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MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS 
Direito Constitucional - Aula 10 
Robério Nunes 
1 
Controle Repressivo e Judicial no Brasil. 
Controle Abstrato (Concentrado). 
STF: 
1) É possível o Ministro do STF invocar razões de 
foro íntimo para não participar do processo de con-
 trole abstrato (Ex: ADI 3345); e
2) Pode haver impedimento de Ministro que oficiou 
 na ADI:
a) como Procurador-Geral da República (Ex: ADI 
 4); e
b) como Advogado Geral da União (Ex: ADI 2231, 
 ADI 2258, ADI 4125).
 
Controle Abstrato (Concentrado). 
CF/88: 
Art. 103. (...) § 3º - Quando o Supremo Tribunal 
Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, 
de norma legal ou ato normativo, citará, previamen-
te, o Advogado-Geral da União, que defenderá o 
ato ou texto impugnado .
 
Controle Abstrato (Concentrado). 
STF: 
“ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO – CONTROLE 
ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE – AR-
TIGO 103, § 3º, DA CARTA DA REPÚBLICA. Ante a 
imperatividade do preceito constitucional, o pa-
pel da Advocacia-Geral da União é o de proteção à 
norma impugnada. (...)” (ADI 2433, Pleno, j. em 
 04/02/2015).
Vide ainda: ADIs 3674, 3413, 2376, 3850, 3830, 
 2906, 4954, etc.
 
ADI Genérica. 
Disciplina legislativa: 
Artigos 97; 102, I, “a” e “p”, e § 2º; 103, incisos I a 
IX, e §§ 1º e 3º, todos da CF/88 (OBS: quanto à ADI 
 estadual, vide o art. 125, § 2º, da CF/88).
Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, que dis-
põe sobre o processo e julgamento da ação direta 
de inconstitucionalidade (e da ação declaratória de 
constitucionalidade) perante o Supremo Tribunal 
 Federal. 
OBS: Há ADIs propostas, mas ainda não julgadas, 
 contra a Lei nº 9.868/99 (ADIs 2231, 2154 e 2258).
 
ADI Genérica 
Legitimação ativa para propositura de ADI (art. 103, 
I a XI, da CF/88, na redação da EC 45/2004, art. 2º 
da Lei 9.868/99): 
 I - o Presidente da República;
 II - a Mesa do Senado Federal;
 III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câma-
 ra Legislativa do Distrito Federal;
 V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
 
ADI Genérica. 
Legitimação ativa para propositura de ADI (art. 103, 
I a XI, da CF/88, na redação da EC 45/2004, art. 2º 
da Lei 9.868/99): 
 VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
 do Brasil;
VIII - partido político com representação no Con-
 gresso Nacional; e
IX - confederação sindical ou entidade de classe de 
 âmbito nacional.
 
ADI Genérica 
Espécies de legitimados ativos: 
1) Legitimados universais:
não necessitam comprovar pertinência temática .
2) Legitimados especiais: 
necessitam comprovar pertinência temática .
 
ADI Genérica 
STF: 
A pertinência temática diz respeito a um “nexo de 
afinidade entre os objetivos institucionais da enti-
dade que ajuíza a ação direta e o conteúdo material 
da norma por ela impugnada nessa sede processu-
al” (Voto Min. Celso de Mello, ADI-MC 1096, 
 16/03/1995, DJ 22/09/1995).
 
ADI Genérica 
São legitimados universais :
 O Presidente da República;
 A Mesa do Senado Federal;
 A Mesa da Câmara dos Deputados;
 O Procurador-Geral da República;
 O Conselho Federal da OAB; e
O Partido político com representação no Congresso 
Nacional (ADI 1096 MC, ADI 1396 MC, ADI 
 1407MC).
 
ADI Genérica. 
São legitimados especiais :
O Governador de Estado ou do Distrito Federal 
 (ADI-MC 2396, ADI 2656);
A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara 
 Legislativa do Distrito Federal; e
A Confederação Sindical (ADI 1114) ou a entidade 
de classe de âmbito nacional (ADI-MC 138, ADI 
 396, ADI 893).
OBS: Vide a respeito: ADI-MC 1096, 16/03/1995, DJ 
22/09/1995. 
 
