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Resenha: Epstemologia social semantica geral e biblioteconomia

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A NECESSIDADE HUMANA PELA INFORMAÇÃO: “A quinta necessidade do homem", escreve o Prof. Platt, "é a necessidade de... 'informação', de um fluxo de estímulos contínuo, novo. imprevisível, não redundante, e surpreendente"* O cérebro existe a fim de organizar e tecer padrões a partir das informações a ele apresentadas e se torna seriamente afetado se esta oportunidade essencial lhe é negada. [...] Mas para o cérebro humano, ao contrário da pipa, existe um mínimo irredutível abaixo do qual o input da informação não pode cair sem que haja prejuízo. (SHERA, Jesse. 1977. p. 9)
Uma necessidade constante do cérebro por algo de que ele possa se alimentar, pode ser vista como um impulso humano básico, e o poder de comunicar se torna não uma feliz e fortuita invenção, mas uma necessidade essencial e inevitável à sobrevivência humana. "No começo era o verbo" ("In the beginning was the word") - na verdade sem o "verbo" dificilmente teríamos um princípio. (SHERA, Jesse. 1977. p. 10)
CONHECIMENTO E LINGUAGEM: Desse modo, conhecimento e linguagem são inseparáveis, pois a linguagem é a estruturação simbólica do conhecimento em forma comunicável e porque é o instrumento através do qual o conhecimento é comunicado. 
HISTÓRIA ORAL: “Assim, mesmo que o homem pudesse se comunicar - no caso, de indivíduo para indivíduo — através consideráveis distâncias e de geração a geração, uma simples quebra na cadeia, e a idéia estaria perdida — talvez para sempre”. (SHERA, Jesse. 1977. p. 10)
COMUNICAÇÃO GRÁFICA E ORAL: A importância destas duas formas básicas do processo de comunicação — o direto ou primário (oral) e o indireto ou secundário (gráfico) — para o desenvolvimento da cultura humana será dificilmente exagerável; na verdade é completamente impossível para alguém conceber uma sociedade sem elas, pois o conceito de cultura do antropólogo moderno pressupõe a existência desses processos de comunicação. (SHERA, Jesse. 1977. p. 10)
EPISTEMOLOGIA DA CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO: Nós aqui estamos nos referindo a uma disciplina epistemológica, um corpo de conhecimento sobre o próprio conhecimento. (SHERA, Jesse. 1977. p. 11)
EPISTEMOLOGIA SOCIAL: A nova disciplina que aqui focalizamos (e a qual por falta de melhor nome nós chamamos de epistemologia social) deveria fornecer uma estrutura para a investigação eficiente de todo o complexo problema dos processos intelectuais das sociedades — um estudo pelo qual a sociedade como um todo procura uma relação perceptiva para seu ambiente total. [...] Agora, existe uma afinidade muito importante entre biblioteconomia e epistemologia social, pois a biblioteconomia é baseada em fundamentos epistemológicos. (SHERA, Jesse. 1977. p. 11)
O BIBLIOTECÁRIO E O CONHECIMENTO: O objetivo da biblioteconomia seja qual for o nível intelectual em que deve operar é aumentar a utilidade social dos registros gráficos [...] Certamente é isso também, mas fundamentalmente biblioteconomia é a gerência do conhecimento. [...]O bibliotecário é o supremo "ligador do tempo", e a sua disciplina é a mais interdisciplinar de todas, pois é a ordenação, relação e estruturação do conhecimento e dos conceitos. (SHERA, Jesse. 1977. p. 11)
SEMANTICA GERAL E A BIBLIOTECONOMIA: Assim, biblioteconomia e semântica geral deveriam ser aliados naturais, estreitamente inter-relacionados e convergindo em muitos pontos. [...] A biblioteconomia deveria contribuir para a semântica geral com novos "insights" de estrutura, organização e avaliação do conhecimento humano. [...] A semântica geral deveria poder contribuir para a biblioteconomia com os resultados da epistemologia social — os próprios fundamentos do conhecimento teórico do bibliotecário, sem os quais a biblioteconomia deixa de ser uma profissão para tornar-se um pouco mais que uma simples atividade comercial. (SHERA, Jesse. 1977. p. 11 - 12)
APRECIAÇÃO DA OBRA:
O artigo apresenta vários argumentos sobre a necessidade humana pela informação, não só a informação de modo geral, mas a informação nova e constante. Shera, explica que a informação orienta a sociedade e que ambos estão interligados “Assim como o cérebro se deteriora quando privado de informação, assim também a sociedade se quer evitar-lhe a decadência, deve fazer constante provisão para a aquisição e assimilação de novas informações” (SHERA, Jesse. 1977. p. 10). Entretanto, para que a informação possa ser dissemina dentro da sociedade ou grupo é preciso que ele se faça “comunicável”, ou seja, que haja uma linguagem entendida pelo todo. Assim, a autora afirma: o conhecimento e a linguagem são inseparáveis. Até este ponto há minha concordância com a autora, uma vez que um dos princípios básicos para uma sociedade se estruturar é uma planificação da linguagem, isto é, um ou alguns poucos dialetos compreendido pela maioria dos indivíduos desse grupo. Assim como fez os colonizadores das Américas no século XV e mais tarde na África. Os colonizadores impunham seu idioma e costumes para ter um controle sobre aquele povo, já sabendo desse principio. Além disso, a assimilação de novas informações tem total relação com o presente, Shera escreveu o artigo em um tempo diferente do que vivemos e já pensava desta forma, atualmente a assimilação de informações é constate e ininterrupta e quando tentamos passar algum tempo desconectados disso, temos a sensação de que paramos no tempo e a sociedade nos deixou para trás, ou seja, necessitamos nos manter atualizado de informações para conseguir manter o ritmo da sociedade do século XXI. 
Em seguida o autor expõe as formas de linguagem humana, a oral e a gráfica e afirma: [...] na verdade é completamente impossível para alguém conceber uma sociedade sem elas, pois o conceito de cultura do antropólogo moderno pressupõe a existência desses processos de comunicação. (SHERA, Jesse. 1977. p. 10) Ou seja, a sociedade não existiria sem essas duas formas de linguagem. 
A partir disso, refleti sobre as formas de linguagem, lembrei-me das expressões artísticas e conclui que algumas são orais (música, teatro) e outras gráficas (pinturas, esculturas), então, estão dentro do conceito que o autor utiliza. Pensei sobre a forma de comunicação dentro da sociedade, ora falamos (oral), ora escrevemos (gráfica), também dentro do conceito utilizado. Porém, há outra forma de linguagem que Jesse Shera não se atentou, a linguagem gestual, corporal e de expressões, esta forma de linguagem pode ser exemplificada pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que não está contemplada no conceito de Shera. Portanto, quando ele afirma que é impossível conceber uma sociedade sem a linguagem oral e gráfica, ele anula a LIBRAS. Assim, eu me indaguei: Não é possível uma sociedade em que a linguagem seja feita por sinais? 
No decorrer do artigo o autor apresentou o conceito de epistemologia da ciência da comunicação, onde esta ciência pensa ela mesma. Em seguida, ele aborda uma nova disciplina que denomina epistemologia social. Essa nova disciplina, estuda a partir do individuo os meios pelos qual uma sociedade alcança a compreensão dos estímulos que atuam sobre ela, tendo como foco a produção, fluxo e consumo de todas as formas de pensamentos comunicado. Pensando assim, o autor faz uma explanação sobre o avanço tecnológico e conclui que a epistemologia social é uma espécie de “aculturação da maquina”. 
Em seguida, Shera explica que existe uma relação importante entre a Epistemologia Social e a Biblioteconomia, já que a Biblioteconomia é baseada em fundamentos epistemológicos. Jesse faz colocações importantes sobre a Biblioteconomia, aponta seu objetivo e finalidade, sendo o de aumentar a utilidade social dos registros gráficos e fundamentalmente de gerenciamento do conhecimento. Por fim, continuando as relações desses pensamentos com a Biblioteconomia, Shera afirma: Biblioteconomia e semântica geral deveriam ser aliadas naturais. 
Esses novos conceitos apresentados pelo autor são complexos e demanda tempo e leituras mais aprofundadas para serem assimilados melhores, de forma geral e analisando por diversas vezes é compreensívelessas relações que o autor traça. Ou seja, a Semântica geral é a as formas de linguagem, que no texto ele apresenta a Oral e a gráfica. Então, a biblioteconomia deve de forma natural ter relações com essas duas linguagens, apesar de muitas vezes o Bibliotecário ter mais afinidade com a linguagem gráfica. O que levanta a discussão do papel social do Bibliotecário, em que ele deve utilizar a linguagem oral.

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