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Adoção de crianças por parceiros homossexuais (pdf)

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
FACULDADE DE DIREITO 
CAMPUS CANOAS – TURMA 4M 0694 
 
 
 
Moisés Soares Alves 
Aline Fabiola Bento de Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA DO DIREITO I 
TRABALHO G2 
Adoção por Parceiros Homossexuais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Canoas 
2014 
 
 
 
 
 
Moisés Soares Alves 
 
 
 
 
 
TEORIA DO DIREITO I 
TRABALHO G2 
Adoção por Parceiros Homossexuais 
 
 
Uma breve exposição sobre adoção 
de crianças e adolescentes por 
parceiros homossexuais, os 
aspectos legais e morais 
encontrados na Constituição e na 
sociedade, bem como nos direitos 
da criança e do adolescente 
conferidos em lei especial. 
 
 
Prof. Me. Leandro Mota Cordioli 
 
 
 
 
 
 
 
Canoas 
2014 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Introdução......................................................................................................................04 
 
1 Adoção.........................................................................................................................04 
1.1 Dados Estatísticos................................................................................................05 
1.2 Procedimentos Para Adoção................................................................................05 
2. Responsabilidade Civil na Adoção...........................................................................07 
3 Adoção de Crianças e Adolescentes por Parceiros Homossexuais.........................08 
3.1 Influência na Orientação Sexual da Criança ou do Adolescente.........................08 
3.2 Perda da Figura Paterna no Caso de Parceiras Mulheres.....................................09 
3.3 Perda da Figura Materna no Caso de Parceiros Homens.....................................09 
4. O Conceito de Família Segundo a Lei......................................................................10 
5 Jurisprudência............................................................................................................11 
 
Conclusão.......................................................................................................................12 
 
Glossário.........................................................................................................................13 
 
Referências.....................................................................................................................14 
 
 
 
 
 
 
Conclusão80 
Referências Bib
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este ensaio tem por escopo esgrimir a respeito da adoção por parceiros 
homossexuais em contexto moral e jurídico, atentando para os direitos da criança e 
do adolescente ante ao desejo de constituição genérica de família, imposto 
politicamente pelo ativismo gay. Para tanto, há de se abordar o conceito e os aspectos 
gerais da adoção, bem como os procedimentos legais. 
 
Ao decorrer deste, salienta-se a responsabilidade civil que envolve a adoção, 
bem como a correlação dos direitos fundamentais conferidos na Constituição Federal. 
Não menos importante, o direito da criança e do adolescente às figuras materna e 
paterna no seio familiar serão abordadas como um meio de prevenção a problemas 
psicológicos provenientes da falta das mesmas. Por fim, se buscará neste ensaio a 
justificativa da preservação da família tradicional, tendo como argumentação aspectos 
morais e jurídicos que se opõem aos direitos homossexuais exigidos na adoção de 
crianças ou adolescentes. 
 
1 ADOÇÃO 
 
 O ato de adoção em si é um dos mais altruístas de que se conhece. 
Entrementes, é necessário que este ato tenha o intuito de se fazer o bem a uma 
criança ou adolescente carente, sem afeto e sem perspectiva de vida. A adoção tem 
sido um meio de se oferecer um lar uma criança ou adolescente, apesar as situação 
atual do mundo onde as pessoas estão cada vez mais egoístas ou buscando seus 
próprios interesses em detrimento dos diretos de outrem. 
 
Justificando a assertiva supramencionada, cada dia tem-se visto um número 
crescente de crianças e adolescentes na fila de espera por casais que se dispõe em 
abriga-los em seio familiar. Realidade esta, apresentada no próximo tópico. 
 
