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OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
 
DIREITO EMPRESARIAL – XX EXAME DA OAB 
 
1ª FASE – DIREITO MATERIAL 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Pedrozo da Silva 
E-mail: guilherme@ceisc.com.br 
 
 
 
 
Material Elaborado para Curso de 1ª Fase 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
Estimados alunos, o presente material complementar trata-se de considerações que reputo 
ser de extrema importância para a realização da primeira fase em direito empresarial. Outrossim 
não deixe de considerar as ponderações que serão realizadas em sala de aula, assim como a leitura 
da lei seca dos artigos abaixo indicados. A FGV tem por predileção cobrar textos que estão expressos 
em dispositivos legais. Portanto toda atenção é pouca. 
 
Ademais em nossa disciplina a FGV costuma cobrar até 5 questões. Lembre-se talvez serão 
alguma (s) desta (s) que levarão vocês ao êxito e aprovação. Estou à disposição de vocês. Quaisquer 
dúvidas por favor me enviem e-mail que terei o máximo prazer em ajuda-los. Contem comigo e 
rumo a aprovação. Fé em Deus e Pé na Tábua. 
 
2 - FASES DE FORMAÇÃO DO DIREITO DE EMPRESA OU COMERCIAL 
 
São 3 as fases da formação do Direito Empresarial. 
 
2.1 - 1ª Fase: 
 
O Direito Comercial iniciou preponderantemente na Idade Média. Principalmente 
impulsionado pela movimentação marítima. Sua clara e primeira demonstração foi através das 
Corporações de Ofício que eram o resultado da junção (da união) dos comerciantes que a partir 
destas corporações criavam leis de natureza comercial para destravar (regular) a atividade mercantil 
crescente. 
 
Logo as corporações de ofício são taxadas de atividade classistas. As regras e as 
normatizações nas Corporações de Ofício atingiam apenas os comerciantes. Por isso a palavra chave 
quando pensamos nas corporações de ofício é o subjetivismo (ser ou não ser comerciante). Sendo 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
assim apenas aqueles que detivessem o status de comerciante inscritos nas corporações de ofício 
gozavam do direito de utilizar as leis e normas. 
 
2.2 - 2ª Fase: 
 
Com o passar da história, impulsionados pelas Revoluções, notabilizada por exemplo pela 
Revolução Francesa de 1789, iniciaram algumas modificações, eis que por exemplo aonde havia 
igualdade nas Corporações de Ofício? Nenhuma, porque lá havia corporativismo dos comerciantes. 
A partir daqui começa a ruir o modelo da 1ª Fase. 
 
Logo surge a Teoria dos Atos de Comércio. Vem ser abarcada no Código Comercial Francês. 
Este código trazia um rol fechado: sobre os atos de comércio. De sorte se você praticasse algum 
destes atos, você contaria com a proteção das normas de natureza comercial. Portanto aqui a 
palavra-chave é o objetivismo (porque aqui o elemento é ato de comércio – se foi praticado ato 
tipificado como de comércio – aplico a legislação comercial). 
 
O Brasil aderiu esta tese no Código Comercial de 1850. Entretanto tal tese apresenta o 
seguinte problema: as tipificações eram um rol fechado, já a movimentação mercantil era dinâmica 
e apresenta alterações seguidas. Foi daí a necessidade do nosso legislador de iniciar a edição de 
legislação esparsas (lei das S.A. – lei dos cheques – lei das franquias). 
 
2.3 - 3ª Fase: 
 
Outrossim diante das dificuldades e da necessidade de dinamização dos conteúdos 
normativos empresarias, surge a Teoria da Empresa. A mesma vem a nascer na Itália à partir do 
Código Civil Italiano. Agora aqui o elemento é a atividade empresária. Para quem pratica atividade 
empresária é empresário. Portanto não falamos mais em comerciante. 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
E o Brasil aderiu a esta Teoria da Empresa a partir do Novo Código Civil de 2002. O Novo 
Código Civil vai DERROGAR (revogar parcialmente) o Código Comercial Brasileiro. 
 
Art. 2.037. Salvo disposição em contrário, aplicam-se aos empresários e 
sociedades empresárias as disposições de lei não revogadas por este 
Código, referentes a comerciantes, ou a sociedades comerciais, bem como 
a atividades mercantis. 
 
Logo o Código Comercial (no tocante ao código marítimo – 2ª parte dele) continua vigente 
(parcialmente) no Brasil. 
 
3 – ATIVIDADE EMPRESÁRIA & EMPRESÁRIO 
 
Mas o que vem a ser atividade empresária? O nosso Código Civil de 2002 não lecionou o 
conceito. Entretanto o mesmo conceitua o significado empresário. 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens 
ou de serviços. 
 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
Ademais será que qualquer pessoa que exerce atividade comercial é empresário? Não. Por 
exemplo Frentista de Posto de Gasolina é? Não, empresário é quem exerce em nome próprio. 
Frentista de Posto de Gasolina exerce em nome de terceiros. 
 
Outrossim considera-se empresário quem exerce profissionalmente, ou seja, quem realiza a 
atividade com certa habitualidade (de maneira reiterada/contumaz). Portanto se eu (Guilherme) 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
vender hambúrguer aos finais de semana como bico para pagar as contas de vez enquando, não sou 
empresário. Tudo isto porque? Porque minha atividade é bico, mas não habitual. 
 
Já no que tange a atividade econômica, do que se trata? É a atividade que visa lucro 
(mascada). Mas atenção: nem todo aquele que visa lucro será empresário. Lembra do Professor 
vendendo Hambúrguer: eu viso lucro (sim), mas será que sou empresário? Não, porque não atuo 
com habitualidade. 
 
Mas o que é a organização (atividade organizada)? É um elemento inafastável da 
caracterização do empresário. Identifica-se a presente organização, como atividade organizada, 
através dos fatores de produção, ou seja, capital, insumos, mão de obra e tecnologia. Exemplo: 
Guilherme desenvolve atividade de fazer Hambúrguer: compra máquinas, insumos, e vai trabalhar 
em casa. 
 
Logo acaso Guilherme em sua fabriqueta de Hambúrguer tiver habitualidade e visar lucros. 
Ademais desenvolve atividade organizada, com todos os fatores de produção inerentes ao ramo 
escolhido, vindo inclusive a dominar a técnica de fazer Hambúrguer, entretanto não apresenta em 
sua atividade colaboradores ou mão de obra contratada. Será que ele exerce atividade empresária 
ou atividade civil? Logo, como não tem mão de obra, Guilherme exerce atividade civil. Eis que 
somente terá atividade empresária se estiverem presentes todos os elementos que caracterizam o 
empresário. Assim como não tinha mão de obra, Guilherme é autônomo/profissional liberal. 
 
Mas afinal de contas o que é ser empresário? Ser empresário é aquele que exerce atividade 
empresária. E a atividade empresária pode ser exercida pelo empresário individual, eirele ou 
sociedade empresária. 
 
 Mas muita atenção estimados alunos: empresa é diferente de estabelecimento comercial. 
Assim como a pessoa física sócio é diferente de empresário, isto porque sócio poderá ser um mero 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
investidor, muito diferente do empresário eis que estedesenvolve e desempenha atividade 
empresária. 
 
Ainda é possível detectar a presença de Prepostos que é aquele que dirige ou pratica negócio 
empresarial em nome de outrem. O preposto deve agir com probidade. Neste sentido não se pode 
tolerar que o preposto faça concorrência com o proponente, salvo exista autorização expressa. 
 
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir 
no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos 
atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. 
 
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por 
conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de 
operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder 
por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da 
operação. 
 
Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo 
nos casos em que haja prazo para reclamação. 
 
Mas muita atenção neste tópico: se ausente qualquer dos elementos caracterizadores do 
empresário estamos diante de uma atividade civil. Imagina se Guilherme (aquele do Hambúrguer) 
tivesse um sócio, mas que ainda falte um elemento da atividade empresária? Como nós chamamos 
esta sociedade? É a chamada sociedade simples. 
 
