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RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA-ATMOSFERA 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS CONCEITO MODERNO – toda vez que o fluxo de água do solo para a raiz é de uma intensidade tal que supre a demanda de água da planta e da atmosfera, á água está disponível; a planta entra em déficit de água ou murcha, quando o fluxo deixa de suprir essa demanda. 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS CONCEITO CLÁSSICO – Experiências nas décadas de 30 e 40 do século passado possibilitaram formar o seguinte conceito (estático) de água disponível: Água disponível (AD) é a quantidade de água retida no solo entre os potenciais de -1/3 de atm (capacidade de campo, CC) e -15 atm (ponto de murcha permanente, PMP). Assim, para fins de irrigação, considera-se o solo como um reservatório: %oucm.cmAD PMPCC 33 mmoucmzAD PMPCC Pressupostos: (a) a água que se movimenta no solo com umidade entre a capacidade de campo e a saturação (potenciais maiores que -1/3 atm) não está disponível para as plantas, perdendo-se por drenagem profunda; (b) as plantas não conseguem retirar água do solo sob potenciais menores que -15 atm. 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS CAPACIDADE DE CAMPO – É o teor de água mantido no solo depois que o excesso de água gravitacional tenha drenado e a taxa de movimento descendente tenha sensivelmente diminuído. Métodos de determinação: Em laboratório – pela curva de retenção de água no solo Potenciais mátricos típicos: Textura arenosa: 0,08 atm Textura média: 0,1 atm Textura argilosa = 0,3 atm 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0,01 0,1 1 10 100 Potencial mátrico (atm) U m id ad e (% m as sa s ec a) 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS Em campo – a CC é definida em uma curva de variação da umidade em função do tempo, quando a drenagem é suficientemente lenta e pode ser desprezada. Água até a saturação SS Tábua 5 m Fluxo saturado 5 m Valores típicos de CC (%massa seca): Textura arenosa: 10 a 20 Textura franco-arenosa: 15 a 27 Textura franco-argilosa: 31 a 42 Textura argilosa: 39 a 49 0 10 20 30 40 50 60 0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 Tempo (horas) Te or d e ág ua (% ) Solo arenoso Solo franco-arenoso Profundidade = 0,30 m CC = 12% CC = 27% (?) 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS PONTO DE MURCHA PERMANENTE – É o teor de água no solo em que a planta em crescimento sofre murcha e não mais se recupera, mesmo mantida em ambiente escuro com atmosfera saturada, a menos que seja fornecida água. Para fins de irrigação o PMP é definido como o teor de água em um solo submetido à tensão de – 15 atm. CÁLCULO DA LÂMINA DE ÁGUA DISPONÍVEL Disponibilidade total de água do solo solodecm/águademmdg 10 %U%U DTA PMPCC 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS águademmz.dg 10 %U%U CAD PMPCC Capacidade total de água disponível do solo Capacidade real de água disponível do solo = água facilmente disponível águademmf.z.dg 10 %U%U CRA PMPCC f – é a fração da capacidade total de água disponível do solo que a planta pode utilizar sem ser configurado um déficit hídrico = fator de disponibilidade = fração de esgotamento da água no solo. 