ADI Genérica. 
STF: 
“Agravo Regimental em Ação Direta de Inconstituci-
onalidade. 2. Partido político. 3. Legitimidade ativa. 
Aferição no momento da sua propositura. 4. 
Perda superveniente de representação parla-
mentar. Não desqualificação para permanecer 
no pólo ativo da relação processual. 5. Objetivi-
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Constitucional - Aula 10 
Robério Nunes 
2 
dade e indisponibilidade da ação. 6. Agravo provi-
do.” (ADI-AgR-AgR 2618, rel. p/acórdão Min. Gilmar 
 Mendes, j. em 12/08/2004)
Vide ainda: ADI-QO 2054, rel. p/acórdão Min. Se-
 púlveda Pertence. j. em 20/03/2003.
 
ADI Genérica. 
STF: 
“Ação direta de inconstitucionalidade: legitima-
ção ativa: ‘entidade de classe de âmbito nacio-
nal’ (...) revisão da jurisprudência do Supremo 
Tribunal. (...) 3. Nesse sentido, altera o Supremo 
Tribunal sua jurisprudência, de modo a admitir a 
legitimação das ‘associações de associações de 
classe’, de âmbito nacional, para a ação direta 
de inconstitucionalidade.” (ADI 3153 AgR, Pleno, 
 j. em 12/08/2004)
 
ADI Genérica. 
Legitimados ativos e arguição de inconstituciona-
lidade no novo CPC (Lei nº 13.105/2015): 
 Art. 950. (...)
§ 2º. A parte legitimada à propositura das ações 
previstas no art. 103 da Constituição Federal 
poderá manifestar-se, por escrito, sobre a questão 
constitucional objeto de apreciação [no incidente de 
arguição de inconstitucionalidade], no prazo previsto 
pelo regimento interno, sendo-lhe assegurado o 
direito de apresentar memoriais ou de requerer a 
juntada de documentos .
 
ADI Genérica. 
Objeto da ADI na CF/88: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
 lhe:
 I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
 normativo federal; (redação da EC nº 3/1993)
 
ADI Genérica. 
CF/88: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elabo-
 ração de:
 I - emendas à Constituição;
 II - leis complementares;
 III - leis ordinárias;
 IV - leis delegadas;
 V - medidas provisórias;
 VI - decretos legislativos;
 VII - resoluções.
 
ADI Genérica. 
Notas tipológicas necessárias, segundo o STF (ADI 
2195 MC), para um ato normativo estatal ser objeto 
de controle abstrato de constitucionalidade: 
a) coeficiente de generalidade abstrata ;
b) autonomia jurídica ; 
c) impessoalidade ; e 
d) eficácia vinculante das prescrições dele cons-
tantes (coercibilidade) .
 
