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Aula 12 20 11

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 12 – 20/11/14
Desidratação hipotônica: se perde mais sódio que água. Ou está perdendo mais sódio que água, ou está retendo água, diluindo esse sódio (nesse caso seria hiper-hidratação). Eu não posso dar infusão com solução hipertônica. Eu preciso saber o déficit sanguíneo de sangue, preciso dosar o sódio sanguíneo, vou precisar de laboratório. Se não tivermos laboratório: se o sódio estiver abaixo de 115 mEq/L, vai ter edema cerebral, isso é indicativo de hiponatremia. Se existe edema cerebral, o caso é grave. Vou usar NaCl hipertônico, que eu calculo usando a fórmula: Total a repor = água extracelular . déficit de Na+/L. tenho que tomar cuidado com mielinólise (destruição de mielina). Hipoadrenocorticismo = síndrome de Addison, os animais perdem a capacidade de reter sódio. É raro em animais, mas pode ocorrer. Nesse caso a aldosterona não é sintetizada, e ela é responsável por manter grande quantidade de sódio no organismo. NaCl hipertônico = 3%. Eu só vou usar essa solução hipertônica até estabilizar o animal, depois continuo com fluidoterapia normal. 
Hiperhidratação
Só ocorre se houver alguma alteração renal. O rim, fisiologicamente, é muito eficiente para jogar água fora. A única forma de ter hiperhidratação com os rins sadios, é quando o coração está insuficiente, não jogando sangue para os rins filtrarem. A hiperhidratação dilui o sódio, e também dá edema cerebral, dá para confundir com desidratação hipotônica. 
Nesse caso vou restringir a ingestão de líquido, ou diurético osmótico, ou em último caso, usar diurético de alça. O de alça não é ideal pois ele faz perder Na+. A cada litro de urina eliminada, vou repor 150 ml de NaCl à 3%. 
Não é raro a hiperhidratação, pois é comum insuficiência renal no animais. 
Aqui, há edemas generalizados, na desidratação hipotônica, não há os edemas. Na hiperhidratação há pulso jugular positivo. Na desidratação hipotônica não há pulso positivo. 
Na desidratação, a concentração sanguínea de potássio pode complicar. Nós só obtemos potássio da dieta. Em alguma patologia que faz o animal parar de comer, ele não está ingerindo nada, vai entrar em quadro sério de hipocalemia. A hipocalemia impede que esse animal se recupere da desidratação. Em quadro de acidose, os rins jogam muito potássio fora, para tentar segurar o H+.
Hipocalemia: causas, cirrose hepática e/ou patologia renal, vômito e/ou diarreia, alcalose metabólica (é raro), uso de anabolizantes (para fabricar proteína, potássio vai para a célula muscular, há hipocalemia; não é raro em animais de exposição, como pitbulls), infusão excessiva de sódio ou de glicose hipertônica (se o animal ingere muito sódio, vai embora muito potássio), uso excessivo diurético ou de glicocorticóide. 
A melhor forma de reposição do potássio é oral. Tanto no excesso quanto na falta de potássio, vai dar arritmias ou até parada cardíaca. Se o animal está com arritmia por falta de potássio, não dá para repor oral, tem que ser injetável. Muitos animais desidratados morrem pela hipocalemia. Potássio tem que ser infundido lentamente, e sempre que possível ser diluído em soro glicosado = o potássio entra na célula pela bomba, que necessita de ATP, por isso a glicose. A melhor solução é de 15mEqK+/L. nessa concentração, é difícil matar o animal por hipercalemia. 
Cuidados: corrigir a deficiência de potássio lentamente, por causa do risco de hipercalemia. Verificar a glicose plasmática: se houver hipoglicemia, está funcionando mal a bomba de ATP, tenho que dar glicose. Verificar o pH sanguíneo = animais com acidose têm hipercalemia temporária. Nunca administrar infusão de potássio do paciente acidótico. Reduzir a ingestão de sal (não é bom diluir o potássio em soro contendo Na+, atrapalha a abosrção). Não usar solução concentrada de potássio. Restaurar a função renal antes de repor o potássio, senão vou causar uma hipercalemia. 
Tecido muscular fica prejudicado, todos eles (na hipocalemia). Músculo estriado esquelético = flacidez muscular na hipocalemia. Se associa uma possível hipocalemia por seu perfil. 
