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CIÊNCIAS DO AMBIENTE Ecossistemas Aquáticos: Características e processos dos ambientes marinhos; estuarinos e dulcícolas Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Conteúdo Programático Caracterizar e discriminar os processos dos ecossistemas: Marinhos; Estuarinos; e Dulcícolas. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Oceanos O nosso planeta possui cinco oceanos: Pacífico, Índico, Ártico, Atlântico e Antártico. Apesar de serem conectado um ao outro, cada um possui suas características oceanograficas e de espécies. Sabe-se que Oceano Pacífico é o maior e mais profundo, sendo que o Oceano Atlântico é o segundo maior. Oceanos apresentam habitats e formas de vida diferentes. Por exemplo, nas águas geladas dos Oceanos Ártico e Antártico temos a maior população de Krill (pequenos animais semelhantes a camarões). ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Estuários Estuários são os ambientes de transição entre os rios e o mar. Sob forte influencia do regime de mares e da descarga dos rios, nesses ambientes são verificados sistemas complexos de circulação. Devido a menor densidade, as aguas continentais fluem em direção ao mar sobre a massa d'agua marinha que penetra no ambiente continental pelo fundo, estratificando a coluna de agua. Em função do volume de aguas provenientes dos rios e da forca das mares, a influencia das aguas marinhas pode ser sentida em grandes extensões no continente adentro, ou a influencia dos rios pode ser sentida na zona costeira, formando gradientes de salinidade em ambos os sentidos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Recifes de Corais Recifes de corais são o segundo ecossistema mais rico do planeta, ambiente com grande diversidade de plantas e animais. Devido a esse fato, são chamados de florestas tropicais dos oceanos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Lótico Ecossistemas lóticos são sistemas onde a água flui rápida e unidirecionalmente, como rios e córregos. Nesses ambientes habitam numerosas espécies de insetos como libélulas e besouros que evoluíram para se adaptar as características desse ambiente para sobreviver. Muitas espécies de peixes, como enguias, trutas e vairões (peixes de isca) são encontrados aqui. Vários mamíferos como castores, lontras e golfinhos de água doce habitam o ecossistema lótico. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Lêntico O ecossistema lêntico inclui todos habitats de água parada, como lagos e lagoas. Esses ecossistemas são habitat natural de algas, plantas enraizadas e flutuantes, e invertebrados como caranguejos e camarões. Anfíbios como sapos e salamandras, répteis como jacarés e cobras d'água, todos também são encontrados nesse ambiente. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Pantanal São áreas pantanosas, que, algumas vezes, são cobertos por água e possuem uma grande diversidade de plantas e animais. Pântanos, brejos e charcos são alguns exemplos desse ecossistema. Plantas como lírios aquáticos são comumente achados nesse ambiente. A fauna consiste de libélulas, pássaros como a garça verde e peixes. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE AMBIENTES MARINHOS: CARACTERÍSTICAS E PROCESSOS Os oceanos podem ser divididos em diferentes zonas tanto horizontal quanto verticalmente: A região rasa que sofre influência das marés e chamada zona litoral ou intertidal. Da região costeira até a borda da plataforma continental, cerca de 200 metros de profundidade e considerada a zona nerídica; Além da plataforma continental, considera-se a zona oceânica. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Verticalmente, considera-se a camada superficial até 200 metros de profundidade a zona epipelágica; zona mesopelágica, entre 200 e 1.000 metros de profundidade; e, zona batipelágica, entre 1.000 e 4.000 metros. A camada entre 4.000 e 6.000 metros é chamada de zona abissal, e finalmente, as partes mais profundas, abaixo de 6.000 metros é chamada zona hadal. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS Os organismos planctônicos são desprovidos de órgãos de locomoção, ou, quando os têm, são insuficientes para vencer a força dos movimentos da água, sendo, portanto errantes. Dividem-se em autotróficos (fitoplâncton) e heterotróficos (zooplâncton), produtores primários e consumidores, respectivamente, sendo geralmente de tamanhos bastante reduzidos, a maioria, microscópicos. Cabe ressaltar que as algas planctônicas marinhas são responsáveis por grande parte da produção de oxigênio no planeta, superando a produção por florestas tropicais. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Os organismos nectônicos possuem eficientes órgãos locomotores e, portanto, são ativos nadadores. Devido ao porte e abundância, organismos nectônicos, como lulas e peixes, constituem a maioria dos recursos pesqueiros pelágicos, especialmente nos oceanos das zonas de clima temperado do Planeta. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Por sua vez, os organismos bentônicos podem ser sésseis, quando vivem fixados a substratos, ou móveis, porém vivendo associados ao fundo. Esses organismos podem ser animais, ou zoobentos; e micro e macro algas, além de plantas aquáticas enraizadas, ou fitobentos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Características físicas dos ambientes aquáticos Luz e temperatura são fatores relacionados à radiação solar. Cerca de 80% da energia solar que atinge os oceanos é absorvida nos primeiros 10 metros de profundidade. A partir daí, o espectro luminoso decai podendo atingir a profundidade de 600 metros, em águas muito claras. Abaixo desta profundidade as águas se tornam totalmente escuras. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A temperatura das águas apresenta um padrão no sentido vertical, quando a temperatura diminui das águas superficiais para águas mais profundas, formando uma estratificação térmica com camadas de diferentes temperaturas, e consequentemente diferentes densidades. A ocorrência de uma mudança brusca na temperatura com a profundidade, como diferenças de 1ºC a cada metro de profundidade, é denominada termoclina. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A temperatura das águas também apresenta uma variação no sentido horizontal, condicionado pela latitude. Sendo assim, as temperaturas das águas superficiais dos oceanos decaem da região equatorial, que podem apresentar águas com temperaturas até 30ºC, em direção às regiões polares, com águas com temperaturas próximas a –1ºC. Combinando-seos efeitos vertical e horizontal da temperatura das águas oceânicas, observa-se que as termoclinas são mais pronunciadas nas águas tropicais, e praticamente inexistentes nas águas polares. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A salinidade, dada pela quantidade de sais dissolvidos na água, varia conforme a latitude e a proximidade do deságue de grandes rios. Nas águas tipicamente oceânicas são encontradas concentrações entre 34 e 36,5‰ (partes por mil), podendo chegar a 40‰, em regiões mais áridas, como no mar Vermelho. De maneira geral, menores salinidades são encontradas nas regiões equatoriais e latitudes superiores a 40 graus, onde a precipitação é maior que a evaporação; enquanto que, nas regiões temperadas, onde a evaporação é maior do que as precipitações são verificadas maiores salinidades ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Juntamente com a temperatura, a salinidade determina a densidade, outro fator relevante nas águas oceânicas, definindo assim diferentes massas de água. As águas de superfície não se enquadram na categoria de verdadeiras massas de água devido às grandes variações de temperatura e salinidade, e que devido à ação dos ventos se misturam, sendo assim chamadas de camada superficial de mistura. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A convecção profunda e a subdução são os processos envolvidos na formação de massas de água, a partir de diferenças nas temperaturas e salinidade, conforme a região, e estão associadas à dinâmica da camada de mistura na superfície. Com o aumento da densidade, a camada superficial afunda e se mistura vagarosamente com outras massas de água, à medida que se desloca para o fundo. A velocidade dessas correntes é muito pequena, de cerca de 1 cm/seg. Desta forma, a renovação das águas abaixo da camada superficial se dá pela ação das correntes formadas por diferenças de densidade resultantes da variação de temperatura e/ou salinidade. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Em função da rotação da Terra, a circulação superficial dos oceanos, ou giros, obedece padrões distintos entre os hemisférios, sendo no sentido horário ao Norte, e no anti-horário ao Sul. Ainda, conforme o relevo submarino e as configurações das costas dos continentes são formadas correntes marinhas que atuam em largas escalas espaciais, cujas interações oceano-atmosfera condicionam o clima em macrorregiões do planeta. Por exemplo, no Atlântico Norte, a Corrente do Golfo modera as temperaturas no noroeste da Europa; enquanto a Corrente do Labrador reduz as temperaturas nas províncias litorâneas do nordeste do Canadá. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE CORRENTES SUPERFICIAIS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE AMBIENTES ESTUARINOS: CARACTERÍSTICAS E PROCESSOS Estuários são os ambientes de transição entre os rios e o mar. Sob forte influência do regime de mares e da descarga dos rios, nesses ambientes são verificados sistemas complexos de circulação. Devido a menor densidade, as aguas continentais fluem em direção ao mar sobre a massa d'agua marinha que penetra no ambiente continental pelo fundo, estratificando a coluna de agua. Em função do volume de aguas provenientes dos rios e da forca das marés, a influência das aguas marinhas pode ser sentida em grandes extensões no continente adentro, ou a influência dos rios pode ser sentida na zona costeira, formando gradientes de salinidade em ambos os sentidos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A circulação das aguas nos estuários promove a renovação de nutrientes e a remoção de detritos, além de propiciar grandes variações de salinidade em curto período de tempo. Esses processos influenciam diretamente o estabelecimento das comunidades biológicas nesses ambientes. De certa forma, essas formações também são de transição entre os ambientes terrestre e aquático e abrigam abundantes populações de animais, invertebrados e vertebrados, porem com riqueza de espécies relativamente baixa, se comparada aos ambientes adjacentes. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Os organismos residentes nos ambientes estuarinos evoluíram de forma a tolerar as variações diárias de salinidade, decorrentes das flutuações das marés, que também podem deixar algumas áreas emersas e submersas ao longo do dia. Entretanto, e comum encontrar organismos típicos de rios ou da região costeira, conforme o momento de enchente ou vazante de maré. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS DE ÁGUA DOCE: CARACTERÍSTICAS E PROCESSOS Principal diferença - teor de sais (1%) e instabilidade em relação à temperatura, salinidade e pH. Ambientes epicontinentais: sistemas lênticos, lóticos e artificiais: A principal característica que diferencia os ambientes aquáticos epicontinentais está associada ao movimento da água, sendo denominados lóticos aqueles de água corrente, como riachos e rios, e lênticos aqueles de águas paradas, como lagos. Conforme a escala, os ambientes lóticos podem ser considerados sistemas abertos, enquanto os lênticos, sistemas fechados. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Em termos hidrodinâmicos, as águas de rios e riachos movem-se continuamente em um fluxo unidirecional, exceto quando influenciadas por marés. A intensidade dos fluxos esta associada às enxurradas ocasionadas por eventos de chuvas, principalmente, e a entrada de águas subterrâneas, o que os tornam sazonalmente irregulares. As velocidades das correntes são controladas conforme os volumes de águas, gradientes de altitudes, morfologia do canal, tipo de substratos e presença de obstáculos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Sistemas lóticos: características e processos A bacia hidrográfica e um aspecto chave para a primeira aproximação em estudos de sistemas lóticos, como também e a unidade territorial adotada para o gerenciamento de recursos hídricos. A bacia é formada pelo canal do rio principal e por inúmeros tributários formando assim um sistema dendritico, que tem inicio nas partes mais altas dos terrenos, onde as cumeeiras das morrarias formam os divisores de aguas, isto e, os limitadores geográficos das bacias. O escalonamento dos tributários pode ser feito considerando-se sua ordem. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Os trechos com fluxos permanentes nas cabeceiras são designados como cursos de primeira ordem. A confluência de dois trechos de primeira ordem forma um trecho de segunda ordem, e assim sucessivamente, ou seja, trechos de mesma ordem quando se encontram formam um trecho de ordem superior, e a entrada de um curso de ordem inferior em um curso de ordem superior não configura o aumento da ordem ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Em função dos gradientes de altitude, os cursos de rios podem ser classificados como crenal, ritral e potamal. • Nas partes mais altas do terreno encontra-se aregião crenal, formada pelas nascentes e trechos de baixa ordem. • Em seguida encontra-se a região ritral, ainda drenando as partes altas das montanhas, configurando-se nos trechos superiores do rio, onde as aguas fluem com maior velocidade. • A região potamal corresponde aos trechos das partes mais planas da bacia ou o curso inferior de planície, onde as aguas são mais lentas. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Sistemas lênticos: características e processos Dentre os ambientes aquáticos epicontinentais, os lagos são os que comportam os maiores volumes de agua doce. Eventos catastróficos decorrentes de atividades tectônicas, vulcânicas e glaciais agruparam muitos dos lagos existentes em determinadas regiões, formando assim conjuntos denominados distritos. Formas, tamanhos e profundidades dos lagos são extremamente variáveis e estão associados a sua origem e a constituição geológica dos terrenos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Zonação estrutural dos lagos: A penetração de luz na coluna d’agua é o fator determinante na produtividade, distinguindo as zonas eufóticas e afóticas: • zona eufótica: região na qual os produtores primários são capazes de realizar a fotossíntese; • abaixo, na ausência total de luz nas regiões mais profundas encontra-se a zona afótica. Ainda em termos de produtividade na coluna d’agua, na zona limnética os processos produtivos excedem os processos respiratórios da decomposição. • assim, a relação entre os dois processos é superior a um (P/R>1); • já nas zonas profundas, os processos respiratórios excedem os produtivos (P/R<1). ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Sistemas artificiais: características e processos Reservatórios artificiais de água tem sido construído para atender a fins diversos como armazenamento de água potável, geração de energia, controle de enchentes, recreação e paisagismo. São formados a partir do represamento de um rio encaixado em um vale de forma a acumular e reter a água a partir da barragem. A água liberada rio abaixo e regulada conforme o fluxo de entrada pela bacia de drenagem e do uso ao qual foi destinado. Os efeitos das alterações surgidas com a formação do reservatório podem se manifestar em três regiões distintas, que foram criadas pela construção da barragem: a montante, na represa em si e a jusante. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE PRINCIPAIS COMPONENTES DO ECOSSISTEMA DE UM RESERVATÓRIO ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Os impactos da construção de represas ou grandes reservatórias estão relacionados à área, volume, tempo de retenção do reservatório, localização geográfica e localização no continum do rio. Em relação aos impactos positivos da construção podemos citar: Produção de energia e possibilidade de usos múltiplos (recreação, abastecimento público, etc.); Retenção de água regionalmente (reserva de água?); Aumento do potencial de água potável e de reserva de recursos hídricos; ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Criação de possibilidades de recreação e turismo; Aumento de potencial de irrigação; Aumento e melhoria de navegação e transporte; Aumento da produção de peixes através de aquicultura; Aumento das possibilidades de trabalho para a população local. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Nos aspectos negativos destacamos: Aumento das emissões de CO2e CH4; Perda dos “pulsos” ecológicos de vazantes e cheias; Inundação de áreas agricultáveis; Perda de vegetação e de fauna terrestres; Interferência na migração de peixes e extinções locais de várias espécies de peixes e outros componentes bióticos; Mudanças hidrológicas à jusante da barragem; Alterações da fauna do rio; Interferência no transporte de sedimentos; Aumento da distribuição geográfica de doenças de veiculação hídrica; Piora da qualidade de águas; e Empobrecimento dos nutrientes da água. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A criação de um reservatório modifica as condições naturais do escoamento, que tem pequena largura e grande velocidade, transformando-se num escoamento longitudinal lento com grande profundidade e largura. Estas condições modificam o regime térmico do fluxo, as condições químicas e biológicas do meio, além do natural acréscimo de deposição de sedimentos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE A construção de reservatórios interfere diretamente nos rios, transformando suas características lóticas aumentando o tempo de residência da água. Essa transformação é a principal responsável por uma série de alterações nas características limnológicas (físicas, químicas e biológicas) observadas nas áreas represadas e a jusante das mesmas. Dentre os fatores que mais sofrem alterações estão o comportamento térmico da coluna de água, os padrões de sedimentação e circulação das massas de água, a dinâmica dos gases, a ciclagem de nutrientes e a estrutura das comunidades aquáticas ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Em geral, os reservatórios abertos (lagos, açudes e represas) ganham calor nos períodos quentes (sejam eles diário ou anual) e o perdem nos períodos mais frios. Quando há aquecimento, formam-se na coluna d’água camadas com temperaturas diferentes (estratificação térmica): uma camada mais superficial (epilímnio), na qual a temperatura é mais elevada devido à radiação solar, que torna a densidade de massa menor; uma camada de transição (metalímnio) e outra camada mais profunda (hipolímnio), onde a temperatura é menor e a densidade maior. No período mais frio, a perda de calor para a atmosfera desfaz essas camadas e provoca mistura das águas (circulação) que, praticamente, uniformiza a temperatura em todas as profundidades ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Indicadores utilizados na análise multi-atributo ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Os ecossistemas aquáticos situados nas áreas de influência de empreendimentos de qualquer natureza estão sujeitos a sofrer algum tipo de intervenção em suas estruturas naturais (físicas e/ou químicas) decorrentes da implantação, operação e desativação destes empreendimentos. Aplicação da ecologia de organismos aquáticos como bioindicadores ambientais ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE As intervenções nos componentes abióticos invariavelmente provocam alguma resposta das comunidades biológicas, que respondem em diferentes escalas temporais e espaciais às ações antropogênicas praticadas nas respectivas bacias de drenagens. Dependendo da intensidade da alteração do ambiente, essas comunidades podem apresentar desde modificações na abundância das espécies que as compõem, até mesmo modificações expressivas na composição específica, inclusive a eliminação de espécies mais sensíveis à alteração submetida. Desta forma, os desvios observados nas flutuações naturaisda composição de espécies e respectivas abundâncias destas comunidades biológicas funcionam como uma indicação de distúrbio nos ambientes aquáticos. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CIÊNCIAS DO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE
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