Buscar

AVALIANDO O PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NO BRASIL COM FOCO NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO IMPACTOS NEGATIVOS DA ESCOLA SEM PARTIDO E DA PEC 241

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE KURIUS- FAK 
DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA, EXTENSÃO 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AVALIANDO O PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL E 
MÉDIO NO BRASIL COM FOCO NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO: 
IMPACTOS NEGATIVOS DA ESCOLA SEM PARTIDO E DA PEC 241 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ AROLDO GONZAGA ARRUDA FILHO 
 
 
 
MARACANAÚ-CE 
 2016 
JOSÉ AROLDO GONZAGA ARRUDA FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 AVALIANDO O PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL E 
MÉDIO NO BRASIL COM FOCO NA MELHORIA DA EDUCAÇÃO: 
IMPACTOS NEGATIVOS DA ESCOLA SEM PARTIDO E DA PEC 241 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação, 
Especialização em Gestão Escolar da Faculdade Kurius-FAK, como requisito 
parcial para a obtenção de título de Especialista em Gestão Escolar. 
Orientadora: Ms em Ciência da Educação Rita Cristiane de Oliveira Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARACANAÚ-CE 
2016 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
JOSÉ AROLDO GONZAGA ARRUDA FILHO 
 
MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO NO BRASIL: 
FOCO NA AVALIAÇÃO DOCENTE 
 
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação, 
Especialização em Gestão Escolar da Faculdade Kurius-FAK, como requisito 
parcial para a obtenção de título de Especialista em Gestão Escolar. 
 
 Monografia apresentada em 18/ novembro / 2016/ Nota: 9 
(Já assinado) 
JOSÉ AROLDO GONZAGA ARRUDA FILHO 
PÓS-GRADUADO 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
(Já assinado) 
RITA CRISTIANE DE OLIVEIRA GOMES 
ORIENTADORA- MESTRE EM EDUCAÇÃO 
(Já assinado) 
CLARINDA ALVES PEREIRA 
COORDENADORA ACADÊMICA DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
MARACANAÚ 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
JOSÉ AROLDO GONZAGA ARRUDA FILHO 
 
AVALIANDO O PROFESSOR DO ENSINO 
FUNDAMENTAL E MÉDIO NO BRASIL COM FOCO NA 
MELHORIA DA EDUCAÇÃO: IMPACTOS NEGATIVOS 
DA ESCOLA SEM PARTIDO E DA PEC 241 
 
Páginas: 78 
Monografia apresentada como exigência do Curso de 
Especialização em Gestão Escolar. 
 
1- Os principais modelos de avaliação do professor, 1.1 
Autoavaliação e feed contínuo, o modelo mais indicado, 1.2 
Avaliação por triangulação, o segudo modelo mais indicado, 
1.3. A nota dada pelos educandos, um modelo não indicado 2 –
.Escola Sem Partido: Politicagem versus educação, 2.1 Escola 
Sem Partido: A Lei da Mordaça, 3 – PEC 241: A Pec da Morte 
 
 
APRESENTAÇÃO: 
 
Nascido em Pacoti-Ceará em 1º de abril de 1986. 
Estudei no Jardim na Escola Menezes Pimentel, da alfabetização à 8ª série no 
Instituto Maria Imaculada em Pacoti. 
Escolhido dentre os 30 desenhos no concurso de desenhos “O Pacoti visto por 
suas crianças” em 1997. 
No Ensino Médio fui 3º lugar em concurso de poesias na Escola Menezes 
Pimentel e também 3º lugar em concurso de pensamento de improviso sobre a 
semana da amizade. 
Praticante de alguns esportes como: 
 Xadrez, participando do 2º Campeonato de Xadrez de Guaramiranga em 2013; 
 Futebol, participando de 3 campeonatos em Pacoti, no primeiro o time só 
perdeu, no segundo o time foi desclassificado do Festal por ter quase todos os 
jogadores maiores de 18 anos, ele com 16 anos, ganhando ainda a primeira partida 
por W.O. e no terceiro campeonato seu time ganhou todas as partidas levando 
apenas um gol, terminando em 3º lugar e só o goleiro ganhando medalha; 
 Basket, desde o Instituto Maria Imaculada, passando pelo cursinho no Evolutivo 
e de volta a Pacoti fiz parte do 1º torneio de basket em Pacoti na quadra do Pólo 
de Lazer e do 1º torneio de basket meia-quadra também em Pacoti, sendo o 
cestinha com 48 pontos. Fiz parte do time de Basket de Pacoti em 2008, que ficou 
em 2º lugar em torneio no Maciço de Baturité, perdendo apenas para o time da 
cidade de Baturité. Mas, não cheguei a jogar no torneio porque as datas dos jogos 
e as viagens atrapalhariam as aulas da faculdade de História, que comecei a cursar 
em 2007 e só terminaria em 2010. 
 Vôlei pouco joguei; 
 Hadball pouco joguei; 
 Capoeira, desde os 14 anos, graduado 2 vezes; 
 Karatê, onde tirei 2ª faixa (amarela) em Baturité em 2012; 
 Muay-Thai, nível iniciante; 
 Krav-Magá, nível iniciante; 
 E 4 cursos de Defesa-Pessoal. 
Criador, Presidente e Idealizador do Jornal Delfos-CE, (2007). 
Criador e Idealizador da Associação Cultural SEMPRE-Segmento dos Estudiosos 
da Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité (2008). 
Criador e Idealizador do 1° Arquivo Público do Interior do Nordeste (2009). 
2° e 4° lugares, consecutivamente, no 1° e 2° concursos de poesia da comunidade 
do Orkut "Vamos Escrever um livro?"(2009 e 2010). 
Criador, Idealizador e Curador da Exposição Histórica: "PACOTI: UMA 
HISTÓRIA EM DOCUMENTOS", aprovado pelo Banco do Nordeste (2010). 
Sócio do Instituto Desenvolver (2011). 
Trabalhei para o Governo do Estado do Ceará como Pesquisador no Porto 
do Pecém (2011). 
2° Lugar em concurso de pensamento sobre poesia na comunidade "Grupo de 
Poesia" no Facebook (2012). 
Publico notícias, contos, crônicas, poesias, fábulas, romances, artigos, peça teatral 
e letras de música em 36 blogs desde 2005. Em processo de parceria com alguns 
cantores. 
Fui candidato a vereador pelo PT em Pacoti em 2012, tendo 51 votos e pretendo 
ser novamente em 2016, agora pelo PEN. 
Atualmente publico em 11 páginas no Facebook e também em alguns grupos; 
Ministrei aulas de História, Geografia, Arte e Religião em Pacoti (de 2008 a 2011 
no Colégio São Luís e na Escola Menezes Pimentel). 
Cursei Administração na FACE- Faculdade Evolutivo, em Fortaleza, fazendo 
ainda um pouco mais de um ano e abandonei para fazer novo vestibular em Pacoti 
na UVA-Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde criei o Jornal Delfos no 
primeiro dia de aula em junho de 2007 com mais dois colegas e me formei em 
Licenciatura Plena em História em 2010. 
O Jornal Delfos foi impresso 14 vezes até agora e será doravante feito em PDF, 
fora os sites e o blog. Continuam como Presidentes iguais e Criadores e 
Idealizadores Aroldo Filho e Cristiano Viana Silveira. 
Fiz parte da APAIP-Associação de Poetas e Artistas Independentes de Pacoti, 
ainda no ensino médio, 2002 a 2004, quando também despertei para a importância 
de um arquivo público e de um museu em Pacoti. Quando fiz parte também do 
jornal VISART, na escola Menezes Pimentel. 
Comecei a executar o Projeto Semente, no 3° ano, quando fui líder de sala, em 
2004, reunindo todos os líderes de sala da escola Menezes Pimentel. O primeiro 
projeto que escrevi para que se unisse escola e sociedade numa ação sociocultural 
para melhor contar a história de Pacoti, servindo de apoio ao projeto do livro 
didático de Pacoti de Rosimar Brito. Livro esse que até o momento não foi 
publicado e se chamaria “O Pacoti do meu tempo” e mais tarde poderia se chamar 
“Pacoti do meu tempo: história e memória”. 
Tentei criar um grupo jovem de poetas chamado AJAS- Aliança dos Jovens 
Artistas, de 2004 a 2007. Título do meu primeiro blog em 2007, quando cursava 
faculdade de Administração na Faculdade Evolutivo em Fortaleza (2006-2007). 
Agora em 2016 finalmente criei o grupo AJAS, mas iremos nos reunir novamente 
somente em 2017 por alguns motivos pessoais. 
Em 2007 crie o Jornal Delfos; que hoje é visto em mais de 56 países, com 93 
seguidores e unindo pessoas de vários Estados do Brasil. Realizei diversas 
entrevistas,também com pessoas de vários Estados. Destaco a entrevista com o 
jornalista Fábio Oliva , que é premiado nacionalmente por bravura e faz parte da 
ABRAJI- Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos, do jornal "Folha do 
Norte". Blog: http://jornaldelfos.blogspot.com 
Sendo o Jornal Delfos, portanto, o jornal pacotiense de maior repercussão 
mundial; existindo em forma de site, blog e impressão. Também é o 1° jornal 
universitário de Pacoti. O blog passa atualmente de 250 mil acessos. Agora não 
funciona mais em site e depois de 14 impressões passamos a funcionar apenas no 
blog e na página pelo Facebook, mas talvez, se tudo der certo, poderemos vir a 
fazê-lo impresso mais uma vez. 
Em 2008, 2009, 2010 e 2011, lecionei nas escolas Menezes Pimentel e São São 
Luís aulas de História, Geografia, Arte e Religião, de 5º a 9º ano do Ensino 
Fundamental e de 1º a 3º ano do Ensino Médio. 
Criei, em 2008, a Associação Cultural SEMPRE- Segmento dos Estudiosos da 
Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité, o Arquivo Público José 
Audísio de Sousa e a exposição histórica: Pacoti: uma História em documentos. 
O Arquivo José Audísio de Sousa é o 1° no interior do Nordeste, logo, tem uma 
grande importância na história regional. A associação e a exposição foram 
acolhidas pela UECE por meio da Prof. Dr. Lúcia Helena Fonseca Granjeiro, 
sendo, portanto, de importância histórica local também por estarem dentro de um 
Campus Experimental da Faculdade Estadual do Ceará –UECE- em Pacoti. A 
exposição ficou exposta por mais de um ano, tendo mais de mil e quinhentos 
(1500) visitantes. 
Essas ações foram realizadas desde o meu primeiro dia de faculdade de História, e 
por causa de todas essas ações juntas é que hoje sou o 2° historiador profissional 
pacotiense, e muito me orgulha que a 1ª historiadora profissional pacotiense seja 
minha mãe, Rosimar Brito; que ganhou medalha de mérito legislativo em 2004 e 
nova comenda em 2011 por ser a primeira escritora oficial de Pacoti. 
Em 2011 trabalhei como pesquisador no IDACE- Instituto do Desenvolvimento 
Agrário do Ceará, no Porto do Pecém. 
 Em 2013 trabalhei de segurança no restaurante Kanto Verde, em Pacoti. 
Trabalhei com água mineral com intervalos em 2004 depois em 2007 a 2015, 
principalmente com venda para varejo. De vendedor, de peão e gerente. 
Em 2014 lecionei História e Geografia na Escola Linha da Serra, em 
Guaramiranga. 
Atualmente faço parte do Instituto Desenvolver e estou em processo de parceria 
com algumas ONGs em Pacoti. 
Transformei o meu projeto de livro de poesias “Ocaso do alvorecer” em e-book 
em 2016 e distribuo na internet gratuitamente. Pretendo publicá-lo impresso 
quando der e mais tarde publicar outros no maior número de gênero literário 
possível. Talvez, algum dia eu publique também livros técnicos. 
Também em 2016 fiquei sabendo de cursos de pós-graduação em Pacoti e resolvi 
fazer a pós-graduação em Gestão Escolar pela FAK por ter a ver com 
Administração, área que cheguei a cursar por um ano e meio e na qual penso em 
fazer mestrado e, talvez, mais tarde, doutorado. 
Estou fazendo parceria com outros jornais de Pacoti, até agora 3, onde 
possivelmente passarei também a escrever, que são: Folha do Maciço, Mente 
Aberta e Folha de Pacoti (jornal que circulou em Pacoti por volta de 20 anos 
atrás, sendo portanto um resgate deste jornal). E há uma possibilidade de o Jornal 
Delfos voltar a ser impresso. 
Também neste ano, recebi da Prefeitura Municipal de Pacoti, juntamente com a 
minha mãe (Rosimar Brito), minha tia (Lucimar Brito) e meu avô materno (Bento 
Luís de Brito), dentre outras pessoas, a “Comenda Domitila de Honra ao 
Mérito” através da SECULDT- Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto. 
Também em 2016 passei no Concurso Nacional “Novos Poetas” da Editora 
Vivara com a poesia “A formiga e a cigarra”, entre 2.370 concorrentes, foram 
escolhidos 250. A minha tia Lucimar Brito também passou no mesmo concurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA: 
 
