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Aula	01	– 08.08:
>	Organizações	criminosas	(Lei	12.850/13)
Conceito:	
Convenção	Internacional	de	Palermo	trouxe	o	conceito	de	organização	criminosa	e	então	por	meio	de	
decreto	o	Brasil	definiu	o	que	era	a	organização	criminosa;	Apresenta	tipificação	penal,	com	a	vinda	
da	lei	específica	12.850/13,	além	de	trazer	os	meios	de	investigação	que	combatem	as	organizações	
criminosas	e	outros	crimes,	conforme	previsto	no	Art.1,		da	LOC;
a.
Por	volta	dos	anos	2000	que	esse	tratado	foi	subscrito,	e	foi	promulgado	pelo	Brasil	em	2004	pelo	
decreto;
b.
Somente	em	2013	o	ordenamento	jurídico	trouxe	a	lei	sobre	a	organização	criminosa	e	meios	de	
investigação	para	combate-la;
c.
Definido	o	conceito	no	art.	1º	da	lei	12.850/13,	que	traz	os	requisitos	abaixo	para	caracterizar	a	
organização	e	para	configuração	do	crime.
d.
1.
Requisitos	(todos	devem	ser	cumpridos	para	ser	uma	organização):
Associação	de	4	ou	+	agentes	(acorde	de	vontades)	a.
Estrutura	ordenada	(permanência)	(o	encontro	para	prática	do	crime	não	é	eventual)b.
Divisão	de	tarefas	(entre	os	agentes)c.
Objetivo	de	obter	vantagem	de	qualquer	naturezad.
Prática	de	infração	penal	com	pena	máxima	superior	a	4	anos	ou	de	caráter	transnacional,	**	
independente	da	pena	(FINALIDADE)
e.
2.
**	Crimes	de	caráter	transnacional	são	aqueles	que	ultrapassam	as	fronteiras:	foram	praticados	no	Brasil	e	
podem	ter	produzidos	resultados	em	outro	país,	ou	foram	praticados	em	outro	país	e	produzem	resultados	no	
Brasil,	ou	ocorrem	em	outro	país	e	no	Brasil	ao	mesmo	tempo.
Diferenças	e	semelhanças:•
Concurso	Pessoas Associação	Criminosa
Mais	de	uma	pessoa	cometendo	
crime
3	ou	+	pessoas	cometendo	crime
Encontro	fortuito	dos	agentes	para	
pratica	do	crime
Permanência	e	estabilidade	dos	agentes	para	cometimento	do	crime	
Respondem	pelo	crime	praticado,	
não	por	concurso	de	pessoas
Crime	autônomo,	de	associação	criminosa,	não	só	pelo	crime	cometido	/	o	
crime	final	não	precisa	estar	consumado	para	ser	associação	
Crime	menos	grave,	pena	menor Crime	mais	grave,	pena	maior
Tipos	penais	da	Organização	Criminosa:
Art.	2º	da	LOC	- Org.	Criminosa:	Qualquer	pessoa	que	participe	da	organização,	seja	promovendo,	
constituindo,	financiando,	integrando	a	organização.
Pena	de	3	a	8	anos,	e	multa;i.
a.
Art.	2º,	p1º,	- Embaraço	à	investigação:	Pessoa	que	impede	ou	embaraça	a	investigação	de	infração	
penal	que	envolva	organização	criminosa.
b.
Outros	arts.	18/21	da	LOCc.
3.
Obtenção	e	meios	de	obtenção	de	provas
Art.	3º,	I	a	VII	- Em	tese	se	aplicam	a	qualquer	crime,	mas	atualmente	não	é	utilizado	para	os	demaisa.
Colaboração	premiada	(delação	premiada):	É	basicamente	levar	informações	em	troca	de	receber	um	
benefício.	A	lei	9807/99	traz	benefícios	a	quem	deleta,	assim	como	outras	leis	específicas.	O	que	
ocorria	é	que	as	demais	leis	não	falavam	sobre	os	requisitos	e	instrumentos	para	essa	delação,	
somente	na	lei	12.850	que	essa	lacuna	foi	preenchida.	A	delação	premiada	não	é	prova,	é	meio	dê	
obtenção	de	prova.	Logo	não	pode	haver	acusação	de	agente	somente	com	testemunho	do	
colaborador.	
Requisitos	(para	que	possa	realizar	a	delação	premiada)
Ao	menos	1	dos	resultados	previstos	nos	incisos	do	art.	4º	(não	cumulativos)	- (quais	os	
demais	participantes/	comparsas/	quem	mais	participou	do	crime;	como	era	o	
funcionamento	da	organização;	informar	quando	ocorrerão	mais	crimes	programados.	
Não	pode	provocar	os	demais	participantes	a	praticar	o	crime	para	se	enquadrar	no	
inciso;	auxiliar	as	autoridades	a	encontrar	o	produto	do	crime;		localização	de	eventual	
vítima	(sequestro);	
•
informar	quando	ocorrerão	mais	crimes	programados,	não	pode	provocar	os	demais	
participantes	a	praticar	o	crime	para	se	enquadrar	no	inciso
•
O	colaborador	deve	confessar	- não	pode	apontar	apenas	os	crimes	dos	demais	
participantes.	A	sua	participação	deve	ser		contada.
•
Efetividade	da	colaboração	- O	que	o	colaborador	contou	foi	eficaz	para	a	investigação?	
Contou	algo	novo,	trouxe	informações	importantes,	o	que	forneceu	e	trouxe	de	
elementos	foi	útil	para	a	investigação.	Deve	levar	algo	que	nenhum	outro	colaborador	
ainda	tenha	levado.
•
Renúncia	ao	direito	ao	silêncio	e	prestar	compromisso	com	a	verdade	- não	pode	ficar	em	
silêncio	e	DEVE	dizer	a	verdade;	se	mentir	pode	haver	revogação	do	acordo
•
i.
Benefícios	ao	colaborador
Redução	da	pena	em	até	2/3	ou	substituição	da	pena	para	restritiva	de	direito•
Perdão	judicial,	causa	extintiva	de	punibilidade	(já	esta	na	fase	da	ação	penal)•
Não	ser	denunciado	(esta	na	fase	de	investigação,	ainda	não	foi	nem	oferecida	denúncia)	
se	não	for	o	líder	da	ordem	do	crime	e	deve	ser	o	primeiro	a	delatar
•
II.
Momento	
A	qualquer	tempo,	mas	se	realizada	após	a	sentença	o	benefício	será	apenas	a	redução	
da	pena	ou	progressão	de	regime
•
III.
b.
4.
Meios	de	Investigação:4.
Acordo	entre	colaborador	e	MP	(negocião,	pode	ser	o	MP	Estadual	ou	Federal);	entre	colaborador	e	polícia;	•
Juiz	só	homologa,	ou	recusa,	ou	arquiva	/	o	juiz	analisa	os	aspectos	formais,	pode	até	ouvir	o	Colaborador	
para	questionar	se	está	de	acordo,	se	foi	pressionado	para	faze-lo
•
Revogado	em	caso	de	mentira,	ocultação	de	fato;	e	retratação,	as	partes	podem	"voltar	atrás",	mesmo	que	
homologado.	Tanto	o	MP	quanto	o	colaborador.	
•
Se	acordo	passa	a	não	ter	validade,	as	provas	apresentadas	por	esse	colaborador	não	poderão	ser	utilizadas	
para	sua	condenação,	apenas	as	provas	de	outras	testemunhas	sobre	o	mesmo	fato	poderão	incrimina-lo
•
Ação	controladac.
As	autoridades	esperam	o	momento	adequado	para	agir,	para	tentar	identificar	mais	agentes,	mais	crimes	que	
acontecerão	
Infiltração	de	agentesd.
Agente	da	polícia	ou	do	MP	acaba	integrando	a	organização,	as	vezes	até	pratica	crime	(não	pode	haver	excesso)
########	
Aula	02	- 15.08:
CRIMES	CONTRA	A	ORDEM	TRIBUTÁRIA		(arts.	1	e	2	da	Lei	8137/90)Ø
Noções:	visa	proteger	a	arrecadação	de	tributos,	que	tem	destino	aos	cofres	púbicos;	o	intuito	é	
criminalizar	condutas	que	"mascarem"	a	realidade	tributária,	ou	seja,	falsificando.	Não	há	crime	quando	
simplesmente	se	deixa	de	recolher	um	tributo.	
1.
Condutas:	crime	de	conduta	múltipla	- suprimir,	reduzir	(tributo	ou	contribuição	social),	mediante	omissão,	
fraude,	falsificação,	alteração,	etc,	sendo	que	todas	as	disposições	remetem	à	falsidade	ou	fraude	(incisos	
do	artigo	1);	
2.
Elemento	subjetivo:	dolo	3.
Consumação:	entendimento	STF	- súmula	vinculante	24.	Crime	material	(conduta	+	resultado,	sendo	
exigido	este	último);	anteriormente,	o	processo	penal	era	concomitante	ao	processo	administrativo	
tributário.	Entretanto,	por	vezes,	a	criminalização	ocorria	antes	mesmo	da	decisão	tributária,	o	que	
importava	em	condenações	errôneas.	Usava-se,	portanto,	a	esfera	penal	como	meio	coercitivo	para	
cobrança	do	crédito	tributário.	Desta	forma,	surgiu	a	SV	24,	que	afirmar	não	poder	ser	considerado	crime	
tributário	enquanto	nao	houver	o	lançamento	tributário	definitivo.	Portanto,	o	crime	contra	a	ordem	
tributária	somente	se	consuma	com	a	inscrição	do	crédito	em	dívida	ativa;	
4.
Tentativa:	não	admite;	5.
Prescrição:	início	do	prazo	se	dá	a	partir	da	consumação	do	crime	(de	encontro	com	a	SV	24,	mencionada	
acima;	
6.
Outros	crimes	- Art.	2:	
I,	fazer	declaração	falsa	para	eximir-se	do	pagamento	de	tributo	(crime	formal,	pois	a	conduta,	por	si	
só,	consuma	o	crime.	A	segunda	parte	do	tipo	é	mera	finalidade	e	não	resultado);	
a.
II,	deixar	de	recolher	tributo	que	descontou	ou	cobrou	(descontar	IR	do	empregado	e	não	repassar	à	
RFB);	
b.
7.
Causas	extintivas	de	punibilidade:
Pagamento	- lei	10.684/03,	art.		9,	p.2;	a.
Parcelamento	-		suspende	a	punibilidade;	deve	ser	celebrado	até	o	recebimento	da	denúncia	(art.		83,	
Lei	9.430/96).	
b.
8.
LAVAGEM	DE	DINHEIRO	- Art.	1	da	Lei	9613/98ØConceito:	qualquer infração	penal	anterior	resulta	em	vantagem	econômica	ilícita,	que	precisa	ser	colocada	
em	circulação	no	mercado,	de	maneira	lícita;	
1.
Exclusão	do	rol	de	crimes	antecedentes	- objeto:	"bens,	valores	ou	direitos	provenientes	de	infração	penal"		
(Lei	12.683/12);	
2.