ADI Genérica. 
STF: 
“(...) NORMAS ORÇAMENTÁRIAS. REVISÃO DE 
JURISPRUDÊNCIA. (...) Possibilidade de submis-
são das normas orçamentárias ao controle abstra-
to de constitucionalidade. (...)” (ADI-MC 4048, j. em 
 14/05/2008)
“(...) A lei não precisa de densidade normativa 
para se expor ao controle abstrato de constitu-
cionalidade, devido a que se trata de ato de aplica-
ção primária da Constituição. Para esse tipo de 
controle, exige-se densidade normativa apenas 
para o ato de natureza infralegal. Precedente: ADI 
 4.048-MC.” (ADI-MC 4049, j. em 05/11/2008)
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
 1) Emendas Constitucionais e de revisão;
 2) Leis complementares;
3) Leis ordinárias – Ainda que se trate de uma “lei 
 de efeitos concretos”;
 4) Leis de criação de municípios;
5) Leis promulgadas e publicadas, mas não vigentes 
(durante a vacatio legis );
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
6) Leis e atos normativos do Distrito Federal – 
Quando editados com base na competência esta-
dual (não aqueles com base na competência muni-
 cipal);
7) Leis delegadas (e Resoluções do Congresso 
 Nacional que veiculam as delegações);
 8) Medidas provisórias (e leis de conversão);
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
9) Decretos legislativos e resoluções – Quando vei-
 culam normas gerais e abstratas;
10) Resoluções do TSE – Quando veiculam normas 
gerais e abstratas, não quando respondem consul-
 tas;
 11) Resoluçõesdo CNJ;
 12) Resoluções do CNMP;
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
13) Tratados Internacionais – Contra os atos que os 
incorporam ao direito positivo interno (Decretos 
 Legislativos e Decretos Presidenciais respectivos);
14) Decretos ou regulamentos autônomos – Quando 
previstos na constituição ou quando são abstratos e 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Constitucional - Aula 10 
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3 
veiculam atos normativos, ofendendo diretamente a 
 Constituição;
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
15) Regimentos Internos de Tribunais do Poder 
Judiciário e de Casas Legislativas – Quando há 
 violação direta à constituição;
16) Pareceres da antiga Consultoria Geral da Repú-
blica – Desde que posteriores à promulgação da 
CF/88, tenham teor normativo e tenham sido apro-
 vados pelo presidente da república;
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
17) Pareceres da AGU – Desde que tenham teor 
normativo e tenham sido aprovados pelo presidente 
 da república; e
18) Convênios em matéria tributária firmados pelos 
 Estados.
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Não cabe ADI em face de: 
 1) Normas originárias;
 2) Normas estrangeiras;
 3) Atos normativos privados;
 4) Convenções coletivas de trabalho;
5) Leis e atos normativos municipais contestados 
 em face da CF/88;
 
ADI Genérica 
Objeto (resumo). Não cabe ADI em face de: 
6) Decretos meramente regulamentares, ou regula-
 mentos comuns;
 7) Leis e atos normativos pré-constitucionais;
8) Leis e atos normativos temporais quando sua 
 eficácia já se exauriu;
 9) Leis e atos normativos revogados;
 10) Sentenças normativas da Justiça do Trabalho;
 
ADI Genérica. 
Objeto (resumo). Não cabe ADI em face de: 
 11) Súmulas comuns e vinculantes;
12) Atos regulamentares internos dos órgãos da 
 Administração;
13) Resoluções do TSE que respondem a consul-
 tas; e
 14) Resoluções do CONAMA.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
Lei 9.868/99: 
 Art. 3°. A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo im-
pugnado e os fundamentos jurídicos do pedido 
em relação a cada uma das impugnações ;
II - o pedido , com suas especificações.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“(...) NECESSIDADE DA VIGÊNCIA ATUAL, EM 
SEDE DE CONTROLE ABSTRATO, DO PARA-
DIGMA CONSTITUCIONAL ALEGADAMENTE 
VIOLADO – SUPERVENIENTE MODIFICA-
ÇÃO/SUPRESSÃO DO PARÂMETRO DE CON-
FRONTO E DO TEXTO DA NORMA ESTATAL IM-
PUGNADA – HIPÓTESE DE PREJUDICIALIDADE 
(...).” (ADI 2971 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 
 Pleno, j. em 06/11/2014)
Vide ainda no STF: ADI 3404, ADI 15, ADI 396, ADI 
 2197, ADI 2670, ADI 2755, ADI 230; etc.
 