Quais são as atividades consideradas civis: 
 
 Atividade Não Empresária. 
 Cooperativas (são sociedade simples) 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade 
que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a 
registro (art. 967); e, simples, as demais. 
 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se 
empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
 
No que tange as Cooperativas, a FGV costuma cobrar as seguintes questões: é possível que 
Cooperativa desenvolva sua atividade sem capital? Sim, ela pode ser constituída mesmo sem capital. 
Mas muita atenção: a Cooperativa deverá ser registrada no mesmo órgão onde se registram os 
demais empresários, ou seja, nas Juntas Comerciais. Lembre-se ainda que os empresários devem 
estar registrados nos Registros Públicos de Empresas Mercantis (Junta Comercial). 
 
Lembre ainda que a sociedade cooperativa é o resultado da união de pessoas que 
contribuem com bens ou serviços para o desenvolvimento de uma atividade. Portanto elas não 
visam lucro. Ademais as cotas não são transferíveis para terceiros estranhos, por causa do caráter 
personalista da sociedade cooperativa. 
 
Ademais não existe um número máximo de associados para compor a cooperativa. 
Entretanto o número mínimo é aquele mínimo necessário para compor a administração. Atenção: 
a responsabilidade dos sócios de uma Cooperativa poderá ser limitada ou ilimitada, conforme o 
estatuto social. 
 
Encerrando as Cooperativas é importante ainda salientar que também desenvolvem 
atividade civil: os profissionais intelectuais. Mas quem é o profissional intelectual? Este é aquele 
que desenvolve atividade de cunho científico, literário ou artístico. Exemplo: advogado, engenheiro, 
contador, ator, médico. Todas as pessoas, como regra geral, desenvolvem atividade civil. 
 
Entretanto, e muita atenção, se presente o elemento de empresa naquela atividade 
desenvolvida pelo um profissional intelectual poderá ser considerando como uma atividade 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
empresária. Sendo assim depende das atividades desempenhadas. Logo se junto ao profissional 
intelectual existir outra atividade empresária simultânea, ou seja, quando a atividade do profissional 
é mais um dos elementos componentes da empresa, aquela atividade passa a ser atividade 
empresária. Por exemplo: clínicas médicas e de exames em conjunto. 
 
Art. 966 - Parágrafo Único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com 
o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
Por fim, cabe ainda salientar que também desenvolvem atividade civil os profissionais rurais 
não registrados. Lembre-se que o registro para empresário rural é faculdade. 
 
Vimos no início do tópico que não existe conceitualização no Código Civil do que vem a ser 
atividade empresária, mas lembre-se que basicamente a atividade empresária = é igual a empresa. 
Vale ainda dizer que é a organização econômica dos fatores de produção, desenvolvida por pessoa 
natural ou jurídica, para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, através de um 
estabelecimento comercial e que visa lucro, com colaboração de terceiros. 
 
Toda Pessoa Natural que desenvolve atividade empresária trata-se do empresário individual. 
Ou seja, o empresário individual é uma pessoa física que exerce atividade empresária. Lembre-se 
ainda: tal responsabilidade deste será sempre ilimitada. 
 
Entretanto no que tange as Pessoas Jurídicas que desenvolvem atividade empresária 
teremos as sociedades empresárias e EIRELES. Quando a EIRELE, do que se trata? É a empresa 
individual (um sócio apenas) de responsabilidade limitada. Trata-se da mais nova pessoa jurídica do 
direito privado do Brasil. Aqui, de regra, não existe exposição do patrimônio particular ao risco da 
empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
Mas afinal de contas a EIRELE pode ser chamada de sociedade? Majoritariamente sim 
(exceção, Fábio Ulhoa Coelho) por ser uma sociedade unipessoal. 
 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será 
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, 
devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior 
salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) 
(Vigência) 
 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão 
"EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de 
responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade 
limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá 
resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num 
único sócio, independentemente das razões que motivaram tal 
concentração. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
§ 4º ( VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada 
constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a 
remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de 
imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa 
jurídica, vinculados à atividade profissional. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 
2011) (Vigência) 
 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que 
couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído pela Lei 
nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
Cabe ainda salientar que uma pessoa não pode constituir duas EIRELES. Cabe apenas uma 
EIRELE por CPF. Por fim, afirma-se que se aplicasubsidiariamente as EIRELES o que se aplica às LTDA. 
Apenas pessoas físicas poderão fazer EIRELE, ou seja, pessoa jurídica não poderá ser sócia em uma 
EIRELE. 
 
Outra questão importante, já adentrando um pouco nas empresas LTDA: imagina uma 
determinada sociedade LTDA formada por duas pessoas. Se ocorre um evento e um dos sócios vem 
a falecer. Será que a sociedade deixa de ser sociedade? Não, ela continua sendo uma sociedade. O 
que ocorre neste caso: é a unipessoalidade incidental temporária, porque segundo Código CIvil, o 
sócio remanescente terá um prazo de 180 dias: convidar mais alguém para compor a sociedade, ou 
converter esta sociedade LTDA na figura do empresário individual ou ainda seria possível 
transformar esta sociedade LTDA em uma EIRELE. Entretanto se nada for feito (das três hipóteses): 
teremos a dissolução total da sociedade. 
 
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: 
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e 
oitenta dias; 
 
4 – QUEM PODE EXERCER ATIVIDADE EMPRESÁRIA - CAPACIDADE 
 
Não será toda pessoa que gozará de capacidade para exercer atividade empresária. 
 
Afirma-se que tem capacidade aqueles que: 
 Pleno Gozo da Capacidade Civil (não estiverem nos art. 3º e 4º do CC). 
 E Não Forem Legalmente Impedidos. 
 
Atenção  estes dois requisitos são cumulativos. 
 
E quais são as hipóteses de impedimento: 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
 falidos não reabilitados. 
 chefes das forças armadas. 
 militares da ativa. 
 chefe das três esferas do Poder Executivo (Governador, Prefeitos, Presidente). 
 leiloeiros. 
 servidores públicos (art. 117, X, da Lei 8.112/90) – mas cuidado que sócio poderá ser 
acionista ou cotista. Ele poderá ser sócio, mas não poderá exercer atividade empresária. 
Mas ele poderá ser investidor e figurar no quadro social. 
 
Mas quem exercer atividade empresarial, estando legalmente impedido, responderá pelas 
obrigações contraídas nos termos do artigo 973 do CC. Responde de maneira ilimitada, inclusive 
criminalmente. 
 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
 
Atenção para as exceções do artigo 974 do CC. Segundo este artigo diante da incapacidade 
superveniente ou diante da incapacidade do sucessor, é possível que o incapaz continue o exercício 
da atividade empresária. Exemplo: Imagina uma pessoa que vinha exercendo a atividade 
empresária. E em algum momento esta pessoa é interditada (transtorno bipolar). E de acordo com 
o artigo 3º do CC ele é incapaz. Logo o dispositivo legal, se esta pessoa estiver devidamente 
representada (porque é absolutamente incapaz), contando com autorização judicial (juiz irá verificar 
a possibilidade ou não da concessão), é possível que ele continue a atividade empresária. Mas tudo 
isto através de seu representante legal. Lembre-se ainda: que tal autorização poderá ser revogada 
a qualquer tempo. 
 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por 
seus pais ou pelo autor de herança. 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das 
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em 
continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, 
tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos 
direitos adquiridos por terceiros. 
 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já 
possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao 
acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a 
autorização. 
 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas 
Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de 
sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma 
conjunta, os seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 
 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; (Incluído 
pela Lei nº 12.399, de 2011) 
 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei nº 
12.399, de 2011) 
 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente 
incapaz deve ser representado por seus representantes legais. (Incluído 
pela Lei nº 12.399, de 2011) 
 
Ademais apresenta-se uma segunda hipótese: imagine um jovem de 17 anos, único herdeiro 
de pais empresários. Estes genitores vêm a falecer. Este jovem poderá continuar a atividade 
empresária de seus pais? Sim, desde que ele conte com um assistente (porque é relativamente 
incapaz) e exista autorização judicial. 
 