Fases	da	Lavagem	(cada	uma	das	fases,	por	si	só,	configura	o	crime):	
Ocultação	(art.	1)	- procedimento	por	meio	do	qual	o	agente	oculta	o	bem,	afastando-o	da	origem	do	
crime;	
a.
Dissimulação	(massacramento),	art.		1,	I	-b.
Reinserção,	art.	1,	p.1	e	2	-c.
3.
Elemento	subjetivo - sempre	com	dolo	de	"lavar";4.
Questões	Processuais:	
Independência	do	processo	(ação	penal)	da	lavagem	com	a	infração	penal	antecedente	- art.	2,	II:	
bastam	indícios	da	lavagem	para	processar;	
a.
Competência	- será	do	juízo	competente	para	julgamento	da	infração	penal	antecedente	(art.		2,	III)	b.
5.
LEI	9.613/98	- LAVAGEM	DE	CAPITAISØ
- lavagem	de	capitais	porque	quase	todos	os	objetos	que	tenham	valor	econômico	podem	ser	objeto	material	
do	crime
- objeto	material:	quase	todos	aqueles	que	tenham	valor	econômico
1.	Sujeito	Ativo:	o	entendimento	majoritário	é	no	sentido	de	que	o	sujeito	ativo	do	crime	antecedente	também	
pode	ser	sujeito	ativo	da	lavagem	de	dinheiro,	por	se	tratarem	de	bens	jurídicos	penais	distintos.
2.	Verbos	Núcleos	do	Tipo:	ocultar	- esconder,	de	forma	a	impedir	o	acesso	das	autoridades;	dissimular	- criar	
estratagemas	de	forma	a	macular	a	origem	ilícita.
-Os	bens	objeto	da	lavagem	de	dinheiro	jamais	deixarão	de	ter	origem	ilícita,	ou	seja,	na	lavagem	de	dinheiro	só	
há	a	aparência	de	Licitude.	
4. Pena:	de	3	a	10	anos.	O	procedimento	adotado	é	o	ordinário,	estando	o	acusado	sujeito	à	pena	em	regime	
fechado.	
ASPECTOS	PROCEDIMENTAIS:-
Infração	Penal	não	Transeunte	- a	lavagem	de	capitais	deixa	vestígio.	Diante	disso,	a	comprovação	do	crime	
depende	de	perícia	ou	prova	apta	(arts.	158	e	167,	CPP).	
•
Ação	Penal	- Pública	Incondicionada	•
Bem	jurídico	penal	tutelado	- ordem	financeira•
Sujeito	passivo	- sociedade	•
Competência	- segue	a	do	crime	antecedente.	Conforme	o	art.	2º,	da	Lei	9.613,	a	competência	para	o	
julgamento	da	lavagem	de	dinheiro	será	determinada	pela	competência	para	o	julgamento	do	crime	
antecedente,	ou	seja,	quando	o	crime	antecedente	for	da	competência	da	justiça	federal,	a	lavagem	
também	o	será;	quando	o	crime	antecedente	for	da	competência	da	justiça	estadual,	a	lavagem	também	o	
será.	
•
Autonomia	relativa	- processualmente	a	legislação	exige	a	mera	indicação	de	indícios	da	existência	do	crime	
antecedente.	Diante	disso,	pode-se	concluir	que	o	preenchimento	do	requisito	relacionado	à	conduta	
antecedente	estará	preenchido	independentemente	da	existência	de	condenação,	processo	ou	
investigação.		
•
*é	autônomo	no	sentido	de	não	precisar	de	comprovação.
-O	art.366,	do	CPP	não	é	aplicável	em	relação	aos	crimes	de	lavagem	de	dinheiro.	O	processo	penal	por	ser	
tutelador	de	bens	indisponíveis	NÃO	admite	a revelia.		
Diante	desta	hipótese,	o	art.	366,	do	CPP	dispõe	sobre	a	suspensão	do	processo	e	a	suspensão	do	
transcurso	do	prazo	prescricional.	Excepcionalmente,	estas	suspensões	não	são	aplicáveis	à	lavagem	de	
dinheiro	por	conta	do	disposto	no	art.2o,	da	Lei	9.613.		
********
22.08	- Aula	03:
DOS	CRIMES	CONTRA	O	SISTEMA	FINANCEIRO	NACIONAL	- LEI	7492/86Ø
Sistema	financeiro:	é	o	conjunto	de	órgãos	que	regulamenta,	fiscaliza	e	executa	as	operações	necessárias	
para	a	circulação	Da	moeda	e	do	crédito	na	economia.	
1.
Bem	jurídico	protegido:	sistema	financeiro	nacional.		2.
Incidência:	
mercado	financeiro	a.
mercado	de	valores	mobiliários	(lei	6385/76)	b.
3.
Sujeito	ativo:	
crimes	próprios	(art.	25,	para	administração	de	instituição	financeira)				a.
crimes	comuns	(ex.	Art.	22)	b.
4.
Tipos	penais:
art.	4,	caput,	gestão	fraudulenta	de	instituição	financeira	(caput):	exige	habitualidade	(atos	que,	por	
si	só	não	são	ilícitos,		mas	precisam	de	práticas	reiteradas);	crime	próprio,		de	mera	conduta	(não	
prevê	resultado)	
art.		4,	pu,	gestão	temerária	- gestão	arriscada,		além	do	razoável	(subjetivo).			i)
a.
art.		16,	operar	instituição	financeira	sem	autorização	- doleiro.	b.
art.	17,	empréstimo	vedado	- vedação	de	empréstimo	do	banco	para	determinadas	pessoas,	que	não	
sejam	a	ele	vinculadas.	Rol	no	artigo.	Visa	proibir	simulação.		
c.
art.	22,	evasão	de	divisas	(riquezas)	
Efetuar	operação	de	câmbio	não	autorizada	para	evasão	divisas	(caput)	I.
Promover	saída	de	divisas	sem	autorização	(sem	declarar)	(pu)II.
Manter	depósitos	no	exterior	sem	declarar	(pu)	III.
d.
5.
CRIMES	CONTRA	AS	FINANCAS	PUBLICASØ
Art.	359	a	394-H,	CP•
Em	geral	incrimina	os	agentes	públicos	que	cometem	crime	financeiro	contra	o	Estado•
Visam	proteger	as	finanças	públicas•
Estes	princípios	estão	no	art.	37	CF•
Bem	jurídico	penal	tutelado:	finanças	públicas,	no	sentido	de	que	é	proibido	gastar	mais	do	que	se	
arrecada	ou	de	comprometer	o	orçamento	além	do	que	a	lei	permite.	
•
Exemplos	de	crimes:	•
Art.	359	A:	para	que	o	ente	federativo	faça	uma	operação	de	crédito,	quando	exigido	por	lei,	deve	
pedir	autorização	para	o	legislativo.	Se	faz	sem	essa	autorização	pratica	o	crime.
•
LC	101/2000	,	art.	29,	III	(lei	de	responsabilidade	fiscal)•
Se	o	prefeito	quem	praticar	o	crime	(DL	201/17)	há	sanções	especiais•
Art.	359	B:	só	pode	incluir	despesas	no	que	falta	a	pagar,	se	esta	estiver	empenhada	(prometida)	
anteriormente.	
•
Art.	359	C:	para	aquele	que	exerce	os	últimos	8	meses	do	mandato	não	pode	gastar	com	o	que	
quiser,	tem	limites	para	os	gastos	e	deve	assumir	obrigações	somente	até	o	final	do	seu	mandato.	Há	
exceções	mas	deve	haver	caixa	para	isso.
•
Art.	359	D:	ordenar	despesa	não	autorizada	por	lei.•
*******
29.08	- Aula	04
CRIMES	CONTRA	A	ADMINISTRAÇÃO	PÚBLICA	(312,	CP)Ø
Praticados	por	funcionário	público	(327)	-
Peculato	(art.	312):	-
- Peculato	admite	concurso	de	pessoas?	sim,	desde	que	saiba	da	condição	de	funcionário	público.	
Circunstâncias	pessoais	não	irão	se	comunicar	salvo	se	elementares	do	crime,	ou	seja,	se	estiver	previsto	no	
crime.	
Apropriação	de	bem	do	qual	tem	posse,	como	se	seu	fosse○
Desvio	de	bem,	dando	a	ele,	outra	finalidade,	sem	necessariamente	se	apossar	○
Furto	- facilidade	de	acesso	a	determinado	bem,	em	função	do	cargo	○
Culposo	- por	imprudência	ou	negligência	do	agente	público,	o	crime	e	praticado	(delegado	deixa	a	
delegacia	aberta)	
○
Concussão	(art.	316):	exigir vantagem	indevida
P.1,	excesso	de	exação	(cobrança	de	tributo)
Exige	tributo	indevido	OU	cobra	tributo	devido	de	forma	vexatória	§
OBS.:	se	envolver	tributo,	lei	8137/90§
○
-
Corrupção	passiva	(art.	317)
Solicitar,	receber,	aceitar	promessa ->	em	razão	da	função	->	de	vantagem	indevida	<- oferecer,	
prometer (art.	333,	corrupção	ativa,	praticada	pelo	particular)	
○
OBS.: para	que	se	configure	a	corrupção	ativa,	e	necessário	o	oferecimento	ou	a	promessa.	O	fato	de	
o	agente	privado	pagar/dar	dinheiro	ao	agente	público,	que	pratica	corrupção	passiva,	não	o	incide	
em	corrupção	ativa!!!	ELE	NAO	PRATICA	NENHUM	CRIME!!!			
P2,	corrupção	passiva	privilegiada	
Pratica,		retarda,	deixa	de	praticar	->	ato	de	ofício	->	infringindo	dever	=	cedendo	a	
pedido/influência	de	outrem	
§
○
-
Prevaricação	(art.	319)
Pratica,	retarda,	deixa	de	praticar	->	ato	de	ofício	=	por	interesse	ou	sentimento	pessoal	○
-
Facilitação	de	contrabando	ou	descaminho,	que	sao	praticados	por	particulares	(art.	318)			(prova*)-
Contrabando=		não	tem	a	ver	com	tributo,	mas	com	importação	ou	exportação	de	mercadoria	proibida.
Descaminho=	sonegação	fiscal	de	parte	ou	todo	de	tributo,	pela	entrada,	saída	ou	consumo	de	mercadoria	
Praticados	por	particular:
Resistência,	art.	329,	a	uma	ordem	legal,	por	violência/ameaça○
Desobediência,	art.	330,	não	cumprimento	de	ordem	legal	○
Desacato,art.	331,	continua	crime	- STJ,	ofensa	ao	funcionário	público	no	exercício	da	função	○
Tráfico	de	influência,	art.	332
Solicitar,	exigir,	cobrar,		obter	->	para	si	ou	para	outrem	->	vantagem	indevida	ou	promessa	de	
vantagem	->	a	pretexto	de	influir	em	ato	de	funcionário	público	
-
Obs:	Solicitar	ou	receber	dinheiro	ou	outra	utilidade,	a	pretexto	de	influir	em	ato	de	juiz/	MP/	
Perito/	testemunha/tradutor/intérprete	=>	357,	crime	de	exploração	de	prestígio
-
○
-
CRIMES	CONTRA	A	ADMINISTRAÇÃO	DA	JUSTICA	Ø
Art.	339,	denunciação	caluniosa	(contra	quem	sabe	inocente),	atribuir	fato	criminoso	a	outrem,	sabendo	
ser	inocente,	com	o	fim	de	prejudicar	o	imputado.	Na	calúnia,	o	dolo	é	de	atingir	a	honra,	apenas.	