Dedico este trabalho à minha mãe, Rosimar Brito, historiadora, educadora, 
poetisa, que criou grandes os movimentos culturais em Pacoti “Gincana Coruja 
Solidária” e o Festival de Quadrilhas de Pacoti, e que sempre me serviu de 
referência intelectual e artística. Foi condecorada duas vezes pela Câmara 
Municipal de Pacoti por Honra ao Mérito e por sua Benfeitoria à cidade de Pacoti. 
Ao meu avô, Pai Bento, cordelista; ao meu amigo Aldeni Marinho, poeta, e ao 
meu primo Nilo, grande figura da história oral de Pacoti. Foram sempre os meus 
três oráculos da sabedoria desde a infância. 
 Aos meus ex-professores do ensino Fundamental e Médio, da Faculdade de 
História e da faculdade de Administração: Batista, Albaniza, Neide, Gerson e 
Gleudson Passos Cardoso, pelo incentivo que me deram na leitura e escrita, 
principalmente literária. 
 
E por fim, dedico aos meus irmão: Christian, Dacinha e Dárney; que também me 
serviram de referência à vida inteira e me fazem melhorar diversas habilidades 
que sozinho eu não conseguiria e me servem de oráculo e suporte na vida adulta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço ao meu avô, Pai Bento; à minha mãe, Rosimar Brito e aos meus irmãos: 
Christian, Dacinha e Dárney. 
São eles que caminharam comigo sempre que eu não pude andar sozinho, o meu 
sustentáculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
“Se a educação sozinha não 
transforma a sociedade, sem 
ela tampouco a sociedade 
muda.”. 
Paulo Freire 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: 
O presente estudo tem por objetivo apresentar reflexões sobre a avaliação de 
professores como um mecanismo para a melhoria da qualidade educacional no 
ensino brasileiro, o que é um trabalho complexo, sendo que há muitos caminhos, 
muitos modos de avaliar e este estudo pretende abordar uma perspectiva de 
evolução no modo de avaliação docente no Brasil. Para tanto, foi realizada uma 
pesquisa com artigos sobre a avaliação docente em apostilas com coletâneas de 
artigos assim como pesquisa em documentos online com visões de diversos 
autores, pensadores da educação no país e professores. O intuito é servir de ajuda 
para os gestores na busca de novos parâmetros avaliativos visando a melhoria de 
ensino no país, o que não uma tarefa fácil, porém, é necessário que alguém se 
disponha a fazer mudanças em prol de um futuro melhor, e não há futuro melhor 
se não procurarmos hoje melhorar justamente o sistema de ensino, onde o 
professor é o pivô que media os cidadãos que saindo da sala de aula tomarão 
decisões futuramente que podem mudar a história do país, e o gestor, por sua vez, 
tem que garantir que o professor faça um bom trabalho, e, para tanto, é preciso 
saber avaliar se realmente um bom trabalho está sendo feito para depois saber 
onde interferir para fazer valer essa melhoria. 
 
Palavras-chave: QUALIDADE DO ENSINO, BRASIL, AVALIAÇÃO DO 
PROFESSOR, GESTÃO ESCOLAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT: 
Este estudio tiene como objetivo presentar reflexiones sobre la evaluación de los 
maestros como un mecanismo para mejorar la calidad de la educación en la 
educación brasileña, que es una obra compleja, y hay muchas maneras, muchas 
maneras de evaluar y este estudio pretende abordar una perspectiva evolución en 
la enseñanza del modo de evaluación en Brasil. Para ello, una encuesta de 
artículos sobre la evaluación docente se realizó en los folletos con las coleccionesde artículos y documentos de investigación en línea con visiones de diversos 
autores, pensadores de la educación en el país y los maestros. El objetivo es ser 
útil para los gestores en busca de nuevos criterios de evaluación para mejorar la 
educación en el país, que no es una tarea fácil, sin embargo, es necesario que 
alguien está dispuesto a hacer cambios en aras de un futuro mejor, no hay mejor 
futuro si no buscamos hoy simplemente mejorar el sistema educativo, donde el 
profesor es el eje que el ciudadano medio fuera del aula decidirán en el futuro que 
puede cambiar la historia del país, y el director, a su vez, tiene para asegurar que 
los maestros hacen un buen trabajo, y, por lo tanto, lo que necesita saber para 
evaluar si realmente bueno se está trabajando para interferir luego saber dónde 
hacer cumplir esa mejora. 
 