Vamos piorar um pouco a situação? Imagine aquele que é representante, torna-se impedido. 
Se o representante legal de um determinado incapaz agora é impedido. O que poderá ocorrer na 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
prática? Será que pode existir nomeação de alguns gerentes? Tudo isto dependerá de autorização 
judicial. Mas cuidado: ele nomeando um gerente continuará responsável pelos atos cometidos pelo 
mesmo. 
 
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do 
art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no 
Registro Público de Empresas Mercantis. 
 
Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; 
ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado. 
 
No que tange a autorização judicial para que absolutamente incapaz ou relativamente 
incapaz continue exercendo atividade empresária deverá ser levada ao registro nas Juntas 
Comerciais. 
 
Mas será possível a Constituição de uma Sociedade entre marido e mulher? Sim, desde que 
eles não sejam casados em Regime de Universal de Bens ou Separação Obrigatória Bens. 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com 
terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal 
de bens, ou no da separação obrigatória. 
 
Atenção  E no que tange ao empresário casado, será que o mesmo poderá alienar galpão 
de sua sociedade empresária para terceiro, sem que para tanto tenha autorização de sua esposa? 
Será que ele pode hipotecar o imóvel sem contar com a autorização da esposa? Ele pode alienar e 
gravar sem precisar da outorga uxória. E isto independe do Regime de casamento. 
 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, 
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
5 – REGIME JURÍDICO – SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
 
Sociedade é união entre duas ou mais pessoas que se obrigam a somar forças para a 
realização de um objetivo comum para ao final obterem renda. Claro que independe se é débito ou 
crédito. Ou seja, se a empresa der lucro, ao final o mesmo deverá ser partilhado, o que ocorrerá 
também acaso a empresa apresentar dívidas. 
 
Outrossim quem são as pessoas jurídicas existentes em nosso ordenamento jurídico? São as 
Pessoas Jurídicas de Direito Público (União, Estados, Autarquias, Municípios, ONU, Estados 
Estrangeiros) ou Privado (que são Associações, Sociedades, Partidos Políticos, Fundações, 
Organizações Religiosas,EIRELES). 
 
Ademais qual é a diferença entre sociedade simples e a empresária? As sociedades poderão 
ser personificadas ou não personificadas. A personificada é a sociedade que conta com 
personalidade jurídica (simples e as empresárias). Já as não personificadas são as sociedades em 
comum e as sociedades em conta de participação. 
 
Assim a principal diferença entre sociedade simples e empresária é que elas desenvolvem 
atividades diferentes. A sociedade empresária desenvolve empresária e a simples desenvolve 
atividade civil. 
 
Igualmente existe diferença no que tange ao Registro destas sociedades. As sociedades 
simples devem ser registradas no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, logo estas serão registradas no 
Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. 
 
Já as empresárias deverão ser registradas junto às Juntas Comerciais. E é somente com o 
registro que nasce a sua personalidade jurídica. Ademais é importante que se ressalte: existe um 
prazo que este registro seja realizado, ou seja, prazo de 30 dias. Assim acaso seja realizado o ato 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
constitutivo (contrato social) teremos prazo de 30 dias para levar o contrato social para registro na 
Junta Comercial. 
 
Atenção  lembre-se que os efeitos deste lapso temporal é ex tunc, ou seja, retroage. Já se 
o ato constitutivo for registrado na Junta Comercial após os 30 dias os efeitos é ex nunc, não 
retroage. 
 
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo 
antecedente será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de 
omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado. 
 
§ 1o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no 
prazo de trinta dias, contado da lavratura dos atos respectivos. 
 
§ 2o Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somente 
produzirá efeito a partir da data de sua concessão. 
 
Ainda no que tange ao Registro as sociedades empresárias deverão seguir um dos 5 tipos de 
sociedade existentes no ordenamento jurídico brasileiro, tais sejam: a Sociedade em Nome Coletivo, 
Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Ltda, Sociedade em Comandita por Ações e Sociedade 
Anônima. 
 
No que tange as sociedades simples estas poderão aderir a um tipo societário empresário. 
Mas veja, mesma que existe esta adesão, ela não deixará de ser sociedade simples. 
 
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos 
regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de 
conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às 
normas que lhe são próprias. 
 
 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE – DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
Mas será que a sociedade simples poderá aderir a qualquer tipo empresário? Vide artigo 
982, parágrafo único. As sociedades por ações sempre serão sociedade empresária. Portanto, 
podemos automaticamente concluir que as sociedades simples não poderão aderir as sociedades 
por ações. 
 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade 
que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a 
registro (art. 967); e, simples, as demais. 
 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se 
empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
 
No que tange a obrigatoriedade do registro, lembre-se que o mesmo ocorrendo gera 
regularidade (autonomia empresarial) e permite várias vantagens: participar de licitação, etc. E as 
pessoas obrigadas, responderão por omissão e demora no registro. 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
 
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo 
antecedente será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de 
omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado. 
§ 3o As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e 
danos, em caso de omissão ou demora. 
 
E quais são as principais espécies de Registro? São elas: a matrícula (aquela relacionada aos 
auxiliares no comércio), o arquivamento (diz respeito ao arquivamento dos atos constitutivos das 
sociedades e suas alterações) e a autenticação (diz respeito ao registro da escrituração contábil). 
 
O artigo 968 do Código Civil relaciona uma série de elementos que devem estar presentes 
na inscrição do empresário. Muita atenção: ao regime de bens do empresário. 
 
 
 
 
 
 
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PROFESSOR GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
 
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que 
contenha: 
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime 
de bens; 
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa; 
III - o capital; 
IV - o objeto e a sede da empresa. 
 
Mas muita atenção estimados alunos. De acordo com Lei Complementar 123  para Micro 
Empresa e Empresas de Pequeno Porte poderá ser dispensada a formalidade do artigo 968, II do CC. 
 
Art. 4o Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e 
entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) 
âmbitos de governo, deverão considerar a unicidade do processo de 
registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para tanto 
devendo articular as competências próprias com aquelas dos demais 
membros, e buscar, em conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos, 
de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade do 
processo, da perspectiva do usuário. 
 
I - poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura 
autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações 
relativas ao estado civil e regime de bens, bem como remessa de 
documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM; 
 
6 – INSCRIÇÃO E AVERBAÇÃO DE FILIAL PARA ATIVIDADE EMPRESÁRIA 
 
Imagine Guilherme com sua empresa de Hambúrguer com uma empresa na cidade de Santa 
Cruz do Sul - RS. Considerando que seguidamente o mesmo vai veranear na cidade de Balneário 
Camboriú – SC, deseja lá abrir uma filial. Para abrir esta empresa filial, é necessário o registro e 
inscrição junto à Junta do Estado de Santa Catarina. 
 
 
 
 
 
 
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Atenção  Existe igualmente a necessidade de informaçãos na Junta Comercial do Rio 
Grande do Sul do nascimento desta filial. 
 
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar 
sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste 
deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. 
 
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento 
secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis 
da respectiva sede. 
 
Lembre-se caro aluno que somente através do registro é que temos o nascimento da 
personalidade jurídica. E dele decorre autonomia patrimonial (a empresa poderá possuir 
patrimônio em seu próprio nome – para não existir confusão entre o patrimônio pessoal dos sócios 
e aquele que é da propriedade da sociedade), negocial (pode formalizar negócios em seu próprio 
nome) e processual (aqui a sociedade pode defender seus interesses em juízo em seu nome). 
 
7 – ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
Mas afinal de contas o que é estabelecimento empresarial? Pelo Amor de Deus  Não é 
igual a empresa. Lembre-se que empresa é atividade empresária. Portanto ninguémirá comprar na 
atividade empresária, mas sim no estabelecimento empresarial. 
 