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS Grupos de culturas para definir a fração f Grupo Culturas 1 Cebola, pimentão, batata, pepino, cenoura 2 Banana, repolho, tomate, ervilha, vagem, melão, melancia, videira 3 Feijão, alfafa, amendoim, abacaxi, trigo, cítricas, girassol 4 Algodão, milho, sorgo, soja, beterraba, cana-de-açúcar, fumo Grupo ETo (mm/dia) 2 3 4 5 6 7 1 0,50 0,42 0,35 0,30 0,25 0,22 2 0,68 0,58 0,48 0,40 0,35 0,32 3 0,80 0,70 0,60 0,50 0,45 0,42 4 0,88 0,80 0,70 0,60 0,55 0,50 Valores da fração f 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA QUANTO A POSSIBILIDADE DE RECUPERAÇÃO USO CONSUNTIVO ● Evapotranspiração das culturas ● Evapotranspiração das ervas daninhas ● Evaporação da água aspergida pelos aspersores ● Evaporação de reservatórios ● Evaporação do solo úmido ● Água exportada com o produto, etc PARTIÇÃO DA ÁGUA APLICADA POR IRRIGAÇÃO USO NÃO CONSUNTIVO ● Água para lixiviação de sais no perfil do solo ● Percolação profunda em excesso durante as irrigações ● Escoamento superficial ● Infiltração em canais e vazamento em tubulações, etc. 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA QUANTO AOS BENEFÍCIOS AGRONÔMICOS USOS BENÉFICOS ● Evapotranspiração das culturas ● Evapotranspiração de plantas benéficas (quebra-ventos; cobertura e proteção do solo; habitat para insetos benéficos) ● Água contida no produto colhido e nos tecidos vegetais ● Água utilizada para remoção dos sais do solo ● Água utilizada para controle do clima ● Água utilizada para preparação do solo e plantio ● Água utilizada para quebrar crostas superficiais do solo e facilitar a emergência ● Água utilizada para aplicação de pesticidas e fertilizantes 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA USOS NÃO BENÉFICOS RAZOÁVEIS ● Evaporação de reservatórios e canais ● Alguma evaporação do solo umedecido pela irrigação ● Alguma evaporação da água aplicada por aspersão ● Água utilizada em lavagem de filtros ● Água para satisfazer algum propósito ambiental ● Água necessária para manter o padrão de qualidade dos drenos ● Alguma percolação devido às incertezas no manejo da irrigação ● Alguma percolação pela não uniformidade de aplicação do sistema de irrigação USOS NÃO BENÉFICOS NÃO RAZOÁVEIS ● Percolação profunda excessiva ● Deflúvio superficial excessivo ● Evaporação do solo úmido irrigado fora dos limites da área ● Vazamento em tubulações ● Vazamentos e infiltração em canais 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA BALANÇO HÍDRICO DE UM CAMPO CULTIVADO 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA ENTRADA DE ÁGUA NO VOLUME DE SOLO CONTENDO AS RAÍZES I – irrigação; P – precipitação; RE – escoamento superficial para dentro da parcela; AC – ascensão capilar SAÍDA DE ÁGUA NO VOLUME DE SOLO CONTENDO AS RAÍZES ET – evapotranspiração; RS – escoamento superficial para fora da parcela; DP – percolação profunda (P + I + AC + RE) = (ET + DP + RS) I = ET - P NECESSIDADE DE IRRIGAÇÃO 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA IRN – irrigação real necessária ET – evapotranspiração acumulada no período (uso benéfico), mm; LS – quantidade mínima de água que deve passar através da zona radicular para lixiviar o excesso de sais (uso benéfico), mm; PE – Precipitação efetiva, mm. Ea LSPEETc ITN IRRIGAÇÃO REAL NECESSÁRIA – IRN (mm no período) = LÂMINA LÍQUIDA DE IRRIGAÇÃO IRRIGAÇÃO TOTAL NECESSÁRIA – ITN (mm no período) = LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO CRALSPEETcIRN EVAPOTRANSPIRAÇÃO (ET = Ev + T) 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETo) É a taxa de perda de água por Ev + T de uma área cultivada com uma cultura hipotética com as seguintes características: Extensa superfície vegetada; Vegetação em crescimento ativo cobrindo totalmente o solo: IAF = 2,88; Altura do dossel vegetativo = 12 cm; Albedo = 0,23; Resistência aerodinâmica do dossel = 70 s/m; Ausência de déficit hídrico; Ausência de pragas e doenças e sem deficiência nutricional. 