PALABRAS CLAVE: calidad de la educación en Brasil, la evaluación del 
profesor, escuela primaria, la gestión escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Figura1: professores revoltados no Facebook contra projeto “Escola sem 
partido” 
Figura 2 idem 
Figura 3 idem 
Figura 4 idem 
Figura 5 idem 
Figura 6 idem 
Figura 7 idem 
Figura 8 idem 
Figura 9 idem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO: 
INTRODUÇÃO................................................................................16 
JUSTIFICATIVA.............................................................................17 
PROBLEMÁTICA...........................................................................18 
METODOLOGIA...........................................................................19 
CAPÍTULO I: PRINCIPAIS MODELO DE AVALIAÇÃO DO 
PROFESSOR...................................................................................23 
CAPÍTULO II: ESCOLA SEM PARTIDO: POLITICAGEM VERSUS 
EDUCAÇÃO....................................................................................28 
CAPÍTULO III: PEC 241: A PEC DA 
MORTE............................................................................................73 
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................75 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Como a gestão escolar pode interferir no ensino-aprendizagem para que o 
ensino fundamental melhore de qualidade no Brasil do século XXI? Um dos principais 
modos propostos há tempos é avaliar o professor; mas como avaliar o professor de 
ensino médio do século XXI de modo satisfatório para que haja uma elevação da 
qualidade de ensino no Brasil? 
Será que o professor gosta de ser avaliado? Será que a gestão de cada escola 
no Brasil sabe avaliar bem? Será que avaliar o professor dá resultado? A melhoria da 
qualidade de ensino depende apenas do esforço docente ou seria essa uma questão bem 
mais ampla que envolva o Estado, a sociedade em geral e a própria família do 
educando? 
Será que faltam políticas públicas para a melhoria do ensino no Brasil? O 
professor se sente motivado a melhorar? Existe incentivo? Avaliar professor 
constantemente pode atrapalhar o seu trabalho ou simplesmente o ajuda a melhorar? 
Como deve se dar essa dinâmica escolar? Até que ponto a gestão pode ou sabe mediar o 
processo educacional com êxito na elevação da qualidade do ensino? 
Será que a resposta está em incentivar os professores, incentivar os educandos 
ou incentivar os gestores? Como a gestão pode ou deve atuar para a melhoria de ensino 
no Brasil? Se o professor é mola mestra do ensino, não é crucial fazer com ele melhores 
o seu desempenho para que o desempenho em si da educação no país salte de nível? 
Até que ponto é possível interferir de forma benéfica para que essa melhoria 
aconteça e como fazer isso? Existem muitas questões, muitos percalços e muitos modos 
de atuar. Devemos estudar a melhor maneira, ou mesmo criar novas maneiras de avaliar 
o professor de forma satisfatória para alcançar esse objetivo. 
Este trabalho pretende responder a estas questões ou tentar responde-las. Para 
tanto foi realizada uma pesquisa em textos de autores pensadores da educação também 
entrevistas via internet com professores de diferentes partes do Brasil. 
Todos devemos pensar a educação, porque sem ela um país não cresce com 
rela sustentabilidade ecológica, econômica, progressiva e intelectual. Novos caminhos 
se fazem necessários para que um dia a educação no Brasil chegue no ideal ou bastante 
próximo dele. 
 
 
 
 
 
JUSTIFICATIVA 
 
Esta monografia é fruto de estudos e reflexões sobre o papel do gestor na 
avaliação do professor, interferindo diretamente no processo educacional de modo que 
faça a educação brasileira evoluir. Elaborado a partir de trabalho mais abrangente para 
ser apresentado por ocasião do curso de Pós-Graduação em Gestão Escolar, está 
centrado na importância da avalição do professor de modo satisfatório para que haja 
uma melhoria na qualidade de ensino no Brasil. 
O tema faz refletir sobre diversas outras questões afins porque é sempre cobrado 
do professor que melhore e sempre cobrado dos gestores que façam esse profissional 
melhorar e não vejo outra forma de que isso aconteça do que gerar novos parâmetros 
programáticos sistematizados com intento de avaliar de modo mais satisfatório que os 
modos existentes no presente momento a fim de que esse objetivo seja alcançado a 
médio prazo, se possível, em todo o país. 
Talvez tenha que ser feita uma compilação dos modos mais eficientes já usados 
aqui e em outros países que deram resultados reais e fazer, após vasto estudo 
sistemático uma ratificação adequada para que seja possível forjar novas maneiras, 
visando a realidade de cada local, é claro, para que essa exigência seja cumprida, como 
manda a LDB em seu artigo 12: A Lei de Diretrizes e Bases LDB em seu artigo 12 diz 
que: “é do estabelecimento de ensino o dever de administrar seu pessoal e zelar pelo 
cumprimento do plano de trabalho de cada docente, respeitando as normas comuns e as 
do seu sistema de ensino”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMÁTICA 
 
Na última escola que trabalhei, em Guaramiranga-CE, há alguns professores 
que se intrigaram com alguns estudantes, a maioria conta os dias para os feriados e 
reclama muito. Não há um real comprometimento como o que eles querem demonstrar, 
ainda por cima a gestão se preocupa muito com a nota dos estudantes e não com o 
aprendizado, fazem o nível por baixo na mesma escola ainda tá cheio de goteiras e 
mesmo para ter merenda nós íamos ter que fazer um rateio porque os professores não 
têm direito de comer da merenda escolar. 
A verdade é que muita gente vai para sala de aula ou assume um outro cargo 
mesmo acima muito mais por indicação do que por vontade de realmente ser professor. 
Eu vejo muitos ex-piores de sala como sendo professores. A primeira coisa aí é que eles 
não estão fazendo algo que gostam, mas visando simplesmente o dinheiro, mesmo 
professor não ganhando muito, mas na sociedade de hoje há uma concorrência muito 
grande para outros empregos e muita gente vai para a sala de aula pensando ser o mais 
fácil, o que acaba não sendo, por ser muito mais complexo do que simplesmente seguir 
o que está escrito. 
A escola pública hoje tem uma obrigação de passar os estudantes de ano, isso 
que também é ruim e deveria ser visado o aprendizado não apenas o quanto de gente se 
passa ou reprova, mas o país em si quer demonstrar para fora que tem um nível de 
letrados maior do que realmente tem,por haver analfabetismo funcional. Por falta de 
uma boa base a maioria não consegue passar do ensino médio e mesmo os que fazem 
faculdade mais tarde têm grande dificuldade mesmo de fazer trabalhos por não saber ler 
e compreender o que leu. 
Vivemos em um tempo de uma escola pública de faz de conta e o principal 
problema é essa coisa de passar de ano o estudante sem saber de nada. A insubordinação 
cresce se o estudante nota que terá várias chances de recuperação quando só decora para 
o dia da prova e esquece depois. O próprio modelo em si de escola pública deveria ser 
revisado e ter um maior repasse da União também para que não existam mais escolas 
com tamanha precariedade. 
A má avaliação do profissional da educação, seja no Brasil ou no resto do 
mundo, resulta em uma desmotivação desse profissional. Não adianta só cobrar, cobrar, 
cobrar se o gestor não sabe de fato fazer uma avaliação satisfatória e motivacional. 
O problema é: um profissional desmotivado não consegue dar o melhor de si 
para o sistema de ensino e com isso o sistema vai decaindo e muitos gestores fazem 
exatamente isso, desmotivar o profissional, que, por sua vez, desmotiva os educandos 
ou não os faz evoluir como sugere Vigotski que o educador faça. 
A partir deste questionamento surgiram algumas perguntas como: 
 Será que o gestor realmente sabe avaliar? 
 Como o professor brasileiro é avaliado? 
 A avaliação por parte dos educandos se dá de modo verdadeiro? 
 O professor gosta de ser avaliado? 
 Existem novos modos de avaliação no Brasil que já deram resultado? 
 Avaliar o professor é uma tarefa fácil ou difícil? 
 A avaliação dos professores deve ser permanente ou feita uma vez só? 
Deve ser anual, mensal, semanal, bimestral? Qual o melhor período? 
 Como gestor, eu devo empregar para os professores a auto-avaliação 
como forma de avalia-los? 
 Alguma forma de avaliar está completa? 
 Os sistemas de avalição internacionais são adequados para o Brasil? 
 Existe um modo de avaliação que possa ser implantado de norte ao sul 
do Brasil? 
 Avaliar bem o professor fará de fato com que a educação evolua no 
Brasil? 
 
