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Classificaçao risco pediatria

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913Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680521p
PESQUISA
Joelna Eline Gomes Lacerda Freitas VerasI, Emanuella Silva JoventinoI, Janaina Fonseca Victor CoutinhoI, 
Francisca Elisângela Teixeira LimaI, Andressa Peripolli RodriguesI, Lorena Barbosa XimenesI
I Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, 
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Fortaleza-CE, Brasil.
Como citar este artigo:
Veras JEGLF, Joventino ES, Coutinho JFV, Lima FET, Rodrigues AP, Ximenes LB. 
Risk classification in pediatrics: development and validation of a guide for nurses. Rev Bras Enferm. 2015;68(5):630-9. 
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680521i
Submissão: 07-02-2015 Aprovação: 21-05-2015
RESUMO
Objetivo: construir e validar um guia abreviado do protocolo de Acolhimento com Classifi cação de Risco em pediatria. Método: 
estudo metodológico, desenvolvido em duas etapas: elaboração do guia e validação aparente e de conteúdo. A elaboração baseou-
se na estratifi cação do conteúdo do protocolo em cinco indicadores de risco, conforme a complexidade, sendo submetido à 
validação por nove juízes divididos em dois grupos: docentes-pesquisadores e enfermeiros. Resultados: na validação aparente, os 
juízes consideraram os 25 itens do guia claros e compreensíveis com concordância acima de 70%. Na validação de conteúdo, 17 
(68%) itens foram considerados relevantes por 88,9% dos juízes. Os oito itens considerados irrelevantes foram alterados conforme 
sugestões dos juízes, alcançando-se o Índice de Validade de Conteúdo global de 0,98. Conclusão: o estudo resultou num guia de 
classifi cação de risco pediátrico válido para avaliar a criança nos serviços de emergência.
Descritores: Enfermagem Pediátrica; Avaliação em Enfermagem; Acolhimento; Triagem; Estudos de Validação.
ABSTRACT
Objective: to develop and validate a short guide for the protocol to user embracement with risk classifi cation in pediatrics. Method: 
methodological study developed in two stages: development of the guide, and face and content validation. The development 
involved the stratifi cation of the protocol contents into fi ve risk indicators according to the level of complexity; subsequently it was 
submitted to validation by nine experts divided in two groups: professors who were also researchers, and nurses. Results: in the 
face validation the experts considered the 25 items of the guide clear and understandable, with agreement levels above 70%. In the 
content validation, 17 (68%) items were considered relevant by 88.9% of the experts. The eight items considered irrelevant were 
changed according to suggestions of the experts, yielding an overall content validity index of 0.98. Conclusion: the study resulted 
in a guide for the classifi cation of risks in pediatrics that is valid to assess children in emergency services.
Key words: Pediatric Nursing; Nursing Assessment; User embracement; Triage. Validation Studies.
RESUMEN
Objetivo: construir y validar una guía abreviada del protocolo de Acogimiento con Clasifi cación de Riesgo en pediatría. Método: 
estudio metodológico, desarrollado en dos etapas: elaboración de la guía y validación aparente y de contenido. La elaboración se 
basó en la estratifi cación del contenido del protocolo en cinco indicadores de riesgo, conforme la complejidad, siendo sometido 
a la validación por nueve jueces divididos en dos grupos: docentes/investigadores y enfermeros. Resultados: en la validación 
aparente, los jueces consideraron los 25 ítems de la guía claros y comprensibles por la concordancia más de 70%. En la validación 
de contenido, 17 (68%) ítems fueron considerados relevantes por 88,9% de los jueces. Los ocho ítems considerados irrelevantes 
fueron alterados conforme sugestiones de los jueces, alcanzándose el Índice de Validad de Contenido global de 0,98. Conclusión: 
Se obtuvo una guía de clasifi cación de riesgo pediátrico válido para evaluar el niño en los servicios de emergencia.
Palabras clave: Enfermería Pediátrica; Evaluación en Enfermería; Acogimiento; Triaje; Estudios de Validación.
