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Termodinâmica A sociedade é movida a energia e a invenção da máquina a vapor contribuiu decisivamente na Revolução Industrial, que levou ao aumento da produtividade e diminuição da influência sazonal sobre a da produtividade e diminuição da Influência sazonal sobre a produtividade (épocas de seca e chuvas). História História • Abrange o estudo da energia e suas transformações. • A palavra vem do grego, thérme-; calor, dy´namis, energia. • Termoquímica: área da termodinâmica que estuda as relações entre reações químicas e variações de energia envolvendo calor Termodinâmica Em termodinâmica, o universo é formado por um sistema e sua vizinhança. Sistema e vizinhança Sistema Aberto Sistema Fechado Sistema Isolado Troca de matéria com a vizinhança Troca de energia com a vizinhança Ex.: Motor de carro Não tem contato com a vizinhança Pode haver troca de Energia mas não de matéria. Não tem contato com a vizinhança Não há troca de matéria nem de energia Bolsa de gelo ou água quente Garrafa térmica Conceitos básicosConceitos básicos Conceitos básicos TRABALHO (w): movimento contra uma força oposta. Trabalho = força x distância - Um peso levantado contra a força da gravidade. - Bateria “empurrando” uma corrente elétrica num circuito. - Mistura de gases num motor empurrando o pistão Conceitos básicos Vamos praticar? Calcule o trabalho para elevar um corpo de massa 1 Kg a uma altura de 10m na superfície (a) da Terra (g=9,8m/s2) e (b) da Lua (g=1,60m.s-2) TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA • A energia é transferida de duas maneiras: a)para causar o movimento de um objeto contra uma força, ou seja, para realizar trabalho; b) para causar uma mudança de temperatura. ENERGIA CINÉTICA E ENERGIA POTENCIAL • Energia Cinética: é a energia do movimento. Objetos, sejam eles bolas de tênis ou moléculas, podem possuir energia cinética, Ec . Ec = ½(mv2) • Energia Potencial, Ep : é a energia do objeto devida a sua posição em relação a outros objetos. Ep = mgh 3. UNIDADES DE ENERGIA • No SI: a unidade para energia é o joule, J. Em geral, as energias associadas com reações químicas são expressas em quilojaules, kJ. 1J = 1 kg m2/s2 • A unidade usada para expressar as variações de energia que acompanham reações químicas é caloria, cal. 1 cal = 4,184 J 3. UNIDADES DE ENERGIA • Em nutrição: a unidade de energia usada é a Caloria nutricional. 1.000 cal = 1 kcal É a soma de toda a energia cinética e potencial de um sistema. Não se pode medir a energia interna absoluta, mas queremos saber ΔU. Energia Interna ΔU=Uf - Ui TraTrabalho e Energia Unidades: J = kg.m2.s-2 Convenção de sinais: w > 0 : o sistema recebeu trabalho (aumento da energia no sistema) w < 0 : o sistema realizou trabalho (redução da energia no sistema) Sistema: gás em um cilindro que se expande contra a pressão externa exercida pelo pistão. Trabalho = força x deslocamento Força = pressão exercida pelo pistão (P = f/A) Deslocamento = movimentação (altura) do pistão com a expansão do gás (h) w = -pext∆V A forma mais comum de trabalho estudada pela termodinâmica básica envolve a variação de volume no sistema; Um pistão, sem atrito, comprime uma amostra de um gás ( figura a abaixo) Exemplo-1: Considere um gás ideal em uma câmara de pistão em que o volume inicial é de 2,00L e a pressão inicial é de 8 atm. Considere que o pistão está subindo até um volume final de 5,50 L, contra uma pressão externa constante de 1,75 atm. Também considere uma temperatura constante durante o processo. a.Calcule o trabalho para o processo. b. Calcule a pressão final do gás Expansão de um gás para um volume maior que está inicialmente no vácuo; O gás está se expandindo contra uma pressão externa igual a zero. Esse processo é conhecido como expansão livre Trabalho = 0 Expansão isotérmica reversível Se fosse possível, poderíamos variar o volume do gás dentro da câmara do pistão em pequenas etapas infinitesimais, permitindo que o sistema reagisse a cada variação infinitesimal, antes de ocorrer a próxima variação. Em cada etapa o sistema entraria em equilíbrio com sua própria vizinhança, de modo que todo o processo estaria em estado de equilíbrio contínuo. Variações suficientemente lentas são uma boa aproximação (Processos reversíveis). Observações importantes. • Para a expansão isotérmica de um gás perfeito: ΔU = 0 ∴ q = –w. Para a expansão