 
METODOLOGIA 
 
 De acordo com o Novo Aurélio da Língua Portuguesa, Século XXI” (1999, p. 
985), gestão origina-se da palavra latina gestione, que se refere ao ato de gerir, 
gerenciar, administrar. 
 Para melhorar a educação é preciso criar uma elevada qualidade social: (...) 
“Nesta expressão, “qualidade social” da educação, há referência ao caráter democrático 
e inclusivo, acentuado pelo termo “social”, que abraça toda a população desde a mais 
tenra idade e inclui indígenas, afro-descendentes e demais etnias. Esta qualidade precisa 
ser compreendida também como aprendizagem de alto nível, isto é, com o padrão 
desejado e compatível com o momento vivido pela sociedade atual e com a visão de 
longo prazo, o que significa percepção das possibilidades futuras. 
O termo “social” refere-se ao conjunto de interesses de todos os segmentos da 
população brasileira, até mesmo dos que estão em zona rural, em reservas ou em área 
indígena e distante dos centros educacionais. Neste caso, isso significa a maioria dos 
brasileiros, com os quais a responsabilidade dos gestores públicos é bem maior. 
A educação de qualidade social para toda a população, incluída aí a formação 
inicial e continuada dos profissionais da educação, é uma questão de justiça e de ética 
social. Falar sobre qualidade social da educação equivale a discutir a ética das relações 
sócio-políticas e o compromisso social dos decisores e executores do poder educacional 
neste País. 
O dever de assegurar a democratização do acesso de toda a população à escola e 
a sua permanência frutífera está relacionado à ética e ao compromisso social dos 
dirigentes políticos, dos profissionais que trabalham na área, das próprias famílias dos 
educandos e dos potenciais educandos. 
Permanência frutífera significa aprendizagem que desenvolva a capacidade de 
absorver o patrimônio cultural já existente, inclusive sua história oral, e de construir 
novos conhecimentos e a qualidade social inclusiva da educação oferecida. 
Entre outros desafios a serem, cotidianamente, vencidos por todos os que elegem 
a qualidade social da educação como elemento vital dos compromissos assumidos, 
estão: primeiro, oferecer educação para todos, em todas as idades; segundo, eliminar as 
barreiras, tangíveis e intangíveis, que promovem a exclusão escolar, as quais vão desde 
a humilhação psicológica a que potenciais educandos e familiares são submetidos 
quando buscam a escola, até as discriminações raciais, sexuais, a fome, a falta do 
transporte escolar, as estradas inadequadas e as exigências exacerbadas de aquisição dos 
materiais escolares e fardamentos. 
Não há dúvida de que esses fatos influenciam as altas taxas de analfabetismo, de 
evasão e de repetência. Além de fazer da escola pública um espaço privilegiado de 
aprendizagens significativas, de resgatar a auto-estima e a ética de educandos, 
professores e demais trabalhadores da educação e das comunidades, é preciso cuidado 
com outras variáveis que interferem no processo educacional, como habitação, saúde e 
emprego, pois a problemática da educação não se esgota em si mesma. É na análise 
constante dos elementos intervenientes no processo educacional que os gestores 
públicos podem buscar algumas das soluções para parte dos problemas educacionais. 
Inserir os educandos no campo das novas tecnologias é também um dever 
educacional. No mundo moderno, uma pessoa alfabetizada precisa extrapolar o simples 
ato de ler e de escrever e abraçar, necessariamente, habilidades voltadas para o uso de 
tecnologias como, por exemplo, computadores e outros equipamentos semelhantes. 
Sem esquecer da importância da Educação Infantil, deve-se lembrar que, pela 
Constituição Brasileira, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito e deve ser 
oferecido para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (art. 208). De 
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 32, o pleno 
domínio da leitura, da escrita e do cálculo constitui meios para o desenvolvimento da 
capacidade de aprender e de se relacionar no meio social e político. 
Contudo, na prática, essas questões não estão bem resolvidas. Entre outros dados 
indicadores de exclusão na sociedade do conhecimento4 e da transmissão de 
informações pelos meios de comunicação de massa e eletroeletrônicos, quase em tempo 
real, destaca-se a pesquisa do Inep, que revela que cerca de 70,18 % dos pais de 
educandos de escolas públicas e mais da metade dos funcionários das escolas não 
concluíram o Ensino Fundamental e só 32% dos professores têm diploma de curso 
superior. 
A partir dos resultados obtidos pelo Inep (ano base 2003), referentes à formação 
dos professores, identifica-se a alta relevância desses dados para os DME que anseiam 
por melhorar a qualidade da educação nos seus municípios. É urgentemente necessário 
melhorar o nível de formação dos profissionais da educação. Há 1.639 educadores que 
possuem apenas o Ensino Fundamental e atuam até a 8ª série do Ensino Fundamental. 
Vivemos, atualmente, em uma sociedade que valoriza o conhecimento, em 
detrimento do uso da força e da automação, e as habilidades mentais e intelectuais mais 
do que a física. Nesse contexto, é redobrada a responsabilidade da escola com a 
transmissão e a construção do conhecimento, o desenvolvimento de hábitos de estudo e 
pesquisa e a motivação para continuar a atualização. 
Esses dados estão relacionados com a baixa qualidade do ensino público, o que 
promove a exclusão social de milhares de potenciais educandos e não favorece a 
aprendizagem,provocando a reprovação ou a aprovação sem a aprendizagem. Algumas 
das mais marcantes formas de exclusão são a reprovação e a evasão que, em 2003, 
atingiram um terço dos educandos da 1ª série do Ensino Fundamental. 
No ano de 2001, a taxa de analfabetismo no Brasil, com relação à população 
com 15 anos ou mais correspondia a 12,5%. Esta taxa era irregularmente distribuída, se 
comparada por Região, atingindo 7,1% no Sul; 7,3% no Sudeste; 10,2% no Centro-
Oeste; 11,2 % no Norte; e 24,3% no Nordeste. Os dados indicam ainda que 35% dos 
analfabetos já frequentaram a escola. Como explicar isso? Essa situação é uma afronta 
aos direitos constitucionais da população brasileira. Direitos como o de receber 
educação de qualidade durante toda a vida, desde a mais tenra idade até a velhice, 
direito este que é reafirmado em várias outras leis e políticas indicadas, posteriormente, 
neste texto. 
Outra forma de exclusão é a baixa qualidade da aprendizagem. Dados de uma 
pesquisa do Sistema de Avaliação do Ensino Básico indicam que 64% dos brasileiros na 
5ª série do Ensino Fundamental não sabem ler, o que confirma a opinião do ex-Ministro 
da Educação Cristóvam Buarque, segundo o qual uma parte dos “nossos estudantes são 
analfabetos escolarizados”. 
Tanto a exclusão de crianças na idade própria do sistema escolar quanto a 
absorção dessas mesmas crianças pelo sistema, sem o devido zelo e garantia de 
qualidade educacional, constituem uma perversa exclusão social, pois mascaram o 
atendimento ao direito de preparação qualitativa do cidadão para o enfrentamento sócio-
econômico, científico e cultural. Os erros e as omissões sociais são atrasos que duram 
séculos e manifestam suas contradições durante várias gerações. 
É importante uma referência à Declaração de Porto Alegre (2003), que defende 
“... elaborações coletivas, o princípio da socialização do processo de tomada de 
decisões, cada vez mais ampliado, deve continuar sendo um parâmetro obrigatório para 
a formulação e implementação de políticas, planos, programas e projetos educacionais 
que propomos como estratégia de avanço nesta caminhada inclusiva de todos os homens 
e mulheres da Terra”. (Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. 
Pradime : Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação / Ministério da 
Educação. Secretaria de Educação Básica. – Brasília, DF : Ministério da Educação, 
2006./ páginas 22 a 25). 
 Sendo assim, cabe aos gestores pensar em formas de motivar os professores por 
meio de avaliações mais satisfatórias, porque descobrindo onde estão os seus defeitos, 
pode-se partir para uma segunda abordagem que seria a complementação instrutiva dos 
professores, o que por si já dá assunto suficiente para outras monografias ou mesmo 
teses de mestrado. O fato é que sem o diagnóstico correto será impossível receitar o 
remédio vital para que o paciente melhore e o fato é que a nossa educação continua 
capenga e merecendo ser medicada para que num futuro próximo a gente viva uma 
melhor realidade sociocultural no Brasil, e que a educação seja o pilar, o sustentáculo 
dessa nossa reforma político-educacional. Que “bons ventos soprem” na educação 
brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I 
1. . PRINCIPAIS MODELOS DE AVALIAÇÃO DO PROFESSOR 
Existem vários modos de se avaliar o professor e cada colégio adota o 
seu modo preferido ou mesmo mais de um modo que por ventura julgar mais 
adequado ao ato de avaliar. 
Um desses modo é o fedd contínuo, ou seja; uma avalição uma 
avaliação que ocorra não esporadicamente, mas sim todo dia. Pode de 
repente ser muito cansativo ter que avaliar os professores todos os dias, 
porém, é mais justo do que avaliar apenas uma vez no semestre ou uma vez 
no mês porque terá diversas perspectivas. 
Um segundo modo é a autoavaliação, que é de longe o mais usado, e 
como o nome diz o próprio profissional julga como foi o seu trabalho, mas é 
óbvio que é um modo de avaliação que sempre terá que ser contraposto com 
outro. 
Um modo muito usado também e não recomendado é a avaliação 
através de nota dada pelo educando. Não recomendado porque os fatores 
emocionais são levados mais em conta do que os racionais o que prejudica 
bons profissionais e ajuda profissionais ruins. Por exemplo um professor que 
passar exercícios em sala ou para casa será tido pela maioria como mau 
professor para que seja tirado e não existam mais tarefas a fazer enquanto 
um professor que nunca passar atividade complementar será tido pela 
maioria como um bom professor simplesmente porque não cria atividades, 
sendo que na verdade sem criar atividades a absorção de conhecimento será 
bem menor. Agora, há uma ressalva, estudantes que já passaram por um 
professor há muitos anos tendem a ser mais honestos que os que estão 
passando pelo mesmo no presente porque o fator emocional já estará 
distanciado e portanto, os “ex-alunos” são na maioria mais honestos que os 
atuais. 
Muitos avaliam o professor pelo rendimento dos estudantes nas 
provas sem levar em conta fatores externos à sala de aula como por exemplo 
a própria estrutura do colégio, ou falta de estrutura, o que não é um modo 
justo muitas vezes. 
Existe ainda a avaliação por triangulação, ou seja, vários modos de 
avaliações que serão contrapostos como por exemplo a autoavaliação 
contraposta com a avaliação dos outros professores sobre aquele e de ex-
alunos mais os rendimentos de classe nas provas. E de tudo isso tirar uma 
análise final, de preferência juntado com o feed contínuo, o que talvez nem 
sempre seja possível, então o gestor terá que escolher entre um e outro. 
 