ADI Genérica – aspectos processuais 
STF: 
“Ação Direta de Inconstitucionalidade. (...) Subs-
tancial alteração do parâmetro de controle. Não 
ocorrência de prejuízo. Superação da jurispru-
dência da Corte acerca da matéria. (...) A Lei 
estadual (...), por ser inconstitucional ao tempo 
de sua edição, não poderia ser convalidada pela 
Emenda Constitucional nº 41/03. E, se a norma 
não foi convalidada, isso significa que a sua in-
constitucionalidade persiste e é atual, ainda que 
se refira a dispositivos da Constituição Federal 
que não se encontram mais em vigor, alterados 
 que foram pela
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
Emenda Constitucional nº 41/03. Superada a pre-
liminar de prejudicialidade da ação, fixando o 
entendimento de, analisada a situação concreta, 
não se assentar o prejuízo das ações em curso, 
para evitar situações em que uma lei que nasceu 
claramente inconstitucional volte a produzir, em 
tese, seus efeitos (...)” (ADIs 2189 e 2158, Rel. 
 Min. DIAS TOFFOLI, Pleno, j. em 15/09/2010). 
Vide ainda: ADIs 1835, 94, 2158, 2189, 239, 1333 
 1835, 509; etc.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“(...) A jurisprudência dessa Suprema Corte é pací-
fica quanto à prejudicialidade da ação direta de 
inconstitucionalidade, por perda superveniente 
de objeto, quando sobrevém a revogação ou 
alteração substancial da norma questionada em 
sua constitucionalidade (...).” (ADI 4061 ED, Ple-
 no, j. em 19/08/2015)
Vide ainda: ADI 2352, ADI 2971 AgR, ADI 3341, ADI 
 1442, ADI 254 QO; ADI 2352.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“(...) A revogação da norma objeto de controle 
abstrato de constitucionalidade não gera a perda 
superveniente do interesse de agir, devendo a 
 
 
 
 
 
 
 
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Ação Direta de Inconstitucionalidade prosseguir 
para regular as relações jurídicas afetadas pela 
norma impugnada. Precedentes do STF: ADI nº 
3.306 (...) e ADI nº 3.232 (...).” (ADI 3106 ED, Pleno, 
 j. em 20/05/2015).
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“(...) as ações diretas de inconstitucionalidade 
possuem causa de pedir aberta. É dizer: ao julgar 
improcedentes ações dessa natureza, o Supremo 
Tribunal Federal afirma a integral constitucionali-
dade dos dispositivos questionados (...)” (RE 
 372535 AgR-ED, 1ª Turma, j. em 09/10/2007).
 Vide ainda: ADI 3576, RE 343818.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“(...) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDA-
DE. 1. QUESTÃO DE ORDEM: PEDIDO ÚNICO DE 
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
FORMAL DE LEI. IMPOSSIBILIDADE DE EXAMI-
NAR A CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL. (...)” 
 (ADI 2182, Pleno, j. em 12/05/2010)
 Vide ainda: ADI-MC 2058, 02/08/2000.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
Lei 9.868/99: 
Art. 7º. Não se admitirá intervenção de terceiros no 
 processo de ação direta de inconstitucionalidade.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
Lei 9.868/99: 
Art. 7º (...) § 2º. O relator, considerando a relevân-
cia da matéria e a representatividade dos postu-
lantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, 
observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a 
manifestação de outros órgãos ou entidades .
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS POR 
AMICUS CURIAE. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE. 
(...) 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é 
assente quanto ao não-cabimento de recursos 
interpostos por terceiros estranhos à relação 
processual nos processos objetivos de controle de 
constitucionalidade. 2. Exceção apenas para im-
pugnar decisão de não-admissibilidade de sua 
intervenção nos autos. (...)” (ADI-ED 3615, Rel. 
 Min. Cármen Lúcia, Pleno, j. em 17/03/2008)
 
ADI Genérica – aspectos processuais 
Lei 9.868/99: 
Art. 9º. (...) § 1º Em caso de necessidade de escla-
recimento de matéria ou circunstância de fato ou 
de notória insuficiência das informações existen-
tes nos autos, poderá o relator requisitar informa-
ções adicionais, designar perito ou comissão de 
peritos para que emita parecer sobre a questão, ou 
fixar data para, em audiência pública, ouvir depoi-
mentos de pessoas com experiência e autoridade 
 na matéria.
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
Lei 9.868/99: 
 Art. 9º. (...)
§ 2º. O relator poderá, ainda, solicitar informações 
aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e 
aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da 
norma impugnada no âmbito de sua jurisdição .
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
STF: 
“(...) é possível, como se entendeu em precedentes 
desta Corte, utilizar-se do critério da conveniência, 
em lugar do periculum in mora, para a concessão de 
medida liminar, ainda quando o dispositivo impug-
 nado já esteja em vigor há anos.” (ADI-MC 2314)
Vide ainda: ADI-MC 1087; ADI-MC 568; ADI-MC 
 3462; etc.
 