livre, w = 0, o que nos leva a concluir que q = 0 também; nenhum calor escoa quando um gás perfeito se expande contra uma pressão externa nula. Exemplo-2 Um gás na câmara de um pistão, mantido em um banho à temperatura constante de 25,0 0C, expande de 25,0 mL para 75,0 mL, muito lentamente. Se há 0,00100 mol do gás ideal na câmara, calcule o trabalho realizado pelo sistema Exemplo-3 Calor Energia transferida em consequência de uma diferença de temperatura Quando o sistema não realiza trabalho, mas sofre uma variação de temperatura: ΔU = q q > 0 – Sistema recebeu calor (aumento de energia) q < 0 – Sistema perdeu calor (diminuição de energia) A mesma variação de temperatura requer uma quantidade de calor diferente para diferentes materiais. Por exemplo, um sistema composto de 10cm3 do metal ferro se torna mais quente com menos calor do que 10 cm3 de água. A quantidade de calor necessária para variar a temperatura é proporcional à magnitude da variação de temperatura, e à massa do sistema: Medida do calor envolvido numa transformação ❖ A variação de temperatura ocorrida em um objeto quando ele absorve certa quantidade de energia é determinada por sua capacidade calorífica. ❖ A capacidade calorífica de um objeto é a quantidade de calor necessária para aumentar sua temperatura em 1K(ou 1ºC). ❖ Quanto maior a capacidade calorífica, maior o calor necessário para produzir determinado aumento de temperatura. ❖ A capacidade calorífica de 1 g de substância é chamada capacidade calorífica específica, ou simplesmente calor específico Materiais com calor específico baixo, como vários metais, necessitam de pouco calor para uma variação de temperatura relativamente grande As unidades no SI são: J/g.K, J/mol.K ou Cal/mol.0C Q=mc∆T Assumindo que 400J de energia são colocados em 7,50 gramas de ferro, qual será a variação de temperatura? Use c=0,450J/g.K Exemplo-4 PRIMERIA LEI DA TERMODINÂMICA • Trabalho e calor são manifestações de energia; • A energia total de um sistema é chamada de energia interna (∆U ou ∆E). • A energia interna do sistema é a soma de toda a energia cinética e potencial de todos os componentes do sistema. PRIMERIA LEI DA TERMODINÂMICA • Todos os sistemas têm algum tipo de energia; • Um sistema isolado não permite a passagem de energia ou de matéria para dentro ou para fora. • Primeira lei da termodinâmica: em um sistema isolado a energia é conservada. Se um sistema for bem isolado, o calor não será capaz de entrar ou sair. Q=0 • Processo adiabático: nesse caso, não se ganha nem se perde calor. Uma reação conduzida no interior de um frasco de Dewar selado ou de uma “garrafa de vácuo” e adiabática porque o sistema encontra-se termicamente isolado de suas vizinhanças. Nesse caso: ΔU = w ∴ q = 0 Para um sistema totalmente isolado ∆U =0; Quando um sistema sofre qualquer mudança química ou física, a variação obtida em sua energia interna, ∆U, é dada pelo calor adicionado ou liberado, q, mais o trabalho realizado pelo ou no sistema, w: ∆U = q + w Exemplo O volume de uma amostra de gás varia de 4,00L para 6,00L contra uma pressão externa de 1,50atm e, simultaneamente, absorve 1000J de calor. Qual a variação da energia interna do sistema? ENERGIA INTERNA • Quando calor é adicionado ao sistema ou trabalho é realizado pela vizinhança no sistema, sua energia interna aumenta. RELAÇÃO ENTRE q, w e ∆E ou ∆U Funções de estado Sua altitude independe do caminho escolhido A altitude é uma função de estado pois independe do caminho Uma função de estado é qualquer propriedade termodinâmicacujo valor para o processo seja independente do caminho; Funções de estado são simbolizadas por letras maiúsculas ; Funções que não são de estado por minúsculas; Energia interna é função de estado, calor e trabalho não. ∆U = Uf – Ui e w ≠ wf - wi FUNÇÕES DE ESTADO • Função de estado: depende somente dos estados inicial e final do sistema e não de como a energia interna é utilizada. PROCESSOS ENDOTÉRMICOS E EXOTÉRMICOS •Processo Endotérmico: ocorre com a absorção de calor pelo sistema, ou seja, calor flui da vizinhança para dentro do sistema. (Endo- é um prefixo que significa “para dentro”). Ex.: fusão do gelo. •Processo Exotérmico: processo no qual o sistema emite calor, ou seja, o calor flui para fora do sistema em direção à sua vizinhança. Ex.: reações de combustão. ENTALPIA • As reações químicas podem absorver ou liberar calor. No entanto, elas