Buscar

ALIMENTOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DA 
COMARCA DE SOROCABA DO ESTADO DE SÃO PAULO – foro do alimentando 
art. 54 (ITU DO ESTADO DE SÃO PAULO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICENTE, brasileiro, menor impúbere de cinco anos, portador do CPF nº ................. e 
da Identidade nº ...................., neste ato representado por sua mãe, MARIA HELENA, 
brasileira, (estado civil), empregada doméstica, inscrita na Carteira de Identidade sob o 
n.º .........., e no CPF n.º .........., ambos residentes e domiciliados na rua ..............., Bairro 
.........., na cidade de ITU no estado de São Paulo, CEP n.º ......., endereço eletrônico 
........... vêm, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, por sua advogada com 
procuração em anexo, dizer que é esta para promover a 
 
 
 
 
 AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO 
 
 
 
nos termos e forma do art. 2º e seguintes da Lei 5.478/68, em face de MOACYR, 
brasileiro, divorciado, empresário, portador do CPF nº ............................ e da Identidade 
nº ...................., residente e domiciliado nesta cidade de Sorocaba – SP, na rua 
..............................., CEP n.º ......... pelos motivos fáticos e de direito a seguir expostos. 
 
 
 
 
 
I. DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
O Requerente não possui condições de arcar com as custas e despesas processuais, sem 
prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob 
égide do Código de Processo Civil, art. 98 e seguintes, bem como pelo art. 5º, LXXIV, 
da Constituição Federal de 1988. Deste modo, a Requerente faz jus à concessão da 
gratuidade de justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os mais 
humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático de 
Direito. 
 
II. DOS FATOS 
 
Moacyr e Maria Helena possuíam um relacionamento amoroso, configurando-se uma 
união estável que o fruto desta relação foi Vicente, que atualmente está com cinco anos. 
O filho permanece desde o seu nascimento com genitora em ITU no estado de São Paulo, 
enquanto o pai reside em Sorocaba também em São Paulo. 
Maria Helena, sendo empregada doméstica passa por dificuldades para criar o filho, em 
virtude da ausência do pai da criança. Por conseguinte, mesmo o pai sendo empresário e 
recebendo cerca de R$ 10 mil reais por mês, é notório o desinteresse do pai em relação 
ao filho, uma vez que nada mais oferece para suprir as necessidades do Requerente. Ou 
seja, sendo possível estabelecer um padrão de vida melhor para Vicente. 
Vale salientar, sendo uma criança de cinco anos de idade, a mãe não possui condições 
financeiras para custear uma cuidadora para a criança enquanto a genitora trabalha. Logo, 
sendo forçada a abandonar as atividades laborais para cuidar do seu filho, visto que não 
há amparo do pai. 
A Requerente e seu filho moram, de favor, em apartamento de propriedade de seu pai, 
passando enormes dificuldades, ante a negligência do Requerido, que está sempre 
ausente, quando procurado. 
Que o Requerido, todas as vezes que é interpelado sobre suas obrigações para com o filho, 
procura desculpar-se com evasivas, afirmando não ter como colaborar com valores 
suficientes, mas esquece-se que vive em excelente morada e ganha muito bem como 
empresário que é. 
 
 
 
 
 
III – DO DIREITO 
 
Neste interim, a ação de alimentos é positivada pela Lei 5.478/68 e no art. 1.696 do 
Código Civil, veja: 
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a 
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de 
outros. 
Desta forma, não somente nas leis infraconstitucionais encontra-se amparo, a Constituição 
Federal no art. 229, leciona acerca do dever que os pais carregam de assistir, criar e educar 
os filhos, observe: 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores 
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. 
Por conseguinte, entende-se que há absoluta igualdade de responsabilidade entre a mãe e o pai 
acerca dos cuidados e educação da criança, como está positivado no art. 22 do ECA: 
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, 
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as 
determinações judiciais. 
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e 
responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo 
ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, 
assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
 
Por fim, para fortalecer a compreensão que os pais possuem o dever legal de cuidar e 
assistir seus filhos até sua maioridade que, via de regra, extingue a obrigação, apresento 
o entendimento de Tribunal acerca do tema apresentado. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. FILHA MENOR IMPÚPERE E 
FILHO COM MAIORIDADE CIVIL. CAPACIDADE FINANCEIRA PARA O 
CUSTEIO DO DEVER ALIMENTAR. 
 