Assim o Estabelecimento Empresarial trata-se do conjunto de bens materiais (carros, 
imóveis, etc) e imateriais (ponto comercial, marca), tangíveis e intangíveis, corpóreos e incorpóreos, 
que somados formam o chamado estabelecimento empresarial. 
 
O estabelecimento de forma unitária poderá ser objeto de negócios jurídicos, sejam eles 
translativos (1.143 do CC – transferência de propriedade do estabelecimento) ou negócios 
 
 
 
 
 
 
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constitutivos (art. 1.143 do CC – não existe transferência do estabelecimento). Será que este 
estabelecimento poderá ser doado, arrendado, alienado? Sim, ele poderá ser objeto de negócios 
jurídicos, sejam eles de negócios translativos ou constitutivos. 
 
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de 
negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com 
a sua natureza. 
 
Vale ressaltar que acaso seja realizado algum negócio, o contrato que tenha por objeto a 
alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento empresarial somente produzirá efeitos 
contra terceiros (erga omnes – contra toda coletividade – contra terceiros) depois de averbado na 
inscrição do empresário e devidamente publicado na imprensa oficial (diário oficial). 
 
Mas atenção a Lei Complementar 123/06 no seu artigo 71. Tal dispositivo legal leciona que 
os empresários e as sociedades que tratam esta lei ficam dispensados de publicação de qualquer 
ato societário. Logo, contrariando o que acima visto, acaso estivermos diante da alienação de uma 
Micro Empresa a mesma estará dispensada de publicar na imprensa oficial, isto porque as Micro e 
Empresas de Pequeno Porte tem tratamento diferenciado e simplificado. 
 
Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei 
Complementar, nos termos da legislação civil, ficam dispensados da 
publicação de qualquer ato societário. 
 
7.1 - Trespasse do Estabelecimento Empresarial 
 
E no que tange ao trespasse, o que significa? É o nome dado pela doutrina como alienação 
do estabelecimento empresarial. É o negócio jurídico de compra e venda que tem como objeto o 
estabelecimento empresarial. São duas as partes quando houver um trespasse: aquele que vende 
(trespassante) e aquele que compra (trespassatário). 
 
 
 
 
 
 
 
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O estabelecimento empresarial poderá ser vendido, desde que ele tenha quitado todos os 
credores. Mas se ele tiver dívidas, mesmo assim ele poderá ser alienado? Sim, desde que ele reserve 
parte destes bens que compõem o estabelecimento empresarial para que garanta o pagamento dos 
credores (das dívidas). 
 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu 
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento 
de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou 
tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
Mas igualmente peço atenção de vocês com o artigo 94, III, alínea C, da Lei 11.101/05. Eis 
que quando o estabelecimento empresarial for alienado fora dos padrões do artigo 1.145 do Código 
Civil poderão os credores solicitar falência. Ademais o artigo 129, inciso VI, da Lei 11.101/05 trata 
da possibilidade da revogação da alienação do estabelecimento empresarial que não respeitou os 
parâmetros do artigo 1.145 do CC. 
 
Outra questão importante é demonstrada através de exemplo: Tenho uma Hamburgueria. 
Quero vende-la eis que quero morar nos EUA viver o sonho americano. Vendo para o Prof. Nidal a 
Hamburgueria. Após 2 anos morando nos EUA, resolvo retornar ao Brasil eis que senti muita 
saudade do Prof. Luiz Henrique. Assim resolvo abrir uma nova Hamburgueria. Será que posso abrir? 
A lei diz que as partes poderão convencionar em seu negócio algo sobre a possibilidade de 
concorrência. Mas se no contrato de trespasse nada falar? Afirma o Código Civil que pelo período 
de 5 anos não posso abrir atividade idêntica ou similar. 
 
Igualmente no caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento empresarial fica 
vedada a concorrência durante o período de vigência do contrato (durante o lapso temporal do 
contrato). 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subseqüentes à transferência. 
 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato. 
 
Entretanto, caros alunos, gostaria igualmente que vocês se atentassem para a Súmula 646 
do STF eis que a mesma leciona a proibição de lei municipal proibir a instalação de estabelecimentos 
comerciais do mesmo ramo em determinada área/região. 
 
SÚMULA 646 DO STF - OFENDE O PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA LEI 
MUNICIPAL QUE IMPEDE A INSTALAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS 
COMERCIAIS DO MESMO RAMO EM DETERMINADA ÁREA. 
 
Outro aspecto importante no tocante ao trespasse do estabelecimento empresarial ocorre 
quando: por exemplo, se eu vender a Hamburgueria para Prof. Nidal, o mesmo irá investir-se 
automaticamente em todos os contratos celebrados para que as atividades continuem. A regra geral 
portanto é: a sub-rogação automática do trespasse. Assim se eu vendi a Hamburgueria, o Prof. Nidal 
irá sub-rogar-se em todos os contratos do antigo proprietário. Mas será que serão todos os 
contratos mesmo? Via de regra sim, muito embora as partes poderão dispor em sentido diverso no 
contrato. 
 
Mas muita atenção e cuidado: para os contratos personalíssimos (aqueles contratos em 
razão da pessoa – confiança), não aplicamos a regra da sub-rogação automática. Por exemplo, 
imaginem a contratação de uma assessoria jurídica. Este contrato é de confiança. Logo este contrato 
não será sub-rogado de maneira automática. 
 
 
 
 
 
 
 
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Atenção  se cair na prova sobre a prorrogação automática do contrato de locação em que 
está presente o estabelecimento comercial, responda que o mesmo instrumento admite sub-
rogação, eis que não apresenta caráter personalíssimo. 
 
8 – AÇÃO RENOVATÓRIA 
 
 A Ação Renovatória trata-se da possibilidade do empresário que vem à locar um 
determinado imóvel para estabelecer e exercer sua atividade empresária, buscar a renovação 
judicial do contrato de locação. 
 
São os requisitos para Concessão: 
 
 - Contrato Escrito e de Prazo Determinado. 
 
 - Prazo mínimo do contrato ou sua soma dos prazos ininterruptos – 5 anos. 
 - Admite-se a Acessio Temporis é a possibilidade do somatório dos prazos dos contratos. 
 - Mas lembre-se que a soma deste prazo é ininterruptos. 
 
Atenção ilustres alunos: já existem julgados dos tribunais superiores determinando que se 
houverem prazos pequenos (por exemplo: aquele referente a renegociação), as comprovada a 
continuidade e a relação entre as partes, não existe a perda do prazo para o ingresso da ação 
Renovatória. 
 
- Locatário deve estar atuando no mesmo ramo da atividade pelo prazo mínimo e 
ininterrupto de 3 anos. 
 
 - Estes requisitos devem ser atendidos de maneira cumulativa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Entretanto no caso do locador. Será que existe algum argumento por parte do mesmo paraimpedir esta renovatória? É possível sim que o locador apresente as exceções de retomada (ou 
direito de recusa). 
 
Assim o proprietário (locador) poderá retomar o imóvel para residir no local ou mudar o 
destino do mesmo. Igualmente pode inclusive solicitar o imóvel para transferência de outro 
estabelecimento empresarial, entretanto desde que este exista por mais de 1 ano e que o sócio 
tenha capital majoritário. 
 
Art. 52. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se: 
 
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de 
fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria 
do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente. 
 
Da mesma forma ele não está obrigado a renovar acaso venha receber determinação do 
Poder Público para que efetue obras. Igualmente não está obrigado acaso receba proposta de maior 
valor de terceiro, entretanto nesse caso ele terá que apresentar para o locatário a proposta à fim 
de cumprir o direito de preferência. Tudo isto também poderá ser utilizado como direito de 
exceções de retomada. 
 