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA Kc – coeficiente de cultura EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA EM CONDIÇÕESPADRÃO (ETc) É a ET que ocorre de uma cultura qualquer, em qualquer fase do seu desenvolvimento, desde a semeadura/plantio até a maturação, na ausência de déficit hídrico, de pragas e doenças e de deficiência nutricional. ETc = Kc . ETo EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL (ETr) É a ET da cultura sob condições hídricas não preconizadas para ETc. 1CADln 1CAAln Ks ETr = Ks. Kc . ETo 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETo) POR MÉTODOS DIRETOS: Método lisimétrico – lisímetros de drenagem, de pesagem, hidráulico, pneumático, etc. – utilizados para pesquisa (calibrar outros métodos) Método do balanço hídrico – a ET pode ser estimada pela equação do balanço hídrico desde que se possa medir ou estimar os demais componentes – utilizado em pesquisa para determinar Eto ou ETc. POR MÉTODOS INDIRETOS Método da evaporação em tanques (evaporímetros) Métodos baseados em equações (modelos empíricos e físicos) - Eqs. de Thornthwaite e de Blaney-Criddle (temperatura) - Eqs. de Hargreaves e Priestley-Taylor (temperatura + radiação) - Eq. de Penman-Monteith (modelo combinado: aerodinâmico + energético) 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA ESTIMATIVA DE ETo PELO TANQUE CLASSE A ETo = Kp . ECA Kp – coeficiente de tanque (reduz ECA à ETo); ECA – evaporação ocorrida no período, mm 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA SELEÇÃO DE Kp Doorenbos & Pruitt (1977) – Boletim FAO 24 Umidade relativa (%) Vento (km/dia) Bordadura (grama) m Baixa < 40 Média 40 – 70 Alta >70 1 0,55 0,65 0,75 < 175 10 0,65 0,75 0,85 leve 100 0,70 0,80 0,85 1000 0,75 0,85 0,85 1 0,50 0,60 0,65 175 - 425 10 0,60 0,70 0,75 moderado 100 0,65 0,75 0,80 1000 0,70 0,80 0,80 1 0,45 0,50 0,60 475 - 700 10 0,55 0,60 0,65 forte 100 0,60 0,65 0,70 1000 0,65 0,70 0,75 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA SELEÇÃO DE Kc ALLEN et al. (1998) – Boletim FAO 56 Primeiro valor – UR alta (>70%) e vento fraco (< 5 m/s) – baixa demanda da atmosfera Segundo valor – UR baixa (<40%) e vento forte (> 5m/s) – alta demanda da atmosfera Fases de desenvolvimento Cultura I II III IV V Feijão grãos 0,30-0,40 0,70-0,80 1,05-1,20 0,65-0,75 0,25-0,30 Feijão vagem 0,30-0,40 0,65-0,75 0,95-1,05 0,90-0,95 0,85-0,95 Milho grãos 0,30-0,50 0,70-0,85 1,05-1,20 0,80-0,95 0,55-0,60 Milho verde 0,30-0,50 0,70-0,90 1,05-1,20 1,00-1,15 0,95-1,10 Trigo 0,30-0,40 0,70-0,80 1,05-1,20 0,65-0,75 0,20-0,25 Soja 0,30-0,40 0,70-0,80 1,00-1,15 0,70-0,80 0,40-0,50 Batata 0,40-0,50 0,70-0,80 1,05-1,20 0,85-0,95 0,70-0,75 Tomate 0,40-0,50 0,70-0,80 1,05-1,25 0,80-0,95 0,60-0,65 Repolho 0,45-0,50 0,70-0,80 0,95-1,10 0,90-1,00 0,80-0,95 Pimentão 0,30-0,40 0,60-0,75 0,95-1,10 0,85-1,00 0,80-0,90 5 – CONSUMO DE ÁGUA NA AGRICULTURA IRRIGADA CURVAS DE Kc – cultura: feijão grãos; região: Ilha Solteira - SP 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 Dias após a emergência (DAE) C oe fic ie nt e de c ul tu ra (K c) Inicial Rápido DV Pleno DV Maturação 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO O manejo da irrigação pressupõe o uso criterioso do recurso hídrico disponível para se maximizar a produtividade das culturas com eficiência no uso da água, da energia, dos fertilizantes e de outros insumos empregados na produção, considerando os aspectos sociais e ecológicos da região. CONCEITO DE MANEJO DA IRRIGAÇÃO 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO Irrigação