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DIREITO PROCESSO PENAL - FONTES

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DIREITO PROCESSO PENAL 
 RESUMO: 2° AVALIAÇÃO 
 
1. FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL. 
Fontes do Direito Processual Penal 
 As fontes são as origens das normas e dos princípios jurídicos que norteiam o 
processo penal. A doutrina classifica as fontes como sendo materiais e formais. 
Fontes materiais – também denominadas de fontes substanciais ou fontes de 
produção, corresponde a entidade a que incumbe a criação das normas jurídicas, ou 
seja, quem tem competência para produzir a norma. No tocante ao processo penal a 
fonte material por excelência é a União, mas os Estados poderão legislar, 
excepcionalmente, questões especificas de processo penal, desde que autorizados 
pela União através de lei complementar. 
 Esta é a previsão do art. 22, I da CF/88, o qual estabelece que compete 
privativamente a União legislar sobre Direito Processual, pois, embora não seja usual, 
existe a possibilidade dos Estados legislarem sobre tal matéria. Por outro lado, o art. 
24 da CF estabelece que a competência será concorrente entre a União, Estados e o 
Distrito Federal para legislar sobre: a) procedimento, b) direito penitenciário (RDD), c) 
custas dos serviços forenses e d) criação, funcionamento e processo dos juizados 
especiais criminais. 
Fontes formais – também chamadas de fontes revelação, de cognição ou de 
conhecimento, traduzem as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, 
podendo ser divididas em: 
a) Imediatas ou diretas – é a lei e os tratados e convenções internacionais, 
sendo que a lei é considerada em sua acepção mais ampla, englobando 
nesse conceito a Constituição Federal, a legislação federal 
infraconstitucional (CPP, LEP, etc.). 
IMPORTANTE – a EC nº 45/04, tornou os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados pelo Congresso, em dois turnos, por 3/5 dos 
votos, equivalentes às emendas constitucionais. 
 
b) Mediatas ou Indiretas – são os costumes (normas de comportamento a que 
pessoas obedecem de maneira uniforme e constante pela convicção de sua 
obrigatoriedade), os princípios gerais do direito (são as premissas éticas 
que são extraídas, mediante indução, da legislação. Ex: “o direito não 
socorre aos que dorme”, “o juiz conhece o direito”, “ouça-se a outra 
parte”), a doutrina (opiniões manifestadas pelos operadores do direito ou 
estudiosos) e a jurisprudência (é o entendimento consubstanciado em 
decisões judiciais reiteradas sobre determinado assunto). 
IMPORTANTE – com o advento das súmulas vinculantes, inseridas no ordenamento 
jurídico através do art. 103-A da CF/88 e regulamentada pela Lei nº 11.417/2006, a fim 
de evitar a divergência de entendimentos entre órgãos do Poder Judiciário, a doutrina 
passou a divergir acerca da sua correta classificação: 
Para uma corrente minoritária (Nucci) o STF passou a ser uma fonte material do 
direito e a súmula vinculante uma nova fonte formal imediata. Por outro lado 
predomina o entendimento de que o enunciado da súmula vinculante não possui 
força de lei, permanecendo, portanto, como uma fonte formal mediata (Luiz Flavio 
Gomes, Noberto Avena, etc.) 
 
Fontes de Interpretação e Integração da norma processual penal 
 Entende-se por Interpretação a atividade mental realizada com o objetivo de extrair 
da norma legal o seu conteúdo e para tanto existem métodos, sendo os mais comuns 
na doutrina: 
 Quanto ao sujeito que procede à interpretação: 
I. Interpretação autêntica ou legislativa – é aquela realizada pelo próprio 
órgão incumbido da elaboração do texto a ser interpretado (ex: art. 327 
do CP, que define o conceito de funcionário público). 
II. Interpretação doutrinária ou científica – é aquela realizada pelos 
estudiosos do direito (ex: os manuais de direito) 
 
Quanto aos meios empregados: 
I. Interpretação gramatical ou literal – é a que considera letra fia da lei, 
em seu sentido literal. 
II. Interpretação teleológica ou lógica – é a que busca a verificação quanto 
à vontade efetiva da lei. 
 
Quanto ao resultado: 
I. Interpretação declarativa – busca corresponder o sentido das palavras 
expressas no texto interpretado com a vontade da lei, evitando 
restringi-lhe ou aumentar-lhe o significado. 
II. Interpretação restritiva – ocorre quando o intérprete conclui que a letra 
da lei foi além de sua vontade, devendo ser restringido o seu alcance 
(ex: art. 806, §2º do CPP, que dispõe que a falta de preparo torna o 
recurso interposto deserto, não atinge o Ministério Público) 
III. Interpretação extensiva – ocorre quando o intérprete detecta que a 
letra da lei encontra-se abaixo de sua vontade, impondo que seu 
alcance seja estendido para que se possa chegar ao verdadeiro 
significado (ex: o cabimento do recurso em sentido na prisão 
temporária). 
 
Quanto a Integração da Lei Processual Penal esta consiste no preenchimento de uma 
lacuna existente no ordenamento jurídico, aplicando-se a uma hipótese não prevista 
em lei a disposição relativa a um caso semelhante, sendo previstas duas formas no art. 
3º do CPP: 
a) Analogia 
Não é uma fonte do direito como muitos, equivocadamente, pensam e, 
diferentemente do Direito Penal, é admitida no Processo Penal somente in bonam 
partem (para favorecer o réu). 
São exemplos de analogia: 
 A regra do art. 28 do CPP, na falta da propositura da transação penal e da 
suspensão condicional do processo, poderá o juiz remeter os autos a 
Procuradoria de Justiça; 
 O perdão judicial por homicídio culposo tipificado no CP, também é aplicado 
por analogia ao homicídio culposo do art. 302 do Código de Trânsito; 
 Não conseguindo precisar o local da infração e tratando-se de réus com 
domicílios diferentes, prevalece à prevenção também por analogia. 
 
b) Princípios Gerais do Direito (Adequa a regra à aplicação dela ao Direito) 
 
São regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas, 
mesmo que não estejam escritas, como por exemplo, é em razão dos princípios gerais 
que se entende que o recurso de apelação da defesa devolve toda a matéria ao 
tribunal.

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