1.1 AUTOAVALIAÇÃO E FEED CONTÍNUO, O MODELO MAIS 
INDICADO 
Algumas escolas adotaram o feed contínuo e o processo de autoavalição, e, ao 
que tudo indica, vem dando resultado, quando bem aplicado, mas existem muitas outras 
formas de avaliar e existem escolas que simplesmente não avaliam ou deixam a 
avaliação por conta ou só dos estudantes ou só por conta do diretor ou somente nas 
mãos dos coordenadores, diferente da diretora Elaine Marini, do Colégio da Polícia 
Militar, na zona leste da cidade de São Paulo, que caminha constantemente pelos 
corredores observando sempre o que acontece em cada sala de aula, cumprindo o que 
diz a LBD em seu artigo 12. 
A Lei de Diretrizes e Bases LDB em seu artigo 12 diz que: “é do 
estabelecimento de ensino o dever de administrar seu pessoal e zelar pelo cumprimento 
do plano de trabalho de cada docente, respeitando as normas comuns e as do seu sistema 
de ensino”. 
Segundo Camila Ploennes, “professores acreditam que ter seu trabalho 
examinado é fundamental, desde que a avaliação seja processual e leve em conta 
diversas perspectivas”. 
"Todo docente é muito crítico em relação a seu próprio trabalho, porque você 
tem o retorno imediato do educando. Se a aula não rendeu, você vai saber na hora", 
Arno Aloisio Goettems, professor de geografia. 
A professora de biologia, Viviane Linguitte Gadotti, do Colégio da Polícia 
Militar, na zona leste da cidade de São Paulo diz o seguinte: "vou para casa, pesquiso 
dinâmicas diferentes, formulo atividades e gosto que os superiores conheçam meu 
trabalho. Isso não acontece na escola pública, onde sou avaliada mais pelo desempenho 
dos estudantes". 
Relato da professora Suelen Girotti do Prado, docente de geografia e filosofia 
dos ensinos fundamental e médio no Colégio Horizontes Uirapuru, na zona oeste de São 
Paulo: "Em 2009, eu me desliguei da rede pública, em que a avaliação do profissional é 
abandonada". "No geral a cobrança é muito mais em relação à pontualidade, por 
exemplo, do que pensando na melhoriada relação ensino-aprendizagem". "Trabalhei em 
outros colégios privados e em um deles não havia qualquer olhar de fora sobre o meu 
desempenho. Era só a resposta dos alunos, que elogiavam quando gostavam e 
reclamavam quando não gostavam". 
A diretora Gabriela Lian Branco Martins, também da escola Horizontes 
Uirapuru, na zona oeste de São Paulo, adota a observação de aulas como fonte de 
subsídios para as reuniões, duas reuniões individuais por mês, com cada um dos 31 
docentes. Também usa os cursos de aperfeiçoamento feitos pelos professores e leituras 
realizadas por eles durante o ano, comprovadas por meio de textos analíticos como 
meios formais de avaliar na instituição, e garante: "Na orientação pedagógica, há 
verificação do planejamento, do material trabalhado, se o professor traz novas ideias, o 
que ele fez diante de uma prova em que o grupo foi mal. Na orientação educacional, 
fala-se sobre cada aluno, suas dificuldades e o que o docente está fazendo em termos de 
recuperação, tanto do aproveitamento quanto do comportamento", 
A diretora Elenice Lobo, do Colégio Santo Américo, localizado no bairro do 
Morumbi, na zona sul de São Paulo, usa a linha de pensamento de feedbacks contínuos. 
Em sua escola, a partir do ensino fundamental II, o processo é acompanhado por 
coordenadores pedagógicos e supervisores de cada disciplina. Nas séries iniciais, o 
trabalho de avaliar é concentrado no coordenador pedagógico: "Como a partir do ensino 
fundamental 2 o docente já possui licenciatura em uma área específica, existe a figura 
desse chefe da disciplina", explica. E continua: "Gravamos pela condução da aula em si. 
A gravação é discutida entre os professores de cada área depois, que opinam sobre o que 
foi bom e o que poderia ser melhor. Fazemos no sentido de troca de ideias". "Esse 
sistema nos ajuda a buscar a melhoria não só da técnica, mas essencialmente da 
dinâmica em sala", conclui professora de química Claudia Aires, do Colégio Santo 
Américo. 
Sobre os vários processos avaliativos, que foram mudando ao longo dos anos, 
na Escola Estadual Presidente Costa e Silva, de ensino fundamental, a diretora 
Adriana Aguiar afirma: "Temos tudo por escrito, porque isso dá segurança ao 
professor e torna o sistema transparente, mas o trabalho não para no papel. Conversar 
é fundamental para mostrar que a crítica faz parte de um processo de colaboração 
consolidado e natural". Esta escola fica a 1.560 quilômetros de São Paulo fica a cidade 
de Gurupi, no Estado do Tocantins, e é vencedora do Prêmio Gestão Escolar 2011. 
"Depois de confrontar como o docente se enxergava com o desempenho dos estudantes 
nas avaliações internas, nós conversávamos com cada profissional para analisar juntos 
qual era a sua parcela de responsabilidade nos resultados, o que estava errado, o que 
estava fazendo certo e como poderia melhorar", explica a diretora. E conclui: "A 
função da avaliação não deve ser a de fiscalizar e punir, mas de contribuir para 
que o professor vá melhorando suas práticas conforme ganha experiência em sala 
de aula". 
Deve-se, portanto levar em consideração que se este modelo de avaliação está 
dando melhores resultados que este seja adotado com maior frequência. 
 
1.2 AVALIAÇÃO POR TRIANGULAÇÃO, O SEGUNDO MODELO MAIS 
INDICADO 
 
“Diversos países têm discutido de maneira intensa o tema da avaliação docente. 
Para todos, ainda há uma pergunta sem resposta: como desenvolver uma medida justa 
do desempenho desse profissional?”. (Paulo de Camargo, integrante da redação da 
Revista Educação”). 
"É um tema que está sendo proposto em todo o mundo. Se entendemos que o 
docente é um profissional, precisamos admitir que existem características que definem 
uma profissão, o que inclui a formação inicial, as regulamentações e também a 
avaliação" (Denise Vaillant, pesquisadora da Universidade do Uruguai e presidente do 
Comitê Científico do Observatório Internacional da Profissão Docente, com sede na 
Universidade de Barcelona, na Espanha.) 
"A avaliação não deve ser contra o professor, mas uma maneira de contribuir 
para a melhoria de seu trabalho" (Tadeu da Ponte, especialista em avaliação do Instituto 
Primeira Escolha). Tadeu aponta que no caso de professores avaliados por alunos, há 
sempre o perigo da má avaliação porque os que se dão com determinado professor o 
avaliarão mal, enquanto os que se dão bem tenderão a avaliá-lo como bom, e, então, a 
questão emocional comprometerá piamente a verdade na maioria dos casos, o que 
resultará numa experiência de acareação de dados inverídicos. 
Sobre as provas de conhecimento, em que se leva em conta a premissa de que 
“que o professor deve saber o que ensina e estar a par dos fundamentos teóricos que 
embasam sua profissão”, reflete Francisco Soares, professor do programa de pós-
graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 
coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais [Game] na mesma 
universidade e uma das principais referências brasileiras no tema: "Avaliar implica, 
também, discutir os critérios que caracterizam um bom professor". 
Outro modo de avaliar o professor é avaliar o rendimento dos estudantes nas 
provas, mas seria esse por si só um método justo, sem levar em conta “fatores de 
influência pertencem às escolas, à estrutura, às condições de trabalho e, finalmente, às 
competências docentes”? “Como distinguir entre o resultado do trabalho de um 
professor que atua em uma escola de classe média em cidades ricas do interior daquele 
realizado por professores nas periferias, nas quais os contextos sociais pesam mais do 
que o talento ou o empenho em ensinar?”. 
"A avaliação de rendimento dos alunos examina ao mesmo tempo o trabalho 
do governo federal, das secretarias de Educação, dos diretores e, por fim, dos 
professores. Há toda uma linha de responsabilidades descumpridas" (Cipriano Luckesi, 
doutor pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e autor de livros sobre o tema). 
Segundo Denise Vaillant, as experiências de avaliação docentes mais bem-
sucedidas fazem uma "triangulação": "Em alguns países, se combinam processos de 
autoavaliação, com avaliação dos pares, com um portfólio de suas atividades que o 
próprio professor prepara para avaliadores externos". 
“Segundo estudo elaborado por Denise Vaillant, muitos dos obstáculos às 
propostas de avaliação docente são gerados quando ganham contornos de dispositivos 
de controle ou quando o avaliador é um agente externo sem legitimidade para a 
categoria. Provocam resistência também a percepção de que o discurso político sobre o 
tema se choca com a realidade vivida pelos professores e quando os critérios avaliados 
são contraditórios em relação àqueles utilizados na contratação dos docentes. Por fim, 
no plano conceitual, geram reação as aferições que desconsideram o contexto vivido 
pelo professor ou que levam em conta apenas aspectos cognitivos.” 
“De outro lado, diz a pesquisadora, as propostas que avançam no cenário 
contemporâneo têm características diametralmente opostas: buscam uma abordagem 
mais sistêmica, promovem a participação e o envolvimento dos atores implicados, 
respeitam o trabalho docente e têm como pano de fundo processos de melhoria do 
sistema educativo, com redes de apoio ao trabalho do professor. Essa perspectiva da 
avaliação se opõe, por exemplo, às que estão focadas unicamente na remuneração. "Ao 
invés de pagar pelos resultados, a avaliação pode identificar as necessidades de 
formação dos professores e apoiá-los", sugere a pesquisadora Margarita Zorrilla, 
doutora em educação e diretora do Instituto Nacional para a Avaliação de Educação, no 
México.” 
Disponível em: http://revistaeducacao.com.br/textos/181/de-olho-no-professordiversos-paises-tem-discutido-de-maneira-intensa-257863-1.asp 
Este é um modelo a ser levado em conta, mas não dá tanto resultado quanto o 
feed contínuo. 
 