I – À obrigação alimentar exige-se, hodiernamente, a observância ao trinômio 
necessidade, possibilidade e proporcionalidade, isto é, necessidade de quem reclama 
alimentos, possibilidade de quem os presta, e proporcionalidade no quantum arbitrado. 
Exegese dos arts. 1.694, parágrafo 1° e 1.699, todos do CC/2002; 
 
II – Sobeja na jurisprudência pátria o posicionamento de que aos filhos menores a 
presunção de necessidade é presumida e absoluta, dispensando a produção de prova. 
Precedente STJ. Neste caso, o dever alimentar á filha menor impúbere é inconteste; 
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA EM PARTE. 
 
(TJ-GO – APELAÃ OCÍ VEL; 01203443420188090044 
FORMOSA, Relator: Des(a). LEOBINO VALENTE CHAVES, Data do julgamento: 
22/02/2021, 2° Câmara Cível, Data da Publicação: DJ de 22/02/2021) 
 
IV- DA TUTELA DE URGÊNCIA – ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
 
Nas ações de alimentos, é cabível a fixação de alimentos provisórios, nos termos do art. 
4º da Lei 5.478/68: 
 
“Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos 
pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”. 
 
Na vertente situação, em razão das dificuldades financeiras por que passa a genitora do 
requerente, mister se faz a fixação, como tutela de urgência, determinando seu pagamento 
exclusivamente pelo requerido, resultando no periculum in mora. 
 
Outrossim, o requerido goza de estável situação econômica e financeira e deve arcar com 
as necessidades de seu filho, mormente no presente caso em que não paira qualquer 
dúvida sobre a paternidade, o que torna injustificável a inércia que priva a requerente, seu 
filho, do necessário ao sustento. 
 
Desta forma requer que seja fixado o valor de 30% (trinta por cento) da renda mensal 
paterna, pois é latente que o Requerido deve cumprir com sua obrigação contribuindo 
para manutenção do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de 
vida dentro de padrões dignamente aceitáveis. 
 
 
V – DOS PEDIDOS 
 
Mediante os fatos relatados, os Suplicantes vêm, perante este ínclito juízo, requerer a 
procedência do pedido, com a consequente 
 
a) A condenação do Suplicado ao pagamento de alimentos, no valor de R$ 3.000 (três mil 
reais) mensais para seu filho, equivalente a 30% do seu salário, a ser depositado na conta 
supra; 
b) A condenação do pagamento das custas e honorários advocatícios; 
c) Requerem, outrossim, a citação do Suplicado, para comparecer em audiência a ser 
designada por V. Excia. e, para, querendo, contestar a presente, sob pena de revelia; 
d) Requerem os benefícios da assistência judiciária, por não terem como custear as 
despesas do processo, a não ser em detrimentode seu próprio sustento e que seja deferido 
alimentos provisórios, até final decisão; 
e) Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII do Código 
de Processo Civil; 
f) A fixação de alimentos provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de 30% 
(trinta por cento) do salário do Genitor, a serem depositados na conta poupança, para 
suprir as necessidades básicas do filho do Requerido, nos termos da inicial; 
g) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito. 
Protestando por todo tipo de prova em direito admissível, dão à causa o valor de 12 vezes 
de R$ 3.000 (três mil reais), alcançando o total de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) 
conforme dispõe o art. 292, III, do Código de Processo Civil. 
 
Termos em que pede e espera deferimento. 
 
Sorocaba, 07 de maio de 2021 
 
 LARA FÁBIA RODRIGUES EVANGELISTA 
 OAB....... 
Queixa Crime – é ação penal privada para os crimes dessa natureza, normalmente, crime 
de menor potencial lesivo que não superam dois anos. Art. 41, CPP.

Continue navegando