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Fundamentos da Engenharia Ambiental Professora: Dayana Andrade de Freitas E-mail: dayanafandrade@yahoo.com.br Gerenciamento de Resíduos Sólidos Aterros Sanitários Infraestrutura, Classificação e Métodos de Operação Aspectos Normativos para Aterros Sanitários NBR – 8.419:1992 Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos. NBR – 13.896:1997 Aterros de resíduos não perigosos- Critérios para projeto, implantação e operação. NBR – 10.157:1987 Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação. Infraestrutura de um Aterro Sanitário Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário INFRA-ESTRUTURA BÁSICA DO ATERRO SANITÁRIO • Guarita/Portaria; • Balanças; • Isolamento/cerca; • Sinalização; • Cinturão verde; • Acessos; • Iluminação; • Comunicação; • Abastecimento de água; • Instalações de Apoio Operacional; • Área de disposição de resíduos; • Sistema de Captação de Biogás e Captação e Tratamento de Chorume; • Instrumentos de monitoramento. TODO ATERRO TEM UMA ROTINA OPERACIONAL QUE DEVE SER OBEDECIDA Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Guarita/Portaria - Recepção dos Resíduos • Recebe os caminhões previamente cadastrados; • Identificar os transportadores; • Registrar e verificar a procedência; • Pesar e registrar toda a operação. Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Balanças Sistemas de Balanças na Entrada e Saída dos Aterros • Controle da origem, qualidade e quantidade dos resíduos a serem dispostos no aterro; • Devem ser preenchidos corretamente no "formulário para pesagem diária de veículos“. Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Isolamento Controle de Ruídos e de Odores Cercas (Isolamento de todo o perímetro do Aterro); • Proteção contra catadores; • Animais. Cinturão Verde Sinalização Placas indicativas das unidades e advertência nos locais de risco. Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Acessos Vias externas e internas, construídas e mantidas de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas. Iluminação Ligação à rede de energia para uso dos equipamentos e ações de emergência no período noturno, caso necessário. Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Instalações de Apoio Operacional Prédio administrativo contendo, no mínimo, escritório, refeitório, copa, instalações sanitárias e vestiários. Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Pessoal Os operadores deverão ser capacitados com um treinamento para desenvolverem as atividades técnico- operacionais e/ou administrativas. Cartilha de Operação Aterro Sanitário – CONDER COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA. Estruturas Componentes de um Aterro Sanitário Máquinas As máquinas, como ferramentas fundamentais, executam as atividades mecânicas. Cartilha de Operação Aterro Sanitário – CONDER COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA. Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas • Método da Trincheira; • Método da escavação Progressiva ou método da meia encosta; • Método da área ou aterro superficial Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas • Método da Trincheira; • Método da escavação Progressiva ou método da meia encosta; • Método da área ou aterro superficial Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Acima do Nível Original do terreno Abaixo do Nível Original do terreno • Método da Trincheira ou Valas Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Empregado para terrenos que sejam planos ou poucos inclinados, e onde o Lençol freático esteja situado a uma profundidade maior em relação à superfície. • Apresenta custo elevado, pois exige escavações de grandes valas. • Método da Trincheira ou Valas Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Trincheiras de grandes dimensões • Método da Trincheira ou Valas Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Trincheiras de pequenas dimensões Resíduo sendo descarregado em uma extremidade da vala. Resíduo sendo nivelado e coberto manualmente com solo. • Método da Trincheira ou Valas Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Trincheiras de pequenas dimensões • Método da Trincheira ou Valas Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Trincheiras de pequenas dimensões • Método da escavação Progressiva ou método da meia encosta Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Empregado quando o terreno onde será implantado apresenta topografia acidentada; • Método da Escavação Progressiva ou método da meia encosta Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Resíduos descarregados junto à base de um desnível já existente sendo em seguida compactados por um trator de esteiras Método da Rampa • Método da área ou aterro superficial Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Empregado geralmente em locais de topografia plana e lençol freático raso; Nessas situações, devem ser criados desníveis com os próprios resíduos • Método da área ou aterro superficial Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Célula inicial que servirá de base para a construção das demais • Método da área ou aterro superficial Tipos de Aterros de acordo com Formas Construtivas Medidas Técnicas e Operacionais no Aterro Sanitário Medidas Técnicas e Operacionais no Aterro Sanitário Sistemas de Impermeabilização em Aterros Sanitários Sistemas de Impermeabilização de Base em Aterros Sanitários OBJETIVO: Garantir um confinamento dos resíduos e lixiviados gerados, impedindo a infiltração de poluentes no subsolo e aqüíferos subjacentes (impermeabilização inferior ou da base). Um sistema de impermeabilização deve apresentar as seguintes características: • Estanqueidade (que impede a passagem de água); • Durabilidade; • Resistência mecânica; • Resistência a intempéries; • Compatibilidade com os resíduos a serem dispostos. Sistemas de Impermeabilização de Base em Aterros Sanitários Liners são barreiras impermeáveis utilizadas em aterros sanitários. Que podem ser: • solos com baixa condutividade hidráulica; • solos compactados; • materiais sintéticos como geomembranas, geotêxteis, geocompostos; • e/ou uma combinação