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PLANO DE CARREIRA PLANO DE CARREIRA PARA OS CONSELHEIROS TUTELARES DE BRASÍLIA Professor: Elias Vieira de oliveira Alunos: Ana Célia Damaceno Dilmar Durães Fernando Diego Souza Rodrigues Gabriela Norberto Pereira Jéssica Caroline dos Santos Machado Paulo Manoel Martins da Silva Neto Thiago Alves Faria Brasília DF Junho/2017 Apresentação O Conselho Tutelar é um órgão distrital responsável por zelar pelo direitos da criança e do adolescente. Este foi criado conjuntamente ao ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069 no dia 13 de julho de 1990. É um órgão permanente, ou seja, uma vez criado não pode ser extinto, e possui autonomia funcional, não sendo subordinado a qualquer outro órgão estatal. O Conselho Tutelar é formado por membros eleitos pela comunidade para mandato de quatro anos. Nesse período, os conselheiros atendem crianças e adolescentes e aconselham seus pais e responsáveis. Seu trabalho é basicamente norteado sob denúncias, por isso, sempre que se perceba abuso ou situações de risco contra menores, como por exemplo, em casos de violência física ou emocional, o Conselho Tutelar deve ser acionado. Cabe ao Conselho Tutelar aplicar medidas que zelem pela proteção dos direitos da criança e do adolescente. No entanto, o Conselho Tutelar não tem competência para aplicar medidas judiciais e não pode julgar nenhum caso e não age como órgão correcional. Desta forma, quando um adolescente, por exemplo, pratica algum crime, este será direcionado à Polícia Militar. O Conselho Tutelar poderá atuar somente com aconselhamento. Também não é função do conselho tutelar fazer busca e apreensão de crianças e/ou adolescentes, expedir autorização para viagens ou desfiles, determinar a guarda legal da criança. O Conselho Tutelar é apenas um órgão zelador. É imprescindível que o conselheiro tutelar seja capaz de manter diálogo com pais ou responsáveis legais, comunidade, poder judiciário e executivo e com as crianças e adolescentes. Para isso é de extrema importância que os eleitos para a função de conselheiro tutelar sejam pessoas comunicativas, competentes e com capacidade para mediar conflitos. Cabe ressaltar que, assim como o juiz, o conselheiro somente aplica as medidas necessárias à proteção dos direitos da criança e/ou adolescente, ele não as executa. Deve, portanto, buscar os poderes necessários para execução dessas medidas, ou seja, poder público, famílias e sociedade. Breve histórico do órgão O Brasil é pioneiro na consolidação de legislação sobre direitos da criança e do adolescente. Dentre os avanços que o ECA proporcionou, um dos principais foi a criação dos Conselhos Tutelares. O Cadastro Nacional de Conselhos Tutelares ofereceu a primeira base de dados nacional unificada sobre estes órgãos fundamentais para articular, no âmbito municipal, as violências infanto juvenis sofridas. Apesar do papel fundamental que os Conselhos Tutelares desempenham, não havia até recentemente informações detalhadas e abrangentes sobre seu funcionamento. Desta forma, além de sistematizar informações que auxiliassem na elaboração de políticas públicas que fortalecem o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), o cadastro teve como objetivos: mapear e quantificar os Conselhos Tutelares do país, consolidando a primeira base de dados universal e detalhada sobre eles; cadastrar todos os Conselhos Tutelares, registrando informações de contato necessárias para uma integração horizontal que os consolidasse como rede, integrando os outros atores municipais, estaduais, distritais e federais Bases legais O ECA foi instituído pela Lei nº 8.069/1990 e, no artigo 134, da referida lei, dispõe que os Conselhos Tutelares devem ser instituídos por lei municipal ou distrital. Ainda, disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros. A quantidade de conselhos varia de acordo com a necessidade de cada município, mas é obrigatória a existência de, pelo menos, um Conselho Tutelar por cidade, constituído por cinco membros, que são escolhidos pela comunidade. A Lei nº 12.696/2012, torna obrigatória a remuneração e o pagamento de direitos trabalhistas aos conselheiros tutelares. Segundo a nova legislação, os conselheiros devem ser remunerados, ter cobertura previdenciária, ter acesso a férias, direito a licenças maternidade e paternidade, e gratificação natalina. Antes disso, essa remuneração não era obrigatória para os conselheiros. Para o Distrito Federal, o projeto estabelece que cada região administrativa tenha um conselho tutelar. Objetivos do Plano de Carreira O plano de carreira que será proposto tem como objetivo propiciar o equilíbrio interno na instituição, remunerar o trabalho de forma clara e transparente de acordo com regras estabelecidas e com a legislação trabalhista vigente. Criar condições motivacionais e de melhoria da autoestima para os conselheiros, gerando um melhor serviço à população; Estimular o autogerenciamento da Carreira