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201733 1565 HIPERSENSIBILIDADE+DENTINARIA+OPÇÕES+DE+TRATAMENTO

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HIPERESTESIA DENTINÁRIA: OPÇÕES DE TRATAMENTO 
 
MANAGEMENT OF DENTIN HYPERESTHESIA 
 
 
Caroline Reny Mesquitaa 
Júlio César Franco Almeidab 
Paulo Márcio Yamagutic 
Lílian Marly de Paulad 
Fernanda Cristina Pimentel Garciae 
 
 
Resumo 
A hiperestesia dentinária caracteriza-se por uma reação da dentina exposta ao meio bucal a um estímulo não nocivo de 
natureza química, térmica, tátil ou osmótica. Essa sintomatologia dolorosa manifesta-se de forma aguda, súbita, 
localizada e de curta duração, que desaparece após a remoção do estímulo e não causa alteração patológica no 
complexo dentinopulpar. Existem vários estudos na literatura que suportam inúmeros tipos de tratamento.. Dessa 
forma, o objetivo desse artigo é abordar os diferentes tratamentos preconizados para o manejo e tratamento da 
hiperestesia dentinária. 
Palavras-chaves: dentina, hiperestesia,tratamento 
 
 
Summry 
Dentin hyperesthesia has been defined as a short, sharp pain arising from exposed dentin in response to stimuli 
typically thermal, chemical, tactile or osmotic. This painful symptoms manifest themselves in acute, sudden, localized 
and of short duration, which disappears after the removal of the stimulus and not cause pathological changes in the 
complex dentinopulp. Furthermore,scientific support for various therapies was variable, so it could be a challenge for a 
parctitioner to select appropriate therapy . Thus, the objective of this paper is to elucidate the different treatments 
recommended for management and treatment of dentin hyperesthesia. 
Keywords: dentin, hyperesthesia , treatment 
 
 
Introdução e Revisão da literatura 
A hiperestesia dentinária está associada 
com a exposição da dentina à cavidade bucal, e 
é caracterizada por uma dor aguda, bem 
localizada e transitória, em resposta a 
estímulos sensoriais não nocivos: táteis, 
térmicos, evaporativos e osmóticos, os quais 
normalmente não causariam resposta em um 
dente saudável (6, 29,30, 31,37). 
A sensibilidade dentinária não mantém 
em princípio, relação com a dor de origem 
pulpar resultante de alterações patológicas 
provocada por agentes nocivos. Este aspecto é 
fundamental para o diagnóstico diferencial 
entre sensibilidade dentinária e dor recorrente 
de alterações patológicas da polpa. Durante a 
anamnese do paciente deve-se considerar: 
história da dor, cronologia, natureza, 
localização, irradiação, fatores de exarcebação 
e de redução da dor. Devem-se realizar testes 
de percussão, palpação, térmicos, elétricos, 
bem como exame radiográfico e de inspeção 
do dente e dos tecidos adjacentes (37). Existem 
vários termos para denominar a manifestação 
sensorial da dentina: hipersensibilidade dental, 
sensibilidade dental, hipersensibilidade 
 
a Cirurgiã-dentista 
b Mestre em Dentística Restauradora pela Faculdade de Odontologia de Bauru-FOB-USP, Doutorando em Materiais Dentários 
pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba-FOP-UNICAMP 
c Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília-UnB-DF, Doutorando em Ciências da Saúde pela Universidade de 
Brasília-UnB-DF 
d Mestre e Doutora em Ciências da saúde pela Universidade de Brasília-UnB-DF, Profa Dra da Faculdade de Ciências da Saúde-
Universidade de Brasília-UnB-DF 
e Especialista, Mestre e Doutora em Dentística Restauradora pela Faculdade de Odontologia de Bauru- 
FOB-USP, Profa Dra da Faculdade de Ceilândia- Universidade de Brasília-UnB-DF. e-mail:garciafcq@unb.br 
 - 
 
Revista Dentística on line – ano 8, número 18, janeiro / março, 2009. 
ISSN 1518-4889 - http://www.ufsm.br/dentisticaonline 
 
Hiperestesia dentinária: Opções de tratamento 30 
dentinária, ou simplesmente, sensibilidade 
dentinária. O termo hipersensibilidade é 
considerado inapropriado, pois há estreita 
relação com as manifestações imunológicas do 
organismo (37). O termo hiperestesia 
dentinária é sugerido por Pereira (37), sendo 
utilizado para diferenciar uma situação de 
extrema sensibilidade a um determinado 
estimulo, e a dor resultante de eventos de 
natureza patológica (28, 36). 
Uma explicação para a ocorrência da 
hiperestesia dentinária basea-se na teoria 
hidrodinâmica de Brännsström e Aström 
(1972). De acordo com esta teoria, estímulos 
de natureza variáveis induzem a 
movimentação dos fluidos contido nos túbulos 
dentinários, os quais excitarão os 
mecanorreceptores na periferia da polpa, 
ocasionando dor. Esta teoria basea-se no fato 
de que o bloqueio dos túbulos dentinários 
interfere na movimentação do fluido ao longo 
da dentina, diminuindo a excitabilidade dos 
nervos, reduzindo desta maneira a hiperestesia 
dentinária (4, 7, 30,37,44,45). 
 