total – toda água necessária para atender a ET é proveniente da irrigação. Irrigação suplementar – a água necessária ao atendimento da ET é proveniente, em parte, da irrigação e, em parte, da precipitação efetiva. Irrigação com déficit – atende-se somente uma fração da ET da cultura. Pode ser praticada com irrigação total ou suplementar. Irrigação de “salvação” – o objetivo é irrigar apenas em um período relativamente curto ou num estádio de grande necessidade do cultivo. ESTRATÉGIAS PARA MANEJO DA IRRIGAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DA IRRIGAÇÃO QUANTO À NECESSIDADE Irrigação plena – atende-se 100% da ET da cultura. Pode ser praticada com irrigação total ou suplementar. 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO TÉCNICAS DE CONTROLE DA IRRIGAÇÃO VIA SOLO POR MONITORAMENTO DA ÁGUA NO SOLO - Por medidas da umidade do solo - Por medidas do potencial mátrico VIA CLIMA POR ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO POR TURNO DE REGA VIA PLANTA POR MEDIDAS DA DEFICIÊNCIA DE ÁGUA NA PLANTA POR DETECÇÃO DE SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE ÁGUA NA PLANTA 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA SOLO CONTROLE DA IRRIGAÇÃO POR MEDIDAS DO POTENCIAL MÁTRICO DO SOLO USO DE TENSIÔMETROS 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA SOLO CONTROLE DA IRRIGAÇÃO POR MEDIDAS DO POTENCIAL MÁTRICO DO SOLO INTERPRETAÇÃO DAS LEITURAS DOS TENSIÔMETROS Interpretação geral Leituras altas (próximas de 0,8 bar) indicam baixo teor de água no solo e leituras baixas (menores que 0,1 bar) indicam solo saturado. Leituras entre 0,1 e 0,3 bar indicam umidades próximas da capacidade de campo. Leituras entre 0,3 e 0,75 bar indicam o momento de iniciar a irrigação para a maioria das culturas 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA SOLO CONTROLE DA IRRIGAÇÃO POR MEDIDAS DO POTENCIAL MÁTRICO DO SOLO INTERPRETAÇÃO DAS LEITURAS DOS TENSIÔMETROS Interpretação específica Momento da irrigação para produtividade máxima Culturas Potencial mátrico crítico (bar) Culturas Potencial mátrico crítico (bar) Repolho 0,30-0,50 Pimenta 0,20-0,40 Ervilha verde 0,20-0,30 Feijão grão 0,50-0,75 Milho verde 0,40-0,60 Soja 0,50-0,80 Milho grão 0,50-0,70 Melão 0,30-0,50 Cebola 0,40-0,60 Citros 0,50-0,70 Batata 0,30-0,50 Uva 0,40-0,60 Alface 0,20-0,30 Banana 0,30-0,50 Tomate 0,10-0,25 Melancia 0,30-0,50 Pimentão 0,30-0,50 Maçã 0,50-0,80 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA SOLO ESTAÇÃO DE TENSIÔMETROS Conjunto de aparelhos instalados no mesmo local em diferentes profundidades LOCAL DE INSTALAÇÃO DAS ESTAÇÕES Para cultivos em linha instalar entre plantas na linha de plantio, evitando depressões e elevações do terreno. Para árvores, instalar próximo a árvore (50-80 cm do tronco). PROFUNDIDADE DE INSTALAÇÃO DOS TENSIÔMETROS Profundidade efetiva das raízes até 50 cm: medições são feitas apenas em uma profundidade: ½ z (controla quando e quanto irrigar). Profundidade efetiva das raízes entre 50 cm e 70 cm: medições são feitas em duas profundidades: ¼ z (controla quando irrigar) e ¾ z Profundidades efetiva das raízes superior a 70 cm: medições feitas em 3 profundidades: 1/6 z; ½ z (controla quando irrigar) e 5/6 z. 