Classifi cação de risco em pediatria: construção e 
validação de um guia para enfermeiros
Risk classifi cation in pediatrics: development and validation of a guide for nurses
Clasifi cación de riesgo en pediatría: construcción y validación de un guía para enfermeras
Joelna Eline Gomes Lacerda Freitas Veras E-mail: joelnaveras@ufc.brAUTOR CORRESPONDENTE
Veras JEGLF, et al.
914 Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22.
INTRODUÇÃO
A inadequação da demanda de atendimento nos serviços 
de emergência pediátrica é uma realidade presente em inú-
meros países e em quase todos os estados brasileiros. Pes-
quisas afirmam que varia entre 46,9% e 89% o número de 
pacientes apresentando problemas de saúde que poderiam 
ser solucionados na rede de atenção básica(1-2).
Com vistas a garantir uma melhor qualidade da assistência nos 
hospitais de emergência, o Ministério da Saúde, através da Política 
Nacional de Humanização, instituiu a estratégia do Acolhimento 
com Classificação de Risco (ACCR), na qual o enfermeiro atua 
acolhendo o paciente por meio de uma escuta qualificada(3-5), 
identificando urgências e emergências com base na avaliação de 
parâmetros fisiológicos e em sinais de alerta estabelecidos por 
protocolos(3), dando prioridade aos casos mais graves(1).
Nesse contexto, o desempenho do enfermeiro não pode es-
tar associado somente à experiência clínica e à intuição, mas 
sim a informações válidas e relevantes, com base em pesquisas. 
Além disso, devem ser considerados outros componentes como 
contexto, ambiente, recursos disponíveis, condições e preferên-
cias dos pacientes como indicadores importantes para o acolhi-
mento com classificação de risco com qualidade(6).
No entanto, estudos têm identificado o uso de critérios subjeti-
vos, experiência e intuição nessa classificação por risco(7), além de 
falhas na aplicação de instrumentos de triagem não validados(8). 
Diante disso, protocolos de ACCR estão sendo elaborados e im-
plementados com apoio do Ministério da Saúde, com destaque 
para o do Hospital Odilon Beherns, em Belo Horizonte-MG(3) e 
para o protocolo de ACCR em pediatria, de Fortaleza (CE)(9).
O protocolo de ACCR em pediatria de Fortaleza é compos-
to por 17 laudas, contudo, o ambiente hostil das emergências 
pode dificultar a consulta a extensos protocolos durante a ava-
liação da criança, elevando a chance de falhas na classificação 
de risco por parte dos enfermeiros que atuam no acolhimento(2). 
Assim, faz-se necessária a construção de guias que permitam a 
visualização instantânea dos sinais e sintomas de acordo com a 
queixa principal, padronizando a abordagem ao paciente.
Para o desenvolvimento deste estudo foi colocada a ques-
tão de pesquisa: a construção e validação de um guia de clas-
sificação de risco em pediatria garante um instrumento con-
fiável e válido para ser utilizado no ACCR em emergência 
pediátrica? Teve como objetivo construir e validar o conteúdo 
e a aparência de um guia de classificação de risco a partir do 
protocolo de ACCR em pediatria.
MÉTODO
Estudo metodológico desenvolvido em duas etapas: levan-
tamento bibliográfico para elaboração do guia a partir do pro-
tocolo de ACCR em pediatria(9) e, posteriormente, validação de 
conteúdo e de aparência do material por parte de juízes.
A primeira etapa do estudo ocorreu de janeiro a maio de 
2011, com a realização de um levantamento bibliográfico nas 
bases de dados Latin American and Caribean Health Science 
Literature Database (LILACS), National Library of Medicine 
(PubMed), Cumulattive Index to Nursing and Allied Health 
Literature (CINAHL) e Scopus, utilizando-se os MeSH Terms 
“triage”, “pediatrics” e “scale”, a fim de conceituar teorica-
mente o construto “classificação de riscode crianças” e iden-
tificar indicadores de risco. Não foi adotado nenhum recorte 
temporal, sendo incluídos seis protocolos e escalas de triagem 
validadas internacionalmente(10-15) e dois instrumentos de me-
dida resumidos(16-17) que subsidiaram este estudo.