Tratamento da Hiperestesia dentinária 
São inúmeros os agentes e as teorias 
preconizadas para o tratamento da hiperestesia 
dentinária, o que leva a suposição de que 
nenhuma forma de tratamento é totalmente 
eficiente.(26,30,37). Entre as formas de 
tratamento indicadas, incluem-se terapias de 
ação hiperestésicas, vernizes cavitários, 
agentes com ação oclusiva sobre os túbulos 
dentinários, precipitação de proteínas, 
deposição de partículas, aplicação de películas 
impermeabilizadoras, procedimentos 
restauradores, aplicação de laser e 
despolarização de fibras nervosas (45). 
Grossman,1935 (19), recomendou que o 
agente anti-hiperestésico deve ser de fácil 
aplicação, indolor, ter ação rápida e efeito 
prolongado e não promover alteração de cor no 
dente (16). Não há até o momento um agente 
dessenssibilizante ideal que preencha todos 
esses requisitos (37). 
 
Agentes de ação oclusiva sobre os túbulos 
dentinários 
A dentina hiperestésica apresenta 
acentuado número de túbulos dentinários 
expostos e o desaparecimento da hiperestesia 
coincide com a oclusão parcial ou total dos 
túbulos.(29, 1). Os agentes que obliteram os 
túbulos dentinários podem atuar por 
precipitação de proteínas, pela formação e 
deposição de cristais nos túbulos dentinários 
ou por técnicas restauradoras 
convencionais(29, 37). 
 
Precipitação de proteínas 
A aplicação de agentes químicos como 
cloreto de zinco, nitrato de prata, formalina e 
paraformaldeido promovem a destruição dos 
prolongamentos odontoblásticos e a 
precipitação de proteínas na superfície da 
dentina exposta (37). Greenhill e Pashley (18) 
verificaram que a precipitação de proteínas nos 
túbulos dentinários não reduziu a 
condutibilidade hidráulica da dentina, 
representando assim pouca melhoria para a 
hiperestesia dentinária.. 
 
Deposição de partículas inorgânicas 
 
Hidróxido de cálcio 
O hidróxido de cálcio quando aplicado 
em consistência pastosa durante 3 a 5 minutos, 
por meio de brunidura, promove alivio 
imediato da hiperestesia em 75% dos casos 
tratados (27). Segundo Kleinberg, 1986 (25) o 
hidróxido de cálcio facilita a deposição de 
fosfato de cálcio proveniente do fluido 
dentinário e da saliva e promove a obliteração 
dos túbulos dentinários. Pashley et al, 1986 
(34) identificaram que a aplicação subseqüente 
de ácido cítrico a 6% é capaz de remover os 
cristais de hidróxido de cálcio e devolver a 
permeabilidade original à dentina. Desta 
maneira, a ingestão de alimentos ácidos e 
refrigerantes, pode remover os cristais de 
hidróxido de cálcio, previamente formados. 
 
Compostos fluoretados 
Quando as substâncias fluoretadas 
entram em contato com a superfície dental 
mineralizada, reagem quimicamente com os 
íons cálcio e fosfato e possibilitam a formação 
e a precipitação de cristais de CaF2. Porém, 
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Hiperestesia dentinária: Opções de tratamento 31 
estes cristais são bastante instáveis e se 
desassociam logo após a sua formação, 
fazendo que o efeito dos fluoretos seja de curta 
duração (37). Os compostos fluoretados nãoapresentam efeitos oclusivos, sendo que há 
somente uma pequena formação de 
fluorapatita (9). Estes compostos exigem 
várias aplicações por um longo período de 
tempo para que se obtenha um efeito 
significativo na redução da hiperestesia (37). 
Por outro lado, a aplicação de flúorfosfato 
acidulado a 1.23% na superfície dentária 
exposta, por 4 minutos, 1 vez por semana, após 
um período de quatro semanas, eliminou a 
hiperestesia em cerca de 65% dos casos nos 
quais foi utilizado esse tratamento apud 
Pereira, 1995 (37). 
 
