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* * SINAIS VITAIS SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR I ENFERMAGEM – 2º PERÍODO Profª Ruth Cristini Torres de Meneses * * SINAIS VITAIS São parâmetros regulados por órgãos vitais; Sua variação de valores pode indicar problemas; Forma rápida e eficiente de monitorização e avaliação da resposta ao tratamento e diagnóstico; Suas técnicas básicas incluem: inspeção, palpação e ausculta; * * OS SINAIS VITAIS DEVEM SER MENSURADOS Na admissão do cliente; Na prestação de cuidados rotineiros; Durante uma consulta; Antes ou depois de procedimentos invasivos; Nos períodos pré, intra e pós-operatório; Antes e depois da administração de medicamentos cardiovasculares e/ou respiratórios e de produtos hemoterápicos; Sempre que o Enfermeiro julgar necessário. * * QUAIS SÃO OS SSVV???? * * Mensuráveis TEMPERATURA T (ºC) PULSO P (bpm) RESPIRAÇÃO R (irpm) PRESSÃO ARTERIAL PA (mmHg) * * TEMPERATURA CORPORAL É a diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo; * * TEMPERATURA CORPORAL O calor produzido no interior do organismo chega à superfície corporal através dos vasos sangüíneos e se difundem através do tecido sub-cutâneo; O calor é transferido do sangue para o meio externo, através de: * * Perda de calor Radiação (é a transferência do calor de uma superfície de um objeto para a superfície de outro sem o contato real), o sangue flui dos órgãos centrais levando calor para pele e vasos sanguíneos. Condução (transferência do calor por contato direto) – o uso de bolsa de gelo. Convecção (é a transferência do calor para longe do corpo por movimentação do ar) – ventilador; evaporação - diariamente perdemos de 600 a 900ml pela pele e pulmões – perda insensível. * * TIPOS DE TERMÔMETROS * * Locais: axila, cavidade oral, reto e mais raramente a prega inguinal. * * TEMPERATURA Segundo Potter e Perry,(2004): Febre – é o aumento da temperatura corporal em que a produção de calor excede a perda de calor acelerando o metabolismo. Limites letais oscilam entre 22º e 42ºC * * A MÉDIA NORMAL DE TEMPERATURA PARA ADULTOS CONSIDERADOS NORMAIS É DE 36°C A 37°C É VARIÁVEL DE ACORDO COM O LOCAL EM QUE FOR TOMADA: Valor normal no adulto AXILAR = 35,8º A 37,0ºC ORAL = 36,5º A 37,5ºC INGUINAL= 36°C A 36,8°C RETAL = 37º A 38,1ºC TIMPÂNICA = 36,8ºC A 37,9ºC BUCAL (36,8°C A 37°C ); (BRAUN, S; PRESTON, P e SMITH. R, 1998) Consultem o material didático de vocês! * * CLASSIFICAÇÃO Estado febril: 37,5 a 39ºC Pirexia: 39,1 a 40ºC Hiperpirexia: 40,1 a 41ºC Hipotermia: abaixo de 36ºC * * * * Febre Causada por alterações do centro termo regulador ou por substâncias que interferem com o mesmo; Muitas proteínas ou produtos como as toxinas de bactérias causam elevação da temperatura e são chamadas de substâncias pirogênicas; Portanto, a elevação da temperatura pode ocorrer por infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios e neoplasias entre as mais importantes. * * A febre e suas classificações Febre contínua - aquela que sempre permanece acima do normal, com variações de até 1 grau; exemplo freqüente é a febre da pneumonia Febre remitente - há hipertermia diária, sendo que as variações são acima de 1 grau; são exemplos a febre dos abcesso, septicemias; Ex: Tuberculose, SIDA. Febre intermitente - neste caso, a hipertermia é interrompida por períodos de temperatura normal, que pode ser de alguma medida no mesmo dia, ou um ou mais dias com temperatura normal; é característica da malária. Febre recorrente ou ondulante - caracteriza-se por períodos de temperatura normal que dura dias, seguido de elevações variáveis da temperatura; são encontradas por exemplo nos portadores de neoplasias malignas. * * GRÁFICO TERMICO NORMAL 37°C 36°C 38°C 39°C * * GRÁFICO TERMICO FEBRE CONTÍNUA 38°C 37°C 39°C 40°C Temperatura sempre acima do normal com variações até 1 °C * * GRÁFICO TERMICO FEBRE REMITENTE 38°C 37°C 39°C 40°C Hipertermia diária com variações de mais de 1°C, sem períodos de apirexia * * GRÁFICO TERMICO FEBRE INTERMITENTE 37°C 36°C 38°C 39°C * * TEMPERATURA CORPORAL Unidade: Centígrados: ºC. Material Termômetro Algodão Álcool à 70% Impresso Caneta Bandeja Considerações: - Axila deve estar seca; - Paciente em repouso; - Não tocar no bulbo; - Controlar influência ambiental * * TEMPERATURA CORPORAL Técnica Escolher o local Arrumar o material Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Colocar o biombo Realizar a assepsia do instrumento