-
Art.		340,	falsa	comunicação	de	crime	(ninguém	específico),	"acusa"	a	existência	de	um	crime	que	não	
existe	(trote)	
-
Art.		342,	falso	testemunho,	nega	a	verdade,	omite	em	juízo/processo	administrativo.	Pode	haver	
retratação,	até	a	sentença	condenatória	do	processo	principal.	
-
Art.	348,	favorecimento	pessoal,	auxiliar	autor	de	um	crime	a	escapar	da	autoridade	-
Art.		349,	favorecimento	real	- tornar	seguro	o	proveito	do	crime.	Ex:	dinheiro/bem	proveniente	de	crime	e	
vc	auxilia	a	esconder	esse	dinheiro/bem	
-
Art.		357,	exploração	de	prestígio	- quando	juiz,	MP,	perito	ou	testemunha	usam	de	sua	profissão	para	
facilitar
-
*****
05.09	- Aula	05:
LEI	ANTICORRUPÇÃO	- 12.846/13Ø
Regulamentação	decreto	8420/15	(federal)	e	60106/14	(estadual	SP)-
Não	e	lei	penal.	não	tem	pena	privativa	de	liberdade	e	não	prevê	crime.	prevê	condutas	previstas	no	CP	e	
em	lei	especial	(licitação)	
-
Antes	dela,	somente	se	previa	responsabilização	por	processo	judicial	-
Prevê	responsabilidade	civil	e	administrativa	para	as	pessoas	jurídicas	nacionais	e	estrangeiras,	envolvidas	
em	atos	de	corrupção	e	fraude	a	licitação	
-
Responsabilidae	objetiva:	basta	o	nexo	de	causalidade	(a	existência	da	PJ	e	o	ato	lesivo,	em	benefício	da	PJ)		-
A	responsabilização	da	pessoa	jurídica	não	exclui	a	dos	seus	gestores	-
Atos	lesivos:	art.		5,	inciso	I	a	V-
Sanções
Esfera	administrativa	
Multa,	que	vai	de	0,1	a	20%	do	faturamento	bruto	do	exercício	anterior,	nunca	sendo	inferior	
ao	valor	da	vantagem	indevida	pretendida	ou	recebida.	Se	não	apurar	faturamento,	varia	de	6	
mil	a	60	milhões.	Multa	não	exclui	a	obrigação	de	reparar	o	dano.			
-
Publicação	da	decisão	sancionadora	na	grande	imprensa	-
Sanções	da	lei	8666	(proibição	de	licitar	e	firmar	contrato	com	administração	pública)	-
○
Critérios	para	fixação	das	sanções:	
Gravidade	da	infração	-
Vantagem	auferida/pretendida-
Consumação	ou	não	da	infração	-
Grau	de	lesão	ou	perigo	de	lesão	-
Efeito	negativo	-
Situação	econômica	da	PJ-
Cooperação	da	PJ	para	as	investigações-
Existência	de	compliance	(mecanismos	de	controle,	prevenção,	incentivo	a	denúncia,	
elaboração	de	código	de	ética	e	de	conduta,	para	efetivo	cumprimento	das	leis)		
-
Valor	dos	contratos	mantidos	pelo	infrator	-
○
-
Procedimento	- "PAR"	(Processo	Administrativo	de	Responsabilização)
Competência	- da	autoridade	máxima	da	entidade	vítima○
Competência	concorrente	- ministério	da	transparência	(antiga	CEU)	○
Acordo	para	a	PJ	- acordo	de	leniencia,	cuja	competência	e	do	ministério	da	transparência	(art.	29).	O	
acordo	de	leniência	equipara-se	a	delação	premiada.	Visa	reduzir	as	sanções.	O	acordo	de	leniência	
previsto	na	lei	anticorrupção	não	protege	as	pessoas	físicas	envolvidas	de	algum	modo	com	a	fraude,	
a	lei	que	protege	essa	pessoa	física	é	a	da	delação	premiada.	As	vezes,	ocorre	de	um	colaborador	
fazer	um	ato	de	corrupção	que	a	direção	da	empresa	não	ficou	sabendo	ou	que	era	proibido,	nesse	
caso	pode	haver	conflito	entre	a	PJ	e	o	colaborador	nas	defesas.	Nesse	caso	a	PJ	faz	a	leniência	e	
recebe	as	sanções	administrativas	e	o	colaborador,	que	não	é	protegido	pela	PJ,	deve	realizar	os	atos	
de	defesa	por	conta	própria.	A	defesa	do	colaborador	pode	ser	negar,	o	que	é	um	risco	se	a	PJ	já	
assumiu	no	âmbito	administrativo,	ou	pode	fazer	a	delação	premiada.	O	sócio,	diretor,	presidente,	no	
caso	de	não	saber	dos	atos	de	corrupção,	defende-se	penalmente/criminalmente	e	deve	provar	que	
não	sabia	dos	fatos.	Se	o	acordo	de	leniência	for	rejeitado	não	importa	em	reconhecimento	de	culpa	
e	os	elementos	entregues	são	devolvidos	a	PJ	(ao	contrário	da	delação	premiada)
Requisitos	para	a	leniencia	
iidentificação	dos	demais	infratores	•
oobtenção	de	informações	e	provas	•
a	PJ	deve	ser	a	primeira	a	se	manifestar	•
ddeve	cessar	a	atividade	lesiva	•
aadmitir	a	conduta	lesiva	(confessar)	•
-
Limite	temporal	- até	a	conclusão	do	PAR	-
Consequências	do	acordo	
isenção	da	publicação	da	decisão	na	imprensa	•
isenção	da	proibição	de	receber	incentivos,	subsídios,	empréstimos,	etc,	da	
administração	pública	
•
isenção	das	sanções	previstas	na	8666•
redução	de	2/3	da	multa	•
-
○
OBS1:	não	livra	a	PJ	de	reparar	o	dano	○
OBS2:	nao	livra	as	pessoas	físicas	da	responsabilidade	penal	(delação	premiada)	○
-
Não	é	uma	lei	penal	pois	não	traz	crimes	e	impõe	pena	privativa	de	liberdade.	O	que	há	previsto	na	lei	são	
condutas	paralelas	previstas	na	lei	penal	ou	leis	especiais
•
Essa	lei	veio	para	impor	e	prever	hipóteses	de	responsabilidade	civil	e	administrativa	das	PJs	envolvidas	em	
atos	de	corrupção	ou	em	atos	de	fraude	a	licitação	
•
Essa	lei	veio	para	deixar	o	Brasil	em	paralelo	com	grandes	países	como	EUA•
Não	há	sanções	para	pessoas	físicas,	mas	não	exclui	a	possibilidade	de	outras	sanções	as	pessoas	físicas•
Vigora	sobre	a	responsabilidade	objetiva,	isso	é,	basta	o	nexo	de	causalidade.	Basta	a	relação	entre	a	PJ	e	o	
ato	lesivo,	este	sendo	ou	não	finalizado.
•
Deve	ser	um	ato	de	corrupção	em	benefício	da	PJ	para	caracterizar	anticorrupção,	se	for	um	ato	em	
benefício	próprio	já	não	cabe	nessa	lei
•
*******
12.09	- Aula	06:	
CRIMES	CONTRA	AS	LICITAÇÕES	- LEI	8666/93	+	Art.	37,	XXI	(XXI	- ressalvados	os	casos	especificados	na	
legislação,	as	obras,	serviços,	compras	e	alienações	serão	contratados	mediante	processo	de	licitação	
pública	que	assegure	igualdade	de	condições	a	todos	os	concorrentes,	com	cláusulas	que	estabeleçam	
obrigações	de	pagamento,	mantidas	as	condições	efetivas	da	proposta,	nos	termos	da	lei,	o	qual	somente	
permitirá	as	exigências	de	qualificação	técnica	e	econômica	indispensáveis	à	garantia	do	cumprimento	das	
obrigações).
Ø
Crimes	em	espécie	:	1.
Art.		89,	dispensar	ou	inexigir	licitação	fora	das	hipóteses	legais	(hipoteses	de	dispensa	e	inexigencia	- arts.		
24	e	25)	
crime	próprio,	sujeito	ativo	e	o	funcionário	público,	crime	de	mera	conduta			○
-
Art.		90,	frustrar	ou	fraudar	o	caráter	competitivo	da	licitação	(sujeito	ativo	e	o	licitante)-
Art.		91,	patrocinar	interesse	privado	perante	a	administração,	dando	causa	a	instauração	de	licitação	ou	
celebração	de	contrato	(condição	objetiva	- licitação	ser	invalidada	pelo	Poder	Judiciário)	
-
Art.		92,	possibilitar	vantagem	em	favor	do	adjudicatário	(quem	venceu	a	licitacao)	sem	autorização	legal;		-
Art.		93,	impedir,	perturbar	ou	fraudar	ato	do	procedimento	licitatório	-
Art.	94,	devassar	o	sigilo	de	proposta	apresentada	em	procedimento	licitatório	-
Art.	95,	afastar	ou	procurar	afastar	licitante	por	meio	de	violência,	grave	ameaça	ou	oferecimento	de	
vantagem	(incorre	no	crime	o	sujeito	ativo	e	o	ativo)	
-
Crimes	de	terrorismo	- lei	13260/16Ø
Fundamento	constitucional	- art.	5º,	inciso	XLIII,	CF•
A	lei	de	Terrorismo	não	se	aplica	a	crimes	políticos	e	contra	o	Estado	democrático	de	direito.	O	art.	5º	diz	
que	é	crime	inafiançável	e	imprescritível	os	crimes	contra	ordem	constitucional	e	o	Estado	Democrático.	
Esses	crimes	são	regulamentados	na	lei	7.170/83.
Definição	de	terrorismo	- art.	2º,	caput•
Consiste	na	prática,	de	1	ou	mais	indivíduos,	os	atos	previstos	neste	artigo	por	razões	dexenofobia,	
discriminação	ou	preconceito	de	raça,	cor,	etnia,	religião,	quando	cometidos	a	fim	de	provocar	terror	social	
- É	um	crime	equiparado	a	crime	hediondo,	mas	este	não	é	imprescritível	
Atos	de	terrorismo	- £1º	do	art.	2º,	inc.	I,	IV	e	V•
É	uma	lei	muito	focada	em	perigos	abstratos
IV	- ato	pelo	qual	um	agente	terrorista	toma	conta	de	um	meio	de	sistema	de	comunicação,	sistema	
bancário,	sistema	de	água,	etc.