Profissional; Descrição do Cargo O exercício da função de Conselheiro Tutelar será em regime de dedicação exclusiva ao serviço, observado o horário de funcionamento do Conselho Tutelar, sendo vedado o exercício de qualquer outra atividade profissional remunerada, pública ou privada, observando-se o disposto na Lei Distrital nº 5.294/2014. Todos os membros do Conselho Tutelar serão submetidos à mesma carga horária semanal de trabalho, bem como aos períodos de plantão ou sobreaviso, previstos na lei, sendo vedado qualquer tratamento desigual. Não existe autoridade maior dentro do Conselho Tutelar do que seu próprio colegiado, quem decide, define, resolve, determinar, requisita e age é a união dos cinco membros do órgão, que documentam e deliberaram sobre qualquer assunto desde os casos atendidos até mesmo sobre as rotinas internas. Principais Partes interessadas O público alvo do plano são os conselheiros tutelares, as entidades governamentais, as crianças e adolescentes. Ainda cabe falar da comunidade atendida, parte importantíssima como feedback aos órgãos governamentais para esclarecerem deficiências e ponto de melhorias dos conselhos. Recursos humanos O conselho é composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de quatro anos, permitidos uma recondução. Por vezes, os conselhos contam com pequeno apoio administrativo sendo que em muitos casos os próprios conselheiros assumem estas atividades. Riscos identificados Os Conselhos Tutelares, criados para proteger crianças e adolescentes, enfrentam dificuldades em várias cidades do país. Além de péssimas instalações os Conselhos Tutelares dependem de verba das prefeituras o que dificulta muito a atuação dos conselhos. Cabe ressaltar as ameaças sofridaspelos conselheiros pois em geral não possuem escolta policial em suas atividades. Por fim a falta de conhecimento das funções do conselho tutelar pois este é em essência um órgão de fiscalização e não de polícia. Análise do cargo O recrutamento e seleção para o cargo passará a ocorrer por meio de concurso de provas e títulos e não como atualmentes no qual para habilitação a concorrer ao cargo eletivo o candidato deve passar em uma prova e considerar-se-á apto a submeter-se ao processo de eleição somente o candidato que obtiver aproveitamento igual ou superior a cinquenta por cento do valor atribuído a cada conteúdo e preencher todos os requisitos constantes na fase de análise da documentação. Acredita-se que seria mais interessante para a instituição que os conselheiros fossem servidores públicos de carreira ao invés de eleitos pois assim poderiam adquirir conhecimento e know-how adequado para a execução do serviço além de ter estabilidade. Também seria uma carreira da união e não municipal reduzindo influências locais. Estruturação da Carreira Cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal possuirá, no mínimo, um Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de cinco membros. Sugere-se que estrutura de carreiras do conselheiro seja organizada dentro do conselho em: Grupo organizacional, agregando cargos com mesmo nível de escolaridade; Classe, compreendendo o grau de complexidade e responsabilidade das atribuições, expressas por padrões hierarquizados dentro do cargo, que se refletem em valores organizados em níveis salariais Nível Salarial valores que expressam o salário base dos níveis hierárquicos de cada classe, conforme quadro abaixo: Carreira nível superior classe Nível salarial Qualquer formação superior S1 N10 N9 N8 S2 N7 N6 N5 S3 N4 N3 N2 N1 Para esta a progressão o plano prevê critérios de movimentação horizontal em um mesmo nível por mérito ou antiguidade e movimentação vertical com mudança de classe definida complexidades das tarefas desempenhadas. Levantamento de atribuições Segundo o regimento interno dos conselhos tutelares estão entre as principais atribuições dos conselheiros Tutelares: I - proceder à verificação dos casos que lhe sejam distribuídos, tomando desde logo as providências de caráter urgente, preparando sucinto relatório escrito em relação a cada caso para apresentação à sessão do Colegiado, cuidando da sua execução e do acompanhamento até que se complete o atendimento; II - participar do rodízio de distribuição de casos, realização de diligências, fiscalização de entidades e da escala de plantão, comparecendo à sede do Conselho nos horários previstos para que preste atendimento ao público; III - discutir, sempre que possível, com outros Conselheiros as providências urgentes que lhe cabem tomar em relação a qualquer criança ou adolescente em situação de risco, assim como sua respectiva família; IV - discutir cada caso de forma serena respeitando às eventuais opiniões divergentes de seus pares; V - tratar com respeito e urbanidade seus pares, pessoal administrativo, os membros da comunidade, principalmente as crianças e adolescentes, reconhecendo-os como sujeitos de direitos e a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; VI - executar outras