O guia de classificação de risco foi construído a partir do 
levantamento bibliográfico e do protocolo de ACCR em pe-
diatria com os indicadores de risco vias aéreas/respiração, 
circulação/hemodinâmica, nível de consciência, dor e hidra-
tação/eliminação, nos quais as condições clínicas do proto-
colo foram distribuídas e organizadas na ordem decrescente 
de nível de prioridade nas cores vermelha, laranja, amarela, 
verde e azul conforme a proposta da estratégia de ACCR(9).
A etapa de validação aparente e de conteúdo do guia ocor-
reu de junho a setembro de 2011 mediante a análise de juízes 
de conteúdo (com experiência em estudos de validação na 
área de saúde da criança) e técnicos (com experiência clínica 
em classificação de risco em pediatria).
A validade de conteúdo baseia-se no julgamento de juízes 
peritos, com experiência na área de domínio do conteúdo, 
que analisam os itens e julgam sua relevância, abrangência, 
representatividade e se o conteúdo se relaciona com o que 
se deseja medir(18). A validade de aparência consiste no jul-
gamento quanto à clareza, compreensão e legibilidade do 
conteúdo dos itens, bem como a forma de apresentação do 
instrumento, verificando se os itens são compreensíveis para 
a população à qual o instrumento se destina(18).
O guia foi avaliado pelos juízes de conteúdo, docentes-pes-
quisadores, com conhecimento em construção e validação de 
instrumentos e por juízes técnicos, enfermeiros com experiên-
cia clínica em classificação de risco em emergência pediátrica 
(público-alvo para o qual o instrumento foi desenvolvido).
A seleção dos juízes de conteúdo ocorreu por meio da 
amostragem não probabilística e intencional, baseando-se na 
pesquisa por assunto na Plataforma Lattes. Foram encontrados 
23 pesquisadores com 70% ou mais publicações sobre o as-
sunto. Foram selecionados dez juízes por atingirem uma pon-
tuação mínima de cinco pontos de acordo com os critérios do 
sistema de classificação de juízes(19).
Os juízes técnicos deveriam ter conhecimento comprovado 
em ACCR em pediatria, enfermagem em emergência pediátrica, 
assistência a pacientes em unidade de tratamento intensivo pe-
diátrico ou saúde da criança e do adolescente. Foram seleciona-
dos utilizando-se o critério bola de neve por ser uma estratégia 
não probabilística e intencional que considera as redes sociais 
para localizar a amostra(18). Foram encontrados 13 enfermeiros, 
residentes em Fortaleza, e selecionados nove, por atenderem aos 
critérios de experiência estipulados de acordo com quesitos do 
sistema de classificação de juízes adaptados a esta pesquisa(19).
Para análise do guia, foram entregues ou enviados por en-
dereço eletrônico aos 19 sujeitos selecionados, os seguintes 
instrumentos: carta-convite, Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido, questionário de caracterização dos juízes, check-
-list para validação do conteúdo e aparência e uma cópia do 
Protocolo de ACCR em pediatria de Fortaleza(9), para consulta. 
Classificação de risco em pediatria: construção e validação de um guia para enfermeiros
915Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22.
Contudo, somente quatro juízes de conteúdo e cinco da área 
técnica retornaram os instrumentos preenchidos, perfazendo 
uma amostra de nove juízes, satisfazendo as recomendações da 
literatura(20). O retorno dos instrumentos para a pesquisadora se 
deu por sistema postal e correio eletrônico, quando necessário.
Para controle e organização da fase de validação aparente de 
cada item, foram considerados os aspectos clareza e compreensão 
(confuso, pouco claro e claro) e pertinência do item ao indicador 
e à classificação de risco (não, em parte e sim), considerando-se 
índice de 70% de concordância entre os juízes. No que diz res-
peito à validade de conteúdo, foram avaliados a relevância (não, 
em parte e sim) e o grau de relevância (irrelevante, pouco relevan-
te, realmente relevante, muito relevante). Por fim, acrescentou-se 
um espaço destinado às observações e sugestões dos juízes.