Integrar	organização	terrorista	- art.	3º•
Crime	autônomo	/	+	ou	- como	a	organização	criminosa,	mas	aqui	não	precisa	haver	mínimo	de	agentes	e	
estruturas	como	habitualidade,	etc.
Art.	5º:	realizar	atos	preparatórios	de	terrorismo	com	propósito	terrorista•
Iter	criminis	=	cogitação	do	crime	/	preparação	/	atos	de	execução	/	consumação/	exaurimento
Para	crimes	em	gerais,	a	punição	inicia	nos	atos	de	execução,	isso	é,	o	crime	começa	a	ser	tentado	nos	atos	
de	execução	
Os	atos	preparatórios	podem	configurar	crimes	autônomos	(ex.	Porte	ilegal	por	arma	de	fogo)
A	lei	de	crimes	terroristas	pune	nos	atos	preparatórios,	o	que	é	uma	exceção	aos	demais	crimes	gerais	do	
CP.	Deve-se	analisar	as	circunstâncias	da	situação.
Art.	6º:	financiar	o	terrorismo•
Precedente:	"Operação	hashtag	JF	de	Curitiba"•
********
19.09	- Aula	07:
>	Processo	Penal:	das	questões	e	processos	incidentes	
>Noções	gerais
>Questões	prejudiciais
Diz	respeito	a	questões	que	devem	ser	analisadas	antes	do	juiz	analisar	o	mérito	da	causa.	Não	se	trata	de	
preliminares,	mas	uma	espécie	desta	(ex:	após	término	do	inquérito	policial,	eh	feito	o	relatório	e	enviado	ao	MP,	
que	irá	analisar	pelo	arquivamento,	pedido	de	mais	provas	ou	continuidade.	Caso	tenha	indícios	de	quem	for	o	
autor	eh	oferecida	a	denúncia;	O	juiz	pode	receber	a	denúncia,	iniciando	o	processo	ou	recusa-la.	Caso	aceite,	ele	
manda	citar	para	responder	a	acusação,	por	escrito,	em	10	dias	- Art.396/396-A,	podendo	colocar	assuntos	
preliminares,	entre	elas	as	questões	prejudiciais
Elas	se	dividem	em	duas:
obrigatórias	(Art.92,	CPP):	questão	que	está	sob	apreciação	do	juízo	cível,	com	relação	ao	estado	civil	das	
pessoas	(ex:	bigamia).	Aqui	se	suspende	o	processo	até	o	trânsito	em	julgado	do	processo	civil.	O	prazo	será	
prescricional	(Art.116,	do	CP)
•
(ex:	esbulho	possessório	da	qual	depende	a	existência	do	crime,	vez	que	a	legitimidade	da	posse	ainda	não	foi	
decidida	no	juízo	cível.	Eh	necessário	analisar	civilmente	para	depois	verificar	a	questão	criminal;	
facultativas	(Art.93,	CPP):	questões	de	natureza	civil,	que	não	as	de	cunho	do	artigo	anterior.	Se	houver	
sido	proposta	ação	no	juízo	cível,	o	juiz	criminal	poderá	suspender	a	ação	penal,	desde	que	seja	questão	de	
difícil	solução		e	não	verse	sobre	direito	cuja	prova	a	lei	civil	admite	e	após	inquirição	de	testemunhas	e	
realização	de	outras	provas	de	natureza	urgente.	
•
>Procedimento
Suspende	o	processo	e	espera	a	decisão	no	juízo	cível.
>Das	exceções	(Art.95,	CPP)
Noções•
Formas	indiretas	de	defesa.	São	exceções:	
- suspeição	(juiz	suspeito,	pois	é	inimigo	do	réu,	por	ex);	
- incompetência	do	juízo:	ex	- litispendência	(mesmo	fato	em	2	processos	idênticos);	
- ilegitimidade	de	parte;	
- coisa	julgada	(réu	já	foi	processado	e	julgado	pela	mesma	acusação).
As	exceções	de	forma	geral	apresentam	as	seguintes	características	com	relação	aos	Procedimentos:•
1)podem	ser	apresentadas	verbalmente	ou	por	escrito;
2)devem	ser	apresentadas	no	prazo	da	resposta	à	acusação	- 10	dias	(ou	seja,	no	prazo	da	1o	defesa	apresentada	
no	processo),	sob	pena	de	preclusão
3)devem	ser	apresentadas	em	apartado,	ou	seja,	separadamente.
4)podem	ser	reconhecidas	de	ofício	pelo	juiz	a	qualquer	tempo.	
>Exceção	de	suspeição	e	de	impedimento	
Juiz:	
impedimento	(252/253)	- ter	relação	com	a	causa,	diretamente	ou	por	parentesco.	Não	poder	atuar	
em	colegiado	com	parente	no	mesmo	processo;	
•
suspeição	(254)	- amizade	íntima,	inimizade,	ter	relação	com	os	envolvidos	no	processo.•
•
Promotor/Procurador	(258)	- não	poderão	atuar	em	causas	em	que	tenha	parentesco	com	juiz	ou	qualquer	
das	partes
•
Intérpretes/Peritos/Serventuários	(105,	274	e	281)	- mesma	aplicação	dos	juízes•
*Deve	ser	decidida	antes	das	demais	exceções;
*quando	se	entra	com	pedido	de	suspeição	contra	o	juiz,	este	vai	se	manifestar,	mas	não	poderá	decidir.	A	
decisão	será	realizado	pelo	tribunal.
>Exceção	de	incompetência	(arts.	108	e	ss)
- Em	razão:
1)Da	matéria	(absoluta):	JM	e	JE	(especiais)	e	JC	(JF	e	JE)
2)Da	Pessoa	(absoluta)
3)Lugar	(relativa	- prorrogação	da	competência	se	não	alegada	no	prazo	estipulado	- dentro	da	
resposta	a	acusação- incide	a	preclusão)
>Exceção	de	litispendência	
>Exceção	de	ilegitimidade	de	parte
>Exceção	de	coisa	julgada
- O	rito	das	3	acima	eh	o	mesmo	da	exceção	de	incompetência	- autos	apartados.	Aqui	o	processo	não	é	
suspenso,	o	processo	tem	seu	andamento	normalmente.
*obs: as	exceções,	em	tese,	quando	não	são	acolhidas/aceitas,	não	existe	previsão	de	recurso	cabível.	Contudo,	
se	o	juiz	acolhe	a	exceção	o	recurso	cabível	será	o	RECURSO	EM	SENTIDO	ESTRITO	- RESE	(Art.581,	CPP).	Da	
suspeição	do	juiz	não	cabe	qualquer	recurso,	pois	quem	analisará	eh	o	Tribunal.	
>Da	Restituição	de	coisas	apreendidas	(Art.118,	CPP	e	Art.91,	CP)
- Os	pertences	que	foram	apreendidos	durante	o	processo	serão	restituídos	quando	estes	não	forem	mais	
necessários/interessarem	ao	processo	(ex:	celular	que	não	servirá	como	objeto	de	prova);	ou	também	serão	
devolvidos	quando	não	forem	instrumento	do	crime.
- Contudo,	se	instrumentos	do	crime e	não	forem	ilícitos	vão	depender	do	contexto	(ex:	carro	não	é	instrumento	
ilícito,	mas	ainda	é	necessário	fazer	uma	perícia).
-		Portanto,	aqui	a	medida	cabível	para	requerer	a	devolução	eh	o	pedido	de	RESTITUIÇÃO	ao	próprio	juiz	do	
processo.
Restituição:	quando	não	interessarem	ao	processo;	quando	não	forem	instrumento	do	crime•
>Das	medidas	assecuratorias	(apresenta	natureza	cautelar,	assim	servem	de	instrumento)- São	medidas	
assecuratorias	patrimoniais	as	abaixo	listadas	(ex:	prática	do	crime	resultou	em	provento	de	500mil	reais	gastos	
na	compra	de	um	apt.	Neste	caso,	para	segurar	este	bem,	e	que	não	haja	transferência,	nem	venda,	a	justiça	
pública	se	utilizará	de	algumas	medidas):
1)sequestro	(Art.125	e	ss):	medida	assecuratória	patrimonial,	que	recai	sobre	bens	imóveis/móveis	adquiridos	
pelo	indiciado,	com	origem	em	proventos	da	infração.	Eh	possível	entrar	com	embargos	(Art.	130,	CPP).
2)Hipoteca	legal	(Art.134	e	ss):	eh	a	medida	assecuratória	que	recai	em	bens	mesmo	com	origens	lícitas.	Recai	
sobre	bens	do	acusado	para	fins	de	ressarcimento	da	vítima.
3)Arresto	prévio	a	hipoteca	(Art.	136	e	ss):	O	arresto	do	imóvel	poderá	ser	decretado	de	início,	revogando-se,	
porém,	se	no	prazo	de	15	(quinze)	dias	não	for	promovido	o	processo	de	inscrição	da	hipoteca	legal
>Do	incidente	de	falsidade	(Art.145)
-Quando	se	alega,	por	escrito,	que	o	documento	juntado	aos	autos	eh	falso.
-Eh	apartado,	não	suspendendo	o	prazo	processual.
-Eh	realizada	a	Oitiva	de	testemunhas	e	perícia	
-Caso	decisão	seja	favorável,	o	juiz	ordenará	o	desentranhamento	do	doc	
-Da	decisão	cabe	RESE	(Art.581,	XVIII,	CPP)
>Do	incidente	de	insanidade	mental	do	acusado	(Art.149)
- Requerida	de	ofício	ou	por	requerimento	do	MP,	entre	outros,	o	exame	medico-legal.	Pode	ser	realizado	antes	
ou	durante	o	processo.
- Aqui	há	a	suspensão	do	processo	e	se	a	perícia	concluir	que	ele	adquiriu	a	doença	mental,	o	processo	ficará	
suspenso	até	o	reestabelecimento	do	réu.	
Doença	mental	ao	tempo	da	infração	•
Se	doença	mental	após	a	infração,	no	curso	do	processo:	suspende	o	processo	•
Se	no	cumprimento	da	pena:	substitui	a	pena	por	medida	de	segurança.•
*******
26.09	- Aula	08:•
Prisoes:	a	unica	prisao	em	que	se	analisa	culpa	do	acusado	ocorre	apos	o	transito	em	julgado	de	sentenca	
penalcondenatoria.	Antes	disso,	as	prisoes	sao	de	natureza	juridica	cautelar,	que	esta	atrelado	ao	criterio	
da	necessidade.	
Ø
Características:	
Excepcionalidade:	a	regra	é	a	liberdade,	pela	presunção	de	inocência.	Dentro	das	cautelares,	
primeiramente	se	verificam	as	medidas	e	depois	as	prisões	(282,	§6º;	310,	II);
•
Provisoriedade	(art.	282,	§5º):	O	juiz	poderá	revogar	a	medida	cautelar	ou	substituí-la	quando	
verificar	a	falta	de	motivo	para	que	subsista,	bem	como	voltar	a	decretá-la,	se	sobrevierem	razões	
que	a	justifiquem.
