Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUI009 – Química dos Sólidos Aula 3 – Primeira Lei da Termodinâmica UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ CURSO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS 1 Prof. Dr. Daniel Thomazini Introdução Prof. Dr. Daniel Thomazini 2 } Em um sistema cinético sem atrito: } A energia cinética é conervada; } Se o sistema estiver em um campo gravitacional } Σ(E potencial e K) = cte. } Porém, se houver atrito interno: } Energia total do sistema diminui è produz calor; } Energia dinâmica perdida + calor produzido: } Efeito do atrito interno. } Conceito de Energia Interna; } Conceito de Entalpia. Relação entre calor e trabalho Prof. Dr. Daniel Thomazini 3 } Count Rumford (1798); } Durante a perfuração de canhões: } Calor produzido era proporcional ao trabalho realizado; } Sugeriu que o calor é um fluído invisível (fluído calórico); } Nesta teoria: ¨ Temperatura: quantidade de gás calórico; ¨ Dois corpos em diferentes temperaturas, em contato: assumem uma temperatura intermediária è troca de fluxo calórico. } Equilíbrio térmico: pressão do gás calórico é a mesma nos corpos Relação entre calor e trabalho Prof. Dr. Daniel Thomazini 4 } Humphrey Davy (1799) } Teoria do calor foi desacreditada; } Fusão de dois blocos de gelo em vácuo } Calor latente para fusão è trabalho mecânico (esfregando os blocos) } James Prescoutt Joule (1840è) } Relação entre calor e trabalho } Experimentos adiabáticos em água } Proporcionalidade entre trabalho e temperatura; Relação entre calor e trabalho Prof. Dr. Daniel Thomazini 5 } James Prescoutt Joule (1840è) } Experimento: } Agitação da água com agitador; } Motor elétrico fornece corrente a uma bobina imersa na água; } Compressão de um cilindro de ar imerso na água; } Esfregando dois metais imerso em água. } Equivalente mecânico de calor; } Unidade de calor (caloria); } Quantidade de calor para: ¨ em 1g de água; ¨ temperatura de 14,5 para 15,5oC. } Equivalente mecânico de calor = 0,241 caloria/Joule (0,2389) } R = 8,3144 x 0,2389 = 1,987 caloria / (K mol). Energia interna e a 1ª Lei da Termodinâmica Prof. Dr. Daniel Thomazini 6 } 1ª Lei da termodinâmica se baseia em: } “A mudança de um corpo em um sistema adiabático fechado de um estado inicial para um final, envolve a mesma quantidade de trabalho em que o processo é realizado” } Depende apenas do estado interno do sistema; } Energia interna : U } Para compreender: m Δh F W = força x distância h1 h2 W = mg x (h2-h1) W = mgh2-mgh1 W = E2 – E1 Energia interna e a 1ª Lei da Termodinâmica Prof. Dr. Daniel Thomazini 7 } No caso do trabalho realizado em um sistema adiabático: } Mudança no estado do corpo: energia interna U } Negativo: trabalho realizado sobre o corpo; } Positivo: trabalho realizado pelo corpo; } Se w é feito sobre o corpo: UB>UA } Se w é feito pelo o corpo: UB<UA w = !(UB !UA ) Energia interna e a 1ª Lei da Termodinâmica Prof. Dr. Daniel Thomazini 8 } No experimento de Joule: } q = UB-UA } Calor fluiu para a água } Por convenção: } Negativo: calor flui para fora do corpo (EXOTÉRMICO); } Positivo: calor flui para dentro do corpo (ENDOTÉRMICO): q =UB !UA Energia interna e a 1a Lei da Termodinâmica Prof. Dr. Daniel Thomazini 9 } Mudança da energia interna: Estado A’ Calor w Estado B’ A !q = (UB ' !UA ' )Reservatório: w = ![(UB !UA )+ (UB ' !UA ' )]Sistema: w = ![(UB !UA )! q] B UB !UA = q!w dU = !q!!w Energia interna e a 1a Lei da Termodinâmica Prof. Dr. Daniel Thomazini 10 } dU : quando integrado, independe do caminho; } δq e δw : quando integrado, dependem do caminho; !w 1 2 ! = PdV1 2 ! Área sob a curva muda dependendo do caminho Indica função de estado Não indica função de estado Energia interna e a 1a Lei da Termodinâmica Prof. Dr. Daniel Thomazini 11 } No caso de um processo cíclico: !U = dU 1 2 " + dU2 1 " = (U2 #U1)+ (U1 #U2 ) = 0 Como U é uma função de estado: U =U(V,T ) dU = !U !V " # $ % & ' T dV + !U !T " # $ % & ' V dT Processos com volume constante Prof. Dr. Daniel Thomazini 12 } Se o volume de um sistema é mantido constante: } O sistema não realiza trabalho dU = !qv PdV = 0! dU = !q!!w !U = qv Processos com pressão constante e entalpia Prof. Dr. Daniel Thomazini 13 } Se a pressão é mantida constante durante um processo onde o sistema vai de 1 para 2: w = PdV 1 2 ! = P dV1 2 ! = P(V2 "V1) = 0 Pela 1a Lei da Termodinâmica U2 !U1 = qp !P(V2 !V1) Rearranjando (U 2 +PV2 )! (U1 +PV1) = qp (U +PV ) funções de estado H =U +PV Pconstante H2 !H1 = "H = qp Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 14 } Definição: } Razão de calor adicionado, ou retirado, de um sistema