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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.
Autos nº 0000xxx-71.2016.5.12.0008 
Origem: Vara do Trabalho de Concórdia – SC
Recorrente: Restaurante Degustu’s LTDA
Recorrida: Débora Graziele dos Santos
			
			Restaurante Degustu’s LTDA, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, inconformado com o venerável acórdão prolatado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO DE REVISTA, nos termos do Art. 896, alínea c, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em face de Débora Graziele dos Santos, também já devidamente qualificada nos autos, pelas razões recursais em anexo.
			Outrossim, requer a notificação da parte contrária para que apresente eventuais contrarrazões e que sejam recebidas as razões recursais anexas e remetidos os autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 				Segue comprovante do preparo, devidamente recolhido.
				Nesses termos,
				Pede deferimento.
Concórdia-SC, 30 de Novembro de 2017.
Jone Moraes Filipe V. Pellizzaro
OAB/SC OAB/SC
EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Autos nº 0000.2016.5.12.0008 
Origem: Vara do Trabalho de Concórdia – SC
Recorrente: RESTAURANTE DEGUSTUS´S LTDA – ME
Recorrida: DEBORA GRAZIELE DOS
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
I – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
			O presente recurso preenche em plenitude todos os requisitos exigidos para sua interposição, restando cumpridos os pressupostos extrínsecos e intrínsecos, tais como tempestividade, adequação, regularidade processual, legitimidade, capacidade, entre outros.
			Dessa forma, tendo em vista o preenchimento de todos os pressupostos recursais exigíveis, o presente Recurso de Revista deve ser conhecido para que seu mérito seja apreciado por este Egrégio Tribunal.
II – DO PREQUESTIONAMENTO
				O presente Recurso de Revista preenche o pressuposto recursal específico do prequestionamento, nos termos do Art. 896, § 1.°-A, CLT, e da súmula 297 do TST.
			Com efeito, a matéria objeto deste recurso foi ventilada expressamente na decisão recorrida, ou seja, no venerável acórdão, devendo ser conhecido e ter seu regular processamento.
IV – DOS FATOS
				
				Nesta âmbito, a Empresa Recorrente pleiteia reforma da decisão ora prolatada por esta respeitável câmara, a qual deu provimento ao recurso da parte autora, a qual reconheceu todos consectários legais referentes ao período estabilitário da recorrida.
				Urge-se ressaltar que na sentença prolatada reconheceu-se o direito da autora concernente à estabilidade provisória de emprego conferida à empregada gestante, e durante o lapso temporal relativo a sua reintegração equivalente aos salários compreendidos entre o termino da contratualidade que data-se do dia 06/03/2017, com vencimento do prazo, 5 (cinco) meses após o parto.
				A Empresa Recorrente reivindica o não pagamento de indenização, pois disponibiliza a parte Autora a possível reintegração ao quadro de funcionários, inclusive disponibilizando um novo ambiente para que exerça as suas atividades laborais de acordo com a sua capacidade laborativa, conforme prevê o artigo 10, inciso II, Alínea “b” do ADCT.
				Neste âmbito vale ressaltar o conteúdo constitucional que aduz a Súmula 244, incisos II, III, do TST, o qual assevera que a empregada gestante tem direito à estabilidade, independente da sua modalidade de contratação, bem como, de sua condição no momento desta. Embasando-se o preterido entendimento do item I da referida Súmula, o qual estabelece que o desconhecimento do estado gravídico quando da dispensa não é motivo que elida os direitos decorrentes da garantia de emprego. 
Vejamos.
Analisando o cerne da questão, na verdade, verifico que em sua contestação a ré prontamente oportunizou a autora a sua reintegração imediata ao emprego, o qual, contudo, não aceitou. 
Ressalto que, conquanto não se ignore a teleologia do art. 10, II, "b", do ADCT acerca da proteção do nascituro e da mulher, é certo, também, que a respectiva garantia de emprego, conforme a própria denominação revela, deve privilegiar a busca da manutenção do posto de trabalho, mormente através do instituto da reintegração.
No caso, verifica-se que essa possibilidade restou prontamente oportunizada pela ré, malgrado injustificadamente recusada pela autora, uma vez que não comprovado qualquer indício a sugerir a incompatibilidade/inadequação do retorno ao trabalho, tanto assim que a própria autora formulou o pleito de reintegração.
Nesse contexto específico, tal recusa, após a propositura da ação, implicou flagrante abuso de direito pela autora (art. 187 do CC), correspondendo, por conseguinte, à própria renúncia à garantia de emprego, a qual, na presente hipótese, diante do flagrante desinteresse da autora em retornar ao trabalho, não se pode converter em mero pagamento em pecúnia.
Trata-se, aliás, de entendimento já sedimentado no âmbito deste e. Regional, por intermédio do item II da Súmula 87, que assim preconiza:
SÚMULA N.º 87 - "ESTABILIDADE GESTANTE. REINTEGRAÇÃO. INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA. I - Nos casos de dispensa sem justa causa, a propositura da ação após esgotado o período estabilitário não equivale à renúncia tácita, sendo devidos os salários e demais direitos correspondentes ao período da estabilidade, nos termos do item II da Súmula n.º 244 do TST. II - A negativa expressa e injustificada em juízo de retorno ao emprego configura renúncia ao direito à estabilidade prevista no art. 10, II, "b", do ADCT, ficando restrita a indenização respectiva ao valor dos salários vencidos e suas projeções até a data da recusa à reintegração." (destaquei)
Ademais, destaco que a alegação de ter sido oferecido outro posto de trabalho (que não o exercido pela autora) não reflete a verdade processual, não havendo qualquer menção, tanto na contestação, quanto na ata de audiência, acerca da proposta de reintegração ocorrer em outra função.
 
VI – DA CONCLUSÃO
Diante de todo o exposto, espera-se que o Recurso de Revista seja conhecido e provido e, ao final, o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região seja totalmente reformado, concernente à decisão acordada pelos ilustríssimos membros desta câmara.
				Nesses termos,
				Pede deferimento.
Concórdia-SC, 30 de Novembro de 2017.
Jone Moraes Filipe V. Pellizzaro
OAB/SC OAB/SC

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