A validade de conteúdo do guia deu-se por meio do Índice 
de Validação de Conteúdo (CVI) calculado com base em três 
equações matemáticas: o S-CVI/AVE (média do I-CVIs para cada 
item da escala), S-CVI/UA (proporção dos itens em uma escala 
que atinge uma classificação de relevância de 3 ou 4 para todos 
os juízes) e o I-CVI (validade de conteúdo dos itens individuais: 
proporção de juízes que dão ao item a classificação de relevância 
de 3 ou 4), sendo considerado relevante o item com IVC igual 
ou superior a 0,80(21). Os dados foram processados no Statistical 
Package for Social Science (SPSS), versão 17.0 e analisados por 
meio de estatística descritiva, com frequência absoluta e relativa.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
da Universidade Federal do Ceará (Brasil) sob o protocolo nº 
110/2011. Foram respeitados todos os preceitos éticos de pesqui-
sas que envolvem seres humanos previstos na Resolução nº 196 
de 1996 do Conselho Nacional de Saúde. Nesse sentido, o Ter-
mo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado pelos juí-
zes e enviado, juntamente com os instrumentos, ao pesquisador.
RESULTADOS
A primeira versão do guia abreviado, submetida à validação 
pelos juízes, apresentou-se em um material com 35 células de um 
quadro, subdivididas em cinco colunas e sete linhas. O conteúdo 
do guia abreviado foi extraído do protocolo de ACCR em pedia-
tria, sendo que na primeira linha são apresentados os indicadores 
de risco classificados em Vias Aéreas/Respiração, Circulação/He-
modinâmica, Nível de Consciência, Dor, Eliminação/Hidratação.
Os cinco indicadores de risco (vias aéreas/respiração, circula-
ção/hemodinâmica, nível de consciência, dor, eliminação/hidrata-
ção) foram distribuídos nas colunas, sendo estas subdivididas para 
relacionar as queixas principais (sintomas) e sinais objetivos. Cada 
indicador de risco indica o nível de complexidade do paciente, em 
ordem decrescente de prioridade de atendimento, nas cores ver-
melha (nível de complexidade- Prioridade I), laranja (nível de com-
plexidade- Prioridade II), amarela (nível de complexidade- Priorida-
de III), verde (nível de complexidade- Prioridade IV) e azul (nível 
de complexidade- Prioridade V), conforme esquema da Figura 1.
Figura 1 - Proposta de construção de um guia abreviado do Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) em 
Pediatria, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Brasil, 2011
1ª Linha: Indicadores de risco. Divide-se em cinco colunas. a primeira coluna representada – Vias Aéreas/Respiração, a segunda – Circulação/
Hemodinâmica, a terceira – Nível de Consciência, a quarta – Dor e, a quinta – Eliminação/Hidratação.
Vias Aéreas/
Respiração
Circulação/ 
Hemodinâmica
Nível de 
Consciência
Dor
Eliminação/
Hidratação
2ª Linha: Queixa principal (Sintomas) e Sinais Objetivos. Subdivide, cada indicador de risco, em dez colunas sendo, a primeira, subcoluna 
representada pela “Queixa Principal (Sintomas)”, e a segunda subcoluna, representada pelos “Sinais Objetivos”, conforme esquema abaixo.
Queixa 
principal
(sintomas)
Sinais 
objetivos
Queixa 
principal
(sintomas)
Sinais 
objetivos
Queixa 
principal
(sintomas)
Sinais 
objetivos
Queixa 
principal
(sintomas)
Sinais 
objetivos
Queixa 
principal
(sintomas)
Sinais 
objetivos
3ª a 7ª Linhas: Dispõe o conteúdo das condições clínicas na ordem decrescente de nível de complexidade. Subdivide, cada indicador de 
risco, em duas colunas, totalizando dez subcolunas, organizados em ordem decrescentede complexidade (prioridade I, II, III, IV e V) nas cores 
(vermelha, laranja, amarela, verde ou azul).
