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Aula 1 Contabilidade Geral 2

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Ola pessoal!
Sou a professora Tereza de Jesus Ramos da Silva, coordenadora da disciplina Contabilidade Geral II. Este material que vamos utilizar em nossa disciplina, foi atualizado pelo Professor Roberto Martins, conteúdista e coordenador da disciplina de Análise das Demonstrações Contábeis. 
Para desenvolvimento da disciplina de Contabilidade Geral II será utilizado o material disponibilizado na plataforma, tendo em vista as modificações que ocorreram na Contabilidade, em função da Lei 11.638/07 e das medidas provisórias, posteriores a dezembro de 2007.
A versão final em forma de livro, acredito que deva sair em 2017. Cada aula terá o padrão CEDERJ (metas, conclusão, atividade final e referências bibliográficas).
Quanto ao livro do CEDERJ servirá de bibliografia complementar. 
Enquanto isso, vamos utilizar esse material que está em word aqui na plataforma.
Abraços a todos e vamos em frente.
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Prof. Roberto Martins
Caderno 1
Estrutura das Demonstrações Financeiras segundo a Lei 11.638/07
1. Introdução:
Esta aula tem como objetivo tecer alguns comentários à cerca da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, principalmente em relação às demonstrações financeiras.
A 11.638/07 alterou diversos aspectos da Lei nº 6404/76 (base da contabilidade brasileira), trazendo as adaptações necessárias para adequação da contabilidade brasileira aos padrões internacionais de contabilidade.
Enquanto tramitava no Congresso Nacional o projeto de lei no 3.741/00 até a sua transformação na Lei no 11.638/07, as normas internacionais evoluíram, e sofreram grandes modificações. Como essas mudanças não foram captadas pelo projeto de lei, a nova lei apresenta-se com algumas defasagens e alguns conceitos ultrapassados, não obstante de trazer grande evolução nas práticas contábeis no sentido da convergência internacional.
Várias questões foram levantadas desde a necessidade de atualização dessa Lei já no seu nascedouro, como às questões fiscais que mudanças dessa natureza acabam por provocar. Foi editada a Medida Provisória (MP) no. 449/08 que representa um grande passo no sentido da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade.
Importante ressaltar, que não obstante, de todas as modificações já implantadas pela legislação e dos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) há um longo caminho para que a Contabilidade brasileira esteja aparelhada com as normas internacionais.
 
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1.1 Demonstrações Financeiras:
A partir de 2008 (Lei nº 11.638/07) as demonstrações financeiras exigidas pela legislação societária são as seguintes:
a) Companhias fechadas:
- Balanço Patrimonial (BP);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), se possuir, à data do balanço, patrimônio
 líquido igual ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)
b) Companhias fechadas:
As companhias fechadas se diferenciam das abertas porque não têm ações ou títulos negociados em bolsas de valores, isto é, obtêm recursos entre os próprios acionistas – os donos da S.A., e seus sócios não dão publicidade ao capital, como acontece nas companhias abertas (captam os recursos junto ao público). Em ambos os casos, entretanto, a responsabilidade dos sócios é limitada ao capital subscrito.
c) Empresa de Grande Porte:
É considerada empresa de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum, que tiverem, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00, dentro desse conceito estão incluídas as limitadas.
d) Companhias abertas:
- Balanço Patrimonial (BP);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), por exigência da 
 Comissão de Valores Mobiliários 
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), independente do montante do
 patrimônio líquido da companhia;
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
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A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória, mas poderá ser elaborada, a critério das empresas, para fins gerenciais. Foi substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa.
e) Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada:
Pela legislação do Imposto de Renda, essas sociedades deverão seguir parte dos dispositivos das Sociedades Anônimas. Assim sendo, as demonstrações financeiras exigidas, são:
- Balanço Patrimonial (BP);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ou Demonstração
 das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), somente para as Limitadas enquadradas como uma Sociedade de Grande Porte. 
1.2. Elaboração e Divulgação das Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa, perante aos acionistas, credores, governo e a comunidade em geral. Têm, portanto, por objetivo revelar, a todas as pessoas interessadas, as informações sobre o patrimônio, e os resultados da empresa, a fim de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-financeira.
Por isso, a legislação societária determina que, ao término de cada exercício social, a administração da empresa faça elaborar, com base na sua escrituração contábil, demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no exercício.
Essas demonstrações serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações financeiras, e têm como objetivo dar maior transparência às informações contidas nas demonstrações financeiras, de modo que possibilite perfeito entendimento por parte das pessoas interessadas – acionistas, investidores, credores, governo, etc.
Através de uma abordagem resumida, apresenta-se o que revelam as demonstrações financeiras e cada uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas.
As principais partes dessas publicações são:
	Relatório da Diretoria:
Através desse relatório, a Diretoria presta informações aos acionistas sobre diversos aspectos do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas, compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos, resultados alcançados, planos, previsões, etc...
É uma forma de manter os acionistas e terceiros a par do que se realiza na empresa. O Relatório da Diretoria e uma peça em que se relata livremente aquilo que julga importante e, invariavelmente,‘’doura a pílula.”
Demonstrações Financeiras das Cias. Abertas:
Elas são compostas de cinco peças:
a) Balanço Patrimonial (BP);
b) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), por exigência da 
 Comissão de Valores Mobiliários 
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), independente do montante do
 patrimônio líquido da companhia;
e) Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
 