Art. 72. A contestação do locador, além da defesa de direito que possa 
caber, ficará adstrita, quanto à matéria de fato, ao seguinte: 
 
I - não preencher o autor os requisitos estabelecidos nesta lei; 
 
II - não atender, a proposta do locatário, o valor locativo real do imóvel na 
época da renovação, excluída a valorização trazida por aquele ao ponto ou 
lugar; 
 
III - ter proposta de terceiro para a locação, em condições melhores; 
 
 
 
 
 
 
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IV - não estar obrigado a renovar a locação (incisos I e II do art. 52). 
 
Outrossim qual é o prazo para propositura da Ação Renovatória? Quando faltar 1 ano para 
terminar o contrato inicia-se o prazo, que irá durar até 6 meses antes de terminar o prazo do 
contrato. Logo o prazo para entrar com Ação Renovatória será dos primeiros 6 meses iniciais, 
quando faltar 1 ano para o final do contrato. E atenção: este prazo é decadencial. 
 
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá 
direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, 
cumulativamente: 
 
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no 
interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à 
data da finalização do prazo do contrato em vigor. 
 
Muita atenção à Súmula: 482 do STF. A lei de luvas foi substituída, portanto cuidado com 
esta súmula (tirar os NÃO). Vale o artigo 51, §1º da Lei 8.245/91. 
 
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá 
direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, 
cumulativamente: 
 
§ 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos 
cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do 
imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo 
sublocatário. 
 
Outrossim leciona o STJ que o novo contrato renovado judicialmente, não importa o prazo 
do contrato anterior, eis que o novo contrato será renovado pelo período de 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Por fim as Sociedades Simples sem fins Lucrativos também poderão valer-se de Ação 
Renovatória, assim como os lojistas de Shoppings Centers. 
 
9 – NOME EMPRESARIAL 
 
O Nome Empresarial é o elemento de identificação da empresa (individualização) em meio 
a coletividade. Estou falando em nome que identifica empresário individual, eireles e sociedades 
empresariais. Tal nome é regido pelo princípio da Novidade e da Veracidade. 
Importante ainda dizer que o nome empresarial a ser registrado deve ser um nome novo. 
Por isso ele é registro pelo princípio da novidade. Logo não posso registrar nome empresarial que 
já tenha existência, ou seja, respeitando o princípio da novidade. 
 
Conforme Lei de nº 8934/94 em seu artigo nº 34 leciona sobre os princípios (novidade e 
veracidade). 
 
Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da 
novidade. 
 
Já no que tange ao princípio da veracidade (da verdade), vamos exemplificar: imaginem se 
temos uma sociedade de médicos. Digamos que alguém destes sócios venha a falecer. Será que não 
seria correto retirar o nome daquele que faleceu, considerando a possibilidade de alguém contratar 
um serviço em razão do nome do finado? Sim, acaso venha acontecer estaremos frente a uma 
afronta ao princípio da veracidade, logo este nome terá que ser retirado do nome empresarial. 
 
Outrossim a retirada do nome do sócio também ocorrerá em caso de retirada espontânea 
do sócio ou retirada coercitiva do mesmo. Sempre devemos observar o princípio da veracidade. 
Assim se houver óbito, sob pena do espólio ou ex-sócio continuar a responder igualmente quando 
fazia parte da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já 
inscrito no mesmo registro. 
 
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já 
inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga. 
 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, 
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu 
próprio, com a qualificação de sucessor. 
 
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não 
pode ser conservado na firma social. 
 
Atenção  importante ressaltar que o Nome Empresarial não é igual a Marca, Título do 
Estabelecimento ou Domínio de Internet. Uma coisa é nome empresarial, outra coisa é a marca. O 
nome empresarial é para identificar a sociedade empresarial como um todo. 
 
Outrossim uma vez registrado o ato constitutivo nós vamos garantir a proteção ao nome 
empresarial. Mas vale ressaltar que esta proteção está respaldada somente na Unidade Federativa 
aonde fora registrada a sociedade, até porque às Juntas Comerciais são responsabilidade de cada 
Estado. Entretanto no tocante a Marca, a sua proteção ocorrerá no âmbito nacional (lembre-se que 
marca é para identificar determinado produto e/ou serviços). 
 
Mas Atenção: esta proteção conferida a Marca é uma proteção que ocorre unicamente no 
ramo de atividade específico para aquele segmento desempenhado. Vale ressaltar que a Marca 
adquire proteção a partir do registro no INPI. 
 
Afirma-se ainda que o nome empresarial é inalienável. 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, 
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu 
próprio, com a qualificação de sucessor. 
 
Mas cuidado e atenção ao § único do artigo acima citado, eis que através do trespasse o 
adquirente do estabelecimento empresarial, por ato entre vivos, poderá utilizar o nome empresarial 
do alienante, desde que exista previsão no instrumento, e que esta utilização do nome seja 
precedida (o nome do adquirente vai na frente ... sucessores de .... nome empresarial antigo) do 
nome próprio do adquirente, acrescido da expressão: sucessor de. 
 
Por fim e no que tange a denominação de uma sociedade simples, associação ou fundação. 
Eles também poderão se valer dos instrumentos protetivos do nome empresarial? Claro que sim.9.1 - Espécies de Nome Empresarial 
 
São duas espécies de nome empresarial: firma (razão) e a denominação. 
 
A firma trata-se do nome empresarial construído a partir do nome civil de um, algum ou de 
todos os demais sócios. A presença do ramo de atividade na firma é facultativa, ou seja, não é 
obrigatória. 
 
Entretanto a denominação é formada a partir do elemento fantasia. Esta tem que 
necessariamente informar o ramo de atividade. Aqui estamos diante de uma obrigação. 
 
Atenção  cuidado com a exceção do art. 72 da Lei Complementar 123/06. Aqui nos casos 
de Micro Empresa ou Empresa de Pequeno Porte a informação do ramo de atividade é facultativa 
(é dispensável). Lembre-se do tratamento diferenciado para estas modalidades empresariais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Igualmente é importante lembrar que existem 5 tipos societários em nosso ordenamento. 
Para cada um destes tipos existe uma forma de nome empresarial. Nas sociedades que tivermos a 
presença de sociedade com responsabilidade ilimitada (nome coletivo, comandita simples, 
comandita por ações, é obrigatório o nome de firma. Já nas S.A. ou Ltda, como a responsabilidade 
é limitada, o nome poderá ser por denominação. 
 
Mas cuidado com as exceções (duas): 
 - na sociedade limitada o nome empresarial também pode ser formado por firma. 
- na comandita por ações o nome empresarial também pode ser formado por denominação. 
 
A palavra CIA ao final do nome empresarial tem função de demonstrar a existência de outros 
sócios. Mas quando for no começo ou no meio do nome empresarial isto quer dizer que identifica 
uma S.A. 
 
Já no tocante ao nome empresarial do empresário individual este é formado por Firma. Já 
no tocante do nome empresarial da EIRELE, ela poderá ter como nome Firma ou Denominação. Mas 
lembre-se sempre que ao final terá que ter a denominação EIRELE. 
 
Já o nome empresarial da Micro Empresa deve vir o acréscimo de ME (por extenso ou simples 
ME) o mesmo vale para a EPP. Cuidado com o 1.158 §2º CC  fala sobre a obrigatoriedade da 
denominação. Mas em Micro Empresa e EPP não existe necessidade em face do tratamento 
diferenciado que estas modalidades recebem. 
 
Já no que tange a Cooperativa ela irá antes do objeto  referente ao nome empresarial. 
 
E se houver choque (colisão) entre nome empresarial e marca? A resposta para estes tipos 
de conflito deve levar não apenas a anterioridade, mas conforme jurisprudência do STJ deve ser 
resolvido levando-se em consideração a anterioridade (quem registrou primeiro), a especificidade 
 
 
 
 
 
 
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(o ramo de atividade de quem detém o nome e a marca) e a territorialidade (área de atuação do 
detentor do nome e da marca). 
 