Nível de complexidade – Prioridade I
 Nível de complexidade – Prioridade II
 Nível de complexidade – Prioridade III
 Nível de complexidade – Prioridade IV
 Nível de complexidade – Prioridade V 
Veras JEGLF, et al.
916 Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22.
O conteúdo disposto em 5 linhas e 5 colunas (3ª a 7ª li-
nhas) compuseram 25 itens que caracterizaram a condição 
clínica do paciente, entre queixa principal (sintomas) e sinais 
objetivos, a que, para melhor compreensão, foi atribuído o va-
lor numérico de 1 a 5 para o indicador vias aéreas/respiração, 
de 6 a 10 para indicador de circulação/hemodinâmica, de 11 
a 15 para o de nível de consciência, de 16 a 20 para o indica-
dor dor e de 21 a 25 para o indicador eliminação/hidratação.
Conforme se observa no gráfico 1, dos 25 itens do guia, 15 
(60%) foram considerados claros e compreensíveis por todos 
os juízes (n=9; 100%) e 9 itens (36%) apresentaram índices 
superiores a 80%. Apenas o item 17 (referente ao indicador 
de risco “Dor” relacionado à classificação de risco na cor “la-
ranja”), embora com parecer de claro e compreensivo pela 
maioria dos juízes (n=7; 77,8%), foi o que mais apresentou 
sugestões para alteração e melhoria do conteúdo (Figura 2).
Os juízes também avaliaram a pertinência dos itens (queixas 
principais e sinais e sintomas) em relação à classificação de risco 
(vermelho-prioridade 1; laranja-prioridade 2, amarelo-prioridade 
3, verde-prioridade 4 e azul-prioridade 5). Consideraram 23 (92%) 
itens pertinentes, com concordância acima de 70%. Outros dois 
(8%) itens (item 3- “vias aéreas/respiração” de classificação de ris-
co na cor “amarela” e item 18- “dor”, cor “amarela”) obtiveram 
concordância de sua pertinência por 06 (66,7%) juízes.
O guia também foi analisado quanto à adequação do indi-
cador de risco, em relação ao conteúdo de queixas principais 
e sinais e sintomas. Considerando-se que o guia apresenta 
cinco indicadores de risco, com cinco itens cada (queixa prin-
cipal e sinais e sintomas), e que 9 juízes os analisaram, as 
respostas dos juízes poderiam variar de 1 a 45. 
Quatro indicadores de risco (vias aéreas/respiração, circulação/
hemodinâmica, nível de consciência e dor) foram considerados 
adequados ao conteúdo dos itens (queixa principal e sinais e 
sintomas), com concordância de todos (n=9; 100%) os juízes. 
O indicador de risco “eliminação/hididratação” teve anuência 
de todos os juízes na quase totalidade dos itens (somatório=44; 
97,8%). Os achados confirmam que o conteúdo do guia está re-
lacionado ao propósito para o qual foi construído.
No que se refere à validade de conteúdo, observou-se a 
relevância da presença de cada item no guia. Os juízes consi-
deraram 17 (68%) itens relevantes e 08 (32%) não relevantes, 
devendo, portanto, os itens 3, 6, 7, 8, 11, 13, 16 e 18 serem 
retirados. Todavia, julgou-se oportuno fazer o cálculo do Ín-
dice de Validade de Conteúdo (IVC)(21) e foi verificado que o 
I-CVI dos itens variou de 0,88 a 1. Identificou-se, ainda, IVC 
global (S-CVI/Ave, S-CVI/UA) de 0,98 (Tabela 1). No entan-
to, por sugestão dos juízes, foram feitas alterações em alguns 
itens para que permanecessem no guia.
Entre as principais sugestões dos juízes acatou-se a altera-
ção no título das colunas de “Queixas Principais (Sintomas) 
e Sinais Objetivos”, para “Queixa Principal e Sinais e Sinto-
mas”, bem como alinhamento entre os mesmos. No indicador 
de risco “Vias aéreas/Respiração”, alguns juízes sugeriram a 
inserção dos valores de frequência respiratória e frequência 
cardíaca, para melhor visualização desses parâmetros.