 
 
5 
 
 
1.1 Dados Estatísticos 
 
 Segundo dados estatísticos do Conselho Nacional de Justiça, 5.502 crianças e 
adolescentes estão na fila de espera para adoção (relatório gerado em 10-06-2014). 
Deste total é importante salientar que 32,55% destas crianças e adolescentes são de 
cor branca, 18,68% de cor negra e 47,86%, pardas, oferecendo assim um dado geral 
étnico do problema. Salienta-se também que do total de crianças e adolescentes à 
espera de uma família, 48,75% são da região Sudeste, seguida da Região Sul, 
28,79%. Na avaliação da distribuição por idade das crianças/adolescentes disponíveis 
para adoção, destaca-se que a maioria abrange a faixa etária que vai de 12 a 17 anos, 
ou seja, 3.452 adolescentes. 
 Em relação aos adotantes, quase 80% deles também são das regiões Sul e 
Sudeste. O grande empecilho para as adoções é a exigência de idade por parte dos 
pretendentes, principalmente entre aqueles que têm preferência por crianças brancas. 
Segundo os pesquisadores, os pais que buscam exclusivamente esse perfil racial, em 
geral, não aceitam crianças que têm mais de três anos. Já os que aceitam unicamente 
crianças pretas, pardas ou indígenas costumam ser mais flexíveis e, em geral, não 
fazem outros tipos de restrição como de idade ou sexo. O percentual de pretendentes 
que buscam essas raças na hora de adotar é maior nas regiões Norte e Centro-Oeste 
(cerca de 50%), enquanto a média nacional é de aproximadamente 35%. Quem busca 
crianças mais velhas, com mais de seis anos, tampouco costuma fazer restrições 
quanto às demais características do futuro filho. 
 
1.2 Procedimentos Para Adoção 
 
 O processo de adoção no Brasil leva, em média, um ano. No entanto, pode 
durar bem mais se o perfil apresentado pelo adotante para a criança for muito diferente 
do disponível no cadastro. 
 Alguns procedimentos devem ser adotados, conforme orientação infra: 
 
a. Procurar a Vara de Infância e Juventude do município. A idade mínima para se 
habilitar à adoção é 18 anos, independentemente do estado civil, desde que 
6 
 
 
seja respeitada a diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança a 
ser acolhida. Os documentos que você deve providenciar: identidade; CPF; 
certidão de casamento ou nascimento; comprovante de residência; 
comprovante de rendimentos ou declaração equivalente; atestado ou 
declaração médica de sanidade física e mental; certidões cível e criminal; 
b. Fazer uma petição – preparada por um defensor público ou advogado particular 
– para dar início ao processo de inscrição para adoção (no cartório da Vara de 
Infância). Só depois de aprovado, o adotante será habilitado a constar dos 
cadastros local e nacional de pretendentes à adoção; 
c. Realizar um curso de preparação psicossocial e jurídica. O resultado dessa 
avaliação será encaminhado ao Ministério Público e ao juiz da Vara de Infância; 
d. Pessoas solteiras, viúvas ou que vivem em união estável também podem 
adotar; a adoção por casais homoafetivos ainda não está estabelecida em lei, 
mas alguns juízes já deram decisões favoráveis; 
e. Durante a entrevista técnica, o pretendente descreverá o perfil da criança 
desejada. É possível escolher o sexo, a faixa etária, o estado de saúde, os 
irmãos etc. Quando a criança tem irmãos, a lei prevê que o grupo não seja 
separado; 
f. A partir do laudo da equipe técnica da Vara e do parecer emitidopelo Ministério 
Público, o juiz dará sua sentença. Com seu pedido acolhido, seu nome será 
inserido nos cadastros, válidos por dois anos em território nacional 
g. A pós a aprovação, o adotante estará automaticamente na fila de adoção do 
Estado e aguardará até aparecer uma criança com o perfil compatível com o 
perfil fixado pelo pretendente durante a entrevista técnica, observada a 
cronologia da habilitação; 
h. A Vara de Infância deverá avisar que existe uma criança com o perfil compatível 
ao indicado pelo adotante. O histórico de vida da criança é apresentado ao 
adotante; se houver interesse, ambos são apresentados. A criança também 
será entrevistada após o encontro e dirá se quer ou não continuar com o 
processo. Durante esse estágio de convivência monitorado pela Justiça e pela 
equipe técnica, é permitido visitar o abrigo onde ela mora; dar pequenos 
passeios para que vocês se aproximem e se conheçam melhor; 
7 
 
 
i. Se o relacionamento correr bem, a criança é liberada e o pretendente ajuizará 
a ação de adoção. Ao entrar com o processo, o pretendente receberá a guarda 
provisória, que terá validade até a conclusão do processo. Nesse momento, a 
criança passa a morar com a família. A equipe técnica continua fazendo visitas 
periódicas e apresentará uma avaliação conclusiva; 
j. Por fim, O juiz profere a sentença de adoção e determina a lavratura do novo 
registro de nascimento, já com o sobrenome da nova família. Você poderá 
trocar também o primeiro nome da criança. Nesse momento, a criança passa a 
ter todos os direitos de um filho biológico. 
 