Iontoforese 
A iontoforese pode ser denominada de 
cataforese, ionoforese ou eletroforese, e 
consiste na transferência de íons, sob pressão 
elétrica, para a superfície dentinária, a partir de 
soluções de fluoreto de sódio a 1% ou 2% ou 
fluoreto estanhoso a 2%, 4% ou 8% (46). Esse 
método utiliza um eletrodo negativo aplicado 
sobre a dentina, e um eletrodo positivo sob o 
comando do paciente, o qual cria um circuito 
fechado que permite a passagem de uma 
corrente elétrica de 1 μ, promovendo o 
transporte de íons para a dentina (37). Esse 
método é sofisticado e de custo elevado, cujos 
resultados de regressão da hiperestesia pode 
ser obtido com métodos mais simples (5). 
 
Cloreto de estrôncio 
A aplicação de uma solução 
concentrada de cloreto de estrôncio na 
superfície de dentina hiperestésica possibilita a 
troca de cálcio da dentina por estrôncio, 
produzindo estronciapatita e fostato de 
estrôncio no interior dos túbulos dentinários 
(37). Segundo Gedalia et al, 1978 (13), a 
aplicação de cloreto de estrôncio a 10% 
seguido da utilização de fluoreto de sódio a 2% 
foi mais efetivo que o uso do fluoreto de sódio 
isolado no tratamento da hiperestesia. Gillam 
et al, em 1997 (15), verificaram que a 
utilização diária de Sensodyne SC, a partir de 
4 semanas, é eficaz, no controle da 
hiperestesia. O tratamento pode consistir na 
associação da aplicação de agentes anti-
hiperestésicos pelo cirurgião-dentista e o uso 
doméstico de dentifrício contendo cloreto de 
estrôncio hexahidratato a 10%. (37). 
 
Oxalato de potássio 
Os sais de potássio apresentam-se 
eficazes no tratamento da hiperestesia 
dentinária, seja na forma de dentifrícios, seja 
em aplicações tópicas (43). Esses sais ao 
reagirem com o cálcio ionizado da dentina 
formam cristais insolúveis de oxalato de cálcio 
na superfície dentinária e/ou no interior dos 
canalículos, sendo resistente ao 
condicionamento com ácido cítrico a 6% 
(33).O oxalato de potássio é um 
dessensibilizante neural pela liberação de íons 
potássio, que pode alterar as trocas iônicas 
responsáveis pela transmissão do estímulo 
doloroso (24). Entretanto, o aumento 
localizado da concentração de potássio é 
passageiro, e a concentração diminuirá à 
medida que aumenta a velocidade do fluido 
dentinário ou a permeabilidade da barreira 
entre os túbulos e a polpa . Os produtos a base 
de oxalato têm ganhado popularidade em razão 
dos resultados altamente promissores, tanto em 
estudos clínicos quanto em testes laboratoriais 
(37). Porém, a oclusão dos túbulos permite 
uma redução temporária da permeabilidade e 
da sensibilidade, pois os cristais são 
parcialmente dissolvidos nos fluidos orais ou 
perdidos durante a escovação (42). 
 
Biovidros 
Nenhum agente utilizado para o 
tratamento da hiperestesia dentinária é à base 
de um componente inorgânico natural dos 
tecidos mineralizados. Porém, um estudo 
realizado empregando um método a base da 
precipitação de fosfato de cálcio (CaP), sendo 
de composição similar à porção inorgânica da 
dentina, verificou a obliteração dos túbulos 
dentinários com este composto. Dessa forma, o 
uso de um vidro bioativo pode ser usado como 
um meio terapêutico para a mineralização dos 
túbulos dentinários em um meio fisiológico da 
cavidade bucal (12). Um estudo recente 
verificou que um agente dessensibilizante 
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Hiperestesia dentinária: Opções de tratamento 32 
constituído de um vidro bioativo, demonstrou 
uma efetiva redução na condutibilidade 
hidráulica da dentina , mostrando ser um 
tratamento promissor como base de um 
dessensibilizante na regressão da 
sintomatologia dolorosa (10). 
 
Procedimentos restauradores 
As lesões cervicais não cariosas, que 
caracterizam-se muitas vezes por uma 
hiperestesia dentinária, podem apresentar-se 
no formato de cunha ou pires, com uma grande 
superfície dentinária exposta (37). Nessas 
condições, os procedimentos restauradores 
utilizando os cimentos de ionômero de vidro 
ou a associação dos sistemas adesivos com as 
resinas compostas, constituem recursos 
terapêuticos eficientes (37). O clinico deve 
discernir quanto à aplicação do tratamento, 
levando em consideração os aspectos 
biológicos, mecânicos e estéticos. Ide et al, 
1998 (23) demonstraram que a aplicação de 
adesivos dentinários é eficaz na redução da 
hiperestesia dentinária. O oxalato de potássio 
interfere no potencial adesivo de alguns 
sistemas restauradores, reduzindo 
significantemente a resistência adesiva desses 
materiais (32). Os procedimentos restauradores 
são mais demorados e criteriosos, entretanto 
mostram-se significantemente eficazes no 
controle da hiperestesia dentinária (37). 
 