tarefas que lhe forem destinadas na distribuição interna das atribuições do órgão; VII - comunicar à Comissão de Ética e Disciplina dos Conselhos Tutelares os casos de violação de deveres funcionais por parte dos membros do Conselho Tutelar, prestando as informações e fornecendo os documentos necessários. Avaliação de Desempenho Para a avaliação das atividades do conselho tutelar foi criado a CAAC - Comissão de Acompanhamento e Avaliação dos Conselheiros Tutelares que compete: I - acompanhar e avaliar a atuação dos conselheiros tutelares, quanto ao cumprimento integral de suas atribuições institucionais; II - incentivar e organizar as capacitações dos conselheiros tutelares, através de cursos, seminários, palestras e outros afins; III - sistematizar dados e informações sobre o cumprimento das atribuições institucionais dos conselhos tutelares; IV - solicitar as providências necessárias ao controle das atribuições dos Conselheiros Tutelares; V - discutir e propor ações visando à articulação e integração para suporte ao trabalho dos Conselhos Tutelares; VI - promover reuniões periódicas com os presidentes dos Conselhos Tutelares, objetivando o intercâmbio de experiências e informações, apresentação de propostas e agilização dos encaminhamentos; VII - realizar visitas e reuniões nos Conselhos Tutelares, a critério dos membros da comissão ou por solicitação da Diretoria; VIII - realizar reuniões dos membros da comissão, para discussão das demandas, priorização das ações e definição dos encaminhamentos; IX - acompanhar os dados de atendimento dos conselheiros tutelares, através do SIPIA (Sistema de Informações para a Infância e Adolescência etapa o Departamento de Desenvolvimento Organizacional e de Pessoas e Diretoria de Gestão Estratégica deverão é adequar o valor relativo de cada cargo (equilíbrio interno), ou seja, dimensionar e hierarquizar por ordem de importância todos os cargos e escolher quais os mais adequados às necessidades da Empresa. Sistema de Remuneração Pesquisa salarial O salário dos conselheiros do distrito federal é de R$ 4.684,66. O DF tem 40 conselhos, com cinco conselheiros em cada um dos órgãos. A remuneração dos conselheiros do DF está acima da média nacional. Política de Cargos e Salários O piso salarial profissional nacional dos Conselheiros Tutelares, a que faz referência o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, é de R$ 3.520,00 (três mil, quinhentos e vinte reais) mensais. Considerando que o piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar a remuneração dos cargos de Conselheiro Tutelar, para jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais. Assim União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar ou adequar as respectivas legislações orçamentárias. Análise Jurídica A lei 12.696/12, dispõe que lei municipal e distrital regulará o funcionamento dos conselhos tutelares sendo garantido a eles: a) cobertura previdenciária, gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; b) licença-maternidade; c) licença-paternidade; d) gratificação natalina. Avaliação do grupo sobre o projeto Todos os integrantes tiveram consciência de seus avanços e dificuldades em relação a execução das atividades durantea elaboração do projeto, foi necessário a participação de cada pessoa para a progressão do trabalho e êxito que alcançamos, os objetivos propostos foram atingidos respeitando as características individuais de cada integrante . Salientamos que o grupo considera o trabalho realizado muito importante e significativo para o nosso desenvolvimento prático a respeito do tema discutido, nos fez ver com maior clareza a complexidade de um projeto. Em vista disso, concluímos que o trabalho auxiliou nosso crescimento intelectual e profissional, pois nos proporcionou melhor conhecimento a respeito de planos de carreira. Referencias Conselheiros tutelares terão direito à remuneração e direitos sociais. http://www.brasil.gov.brcidadaniaejustica/2012/07conselheirostutelaresteraodireitoaremune ra cao edireitossociais Crianças e adolescentes. Programas. http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancaseadolescentes/programas/fortalecimentodeconselhos/ garantiadedireitosdacriancaedoadolescente Crianças e adolescentes. Legislação. http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancaseadolescentes/legislacao1. Acesso 10/04/2017 Conselhos Tutelares enfrentam muita dificuldade pelo país; falta até papel. http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/02/conselhos-tutelares-enfrentam-muita-dific uldade-pelo-pais-falta-ate-papel.html. Acesso 13/04/2017 LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012. Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo(Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional Resolução N° 57, de 13 de abril de 2012. Regimento Interno dos Conselhos Tutelares do Distrito Federal. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
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