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Contextualização Política de Platão

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Contextualização Política de Platão
INTRODUÇÃO
Devemos a Platão e a Aristóteles duas idéias políticas elaboradas a partir da experiência política antiga. A primeira é a distinção entre regimes políticos e não políticos; a segunda a da transformação de um regime político em outro.
Esta pesquisa mostra algumas das mais variadas pretensões política de Platão, e uma delas seria um governo de sábios e justos.
PARTE DA BIOGRAFIA DE PLATÃO
Platão, cujo verdadeiro nome é Arístocles (o apelido derivou do fato deste filosofo ter as espáduas largas, evocando o termo omoplata) nasceu em 428 a.C. e morreu na mesma cidade em 348 ou 347a.C. Descendente de família da alta aristocracia, foi aluno de Cratilo, discípulo de Heráclito. Aos vinte anos conheceu Sócrates, do qual se tornou discípulo, até a morte do mestre, em 399. Platão hoje é considerado um dos mais polêmicos filósofos gregos. A partir de suas idéias filosóficas inaugura-se uma tradição idealista na concepção da própria filosofia e no processo de conhecimento da realidade que perdura até nossos dias. Platão prega e ensina o idealismo absoluto – "só as idéias existem".
PENSAMENTO POLÍTICO
Assim como há um rigoroso paralelismo, entre a psicologia platônica e sua ética, há também uma perfeita correspondência entre sua ética e sua política. A morte se Sócrates e suas experiências políticas na Sicília levaram Platão a verificar que não é possível ser justo na cidade injusta, e que a realização da filosofia implica não só a educação do homem, mas a reforma da sociedade e do Estado.
Um sofista havia declarado que a forca é um direito, e que a justiça é o interesse do mais forte. As formas de governo fazem leis visando seus interesses, e determinam assim o que é justo, punindo como injusto aquele que transgredir suas regras. Platão salienta que a justiça é uma relação entre indivíduos, e depende da organização social. Mais tarde fala que justiça é fazer aquilo que nos compete, de acordo com a nossa função. A justiça seria simples se os homens fossem simples. Os homens viveriam produzindo de acordo com as suas necessidades, trabalhando muito e sendo vegetarianos, tudo sem luxo. Para implantar seu sistema de governo, Platão imagina que deve-se começar da estaca zero. O primeiro passo seria tirar os filhos das suas mães. O fato é que ele repudiava o modo de vida com a promiscuidade social, ganância, a mente que a riqueza, o luxo e os excessos moldam, típicos dos homens ricos de Atenas. Nunca contentavam com o que tinham, e desejavam as coisas dos terceiros. Assim resultava a invasão de um grupo para outro e vinha a guerra.
Platão achava um absurdo que homens com mais votos pudessem assumir cargos da mais alta importância, pois nem sempre o mais votado é o melhor preparado. Era preciso criar um método para impedir que a corrupção e a incompetência tomassem conta do poder público, mas atrás desses problemas estava a psyche humana, como havia identificado Sócrates. Para Platão o conhecimento humano vem de três fontes principais: o desejo, a emoção, e o conhecimento, que fluem do baixo ventre, coração e cabeça, respectivamente. Essas fontes seriam forcas presentes em diferentes graus de distribuição nos indivíduos. Elas se dosariam umas às outras, e num homem apto a governar, estariam em equilíbrio. Para isso, é preciso uma longa preparação e muita sabedoria. O mais indicado, para Platão, é o filosofo: "enquanto os filósofos deste mundo não tiverem o espírito e o poder da filosofia, a sabedoria e a liderança não e encontrarão no mesmo homem, e as cidades sofrerão os males".
O pensamento político, principalmente de Platão é classificado como política normativa dos gregos, se apresenta como um pensamento descritivo, utilitarista, normativo e prescritivo. Platão insatisfeito com a "democracia" de seu governo começa a investigar o fenômeno político (caráter descritivo) com a finalidade de encontrar as respostas, o caminho, as normas, a verdade (caráter normativo e prescritivo) para se chegar finalmente a um bom governo (caráter utilitarista). Vale lembrar que tal democracia era na verdade uma aristocracia de ricos e guerreiros, pois não considera como cidadão: escravos, estrangeiros, mulheres e crianças. A resposta da busca de Platão é a sofocracia, governo dos sábios e não com base numa unidade de família, riqueza ou feitos de guerra.
Isto porque, segundo ele os humanos são diferentes e a divisão do trabalho deve ser conforme a sabedoria de cada um, chamada de igualdade geométrica, em que a repartição de bens deve ser igual para todos, porém não o direito ao poder. E para o pensamento platonista quem usa do poder político só garantirá justiça para todos, um bom governo, se for sábio o suficiente para conhecer a própria virtude de justiça, condição para todas as outras virtudes de um bom governante. 
OBSERVAÇÕES – CURIOSAS
Platão não exclui as mulheres da política e critica os gregos por excluí-las.
Desde a primeira infância, a Polis deve tomar para si cuidado total das crianças, educando-as para funções necessárias à cidade.
Os jovens bem educados e orientados são submetidos a seleções, os menos aptos serão destinados à classe militar enquanto os mais aptos continuarão a ser educados.
Política de Platão pretendia chegar à política legitima e justa educando virtuosamente os governantes. Representação esquemática simples das relações entre as três partes do homem e do Estado.
	Corpo
	------
	Alma
	-------
	Virtude
	---------
	Estado
	Cabeça
	---------
	Razão
	---------
	Sabedoria
	---------
	Governantes
	Peito
	--------
	Vontade
	--------
	Coragem
	----------
	Sentinelas
	Baixo Ventre
	--------
	Desejo
	----------
	Temperança
	----------
	Trabalhadores
CONCLUSÃO
O Platonismo é representado pelo mundo das idéias e especialmente pela idéia do Bem e da Inteligência.
Platão, na política sonhava em criar uma cidade onde os seus governantes não fossem eleitos por votos ou guerras, mas por seus conhecimentos.
Há mais de dois mil anos as pessoas discutem e criticam suas extraordinárias teorias políticas. 
BIBLIOGRAFIA
MIRADOR, Enciclopédia. Encyclopedia Butannia do Brasil Publicações Ltda. São Paulo – Rio de Janeiro – p. 8982, 8983, 8984.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia, p. 379, 380, 381, 382.
História das Idéias Políticas. p. 18, 19, 20.
Autores: Français Chatelet
Olivier Duhamel
Evelyne Pisier
Obs.: Apostila de 2º Ano, História, Univar, Profª Valéria
GOARDER, Jostein. O Mundo de Sofia – Romance da História da Filosofia.

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