também podem provocar a realização de trabalho. • Exemplo: quando um gás é produzido, ele pode ser utilizado para empurrar um pistão, realizando, assim, trabalho. Zn(s) + 2H+(aq) →Zn 2+ (aq) + H2(g) • O trabalho realizado pela reação acima é denominado trabalho de pressão-volume (PV). ENTALPIA • Não há realização de trabalho mecânico durante um processo mecânico que ocorre a volume constante. ∆U= qv • Se a pressão for mantida constante, como por exemplo, nos experimentos realizados no laboratório. ∆U=qp • Entalpia: corresponde ao fluxo de calor nas reações químicas que ocorrem à pressão constante quando nenhuma forma de trabalho é realizada a não ser trabalho PV. • A entalpia, H, é igual à energia interna mais o produto da pressão, P, pelo volume, V, do sistema. H = U + PV • A entalpia é uma função de estado porque a energia interna, a pressão e o volume o são também. Exemplo ENTALPIA ENTALPIAS DE REAÇÃO • A variação de entalpia que acompanha uma reação é chamada entalpia de reação ou calor de reação, ∆H. • A variação de entalpia de uma reação química é dada pela entalpia dos produtos menos a entalpia dos reagentes: ∆H = Hprodutos – H reagentes ENTALPIAS DE REAÇÃO •A entalpia é uma propriedade extensiva (a ordem de grandeza do ∆H é diretamente proporcional à quantidade): CH4(g) + 2O2(g) →CO2(g) + 2H2O(l) ∆H = - 890 kJ 2CH4(g) + 4O2(g) → 2CO2(g) + 4H2O(g) ∆H = - 1780 kJ ENTALPIAS DE REAÇÃO Quando invertemos uma reação, alteramos o sinal do ∆H: CO2(g) + 2H2O(l) →CH4(g) + 2O2(g)∆H = + 890 kJ •A variação na entalpia depende do estado: H2O(g) → H2O(l)∆H = - 88 kJ Na maioria dos casos, mudanças de fase ( sólido ⇌ líquido, líquido ⇌ gás) ocorrem a pressão constante De modo que o calor envolvido, q, também é igual a ∆H Uma certa quantidade de calor é necessária por grama ou mol, para que ocorra a mudança de fase. Na mudança de fase a temperatura permanece constante... ❖ Como não há ∆T a equação Q=mc ∆T não se aplica. ❖ A quantidade de calor envolvida é proporcional à quantidade de material; ❖ A constante de proporcionalidade é chamada calor de fusão (∆fusãoH) Q= m. ∆fusãoH Q= n. ∆fusãoH Unidade: J/g massa mol Analogamente para a vaporização: Q= m. ∆vaporizaçãoH CALORIMETRIA •O valor de ∆H pode ser determinado experimental- mente pela medida do fluxo de calor que acompanha uma reação à pressão constante. •Quando o calor flui para dentro ou para fora de uma substância, a temperatura da substância varia. •Experimentalmente, podemos determinar o fluxo de calor associado a uma reação química medindo- se a variação de temperatura produzida. CALORIMETRIA •A medição do fluxo de calor é denominada calorimetria. •Aparelho utilizado para medir o fluxo de calor: calorímetro. Cálculo da quantidade de calor a pressão constante Qp = ∆H = nCp∆T Gases monoatômicos: Cv=3/2R e Cp=5/2R Gases diatômicos: Cv=5/2R e Cp=7/2R Gases triatômicos: Cv=7/2R e Cp=9/2R Calorimetria Bomba calorimétrica (calorimetria de volume constante) •Utiliza uma bomba calorimétrica. •Normalmente estuda a combustão. Cálculo da quantidade de calor a volume constante QV = ∆U = nCV∆T Gases monoatômicos: Cv=3/2R e Cp=5/2R Gases diatômicos: Cv=5/2R e Cp=7/2R Gases triatômicos: Cv=7/2R e Cp=9/2R Entalpias de formação • Se 1 mol de composto é formado a partir de seus elementos constituintes, a variação de entalpia para a reação é denominada entalpia de formação, ΔHof . • Condições padrão (estado padrão): 1 atm e 25 oC (298 K). • A entalpia padrão, ΔHo, é a entalpia medida quando tudo está em seu estado padrão. • Entalpia padrão de formação: 1 mol de composto é formado a partir de substâncias em seus estados padrão. Entalpias de formação • Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é utilizado. • A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero. ENTALPIAS DE FORMAÇÃO Entalpia de transformação química Consiste em escrever a equação química e então registrar a entalpia padrão de reação, ∆rH ꝋ Para a reação hipotética: 2A + B 3 C + D Utilização de entalpias de formação para o cálculo de entalpias de reação • Utilizamos a lei de Hess para calcular as entalpias de uma reação a partir das entalpias de formação. LEI DE HESS •A lei de Hess estabelece que se uma reação for executada em uma série de etapas, o ∆H para a reação será igual à soma das variações de entalpia para as etapas individuais. •Por exemplo:
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