Colocar o termômetro (oral, axilar, retal) * * TEMPERATURA CORPORAL Técnica (cont.) Esperar o tempo necessário Fazer a leitura da temperatura Anotar Arrumar a unidade do paciente Realizar a assepsia e guardar todo o material Lavar s mãos Anotar no impresso (prontuário do paciente) * * Pulso Arterial Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial; Uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. As características do pulso incluem: frequência, ritmo e a qualidade. * * Pulso O número de sensações de pulsação acontecendo em 1 minuto é a frequência cardíaca Coração do adulto = 5,5 litros de sangue por minuto RN = 250ml a 300ml O volume de sangue bombeado pelo coração em 1 minuto é o débito cardíaco. * * Características Freqüência; Ritmo; Amplitude ou magnitude. * * Frequência Nº de batimentos por minuto Varia com idade do paciente Lactentes: 110 a 130 bpm; Idade inferior a 7 anos: 80 a 120 bpm; Idade superior a 7 anos: 70 a 90 bpm; No adulto: 60 a 100 bpm * * PULSO Nomenclatura para alterações na freqüência. Potter e Perry (2004) Normal ou sinusal ............................de 60 a 100 bpm Taquicardia ou taquisfigmia..........maior que 100 bpm Bradicardia ou bradisfigmia ..........menor que 60 bpm Nomenclatura para alterações no ritmo Regular ou rítmico = intervalos de tempo regulares entre as batidas cardíacas Irregular ou arrítmico = intervalos de tempo irregulares entre as batidas cardíacas * * PULSO Nomenclatura para alterações na amplitude. JAVIS, (2002) Cheio ou forte Fino ou filiforme ou fraco * * PULSO As artérias mais usuais para palpação do pulso: Temporal Carótida - agravo clinico Apical - lactentes, crianças, ou quando a impossibilidade de se utilizar a radial ou Braquial (com esteto); Braquial Radial - escolha Femoral Poplítea Tibial posterior Dorsal do pé * * * * Regiões de Exame * * Amplitude: Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede das artérias a cada contração cardíaca, bem como a condição do sistema vascular arterial que conduz ao local do pulso. Igualdade: É a comparação entre os pulsos periféricos. * * Procedimento relacionado a mensuração do pulso Observação: Não usar o polegar para verificar o pulso. Aquecer as mãos Em caso de dúvida repetir a contagem Não fazer pressão forte sobre a artéria * * Cuidados de enfermagem na verificação do pulso Lavar as mãos; Preparar o cliente emocionalmente; Preparar o material; O cliente é posicionado deitado, sentado, ou semi-sentado, mantendo o braço confortável. Usar as pontas de dois dos dedos da mão sobre a artéria radial, fazendo ligeira pressão. Observar o relógio e contar durante 1 minuto. * * PRESSÃO ARTERIAL É a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob pressão a partir do coração. Pressão Máxima = Sístole (ejeção do sangue) Pressão Mínima = Diástole (relaxamento) * * PRESSÃO ARTERIAL Unidade: mmHg. Material: Tensiômetro Estetoscópio. * * MATERIAL * * Esfigmomanômetro manômetro de pressão * * * * Estetoscópio * * Observações importantes: Os Comitês especializados (AMERICAN HEART ASSOCIATION AND THE CARDIAC SOCIETY OF GREAT BRITAIN AND IRELAND, 1939; BORDLEY III et al., 1951; KIRKENDALL et al., 1967; KIRKENDALL et al., 1980; FROHLICH et al., 1988; PERLOFF et al., 1993) não destacam nenhum braço que favoreça valores mais precisos, mas recomendam que, durante a primeira medida de pressão arterial, sejam efetuadas verificações em ambos os braços e as medidas não devam ter mais de 10 mmHg de diferença. Não usar a extremidade que tiver uma lesão ferida, pois pode causar lesões futuras, potencializar trombos em dispositivos permanentes. * * * * AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Paciente deve estar em repouso há pelo menos 5 minutos Não deve tomar café nem fumar há pelo menos meia hora. Em pé, sentado ou deitado, deve ter a artéria braqueal ao nível do coração. Ninguém tira a pressão! A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%. * * AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL * * Métodos de Aferição Certificar-se que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos 60 a 90 minutos antes, não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida; * * Termos corretos Normotenso: pressão arterial normal Hipertenso: acima dos valores normais Hipotenso: abaixo dos valores normais * * Método Palpatório: Aferição da PA Sistólica por palpação da artéria radial. M. Auscultatório: Aferição da PA Sistólica e Diastólica por ausculta dos sons de Korotkoff (sons diferentes ouvidos sobre as artérias). * * * * Fonte: Ministério da Saúde * * * * Procedimento para a medida da pressão arterial 1. Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela tensão provocada pela simples presença do profissional de saúde, particularmente do médico). 2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas. * * 3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. 4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido. 5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica. * * 7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 8. Após estimada a PA sistólica, Inflar o manguito até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. * * 9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. * * 10. Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica, complementando com a posição do paciente e o braço em que foi feita a medida. 11. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. * * RESPIRAÇÃO A respiração envolve a ventilação (movimento dos gases dentro e fora dos pulmões) – Respiração Externa, a difusão (movimento do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e os eritrócitos) e a perfusão (distribuição dos eritrócitos para e a partir dos capilares pulmonares) – Respiração Interna A respiração é controlada pelo centro respiratório localizado no bulbo, que está anatomicamente inserido no SNC Durante uma respiração normal e relaxada, uma pessoa inala 500ml de ar ou 6 a 8 l/min = volume corrente (COPSTEAD & BANASIK, 2000). * * Respiração É definida pela troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico; Deve ser avaliada pela movimentação torácica durante a respiração; O tempo de avaliação deve ser de 60 segundos. O padrão normal varia entre os sexos, sendo: Mulheres: 12 a 20 irpm; Homens: 16 a 20 irpm. * * RESPIRAÇÃO Valores de referência para freqüência respiratória de acordo com a idade. POTTER e PERRY, (2004) Neonato ..............................................................30 a 60 irpm Lactente (seis meses) ..........................................30 a 50 irpm Pré-escolar (2 anos) ............................................25 a 32 irpm Criança ...............................................................20 a 30 irpm Adolescente ........................................................16 a 19 irpm Adulto ................................................................12 a 20 irpm * * Fatores que afetam as respirações Idade – “Capacidade Pulmonar” Medicamentos Atividade física Altitude – “diminue a oferta de oxigênio” Sexo – “homens > capacidade pulmonar” Alterações posturais – “posição” Febre – “liberação de calor adicional” * * * * Classificações Eupnéia: respiração normal; Dispnéia: respiração difícil, trabalhosa ou curta; Ortopnéia: dispnéia em decúbito dorsal que melhora em posição ereta; Taquipnéia: respiração rápida, freqüentemente pouco profunda; Bradipnéia: respiração lenta; Hiperpnéia: aumento da amplitude da respiração; Trepopnéia: dispnéia em decúbito lateral; Apnéia: ausência de respiração. * * REFERÊNCIAS Braun, S., Preston, P., and Smith, R. Getting a Better Read on Thermometry. RN Magazine; March, 1998. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 5. ed. Rio de. Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2004. Jarvis C. Exame físico e avaliação de saúde. 3st ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. AMERICAN HEART ASSOCIATION AND THE CARDIAC SOCIETY OF GREAT BRITAIN AND IRELAND. Standardization of blood pressure readings. Am.Heart J., v.18, p.95-101, 1939. * * KIRKENDALL, W.M. et al. Recommendations for human blood pressure determination by sphygmomanometers. Circulation, v.36, p.980- 8, 1967. KIRKENDALL, W.M. et al. Recommendations for human blood pressure determination by sphygmomanometers: subcommitee of the AHA postgraduate education committee. Circulation, v. 62, p.1146A -55A, 1980. FROHLICH, E.D. et al. Recommendations for human blood pressure determination by sphymomanometers. Circulation, v.77, p.501A-14A, 1988. PERLOFF, D. et al. Human blood pressure determination by sphygmomanometry. Circulation, v. 88, n.5, p.2460-70, 1993. BORDLEY III, J.J. et al. Recommendations of human blood pressure determinations by sphygmomanometers. Circulation, v.4, p.503-9, 1951. COPSTEAD, L. E., & BANASIK, J. Pathophysiology biological and behavioral perspectives (2nd ed.). Philadelphia: W. B. Saunders Company. 2000.