, merecendo maior atenção na prestação dos serviços epidemiológicos. De acordo com estes levantamentos pontuados, o município estudado necessita de adequações para alcançar condições ideal de funcionamento. Dessa forma, os profissionais diretamente ligados as salas de vacinas devem estar aptos para atuarem nas mesmas, recebendo da gestão responsável cursos de treinamento e atualizações, sendo fundamentais para a consolidação das normas de procedimentos do programa de imunização, contribuindo para a qualidade e a promoção de serviço na saúde. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se da pesquisa que o município de Luís Correia Piauí possui 6 salas de vacinas, distribuídas na zona urbana. Fato que contribui fortemente para o fácil acesso da população. Diante dos fatos, quanto a análise das salas de vacinas do município nem todas as salas avaliadas são de uso exclusivo para vacinação, sendo utilizadas para outras finalidades a exemplo como sala de medicamentos, isso se dá por causa da falta da organização do setor administrativo e por vezes por não haver espaço suficiente. Todavia, sabe-se que o preconizado pelo PNI é que as salas de vacinas devem ser exclusivas para esta finalidade, portanto, se usada em duplicidade estará infringindo as normas do PNI. Um ponto positivo a destacar é que o item procedimentos técnicos que envolvem aplicação e manejo dos imunobiológicos estão de acordo com o PNI.
Diante disso, é imprescindível que o profissional esteja capacitado conhecendo tanto o manejo correto das aplicações, quanto a conduta necessária para eventos adversos, o que segundo a pesquisa em algumas unidades básicas isso deixa de acontecer. Pelos dados analisados observa-se que há necessidade de implementar de forma ordenada a atividade de supervisão, monitoramentos e avaliação nas salas de vacinas para melhor funcionamento bem como proporcionar aos profissionais programas de desenvolvimento técnico e cientifico para progressão da promoção a saúde e manutenção do controle das doenças imunopreveníveis na comunidade. Os achados deste estudo trazem importantes informações em relação a salas de vacina que nem sempre atende aos paramentos normativos do PNI. No entanto, são dados preliminares e mais estudos devem ser realizados para constatação dos achados. 
REFERÊNCIAS
ARAÚJO A.C.M; SILVA M.R.F; FRIAS P.J. Avaliação da rede de frio do programa municipal de imunização do distrito sanitário IV do município de Recife. Revista de atenção primária à saúde, v.12, n.3, p.42-238, 2009.
BRASIL. Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). O contexto histórico da revolta da vacina. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: <https://www.portal.fiocruz.br/pt-br/periodicos-publicaçao.htm>. Acesso em: 27 out. 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das doenças transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. Brasília, 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf>. Acesso em: 31 out. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de procedimentos para vacinação. Brasília: Coordenação de Imunizações e Auto-suficiência em Imunobiológicos - Programa Nacional de Imunizações; 1993.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional: 40 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
DONABEDIAN A. Criteria, norms and standarts of quality: what do they mean. Am J Public Health. Revista saúde & cidadania, v.71, n.4, p.12-409, 2013.
FEIJÓ, R.B. Sáfadi MAP. Imunizações: três séculos de uma historia de sucessos e constantes desafios. Revista Jornal de Pediatria, v.82, n.3, p.1-3, 2006.
GRALHA R.S. Análise da supervisão realizada nas salas de vacinas da rede básica de saúde de Porto Alegre em 2005. Revista Boletim Epidemiológico Paulista, v.9, n.35, p.1-8, 2007.
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ANEXOS
SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA ACADÊMICA-CIENTÍFICA
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO INSTRUMENTO DE SUPERVISÃO EM SALA DE VACINA (PAISSV)

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