de todos estes. Chamados de Geossintéticos Produto polimérico (sintético ou natural) industrializado, desenvolvido para aplicação em obras geotécnicas, desempenhando uma ou mais funções, entre as quais se destacam: reforço, filtração, drenagem, separação, impermeabilização e controle de erosão superficial. Geomembranas h tt p :/ /i n fr ae st ru tu ra u rb an a. p in i.c o m .b r/ Execução da instalação das Geomembranas: 1) Preparação do solo; 2) Preparação para ancoragem; 3) Instalação 4) Soldagem 5) Instalação de drenos 6) Fiscalização NBR 15352, "Mantas Termoplásticas de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e de Polietileno Linear (PEBDL) para Impermeabilização". São mantas geossintéticas, de liga plástica, elástica e flexível; Mantas em Polietileno de Alta Densidade (PEAD), geralmente de 1 a 2 mm de espessura; Preparação do Solo Construção da camada de base do aterro é uma das partes importantes e sensíveis de toda obra https://www.cpt.com.br/cursos-meioambiente/artigos/planejamento-e-metodos-de-execucao-para-o-correto-gerenciamento-do-aterro- sanitario Preparação do Solo - Começa com a terraplanagem do terreno, retirando a vegetação, rochas e outros materiais e deixando o terreno no greide definido pelo projeto;- Feita a terraplenagem, inicia-se a construção da camada de impermeabilização inferior propriamente dita; - Argila é espalhada no local, homogeneizada e compactada com a utilização de equipamento de construção rodoviária, como grades de discos, compactadores pé-de- carneiro e trator de esteiras; A compactação da argila deve ser feita na umidade ótima Ancoragem Geomembranas • De modo a evitar escorregamento ou ação do vento sobre a geomembrana, esta deve ser firmemente ancorada nas bordas superiores dos taludes do aterro sanitário. • Como material de reaterro, pode-se utilizar o próprio solo escavado ou concreto. 60 cm da borda do talude Largura 30 cm A ltu ra 3 0 cm Canaleta de Ancoragem deverá ser escavada de acordo com as dimensões previstas no projeto • Abertura das bobinas devem ser feitas a partir das cristas dos taludes; Instalação das Geomembranas • Devem ser posicionadas de acordo com o Projeto de Execução; • Deve-se evitar a formação de rugas ou ondas; • Ancoragem temporária com sacos de areia. Solda das Geomembranas Solda das Geomembranas Para a Soldagem os transpasses devem estar limpos e sem umidade Fiscalização das Geomembranas É preciso garantir Controle de Qualidade - CQA (Control Quality Assurance) http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/uploads/2013/05/Carlos_Vinicius-.pdf Ensaio de avaliação das Soldas • Ensaio de vácuo (não destrutivo); • Ensaio de faísca elétrica ou Spark Test; • Ensaio de pressurização (Pneumático); • Resistência ao cisalhamento; (tensiômetro - Ensaio destrutivo); • Resistência ao descolamento; • Ensaio de lâmina d’água; • Ensaios geoelétricos.Tensiômetro Teste de Estanqueidade (que impede a passagem de percolados). Fiscalização das Geomembranas Perfuração da Geomembrana Cortes na Geomembrana http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/uploads/2013/05/Carlos_Vinicius-.pdf Desde as condições de superfície até a ancoragem definitiva, equipamentos de solda e controle de qualidade Recomenda-se inspecionar visualmente a parte externa do material recebido na obra: a manta não pode apresentar perfurações, bolhas, cortes ou rachaduras. Fiscalização das Geomembranas http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/uploads/2013/05/Carlos_Vinicius-.pdf Reparos: são executados através de “manchões” Geotêxtil • Geotêxtil – Bidim, mais conhecido; • Matéria-prima mais empregada na fabricação das mantas geotêxteis é o poliéster (PES) ou o polipropileno (PP); Geotêxtil Tecido Geotêxtil Não-Tecido Geotêxtil Proteção da Geomembrana com Geotêxtil não-tecido http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/Cartilha%20RECESA %20Aterro%20Sanit%C3%A1rio.pdf Exemplo de Sistema de Impermeabilização de Base Sistemas de impermeabilização de base podem ser simples, compostos ou duplos Resíduos sólidos : projeto, operação e monitoramento de aterros sanitários : guia do profi ssional em treinamento : nível 2 / Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org.). – Belo Horizonte : ReCESA, 2008. IMPERMEABILIZAÇÃO DE ÁREA DE EXPANSÃO EM ATERRO SANITÁRIO EM MAUÁ – SP Departamento Técnico de Geomembrana NeoPlastic Eng° Daniel M. Meucci Disposição dos Geossintéticos aplicados no Aterro Sanitário Exemplo de Sistema de Impermeabilização de Base Esquema de impermeabilização de base Exemplo de Sistema de Impermeabilização de Base Argila de Proteção Mecânica AS RAZÕES DA ESCOLHA DO USO DAS GEOMEMBRANAS DE PEAD PARA SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE DE ATERROS SANITÁRIOS Propriedades químicas, físicas e mecânicas são especialmente importantes ao longo da vida útil dos aterros sanitários. Análise pelo Desempenho Ambiental Geomembranas PEAD X PVC Geomembranas PEAD X PVC • COMPOSIÇÃO • DURABILIDADE (PEAD maior durabilidade) • RESISTÊNCIA QUÍMICA E MECÂNICA (PEAD mais resistente) • GEOMEMBRANA COMO BARREIRA IMPERMEABILIZANTE (PEAD • RESISTÊNCIA AO CALOR (PEAD resistente) • SOLDAS (Largura Bombinas PEAD 5,90 m; PVC 1,40 a 1,80 m) • RESISTÊNCIA AOS RAIOS UV (PEAD – Resistente) • ARMAZENAMENTO (PEAD – armazenadas em local aberto (proteção UV); PVC –em local fechado) • REGULARIDADE DE ESPESSURA (PEAD – Uniformidade de fábrica) • INFLAMABILIDADE (PEAD e PVC – podem aditivos antichamas) • TOXIDADE (PVC quando queimada libera gases tóxicos) Análise pelo Desempenho Ambiental PEAD - 97% de PEAD virgem, 2,5% de negro de fumo, (resistência a UV) e 0,5% de termoestabilizantes e antioxidantes (resistência às intempéries, ao calor e à degradação). PVC - 35 a 50% de plastificantes mais aditivos. Drenagem e Tratamento do Chorume Chorume Transporte Armazenamento Tratamento Descarga Transporte e bombeamento do chorume Definido como líquido produzido pela decomposição de substâncias contidas nos resíduos sólidos. • Caracterizado pela cor escura, odor desagradável e elevada demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Composição típica de chorumes de aterros