•
Proporcionalidade	(282,	III):	adequacao	da	medida	ao	fato	•
Provisionalidade		•
Ø
Prisão	em	flagrante	
- Introdução:	prisão	que	ocorre	logo	apos	ou	durante	a	prática	do	delito.	Não	constitui	prova	cabal;	é	uma	
detenção	que	visa:	cessar	a	prática	criminosa,	por	qualquer	cidadão	do	povo	,	evitando	a	consumação	do	
crime;	possibilitar	a	colheita	de	informações,	reunião	de	vestígios;	possibilitar	a	identificação	do	suposto	
autor	do	crime.	Pautada	na	certeza	visual.	
○	Art.	301,	CPP	- não	depende	de	ordem	judicial	
		
- Natureza	jurídica:	Art.	310	- posição	majoritária	de	que	possui	natureza	pré	cautelar,	é	uma	detenção	
administrativa,	que	viabiliza	a	análise	judicial	da	necessidade	de	outras	medidas	cautelares.	Tem	por	
finalidade	cessar	a	prática	criminosa,	a	identificação	do	suposto	autor	do	crime,	permitir	a	colheita	de	
vestígios,			
- Espécies:
Ø
○	Legais	- art.	302:	
§	Incisos	I	e	II	- flagrante	real/próprio	(quem	é	encontrado	praticando	o	crime	ou	acaba	de	cometê-lo);
§	Inciso	III	- flagrante	impróprio		(perseguido/encontrado	logo	após	a	prática	do	delito);
§	Inciso	IV	- flagrante	presumido	- não	exige	perseguição	(encontrado	com	instrumentos;	objetos;	
documentos	que	façam	crer	que	o	sujeito	e	o	autor	do	crime);
§	Flagrante	esperado	- polícia	fica	de	campana	aguardando	o	sujeito.	Há	posições	que	não	consideram	essa	
espécie	como	sendo	flagrante,	pois	se	acredita	que,	na	verdade,	é	uma	forma	de	chegar	ao	flagrante	real;
§	Flagrante	retardado/protelado/ação	controlada	- polícia	tem	conhecimento	da	prática	criminosa,	mas	
aguarda	o	melhor	momento	para	realizar	a	prisão,	reunindo	o	maior	número	de	informações,	de	pessoas,	
realizando	um	acompanhamento	(caminhão	transportando	determinada	carga,	que	chegará	a	um	destino,	
onde	estarão	todos	os	membros	da	quadrilha.	Acompanha-se	o	caminhão	até	o	local	de	destino	para	só	
então	realizar	o	flagrante.			
○	Ilegais	- art.	
§	Flagrante	por	apresentação	- apresentação	espontânea	do	acusado	na	Delegacia;
§	Flagrante	forjado/fabricado	- implantação	de	provas;
§	Flagrante	preparado/provocado	- instigação/	provocação	que	facilita	a	prática	criminosa	(verificar	súmula	
45/STF)	
>Sujeitos
-ativo:	qualquer	um	e	os	agentes	
-passivo:	pessoa	que	recai	(qualquer	pessoa	que	se	encontrem	nas	hipóteses	do	302)
-exceções:	presidente	da	república	(por	nenhuma	prisão	cautelar),	membros	do	MP	e	da	magistratura	(só	
podem	ser	presos	em	flagrantes	por	crimes	inafiançáveis	- hediondos,	tráfico	de	droga,	terrorismo...);	
membros	do	Congresso	Nacional	(deputados	e	senadores	- somente	por	crimes	inafiançáveis	e	ainda	essa	
prisão	deverá	ser	submetida	a	análise	da	respectiva	casa	para	que	resolva	em	até	24h	para	manutenção	ou	
não)
-menor	de	idade:	não	se	aplica,	podendo	somente	ser	apreendido	desde	que	o	ato	infracional	envolva	
violência	ou	grave	ameaça.
-JECRIM	(infrações	penais	de	menor	potencial	ofensivo	- são	crimes	que	preveem	pena	máxima	de	até	
2anos	+	contravenções	penais	-		Art.69,	p.	Unico,	da	Lei	9.099/95)	
- Auto	de	prisão	em	flagrante - documento	que	reúne	as	informações	sobre	a	captura;	peça	formal	que	
conterá	as	circunstância	da	prisão	(palavra	da	vítima,	das	testemunhas,	do	preso,	sendo	encaminhado	para	
análise	do	juiz,	que	verificará	a	legalidade	ou	ilegalidade	do	flagrante,	mantendo-o	ou	não.	A	ilegalidade	
pode	ser	material	- quando	preso	numa	das	hipóteses	ilegais	- ou	formal	- se	não	houver	a	observância;	o	
respeito	ao	procedimento	para	a	lavratura	do	documento,	pois	há	um	procedimento	específico;	uma	
ordem	estabelecida	por	lei	(CPP).	Tem	alta	relevância	(os	procedimentos),	tendo-se	em	vista	que	o	
flagrante	permite	a	prisão.	Juiz	relaxa	e	concede	liberdade	provisoria,	converte	em	preventiva.
○	Artigo	304	- procedimentos:	
§	Oitiva	do	condutor;	
§	Oitiva	de	testemunhas;	
§	Recolhimento	das	devidas	assinaturas,	lavrando	o	devido	auto	de	prisão	em	flagrante	para	deliberação	do	
juiz,	que	pode	manter	a	prisão,		arbitrar	fiança	ou	determinar	a	soltura.	
○	O	prazo	para	lavratura	do	auto	de	prisão	em	flagrante	é	de	24	horas,	a	partir	da	captura	do	acusado	(art.	
306);	
○	A	nota	de	culpa	é	o	documento	que	compõe	o	auto,	informando	o	preso	sobre	os	motivos	responsáveis	
pela	sua	prisão,	sob	pena	de	relaxamento	de	prisão.	
○	Testemunhas	instrumentárias	- do	ato	e	não	do	fato.	Viram	apenas	a	entrega	do	preso	à	autoridade.	
Afasta	a	possibilidade	de	apresentação	espontânea,	que	é	flagrante	ilegal.	
*	audiência	de	custódia	- serve	para	avaliar	as	possibilidades	de	aplicação	das	medidas	cautelares
PRISÃO	PREVENTIVA	Ø
Conceito:	medida	cautelar	de	privação	da	liberdade	do	possível	autor	do	crime	(pois	é	presumidamente	
inocente),	decretada	pelo	juiz	na	fase	processual	ou	na	fase	de	investigação,	quando	as	cautelares	diversas	
da	prisão	(Art.		319)	não	forem	suficientes	para	a	preservação	do	processo.	
Cabe	tanto	na	fase	de	inquérito	(juiz	precisa	ser	provocado,	visto	que	ainda	está	inerte,	pois	não	
houve	ciência	do	MP)	como	na	fase	de	processo	(juiz	pode	decretar	a	medida	de	ofício)	- art.	311;		
○
Art.	310:	reforça	a	ideia	de	que	a	prisão	preventiva	é	medida	secundária,	devendo,	primeiramente,	
considerar	o	art.	319	(medidas	cautelares	diversas	da	prisão);	
○
Art.		315:	juiz	deve	fundamentar	a	sua	decisão○
-
Fundamentos (art.	312):	apresenta	fundamentos	genéricos	- fumus	comissi	delicti	e	periculum	libertatis,	
que	se	exemplificam	em	:	
assegurar	a	garantia	da	ordem	pública,	da	ordem	econômica,	aplicação	lei	penal,	ou	por	conveniência	
da	instrução	criminal;
A	garantia	da	ordem	pública	deve	ser	fundamentada	pelo	juiz;§
Garantia	da	ordem	econômica	diz	respeito	a	crimes	relacionados	contra	a	ordem	econômica	
(crimes	contra	a	ordem	financeira,	crimes	de	colarinho	branco,	causam	prejuízo	econômico	à	
sociedade);	
§
Garantia	por	conveniência	da	instrução	criminal:	impedir	atos	que	afetem	a	instrução	
processual	(obstrução	de	provas,	ameaça,	constrangimento	de	testemunhas,	etc);	
§
Assegurar	aplicação	da	lei	penal,	para	garantir	que	o	acusado	não	fuja;	evitar	risco	de	fuga;	§
PU:	também	pode	ser	decretada	em	caso	de	descumprimento	de	outras	obrigações	impostas	
por	força	de	outras	medidas		cautelares;
§
Art.	313,	pu:	havendo	dúvida	sobre	a	identidade	do	acusado,	também	é	cabível	a	prisão	
preventiva;	
§
○
-
Condições	de	Admissibilidade:	
Art.	313,	I:	PROVA!!!	toda	infração	(crime	e	contravenção)	é	suscetível	de	prisão	preventiva??	NÃO		
(ART.	313),	apenas	nos	crimes,	nas	contravenções,	não.	Não	cabe	para	crimes	culposos.	Pena	máxima	
superior	a	4	anos;	
○
Art.		313,	II:	possível	a	decretação	da	prisão	se	houver	reincidência	(independente	do	tempo	da	pena;	
reincidente	é	quem	pratica	crime	mais	de	uma	vez,	não	necessariamente	do	mesmo	crime;
○
Art.		313,	III:	não	cumprimento	de	medidas	protetivas	de	urgência	também	possibilita	a	prisão	
preventiva;	
○
Art.		314:	se	o	acusado	estiver	amparado	pelas	excludentes	de	ilicitude	do	art.		23,	CP,	não	se	aplica	
prisão	preventiva;
○
Art.		316:	juiz	pode	revogar	a	prisão	preventiva	se,	no	decorrer	do	processo,	entender	que	não	haja	
razão	para	que	se	mantenha	e	vice-versa	(pode	decretar	novamente)	- está	ligado	à	provisoriedade;	
○
Art.		317	e	318:	possibilidade	de	prisão	preventiva	domiciliar	(hipóteses	- pessoa	maior	de	80	anos,	
mulher	com	filho	de	até	12	anos,	proteção	de	pessoade	quem	dependa	exclusivamente	do	acusado,	
etc.	Previstas	na	lei	13.257/16);	
○
-
OBS	Finais:	
Art.		295:	prisão	especial	somente	válida	enquanto	prisão	cautelar!!	Pode	ser	coletiva	(p.	3),	com	
aqueles	que	detém	a	mesma	condição	(os	que	possuem	curso	superior,	policiais,	membros	de	
tribunal	do	júri);	
○
Art.	7,	V,	Lei	8.906/94:	Sala	de	estado	maior	(advogado,	juiz,	promotor)○
-
PRISÃO	TEMPORÁRIA	(LEI	7.960/89)	Ø
Conceito:	prisão	para	investigação;	medida	cautelar	de	privação	da	liberdade	por	prazo	determinado	
(difere	da	preventiva)	decretada	durante	o	inquérito	policial	(ou	seja,	só	é	cabível	na	fase	de	investigação)	
para	investigações	de	crimes	graves	(elencados	pela	lei),	mediante	provocação	do	delegado	ou	do	
promotor,	já	que	a	fase	é	de	inquérito;
Art.		1,	III:	rol	taxativo	de	crimes;	○
Pode	o	juiz	prorrogar	o	prazo	da	prisão,	que	é	de	5	dias	(5	+	5).	Passado	o	prazo,	libera	ou	converte	
em	prisão	preventiva,	nos	termos	do	artigo	312;
○
O	prazo	acima	não	se	aplica	aos	crimes	hediondos,	caso	em	que	será	de	30	dias,	prorrogáveis	por	
mais	30.