10 – CLASSIFICAÇÕES DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
 
10.1 - Primeira Classificação – Ato Constitutivo 
 
Quanto ao ato constitutivo as sociedades se dividem em sociedades estatutárias 
(institucionais – aqui tenho estatuto social – aqui temos acionistas – aqui existe vínculo único para 
com a sociedade somente) e contratuais (aqui tenho contrato social – aqui temos os cotistas – na 
sociedade contratual temos duplo vínculo, ou seja, vínculo com a sociedade e com os demais 
sócios). 
 
Já a Sociedade Anônima e a Sociedade por Comandita por Ações  são sociedades 
estatutárias. Na sociedade contratual o capital social é divido por cotas, já nas Sociedades Anônimas 
e Sociedade por Comandita por Ações o capital social é dividido por ações. 
 
10.2 - Segunda Classificação – Alienação da Participação Societária 
 
As sociedades empresárias dividem-se em sociedades de capital e de pessoas (sociedade 
personalista). 
 
Nas sociedades de pessoas os atributos pessoais são relevantes. Aqui como regra (tem 
exceção no artigo 1.057 do CC) não existe como terceiro estranho entre na sociedade, salvo se 
houver concordância de todos os sócios. Aqui não existe livre circulação de cotas. 
 
Atenção  a princípio não existe como penhorar as cotas, mas sim os direitos referentes às 
cotas. Aqui temos como exemplos de sociedade: Sociedade de Comandita Simples e Sociedade em 
Nome Coletivo. 
 
 
 
 
 
 
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Já nas sociedades de capital os atributos pessoais são irrelevantes. Aqui para entrar, por 
exemplo o terceiro, basta que ele tenha capacidade financeira, sem que os sócios ofereçam 
qualquer oposição. Isto ocorre porque aqui nesta sociedade existe livre circulação de ações. 
Ademais estas ações poderão ser inclusive penhoradas. Aqui temos como exemplos de sociedade: 
S.A, Sociedades de Comandita por Ações. 
 
Atenção  a LTDA poderá ser tanto como sociedade de capital, como de pessoas. 
 
10.3 - Terceira Classificação – Responsabilidade dos Sócios 
 
Tipo Societário que Sócios Respondem Limitada  Ltda e S.A. 
 
Tipo Societário que Sócios Respondem Ilimitada  Sociedade em Nome Coletivo. 
 
Tipo Societário que Sócios Respondem Mistas  Comandita Simples e Comandita por Ações. 
 
Na Comandita Simples nós temos a classe dos sócios comanditados (respondem 
ilimitadamente) e os comanditários (respondem limitadamente). Já na sociedade de Comandita por 
Ações temos duas classes de sócios: o sócio diretor (respondem ilimitadamente) e o sócio comum 
(respondem limitadamente). 
 
Atenção  não importa qual o tipo societário, a empresa sempre responderá 
ilimitadamente. 
 
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada 
operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, 
bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e 
companhia" ou sua abreviatura. 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas 
obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, 
figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. 
 
11 – AUTONOMIA PATRIMONIAL DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
 
A sociedade adquire a personalidade jurídica através do registro. E um dos favores legais 
decorrentes da autonomia patrimonial, que é consequência do registro: é o benefício de ordem. 
 
Mas afinal do que se trata tal benefício de ordem? Trata-se da garantia dos sócios de não 
perderem seus bens enquanto a sociedade tiver bens (patrimônio social). Mas se a sociedade não 
ter bens suficientes para saldar a obrigação, o credor como segunda alternativa poderá tentar 
buscar o patrimônio dos sócios como responsabilidade subsidiária. 
 
Ademais o patrimônio dos sócios somente será atingido de acordo com o tipo societário 
optado. Por exemplo: na LTDA o sócio responde até o limite das suas cotas. 
 
Atenção  o credor somente poderá atingir o patrimônio dos sócios que não tenham havido 
integralizado o valor prometido por suas cotas. Ademais lembre-se ainda que existe solidariedade 
entre os sócios no que tange a obrigação da integralização das cotas. 
 
Na sociedade anônima todos os sócios respondem limitadamente, mas não existe 
solidariedade no que tange aos sócios. 
 
12 – DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
A Desconsideração da Personalidade Jurídica nasceu na doutrina. A mesma passa a ser 
possível uma vez demonstrada prática por sócio/administrador de ato fraudulento, de maneira 
 
 
 
 
 
 
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abusiva (desvio de finalidade ou confusão patrimonial),como meio de enriquecer ilicitamente. 
Assim este que cometeu o ato poderá ter seu patrimônio pessoal atingido de maneira ilimitada. 
 
Mas lembre-se: que aqui teremos a invasão do patrimônio do sócio e/ou administrador que 
agiu abusivamente. Ou seja, não será todo e qualquer sócio que será atingido. 
 
Este pedido será feito pela parte credora e poderá ser realizado ainda inclusive pelo 
Ministério Público. 
 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir 
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou 
sócios da pessoa jurídica. 
 
Atenção  não podemos confundir desconsideração com despersonalização. A 
desconsideração da personalidade jurídica não implica na retirada da sociedade (será apenas de 
momento), permitindo assim que seja alcançado o patrimônio do sócio que fez o ato fraudulento. 
 
Súmula 435 do STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que 
deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos 
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o 
sócio-gerente. 
 
Vale ressaltar que em nosso Ordenamento Brasileiro foi adotado a Teoria Maior para 
Desconsideração da Personalidade Jurídica  é majoritária  mais exigente, eis que apresenta 
aspectos objetivos de prova  desvio de finalidade e confusão patrimonial  assim atinge ao sócio 
que apresenta intenção de fraudar a lei ou prejudicar credores. 
 
 
 
 
 
 
 
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Por fim, será que é possível a Desconsideração Inversa da Personalidade Jurídica  esta 
teoria não encontra norma legal. Mas a nossa jurisprudência admite esta teoria, inclusive o STJ. Mas 
do que se trata a desconsideração inversa? Aqui é quando a obrigação é da pessoa física, mas fica 
demonstrado na demanda judicial que aquela pessoa física não tem mais nada em seu nome natural 
e transferiu tudo para empresa. Logo, considerando que agiu com fraude e abuso, a demanda 
poderá ser revertida contra a empresa em que a pessoa natural é sócia. 
13 – ESPÉCIES DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
 
13.1 - Sociedade em Nome Coletivo 
 - Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
 - Poderão ser administradores as pessoas que são sócios. 
 - Poderão ser sócios apenas pessoas físicas. 
 - Regida subsidiariamente pelas normas da sociedade simples. 
 
13.2 - Sociedade em Comandita Simples 
 - Sócios comanditados e comanditários de acordo com o contrato social. 
 - Aqui eu aplico subsidiariamente normas das sociedades em nome coletivo. 
 - Sócio comanditário não poderá praticar qualquer ato de administração/gestão. 
 - Sócio comanditário não poderá ter o nome na firma social. 
 - Sócio comanditados terão os mesmos direitos/deveres dos sócios da sociedade acima. 
 
13.3 - Sociedade em Comandita por Ações 
 - Sócio Diretor poderá administrar. 
 - Sócio Diretor terá responsabilidade subsidiária e responde após a fim dos bens sociais. 
 - Aplico as Regras da S.A. 
 - Subsidiariamente aplico as Regras do Código Civil. 
 - O objeto da sociedade não poderá ser alterado em assembleia sem autorização diretores. 
 - Sem autorização de diretores não poderá ser alterado o capital social. 
 
 
 
 
 
 
 
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13.4 - Sociedade Ltda 
 - Norma Aplicada a Sociedade Ltda – 1.052 até 1.087 do CC. 
 - Ato Constitutivo – o ato constitutivo é o Contrato Social da empresa LTDA. 
 - O nome empresarial pode ser formado: tanto por firma ou denominação. 
 - O capital social é dividido por cotas (são os famigerados cotistas). 
 - Nas sociedades Ltda --> respondem limitadamente conforme suas cotas. 
 - A sociedade é Híbrida  pode ser tanto como sociedade de capital ou pessoas. 
 
