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CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Leitura do Artigo 14 que traz os conceitos do crime consumado e do crime tentado.
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Consumação
	Consuma-se o crime quando o tipo penal está inteiramente realizado, ou seja, quando o fato concreto preenche todos os elementos do tipo objetivo. Quando o agente realiza todos os elementos que compõem a descrição do tipo legal.
	Não se pode confundir consumação com exaurimento, pois este ocorre quando, após a consumação, outros resultados lesivos ocorrem. O crime pode estar consumado e dele não haver resultado todo o dano que o agente previra e visara. Assim, a corrupção passiva, que se consuma com a solicitação, exaure-se com o recebimento de vantagem indevida; o crime de extorsão mediante seqüestro consuma-se com o arrebatamento da vítima e exaure-se com o recebimento do resgate.
Iter criminis 
	É o caminho do crime. São as etapas que o agente passa, como se caminhasse por uma trilha que pudesse levá-lo ao êxito de seu plano criminoso.
As fases são as seguintes:
cogitação ou ideação;
preparação ou atos preparatórios
consumação
exaurimento
Cogitação
 	É na mente do ser humano que se inicia o movimento criminoso. É a elaboração mental do fato criminoso. Ato interno que percorre a mente humana. Nesse momento de pura elaboração mental do fato criminoso, a lei penal não pode alcançá-lo.
Atos preparatórios ou Fase de preparação
	Passa da cogitação à ação objetiva. Arma-se dos instrumentos necessários à pratica da infração penal, procura o local adequado, verifica a hora mais favorável para a prática do delito. De regra os atos preparatórios não são puníveis. Contudo, em determinadas situações o legislador entendeu por bem punir de forma autônoma algumas condutas que poderiam ser consideradas preparatórias. São exemplos o artigo 288 e 25 da Lei de Contravenções. Só irá ocorrer essa punição quando o legislador eleva a categoria de infração autônoma um ato que, por sua natureza, seria preparatório ao cometimento de outra infração.
	Importante salientar que em virtude da redação do artigo 14 do nosso código, podemos afirmar que jamais poderão ser punidos a cogitação e os atos preparatórios, pois como mencionado inciso exige, pelo menos deve se ter iniciado a execução. 
EXECUÇÃO
 	Um dos maiores problemas enfrentados é conseguir saber em que momento entra a fase de execução. Vários critérios e teorias foram criadas para tentar se explicar qual o momento em que se entra na execução do crime. Os mais aceitos são “ataque ao bem jurídico” , defendido pelo critério material, quando se verifica se houve perigo ao bem jurídico, também chamada teoria objetiva-formal, e o do “início da realização do tipo”, critério formal adotado pelo código penal brasileiro. Assim, devemos entender que somente deverá ser considerada penetrada a fase da execução quando tivermos ato idôneo para a consumação do delito. Também quando esse ato for inequívoco, ou seja, indubitavelmente destinado a produção do resultado. 
Observação – Se depois de analisados todos os critérios ainda assim persistir dúvida quando a ter ou não iniciada a execução, devemos sempre resolver em benefício do agente.
TENTATIVA
 	Na verdade a tentativa é a realização incompleta da figura típica. É tipo penal aberto, ampliado. Constitui caso de adequação típica mediata ou indireta. A tipicidade da tentativa decorre da conjugação do tipo penal com o dispositivo que a define e prevê sua punição, que tem eficácia extensiva, uma vez que por força dele que se amplia à proibição contida nas normas penais incriminadoras a fatos que o agente realiza de forma incompleta. Tem caráter extensivo, pois cria novos mandamentos proibitivos. 
ELEMENTOS DA TENTATIVA
Inicio da Execução – é obrigatório que o agente ingresse na fase de execução, para existir a tentativa.
Não consumação do crime por circunstâncias alheias a vontade do agente – ela pode ser interrompida por dois motivos – 1 – Pela própria vontade do agente 2 – por circunstâncias alheias a sua vontade. No primeiro caso caracterizará a desistência voluntária ou o arrependimento eficaz e no segundo caso a tentativa.
Conduta seja dolosa, isto é, que exija uma vontade livre e consciente de querer praticar determinada conduta.
ESPÉCIES DE TENTATIVA
	Tentativa Imperfeita inacabada– O processo executório é interrompido por circunstâncias alheias a vontade do agente durante a execução. O agente não exaure toda sua potencialidade lesiva. Exemplo – o agressor é seguro quando está desferindo golpes para matar a vítima.
	Tentativa perfeita acabada ou crime falho – o agente realiza todo o ato necessário a alcançar o resultado, mas mesmo assim não o atinge. A execução se conclui, mas o resultado não se consuma. Damásio diz que “o crime é subjetivamente consumado em relação ao agente que o comete, mas não o é objetivamente em relação ao objeto ou a pessoa contra o qual se dirigia.