recentes e aterros envelhecidos (todos os valores em mg/l exceto pH) Chorume de aterros recentes (menos de 2 anos) Chorume de aterros envelhecidos (mais de 10 anos) pH 6,2 7,5 DQO 23.800 1.160 DBO 11.900 260 COT 8.000 465 Ácidos orgânicos 5.688 5 Amônia 790 370 N-oxidado 3 1 Fosfatos 0,73 1,4 Cloretos 1.315 2.080 Sódio 960 1.300 Mágnesio 252 185 Potassio 780 590 Cálcio 1.820 250 Manganês 27 2,1 Ferro 540 23 Níquel 0,6 0,1 Cobre 0,12 0,3 Zinco 21,5 0,4 Chumbo 8,4 0,14 Composição Química do Chorume Varia muito, dependendo da idade do aterro e dos eventos que ocorreram antes da amostragem do mesmo. Geração de LIXIVIADO Líquido drenado do aterro, que supera a capacidade de campo da massa aterrada de resíduos, resultante de: • Decomposição da matéria orgânica biodegradável; • Líquidos livres provenientes de alguns resíduos aterrados; • Água pluvial que infiltra no aterro (parcela mais significativa); Também existe perda de água na forma de vapor, que sai juntamente com o biogás. Vazão de Lixiviado Fatores que influenciam sua geração: • Clima; • Topografia; • Fase e procedimentos de operação; • Tipo de resíduo. Vazão de Chorume a ser Drenada KAP t Q 1 onde: Q = vazão média de liquído percolado (L/s) P = precipitação média anual (mm); A = área do aterro (m2) t = número de segundos em 1 ano (31.536.000 s); K = coeficiente que depende do grau de compactação do lixo Coeficiente de Formação de Percolados Peso específico dos resíduos no Aterro K 0,4 a 0,7 t/m3 0,25 a 0,5 > 0,7 t/m3 0,15 a 0,25 Lixiviado Balanço Hídrico Percolação (PER = P – ER - DAS - ES) Vazão de Lixiviado Sistema de Drenagem do Chorume Os liners e o sistema de drenagem trabalham conjuntamente; • Projeto de considerar o tipo de liner; • Boa drenagem minimiza os riscos de vazamento no liner. Sistema de Drenagem do Chorume Objetivo: Coletar e conduzir o chorume que atravessa a massa de aterro para o Tratamento; Componentes da Drenagem do Chorume 1)Preparação do Sistema de Impermeabilização 2)Componentes da drenagem 2a Declividade 2b Drenos centrais 2c Drenos secundários Drenagem do Aterro Sanitário de Caucaia Fortaleza - CE Sistema de Drenagem do Chorume Drenagem do Chorume Drenagem de chorume Sistema de Drenagem do Chorume Canaletas simples Canaletas de Meio Cano Tipos de Drenos (Dreno cego - com seção sem tubo circular, que possuem somente brita como meio drenante) Todas as Drenagens de líquidos percolados devem ser direcionadaspara um tanque de acumulação, para início das operações de Tratamento. Tratamento de Chorume Tratamento de Chorume • Tratamento a ser utilizado pode variar bastante, tendo em vista a tecnologia escolhida. Os processos citados na literatura técnica sobre o tratamento do percolado apresentam as seguintes alternativas: Tratamento Físico-Químico - Precipitação Química; - Oxidação Química; - Adsorção sobre Carbono Ativo; - Processo por Membranas; - Coagulação-Floculação; - Evaporação ou Destilação. Tratamentos Biológicos - Lodos Ativados; - Filtros Biológicos; - Lagoas de Estabilização; - Reatores anaeróbios de fluxo ascendentes (Tipo UASB ou RAFA); - Aeração Prolongada. Outros Processos - Exportação do percolado para tratamento em ETEs; Tratamento de Chorume TRATAMENTO PRIMÁRIO – CLARIFICAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA CTR Candeis – Lodo primário vai para as Ecobags Tratamento de Chorume Tanque de Equalização • Função de regularizar a vazão, além de homogeinizar o efluente, tornando uniforme pH, temperatura, turbidez, DBO e DQO. • Difícil operar sem ter a vazão regularizada, variações bruscas impossibilitam o funcionamento de tanques de correção de pH, floculadores, decantadores e lodos ativados. Tratamento de Chorume TANQUE DE SEDIMENTAÇÃO DE CAL REAGIDA Tratamento de Chorume DECANTADOR PRIMÁRIO Tratamento de Chorume TRATAMENTO SECUNDÁRIO (LODOS ATIVADOS “AERAÇÃO PROLONGADA” Tratamento de Chorume TRATAMENTO SECUNDÁRIO LODOS ATIVADOS “AERAÇÃO PROLONGADA” Tratamento de Chorume TRATAMENTO SECUNDÁRIO Aterro Sanitário – CTR Candeias Tanque de lodos ativados para tratamento do chorume Tratamento de Chorume TRATAMENTO SECUNDÁRIO DECANTADOR SECUNDÁRIO Tratamento de Chorume TRATAMENTO TERCIÁRIO Tratamento de Chorume TRATAMENTO TERCIÁRIO SISTEMA DE NANOFILTRAÇÃO Membrana utilizada para nanofiltração Tratamento de Chorume TRATAMENTO TERCIÁRIO Chorume Bruto Chorume após o tratamento físico- químico Chorume Clarificado Aterro Sanitário – CTR Candeias Chorume Bruto Tratamento Secundário Tratamento Terciário Tratamento de Chorume Lagoa de Estabilização Sistema de Drenagem de Águas Pluviais Sistema de Drenagem de Águas Pluviais • Tão importante quanto o controle de lixiviado é o controle de águas pluviais Princípios básicos: • Impedir a entrada de água externa ao aterro; • Afastar o mais rápido possível as águas que precipitam sobre o aterro (declives adequados). Sistema de Drenagem de Águas Pluviais Dispositivos de um Sistema de Drenagem Bermas Platô Taludes Objetivo: Interceptar e desviar o escoamento superficial Sistema de Drenagem de Águas Pluviais Descida d’água em Talude Escada d’água Confluência de Drenagens Sistema de Drenagem de Águas Pluviais Canaleta da Berma Escada d’água Dispositivos de um Sistema de Drenagem Sistema de Drenagem de Águas Pluviais Canaletas da Berma Canaleta de Pé de Talude Canaleta de Pé de Talude Biogás Sistema de Drenagem de Gases • Gases auto-inflamáveis - quando reage com outras substâncias (até mesmo com o oxigênio), podem provocar acidentes, colocando em risco a segurança das pessoas envolvidas na operação. Quando há uma concentração de 5% do gás metano em ambiente fechado, torna-se necessária a sua rápida liberação para que não ocorra explosões no local. Necessidade de instalação de um sistema de drenagem de gases em aterros Objetivo: controle de direcionamento e migração dos gases Sistema de Drenagem de Gases ✓ Digestão anaeróbia CH4 e H2S ; ✓ Diâmetro dos tubos: entre 0,2 a 1,0 m; ✓ Distância entre drenos ~ 50 a 60 m Sistema de Drenagem de Gases Aplicação de Tubo Dreno Sistema de Drenagem de Gases Preenchimento de Anel Drenante 84 Sistema de Drenagem de Gases 85 Sistema de Drenagem de Gases Sistema de Tratamento