2 RESPONSABILIDADE CIVIL NA ADOÇÃO 
 
 Segundo o Código Civil de 2002, a responsabilidade civil no que tange à adoção 
é regulamentada pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente, ECA). No seu art. 2º, o diploma em questão garante: “os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que 
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, 
moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”. Este tópico reter-
se-á apenas no supratranscrito artigo, pois a proposição deste ensaio tem por escopo 
trazer uma breve exposição do relevante tema. 
 
 Apesar da utopia da lei, é de suma importância a observância da mesma, no 
caso em especial da adoção. O direito da criança e do adolescente de ter oportunidade 
a um desenvolvimento mental e moral, dentre outros arrolados no presente artigo, não 
deve ser alienado ante o desejo do casal. No caso da adoção por parceiros 
homossexuais, a problemática abordar-se-á nos subsecutivos tópicos. 
 
 
3 ADOÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR PARCEIROS 
HOMOSSEXUAIS 
 
8 
 
 
 A adoção de crianças por parceiros homossexuais tem sido reivindicada de 
forma sistemática através de projetos de leis, tendo por trás desta reivindicação, 
grupos ativistas muito bem organizados, presentes em todas as esferas da sociedade, 
embora de representatividade duvidosa. Conquanto a legislação vigente não proíba a 
adoção de crianças por homossexuais, observa-se na jurisprudência (a ser exposta 
mais adiante) uma extensão dos direitos positivados limitados a parceiros 
homossexuais em união estável. 
 Ante ao ativismo supramencionado, importa aqui, apresentar um contraponto 
dirigindo-se aos direitos da criança e do adolescente assegurados pela legislação em 
vigor, bem como ao direito natural e universalmente aceito em todas as civilizações 
de todas as épocas. Cumpre aqui asseverar os direitos do mais fraco, ou, no caso de 
adolescentes, do mais vulnerável, em todos os aspetos, sejam de ordem física, 
mental, moral, espiritual, social, de liberdade e de dignidade. 
 
3.1 Influência na Orientação Sexual da Criança ou do Adolescente 
 
 A liberdade e a dignidade inerentes à pessoa humana não se limitam na opinião 
pública ou na formação da mesma pela mídia, mas a segurança da lei e a liberdade 
de escolha devem ser um norte a ser seguido. A História apresenta momentos cíclicos 
no que tange à moral, entrementes, neste momento, vê-se a sociedade numa 
involução mascarada pelo novo, tido erroneamente por evolução dos direitos sociais. 
 Partindo deste pressuposto, é imprescindível que uma pessoa em formação de 
caráter (no caso de criança ou adolescente), tenha direitos de receber uma orientação 
sexual condizente com o seu cromossomo, ou seja, seu direito de escolher a 
sexualidade não deve ser tolhido por um comportamento alheio. Usando de analogia, 
um filhote de pato-real, mesmo criado entre patos selvagens, nunca será um pato 
selvagem. Este filhote poderá ter comportamentos de patos selvagens, porém o 
mesmo não teve escolha, não teve a oportunidade de ser como um pato-real. Uma 
analogia um pouco tosca, mas que retrata a problemática de forma prática. 
 Portanto, seria desonesto e até mesmo uma agressão, submeter uma pessoa 
a um comportamento sexual não condizente com seu sexo, sem a mesma ter 
condições cognitivas mínimas e legais para livre escolha de sua sexualidade. 
9 
 
 
 
3.2 Perda da Figura Paterna no Caso de Parceiras Mulheres 
 
 A família é constituída inicialmente pelo homem, sua mulher e descendentes. 
Esta afirmação parece, no primeiro momento, retrógrada e remontando à família 
patriarcal, onde a cidadania plena concentrava-as na pessoa do chefe, dotado de 
direitos que eram negados aos demais membros, a mulher e os filhos, cuja dignidade 
humana não podia ser a mesma. Entrementes, não está em discussão o papel do pai, 
mas o direito de uma criança em ter uma referência masculina na formação de seu 
caráter. No caso de parceiras mulheres, em união estável, a criança não teria a 
oportunidade de ter uma relação afetiva paterna. 
 
