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Núcleo de Prática Jurídica Campus Concórdia/SC ______________________________________________________________________ Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina. Fone: 049- 3442-0752 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAMÍLIA, ÓRFÃOS, SUCESSÕES, INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE CONCÓRDIA/SC MARIA CLARA CASSOL ALVES DOS SANTOS SILVEIRA, Brasileira, Menor Impúbere, neste ato devidamente representada por sua genitora, ESTELA KELLY CASSOL ALVES, Brasileira, Solteira, Desempregada, portadora da cédula de identidade RG nº 5.753.087 e CPF nº 103.871-189-42 ambas residentes e domiciliadas na Rua Araucárias nº 08, Bairro Floresta, CEP 89.710-052, Concórdia/SC, por seu advogado e bastante procurador que este subscreve, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro na Lei 5.478, de 25 de julho de 1968, propor a presente. AÇÃO DE ALIMENTOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS Em face de JARDEL DOS SANTOS SILVEIRA , Brasileiro, Solteiro, Servente de Obras, portador da cédula de identidade RG nº (não fornecido), domiciliado na Linha Liberdade, nº104, Bairro Rural, Pinto Bandeira/RS CEP 95717-000 , pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: Núcleo de Prática Jurídica Campus Concórdia/SC ______________________________________________________________________ Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina. Fone: 049- 3442-0752 PRELIMINARMENTE I. DA JUSTIÇA GRATUITA A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme consta da declaração de pobreza em anexo, com fundamento nos artigos 98 a 102 do CPC. Desse modo, a autora faz jus à concessão da gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático de Direito. I. DOS FATOS Conforme faz prova na certidão de nascimento em anexo, a requerente é filha legítima do requerido, fruto de relacionamento amoroso entre o requerido e sua genitora, que conviveram durante 1 (ano) e 3 (três) meses. Desde a separação dos genitores, a menor está sob os cuidados de sua genitora. Atualmente a representante legal não trabalha e mora com os pais, dependendo financeiramente da ajuda destes para prover a sua subsistência e de sua filha. Afirma que vem enfrentando dificuldades em prover, sozinha, o sustento de sua filha desde a separação do casal. Desde a separação a genitora tem arcado com todas as despesas da família, compra de fraldas, leite, remédios, ressaltando que não pode trabalhar no momento por ter que cuidar de sua filha, pois, está amamentando. A criação da requerente não deve recair somente sobre a responsabilidade de sua genitora, que são muitas e notórias, como por exemplo: alimentação, vestuário, moradia, assistência médica e odontológica, educação, entre outros. Núcleo de Prática Jurídica Campus Concórdia/SC ______________________________________________________________________ Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina. Fone: 049- 3442-0752 Por outro lado, a situação financeira do requerido é estável, exercendo a função de Servente de Obras em uma empresa de construção civil bem como, atua esporadicamente na colheita de uvas na área rural onde reside. Diante dos fatos expostos, surgiu a necessidade de se ingressar com a presente demanda para fixar um valor mensal a título de pensão alimentícia em favor do menor. II. DO DIREITO A Lei 5.478/68 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando esta. O artigo 1.696 do diploma Civil diz que: “Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.” A requerente encontra amparo legal no artigo 1.695 do Código Civil que diz: “Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.” Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazer as necessidades vitais da autora, vez que esta não pode provê- las por si. Núcleo de Prática Jurídica Campus Concórdia/SC ______________________________________________________________________ Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina. Fone: 049- 3442-0752 III. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS A ação ora pleiteada, encontra amparo legal na Lei 5.478/68 que expressa em seu Artigo 4º: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”. Visto que é de extrema necessidade a alimentação da Requerente, os alimentos provisórios dever-se-ão ser fixados imediatamente. IV. DO PEDIDO Por derradeiro, restando infrutíferas todas as tentativas de uma conciliação amigável, não restou a Requerente alternativa se não a propositura da presente ação de alimentos, para que seu genitor, ora Requerido, seja compelido a contribuir com o necessário para que a requerente sobreviva com, um mínimo de dignidade, para tanto, requer; a) A citação do requerido, acima descrito, para que compareça em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art. 344 do NCPC/2015; b) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita a Autora por ser pobre na acepção jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família; Núcleo de Prática Jurídica Campus Concórdia/SC ______________________________________________________________________ Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina. Fone: 049- 3442-0752 c) O arbitramento de alimentos provisórios, em favor da Autora, no importe de 30%(trinta por cento) do Salário Mínimo Nacional atualmente correspondente R$ 937,00(novecentos e trinta e sete reais), ou, após a comprovação da renda por parte do Requerido, 30%(trinta por cento) sobre o valor da sua remuneração devidos até o dia 10(dez) de cada mês, a ser depositado na conta corrente do Banco CAIXA ECONOMICA FEDERAL, Agência 0627, Conta Corrente nº 00035049-1 , conta em nome de ESTELA KELLY CASSOL ALVES; d) A procedência da presente ação, condenando-se o Requerido na prestação de alimentos definitivos, no importe de 30%(trinta por cento) do Salário Mínimo Nacional atualmente correspondente R$ 937,00(novecentos e trinta e sete reais), ou, após a comprovação da renda por parte do Requerido, 30%(trinta por cento) sobre o valor da sua remuneração devidos até o dia 10(dez) de cada mês, a ser depositado na conta corrente do Banco CAIXA ECONOMICA FEDERAL, Agência 0627, Conta Corrente nº 00035049-1 , conta em nome de ESTELA KELLY CASSOL ALVES; e) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito; f) Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do NCPC/2015; Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desdejá requeridos, ainda que não especificados. Atribui-se à causa o valor R$ 3.373,20 (três mil trezentos e setenta e três reais e vinte centavos), para fins de alçada, nos moldes do art. 292, III do NCPC/2015. Núcleo de Prática Jurídica Campus Concórdia/SC ______________________________________________________________________ Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina. Fone: 049- 3442-0752 Nestes termos, Pede Deferimento. Concórdia/SC 12 de Abril de 2017 Karyn Cristine Bottega OAB/SC nº 30.373 Estagiário(s): Filipe Valmor Pellizzaro e Jone Moraes
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