Gases Alternativas de Aproveitamento do Biogás ✓ Processo mais usual: queima (CH4 → CO2) ✓ Geração de energia. Biogás É uma mistura de gases resultante da decomposição de matéria orgânica, pela ação de bactérias anaeróbias (na ausência de oxigênio). Componente (% Volume) Valor Típico (% Volume) Máximo Observado (% Volume) METANO 63,8 88,0 DIÓXIDO DE CARBONO 33,6 89,3 OXIGÊNIO 0,16 20,9 NITROGÊNIO 2,4 87,0 HIDROGÊNIO 0,05 21,1 MONÓXIDO DE CARBONO 0,001 0,09 ETANO 0,005 0,0139 ETENO 0,018 - ACETALDEÍDO 0,005 - PROPANO 0,002 0,0171 BUTANO 0,003 0,023 HÉLIO 0,00005 - ALCANOS <0,05 0,07 HIDROCARBONOS INSATURADOS 0,009 0,048 COMPOSTOS HALOGENADOS 0,00002 0,032 SULFETO DE HIDROGÊNIO 0,00002 35,0 COMPOSTOS ORGANOSULFURADOS 0,00001 0,028 ALCÓOIS 0,00001 0,127 OUTROS 0,00005 0,023 Fonte: Waste Management Paper No. 27 – Landfill Gas - HMSO Mistura heterogênea de gases: • Metano (CH4), com cerca de 50 a 70% do total; • Dióxido de carbono (CO2), com 20 a 30% do total; e • Outros gases, como NH3, H2S, N2, e H2. Composição Típica de Gases Aterro Sanitário Captação de Gás Queima de Gases (Flare) Captação de Gás Gerador de Energia Elétrica Captação de Gás Aterro Energético Construído dentro dos princípios do aterro sanitário, porém com modificações que permitam maior geração de gás e seu aproveitamento como fonte de energia. Aterro Energético Fonte:Termoverde Caieiras/Divulgação Usina Termoverde Caieiras Maior termelétrica do Brasil movida a combustível renovável. – Gás procedente de aterro sanitário. Potência instalada de 29,5 megawatts (MW) Média para a geração de energia deve chegar a 26 MW por hora, o que é o mesmo consumido por uma cidade de 300 mil habitantes, como o Guarujá, Taubaté ou Limeira. http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-09/maior-termeletrica-com-combustivel-renovavel-e-inaugurada-em-sao-paulo Área de 15.000m²; Início de operação em julho de 2016. Funcionamento de um Aterro Sanitário com Aproveitamento Energético do Biogás http://www.portalresiduossolidos.com/aproveitamento-energetico-do-gas-de-aterro-no-brasil/ Sistema de Captação dos Gases h tt p :/ /w w w .n ew h o m e. co m .b r/ h tm ls /e ko h o m e/ B io m as sa /A te rr o % 2 0 B io m as sa .h tm Aproveitamento de Biogás em Aterros Sanitários Região Projetos Brasil 39 Norte 2 Nordeste 6 Centro-Oeste 3 Sudeste 25 Sul 3 Número de projetos de MDL envolvendo aterros no Brasil, por região (até julho de 2011) Fonte: Convenção-Qadro das Nações Unidas para a Mudança do Clima (UNFCCC) • Aproveitamento do gás de aterro para produção de energia; • Queima do gás em flairs. http://www.portalresiduossolidos.com/aproveitamento-energetico-do-gas-de-aterro-no-brasil/ Aproveitamento de Biogás em Aterros Sanitários http://www.portalresiduossolidos.com/aproveitamento-energetico-do-gas-de-aterro-no-brasil/ Aproveitamento do Biogás Vantagens: • Redução dos gases de efeito estufa; • Receita adicional para aterros existentes (energia + créditos de carbono); • Utilização para geração de energia ou como combustível; • Redução da possibilidade (remota) de ocorrência de autoignição e/ou explosão pelas altas concentrações de metano. Desvantagens: • Recuperação parcial do gás em aterros, sobretudo naqueles cuja construçãonão foi projetada para este fim, em que a recuperação máxima muitas vezes se limita a 50%; • Alto custo da planta de aproveitamento do gás, decorrente do tratamento necessário; • Decaimento da produção de biogás ao longo da vida útil do projeto. Nota Técnica DEA 18/14 - Inventário Energético dos Resíduos Sólidos Urbanos Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Descarga dos Resíduos Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Espalhamento Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Compactação dos Resíduos Maior uniformidade de compactação Volume mínimo (1/3 do volume inicial) Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Espalhamento e Compactação dos Resíduos Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Espalhamento e Compactação dos Resíduos A cada três viagens de descarregamento, de acordo com a capacidade do veículo coletor, os resíduos devem ser empurrados de baixo para cima contra um barranco, uma célula anterior e distribuído pelo seu talude. Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Recobrimento com terra dos Resíduos Finalidade: - evitar espalhar resíduos através de ventanias; - propagação de moscas, baratas, ratos, urubus (Constituição de uma célula sanitária). Ao final de cada dia ou quando o espalhamento e compactação dos resíduos estiverem terminados, esse monte de resíduos deverá receber uma cobertura de terra. Espessura de 15 a 20 cm. http://daema-americobrasiliense.blogspot.com.br/ Sistema de Impermeabilização Intermediária e Final Cobertura Final Essa cobertura deve encobrir superfícies que ficarão expostas permanentemente – bermas e taludes definitivos. Uma vez esgotada a capacidade do aterro procede-se a cobertura final Espessura de 40 a 60 cm de terra; Altura das células de 2 a 4 m Sistema de Impermeabilização Intermediária e Final Cobertura Final Altura das células de 2 a 4 m Após o recobrimento com terra, deve-se plantar a grama nos taludes definitivos e platôs, que servirá como proteção contra erosão. itograss.com.br/aterro-sanitario-ganha-vida-e-beleza-com-grama-esmeralda-itograss/ Sistema de Impermeabilização Final Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Cobertura Final Recobrimento das bermas para tráfego operacional itograss.com.br/aterro-sanitario-ganha-vida-e-beleza-com-grama-esmeralda-itograss/ Rotina de Operação Compactação dos Resíduos Cobertura Final http://daema-americobrasiliense.blogspot.com.br/ Formação das Células ao longo da Disposição e Recobrimento de Resíduos Dimensões das Células • Dependem da quantidade de resíduos aterrados; • Normalmente construídas entre 2 e 6 metros de altura; • Contudo não há uma medida padrão; • Deve-se realizar a sequência de cálculos para cada situação. O cálculo da célula padrão também é importante pois confere proporcionalidade ao aterro. Alturas excessivas das células dificulta a subida do trator pela rampa formada e prejudica a compactação dos