3.3 Perda da Figura Materna no Caso de Parceiros Homens 
 
 O mesmo ocorre, mas no sentido inverso, em situações em que a união estável 
é instituída por dois ou mais homens. É de universal entendimento que dois homens, 
ainda que se façam operações cirúrgicas, não podem realizar o mesmo papel de um 
casal, de um homem e uma mulher. A perda da referência materna é uma agressão à 
criança e ao seu direito afetivo correspondente e ao amor materno. 
 Portanto, a filiação adotiva deve imitar o padrão natural de família nuclear, com 
as figuras bem claras de pai e mãe, pois são imprescindíveis para a formação da 
criança e na orientação sexual do adolescente. Segundo Paulo Lôbo: 
 
“Não se afirma que o exercício da parentalidade seja impossível por 
parte de um só. Mas traz consequências para a criança a falta do 
referencia da figura paterna ou materna com as decorrentes lacunas 
psíquicas ou, ainda, o conhecido conflito de lealdade, que ocasiona 
uma divisão na personalidade dos filhos, que pode ser mais ou menos 
comprometedora de sua integridade psíquica, como demonstram 
diversas pesquisas no campo da psicanálise.” 
 
4 O CONCEITO FAMÍLIA SEGUNDO A LEI 
 
10 
 
 
 Segundo a Constituição Federal, no seu art. 226, é reconhecida a união estável 
entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. A mesma entende como entidade familiar a comunidade 
formada por qualquer dos pais e seus descendentes. E no que tange aos direitos e 
deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela 
mulher. A Constituição Federal que de um lado não permite a discriminação, e do 
outro, somente admite que um relacionamento familiar, seja pelo casamento ou pela 
união estável, só pode ocorrer entre um homem e uma mulher, afastaa hipótese de 
que as partes de uma união homossexual, masculino ou feminino, possam ser 
entendidos como esteios de uma família. 
 É perfeitamente inteligível que a Constituição Federal apenas estende, à união 
estável, entre homem e mulher, o status de família. Nesta hipótese, sem qualquer 
dúvida, vedando qualquer interpretação extensiva. 
 
Se não bastasse a proteção da Constituição Federal, a Lei nº 8.069 - Estatuto 
da Criança e do Adolescente, dispõe com razoável clareza: 
 
“Art. 19 - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e 
educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família 
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em 
ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias 
entorpecentes; art. 20 - Os filhos, havidos ou não da relação do 
casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, 
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação; 
art. 25 - Entende-se por família natural a comunidade formada pelos 
pais ou qualquer deles e seus descendentes.” 
 
 
5 JURISPRUDÊNCIA 
 
 O STJ orientou-se, firmemente, em diversas decisões nos últimos anos, pela 
adoção por pares homossexuais, entre elas, transcreve-se parte do RECURSO 
ESPECIAL: REsp 889852 RS 2006/0209137-4: 
11 
 
 
DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. ADOÇÃO DE MENORES POR 
CASAL HOMOSSEXUAL. SITUAÇÃO JÁ CONSOLIDADA. 
ESTABILIDADE DA FAMÍLIA. PRESENÇA DE FORTES 
VÍNCULOS AFETIVOS ENTRE OS MENORES E A 
REQUERENTE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PREVALÊNCIA 
DOS INTERESSES DOS MENORES. RELATÓRIO DA 
ASSISTENTE SOCIAL FAVORÁVEL AO PEDIDO. REAIS 
VANTAGENS PARA OS ADOTANDOS. ARTIGOS 1º DA LEI 
12.010/09 E 43 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE. DEFERIMENTO DA MEDIDA. 
 