No que tange as Deliberação dos Sócios nas sociedades LTDA, algumas matérias vão 
depender de deliberação. Lembrem-se que estas matérias poderão estar indicadas na lei ou no 
contrato social. Como por exemplo: retirada de administrador, modificação de contrato social. Vide 
artigo 1.071 do CC. 
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias 
indicadas na lei ou no contrato: 
 
I - a aprovação das contas da administração; 
 
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; 
 
III - a destituição dos administradores; 
 
IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; 
 
V - a modificação do contrato social; 
 
VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do 
estado de liquidação; 
 
VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas 
contas; 
 
 
 
 
 
 
 
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VIII - o pedido de concordata. 
 
Exemplificando: acaso existir necessidade de fusão entre sociedades, qual é a necessidade 
de votos necessários para ser operada a fusão? Será de no mínimo ¾ (75%) do capital social. Vale 
ressaltar ainda que a vontade da maioria obriga os demais. 
 
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063, as 
deliberações dos sócios serão tomadas: 
 
I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, 
nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071; 
 
Cabe ainda afirmar que a Deliberação dos Sócios poderá ser por uma reunião (10 sócios ou 
menos, poderá ser por reunião) ou por assembléia (mais de 10 sócios, obrigatoriamente serão por 
assembléia). 
 
Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, 
serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no 
contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos 
previstos em lei ou no contrato. 
 
§ 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios 
for superior a dez. 
 
Ainda temos a realização e observância do Princípio Majoritário das Deliberações Sociais, 
isto é, que deverá ser respeitada a maioria legal dos sócios presentes, obrigando inclusive os demais 
ausentes. 
 
Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, 
serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no 
 
 
 
 
 
 
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contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos 
previstos em lei ou no contrato. 
 
§ 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3o do art. 
1.152, quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, 
cientes do local, data, hora e ordem do dia. 
 
E o que será que irá ocorrer acaso ocorram Deliberações que Não Estejam de Acordo com a 
Lei ou Contrato  tornaram ilimitada a responsabilidade daqueles sócios que participaram da 
mesma. Ou seja, aqueles que expressamente tenham aprovado serão responsabilizados. 
 
Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam 
ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram. 
 
No que diz respeito ao Capital Social da Empresa Ltda o mesmo é dividido em cotas, iguais 
ou desiguais, sendo que todos os sócios deverão contribuir para a formação do mesmo através de 
dinheiro, bens ou créditos. 
 
Quando algum sócio contribui com a formação do capital com um bem, pelo valor estimadoao bem que foi utilizado para subscrição do capital social, todos os sócios responderão 
solidariamente, pelo prazo de 5 anos, pela data do registro da sociedade. 
 
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo 
uma ou diversas a cada sócio. 
 
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem 
solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro 
da sociedade. 
 
§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
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Outrossim será ser possível que o capital social seja diminuído ou aumentado? Se o capital 
da sociedade não foi totalmente integralizado, não posso pensar em aumentar. O capital social 
poderá ser aumentado, desde que totalmente integralizado. 
 
Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, 
pode ser o capital aumentado, com a correspondente modificação do 
contrato. 
 
§ 1o Até trinta dias após a deliberação, terão os sócios preferência para 
participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam titulares. 
 
§ 2o À cessão do direito de preferência, aplica-se o disposto no caput do art. 
1.057. 
 
§ 3o Decorrido o prazo da preferência, e assumida pelos sócios, ou por 
terceiros, a totalidade do aumento, haverá reunião ou assembléia dos 
sócios, para que seja aprovada a modificação do contrato. 
 
Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente 
modificação do contrato: 
 
I - depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis; 
 
II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade. 
 
Art. 1.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a redução do capital 
será realizada com a diminuição proporcional do valor nominal das quotas, 
tornando-se efetiva a partir da averbação, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, da ata da assembléia que a tenha aprovado. 
 
Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a redução do capital será feita 
restituindo-se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensando-se as 
prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos os 
casos, do valor nominal das quotas. 
 
 
 
 
 
 
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§ 1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicação da ata da 
assembléia que aprovar a redução, o credor quirografário, por título líquido 
anterior a essa data, poderá opor-se ao deliberado. 
 
§ 2o A redução somente se tornará eficaz se, no prazo estabelecido no 
parágrafo antecedente, não for impugnada, ou se provado o pagamento da 
dívida ou o depósito judicial do respectivo valor. 
 
§ 3o Satisfeitas as condições estabelecidas no parágrafo antecedente, 
proceder-se-á à averbação, no Registro Público de Empresas Mercantis, da 
ata que tenha aprovado a redução. 
 
Outrossim e no tocante a redução do capital social, será que é possível? E o princípio da 
intangibilidade do capital social? E no tocante aos eventuais credores, eles não ficarão 
prejudicados? O que o princípio da intangibilidade quer resguardar é o risco para a distribuição de 
lucros para os sócios. Ademais não se permite a distribuição de lucros fictícios. 
 
Assim em determinadas situações o capital social poderá ser reduzido conforme reza o 1.082 
e 1.031 do Código Civil. Nestes artigos estão citadas as possibilidades de redução do capital social 
da sociedade. São as presentes possibilidades: 
 
 no caso de perda irreparável (desde que capital esteja integralizado totalmente). 
 se excessivo em relação ao seu objeto (capital muito maior do que o objeto explorado). 
 no caso de retirada dos sócios (retirada do valor patrimonial referente suas cotas). Mas 
atenção: poderá ter reposição da retirada (cotas) pelos demais sócios que 
permaneceram. 
 
Atenção e sempre lembre: a modificação do contrato sempre dependerá da autorização de 
¾ (75%) daqueles cotistas. 
 
 
 
 
 
 
 
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E como será que fica o poder decisório da sociedade Ltda? O Poder de Controle (ou de 
decisão na sociedade Ltda) é exercido por aquele que detiver a maioria de votos, contados segundo 
o valor das cotas de cada um daqueles sócios. 
 
Assim em caso de deliberação e poder decisão, quais são critérios utilizados? O primeiro 
critério é o volume da participação dos sócios no capital social da empresa. O segundo critério é o 
número de sócios que votaram. Já o terceiro critério, em caso de empate nos demais, caberá ao 
magistrado decidir a quem terá o poder de decisão. 
 
Já no que tange a Administração da Sociedade Ltda, poderá a mesma ser administrada por 
uma ou mais pessoas, independe de ser sócios ou não. 
 
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de 
aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver 
integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização. 
(Redação dada pela Lei nº 12.375, de 2010 
 
Ademais para que ocorra a administração por não sócios, existem alguns critérios para serem 
observados. Será exigida uma aprovação de 2/3 (66,66%) do capital social. Entretanto se o capital 
social não estiver totalmente integralizado, para que seja designado administrador não sócio, 
dependerá de aprovação total do capital social. 
 
Entretanto ainda existirá a possiblidade da Administração Ltda ser colegiada, ou seja, por 
todos os sócios. Assim se a administração da sociedade LTDA for atribuída para todos os sócios a 
condição de administração não se estenderá aos que posteriormente adquiriram essa condição. 
 
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas 
designadas no contrato social ou em ato separado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os sócios 
não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa 
qualidade. 
 
Atenção  aqueles que entram posteriormente na sociedade, não se exigirá 
instrumentalização (assinatura) deste. Outrossim para que este sócio que vem integrar 
posteriormente a sociedade venha ter poderes de administração será necessário um ato aditivo que 
o integre como administrador com poderes para tanto. 
 
Outro fato que clama atenção de vocês, estimados alunos, trata-se da chamada Teoria Ultra 
Vires (Além do Pacto da Sociedade). Sendo assim será que a sociedade pode ser responsabilizada 
por um administrador que administra (pratica) negócio jurídico totalmente fora do âmbito 
celebrado no contrato social? Sem qualquer autorização do contrato social? Se o administrador atua 
dentro do limites e poderes que lhe foram entregues seus atos obrigam a sociedade. Entretanto se 
for além destes poderes, seus atos não poderão ser obrigados dos demais sócios/sociedade. 
 