	Concluindo – na tentativa perfeita o agente desenvolve toda a atividade necessária a produção do resultado, mas este não sobrevém, como por exemplo descarrega a arma na vítima, mas esta é salva por intervenção médica. 
Obs – A distinção é irrelevante para a tipificação no nosso código penal. Poderá ser utilizada na fixação da pena base no artigo 59, pois quanto mais próximo da consumação menor será a redução da pena.
	
	Tentativa Branca ou Incruenta – a vítima não é atingida, não vem a sofrer ferimentos.
vermelha	Tentativa cruenta – a vítima é atingida, vindo a lesionar-se. 
Tentativa só é punível – art. 11 da lei 7170/83
Possibilidade de alcançar o resultado 
Tentativa idônea e inidônea - a primeira o resultado é possível de ser alcançado
Na segunda não sinônimo de crime impossível
PUNIBILIDADE DA TENTATIVA
	Duas teorias. Subjetiva e Objetiva
 	Subjetiva – o agente que deu inicio aos atos de execução de determinada infração mesmo não tendo alcançado o resultado por circunstâncias alheias a sua vontade, responde como se tivesse consumado. Não incide a redução.
	Objetiva – adotada como regra do nosso código, entende que deve existir uma redução de pena quando o agente não consiga efetivamente alcançar o resultado.
Tal regra sofre exceções, como no artigo 352 do código penal – equiparou a pena de tentativa ao crime consumado. Então dizemos que adotou a teoria objetiva temperada, porque em alguns casos utiliza-se da ressalva do parágrafo único. Artigo 309 do código eleitoral – votar ou tentar votar duas vezes.
CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA 
CRIMES CULPOSOS (EXCEÇÃO – CULPA IMPRÓPRIA – TEM UMA PARTE DA DOUTRINA QUE ACHA QUE PODE.
PRETERDOLOSOS – 
CONTRAVENÇÕES – ARTIGO 4
HABITUAIS – SÃO CRIMES QUE PARA SE CHEGAR A CONSUMAÇÃO É NECESSÁRIA A PRATICA DE REITERADOS ATOS. Assim ou o sujeito comete esses atos reiteradamente ou o fato é atípico. Ex. casa de prostituição 229, rufianismo 230, curandeirismo 284
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Artigo 15 do Código Penal – Leitura
 	Na primeira parte encontramos a chamada desistência voluntária. Primeira coisa necessária é que o agente já tenha ingressado na fase de execução. O agente interrompe voluntariamente, os atos da execução do crime, desiste de nela prosseguir. Também é conhecida como tentativa abandonada. Muitos acham incorreto deixar de punir, mas o Estado, com a intenção de estimular a não consumação, criou o instituto, oferecendo a possibilidade de o agente sair da situação que criara, sem ser punido. 
	Não é necessária que a desistência seja espontânea,basta que seja voluntária. Espontânea é quando a idéia inicial parte do próprio agente e voluntária é a desistência sem coação moral ou física. A idéia pode ter partido de outrem ou até mesmo a pedido da própria vítima.
FORMULA DE FRANK – analisando o caso, de maneira hipotética se o agente disser a si mesmo POSSO PROSSEGUIR MAS NÃO QUERO, será caso de desistência voluntária. Se disser QUERO PROSSEGUIR MAS NÃO POSSO, será caso de crime tentado.
Arrependimento Eficaz (resipiscência)
 	Ocorre quando o agente, depois de esgotar todos os meios de que dispunha para chegar a consumação da infração, arrepende-se e atua em sentido contrário, evitando a produção do resultado inicialmente por ele pretendido. 
 	A diferença entre os institutos é que na desistência voluntária o processo de execução do crime ainda está em curso enquanto no Arrependimento eficaz, a execução já foi encerrada. 
NÃO IMPEDIMENTO DA PRODUÇÃO DO RESULTADO
 	Se o resultado vier a ocorrer o agente não será beneficiado com os institutos. Iniciou a execução, efetuou alguns disparos e voluntariamente interrompe a execução, se a vítima não conseguir resistir aos primeiros ferimentos, vindo a falecer, responde por homicídio consumado. Da mesma forma se depois de praticado os atos se arrepende e socorre a vítima mas a mesma não sobrevive, mesmo tendo se arrependido, esse arrependimento não é eficaz e responderá pelo crime consumado.
Somente é possível em crimes materiais. Não tem cabimento nos delitos formais.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR – Artigo 16 do Código Penal 
CRIME IMPOSSÍVEL – Artigo 17 do Código Penal

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