1.3. A AVALIAÇÃO PELOS EDUCANDOS, UM MODELO NÃO 
INDICADO 
A professora Maria da Paz Araújo Cavalcante, da Escola Estadual 
Presidente Costa e Silva, afirma: "Os alunos também nos avaliam e se eu não dou 
uma aula criativa, eles vão dizer". 
O professor de geografia Arno Aloisio Goettems, do Colégio Santo 
Américo, de São Paulo, afirma: "Todo docente é muito crítico em relação a seu 
próprio trabalho, porque você tem o retorno imediato do educando. Se a aula não 
rendeu, você vai saber na hora". 
No Colégio da Polícia Militar, existe a figura do líder de sala, eleito por 
cada turma que agrupa as impressões dos demais estudantes sobre os docentes e 
se reúne com a coordenadora pedagógica uma vez por mês. Depois, a direção e a 
coordenação conversam com os professores sobre essas impressões. "Essa 
conversa é positiva, porque agrupa os comentários dos alunos que nós não 
teríamos por outro meio", aponta a professora Viviane Gadotti. 
Outro modelo de avaliação no mesmo colégio é um questionário anual. O 
estudante dá uma nota de desempenho para cada professor sobre vários critérios. 
No entanto, isoladamente isso é inútil porque existe obviamente uma bela 
oportunidade de vingança. "Se a avaliação do aluno não tem qualquer semelhança 
com aquela feita pela equipe da escola, descartamos", admite a diretora Elaine 
Marini. 
"Se existe um incidente entre aluno e professor, ouvimos os dois e 
tentamos solucionar a situação específica. Entrar nas turmas e aplicar questionário 
para avaliar professor não parece razoável", opina Elenice Lobo, diretora do Santo 
Américo, discordando dos questionários preenchidos pelos estudantes. "Se existe 
um incidente entre aluno e professor, ouvimos os dois e tentamos solucionar a 
situação específica. Entrar nas turmas e aplicar questionário para avaliar professor 
não parece razoável", conclui. 
O diretor Silvio Freire desistiu da apuração dos resultados no 
questionário anual:_ "Não tive condições de tabular todas essas informações e dar 
o feedback antes do fim do ano letivo. São vários itens sobre vários docentes. É 
preciso um sistema para fazer esse trabalho". Em vez disso, ele teve a ideia de 
convidar ex-alunos para conversar sobre o curso oferecido pela escola e foi 
surpreendido pelas análises detalhadas, como exemplifica a seguir: "Um deles me 
disse que determinado professor de biologia é bom ensinando zoologia, mas não é 
tão didático quando o assunto é genética, que em compensação é um tema muito 
bem explicado por outro professor nosso". 
Portanto, esta avaliação é a menos indicada devido à maior possibilidade 
de se cometer injustiça com os professores. 
Disponível em: http://revistaeducacao.com.br/textos/181/avaliar-para-
formar-bprofessores-acreditam-que-ter-seu-trabalho-examinado-257867-1.asp 
 
CAPÍTULO II 
 
2. ESCOLA SEM PARTIDO: POLITICAGEM VERSUS EDUCAÇÃO 
 
Desde 2014 tramita no Congresso Nacional a ideia de um projeto de lei 
chamado “Escola Sem Partido” que visa tirar a liberdade dos educandos quando o 
assunto for política. Inclusive querem proibir menções à figuras de esquerda e até 
à figuras teoricamente tidas como de esquerda, mesmo que tais figuras nem 
tenham se metido em qualquer partido como é o caso de Paulo Freire ao qual 
chamam de “comunista” mas que teorizava de fato diretamente sobre a melhoria da 
educação e não sobre sistemas de governo. Proibir que se mencione Paulo Freire em 
sala de aula é uma grande estupidez. 
 Coisas que já estão na constituição, mas não são cumpridas, como a 
obediência ao Estado Laico são usadas como desculpas nesse projeto de lei para proibir 
que se mencione religiões em sala de aula, o que o Estado Laico não prega, pelo 
contrário, o que se prega é que não se obrigue a seguir ritos de qualquer religião ou 
mesmo se disseminem ideias ateístas como se querendo obrigar os educandos e 
funcionários públicos a seguir também essa vertente, uma vez que o Estado Também 
não é ateu; ou seja, o Estado Laico proíbe a difusão como modo de propaganda a fim de 
converter ou desconverter a tal ou de qualquer religião, mesmo que atribuam a tal 
religião um pseudônimo científico, chamem de mitologia, “ciências ocultas”, 
“mentalismo”, etc. E o projeto “Escola sem partido” se utiliza da desinformação para 
tentar manipular as mentes e dar mais amplidão às ideias de direita como forma de em 
seguida seja possível se dar um golpe militar. 
Porque abordar aqui este projeto ou anteprojeto (como está sendo chamado 
por muitos)? Porque ele fere direitos da Constituição diretamente como por exemplo a 
liberdade de expressão e o livre direito de ensinar e de aprender e mais do que isso, 
porque fará justamente o oposto do que este artigo se propõe se por acaso passar um 
dia no Congresso e for posto em prática; seria um prejuízo geral no país. Seria o maior 
retrocesso educacional sofrido no Brasil e este artigo visa justamente o progresso, 
portanto, temos que expor aquilo que deve ser evitado. 
Como não adianta falar e não mostrar o projeto, segue abaixo o projeto de lei 
de 2015 número 867: 
“ PROJETO DE LEI Nº 867 , DE 2015 
(Do Sr. Izalci) 
Inclui, entre as diretrizes e bases da educação nacional, o "Programa Escola 
sem Partido". 
O Congresso Nacional decreta: 
Art.1º. Esta lei dispõe sobre a inclusão entre as diretrizes e bases da educação 
nacional do "Programa Escola sem Partido”. 
Art. 2º. A educação nacional atenderá aos seguintes princípios: 
I - neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado; 
II - pluralismo de ideias no ambiente acadêmico; 
III - liberdade de aprender, como projeção específica, no campo da educação, 
da liberdade de consciência; 
IV - liberdade de crença; 
V - reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na 
relação de aprendizado; 
VI - educação e informação do estudante quanto aos direitos compreendidos 
em sua liberdade de consciência e de crença; 
VII - direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de 
acordo com suas próprias convicções. 
Art. 3º. São vedadas, em sala de aula, a prática de doutrinação política e 
ideológica bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades que 
possam estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos pais ou 
responsáveis pelos estudantes. 
§ 1º. As escolas confessionais e as particulares cujas práticas educativas sejam 
orientadas por concepções, princípios e valores morais, religiosos ou ideológicos, 
deverão obter dos pais ou responsáveis pelos estudantes, no ato da matrícula, 
autorização expressa para a veiculação de conteúdos identificados com os referidos 
princípios, valores e concepções. 
§ 2º. Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, as escolas deverão 
apresentar e entregar aos pais ou responsáveis pelos estudantes material informativo 
que possibilite o conhecimento dos temas ministrados e dos enfoques adotados. 
Art. 4º. No exercício de suas funções, o professor: 
I - não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de 
cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária; 
II - não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções 
políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas; 
III - não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus 
alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas; 
IV - ao tratar de questões políticas, sócio-culturais (SIC) e econômicas, 
apresentará aos alunos, de forma justa, as principaisversões, teorias, opiniões e 
perspectivas concorrentes a respeito; 
V - respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral 
que esteja de acordo com suas próprias convicções; 
VI - não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam 
violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula. 
Art. 5º. Os alunos matriculados no ensino fundamental e no ensino médio 
serão informados e educados sobre os direitos que decorrem da liberdade de 
consciência e de crença assegurada pela Constituição Federal, especialmente sobre o 
disposto no art. 4º desta Lei. 
§ 1º. Para o fim do disposto no caput deste artigo, as escolas afixarão nas salas 
de aula, nas salas dos professores e em locais onde possam ser lidos por estudantes e 
professores, cartazes com o conteúdo previsto no Anexo desta Lei, com, no mínimo, 70 
centímetros de altura por 50 centímetros de largura, e fonte com tamanho compatível 
com as dimensões adotadas. 
§ 2º. Nas instituições de educação infantil, os cartazes referidos no § 1º deste 
artigo serão afixados somente nas salas dos professores. 
Art. 6º. Professores, estudantes e pais ou responsáveis serão informados e 
educados sobre os limites éticos e jurídicos da atividade docente, especialmente no que 
tange aos princípios referidos no art. 1º desta Lei. 
Art. 7º. As secretarias de educação contarão com um canal de comunicação 
destinado ao recebimento de reclamações relacionadas ao descumprimento desta Lei, 
assegurado o anonimato. 
Parágrafo único. As reclamações referidas no caput deste artigo deverão ser 
encaminhadas ao órgão do Ministério Público incumbido da defesa dos interesses da 
criança e do adolescente, sob pena de responsabilidade. 
Art. 8º. O disposto nesta Lei aplica-se, no que couber: 
I - aos livros didáticos e paradidáticos; 
II - às avaliações para o ingresso no ensino superior; 
III - às provas de concurso para o ingresso na carreira docente; 
IV - às instituições de ensino superior, respeitado o disposto no art. 207 da 
Constituição Federal. 
Art. 9º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 
 
ANEXO 
 
DEVERES DO PROFESSOR 
 
I - O Professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o 
objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária. 
 
II - O Professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas 
convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas. 
 
III - O Professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem 
incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas. 
 
IV - Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais (SIC) e econômicas, o 
professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e 
seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a 
respeito. 
 
V - O Professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a 
educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. 
 
VI - O Professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores 
sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula. 
 