No indicador de risco “Circulação/Hemodinâmica” consi-
derou-se importante acatar a sugestão dos juízes de incluir 
na subcoluna “Queixa Principal”, o termo “Infecções graves, 
sepse” em virtude de tratar-se de condição clínica relevante 
para avaliação hemodinâmica da criança (item 7 do guia). No 
indicador de risco “Nível de Consciência”, o “déficit cogniti-
vo” foi descrito como sinais e sintomas da queixa principal, 
“Alteração do estado mental” no item 12 e, por sugestão de 
juízes, este foi retirado da versão final do guia.
Figura 2 - Distribuição das afirmações consideradas claras e compreensíveis para os juízes avaliadores do guia abreviado de 
ACCR em pediatria, Fortaleza, Ceará, Brasil, 2011
Legenda:
Itens 1,6,11,16 e 21 - classificação vermelho;
Itens 2,7,12,17 e 22 - classificação laranja;
Itens 3,8,13,18,23 - classificação amarela;
Itens 4,9,14,19,24 - classificação verde;
Itens 5, 10, 15, 20 e 25 - classificação azul.
Itens do Guia Abreviado
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
 Vias aéras/respiração Circulação/Hemodinâmica Nível de consciência Dor Eliminação/Hidratação
N
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77,8%
88,9%88,9% 88,9% 88,9%
Classificação de risco em pediatria: construção e validação de um guia para enfermeiros
917Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22.
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Classificação de risco em pediatria: construção e validação de um guia para enfermeiros
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Veras JEGLF, et al.
920 Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22.
Tabela 1 - Relevância e distribuição dos Índices de Validade de 
Conteúdo individuais de cada item (I-CVI), segundo 
a opinião dos juízes, Fortaleza, Ceará, Brasil, 2011.
Itens 
do guia
Relevância
n(%)
Grau de
relevância (I-CVI)
1 9(100) 1
2 8(88,9) 1
3 7(77,8) 1
4 9(100) 1
5 8(88,9) 1
6 6(66,7) 1
7 7(77,8) 1
8 7(77,8) 1
9 9(100) 1
10 8(88,9) 1
11 7(77,8) 1
12 8(88,9) 1
13 7(77,8) 1
14 8(88,9) 1
15 8(88,9) 0,888889
16 7(77,8) 1
17 9(100) 1
18 7(77,8) 0,888889
19 8(88,9) 0,888889
20 8(88,9) 0,888889
21 8(88,9) 1
22 8(88,9) 0,888889
23 8(88,9) 1
24 9(100) 1
25 9(100) 1
A sugestão dos juízes de alteração dos subtítulos das colunas 
para “Queixa Principal e Sinais e Sintomas” corroborou os prin-
cípios da estratégia de ACCR, na qual a avaliação do paciente 
deve enfocar os sinais e sintomas com base na queixa principal 
relacionada(8). Alguns juízes solicitaram a inserção de parâme-
tros de frequência cardíaca e frequência respiratória no indica-
dor de risco Vias Aéreas/Respiração, contudo, optou-se por não 
inseri-los. A adequação quanto aos parâmetros de freqüência 
cardíaca e respiratória foi incluída como anexo A do protocolo 
de ACCR em pediatria”(9) que deu origem ao guia.
 Os juízes consideraram relevantes as observações de alguns 
aspectos do estado circulatório, frequência cardíaca e esforço res-
piratório na avaliação do estado hemodinâmico da criança. Este 
resultado corrobora a literatura, pois facilita a identificação de si-
nais de alerta e definição do nível de prioridade(9-10,16).
O déficit cognitivo foi retirado do guia por sugestão dos 
juízes que o consideraram pouco relevante na avaliação do 
comprometimento da criança. Concordando com as análises 
dos juízes, ao comparar o déficit cognitivo entre adultos e 
crianças após Traumatismo Crânio-encefálico, uma pesquisa 
encontrou evidências contra a validade desse critério quando 
aplicado à população pediátrica(23). Não se trata, portanto, de 
condição indispensável à avaliação de criança, nem como pa-
râmetro de medição do nível de prioridade.