ADI Genérica – aspectos processuais 
Lei 9868/99: 
 Art. 11. (...)
§ 1º. A medida cautelar, dotada de eficáciacontra 
todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo 
se o Tribunal entender que deva conceder-lhe efi-
cácia retroativa .
§ 2º. A concessão da medida cautelar torna aplicá-
vel a legislação anterior acaso existente, salvo 
expressa manifestação em sentido contrário . 
 
ADI Genérica – aspectos processuais. 
Efeitos da concessão da cautelar da ADI: 
 Comuns (regra geral)
Não-retroativos (ex-nunc );
Gerais (erga omnes );
 Repristinatórios;
 Vinculantes.
 Excepcionais
Retroativos (ex-tunc) ou modulados para o futuro 
(pro futuro );
 Restritos;
 Não-repristinatórios.
 
ADI Genérica – a decisão final. 
Lei 9.868/99: 
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo 
somente será tomada se presentes na sessão pelo 
menos oito Ministros .
 
ADI Genérica – a decisão final 
Lei 9.868/99: 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da 
disposição ou da norma impugnada se num ou nou-
tro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis 
Ministros, quer se trate de ação direta de inconsti-
tucionalidade ou de ação declaratória de constituci-
 onalidade. 
 
ADI Genérica – a decisão final. 
Lei 9.868/99: 
Art. 23. (...) Parágrafo único. Se não for alcançada a 
maioria necessária à declaração de constitucionali-
dade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes 
Ministros em número que possa influir no julgamen-
to, este será suspenso a fim de aguardar-se o 
comparecimento dos Ministros ausentes, até que se 
atinja o número necessário para prolação da deci-
 são num ou noutro sentido. 
 
ADI Genérica – a decisão final. 
Lei 9.868/99: 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-
á improcedente a ação direta ou procedente even-
tual ação declaratória; e, proclamada a inconstituci-
onalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou 
 improcedente eventual ação declaratória.
 
ADI Genérica – a decisão final. 
Lei 9.868/99: 
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade 
ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo 
em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrí-
vel, ressalvada a interposição de embargos decla-
ratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de 
ação rescisória .
ADI Genérica – a decisão final 
Lei 9.868/99: 
Art. 28. (...) Parágrafo único. A declaração de consti-
tucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive 
a interpretação conforme a Constituição e a decla-
ração parcial de inconstitucionalidade sem redução 
de texto, têm eficácia contra todos e efeito vincu-
lante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à 
 Administração Pública federal, estadual e municipal.
 
ADI Genérica – a decisão final. 
Efeitos da decisão final da ADI: 
 Comuns (regra geral)
Gerais (erga omnes );
Retroativos (ex-tunc );
Repristinatórios (quando a ADI é procedente );
Vinculantes (EUA: binding effect ).
 Excepcionais
 Restritos (quórum de 2/3);
Não retroativos (ex-nunc) ou modulados para o futu-
ro (pro futuro ) – quórum de 2/3;
 Não-repristinatórios.
 
ADI Genérica – a decisão final. 
Lei 9.868/99: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo, e tendo em vista razões de segu-
rança jurídica ou de excepcional interesse soci-
al, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria 
de dois terços de seus membros, restringir os 
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só 
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado 
ou de outro momento que venha a ser fixado .
 
ADI Genérica – a decisão final 
STF: 
“(...) parece bastante lógica a possibilidade de que, 
em sede de reclamação, o Tribunal analise a cons-
titucionalidade de leis cujo teor é idêntico, ou 
mesmo semelhante, a outras leis que já foram 
objeto do controle concentrado de constitucio-
nalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
(...) Trata-se (...) de um poder ínsito à própria 
competência do Tribunal de fiscalizar incidental-
mente a constitucionalidade (...). Assim, em relação 
à lei de teor idêntico àquela que já foi objeto do 
 controle de constitucionalidade no STF, poder-se-á,
 
ADI Genérica – a decisão final. 
STF: 
por meio da reclamação, impugnar a sua aplicação 
ou rejeição por parte da Administração ou do Judici-
ário, requerendo-se a declaração incidental de sua 
inconstitucionalidade, ou de sua constitucionalidade, 
conforme o caso.” (Rcl 4987, decisão concessiva da 
 cautelar do relator Min. Gilmar Mendes).
Vide ainda: Voto do Min. Gilmar Mendes na Rcl 
3014; Decisão do Rel. Min. Gilmar Mendes na Rcl 
5470 ).
 