Por fim, no que tange a Dissolução da Sociedade Ltda, cabe dizer que são formas de 
dissolução social: 
 
- O fim do prazo determinado (duração) da sociedade  poderá levar a extinção (dissolução) 
da sociedade empresarial. 
 
- Se a sociedade Ltda perde seu número de sócios, e não seja integrado outro no prazo de 
180 dias, tampouco convertida em EIRELE  poderá levar igualmente a dissolução da 
sociedade empresarial. 
 
- falência. 
 
 
 
 
 
 
 
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Mas a dissolução da sociedade não necessariamente será conforme acima, ou seja, total.A 
sociedade empresária Ltda poderá ser dissolvida de maneira parcial. Por exemplo: a retirada de um 
sócio é capaz de ensejar a dissolução parcial. 
 
Ainda no que tange a dissolução total da sociedade empresarial cabe afirmar que 
compreende 3 etapas (fases): 
 - rompimento do pacto social. 
 - liquidação (ou realização do capital) para pagamento dos credores. 
 - partilha onde o valor que sobrou deverá ser partilhado entre os sócios (cfe. cotas). 
 
Já a exclusão extrajudicial de um sócio da sociedade empresarial. Para que seja possível a 
exclusão do sócio sem processo judicial. Ademais os requisitos do artigo 1.085 do CC deverão ser 
atendidos: 
 - maioria do capital social (mais da metade do capital social). 
 - o contrato social traga previsão expressa de exclusão por justa causa. 
 - convocação de reunião/assembléia para tratar sobre a exclusão. 
 - deve ser conferido o direito de defesa ao sócio que pretende-se ser excluído. 
 
Por fim será que é possível a exclusão extrajudicial de sócio majoritário? Não, porque é 
necessário que os sócios que desejam excluir alguém precisam ter mais do que a metade do capital 
social. Entretanto será possível a exclusão do sócio majoritário por via judicial. 
 
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode 
o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos 
demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, 
ainda, por incapacidade superveniente. 
 
Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio 
declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do 
parágrafo único do art. 1.026. 
 
 
 
 
 
 
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13.5 - Sociedade Anônima 
 - Norma da S.A. – Lei 6.404/76 
 - Aplico subsidiariamente as normas do Código Civil. 
 - Nome empresarial da S.A. sempre será por denominação. 
 - Seu ato constitutivo é o estatuto social. 
 - O capital social é dividido por ações. 
 - Aqui todos os sócios respondem limitadamente no valor de suas ações. 
 - Aqui também não temos solidariedade entre os sócios na integralização das ações. 
 
A construção de uma sociedade anônima exige duas ou mais pessoas (regra da pluralidade). 
Mas cuidado que temos as sociedades subsidiárias integrais: aqui só tenho uma pessoa, e atenção: 
ela é pessoa jurídica. 
 
Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, 
tendo como único acionista sociedade brasileira. 
 
§ lº A sociedade que subscrever em bens o capital de subsidiária integral 
deverá aprovar o laudo de avaliação de que trata o artigo 8º, respondendo 
nos termos do § 6º do artigo 8º e do artigo 10 e seu parágrafo único. 
 
§ 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária integral mediante 
aquisição, por sociedade brasileira, de todas as suas ações, ou nos termos 
do artigo 252. 
 
Art. 252. A incorporação de todas as ações do capital social ao patrimônio 
de outra companhia brasileira, para convertê-la em subsidiária integral, será 
submetida à deliberação da assembléia-geral das duas companhias 
mediante protocolo e justificação, nos termos dos artigos 224 e 225. 
 
§ 1º A assembléia-geral da companhia incorporadora, se aprovar a 
operação, deverá autorizar o aumento do capital, a ser realizado com as 
 
 
 
 
 
 
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ações a serem incorporadas e nomear os peritos que as avaliarão; os 
acionistas não terão direito de preferência para subscrever o aumento de 
capital, mas os dissidentes poderão retirar-se da companhia, observado o 
disposto no art. 137, II, mediante o reembolso do valor de suas ações, nos 
termos do art. 230. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) 
 
§ 2º A assembléia-geral da companhia cujas ações houverem de ser 
incorporadas somente poderá aprovar a operação pelo voto de metade, no 
mínimo, das ações com direito a voto, e se a aprovar, autorizará a diretoria 
a subscrever o aumento do capital da incorporadora, por conta dos seus 
acionistas; os dissidentes da deliberação terão direito de retirar-se da 
companhia, observado o disposto no art. 137, II, mediante o reembolso do 
valor de suas ações, nos termos do art. 230. (Redação dada pela Lei nº 
9.457, de 1997) 
 
§ 3º Aprovado o laudo de avaliação pela assembléia-geral da incorporadora, 
efetivar-se-á a incorporação e os titulares das ações incorporadas receberão 
diretamente da incorporadora as ações que lhes couberem. 
 
§ 4o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas especiais de 
avaliação e contabilização aplicáveis às operações de incorporação de ações 
que envolvam companhia aberta. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 
2009) 
 
Art. 253. Na proporção das ações que possuírem no capital da companhia, 
os acionistas terão direito de preferência para: 
 
I - adquirir ações do capital da subsidiária integral, se a companhia decidir 
aliená-las no todo ou em parte; e 
 
II - subscrever aumento de capital da subsidiária integral, se a companhia 
decidir admitir outros acionistas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único. As ações ou o aumento de capital de subsidiária integral 
serão oferecidos aos acionistas da companhia em assembléia-geral 
convocada para esse fim, aplicando-se à hipótese, no que couber, o 
disposto no artigo 171. 
 
No que tange as Formas de Ações da Sociedade Anônima apresentamos: valor nominal, valor 
patrimonial e valor de negociação. 
 
 O Valor Nominal: é o resultado da divisão total do capital social pelo quantitativo de 
ações de cada acionário. 
 
 O Valor Patrimonial: é aquele referente à participação do patrimônio líquido de cada 
acionário. 
 
 O Valor de Negociação: é o valor (resultado) do comércio das ações. 
 
Outrossim no que diz respeito as Classificação das Ações Quantas às Vantagens de Seus 
Titulares teremos: 
 
 Ações Ordinárias: são aquelas de emissão obrigatória. Elas conferem direitos comuns à 
seus titulares (voto e participar nos lucros e perdas nas S.A.). Mas aqui não existe 
privilégio ou restrição. 
 
 Ações Preferenciais: aqui quem as detém possui vantagens. Por exemplo: prioridade na 
distribuição de lucros. 
 
 Ações de Gozo ou Fruição: este tipo acionário é utilizada para deduzir (amortizar) as 
dívidas da sociedade anônima. 
 
 
 
 
 
 
 
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Importante dizer que as ações poderão ser convertidas em uma na outra. Isto somente 
poderá ocorrer se houver autorização e naquilo que determinar o estatuto social da sociedade 
anônima. 
 
Ademais no que tange as Classificação das Ações, ou seja, conforme sua circulação, aponta-
se a existência das: 
 
 Ações Nominativas: estas ações são aquelas onde os titulares estão nominados no livro 
de registro de ações nominativas. Vide artigo 31 da Lei das S.A. 
 
 Ações Escriturais: estas ações são também nominativas. Mas a sua diferença é no tocante 
a sua transferência. As Escriturais não são transferidas por livros ou termos próprios, mas 
sim por conta de depósito (banco – movimentação bancária). 
 
A Classificação das Ações no tocante a possibilidade de negociação de seus valores 
mobiliários são: 
 
 Ações Abertas: é uma sociedade anônima que está autorizada a negociar seus valores 
mobiliários no mercado de capitais. Portanto está autorizada pela Comissão de Valores 
Mobiliários. Mas o que são os valores mobiliários

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