○
-
Fundamentos:	lembra-se	dos	requisitos	genéricos	(fummus	e	periculum);	
Art.	1,	I:	Quando	for	imprescindível	para	o	êxito	das	investigações,	ou	seja,	a	investigação	pode	ser	
prejudicada,	caso	não	seja	decretada	a	prisão	temporária	(periculum);
○
Art.	1,	II:	Quando	o	investigado	não	tiver	residência	fixa	ou	não	fornecer	elemento	necessário	para	
sua	identificação	(periculum).	Se	solta,	a	polícia	não	consegue	mais	identificar;	
○
Art.		1,	III:	Quando	houver	fundadas	razões	de	autoria	ou	participação	do	indiciado	nos	crimes	graves,	
elencados	pelo	inciso	(fummus);
○
-
PROVA!!!	A	interpretação	dos	incisos	deste	artigo	é	cumulativa	ou	alternativa??	Posição	majoritária	diz	que	
o	inciso	III	sempre	deve	estar	presente,	alternando-se	os	requisitos	I	e	II.	Então	se	acumula	o	I	e	III	ou	II	e	III,	
pois	é	necessário	que	estejam	presentes	ambos	os	requisitos	para	concessão	de	medida	cautelar	- fummus	
e	periculum.	Posição	minoritária	afirma	que	os	requisitos	são	cumulativos.	
-
Inviolabilidade	do	domicílio:	art.		5,	XI,	CF	afirma	que	a	casa	é	asilo	inviolável	do	indivíduo,	somente	
podendo	entrar	com	autorização	e	durante	o	dia	(das	6	às	18h);	se	houver	consentimento	do	morador	ou	
em	caso	de	flagrante.	
Art.	283,	CPP:	estando	em	via	pública,	pode	ser	peso	em	qualquer	horário.				○
-
Uso	de	algemas:	é	excepcional,	por	ser	considerado	uso	de	força,	o	qual	é	proibido,		salvo	em	caso	de	
resistência	ou	fundado	receio	de	fuga.	
Art.	344:	algema	em	audiência.	○
-
Observações	Prof.	Alexandre
Toda	prisão	que	ocorrer	antes	do	trânsito	em	julgado	de	sentença	condenatória	tem	natureza	cautelar•
A	prisão	antes	do	trânsito	em	julgado	tem	a	ver	com	o	critério	NECESSIDADE•
Procedimento	prisão	em	flagrante	•
Apresentar	o	acusado	imediatamente	a	autoridade	policial1.
Oitivas	do	condutor	do	acusado	/	testemunha	2.
Interrogatório	do	acusado,	que	pode	permanecer	calado	por	direito	constitucional,	que	pode	ser	assistido	
por	um	defensor.	Se	houver	advogado	o	preso	tem	direito	a	uma	entrevista	reservada	com	o	seu	defensor
3.
Comunicações,	no	caso	de	entender	que	há	o	flagrante:	juiz	e	MP;	Família	do	preso	ou	pessoa	que	este	
indicar	
4.
Entrega	da	nota	de	culpa,	art.	306,	£2º	- é	o	conhecimento	formal	ao	preso	pelo	motivo	que	esta	sofrendo	
o	flagrante
5.
Possibilidade	de	fiança	pelo	delegado,	art.	322,	para	crimes	com	pena	máxima	de	até	4	anos,	nesse	caso	
não	precisa	pedir	ao	juiz
6.
Encaminhamento	do	auto	de	prisão	em	flagrante	ao	juiz	em	24h,	art.	306,	£1º7.
O	juiz	pode	(art.	310):
Relaxar	a	prisão	se	ilegal	o	flagrante,	mesmo	que	a	ilegalidade	seja	pelos	atos	"processuais"	ou	por	
ser	considerado	espécie	de	flagrante	ilegal
Converter	o	flagrante	em	prisão	preventiva,	se	presentes	os	requisitos	da	prisão	preventiva	e	se	não	
forem	suficientes	as	medidas	cautelares	diversas	da	prisão	
Conceder	liberdade	provisória	com	ou	sem	fiança	
Conceder	liberdade	provisória	se	presentes	uma	das	hipóteses	do	art.	23,	I	a	III	do	CP	que	são	as	
excludentes	de	ilicitude	
8.
Sujeito	ativo:	quem	pratica	o	crime	e	esta	sujeito	ao	flagrante•
Quem	não	pode	ser	preso	em	flagrante	ainda	que	nas	condições	do	art.	302:	presidente	da	república	(por	
nenhuma	prisão	cautelar);	membros	do	MP	e	Magistratura	só	podem	ser	presos	em	flagrante	por	crimes	
inafiançáveis	(crimes	hediondos,	tráfico	de	drogas);	membros	do	congresso	nacional	(deputados	e	
senadores)	só	podem	ser	presos	em	flagrante	por	crimes	inafiançáveis	e	ainda	essa	prisão	deverá	ser	
submetida	a	analise	da	respectiva	casa	para	que	resolva	em	até	24h	sobre	a	manutenção	da	prisão;	
menores	de	idade	são	apreendidos	desde	que	o	ato	infracional	envolva	violência	ou	grave	ameaça,	e	por	
isso	não	sofrem	prisão	em	flagrante;	JECRIM,	ou	seja,	infrações	penais	de	menor	teor	ofensivo,	são	crimes	
com	pena	máxima	de	até	2	anos,	art.	69,	PU	da	lei	9.099/95.
•
********
03.10	- Aula	09:•
Procedimentos	(art.	394):	Ø
Nocoes:	caminho/curso	que	o	processo	devera	seguir,	percorrendo	etapas	obrigatorias,	sob	pena	de	
nulidade
-
Comum
Ordinario	(pena	maxima	>4)○
Sumario	(pena	maxima	<4)○
Sumarissimo	(pena	maxima	2	anos)	- lei	9.099/95○
-
Especial
Crimes	praticados	por	funcionario	publico○
Crimes	contra	a	honra	(519/523)○
Crimes	contra	a	propriedade	(524/530)○
Crimes	contra	a	vida	(406/497)○
Leis	especiais	diversas	(11343/06,	crimes	eleitorais,	abuso		de	autoridade)○
-
Rito	comum
Ordinario	- 394,	I	(regra	geral,	que	se	aplica	de	forma	subsidiaria	a	todos	os	ritos)
Cabimento§
Denuncia	(art.	41)§
Recebimento	ou	rejeicao	§
Citacao	
Pessoal	- oficial	e	justica•
Ficta	
Edital	- quando	o	acusado	estiver	em	local	incerto	e	nao	sabido	(361,	CPP)○
Por	hora	certa,	nos	termos	do	CPC	(362,	CPP	e	252,	CPC)○
•
§
Resposta	a	acusacao	(396/396-A)§
Absolvicao	Sumaria	
hipoteses	(397)•
§
AIJ§
○
-
Atos	-
Oferecimento	da	denuncia	- observar	os	requisitos	do	artigo	41,	CPP,	denúncia	ou	queixa	conterá	a	
exposição	do	fato	criminoso,	com	todas	as	suas	circunstâncias,	a	qualificação	do	acusado	ou	
esclarecimentos	pelos	quais	se	possa	identificá-lo,	a	classificação	do	crime	e,	quando	necessário,	o	rol	das	
testemunhas.	(aqui	eh	definido	o	rito,	na	maioria	das	vezes,	exceto	quando	se	tem	TC	- termo	
circunstansciado	na	fase	de	inquerito,	quando	se	tratar	de	crime	de	menor	potencial	ofensivo	- Lei	9099,	
art.	69)
Prazo	de	15	dias	se	acusado	solto	e	5	dias	se	preso	(art.	46)a.
1.
Analise	de	recebimento	ou	nao	pelo	juiz,	liminarmente
Rejeita	se	for	inepta,	faltar	pressuposto	processual	ou	condicao	para	o	exercico	da	acao	penal	ou	
faltar	justa	causa	para	o	exercicio	da	acao	penal	(art.	395)
Se	rejeitar,	cabe	RESE	ao	MPI.
Se	receber,	cabe	HC	a	defesaII.
a.
2.
Possibilidade	de	suspensao	condicional	do	processo	(art.	89,	9099/95)	- acordo	que	o	acusado	pode	
celebrar	com	o	MP	homologado	pelo	juiz,	prevendo	que	o	processo	seja	suspenso,	mediante	o	
cumprimento	de	determindas	obrigacoes	pelo	acusado.	Apesar	de	prevista	na	lei	de	juizados	especiais,	a	
suspensao	se	aplica	a	todo	e	qualquer	rito,	limitando-se	a	crimes	com	pena	minima	de	ate	um	ano.	
Observadas	as	hipoteses	de	aumento,	diminuicao	e	qualificadoras,	que	alteram	a	pena	minima.	Suspende	o	
prazo	prescricional.	O	MP	deve	oferecer,	se	o	acusado	se	enquadrar	nessas	condicoes;	nao	e,	portanto,	
faculdade.
3.
****EXCECAO:	violencia	domestica	contra	mulher	- Lei	Maria	da	Penha,	art.	41	+	sumula	536,	STJ!
Citacao	- serve	para	dar	ciencia	formal	ao	acusado	e	para	que	ele	apresente	resposta	a	acusacao.	Se	
esgotadas	as	tentativas	de	citacao	e	o	reu	nao	se	manifesta,	nomeia-se	advogado	dativo	e	o	processo	segue	
o	curso.	Contudo,	se	for	citado	por	editado	e	nao	comparecer	em	juizo,	considera-se	nao	citado	e,	
portanto,	sem	conhecimento	formal	da	acusacao,situacao	em	que	o	processo	ficara	suspenso	(art.	366).	
O	efeito	da	revelia	no	processo	penal	eh	diferente,	podendo	o	processo	seguir,	independente	de	o	
acusado	estar	ciente,	devendo,	obrigatoriamente,	estar	presente	o	advogado	dativo	em	todos	os	atos	
processuais.	Ou	seja,	ocorrera	quando	citado,	mas	nao	se	manifestar/nao	comparecer.
○
4.
Resposta	a	acusacao	(art.	396	e	ss)	- defesa	do	acusado	que	deve	ser	apresentada	no	prazo	de	10	dias.	
Ressaltando	que,	em	havendo	defesas	indiretas,	deverao	ser	apresentads	em	apartado,	no	mesmo	prazo.	
Momento	de	arrolar	ate	8	testemunhas	(5,	no	sumario)	sob	pena	de	preclusao,	e	indicar	interesse	na	
producao	de	prova	(pode	apresentar	em	qualquer	etapa	do	processo).	
5.
Analise	do	juiz	se	absolve	ou	nao	sumariamente	ou	se	mantem	a	denuncia	(hipoteses	- art.	397)
Se	absolver	sumariamente,	cabe	apelacao	para	a	acusacaoa.