A maioria dos juízes considerou confusa a descrição das ca-
racterísticas da expressão “Dor intensa, central e crônica”, soli-
citando que se acrescentassem os termos “sinais vitais normais” 
e “escala da dor”, sendo esses parâmetros melhor visualizados 
nos anexos A e C do protocolo(9). A avaliação da dor em crianças 
deve ser realizada por meio da identificação de sua intensida-
de, através de instrumentos que diminuam a subjetividade dessa 
dor e que garantam a veracidade da informação, e não a opinião 
do profissional sobre o que a criança esteja sentindo(24).
Em relação à avaliação da desidratação, o protocolo de ACCR 
em pediatria não quantifica os sinais e sintomas de maneira clara. 
Estudos referem que os sinais de desidratação têm evolução rápi-
da e nem sempre são confiáveis, sendo necessário o exame físico 
completo e avaliação de parâmetros fisiológicos(25). Sendo assim, 
no guia, optou-se por quantificar os sinais e sintomas(16) e, desta 
forma, a criança com desidratação severa, classificada no nível de 
prioridade I, deve apresentar mais de seis sinais e sintomas; com 
desidratação moderada, entre três e seis; e com desidratação leve, 
menos de três sinais e sintomas.
Como limitação do estudo, ressalta-se a baixa adesão dos ju-
ízes para a etapa de validação, o que pode ser explicado pela 
demanda de tempo para um trabalho dessa natureza. Recomen-
dam-se novos estudos que possibilitem verificar sua adequabi-
lidade clínica, devendo ser aplicado por enfermeiros nas emer-
gências pediátricas em diferentes cenários de investigação.
CONCLUSÃO
Este estudo permitiu a elaboração do Guia de Classificação 
de Risco em Pediatria, a partir do protocolo de ACCR com cin-
co indicadores de risco, identificados por Vias Aéreas/Respi-
ração, Circulação/Hemodinâmica, Nível de Consciência, Dor 
e Eliminação/Hidratação, relacionados às funções fisiológicas 
Na avaliação do indicador de risco “Dor”, os juízes consi-
deraram confusa a descrição da dor em “intensa, central e crô-
nica”. Também foi questionada a clareza da expressão “dor 
aguda, moderada”. Foram sugeridas alterações no indicador 
de risco “Eliminação/Hidratação” para melhor diferenciar o 
nível de prioridade entre os itens 21, 22, 23 e 24. Com as alte-
rações do layout e conteúdo para adequação, a última versão 
do guia está representada na Figura 3.
DISCUSSÃO
A avaliação dos juízes evidenciou um guia de classifica-
ção de risco válido com IVC global de 0,98(21). O layout do 
guia seguiu a tendência de instrumentos disponíveis no site 
do Ministério da Saúde e na literatura. Para isto, adequou-se 
a formatação do guia equivalente a um cartaz, nas dimensões 
460x350mm, com linguagem compreensiva, de fácil visuali-
zação e manuseio pelo profissional(22).
Classificação de risco em pediatria: construção e validação de um guia para enfermeiros
921Rev Bras Enferm. 2015 set-out;68(5):913-22.
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através de queixas principais e sinais e sintomas. Apresenta 
contribuição relevante por fornecer um instrumento capaz de 
avaliar a criança em situação de emergência de forma precisa, 
baseado em ações cientificamente comprovadas.
Dessa forma, o instrumento atende ao propósito para o 
qual foi construído e está apto a ser submetido à validação 
clínica. Posteriormente, poderá ser utilizado no cotidiano do 
profissional enfermeiro que atende crianças no acolhimento 
em situações de emergência. A utilização do guia possibili-
ta aos enfermeiros do acolhimento desenvolver suas funções 
associando teoria à clínica, e reduzindo a prática baseada na 
díade experiência e intuição. Todavia, não deve substituir o 
protocolo de ACCR em pediatria, pelo contrário, devem ser 
utilizados simultaneamente, de maneira complementar.
Veras JEGLF, et al.
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