Notas Explicativas:
São dados e informações que ora complementam as demonstrações financeiras – como, por exemplo, taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações de longo prazo -, ora fornecem critérios contábeis, como avaliação de estoques, depreciação e demais provisões, ou ainda acrescentam informações, como garantias prestadas a terceiros, espécies de ações do capital social, eventos subsequentes `a data do balanço que tenham efeitos relevantes sobre a situação financeira da companhia, etc.
Enfim, as Notas Explicativas contem um conjunto de elementos que auxiliam a fazer avaliação maisampla da empresa.
Parecer dos Auditores:
 É obrigatório para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis negociáveis – ações
 ou debêntures – colocadas ao público e para as empresas limitadas enquadradas como
 Sociedade de Grande Porte.
 Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são
 contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das Demonstrações
 Financeiras. Verificam os controles internos da empresa, conferem lançamentos
 e conciliações contábeis e checam os saldos com os bancos, clientes e fornecedores,
 tudo por amostragem. Em função disso, a opinião dos auditores tem satisfatória
 probabilidade de estar correta e pequena probabilidade de falhar.
 As verificações por amostragem não necessariamente detectam todos os erros e
 fraudes. Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificado dos Auditores.
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1.3 Balanço Patrimonial:
De acordo com a Lei no. 11.638, o BP deve conter os seguintes grupos de contas:
	ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades.
Direitos Realizáveis no curso do exercício social seguinte 
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE
- Ativo Realizável a Longo Prazo
Direitos realizáveis após o termino do exercício seguinte 
Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
 controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
 constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
- Investimentos
Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem a manutenção da atividade da companhia ou empresa.
- Imobilizado
	
Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
- Intangível
Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
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	PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE 
Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo Permanente quando vencerem no exercício seguinte. 
PASSIVO NÃO-CIRCULANTE
Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte.
PATRIMONIO LIQUIDO
Capital Social
Montante do capital subscrito e, por dedução, a parcela não realizada.
Reservas de Capital
Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias.
Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada.
(+-) Ajustes de avaliação patrimonial
 Enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
 competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a
 elementos do ativo.
Reservas de Lucros
Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia.
 (-) Prejuízos Acumulados
 (-) Ações em Tesouraria
 Ações de própria emissão da entidade que ela recompra no mercado.
.
 Quando o BP é elaborado na data do encerramento
 do exercício social, os direitos e as obrigações classificados no Curto Prazo 
 (até 1 ano) se darão no curso do exercício seguinte. Em relação ao Longo Prazo 
(após 1 ano) se darão após o término do exercício seguinte.
 Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
 maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo 
 terá por base o prazo desse ciclo.
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1.4. Demonstração do Resultado do Exercício:
Segundo a Lei 11.638, dezembro de 2007, a DRE discriminará os seguintes elementos:
	RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-)
	DEDUÇÕES ( Devoluções de vendas, Abatimentos e Impostos incidentes)
(=)
	RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-)
	CUSTO OPERACIONAL (de Produtos, Mercadorias e Serviços Vendidos)
(=)
	LUCRO (ou PREJUÍZO) OPERACIONAL BRUTO
(-)
	DESPESAS OPERACIONAIS (Comerciais, Administrativas, Financeiras Líquidas e outras despesas operacionais)
(=)
	LUCRO (ou PREJUÍZO) OPERACIONAL
( + ou - )
	OUTRAS RECEITAS e OUTRAS DESPESAS
( + ou - )
	RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-)
	RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA
(-)
	PARTICIPACOES ( Debenturistas, Empregados, Administradores, Contribuições para Instituições ou Fundo de Assistência ou Previdências de empregados, que não se caracterizem como despesa).
(=)
	LUCRO (ou PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	LUCRO ou PREJUÍZO POR AÇÃO
OBS: 
 Lucro (ou prejuízo) por ação = Lucro (ou prejuízo) por ação 
 Número de ações�
 1.5 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
A DLPA visa a apresentar os elementos que provocaram modificações, para mais ou para menos, no saldo da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”.
Modelo da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
	SALDO DO INÍCIO DO PERÍODO
( + OU – )
	AJUSTES DE EXECÍCIOS ANTERIORES
( = )
	SALDO INICIAL AJUSTADO
( - )
	DESTINAÇÕES DURANTE O EXERCÍCIO
( aumento de capital, dividendos, etc...)
( + )
	REVERSÕES DE RESERVAS
( + )
	CORREÇÃO MONETÁRIA DO SALDO INICIAL (extinta)
( + OU – )
	LUCRO (ou PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
( = )
	SALDO A DISPOSIÇÃO DA A.G.O
( - )
	PROPOSTA DESTINAÇÃO DO SALDO
 - Transferência para reservas
 - Dividendos (R$ por ação)
 - Aumento de capital etc..
( = )
	SALDO FINAL DO EXERCÍCIO
Pela Lei nº 11.638/07, a conta de Lucros Acumulados é eliminada no Balanço Patrimonial, visto que o Patrimônio Líquido é dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Todo o resultado precisará, obrigatoriamente, ser destinado, e as parcelas do resultado a serem retidas precisarão ser contabilizadas nas reservas próprias. Só poderá haver saldo na forma de Prejuízos Acumulados.
 Na verdade, o que está vedada não é a existência da conta, tanto que sua demonstração continua totalmente vigente, mas apenas a figura de saldo positivo no balanço. Assim, sua existência precisa, é claro, continua sendo prevista no Plano de Contas.
A conta de Lucros Acumulados continuará sendo utilizada como contrapartida, primeiramente, da transferência do Resultado do Exercício, recebendo o lucro ou o prejuízo do período; a seguir, é utilizada para a contabilização de todas as reservas de lucros e finalmente, para a distribuição de dividendos. Em outras palavras, o que desaparece é a possibilidade de existir saldo final positivo nessa conta ao final de cada exercício social.
Ao longo do exercício, todavia, não só poderá como deverá esse saldo existir (positivo ou negativo), já que a destinação de 100% de seu saldo positivo só ocorre na contabilização da proposta de destinação do resultado ao final do exercício social. 
1.6 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
A DMPL tem por objetivo facilitar a análise das modificações ocorridas nos componentes do patrimônio liquido, a partir do saldo final de cada conta do exercícioanterior – Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Prejuízos Acumulados – ate chegar ao saldo final do exercício em analise, isto e, aumento ou diminuição do patrimônio liquido.
A seguir um modelo simplificado da DMPL
	DISCRIMINAÇAO
	Capital
Social
	Reserva de
Capital
	Reserva de
Lucros
	Lucros
Acumulados
	Total
	Saldos iniciais
	
	
	
	
	
	Aumento do capital social
	
	
	
	
	