resíduos. Monitoramentos em Aterro Sanitário Para o monitoramento adequado do aterro deverão ser observados: - Gases; - Qualidade do Ar; - Ruídos - Poluição Sonora; - Qualidade das Águas; - Controle do Solo (Acompanhamento Geotécnico); - Lixiviado; - Fauna. Monitoramento Ambiental de um Aterro Sanitário • Gases Objetivo: Assegurar a estabilidade do maciço de resíduo sendo fundamental à segurança do aterro. Monitoramento Ambiental de um Aterro Sanitário Monitoramento será realizado mediante o acompanhamento das pressões de gases no interior do aterro obtidas com o auxílio das mediações feitas pelos piezômetros. Frequência: Semanalmente Duração: Período de operação e por 20 anos após o encerramento do empreendimento Piezômetro Monitoramento da Qualidade do Ar Equipamentos para o monitoramento da qualidade do ar PM10- partículas inaláveis HIVOL- partículas totais • Pluviógrafo, Pluviômetro e Termohigrômetro; Pluviógrafo, Pluviômetro e Termohigrômetro; GUIA PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS Thayrinne Marcella Borges (*) Gisele Vidal Vimieiro, Cícero Antonio Antunes Catapreta * Engenheira Sanitarista e Ambiental (CEFET MG), Mestranda em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (UFMG). Rua Vicente de Carvalho nº 154 – bairro Santa Mônica – CEP: 31520-510 - Belo Horizonte, MG. E-mail: thayrinnem@hotmail.com Aterro Sanitário de Belo Horizonte, MG. Frequência: Semanalmente Duração: Período de instalação e de operação • Pode ser provocada pela movimentação de veículos, operação de máquinas e equipamentos pesados; • Resolução CONAMA 01/90 e NBR ABNT 10151:2000. • Necessário acompanhamento dos níveis de pressão sonora na Área de Intervenção e controle. Monitoramento da Poluição Sonora Frequência: Diariamente Duração: Período de instalação e de operação Monitoramento Qualidade das Águas Tem como finalidade verificar eventuais alterações nos corpos d’água superficiais e nas reservas subterrâneas em decorrência das atividades do aterro sanitário. • Águas superficiais; • Sistema de Drenagem; • Águas subterrâneas. h tt p :/ /t ek b io .n et /? p o st _t yp e= p o rt fo lio & p =1 9 2 3 Aterro Sanitário – Sapucaia / RJ Monitoramento Águas Subterrâneas Poços de Monitoramento Frequência: Trimestralmente Duração: Período de instalação e de operação e por até 20 anos após o encerramento do empreendimento • Mapa de Fluxo da água Subterrânea; • Diretrizes conforme ABNT NBR 15495:2007 versão corrigida 2: 2009 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares. Parte 1: Projeto e construção; • NBR 15495:2008 – Parte 2: Desenvolvimento Monitoramento do nível do lençol freático Aterro Sanitário de Belo Horizonte, MG. GUIA PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS Thayrinne Marcella Borges (*) Gisele Vidal Vimieiro, Cícero Antonio Antunes Catapreta * Engenheira Sanitarista e Ambiental (CEFET MG), Mestranda em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (UFMG). Rua Vicente de Carvalho nº 154 – bairro Santa Mônica – CEP: 31520-510 - Belo Horizonte, MG. E-mail: thayrinnem@hotmail.com Monitoramento Águas Subterrâneas Medidas à montante e jusante do aterro • Drenagem ineficiente das águas da chuva pode provocar maior infiltração no maciço do aterro, aumento o volume de chorume gerado e contribuindo para a instabilidade do maciço. Monitoramento Sistema de Drenagem Superficial Os seguintes aspectos devem ser verificados: • Eventuais abatimentos no maciço do aterro e nos acessos; • Processos erosivos e danos ao sistema de drenagem superficial, como quebra de tubulações e obstrução de canaletas; • São necessárias inspeções em todos os platôs, taludes, bermas, pois são pontos possíveis de acúmulo de água na superfície do aterro e acúmulo de detritos. Frequência: Trimestralmente Duração: Período de instalação e de operação e após o encerramento do empreendimento Monitoramento Geotécnico • Levantamentos topográficos periódicos em aterros sanitários permitem obter informações sobre as características geométricas do maciço sanitário, como cotas de nível, formato geométrico, inclinação dos taludes; • Destinados a monitorar as tendências do maciço sanitário, podendo prever seu comportamento, de modo a antecipar as tomadas de decisões que visam garantir a estabilidade do maciço e as condições de segurança, evitando potenciais riscos ambientais. Efeito que será minimizado pelos sistemas de: -Drenagem de gases e percolados; -Confinamentogeotécnico; -Drenagem pluvial. O grande acúmulo de solo e resíduos sólidos dispostos na área do empreendimento e devido aos efeitos da decomposição dos materiais orgânicos, geradores de líquidos percolados e gases que podem diminuir a estabilidade do maciço. http://hd.eng.br/monitoramento-geotecnico-de-aterros-sanitarios/ Monitoramento Geotécnico • Abrangerá as seguintes atividades: - Instalação dos piezômetros e marcos geotécnicos; - Realização de leituras da pressão de gás e nível de chorume nos piezômetros; - Realização de leituras do posicionamento dos marcos geotécnicos (para avaliação dos deslocamentos horizontais e recalques). Monitoramento Geotécnico Frequência: Semanalmente (Se houver necessidade será mais frequente) Duração: Período de instalação e de operação e por até 20 anos após o encerramento do empreendimento - Medidores de Recalques Monitoramento Geotécnico Monitoramento geotécnico com a medição do marco topográfico para verificar movimentos de maciço do aterro finalizado. - Piezômetros: Monitoramento Geotécnico Fornecem o nível dos líquidos e as pressões dos gases no interior das células, elementos necessários para a avaliação da estabilidade dos taludes do aterro, evitando acidentes como desmoronamentos. Piezômetros para medição do nível de percolado e de pressão de gases no aterro. Implicações Geotécnicas em Aterros Sanitários Implicações Geotécnicas em Aterros Sanitários Implicações Geotécnicas em Aterros Sanitários Implicações Geotécnicas em Aterros Sanitários Implicações Geotécnicas em Aterros Sanitários Implicações Geotécnicas em Aterros Sanitários Monitoramento dos Líquidos Lixiviado Monitoramento do percolado será feito a fim de conhecer as principais características