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Física Geral e Experimental III Rafael Lima MSc. Engenharia Elétrica – PUC-RIO engenheirorafael.professor@gmail.com Sumário • Circuitos elétricos de corrente contínua. • Trabalho, energia e força eletromotriz. • Amperímetro e voltímetro. • Associação de Resistores. • Circuitos de uma ou mais malhas e as leis de Kirchhoff. • Circuitos RC. Circuitos elétricos de corrente contínua • Circuito Elétrico O que é? Circuitos elétricos de corrente contínua • Circuito Elétrico Ligação de elementos elétricos de modo a formar um caminho para a corrente elétrica. Circuitos elétricos de corrente contínua • Circuito Elétrico O que este circuito pode representar? Circuitos elétricos de corrente contínua • Circuito Elétrico Circuitos elétricos de corrente contínua • Circuito Elétrico Exemplo com simulador. PhET_Circuito_Lâmpada Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Fluido invisível. Carga positiva/corpo com mais do que parte normal desse fluido. Carga negativa/corpo com menos do que cota normal desse fluido. Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Positivo para Negativo ou Negativo para Positivo? Franklin (1750) teoria fluida da eletricidade: Escoamento do: POSITIVO (excesso) para NEGATIVO (deficiência). Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Fluxo de Elétrons Sentido Real da Corrente J. J. Thomson (1897) descobriu o elétron e provou que sua carga é negativa: Em fio de cobre as únicas cargas que fluem são os elétrons livres. Sob ação do Campo Elétrico, elétrons livres saem do terminal negativo para o positivo de uma bateria. Circuitos elétricos de corrente contínua • Sentido Convencional da Corrente Fluxo de Elétrons Sentido Real da Corrente O fluxo convencional: Preserva os fundamentos matemáticos de teoria dos circuitos. Ao nível atômico deve-se usar o fluxo de elétrons. Trabalho, energia e força eletromotriz Para produzir uma corrente elétrica estável precisamos de uma bomba de cargas, um dispositivo que, realizando trabalho sobre os portadores de carga, mantenha uma diferença de potencial entre dois terminais. Trabalho, energia e força eletromotriz Um dispositivo desse tipo é chamado de fonte de tensão, ou simplesmente fonte. Dizemos que uma fonte de tensão produz uma força eletromotriz 𝜺, isto significa que, submete os portadores de carga a uma diferença de potencial. Trabalho, energia e força eletromotriz Em um intervalo de tempo ⅆ𝑡 uma quantidade de carga ⅆ𝑞 passa por todas as seções retas do circuito, por exemplo aa’. Esta mesma quantidade de carga entra no terminal de baixo potencial da fonte e sai no terminal de alto potencial. Trabalho, energia e força eletromotriz Para que a carga ⅆ𝑞 se mova dessa forma a fonte deve realizar sobre ela um trabalho ⅆ𝑤. 𝜀 = ⅆ𝑤 ⅆ𝑞 = 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑠 Trabalho, energia e força eletromotriz Quando uma fonte é ligada a um circuito ela transfere energia para os portadores de carga que passam por ela. Essa energia agora pode ser transferida dos portadores de carga para outros dispositivos do circuito, por exemplo, o filamento de uma lâmpada. Trabalho, energia e força eletromotriz Analogia com degraus. Trabalho, energia e força eletromotriz Fonte ideal: Não apresenta resistência interna. A diferença de potencial entre os terminais é igual a força eletromotriz. Fonte real: Apresenta resistência interna. A diferença de potencial entre os terminais é menor do que a força eletromotriz Amperímetro e Voltímetro • Amperímetro: Instrumento utilizado para medir a corrente em um determinado ponto do circuito. Amperímetro e Voltímetro • Amperímetro: Para medir a corrente em um fio, em geral, é necessário cortar o fio e conectar cada ponta do fio em um terminal do amperímetro “A”. Amperímetro e