para resultar na mudança da temperatura do sistema. C = !qdT Se T muda de forma infinitesinal C = q !T OBS: - Não vale para mudança de fase Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 15 } Sistema em T1 para para T2: insuficiente para determinar o estado deste sistema: } Duas variáveis independentes: } Pressão } Volume Cv = !q dT ! " # $ % & v Cp = !q dT ! " # $ % & p dU = !qv H2 !H1 = "H = qp Cv = !q dT ! " # $ % & v = dU dT ! " # $ % & v 'dU =CvdT Cp = !U dT ! " # $ % & p = dH dT ! " # $ % & p 'dH =CpdT Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 16 } Como C é independente do tamanho do sistema; } É conveniente seu uso por unidade do sistema; n C c pp = n Cc vv = Capacidade calorífica por mol Calor específico Nro mols vp cc > cv O calor é usado para ↑ T cp O calor é usado para ↑ T e w ⇒ ↑V dT PdVwp = ou p p T VPw ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 17 dT PdVwp = ou p p T VPw ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = p vp T VPcc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− A diferença entre cp e cv é ppp p T VP T U T Hc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = Então v v T Uc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =e vpp vp T U T VP T Ucc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ −⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− mas dT T UdV V UdU vT ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = Contudo pTvp T V V U T U T U ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ então vppTv vp T U T VP T V V U T Ucc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ −⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = Tp V UP T V Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 18 Como o sistema é adiabático, e não houve trabalho realizado 0=ΔU então dT T UdV V UdU vT ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = Como 0=dT (determinado experimentalmente) e 0≠dV então 0=⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ TV U Joule concluiu que: )(TUU = então:p vp T VPcc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 19 Em um outro experimento de Joule e Thompson: 0≠ΔT Para gases reais: 0≠⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ TV U v1, p1 v2, p2 sistema adiabático contudo se ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− Tp vp V UP T Vcc p vp T VPcc ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− 0=⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ TV U ; e RTPV = então RP P Rcc vp =×=− Capacidade calorífica (C) Prof. Dr. Daniel Thomazini 20 ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ +⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ =− Tp vp V UP T Vcc p T VP ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ w pelo sistema Tp V U T V ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ w na expansão contra as forças internas de coesão Para um gás ideal, não há w para vencer forças coesivas internas 0=⎟⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ TV U Para um gás real, as forças coesivas internas são pequenas 0≈⎟⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ TV U Para líquidos e sólidos, as forças coesivas internas são enormes 0>>⎟⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ TV U Processo adiabático reversível Prof. Dr. Daniel Thomazini 21 q=0 1a LT dU = cvdT Considerando um sistema com 1 mol de gás dU = !!w !w = PdV cvdT = !PdV Como PV=RT cvdT = ! RT V dV Processo adiabático reversível Prof. Dr. Daniel Thomazini 22 cvdT = ! RT V dV ! cv ln T2 T1 ! " # $ % &= R ln V1V2 ! " # $ % & T2 T1 ! " # $ % & cv = V1 V2 ! " # $ % & R T2 T1 ! " # $ % & = V2 V1 ! " # $ % & Rcv ou ou Para um gás ideal, foi mostrado que cp ! cv = R assim cp cv !1= Rcv cp cv = !se R cv = ! !1 assim T2 T1 = V1 V2 ! " # $ % & !'1 Gás ideal T2 T1 = P2V2 P1V1 = V1 V2 ! " # $ % & !'1 assim P2 P1 = V1 V2 ! " # $ % & !'1 P2V2! = P1V1! = PV ! = cte Mudanças de volume ou pressão em processo isotermal reversível Prof. Dr. Daniel Thomazini 23 Da 1a LT dU = !q!!w Se o processo é isotérmico dT=0, então dU=0 !w = !q = PdV = RT dVV por mol de gás Integrando w = q = RT ln V2V1 ! " # $ % &= RT ln P1P2 ! " # $ % & Trabalho feito pelo sistema é igual ao calor absorvido pelo sistema. Problemas Prof. Dr. Daniel Thomazini 24 } 1) Um gás ideal ocupa 10 litros à 10 atm em 100K. Calcule: } a) o volume final do sistema; } b) o trabalho feito pelo sistema; } c) o calor que entra ou sai do sistema; e } d) a energia interna e mudanças de entalpia no sistema se ele vai para: } - uma expansão isotérmica reversível para 1atm; } - uma expansão adiabática para 1 atm.
Compartilhar