*Nesta	fase	processual	o	juiz	pode	analisar	as	matérias	arguidas	no	recebimento	da	denúncia	ou	
queixa?	A	jurisprudência	entende	que	SIM,	ele	pode	e	deve	rever	as	matérias	e,	eventualmente,	
reconhecer.	Só	que	não	seria	caso	de	absolvição,	mas	de	reconsiderar	e	rejeitar	a	denúncia	(Art.399,	
CPP)
Mantendo	a	denuncia/queixa,	havera	AIJ	em	ate	60	dias	(art.	400,	CPP)
Oitiva	do	ofendido1)
Testemunha	acusacao	- se	houver	oitiva	por	carta	precatoria,	deve-se	aguardar	a	
realizacao	desta	diligencia	para	seguir	com	a	oitiva	das	testemunhas	de	defesa
2)
Testemunha	defesa3)
Esclarecimentos	periciais4)
Acareacoes5)
Reconhecimento	pessoal	(vitima	reconhecer	o	acusado)6)
Ultimo	ato	=	interrogatorio	do	acusado7)
Ultimas	diligencias	(art.	402)	- requeridas	se	houver	surgido	a	necessidade	durante	a	
instrucao,	em	2	dias
8)
Alegacoes	Finais	orais,	em	nao	havendo	ultimas	diligencias	(403,	caput	e	p3)
Pode	ser	por	escrito	a.
Se	os	atos	nao	forem	continuos,	ou	seja,	se	todos	os	atos	da	AIJ	nao	ocorrerem	no	
mesmoo	dia,	o	juiz	dara	prazo	para	apresentar	alegacoes	finais,	em	forma	de	
memoriais,	em	5	dias	(art.	403,	p3)
b.
9)
I.
b.
6.
Eventualmente	
o	juiz	deve	se	ater	aos	fatos	narrados	pelo	MP	na	denuncia,	mas	pode	entender	que	o	tipo	penal	
praticado	eh	diverso	do	alegado.	Desta	forma,	ele	emenda,	enquadrando	o	fato	em	outro	crime	
(emendatio	libelli	- art.	383)
a.
Pode	surgir	fato	novo	no	curso	da	instrucao.	
Juiz	abre	vista	para	o	MP,	que	pode	aditar	a	denuncia,	incluindo	uma	nova	acusacao	-		mutatio	
libelli	(art.	384),	em	5	dias,	podendo	arrolar	ate	3	testemunhas.	
I.
O	MP	pode	divergir	e,	assim,	o	processo	segue	para	a	Procuradoria	Geral	de	Justica.	Analogia	
ao	art.	28,	CPP.	
II.
Abre	prazo	de	5	dias	para	defesa,	que	tambem	pode	arrolar	ate	3	testemunhas.III.
Segue,	portanto,	uma	AIJ	em	continuacao,	ouvindo	as	novas	testemunhas,	o	acusado,	e	todos	
os	demais	atos	pertinentes	ao	rito	ordinario		
IV.
b.
7.
Sentenca	(art.	381	e	ss)
Art.	385	- o	juiz	pode	condenar	o	reu,	mesmo	que	o	MP	peca	absolvicao.	Contrariedade	ao	sistema	
penal	acusatorio
a.
8.
***	Estando	diante	de	caso	de	aumento	de	pena	ou	de	qualificadora,	considera-se	o	maximo	da	pena	possivel	
para	a	definicao	do	rito.
***	Se	houver	causa	de	diminuicao	de	pena,	considerar	a	pena	maxima	possivel	(ou	eja,	de	4	a	10	anos,	usa	10	
anos)	e	diminuir	o	menor	indicador	possivel	(ou	seja,	diminuicao	de	1/3	a	2/3,	usa	o	1/3)	
***	Crime	qualificadoo	traz	novas	previsoes	de	pena	minima	e	maxima;	causas	de	aumento	de	pena	nao	alteram	
a	pena	base,	apenas	a	aumentam.		
*******
10.10	- Aula	10:	•
Continuacao	aula	passada	(anotacoes	acima)	+	Rito	Sumario-
RITO	SUMARIO	(arts.	531/38,	CPP	- crimes	com	pena	maxima	maior	que	2	e	menor	que	4	anos)Ø
(Pode	usar	a	mesma	regua	do	procedimento	ordinario)-
Diferencas:
Prazo	para	oferecimento	da	denuncia	- 5	preso	e	15	solto;○
-
Testemunhas	- 5	para	acusacao	e	5	para	defesa,	na	Resposta	a	acusacao;
AIJ	- acontece	em	ate	30	dias;○
Em	tese,	nao	ha	a	fase	do	art.	402	(ultimas	diligencias).	A	parte	pode	requerer,	cabendo	ao	juiz	
decidir;
○
Nao	ha	previsao	da	possibilidade	de	memoriais/alegacoes	finais	por	escrito,	mas	pode	ocorrer;○
-
RITO	SUMARISSIMO	(Lei	9.099/95	- crimes	com	pena	maxima	de	ate	2	anos)Ø
Diferencas:	
Nao	ha	prisao	em	flagrante;○
Nao	ha	inquerito	policial,	mas	TC	- termo	circunstanciado	(art.	69);	○
Sao	ouvidas	as	testemunhas,	condutor,	e	o	suposto	autor	do	fato,	que	assina	um	termo	de	
compromisso;	
○
O	TC	segue	para	a	vara	do	JECRIM;○
Na	sequencia,	ha	uma	audiencia	preliminar	(art.	72/76),	na	qual	devem	comparecer	o	ofendido	e	o	
suposto	autor	do	fato
1	ato	- tentativa	de	conciliacao	
Composicao	civil	entre	suposto	autor	do	fato	e	vitima	(art.	74)	- em	caso	positivo,	serve	
como	titulo	executivo	judicial;
□
Tratando-se	de	crime	de	acao	penal	privada,	a	aceitacao	da	vitima	importa	em	renuncia	
(extincao)	ao	direito	de	queixa.	Se	acao	penal	publica	condicionada,	representa	renuncia	
a	direito	de	representacao.	
□
Se	acao	penal	publica	incondicionada,	ocorre	a	transacao	penal	(art.76).			
impede	a	transação	-		quando	houver	condenação	anterior	transitada	em	julgado;	
ter	aceitado	outra	transação	nos	últimos	5	anos;	circunstancias	do	artigo	59.	Alem	
disso,	nao	cabe	em	violencia	contra	a	mulher,	por	forca	da	Lei	Maria	da	Penha	
(Sumula	536	STJ)
®
□
******Se	acao	penal	publica:
Incondicionada:	conciliacao	atraves	de	transacao	penal	(oferecida	pelo	MP)-
Condicionada:	conciliacao	atraves	de	composicao	civil	- acarreta	extincao	da	
punibilidade	
-
*******Se	acao	penal	privada:	conciliaco	atraves	de	composicao	civil	- acarreta	extincao	
da	punibilidade,	mas	o	STJ	entende	tambem	ser	possivel	a	transacao	(imposição	de	pena	
restritiva	de	direitos	ou	multa	- final	do	artigo	76,	L	9099)
§
Tentativa	de	transacao:
Se	aceita,	o	juiz	homologa.	Se	o	autor	do	fato	descumpre	o	acordo,	o	MP	pode	oferecer	a	
denuncia	(SV	35/STF);
□
Se	nao	aceita:
MP	oferece	ou	nao	a	denuncia	®
Vitima	oferece	a	queixa		®
□
§
Oferecida	denuncia	ou	queixa	oral,	o	autor	do	fato	sai	citado	e	eh	designada	AIJ§
AIJ
Palavra	a	defesa	para	apresentacao	de	resposta	(defesa	previa).	A	indicacao	de	
testemuhas	(5)	deve	ser	feita	em	ate	5	dias	da	audiencia	(art.	68)
□
Recebe	ou	nao	a	denuncia/queixa	□
Aceitando	a	denuncia	ou	proposta	a	queixa,	cabe	apelacao	(art.	82)□
Proposta	de	suspensao	condicional	do	processo	(art.	89)□
Se	rejeitada	a	proposta,	sao	ouvidos:
ofendido®
testemunhas	de	acusacao®
testemunhas	de	defesa®
interrogatorio	®
□
Vista	a	acusacao	e	debates	orais	(alegacoes	finais)	- 20	minutos	prorrogaveis	por	mais	10	□
Sentenca	em	audiencia	□
Cabe	recurso	de	apelacao	para	turma	recursal	(10	dias)□
§
○
-
********
17.10	- Aula	11	(continuacao	acima)	•
Anotar	diferenca	entre	transacao		e	suspensao	condicional	do	processo	-
RITO	DO	JURI	(cabivel	em	crimes	dolosos	contra	a	vida,	consumados	ou	tentados	- art.	74)Ø
Principios	Constitucionais	(art.	5,	XXXVIII):
Plenitude	de	defesa○
Sigilo	das	votacoes	- jurados	nao	podem	conversar	entre	si	sobre	o	caso	○
Soberania	do	veredictos	- decisao	do	juri	eh	soberana	○
Competencia	para	os	crimes	dolosos	contra	a	vida○
-
OBS.:	
Nem	todo	crime	com	resultado	morte	tem	dolo	na	morte,	por	isso	o	latrocinio	nao	tem	competencia	juri	
(crimes	preterdolosos)
-
Exceccoes:	foro	por	prerrogativa	do	funcao,	em	razao	do	cargo	que	o	agente	ocupa-
Juri	pode	ser	estadual	ou	federal-
Crimes	praticados	a	bordo	de	navio,	aeronave,	competencia	da	justica	federal-
Contra	índio	ou	praticado	por	indio,	relacionado	a	disputa	por	interesse	indigena,	federal-
Fase	instrucao	preliminar	ou	sumario	da	culpa•
Oferece	a	denuncia	ou	queixa	subsisdiaria	(se	vitima	morreu),	em	5	dias	se	reu	preso	e	10,	se	solto-
Recebe	ou	nao	a	denuncia	-
recebida,	citacao	do	reu	para	oferecer	resposta	a	acusacao	(406),	excecoes	em	apartado.	Nao	ha	pedido	de	
absolvicao	sumaria	
-
Vistaao	MP	para	se	manifestar-
Juiz	alisa	e	marca	AI	(410)
nao	aplica	o	397	(absolvicao	sumaria)○
-
Na	sequencia,	mesmo	procedimento	do	ordinario	(audiencia	com	oitivas)-
Juiz	avalia	se	eh	caso	de	mutatio	libelli	(art.	384)	- situacao	/circunstancia/fato	nos	autos	que	altera	a	
acusacao,	enviando	ao	MP	para	aditar	a	denuncia
Nao	havendo	possibilidade	acima,	debates	em	20	minutos	extendidos	por	mais	10○
Sentenca	- vigor	do	principio	in	dubio	pro	societa:
De	pronuncia	(413)	- reconhece	a	prova	da	materialidade	do	crime	e	indicios	de	autoria	ou	de	
participacao,	especifica	as	causas	de	aumento	de	pena	e	qualificadoras,	submetendo-o,	
portanto,	ao	tribunal	do	juri.	A	pronuncia	vincula	a	analise	do	juri.	Cabe	RESE	
§
De	impronuncia	(414)	- quando	nao	ve	prova	da	materialidade	do	crime	ou	indicio	suficiente	da	
autoria.	Ou	seja,	ele	na	esta	convencido	que	houve	o	crime	ou	de	que	o	acusado	o	praticou.	