No ringer lactato há 4 mEq de potássio/L, se o animal estiver normocalêmico, não vai fazer mal, mas se o animal estiver hipocalêmico, eu vou ter que adicionar. 
Hipercalemia
Os rins não estão funcionando bem. Tenho que tentar fazer o rim funcionar. Suprimir a ingestão do potássio (banana, uva, laranja). Corrigir o pH se houver acidose. Por último, hemodiálise (em Uberlândia tem uma clínica que faz = renal vet). 
Hipercalemia com arritmia
Os rins não estão funcionando. Até que os rins voltem a funcionar, eu vou colocar o potássio dentro da célula. Quando dou glicose 50% intravenoso, eu faço hiperglicemia, a glicose fisiológica é 5%, estou causando hiperglicemia. Para que ela não fique no sangue, alta. Junto com a glicose, dou insulina, a insulina leva a glicose para dentro da célula, para síntese de glicogênio. A glicose ao ir para a célula, arrasta potássio junto. Essa insulina é subcutânea. Essa insulina é de ação rápida. Isso me dá um tempo para ver o que fazer com os rins. Outra coisa é dar gluconato de cálcio para combater a arritmia. 
Complicações da fluidoterapia
Trombose local (local da punção). Flebite = é mais comum quando não se faz assepsia adequada. Infecção local e/ou generalizada (sepse). 
Extravasamento para o tecido subcutâneo. Se extravasar para o subcutâneo, e no líquido tiver glicose, pode ter necrose muscular, necrose de pele, até de osso. Hiperhidratação. Desequilíbrio eletrolítico. 
Animais muito jovens
A desidratação é grave. A renovação da água corporal é sete vezes mais rápida que os adultos. Animais jovens têm grande superfície corporal em relação ao peso (maior perda de líquido). Localização predominante da água no LEC. Metabolismo mais acelerado. Volume urinário é proporcionalmente maior que os adultos. Reflexos vasomotores pouco eficientes. Rins imaturos, respondem mal a aldosterona e vasopressina. 
Animais muito idosos
A desidratação é grave devido à degeneração senil. Débito e freqüência cardíaca reduzidos. Hipertrofia cardíaca, enrijecimento dos vasos, função renal e adrenal diminuídas, trocas iônicas entre tecidos, capilares e pulmões reduzidas, perda crônica de massa muscular. 
Soluções cristalóides disponíveis no Brasil
São substancias que têm água e algum cristal. Há dois cristais importantes: sódio e glicose. 
Solução de NaCl a 0,9%: é o “soro fisiológico”, tem excesso de cloreto, tem 154 mEq/l de cloreto.
Solução de NaCl a 3%.
Solução de NaCl a 7,5%, só vai ser usado no choque.
Solução de ringer simples: tem potássio, cálcio, cloreto e sódio. É o mais próximo do organismo.
Solução de ringer lactato: cuidado com animais com hepatopatia. Se ele não conseguir transformar lactato em bicarbonato, as células vão produzir ácido lático, o animal que estava em acidose vai morrer mais rápido.
Solução de glicose a 5% = glicose fisiológica.
Solução glicofisiológica: soro a 0,9% + glicose fisiológica.
NaCl 0,45% e glicose a 2,5% = é preparada.
Solução de gliocse a 25% = é ampola, não tem o soro. Glicose a 50% também é ampola.
Potássio a 15% = ampola.
Soluções coloidais existentes no Brasil = só usa no choque
Dextranos: é um açúcar que nossa célula não consegue utilizar, não vira ATP. Tem o dextran 40 e dextran 70. 
Amido hidroxietílico: derivado semelhante à glicose.
Gelatinas: também são soluções coloidais. 
....................................................................................................
Caso clínico: resolver em casa.
Cão de 8kg, perda de 9% do peso, vômito e diarreia, macho adulto. Hidratação: IV, tipo de líquido, volume, velocidade de líquido sem glicose, velocidade com liquido contendo 5% de glicose. 
Ringer lactato. 
Volume de reposição: 88,9ml. 
Velocidade sem glicose: 14ml/kg/h = 840gotas/kg/h = 6720gotas/h = 112gotas/minuto. (microgotas)
Com glicose a 5%: 5g/kg/h. Em um soro de 1l = 1kg = 1000g, tenho 50g de glicose. Ou seja, 5g de glicose está presente em 100ml de soro.Então tenho que dar 100ml/kg/h = 800ml/h = 48000gotas/h = 800 gotas/min. Não posso ultrapassar isso. (?)

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