JUSTIFICAÇÃO 
 
Esta proposição se espelha em anteprojeto de lei elaborado pelo movimento 
Escola sem Partido (www.escolasempartido.org) – “uma iniciativa conjunta de 
estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das 
escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior” –, cuja robusta 
justificativa subscrevemos:1 
“É fato notório que professores e autores de livros didáticos vêm-se utilizando 
de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas 
correntes políticas e ideológicas; e para fazer com que eles adotem padrões de 
julgamento e de conduta moral – especialmente moral sexual – incompatíveis com os 
que lhes são ensinados por seus pais ou responsáveis. 
Diante dessa realidade – conhecida por experiência direta de todos os que 
passaram pelo sistema de ensino nos últimos 20 ou 30 anos –, entendemos que é 
necessário e urgente adotar medidas eficazes para prevenir a prática da doutrinação 
política e ideológica nas escolas, e a usurpação do direito dos pais a que seus filhos 
recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. 
Trata-se, afinal, de práticas ilícitas, violadoras de direitos e liberdades 
fundamentais dos estudantes e de seus pais ou responsáveis, como se passa a 
demonstrar: 
1 - A liberdade de aprender – assegurada pelo art. 206 da Constituição Federal 
– compreende o direito do estudante a que o seu conhecimento da realidade não seja 
manipulado, para fins políticos e ideológicos, pela ação dos seus professores; 
2 - Da mesma forma, a liberdade de consciência, garantida pelo art. 5º, VI, da 
Constituição Federal, confere ao estudante o direito de não ser doutrinado por seus 
professores; 
3 - O caráter obrigatório do ensino não anula e não restringe a liberdade de 
consciência do indivíduo. Por isso, o fato de o estudante ser obrigado a assistir às aulas 
de um professor implica para esse professor o dever de não utilizar sua disciplina como 
instrumento de cooptação político-partidária ou ideológica; 
4 - Ora, é evidente que a liberdade de aprender e a liberdade de consciência 
dos estudantes restarão violadas se o professor puder se aproveitar de sua audiência 
cativa para promover em sala de aula suas próprias concepções políticas, ideológicas e 
morais; 
5 - Liberdade de ensinar – assegurada pelo art. 206, II, da Constituição Federal 
– não se confunde com liberdade de expressão; não existe liberdade de expressão no 
exercício estrito da atividade docente, sob pena de ser anulada a liberdade de 
consciência e de crença dos estudantes, que formam, em sala de aula, uma audiência 
cativa; 
6 - De forma análoga, não desfrutam os estudantes de liberdade de escolha em 
relação às obras didáticas e paradidáticas cuja leitura lhes é imposta por seus 
professores, o que justifica o disposto no art. 8º, I, do projeto de lei; 
7 - Além disso, a doutrinação política e ideológica em sala de aula compromete 
gravemente a liberdade política do estudante, na medida em que visa a induzi-lo a fazer 
determinadas escolhas políticas e ideológicas, que beneficiam, direta ou indiretamente 
as políticas, os movimentos, as organizações, os governos, os partidos e os candidatos 
que desfrutam da simpatia do professor; 
8 - Sendo assim, não há dúvida de que os estudantes que se encontram em tal 
situação estão sendo manipulados e explorados politicamente, o que ofende o art. 5º do 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), segundo o qual “nenhuma criança ou 
adolescente será objeto de qualquer forma de exploração”; 
9 - Ao estigmatizar determinadas perspectivas políticas e ideológicas, a 
doutrinação cria as condições para o bullying político e ideológico que é praticado pelos 
próprios estudantes contra seus colegas. Em certos ambientes, um aluno que assuma 
publicamente uma militância ou postura que não seja a da corrente dominante corre 
sério risco de ser isolado, hostilizado e até agredido fisicamente pelos colegas. E isso se 
deve, principalmente, ao ambiente de sectarismo criado pela doutrinação; 
10 - A doutrinação infringe, também, o disposto no art. 53 do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, que garante aos estudantes “o direito de ser respeitado por 
seus educadores”. Com efeito, um professor que deseja transformar seus alunos em 
réplicas ideológicas de si mesmo evidentemente não os está respeitando; 
11 - A prática da doutrinação política e ideológica nas escolas configura, 
ademais,uma clara violação ao próprio regime democrático, na medida em que ela 
instrumentaliza o sistema público de ensino com o objetivo de desequilibrar o jogo 
político em favor de determinados competidores; 
12 - Por outro lado, é inegável que, como entidades pertencentes à 
Administração Pública, as escolas públicas estão sujeitas ao princípio constitucional da 
impessoalidade, e isto significa, nas palavras de Celso Antonio Bandeira de Mello (Curso 
de Direito Administrativo, Malheiros, 15ª ed., p. 104), que “nem favoritismo nem 
perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou 
ideológicas não podem interferir na atuação administrativa e muito menos interesses 
sectários, de facções ou grupos de qualquer espécie.”; 
13 - E não é só. O uso da máquina do Estado – que compreende o sistema de 
ensino – para a difusão das concepções políticas ou ideológicas de seus agentes é 
incompatível com o princípio da neutralidade política e ideológica do Estado, com o 
princípio republicano, com o princípio da isonomia (igualdade de todos perante a lei) e 
com o princípio do pluralismo político e de ideias, todos previstos, explícita ou 
implicitamente, na Constituição Federal; 
14 - No que tange à educação moral, referida no art. 2º, VII, do projeto de lei, a 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos, vigente no Brasil, estabelece em seu art. 
12 que “os pais têm direito a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que 
esteja de acordo com suas próprias convicções”; 
15 - Ora, se cabe aos pais decidir o que seus filhos devem aprender em matéria 
de moral, nem o governo, nem a escola, nem os professores têm o direito de usar a sala 
de aula para tratar de conteúdos morais que não tenham sido previamente aprovados 
pelos pais dos alunos; 
16 - Finalmente, um Estado que se define como laico – e que, portanto deve 
ser neutro em relação a todas as religiões – não pode usar o sistema de ensino para 
promover uma determinada moralidade, já que a moral é em regra inseparável da 
religião; 
17. Permitir que o governo de turno ou seus agentes utilizem o sistema de 
ensino para promover uma determinada moralidade é dar-lhes o direito de vilipendiar e 
destruir, indiretamente, a crença religiosa dos estudantes, o que ofende os artigos 5º, 
VI, e 19, I, da Constituição Federal. 
Ante o exposto, entendemos que a melhor forma de combater o abuso da 
liberdade de ensinar é informar os estudantes sobre o direito que eles têm de não ser 
doutrinados por seus professores. 
Nesse sentido, o projeto que ora se apresenta está em perfeita sintonia com o 
art. 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que prescreve, entre as 
finalidades da educação, o preparo do educando para o exercício da cidadania. Afinal, o 
direito de ser informado sobre os próprios direitos é uma questão de estrita cidadania. 
Urge, portanto, informar os estudantes sobre o direito que eles têm de não ser 
doutrinados por seus professores, a fim de que eles mesmos possam exercer a defesa 
desse direito, já que, dentro das salas de aula, ninguém mais poderá fazer isso por eles. 
Note-se por fim, que o projeto não deixa de atender à especificidade das 
instituições confessionais e particulares cujas práticas educativas sejam orientadas por 
concepções, princípios e valores morais, às quais reconhece expressamente o direito de 
veicular e promover os princípios, valores e concepções que as definem, exigindo-se, 
apenas, a ciência e o consentimento expressos por parte dos pais ou responsáveis pelos 
estudantes.” 
Frisamos mais uma vez que projetos de lei semelhantes ao presente – 
inspirados em anteprojeto de lei elaborado pelo Movimento Escola sem Partido 
(www.escolasempartido.org) – já tramitam nas Assembleias Legislativas dos Estados do 
Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Espírito Santo, e na Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; e em dezenas de Câmaras de Vereadores (v.g., São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, 
Curitiba-PR, Vitória da Conquista-BA, Toledo-PR, Chapecó-SC, Joinville-SC, Mogi Guaçu-
SP, Foz do Iguaçu-PR, etc.), tendo sido já aprovado nos Municípios de Santa Cruz do 
Monte Carmelo-PR e Picuí-PB. 
Pelas razões expostas, esperamos contar com o apoio dos Nobres Pares para 
aprovação deste Projeto de Lei. 
Sala das Sessões, em 23 de março de 2015. 
 
Deputado IZALCI 
PSDB/DF 
ESP.MFUN.NGPS.2015.03.18” 
 
2.1 : ESCOLA SEM PARTIDO: A LEI DA MORDAÇA: 
 
Por ser de fato uma lei da mordaça, assim como aquela lei que o Maluf 
tentou implantar para que ganhasse 10 (dez) vezes o valor de processo sobre cada 
jornalista que o acusasse de alguma coisa que ele não fosse preso, que no Jornal 
Delfos de Pacoti, no antigo site http://jornaldelfos.net76.net não mais acessível 
pus uma charge junto à notícia que titulei de “Lei da mordaça” para “Lei enrica 
Maluf”, esse projeto de lei da “Escola sem partido” também está sendo chamado 
de “Lei da mordaça”, e não há nome mais apropriado do que esse. 
A seguir, artigos de repercussão e protestos, prós e contras da “Escola em 
partido”, que se passar algum dia será o maior retrocesso educacional do Brasil 
causado por politicagem a fim de restabelecer novamente um regime de ditaduras, 
como foi a nossa história desde sempre, temos de fato poucos anos de democracia 
e ainda nem aprendemos direito a lidar com ela, já querem nos tirar com golpe 
sobre golpe. 
Os professores já são avaliados erroneamente no Brasil, na maioria dos 
casos, seja por incompetência dos gestores que são indicados politicamente por 
meio de apadrinhamento e não por concursos públicos, quando muito por seleções 
de no máximo 1 (um) ano, uma lei desse tipo “escola sem partido” fará com que 
além de muitos perderem o emprego ainda mais rápido, o eu por si já piora o 
aprendizado, uma vez que diminui o estímulo proximal, defendido por Vigotsky, 
Paulo Freire e outros teóricos “papas” da educação, ainda impossibilitarão esses 
profissionais de arranjarem outro emprego em outras escolas pela deturpação 
absurda de julgar o que é correto como errado e o que é errado como correto: 
 
“MPF diz que Escola sem Partido é inconstitucional e impede o 
pluralismo 
Versão para impressão 
• 22/07/2016 19h50 
• Brasília 
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil * 
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou hoje (22) ao Congresso 
Nacional nota técnica em que aponta a inconstitucionalidade do projeto de lei que 
inclui o Programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da educação 
nacional. 
 