	Lucro líquido do exercício
	
	
	
	
	
	Destinação dos lucros
	
	
	
	
	
	Constituição de reservas
	
	
	
	
	
	Saldos finais
	
	
	
	
	
Observe que a conta Lucros Acumulados recebe lançamentos referentes ao reconhecimento do lucro durante o exercício. Na data do encerramento do exercício, essa conta deve apresentar saldo zero. O valor nela contido è destinado ao pagamento de dividendos e/ou à constituição de reservas de lucro. 
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1.7 Demonstração dos Fluxos de Caixa:
A DFC procura evidenciar as modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa, como saldo bancário e aplicações financeiras) da companhia em determinado período, através de fluxos de recebimentos e pagamentos.
Essas alterações são segregadas em, no mínimo 3 (três) fluxos:
das operações
dos financiamentos e,
dos investimentos.
1.8 Demonstração do Valor Adicionado:
A DVA evidencia o quanto de riqueza uma empresa produziu, ou seja, o quanto ela adicionou de valor a seus fatores de produção, e de que forma essa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital) e quanto ficou retido na empresa.
1.9 Modificações ocorridas na estrutura do Balanço Patrimonial – Lei 11.638/07
No Ativo:
criação do ativo não-circulante, dividido em ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível
eliminação do grupo “Permanente”
eliminação do Ativo Diferido, mas com a permissão de manutenção do saldo de dezembro de 2008 que não puder ser reclassificado, até a sua completa amortização.
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No Passivo:
criação do passivo não-circulante
eliminação do grupo de Resultado de Exercícios Futuros
no grupo do Patrimônio Liquido:
- eliminação ou “congelamento” das reservas de reavaliação, já que novas
 reavaliações estão proibidas.
 - eliminação ou “congelamento” das reservas de doações e subvenções para 
 investimentos
 - eliminação ou “congelamento” das reservas de prêmios por emissão de debêntures
 - eliminação da conta de Lucros Acumulados, só poderá existir a de Prejuízos 
 Acumulados.
 - criação da conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial: Enquanto não computadas
 no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as 
 contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do
 ativo.
Modificações ocorridas na Demonstração de Resultado do Exercício – 
 Lei 11.638/07
 - eliminação da figura do resultado não-operacional
 - receitas e despesas registradas de outra forma 
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Transcrições dos Artigos 178, 179 e 180
 À esquerda aparecem riscados os textos que foram retirados da Lei 6.404/76. À direita os textos adicionados pela Lei 11.638/07 em negrito. 
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	Lei 6.404/04
	Lei 11.638/07
	BALANÇO PATRIMONIAL
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Art. 178
No balanço, as contas são classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a analise da situação financeira da companhia. 
	Art. 178
No balanço, as contas são classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a analise da situação financeira da companhia.
	Parágrafo 1 No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
	Parágrafo 1 No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
	a) ativo circulante
	I – ativo circulante, e (incluído pela Medida Provisória no. 449, de 2008 
	b) ativo realizável a longo prazo
	II – ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível (Incluído pela MP no. 449, de 2008.
	c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
	
	Parágrafo 2 No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
	Parágrafo 2 No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
	a) passivo circulante
	I – passivo circulante (Incluído pela MP no. 449, de 2008)
	b) passivo exigível a longo prazo
	II – passivo não-circulante, e (Incluído pela MP no. 449, de 2008.
	c) resultados de exercícios futuros
	III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela MP no. 449, de 2008)
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	Ativo
	Ativo
	Lei 6.404/04
	Lei 11.638/07
	Art. 179
As contas são classificadas do seguinte modo: 
	Art. 179
As contas são classificadas do seguinte modo:
	I – Ativo circulante: ..................
	I – Ativo circulante: ..................
	II – Ativo realizável a longo prazo: ......... 
	II – Ativo realizável a longo prazo: .......... 
	III – em investimentos: ........
	III – em investimentos: ..........
	IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa , ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. 
	IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa , ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007).
	V – no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.
	V – (Revogado pela MP no. 449, de 2008)
	
	VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comercio adquirido. (Incluído pela lei no 11.638, de 2007) 
	Parágrafo único: ........
	Parágrafo único: ........
	Passivo Exigível
	Passivo Exigível
	Lei 6.404/04
	Lei 11.638/07
	Art. 180
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos de ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, observando o disposto no parágrafo único do artigo 179.
	Art. 180
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos de ativo não-circulante, serão classificadas no passivo circulante quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não-circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observando o disposto no parágrafo único do artigo 179
	Resultado de Exercícios Futuros 
Art. 181 Serão classificadas como resultado de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
	Resultado de Exercícios Futuros
Art. 181. (Revogado pela MP no. 449, de 2008)
	Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social .......
	Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social .......
	§1 Serão classificadas como reservas de capital .....
	§ 1 Serão classificadas como reservas de capital .....
	a) a contribuiçãodo subscritor de ações ......
	a) a contribuição do subscritor de ações ......
	b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
	b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
	c) o premio recebido na emissão de debêntures.
	c) (revogada), (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007) (Revogada pela lei no 11.638, de 2007)
	d) as doações e as subvenções para investimentos.
	d) (revogada). (Redação dada pela lei no 11.638, de 2007) (Revogada pela lei no 11.638, de 2007)
	§ 2. Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado ......
	§ 2. Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado ......
	§ 3. Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do art. 8º, aprovado pela assembléia geral.
	§ 3. Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3 do art. 177. (Redação dada pela MP no. 449, de 2008
	§ 4 Serão classificadas como reservas de lucros ........
	§ 4 Serão classificadas como reservas de lucros ........
	§ 5 As ações em tesouraria ....
	§ 5 As ações em tesouraria ....
Critérios de Avaliação do Ativo
	Lei 6.404/04
	Lei 11.638/07
	Art. 183
No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
	Art. 183
No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
	I – os direitos e títulos de créditos, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor, serão excluídos os já prescritos e feitas às provisões adequadas para ajustá-los ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, ate o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos.
	I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos , classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei no. 11.638, de 2007
	
	a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda, e (Redação dada pela MP no 449, de 2008 II 
	
	b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de créditos, (Incluída pela lei no 11.638, de 2007) 
	II – os direitos ......
	II – os direitos ......
	III – os investimentos .......
	III – os investimentos .......
	IV – os demais investimentos ....
	IV – os demais investimentos ....
	V – os direitos classificado no imobilizado .... 
	V – os direitos classificado no imobilizado .... 
	VI – o ativo diferido .......
	VI – o ativo diferido .......
	
	VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização (Incluído pela Lei no 11.638, de 2007)
	
	VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluídos pela Lei no 11.638, de 2007)
	§ 1 Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado.
	§ 1 Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela MP no. 449, de 2008)
	a) das matérias-primas ......
	a) das matérias-primas ......
	b) dos bens ou direitos .....
	b) dos bens ou direitos .....
	c) dos investimentos, ......
	c) dos investimentos, ......
	
	d) dos investimentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes,. E, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída pela lei 11.638, de 2007) 
	
	1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares., ou (Incluído peã Lei 11.638, de 2007)
	
	2) o valor presente liquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares., ou (Incluído pela Lei 11.638, de dezembro de 2007)
	
	3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros (Incluído pela lei 11.238, de 2007)
	§ 2 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado será registrada periodicamente nas contas de:
	§ 2 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela MP no. 449, de 2008)
	a) depreciação ....
	a) depreciação ....
	b) amortização, .....
	b) amortização, .....
	c) exaustão, ....
	c) exaustão, ....
	§ 3 os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a\dez anos, a partir do inicio da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los.
	§ 3 A companhia deverá efetuar, periodicamente analise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e ao intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela MP no. 449, de 2008).
	
	I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor., ou (Incluídos pela Lei no 11.638, de 2007) 
	
	II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida econômica estimada e para calculo da depreciação, exaustão e amortização (Incluído pela Lei no 11.638, de 2007)
	§ 4 Os estoques .....
	§ 4 Os estoques .....

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