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Senso comum, realidade e ciência Me. Vinícius Farani Senso Comum e Ciência “É no cotidiano que tudo flui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que vivemos a realidade.” (p. 16) “Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. Afastamo-nos dela para refletir e conhecer além de suas aparências”. Processo de aproximação e afastamento entre a ciência e o real. O senso comum parte do conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas erros, ou a partir de tradições dos antepassados. O senso comum percorre o caminho do hábito, da tradição. Reduz o conhecimento científico a uma visão simplista do mundo. Sem se preocupar com a definição das palavras, utilizamos termos comuns da psicologia como “sujeito complexado”, “neurótico”, “histérico”. A filosofia, os livros religiosos são também outras formas do homem apreender a realidade. A ciência “A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objetos de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Essa característica da produção científica possibilita sua continuidade: um novo conhecimento é sempre produzido a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos, e assim a ciência avança.” (p.20) Ciência como processo. Ciência Humana Diferente de áreas como a matemática, física e áreas afins, o objetivo da ciência é o distanciamento afetivo e a objetividade, as áreas humanas tomam outros paradigmas (padrões que servem como modelos) como referência. Os estudos da sociologia, antropologia, psicologia e até o direito, estudam o homem em suas relações sociais. Tão complicado e mutável quanto estudar o homem, é buscar compreender as mudanças sociais e culturais que são produzidas e agem sobre o homem. Subjetividade como objeto de pesquisa É possível o psicólogo ou o juiz se distanciar do objeto de estudo, sendo ele mesmo um humano e inserido na mesma cultura? Os fenômeno psicológicos são tão complexos que cada ramo da psicologia se detém ao estudo de cada parte específica. O objetivo dos estudos da psicologia se centram na subjetividade humana. O comportamento, os sentimentos, as singularidades estão sintetizadas na subjetividade humana. “A subjetividade é a síntese singular que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural” (p.22) O mundo particular é construído nas vivências pessoais com a cultural, a família, a sociedade, no diálogo com suas emoções, pensamentos e jeitos de ser. Criando e transformando o mundo externo, o homem constrói a si mesmo. Movimento e transformação. Psicologia não é misticismo. Se dedica ao estudo da psique em movimento em um mundo social, complexo e rico. Não simplifica o homem e suas relações, ao invés, investiga os pensamentos, sentimentos e ações apresentadas pelos homens em seu cotidiano.
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