Voltímetro • Voltímetro: Instrumento utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos de um determinado circuito. Amperímetro e Voltímetro • Voltímetro: Para medir a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito, é necessário ligar cada terminal do voltímetro “V” a um dos pontos do circuito. Associação de Resistores • Associação em Série Resistências em série são percorridas pela mesma corrente. Associação de Resistores • Associação em Série A soma da diferença de potencial em cada resistências é igual a diferença de potencial total aplicada “Vs”. Associação de Resistores • Associação em Série Resistor Equivalente 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 Associação de Resistores • Associação em Série • Circuito Equivalente: Resistor Equivalente 𝑅 = 𝑅𝑒𝑞 Associação de Resistores • Associação em Paralelo Resistências ligadas em paralelo apresentam a mesma diferença de potencial entre seus terminais. Associação de Resistores • Associação em Paralelo Resistor Equivalente 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅3 Associação de Resistores • Associação em Paralelo • Circuito Equivalente: Resistor Equivalente 𝑅 = 𝑅𝑒𝑞 Associação de Resistores • Exercício • Calcule o resistor equivalente entre os pontos F e H no circuito abaixo. Considere 𝑅 = 5Ω. Associação de Resistores • Exercício • Calcule o resistor equivalente entre os pontos F e G no circuito abaixo. Considere 𝑅 = 5Ω. Leis de Kirchhoff •Recebeu este nome em homenagem ao seu formulador, o físico alemão Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887). Leis de Kirchhoff • A Lei de Kirchhoff para circuitos elétricos é dividida em duas: • Lei de Kirchhoff para as Tensões (LKT). • Lei de Kirchhoff para as Correntes (LKC). Leis de Kirchhoff • Lei de Kirchhoff para as Tensões (LKT) • Em um circuito elétrico, a soma algébrica das tensões ao longo de uma malha é igual a zero. 𝑉𝑆 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 Leis de Kirchhoff • Lei de Kirchhoff para as Correntes (LKC) • Em um circuito elétrico, a soma algébrica das correntes que entram em um nó essencial é igual à soma algébrica das correntes que dele saem. 𝑁ó 𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙: Ponto de conexão entre três ou mais elementos. Leis de Kirchhoff • Lei de Kirchhoff para as Correntes (LKC) • Em um circuito elétrico, a soma algébrica das correntes que entram em um nó essencial é igual à soma algébrica das correntes que dele saem. 𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular as tensões e correntes do circuito abaixo: 𝑉𝑆 = 10𝑉 𝑅1 = 2Ω 𝑅2 = 2Ω 𝑅3 = 3Ω Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular circuito equivalente e a corrente I: Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular circuito equivalente e a corrente I: 𝑅𝑒𝑞 = 25 8 Ω 𝐼 = 𝑉𝑆 𝑅𝑒𝑞 = 10 25 8 = 3,125 𝐴 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular as tensões VR1, VR2 e VR3: Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular as tensões VR1, VR2 e VR3: 𝑉𝑅1 = 𝑅1 × 𝐼1 = 2 × 3,125 = 6,25 𝑉 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular as tensões VR1, VR2 e VR3: 𝑉𝑅1 = 𝑅1 × 𝐼1 = 2 × 3,125 = 6,25 𝑉 𝑉𝑆 −𝑉𝑅1 −𝑉𝑅2 = 0 𝑉𝑅2 = 𝑉𝑆 − 𝑉𝑅1 = 10 − 6,25 = 3,75 𝑉 𝑉𝑅2 = 𝑉𝑅3 = 3,75 𝑉 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular as correntes IR2 e IR3: 𝐼𝑅2 = 𝑉𝑅2 𝑅2 = 3,75 2 = 1,875 𝐴 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Aplicação Teórica e Experimental • Calcular as correntes IR2 e IR3: 𝐼𝑅2 = 𝑉𝑅2 𝑅2 = 3,75 2 = 1,875 𝐴 𝐼𝑅1 = 𝐼𝑅2 + 𝐼𝑅3 𝐼𝑅3 = 𝐼𝑅1 − 𝐼𝑅2 = 3,125 − 1,875 = 1,25 𝐴 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Utilize o amperímetro e o voltímetro para verificar, experimentalmente, se os valores teóricos calculados estão corretos. 