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Toxicologia do Etanol

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Farmacologia aplicada à Toxicologia
ETANOL
Álcool etílico, álcool isopropílico.
Álcool alifático, incolor, densidade a 15°c 0,7943, PE 78,5°C
C2H5OH
A embriaguez está relacionada à intoxicação aguda; O alcoolismo é um problema de Saúde Pública e está relacionado ao conjunto de sinais e sintomas produzidos pela intoxicação crônica por bebidas alcoólicas; o enolismo está relacionado à intoxicação por vinho; etilismo, por bebidas destiladas; absintismo, por bebidas com essências.
Formas de intoxicação
Agudas e crônicas. Sociais.
Toxicocinética
Absorção
Rapidamente absorvido pelo TGI, sendo 20% da absorção gástrica e depois 80% no intestino delgado. O tipo de bebida, a concentração de etanol e a presença de alimentos alteram a taxa de absorção. O pico do nível sangüíneo ocorre de 30 a 60 minutos após a ingestão com estômago vazio, sendo que nas mulheres a mesma dose leva a um nível sangüíneo maior. 
Distribuição
Distribui-se facilmente, sendo as maiores concentrações encontradas no coração e no cérebro.
Metabolismo
Possui metabolismo predominantemente hepático, sendo o sistema álcool-desidrogenase (ADH) responsável por 80% deste metabolismo. Oxidado a acetaldeído e ácido acético, com participação da coenzima DPN. Depende ainda de receptores de hidrogênio, como o ácido pirúvico. A taxa de metabolismo é de 10 a 15 mg/h, com metabolismo máximo diário de 400/500mL.
Eliminação
Principalmente pela urina (naturalmente e metabolizado) e ar expirado. Taxa de eliminação: 15 a 30 mg/dL/h. Leva cerca de 90 minutos para ser eliminado pelos pulmões, urina e suor.
Toxicidade
Dose letal de 6 a 10 g/L de sangue ou a ingestão, de uma só vez, de 300-400 mL de álcool puro. 
Bafômetro: a quantidade de álcool em 2L de ar alveolar corresponde a quantidade em 1 mL de sangue
Toxicodinâmica
Exerce efeito sobre as membranas celulares, potencializando o influxo de cloretos GABA-modulado, de forma semelhante aos benzodiazepínicos, causando bloqueio na condução nervosa. Altera ainda neurotransmossores, transporte de eletrólitos, fluxo sangüíneo cerebral, fluxo de cálcio e inibe a neoglicogênese. É irritante das mucosas. Sistemicamente estimula e depois deprime o SNC, embota as atividades mentais e altera o humor. Produz dependência psíquica e física.
Manifestações clínicas
Os sinais e sintomas varia de acordo com o grau de intoxicação. Ocorrem alterações de consciência, até o coma, alterações de comportamento (confusão mental, agressividade), hipotensão e hipotermia.
Em altas doses a depressão do SNC pode levar à morte por depressão respiratória ou choque. Devido à hipoglicemia, observa-se sudorese fria e palpitações. Observa-se ainda letargia e incoordenação motora.
Na intoxicação aguda com ingestão excessiva ocorrem sinais de depressão no SNC com deterioração das funções vestibular e cerebelar com surgimento de sintomas como ataxia severa e nistagmo. Na intoxicação crônica podem ocorrer complicações como a da síndrome de Wernick- Korsakoff, que é uma doença aguda, desmielinizante, de alta incidência em etilistas crônicos, ou ainda degeneração cerebelar com perda das células de Purkinje. Acredita-se que o etanol tenha uma ação neurotóxica direta, causando atrofia cerebral e síndrome amnésica.
Síndrome de Wernicke-Korsakoff 
  
É uma doença neurológica, nutricional, causada pela deficiência crônica de vitamina B1. Classicamente dividido em encefalopatia de Wernicke e a psicose de Korsakoff, merece uma abordagem diferencial. A encefalopatia é o único distúrbio neurológico relacionado ao álcool que pode ser corrigido mediante a administração de uma vitamina especifica: TIAMINA. O quadro clínico clássico da encefalopatia é descrito por uma tríade composta por alteração oftalmológica, ataxia e confusão mental. A psicose de Korsakoff se manifesta classicamente por um defeito na formação da memória recente (amnésia anterograda) e na evocação da memória para fatos já estabelecidos (amnésia retrograda). Os pacientes costumam se apresentar desorientados no tempo e no espaço. A evocação da memória para fatos imediatos esta intacta, mas os pacientes são incapazes de enumerar os mesmos itens após alguns minutos.
Exames complementares
Dosagem sérica do etanol, nível glicêmico, hemograma, ionograma (cálcio, fósforo e magnésio) e provas renais e hepáticas.
Amostras
Sangue, urina, saliva e ar alveolar. Em cadáveres, além do sangue e urina, pode-se extrair de vísceras, como: estômago, cérebro e fígado.
Pesquisa toxicológica
Testes de verificação
Usam-se testes colorimétricos e que muitas vezes formam substâncias com odor característico. È necessária atenção nos testes não específicos devido às interferências e com metanol e acetona, principalmente atenção na liberação dos resultados!
O teste mais famoso é o de Wintergreen, que pode ser realizado no sangue e na urina, no qual é formado salicilato de etila ou metila, liberando odor característico, servindo para etanol e metanol.
Dosagem 
Método de Nicloux
Baseia-se na ação oxidante do bicromato de potássio, o qual é reduzido pelo álcool etílico em meio sulfúrico, a sal crômico de cor verde. Se a reação for negativa, a solução ficará amarelada. Em excesso de álcool etílico, a solução ficará azulada. De acordo com Nicloux, cada ml de bicromato a 19/1000, corresponde a 0,001 ml de etanol por ml do destilado empregado. Destila-se porção igual a 4 vezes a inicial; assim para calcular a concentração em 1L de sangue, considera-se 4000ml de destilado, e para cada ml de bicromato, 4ml de álcool.
Cromatografia gasosa
Existem diferentes técnicas, porém, geralmente utiliza-se detector de ionização de chama, f.e., PEG e gás de arraste, nitrogênio.
Necropsia
Achados anatomopatológicos: cirrose hepática, gastrite, hiperpigmentação da pele, odor etílico. Análise química sobre o sangue do cadáver.
Cálculo da quantidade de álcool ingerido
A taxa sangüínea corresponde a ¾ valor do conteúdo ingerido, por kg/peso. Ex: pessoa de 70kg; encontrada taxa de 1,5ml no sangue; quantidade ingerida, 140g.
Tratamento
Tiamina, correção do nível glicêmico; se houver depressão respiratória, suporte ventilatório mecânico.

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