Laser 
A aplicação do laser possibilita a 
liberação de B-endorfinas endógenas, quanto 
apresenta efeito bioestimulador, que resulta na 
deposição de dentina secundária (14). Em 
estudos de microscopia eletrônica de varredura 
observaram a obliteração parcial, ou total ,bem 
com a fusão dentinária, em conseqüência, há a 
redução da condutibilidade hidráulica da 
dentina, Pashley et al ,1992 (36). 
Os laser empregados tanto podem ser 
de baixa potência, HeNe, GaAlAs (diodo), 
quanto de alta potência, CO2, Nd:YAG. Os 
raios laser de baixa potência possuem efeito 
biomodulador, analgésico, antiinflamatório. 
Enquanto os de alta potência atuam no 
rompimento de tecidos por meio de ablação, 
coagulação, vaporização e desnaturação de 
proteínas (26,28). Quando for empregado o 
laser de baixa potência, deve-se eleger 4 
pontos de aplicação dos raios (3 pontos na 
cervical e 1 ponto apical), com comprimento 
de onda de 660nm a 780nm, aplicado em em 4 
sessões. A dose deve ser de 6 j/cm² (25mW / 
10segundos) a 2 j/cm² (10mW/ 10segundos). 
Quando for utilizado o laser de alta potência, 
Nd:YAG, ele deve apresentar 30mJ/pulso a 10 
hz aplicado por 2min, Lizareli et al, 2001 (28). 
O laser de HeNe reduziu a sensibilidade 
dentinária em 98%, após segunda sessão de 
aplicação (2). Zhang et al, 1988 (47) 
verificaram que o laser de CO2 reduziu a 
sensibilidade dentinária em 50% dos casos, 
após 3 meses de avaliação. Estudos 
verificaram que os laser GaAlAs e Nd:YAG 
promoveram redução da sensibilidade 
respectivamente em 65% e 70% dos casos 
apud Yui et al, 1994. Com o aprofundamento 
dos estudos de aplicação dos laser, este método 
deverá tornar-se extremamente útil para o 
tratamento de diversas alterações que 
acometem a cavidade bucal, inclusive a 
hiperestesia dentinária. Esse tratamento possui 
uma limitação devido ao alto custo dos 
aparelhos. 
 
Despolarizadoras das terminações nervosas 
 
Nitrato de potássio 
O uso de nitrato de potássio não obstrui 
os túbulos dentinários e nem promove a 
redução da condutibilidade hidráulica da 
dentina, no entanto o seu emprego pode ser 
considerado uma terapia efetiva no tratamento 
de dentina hiperestésica (21). Acredita-se que 
há um aumento da concentração de íons 
potássio na extremidade interna dos túbulos 
em nível suficiente para inativar às 
terminações nervosas da polpa, Kim, 1986 
(24). Considerando como verdadeira a ação 
neural dessa substância, não se recomenda a 
aplicação de agentes de ação oclusiva 
previamentea utilização de nitrato de potássio, 
pois isso impediria que os íons potássio 
alcançassem as terminações nervosas ao nível 
pulpar (22). Desta maneira é recomendada a 
utilização tópica pelo cirurgião-dentista de gel 
de fluoreto de sódio e nitrato de potássio a 5%, 
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Hiperestesia dentinária: Opções de tratamento 33 
seguido de tratamento doméstico com 
dentifrício contendo nitrato de potássio 5% 
para diminuição da sensibilidade (22). 
 
Efeito placebo 
Placebo são substâncias inertes, sem 
agentes ativos, utilizados como controle para 
determinar a eficácia das substâncias avaliadas 
(29). Estas substâncias possuem características 
clínicas dos agentes anti-hiperestésicos 
(aspecto, viscosidade, coloração) e o seu efeito 
decorre de interações fisiológicas e 
psicológicas do paciente, sendo o 
relacionamento profissional-paciente 
importante para o alivio da dor (37). 
 
Conclusões 
Concomitante ao tratamento 
odontológico efetuado o profissional deve 
orientar e informar ao paciente que a 
hiperestesia dentinária é um evento comum 
após determinados tratamentos odontológicos 
e que pode desaparecer espontaneamente. 
Deve-se recomendar ao paciente: 
-Reduzir a quantidade e a freqüência de 
ingestão de alimentos ácidos, pois são 
substâncias responsáveis pela 
desmineralização do esmalte e dentina ; 
-Evitar escovação imediatamente após o 
consumo de alimentos ácidos; 
-Realizar as técnicas de escovação adequadas, 
utilizando-se de escova macia e dentifrício 
pouco abrasivo; 
-Fazer visitas periódicas ao cirurgião-dentista 
para a proservação do caso; 
-Procurar tratamento médico no caso de 
doenças sistêmicas que envolvam redução do 
fluxo salivar e aumento da acidez bucal. 
 
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