𝑉𝑅1 = 6,25𝑉 𝑉𝑅2 = 3,75𝑉 𝑉𝑅3 = 3,75𝑉 𝐼𝑅1 = 3,125𝐴 𝐼𝑅2 = 1,875𝐴 𝐼𝑅3 = 1,25𝐴 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Experimental 𝑉𝑅1 = 6,25𝑉 𝑉𝑅2 = 3,75𝑉 𝑉𝑅3 = 3,75𝑉 𝐼𝑅1 = 3,13𝐴 𝐼𝑅2 = 1,88𝐴 𝐼𝑅3 = 1,25𝐴 lei_de_ohm_e_kirchhoff_experimental Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Experimental Teórico 𝑉𝑅1 = 6,25𝑉 𝑉𝑅2 = 3,75𝑉 𝑉𝑅3 = 3,75𝑉 𝐼𝑅1 = 3,13𝐴 𝐼𝑅2 = 1,88𝐴 𝐼𝑅3 = 1,25𝐴 𝑉𝑅1 = 6,25𝑉 𝑉𝑅2 = 3,75𝑉 𝑉𝑅3 = 3,75𝑉 𝐼𝑅1 = 3,125𝐴 𝐼𝑅2 = 1,875𝐴 𝐼𝑅3 = 1,25𝐴 Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Calcular potências: Leis de Kirchhoff e Associação de Resistores • Calcular potências: 𝑉1 = 6,25𝑉 𝑉2 = 3,75𝑉 𝑉3 = 3,75𝑉 𝐼𝑅1 = 3,13𝐴 𝐼𝑅2 = 1,88𝐴 𝐼𝑅3 = 1,25𝐴 𝑃 = 𝑉 × 𝐼 𝑃𝑅1 = 19,56W 𝑃𝑅2 = 7,05𝑊 𝑃𝑅3 = 4,69𝑊 Exercício • Determine: • v1 e v2; • Potência dissipada em 3KΩ e 20KΩ; • Potência fornecida pela fonte. Exercício • Determine: • v1 e v2; • Potência dissipada em 3KΩ e 20KΩ; • Potência fornecida pela fonte. 𝑅𝑒𝑞 = 1 4𝑘 + 1 5𝑘 + 1 20𝑘 = 2𝑘Ω 𝑣2 = 30 × 10 −3 × 2 × 10+3 𝑣2 = 60𝑉 Exercício • Determine: • v1 e v2; • Potência dissipada em 3KΩ e 20KΩ; • Potência fornecida pela fonte. 𝐼𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎_𝑣1 × 4𝑘Ω − 𝑣2 = 0 𝐼𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎_𝑣1 = 60 4 × 10+3 𝐼𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎_𝑣1 = 15𝑚𝐴 Exercício • Determine: • v1 e v2; • Potência dissipada em 3KΩ e 20KΩ; • Potência fornecida pela fonte. 𝑣1 = 15 × 10 −3 × 3 × 10+3 𝑣1 = 45𝑉 Exercício • Determine: • v1 e v2; • Potência dissipada em 3KΩ e 20KΩ; • Potência fornecida pela fonte. Potência dissipada: 𝑃𝑣2 = 60 × 3 × 10 −3 = 180𝑚𝑊 𝑃𝑣1 = 45 2 3 × 10+3 = 675𝑚𝑊 Exercício • Determine: • v1 e v2; • Potência dissipada em 3KΩ e 20KΩ; • Potência fornecida pela fonte. Potência fornecida: 𝑃𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = 60 × 30 × 10 −3 = 1800𝑚𝑊 𝑃𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = 1,8𝑊 Circuitos RC • Carga de um capacitor: 𝜀 − 𝑉𝑅 − 𝑉𝐶 = 0 𝜀 − 𝐼𝑅 − 𝑞 𝐶 = 0 Como: 𝐼 = ⅆ𝑞 ⅆ𝑡 𝑞 = 𝐶𝜀 1 − 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 Circuitos RC • Carga de um capacitor: 𝐼 = ⅆ𝑞 ⅆ𝑡 = 𝜀 𝑅 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 𝑉𝐶 = 𝑞 𝐶 = 𝜀 1 − 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 Circuitos RC • Carga de um capacitor: Um capacitor que está sendo carregado se comporta inicialmente como um fio comum. Após um longo período de tempo o capacitor se comporta como um fio interrompido. Circuitos RC • Constante de tempo: Unidade: Segundos 𝜏 = 𝑅𝐶 𝑞 = 𝐶𝜀 1 − 𝑒−1 = 0,63𝐶𝜀 Circuitos RC • Constante de tempo: Circuitos RC • Descarga de um capacitor: 𝜀 − 𝑉𝑅 − 𝑉𝐶 = 0 0 − 𝐼𝑅 − 𝑞 𝐶 = 0 Como: 𝐼 = ⅆ𝑞 ⅆ𝑡 𝑞 = 𝑞0𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 Circuitos RC • Descarga de um capacitor: 𝐼 = ⅆ𝑞 ⅆ𝑡 = − 𝑞0 𝑅𝐶 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 𝑉𝐶 = 𝑞 𝐶 = 𝜀𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 Exercício • A tabela abaixo mostra quatro conjuntos de valores para os componentes do circuito ao lado. Coloque os conjuntos em ordem crescente de acordo com a corrente inicial quando a chave estiver na posição “a”. Exercício • A tabela abaixo mostra quatro conjuntos de valores para os componentes do circuito ao lado. Coloque os conjuntos em ordem crescente de acordo com a corrente inicial quando a chave estiver na posição “a”. Resposta 1,2,4,3 Exercício • Uma tensão de 12𝑉 é aplicada a um circuito série com um resistor de 15𝑘Ω e um capacitor. A diferença de potencial entre os terminais do capacitor aumenta para 5𝑉 em 1,3𝜇𝑠. Determine a constante de tempo do circuito e a capacitância 𝐶. Exercício • Uma tensão de 12𝑉 é aplicada a um circuito série com um resistor de 15𝑘Ω e um capacitor. A diferença de potencial entre os terminais do capacitor aumenta para 5𝑉 em 1,3𝜇𝑠. Determine a constante de tempo do circuito e a capacitância 𝐶. Resposta 𝜏 = 𝑅𝐶 = 2,41𝜇𝑠 𝐶 = 161𝑝𝐹 OBRIGADO!