físico-químicas do chorume gerado no aterro, que variam ao longo do tempo em função da fase de decomposição dos resíduos. Coletas de amostras Ponto de coleta na lagoa de chorume e seguirá recomendações da ISO 5667-10 (1992). Central de Tratamento de Resíduos de Nova Iguaçu (CTR-NI) – RJ http://veredaprojetos.com.br/projetos/monitoramento-ambiental/ Parâmetros - Compostos Orgânicos; - Metais; - Constituintes inorgânicos não-metálicos; - Microbiológicos; - pH e Temperatura. Aterro Sanitário de Belo Horizonte, MG. GUIA PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS Thayrinne Marcella Borges (*) Gisele Vidal Vimieiro, Cícero Antonio Antunes Catapreta * Engenheira Sanitarista e Ambiental (CEFET MG), Mestranda em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (UFMG). Rua Vicente de Carvalho nº 154 – bairro Santa Mônica – CEP: 31520-510 - Belo Horizonte, MG. E-mail: thayrinnem@hotmail.com - Monitoramento quantitativo dos líquidos lixiviados; Monitoramento de Líquidos Lixiviados Frequência: Mensalmente Duração: Período de operação e por até 20 anos após o encerramento do empreendimento • É importante para minimizar os efeitos negativos sobre a fauna local. • Objetivo: é monitorar as populações de pequenos mamíferos não voadores, anfíbios, répteis e aves. Monitoramento Fauna Terrestre Frequência: Antes do período de instalação e semestralmente durante a operação Duração: Período de instalação e de operação e por até 20 anos após o encerramento do empreendimento Metas • Avaliar alterações na composição da comunidade visando a possível desestruturação das populações; • Fornecer elementos para subsidiar elaboração de estratégias e ações para controle e mitigação de impactos; • Favorecer a elaboração de ações para conservação das populações afetadas. • A atividade realizada no aterro sanitário pode gerar possíveis focos de proliferação de organismos vetores de doenças; • A fauna vetora deve ser monitoradas pois podem ocasionar doenças na população do entorno e trabalhadores do local e podendo também contaminar a fauna nativa. Monitoramento Fauna Vetora Frequência: Semestralmente Duração: Dois anos e se prologará se houver necessidade. • Macrovetores: cachorros, gatos, porcos, urubus, ratos); • Microvetores: moscas, mosquitos, bactérias, fungos. Encerramento Aterro Sanitário A operadora do aterro deverá manter, durante 20 anos, no mínimo, após a conclusão do aterro: • o sistema de coleta de líquidos percolados; • o sistema de coleta de gases, quando houver; • o sistema de monitoramento do aquífero e a integridade do aterro (taludes, cobertura final, etc.); e • o isolamento da área. Encerramento Aterro Sanitário Encerramento Aterro Sanitário Possíveis usos futuros da área do aterro sanitário: • agricultura (solo arável, pastagem); • paisagismo (espaço aberto, zonas de transição); • recreação (parques, praças, complexo esportivos, trilhas, campos de golfe). h tt p :/ /w w w .g eo sy n th et ic a. n et .b r/ Encerramento Aterro Sanitário Principais restrições à ocupação de áreas de aterros sanitários, mesmo após vários anos do seu fechamento, citam-se: • baixa capacidade de carga; • recalques significativos (especialmente os recalques diferenciais); • presença de gases combustíveis e potencialmente explosivos; • corrosividade do concreto e do aço aos produtos da decomposição dos resíduos. Engenharia Ambiental Disciplina Resíduos Sólidos Professora: Dayana Andrade de Freitas E-mail: dayanafandrade@yahoo.com.br Resíduos de Construção Civil Setor da Construção Civil - Crescimento populacional e o acelerado processo de urbanização dos municípios - geração de grandes volumes de Resíduos da Construção Civil (RCD). - A construção civil é um dos maiores geradores de resíduos de toda a sociedade. - Grande desafio: Buscar equilíbrio entre a produção e a proteção ambiental. - Importância da indústria da construção civil como alavanca para o desenvolvimento social e econômico do país. - Geração de impactos negativos para o meio ambiente. Setor da Construção Civil Todas as etapas do processo construtivo, tais como: • Extração da matéria-prima, • Produção de materiais, • Construção, • Demolição Causam impactos ambientais que afetam direta ou indiretamente os seguintes aspectos: • Saúde; • Segurança; • Bem-estar da população • Atividades sociais e econômicas • Qualidade dos recursos ambientais. Setor da Construção Civil Fator Importante: Muitas vezes no descarte de resíduos sólidos da construção civil, seja ele autorizado ou clandestino, a população deposita junto resíduos domésticos, entre ele os resíduos orgânicos. Esses locais servem de abrigo para proliferação, de insetos, ratos, animais domésticos e aves que encontram abrigo e alimento para sua manutenção e podem subsidiar com condições favoráveis a proliferação de vetores de doenças infecto contagiosas. Disposição Inadequada de RCD Exemplo de disposição inadequada de RCD junto à estradas w w w .p o rt al re si d u o ss o lid o s. co m Exemplo de disposição inadequada de RCD junto à mananciais superficiais Tessaro et al., 2012 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212012000200008 Disposição Inadequada de RCD Exemplos de Disposição Inadequada de RCD em Recife Aterro de Mangue – Boa Viagem Aterro de Canal – San Martin Margem de Rodovia – BR 101 Sul •Alexandre Duarte Gusmão, D.Sc. •POLI-UPE, IFET-PE •Gusmão Engenheiros Associados SOLUÇÕES AOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE 17 DE JUNHO DE 2010 – RECIFE Conceito Resíduos da Construção e Demolição (RCD) • São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantesda preparação e da escavação de terrenos. • São eles: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc. (Resolução CONAMA n° 307de 2002) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto à Periculosidade NBR – 10.004 da ABNT (2004) Classe I Perigosos Classe II Não-Perigosos Classe II A Não-Inertes Classe II B Inertes Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade Biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água Não têm nenhum dos seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade de águas. Resíduos da Construção Civil Classificação