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04) CONTRARAZÕES DE APELAÇÃO(29.03.2017) (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CONCÓRDIA-SC
Autos:
	
Recorrente, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO.
Desta forma vem respeitosamente solicitar a oportuna remessa dessas Contrarrazões à instância superior.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Concórdia dia 29 de março de 2017
 Jone Moraes Filipe V. Pellizzaro
 OAB/60.000 OAB/59.000
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Autos 
Egrégio Tribunal,
Doutos Julgadores,
1- SÍNTESE DA DECISÃO 
Conforme entendimento do juízo a quo, os pedidos formulados pelo Recorrente foram julgados parcialmente procedentes, o Recorrido foi condenado ao pagamento da quantia de R$ 7.884,05 reais ao Recorrente, à titulo de danos emergentes, indenização a titulo de lucros cessantes em razão ao acidente de que tratam os autos correspondentes aos dias em que o veículo da Recorrente ficou paralisado para conserto.
	Condena o Recorrido também ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
Assim o recorrente, vem através deste apresentar as Contrarrazões, para que a Decisão do juízo “a quo” seja mantida com seus fundamentos, pois a mesma não é passível de reforma.
Pelos fatos e fundamentos que passa expor:
MÉRITO DAS CONTRARRAZÕES 
	No caso em epígrafe o Recorrente afirma veemente não possuir culpa quando da colisão ocorrida, alegando ser a culpa concorrente e por este motivo inexistir o dever de indenizar. Afirma também que o veículo que dirigia parou repentinamente sem qualquer ação sua e que após foi colhido pelo veículo da Recorrente que colidiu em sua traseira vindo a causar sérios danos.
Neste sentido, todavia, esta afirmação não procede pelo fato de que o Recorrido dessa forma alude a sua própria culpa, pois, fica explicito a condição de estar parado em meio à pista de rolamento, bem como, a falta de manutenção periódica em seu veículo o que ocasionou um defeito mecânico, por ele mesmo confessado. 
Neste âmbito, não houve qualquer fortuito externo que justificasse a paralisação do automóvel em meio a pista, e sim decorreu de um fortuito interno, o que caracteriza a sua responsabilidade e negligência na manutenção do mesmo conforme prevê a legislação. 
Segundo jurisprudência pátria:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO.[...]”O defeito mecânico em automóvel, não caracteriza caso fortuito ou força maior, pois o mesmo é previsível, estando o proprietário obrigado à revisão permanente do estado do veículo (1° TACSP – 3° C. –Ap. –Rel. Ferraz Nogueira – j. Em 25.5.92- RT 687/100)”(Stocco, Rui. Responsabilidade civil e sua interpretação jurisprudencial, 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.p. 972)(...)TJSC, Apelação Cível n. 2010.038765-9, de São Miguel do Oeste, dês. Vanderlei Romer, j. 31-08-2010)(grifei).
Ainda conforme entendimento do juízo “a quo” neste patamar, não se deve falar em culpa concorrente, embora o acidente tratou-se de uma colisão traseira, pois, o veículo do autor trafegava em velocidade compatível com o local, e em contrapartida, o veículo do Recorrido parou repentinamente sobre a rodovia dando causa a colisão. 
Nesta ótica, o ilustre magistrado atribui ao Recorrido culpa exclusiva pelo evento danoso, e a incumbência do dever de indenizar os danos comprovados e decorrentes do acidente, com fulcro nos artigos do Código Cívil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
 
Segundo douta jurisprudência:
TJ-DF - Apelação Cível APC 20120110737843 (TJ-DF)
Data de publicação: 20/10/2015
Ementa: CIVIL. REPARAÇÃO DE DANOS. SEGURADORA. COLISÃO TRASEIRA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE CULPA ELIDIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A presunção de culpa do condutor que colide com a traseira do veículo que vai à frente é relativa, podendo ser elidida quando provado que o condutor que seguia adiante foi o causador do sinistro. Não provido.
No que concerne na presunção de culpa daquele que colide na traseira de outro veículo, entendeu o magistrado que ao contrário em que ocorre em vias municipais, nas rodovias estaduais e federais os condutores empregam maiores velocidades, pois o fluxo de veículos é continuo e não intermitente. 
Conforme entendimento do juízo “a quo” o Recorrido foi condenado de forma fundamentada ao pagamento dos valores citados, fica evidente que a decisão do juízo “a quo” é a mais correta a ser seguida. Com isso o Recorrido tem que arcar com a sucumbência aplicada pelo juiz “a quo” em sentença e a mesma deverá ser mantida.
REQUERIMENTOS
Diante do exposto requer-se respeitosamente a Vossas Excelências:
Que seja desprovido a presente APELAÇÃO, e mantida a sentença arbitrada pelo Juiz “aquo”, por ser medida de justiça.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Concórdia 17 de Março de 2017
 
 Jone Moraes Filipe V. Pellizzaro
 OAB/60.000 OAB/59.000

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