ADI Genérica – a decisão final. 
STF: 
“(...) 2. A jurisprudência majoritária do Supremo 
Tribunal Federal não reconhece a possibilidade 
do manejo de reclamação fundada na transcen-
dência dos motivos determinantes. (...)” (Rcl 
21756 AgR, Rel. Min. EDSON FACHIN, 1ª Turma, j. 
 em 23/02/2016).
 
CESPE – Juiz – TJ/DF 2016. 
No que se refere à ADPF, assinale a opção correta .
 a) (...)
 b) (...)
 c) (...)
d) As decisões definitivas de mérito produzirão 
eficácia contra todos e efeito vinculante, do dis-
positivo e dos fundamentos determinantes, à 
 administração e aos órgãos do Poder Judiciário.
 e) (...)
 
ADI Genérica – a decisão final 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
Decisão final da ADI e outras ações subjetivas: 
1) Em andamento – essas ações não são paralisa-
das, mas suas soluções não poderão contrariar a 
decisão da ADI por força do efeito vinculante desta 
última, sob pena de reclamação ; e
 
ADI Genérica – a decisão final 
Decisão final da ADI e outras ações subjetivas: 
2) Já julgadas em sentido contrário:
a) não cabe reclamação : 
 Súmula 734 do STF; 
 Rcl 2860 AgR; Rcl 19567 AgR; 
Art. 988, § 5º, I, da Lei nº 13.105/2015 (novo CPC), 
 na redação da Lei nº 13.256/2016.
 
ADI Genérica – a decisão final 
Decisão final da ADI e outras ações subjetivas: 
2) Já julgadas em sentido contrário:
b) cabe ação rescisória ?
O STF, sob a égide do antigo CPC, afirmou com 
repercussão geral o cabimento da rescisória se 
ainda houver prazo :
 
ADI Genérica – a decisão final 
STF: 
“(...) 4. Afirma-se, portanto, como tese de repercus-
são geral que a decisão do Supremo Tribunal Fe-
deral declarando a constitucionalidade ou a inconsti-
tucionalidade de preceito normativo [no controle 
abstrato e concentrado ] não produz a automáti-
ca reforma ou rescisão das sentenças anteriores 
que tenham adotado entendimento diferente; 
para que tal ocorra, será indispensável a interposi-
ção do recurso próprio ou, se for o caso, a pro-
positura da ação rescisória própria, nos termos 
do art. 485, V, do CPC, observado o respectivo 
prazo decadencial (CPC, art. 495). Ressalva-se 
desse entendimento , 
 
ADI Genérica – a decisão final 
STF: 
quanto à indispensabilidade da ação rescisória, a 
questão relacionada à execução de efeitos futuros 
da sentença proferida em caso concreto sobre 
relações jurídicas de trato continuado [esse caso 
seria de aplicação dos artigos 741, parágrafo único, 
e 475-L, II e § 1º do antigo CPC, que estabeleciam a 
inexigibilidade do título executivo judicial fundado 
em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais 
pelo STF]. (...)” (RE 730462, Rel. Min. TEORI ZA-
 VASCKI, Pleno, j. em 28/05/2015)
 
ADI Genérica – a decisão final. 
O Novo CPC (Lei nº 13.105/2016) veicula dispo-
sições que interferem nesse quadro, pois (art. 
525, § 1º, III, e §§ 12 a 15; art. 535, III, e §§ 5º a 8º): 
a) passou a admitir expressamente a rescisória no 
caso de decisão superveniente do STF em sentido 
contrário não só no controle concentrado,como 
também no controle difuso ; e
b) fixou o início do prazo decadencial da ação 
rescisória na data do trânsito em julgado da nova 
decisão do STF .
OBS: Estes dispositivos se aplicam apenas a deci-
sões transitadas em julgado após a vigência do 
Novo CPC (art. 1.057). 
 
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