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA SOLO Preparo para instalação – saturar a cápsula por 24 h e, ao final, certificar-se da ausência de ar na cápsula, no corpo do aparelho e no vacuômetro. Instalação – em um furo de trado no solo, com terra fina umedecida no fundo. Manutenção durante as operações – quando se verifica abaixamento da coluna de água dentro do tensiômetro, completar com água e retirar o ar. Quando irrigar – Com base no potencial mátrico crítico na profundidade de controle. Quanto irrigar – Com base na umidade do solo correspondente ao potencial mátrico em cada camada e na umidade à capacidade de campo. PREPARO, INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS TENSIÔMETROS QUANDO E QUANTO IRRIGAR 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA CLIMA CONTROLE DA IRRIGAÇÃO POR ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃOPrincípio: Balanço de água no solo simplificado Informações necessárias: Curvas de Kc durante o ciclo da cultura Variação da profundidade das raízes durante o ciclo Capacidade total de água disponível do solo (CAD) Fator de disponibilidade de água (f) para a planta Estimativas de ETc 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA CLIMA CONTROLE DA IRRIGAÇÃO POR ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO Feijão – fase de pleno desenvolvimento; z = 0,40 m; kc = 1,2; f = 0,3; Solo - CAD = 50,4mm; CRA = 15,1 mm; Min DAA = 35,3 mm FREQUÊNCIA VARIÁVEL DAE ECA U2 UR Kp ETo Kc ETc PE IRN DAA (mm) (mm) (km d-1) (%) (mm) (mm) (mm) (mm) Início Final 14,3 36,1/50,4 64 5,67 140 60 0,75 4,25 1,2 5,1 50,4 45,3 65 5,23 155 50 0,75 4,00 1,2 4,8 45,3 40,5 66 3,41 100 80 0,85 2,90 1,2 3,5 40,5 37,0 67 2,74 130 85 0,85 2,33 1,2 2,8 10 37,0 44,2 68 4,70 110 90 0,85 4,00 1,2 4,8 44,2 39,4 69 4,56 180 80 0,75 3,42 1,2 4,1 15,1 39,4 35,3/50,4 70 2,56 205 90 0,75 1,92 1,2 2,3 5,0 50,4 53,1/50,4 71 3,00 203 90 0,75 2,25 1,2 2,7 4,0 50,4 51,7/50,4 72 3,33 200 85 0,75 2,50 1,2 3,0 50,4 47,4 73 4,67 185 80 0,75 3,50 1,2 4,2 47,4 43,2 74 4,32 100 80 0,85 3,67 1,2 4,4 43,2 38,8 75 5,09 135 85 0,85 4,33 1,2 5,2 16,8 38,8 33,6/50,4 76 3,62 115 90 0,85 3,08 1,2 3,7 50,4 46,7 77 3,33 205 90 0,75 2,50 1,2 3,0 4,0 46,7 47,7 78 4,51 130 85 0,85 3,83 1,2 4,6 47,7 43,1 79 5,77 180 80 0,75 4,33 1,2 5,2 12,5 43,1 37,9/50,4 80 5,49 150 88 0,85 4,67 1,2 5,6 50,4 44,8 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA CLIMA CONTROLE DA IRRIGAÇÃO POR ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DTA = 180 mm/m; z = 0,40 m; CAD = 72 mm; Kc: distribuição na tabela FREQUÊNCIA FIXA: TR = 4 dias DAT ETo Kc ETc PE IRN DAA (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) Início Final 50 2,5 0,96 2,4 72,0 69,6 51 2,4 0,98 2,4 69,6 67,2 52 3,2 0,99 3,2 67,2 64,0 53* 3,5 1,00 3,5 11,5 64,0 60,5/72,2 54 3,2 1,01 3,2 72,0 68,8 55 3,1 1,02 3,2 68,8 65,6 56 2,8 1,02 2,9 5,0 65,6 67,7 57* 3,1 1,02 3,2 7,5 67,7 64,5/72,0 58 3,5 1,02 3,6 72,0 68,4 59 3,6 1,02 3,7 68,4 64,7 60 3,5 1,02 3,6 64,7 61,1 61* 3,8 1,02 3,9 14,8 61,1 57,2/72,0 62 3,7 1,01 3,7 72,0 68,3 63 2,4 0,98 2,4 8,0 68,3 73,9/72,0 64 3,0 0,97 2,9 72,0 69,1 65* 3,4 0,96 3,3 6,2 69,1 65,8/7,0 66 3,5 0,95 3,3 72,0 68,7 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA CLIMA CONTROLE DA IRRIGAÇÃO PELO CÁLCULO DO TURNO DE REGA )dia/mm(ETc )mm(IRN TR TR - turno de rega (número de dias entre duas irrigações sucessivas), calculado para cada período de desenvolvimento da cultura; IRN - lâmina útil de irrigação (no máximo igual a CRA), em cada período de desenvolvimento da cultura, mm; Etc - evapotranspiração média em cada período de desenvolvimento da cultura, mm/dia. 6 – MANEJO DA IRRIGAÇÃO VIA CLIMA CONSIDERAÇÕES SOBRE O TR - Não é um método adequado para o controle das irrigações na parcela. - É o método mais usado em grandes e médios projetos de irrigação para coordenar a distribuição de água entre várias parcelas, em geral, de diferentes usuários. - É o método usado para calcular os projetos de irrigação, no que se refere ao dimensionamento da vazão, das tubulações e da motobomba. Para projeto utiliza-se o menor TR encontrado entre as diversas fases do ciclo da cultura (período de máxima demanda). 