 A seguir, alguns argumentos apresentados na ementa do supra exposto: 
 
“Em um mundo pós-moderno de velocidade instantânea da 
informação, sem fronteiras ou barreiras, sobretudo as culturais e as 
relativas aos costumes, onde a sociedade transforma-se velozmente, 
a interpretação da lei deve levar em conta, sempre que possível, os 
postulados maiores do direito universal; É incontroverso que existem 
fortes vínculos afetivos entre a recorrida e os menores sendo a 
afetividade o aspecto preponderante a ser sopesado numa situação 
como a que ora se coloca em julgamento; Se os estudos científicos 
não sinalizam qualquer prejuízo de qualquer natureza para as 
crianças, se elas vêm sendo criadas com amor e se cabe ao Estado, 
ao mesmo tempo, assegurar seus direitos, o deferimento da adoção é 
medida que se impõe.” 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O desiderato do presente epítome foi num sentido oposto à jurisprudência em 
geral. Argumentou-se a respeito dos direitos da criança e do adolescente ante o ato 
de adoção por parte de pares homossexuais. Direitos estes garantidos pela 
12 
 
 
Constituição Federal, pela a Lei nº 8.069 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e 
pelo Código Civil de 2002. 
Discutiu-se aqui, portanto, de forma sintática, a problemática que envolve a 
adoção por pares homossexuais. O tema é polêmico, porém sob o ponto de vista de 
que os direitos da criança devem estar acima de qualquer interesse individual 
corrobora com o argumento da unidade familiar na sua configuração natural e 
tradicional. 
 
13 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
Desiderato: Coisa desejada; ASPIRAÇÃO; DESIDERATUM: "... Era de supor que o 
Basílio não visasse a outro desiderato..." (Aquilino Ribeiro, Mônica)) [F.: Do lat. 
desideratum, substv. do neutro do part. pass. do v.lat. desiderare.] 
Epítome: Resumo de obra literária, histórica ou científica, ger. destinada ao uso 
didático. Resumo ou síntese de qualquer natureza. Aquilo que representa o resumo, 
a síntese, o exemplo, o modelo de algo: Job foi o epítome da resistência ao sofrimento. 
[F.: 0 Do gr. epitomé, pelo lat. epitome e pelo fr. épitomé.] 
Escopo: Alvo, ponto que se pretende atingir: Nosso escopo era a ilha a ser tomada. 
Finalidade, objetivo; PROPÓSITO; INTUITO: O espaço, a abrangência da mobilidade 
e efetividade de algo, de um sistema, de uma atividade, de uma ideia etc. 
 
14 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AULETE, Francisco Júlio de Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua 
Portuguesa, Dicionário Caldas Aulete Digital. Lexikon Editora Digital, Disponível em< 
http://aulete.uol.com.br/index.php> acesso em 01 de junho de 2014 
BANDEIRA, Regina, Agência CNJ de Notícias. Conheça o processo de adoção no Brasil – 
Brasil, 2012. Disponível em < http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/21572-conheca-o-
processo-de-adocao-no-brasil>. Acesso em: 14 de junho de 2014. 
BERNARDINO, Valter. Adoção por pares homoafetivos. Jus Navigandi, Teresina, ano 
18, n. 3604, 14 maio 2013. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/24434>. Acesso 
em: 14 jun. 2014. 
BRASIL. Código civil, 2002. Vade Mecum RT . 9ª.ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais; 2014. 
BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Vade 
Mecum RT . 9ª.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais; 2014. 
BVS, Psicologia Brasil. Biblioteca Virtual em Saúde Psicologia (Brasil) SP. Anais Do 
III Congresso Ibero-Americano de Psicologia Jurídica. Disponível em < www.bvs-
psi.org.br/local/file/congressos/AnaisPgsIntrod-parteI.pdf>. Acesso em: 14 de junho 
de 2014. 
CNJ, Conselho Nacional de Justiça. Dados Estatísticos de Crianças/Adolescentes – 
Brasil. Disponível em < http://www.cnj.jus.br/sistemas/infancia-e-juventude>. Acesso 
em: 14 de junho de 2014. 
JUSBRASIL, STJ - Recurso Especial: Resp 889852 Rs 2006/0209137-4. Direito Civil. 
Família. Adoção de Menores por Casal Homossexual, RS, 2010. Disponível em: < 
http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/16839762/recurso-especial-resp-889852-rs-
2006-0209137-4.>. Acesso em: 18 jun. 2014. 
LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias / Paulo Lôbo. – 4. ed. – São Paulo : Saraiva, 2011.

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