Resíduos da Construção e Demolição (RCD) Presença de tintas, solventes, óleos e outros derivados pode mudar a classificação do RCD para Classe I (Perigosos) ou Classe II A (Não-perigosos). Classificação Resíduos da Construção e Demolição (RCD) Classificação de RCD CLASSE TIPO Classe A Recicláveis ou reutilizáveis como agregados: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio- fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; Classe B São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; Classe C São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação; Classe D São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. Alterada em parte resolução 348, de 16 de Agosto de 2004, e a Resolução 431, de 24 de maio de 2011 Art. 3 Classificação dos resíduos da construção civil CONAMA n° 307/2002 Geração de RCD no Brasil 41% 9% 2% 0% 48% Domiciliar Reciclável Vegetal Saúde Construção Civil Fonte: MALP/SMMA 2004 No Brasil em 2011, os municípios coletaram mais de 33 milhões de toneladas de RCD, o que representa cerca de 60% de todo o resíduo sólido urbano (RSU) coletado (ABRELPE 2011). Setor da Construção Civil é o maior consumidor de recursos naturais da sociedade, absorvendo de 20 a 50% de recursos explorados no mundo. Origem de RCD gerados no Brasil Porcentagem de RCD gerados no Brasil Fonte: MIRANDA, ANGULO, CARELI (2009) apud Carvalho, 2016 No Brasil - resíduos sólidos derivados de reformas, aplicações e demolições têm maior volume de geração em comparação às construções de novas edificações Resolução CONAMA n° 307 de 2002 Resíduos da Construção e Demolição (RCD) Art. 4 - Os geradores deverão ter como objetivo: 1- Prioritário: a não geração de resíduos e, secundariamente; 2- a redução de resíduos; 3 - a reutilização e a reciclagem; 4 - o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. § 1º - Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos sólidos urbanos, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d'água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei. Destinação dos RCDs Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas: Classificação dos RCD’s Formas de Destinação Classe A Reutilização ou reciclagem na forma de agregados, ou devem ser encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura. Classe B Reutilização, reciclagem ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura. Classe C Armazenamento, transporte e destinação em conformidade com as normas técnicas específicas. Classe D Armazenamento, transporte, reutilização e destinação em conformidade com as normas técnicas específicas. Resolução CONAMA n° 307 de 2002 Reciclagem de Resíduos da Construção Civil (RCD) Reciclagem de RCD Etapas básicas: Fo n te : C ar va lh o , 2 0 1 6 Fluxograma do Processo de Reciclagem de RCD • Separação preliminar; • Limpeza; • Moagem; • Classificação granulométrica. Etapas da Reciclagem de RCD Processo de triagem dos materiais Fonte: www.visaconsultores.com (2010) Fonte: www.temsustentavel.com.br (2016) Britagem dos materiais Etapas da Reciclagem de RCD Peneiramento e separação granulométrica Fonte: ABRECON (2016) Fonte: Manual de Saneamento FUNASA, 2015 Etapas da Reciclagem de RCD Exemplo de utilização de equipamento capaz de efetuar a reciclagem de resíduos no próprio local da obra. Uso de RCD Reciclado Agregado Reciclado Rolo compactador liso Etapas da Reciclagem de RCD Produtos advindos de agregados reciclados Confecção de caixas de gordura com agregados reciclados Confecção de pavers com agregados reciclados Guia para Elaboração de Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil Rosimeire Suzuki Lima e Ruy Reynaldo Rosa Lima Série de Publicações Temáticas do CREA-PR Etapas da Reciclagem de RCD Produtos advindos de agregados reciclados Confecção de mobiliário urbanos Confecção de blocos Guia para Elaboração de Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil Rosimeire Suzuki Lima e Ruy Reynaldo Rosa Lima Série de Publicações Temáticas do CREA-PR Utilização de RCD reciclados em Obras de um Shopping Camaragibe Fonte: Coelho (2015) Construção do Shopping Utilização de RCC reciclados para fins não estruturais: • pavimentação de piso das áreas comuns do canteiro de obras, • implantação de vias de acesso para caminhões e máquinas, • redes de drenagem (A) e na sub- base (B) para nivelamento do solo para o bloco de sapata da fundação. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - UNINASSAU APLICAÇÃO E BENEFÍCIOS DO USO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO EM UMA OBRA DE UM SHOPPING , MUNICÍPIO DE CAMARAGIBE NAYARA DE SÁ CARVALHO 2016 (A) (B) Utilização de RCD reciclados em Obras do Shopping RioMar • Ações no canteiro de obras com objetivo de trazer o máximo possível de atividades para o interior do terreno e evitar a entrada e saída de caminhões. • A construtora estima que apenas o aproveitamento dos resíduos da demolição e da fundação evitou cerca de 6,9 mil viagens de caminhões de 8 m³, tanto para a retirada do entulho, quanto para a entrega de materiais para a pavimentação. • Duas centrais de concreto foram montadas no canteiro, além de uma área de estocagem de pré- moldados. • O grupo privilegiou ainda os fornecedores locais para reduzir o deslocamento e o tempo de entrega. dos materiais. http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/193/artigo288031-1.aspx Construtora: RioMar Shopping S/A Área do terreno: 202 mil m² Área construída: 295 mil m² Altura: 41,5 m Volume de concreto: 80 mil m³ Aço: 7,19 mil t Início da obra: setembro de 2010 Término de obra: outubro de 2012 VEDAÇÃO CONVENCIONAL X VEDAÇÃO RACIONALIZADA:ESTUDO DE CASO EM EDIFÍCIO DE MULTIPAVIMENTOS NA CIDADE DO RECIFE/PE TCC 2016 BRUNO CAVALCANTI MENEZES Orientadora : Profa. Dra. Dayana Andrade de freitas Características da alvenaria racionalizada - Utilização de blocos de melhor qualidade, preferencialmente com furos na vertical para facilitar a passagem de instalações; - Planejamento prévio; - Utilização de família de blocos com blocos compensadores para evitar a quebra de blocos na execução. Blocos cerâmicos modulares de tamanhos diferentes X X Vedação Convencional Vedação Racionalizada Vedação Convencional Vedação Racionalizada NBR-7171: 1992 Vantagens - Redução de custos com retrabalho e desperdícios de materiais; - Organização da obra; - Facilidade de instalações elétricas e hidráulicas. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) • Denomina-se gerenciamento de resíduos o conjunto de atividades técnicas e administrativas aplicáveis ao manuseio, à minimização da geração, à segregação na origem, à coleta, ao acondicionamento, ao transporte, ao armazenamento, ao tratamento, ao controle, ao registro e à disposição final dos resíduos. • Devem-se levar em conta todos os recursos físicos e materiais necessários ao bom gerenciamento e a capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RCDs. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Caracterização – O gerador deverá identificar e quantificar os resíduos Segregação – Realizada pelo gerador na origem ou nas áreas de destinação para essa finalidade Acondicionamento – Confinamento dos resíduos assegurando condições de reutilização e de reciclagem Transporte – Realizado em conformidade com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos Destinação Final – de acordo com o art. 10 da Resolução CONAMA n° 307/2002 Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) É dever do gerador: • Quantificar o volume e os tipos de resíduos gerados; • Averiguar reaproveitamento dos resíduos – Reutilização ou Reciclagem; • Ordenar o canteiro de obras; • Treinar a equipe para o manejo correto. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Segregação de RCC em canteiros de obras RESOLUÇÃO CONAMA Nº 275, de 25 de abril de 2001 Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva ABNT NBR 13463 Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Acondicionamento de RCD em canteiros de obras Recipientes de acondicionamento de RCDs Bombonas (50L); Bags (Sacos de ráfia com 4 alças) capacidade 1m3; baias (dimensões variáveis) e caçambas estacionárias (3 a 5m3). Fonte:UFJF (2012) Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Acondicionamento de RCD em canteiros de obras Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Deslocamento horizontal dos resíduos é realizado em carrinhos-de-mão e giricas h tt p :/ /b o n as o ld i.c o m .b r/ h tt p :/ /w w w .p ar ab o n i.c o m .b r/ Transporte de resíduos internos Transporte de resíduos internos Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Deslocamento vertical é realizado em tubos condutores de entulho ou elevadores de carga. Volume de resíduos muito grande, usa-se a grua para o transporte vertical. SINDUSCONCE Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Devem existir mecanismo de redução de perdas em canteiros de obras SINDUSCONCE Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Limpeza e Organização no canteiros de obras Mecanismo de redução de perdas em canteiros de obras Manuseio com segurança Transporte de materiais Controle de Estoque Estoque em Paletes SINDUSCONCE Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Transporte correto de materiais no canteiros de obras Mecanismo de redução de perdas em canteiros de obras Evita quebra e danos aos materiais Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Produção correta de argamassa e cimento no canteiros de obras Mecanismo de redução de perdas em canteiros de obras Evitar superprodução Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Transporte Externo A coleta e remoção dos resíduos do canteiro de obras devem ser controlados através do preenchimento de uma ficha contendo dados do gerador, tipo e quantidade de resíduos, dados do transportador e dados do local de destinação final dos resíduos. O gerador deve guardar uma via deste documento assinado pelo transportador e destinatário dos resíduos, pois será sua garantia de que destinou adequadamente seus resíduos. Este controle servirá também para a sistematização das informações da geração de resíduos da sua obra. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) O transporte do RCD deverá ser realizado em conformidade com a Legislação Municipal vigente, por empresa de transporte devidamente cadastrada e licenciada pela EMLURB. Transporte Externo Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Destinação Final CLASSIFICAÇÃO DOS RCC SEGUNDO A RESOLUÇÃO 307/2002 – CONAMA Aspectos Legais e Normativos RCD Instrumentos legais e normativos de abrangência Nacional Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção Civil - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea 2012 Aspectos Legais e Normativos RCD Normas técnicas brasileiras relacionadas aos resíduos sólidos e aos RCD Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção Civil - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea 2012 Aspectos Legais e Normativos RCC Documento Descrição Lei n° 14.236/2010 Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos, e dá outras providências. Instrumentos legais relativos aos RCD no estado de Pernambuco Documento Descrição Lei N° 17.072/2005 Estabelece as diretrizes e critérios para o Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil Decreto N° 27.045/2013 Reconhece o Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos – PMRS da Região Metropolitana como Plano Municipal de Gestão integrada de Resíduos Sólidos do Município do Recife - PMGIRS Instrumentos legais relativos aos RCD no município de Recife Aspectos Legais e Normativos RCC II - gerador: pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas responsáveis por atividades que gerem os resíduos de que trata esta lei; III - pequeno gerador: o gerador responsável pela atividade de construção, demolição, reforma, escavação e correlatas que gerem volumes de resíduos de até 1,0m3/dia; IV - grande gerador: o gerador responsável pela atividade de construção, demolição, reforma, escavação e correlatas que gerem volumes de resíduos superiores a 1,0m3/dia, em cada uma das fases do empreendimento.; Lei N° 17.072/2005 Estabelece as diretrizes e critérios para o Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil Obrigada! dayanafandrade@yahoo.com.br
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