Para Deborah Duprat, o projeto pretende acabar com a doutrinação 
ideológica nas escolasArquivo/Valter Campanato/Agência Brasil 
Para a procuradora federal dos Direitos do Cidadão Deborah Duprat, 
responsável pela nota, o PL 867/2015 “nasce marcado pela 
inconstitucionalidade”. O documento defende que, sob o pretexto de defender 
princípios como a "neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado", assim 
como o "pluralismo de ideias no ambiente acadêmico", o Programa Escola sem 
Partido coloca o professor em constante vigilância, principalmente para evitar que 
afronte as convicções morais dos pais. 
"O projeto subverte a atual ordem constitucional por inúmeras razões: 
confunde a educação escolar com aquela fornecida pelos pais e, com isso, os 
espaços público e privado, impede o pluralismo de ideias e de concepções 
pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem 
e contraria o princípio da laicidade do Estado – todos esses direitos previstos na 
Constituição de 88", destacou Deborah Duprat. 
Segundo ela, a escola, ao possibilitar a cada qual o pleno 
desenvolvimento de suas capacidades e ao preparar parao exercício da cidadania, 
"tem de estar necessariamente comprometida com todo o tipo de pluralismo”. 
De acordo com a procuradora, o projeto da Escola sem Partido pretende 
acabar com a doutrinação ideológica nas escolas, "impedindo que professores 
expressem a opinião em torno de temas políticos. Também impede o debate sobre 
questões de gênero". 
Em junho, a Faculdade de Educação da UnB divulgou nota se 
posicionando contra a proposta, apresentada ano passado à Câmara dos 
Deputados, Senado Federal, Câmara Legislativa do Distrito Federal e legislativos 
estaduais e municipais do Brasil. Até o momento, 19 estados brasileiros têm 
projetos de lei semelhantes segundo levantamento realizado pelo portal Educação 
e Participação. 
"O projeto de lei que propõe criminalizar professores sensíveis aos temas 
dos direitos humanos representa uma grave ameaça ao livre exercício da docência 
e constitui um retrocesso na luta histórica de combate à cultura do ódio, à 
discriminação e ao preconceito contra mulheres, negros, indígenas, população 
LGBTT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros], 
comunidades tradicionais e outros segmentos sociais vulneráveis", acrescentou a 
nota. 
Alagoas é o primeiro estado do Brasil a ter uma lei que exige do 
professor a neutralidade em sala de aula. O Projeto Escola Livre foi aprovado em 
26 de abril, quando deputados da assembleia local derrubaram o veto do 
governador Renan Filho (PMDB). 
AGU 
Questionado no Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de uma Ação 
Direta de Inconstitucionalidade, o projeto recebeu posicionamento contrário da 
Advocacia-Geral da União (AGU). 
Para a AGU, a lei é inconstitucional porque a competência para 
“elaboração das normas gerais foi atribuída à União, que legisla no interesse 
nacional, estabelecendo diretrizes que devem ser observadas pelos demais entes 
federados. Aos estados e ao Distrito Federal cabem suplementar a legislação 
nacional”, acrescentou o órgão. 
A AGU incluiu em seu posicionamento que a Confederação dos 
Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee), autora do 
questionamento, não reúne condições legais para propor a ação. 
Para ouvir a sociedade sobre o tema, o Senado lançou esta semana uma 
enquete em que o cidadão pode opinar contra ou a favor do Projeto de Lei 
193/2016, do senador Magno Malta (PR-ES), que inclui entre as diretrizes e bases 
da educação nacional o Programa Escola sem Partido. 
Procurada pela Agência Brasil a Organização Escola sem Partido não 
retornou até a publicação do texto. 
*Com informações do Portal EBC 
 
Edição: Armando Cardoso” 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-07/mpf-diz-que-
escola-sem-partido-e-insconstitucional-e-impede-o-pluralismo 
 
“15/07/2016 12h16 - Atualizado em 15/07/2016 13h10 
Após protesto, vereador retira projeto sobre 'Escola sem Partido' em MG 
Proposta de lei pretende atender princípios de neutralidade política e 
religiosa. 
Grupo manifestou-se contra tramitação em Juiz de Fora nesta quinta-feira 
(14). 
Do G1 Zona da Mata 
 
FACEBOOK 
 
 Manifestantes fizeram protesto contra projeto de lei sobre a criação do 
'Programa Escola sem Partido' em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração) 
Após protesto de grupos contrários, o vereador André Mariano (PSC) 
retirou de tramitação o projeto de lei sobre a criação do "Programa Escola sem 
Partido" em Juiz de Fora. O vereador anunciou a decisão na manhã desta sexta-
feira (15) no plenário, durante o último dia de reunião do período legislativo de 
julho. 
De acordo com a assessoria da Câmara, ele informou que a retirada é 
temporária, por 90 dias. A audiência pública que havia sido agendada para o dia 
17 de agosto foi desmarcada e, que quando o projeto voltar à tramitação, será 
reagendada. O G1 solicitou um posicionamento do vereador e aguarda retorno. 
Na noite desta quinta-feira (14), representantes de grupos ligados a 
estudantes, professores, movimentos sociais e partidos políticos estiveram no 
Legislativo para protestar contra a proposta. Eles queriam a retirada do projeto de 
tramitação, mas, até então, o vereador afirmou que manteria a proposta. 
A Polícia Militar (PM) informou que a manifestação reuniu cerca de 150 
pessoas e que transcorreu pacificamente, sem registro de Boletim de Ocorrência 
(BO). 
De acordo com a assessoria da Câmara, o Projeto de Lei entrou em 
tramitação no dia 6 de julho e está na Comissão de Constituição e Justiça, que 
solicitou um parecer do setor jurídico quanto à constitucionalidade do projeto, 
procedimento normal de análise das propostas. 
As atividades na Câmara Municipal serão retomadas na segunda 
quinzena de agosto. 
'Programa Escola sem Partido' 
A proposta criaria o "Programa Escola sem Partido" no âmbito do 
sistema municipal de ensino. A norma seria vigente nas escolas públicas, 
confessionais e particulares, que teriam que seguir as atividades elencadas como 
permitidas ao professor no exercício da função. Segundo o projeto, as escolas 
devem informar aos pais e responsáveis sobre limites éticos e jurídicos da 
atividade docente. 
O Projeto de Lei pretende atender aos princípios de neutralidade política, 
ideológica e religiosa do Estado; pluralismo de ideias no ambiente acadêmico; 
liberdade de consciência e de crença; liberdade de ensinar e de aprender; 
reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na relação 
de aprendizado; educação e informação do estudante quanto aos direitos 
compreendidos em sua liberdade de consciência e de crença e o direito dos pais a 
que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com as próprias 
convicções. 
O projeto destacou também que o poder público "não se imiscuirá na 
orientação sexual dos alunos nem permitirá qualquer prática capaz de 
comprometer ou direcionar o natural desenvolvimento de sua personalidade, em 
harmonia com a respectiva identidade biológica de sexo, sendo vedada, 
especialmente, a aplicação dos postulados da ideologia de gênero". 
Além disso, veda a prática de doutrinação política e ideológica bem 
como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades de cunho religioso 
ou moral que possam estar em conflito com as convicções dos pais ou 
responsáveis pelos estudantes. 
O projeto ainda prevê a afixação de cartazes nas salas de aula, nas salas 
dos professores e em locais onde possam ser lidos por estudantes e professores, 
com o conteúdo previsto no anexo da lei. 
Apesar de não prever punições, o projeto orienta que as reclamações 
relacionadas ao descumprimento da lei serão dirigidas, sob garantia de anonimato, 
à Secretaria de Educação, e encaminhadas, sob pena de responsabilidade, ao órgão 
do Ministério Público incumbido da defesa dos interesses da criança e do 
adolescente. 
Protesto 
O protesto começou com a reunião dos manifestantes no Parque Halfeld 
em frente à Câmara. Algumas pessoas seguravam cartazes com os dizeres "os 
educadores não aceitam mordaças". 
Discursos lembraram que o objetivo era demonstrar a insatisfação contra 
a possibilidade de ser criada uma lei municipal sobre o assunto, como disse o 
estudante e um dos organizadores, André Gomes. “Estamos aqui para manifestar 
de forma pacífica, conscientes, com alunos e professores. Esse projeto ataca 
principalmente a liberdade de expressão da população e do professor, que está 
garantida por lei no artigo 203 da Constituição”, ressaltou. 
O projeto não estava na pauta da reunião desta quinta-feira. Depois que 
os manifestantes entraram no Legislativo, a reunião foi suspensa e uma comissão 
se reuniu a portas fechadas com o vereador André Mariano. Os demais 
manifestantes

Outros materiais