7 – INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO CONCEITO – É o processo de entrada da água no solo através de sua superfície. IMPORTÂNCIA PARA IRRIGAÇÃO – Define a intensidade máxima de aplicação de água por aspersão, para minimizar o escoamento superficial, e define a vazão derivada à parcela e o tempo de irrigação em sistemas por superfície. TERMOS USUAIS Infiltração acumulada (I) – É a quantidade total de água infiltrada durante um determinado tempo (cm, mm, L/m2; L/m). Velocidade de infiltração (VI) – Taxa de variação da infiltração acumulada com o tempo (cm/min; mm/min; cm/h; mm/h). Velocidade de infiltração básica (VIB) – É a VI quando sua variação com o tempo é muito pequena (após longo tempo de infiltração). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 20 40 60 80 100 Tempo acumulado (minutos) In fil tra çã o ac um ul ad a (m m ) Solo argiloso Solo arenoso I = 3,8 T 4,8 I = 7,8 T 0,55 7 – INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO FUNÇÕES DE INFILTRAÇÃO nTkI αTβVI Infiltração acumulada: Velocidade de infiltração: 0 50 100 150 200 250 300 0 20 40 60 80 100 Tempo acumulado (min) Ve lo ci da de d e in fil tra çã o (m m /h ) Solo argiloso Solo arenoso VI = 257,4 T -0,45 VI = 109,44T -0,52 VIB = 10 mm/h VIB = 35 mm/h 7 – INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO MÉTODO DE DETERMINAÇÃO Infiltrômetro de anel – quando a infiltração se processa apenas na vertical: Utilizado para irrigação por aspersão e por inundação. Infiltrômetro de aspersão e simuladores de chuva – quando a infiltração se processa apenas na vetical, simulando uma chuva natural: Utilizados para irrigação por aspersão. Infiltrômetro de sulco – quando a infiltração se processa tanto na direção vertical quanto na horizontal, sem escoamento superficial: Utilizado para irrigação por sulcos em nível e curtos. Entrada e saída da água no sulco – quando a infiltração se processa tanto na direção vertical quanto na horizontal, com escoamento superficial: Utilizado para irrigação por sulcos com gradiente de declive e longos. Balanço volumétrico – quando a infiltração se processa tanto na direção vertical quanto na horizontal, com escoamento superficial: Utilizado para irrigação por sulcos. 7 – INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO DETERMINAÇÃO DA INFILTRAÇÃO PELO MÉTODO DO INFILTÔMETRO DE ANEL HORAS INTERVALO DE TEMPO (min) TEMPO ACUMULADO (min) LEITURA DA RÉGUA (cm) INFILTRAÇÃO ACUMULADA (cm) INSTANTÂNEA DIFERENÇA 12:44 0 0 10,8 ----- ----- 12:45 1 1 10,3 0,5 0,5 12:47 2 3 9,8 0,5 1,0 12:49 2 5 9,3 0,5 1,5 12:54 5 10 8,7 0,6 2,1 12:59 5 15 8,0 0,7 2,8 13:09 10 25 7,1/12,4 0,9 3,7 13:19 10 35 11,5 0,9 4,6 13:34 15 50 10,4 1,1 5,7 13:49 15 65 9,4 1,0 6,7 14:19 30 95 8,1/11,7 1,3 8,0 14:49 30 125 10,4 1,3 9,3 15:19 30 155 9,1 1,3 10,6 7 – INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO DE INFILTRAÇÃO 0,1 1 10 1 10 100 Tempo acumulado (min) In fil tra çã o ac um ul ad a (c m ) PAPEL LOGARÍTMO (Log-Log) k = 0,5 n = 0,57 I = 0,5 T 0,57 VI = 0,285 T-0,42 INF. ACUMULADA VEL. INFILTRAÇÃO 7 – INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO REGRESSÃO LINEAR: LOG I versus LOG T VI = 0,317 T-0,39 I = 0,52 T 0,61 R 2 = 0,9985 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 20 40 60 80 100 Tempo acumulado (min) In fil tra çã o ac um ul ad a (c m )
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