Nao	faz	coisa	julgada	material	podendo	o	MP	oferecer	uma	nova	denuncia,	observado	o	prazo	
prescricional.	Cabe	apelacao	ao	MP.
§
Absolvicao	Sumaria	(415)	- provada	a	inexistencia	do	fato,	provado	nao	ser	o	reu	o	autor	ou	
participe	do	fato,	quando	o	fato	nao	constituir	infracao	penal	(fato	atipico)	demonstrada	causa	
de	isencao	de	pena	e	exclusao	do	crime.	Se	a	unica	tese	for	de	inimputabilidade,	o	juiz	pode	
absolver	sumariamente	(absolvicao	impropria).	Cabe	apelacao.
§
Desclassificacao	(419)	- juiz	entende	que	nao	houve	crime	doloso	contra	a	vida,	enviando	os	
autos	para	juiz	singular.	Cabe	RESE.	
Das	decisoes	terminativas,	cabe	apelacao□
§
○
Vista	ao	MP,	para	ultimas	diligencias	e	arrolamento	de	testemunhas○
Vista	a	defesa	para	ultimas	diligencias	e	arrolamento	de	testemunhas○
Despacho	do	juiz	marcando	a	data	do	juri,	apos	deliberar	sobre	diligencias	e	faz	relatorio	para	jurados	○
-
Fase	do	Plenario	(juri)•
Composicao	do	juri	(juiz	presidente	do	juri,	25	jurados,	no	dia	da	sessão	tem	que	comparecer	pelo	menos	
15	para	iniciar	o	sorteio).	Os	sorteados	devem	ser	aprovados	pelo	MP	e	defesa.	(art.	448)
•
Cada	parte	pode	recusar	3	jurados	sem	justificativa.-
-
Pode	haver	júri	sem	a	presença	do	acusado.-
-
SORTEIO	DE	SETE	JURADOS-
-
DEPOIMENTOS….-
-
DEBATES….-
-
LEITURA	DOS	QUESITOS-
sobre	materialidade	do	crime;-
o	réu	foi	o	autor	do	crime	ou	o	reú	participou	para…;-
o	reú	deve	ser	absolvido?	(se	for	consumado)	/	o	réu	tentou	matar	a	vítima?	(se	for	tentado)-
Causa	de	aumento	ou	diminuição	de	pena-
Qualificadora	e	causas	de	aumento	de	pena.-
-
SALA	SECRETA-
-
VOTAÇÃO	PELO	CONSELHO	SENTENÇA.-
-
SENTENÇA	(JUIZ	SOMENTE	CALCULA	A	PENA)	- Pode	reconhecer	de	ofício	agravante,	atenuante,	
reincidência	e	etc
-
********
24.10	- Aula	12:•
NULIDADES	NO	PROCESSO	PENAL	(arts.	563	e	ss)Ø
Nocoes:	cada	ato	processual	deve	seguir	uma	serie	de	formalidades,	chamados	atos	tipicos.	1.
Atos	anulaveis	
atos	que	nao	obedecem	a	forma	legala.
atos	atipicos	b.
produzem	efeitos	ate	que	sejam	declarados	nulos	por	decisao	judicialc.
podem	prevalecer	mesmo	apos	coisa	julgada	d.
A	depender	da	finalidade	do	ato,	o	vicio	existente	sera	superado,	pois	a	forma	nao	tem	maior	
relevancia	que	o	conteudo.	Convalidacao	dos	efeitos.
e.
2.
Atos	processuais	inexistentes
Falta	de	pressuposto	essenciala.
atos	sem	significado	juridico	- "nao	atos"b.
nao	produzem	efeito	juridicoc.
podem	ser	atingidos	pela	coisa	julgada	d.
3.
Nulidades	absolutas	(Sempre	que	não	houver	a	observância	de	um	ato	processual	- descumprimento	de	
uma	formalidade/ato	processual,	sendo	que	que	este	ato	visa	assegurar	uma	garantia	constitucional,	se	
estará	diante	de	uma	nulidade	absoluta.	Por	ex:	devido	processo	legal	e	ampla	defesa	protegidos	pela	CF,	
sendo	que	o	réu	não	foi	citado	- neste	caso	há	nulidade	absoluta).	
violacao	de	forma/ato	procesual	que	visa	garantia	constitucional	ou	interesse	de	ordem	publica	
(devido	processo	legal,	ampla	defesa,	etc)
a.
nao	sao	atingidas	pela	preclusao,	ou	seja,	mesmo	que	a	parte	nao	alegue,	pode	ser	reconhecida..b.
podem	ser	reconhecidas	de	oficio	pelo	juizc.
nao	se	aplica	o	principio	da	instrumentalidade	das	formas,	que	privilegia	a	finalidade,	e	nao	as	formasd.
nao	se	aplica	o	principio	do	interesse,	ou	seja,	nao	eh	necessario	demonstrar	interesse	na	nulidadee.
no	CPP	- aquelas	do	artigo	564,	que	nao	sao	mencionadas	no	art.	572,	I	(rol	nao	taxativo,	de	nulidades	
relativas)	
f.
estao	sujeitas	a	aplicacao	do	principio	da	causalidade	(de	um	ato	processual,	geralmente	decorrem	
outros	atos	- da	denuncia,	a	audiencia,	etc)
g.
1.
Nulidades	relativas	- ocorre	a	violação	de	uma	formalidade	de	um	Ato	que	visa	a	proteção	de	um	interesse	
privado,	ou	seja,	exclusivamente	de	uma	ou	de	ambas	as	partes
violacao	de	forma	que	visa	a	protecao	de	um	interesse	privado	de	uma	das	partesa.
nao	podem	ser	reconhecidos	de	oficio	pelo	juiz	b.
estao	sujeitas	aos	seguintes	principios	
instrumentalidade	das	formasI.
da	causalidadeII.
do	interesse	(arguida	a	nulidade	a	parte	que	interessa)III.
c.
5.
Obs:	Incompetência	gera	nulidade		•
1)ABSOLUTA:	Incompetência	que	gera	nulidade	absoluta	se	deve	em	razão	da	matéria	ou	em	razão	da	pessoa.	Ou	
seja,	se	o	crime	da	justiça	federal,	está	sendo	processado	na	justiça	estadual	(e	vice-versa)	há	um	incompetência	
absoluta	em	razão	da	matéria.	Pode	ser	reconhecida	em	qualquer	tempo	e	anulará	o	processo	desde	o	início	e	
também	pela	pessoa	devido	ao	foro.
2)RELATIVA:	A	incompetência	territorial	gera	uma	nulidade	relativa,	se	a	parte	não	arguir	no	tempo	oportuno	ela	
preclui.	Se	ninguém	alegar,	permanecerá.
Principios	Constitucionais	e	relativos	as	nulidades												
devido	processo	legal	- art.	5,	LIVa.
contraditorio	e	ampla	defesa	- art.	5,	LVb.
inadmissibilidade	das	provas	obtidas	por	meios	ilicitosc.
instrumentalidade	das	formas	(ou	do	prejuizo)	- 563	e	566d.
causalidade	(efeitos	da	declaracao	de	nulidade)	- art.	573,	p1e.
interesse	- art.	565f.
convalidacao	dos	atos	processuais	- art.	572,	I	c/c	571g.
***Rol	de	nulidades	do	CPP	=	exemplificativo
***Meios	para	arguicao	de	nulidade:
peticao	simples;□
oralmente;□
resposta	a	acusacao;□
alegacoees	finais;□
recurso;□
HC;□
rev	crim	- após	o	trânsito	em	julgado□
6.
*a	coisa	julgada	convalida	a	nulidade?	(Prova)
Depois	do	trânsito	em	julgado	a	nulidade	só	será	admitida	a	favor	do	réu	(absoluta	ou	relativa	- através	de	revisão	
criminal)
**Sumula	160,	STF:	o	tribunal	não	pode	declarar	nulidade	que	prejudique	o	réu	se	não	foi	objeto	do	recurso	da	
acusação	de	apelação.	- assemelha-se	ao	principio	recursal	do	não	reformatio	in	pejus.
*******
31.10	- Aula	13:
RECURSOSØ
Teoria	Geral	dos	Recursos-
Conceito:	meio	de	impugnacao	das	decisoes	judiciais	utilizado	antes	do	transito	em	julgado	e	no	proprio	
processo	em	que	foi	proferida	a	decisao.	Os	recursos	visam	a	reforma,	a	invalidacao,	o	esclarecimento	ou	a	
integracao	da	decisao	judicial.	
diferenca	enttre	recurso	(apelacao,	RESE,	ED,	Resp,	REXT)	e	acao	autonoma	de	impunacao	(HC,	MS,	
Revisao	Criminal	- idem	acao	rescisoria	no	civel)	=	a	acao	eh	um	processo	novo,	tb	visa	impugnar	uma	
decisao	judicial,	mas	com	sujeitos	processuais	proprios,	criando	uma	nova	relacao	juridica.	Pode	
ocorrer	durante	ou	depois	do	processo.	
a.
1.
Fundamento	e	duplo	grau	de	jurisdicao:	previsto	implicitamente	na	CF,	quando	dispoe	sobre	a	estrutura	do	
Poder	Judiciario	(art.	92).	Pacto	de	Sao	Jose	da	Costa	Rica,	art.	8,	II,	h,	preve	direito	de	recorrer	da	
sentenca/acórdão	de	juiz	ou	tribunal	superior;	com	status	de	norma	supralegal	(Tratado	Internacional	de	
Direitos	Humanos).	Prejuizo	nos	casos	de	foro	por	prerrogativa	de	funcao	(julgado	direto	no	STF).
2.
Principios	
Taxatividade	- somente	podem	ser	utilizados	os	recursos	previstos	em	lei	e	nas	hipoteses	de	seu	
cabimento
a.
Unirrecorribilidade	das	decisoes	(593,	p4,	CPP)	- em	regra,	ha	um	recurso	para	cada	decisao.Excecoes:	Resp	e	REXT
b.
Fungibilidade	(579,	CPP)	- ocorre	quando	a	parte	interpoe	o	recurso	incorreto,	cabendo	seu	
conhecimento,	como	se	fosse	o	recurso	correto,	visando	evitar	a	formalidade	excessiva.	Nao	ha	
admissao	quando	ha	ma-fe.
c.
Disponibilidade	- eh	faculdade	da	parte	recorrer.	MP	tambem	pode	renunciar	ao	direito	de	recorrer,	
mas,	recorrendo,	nao	pode	desistir	do	recurso	(576,	CPP).	O	advogado	da	defesa	nao	pode	se	recusar	
a	recorrer,	caso	seja	a	decisao	do	reu.	(Olhar	art.	574)
d.
Proibicao	de	reformatio	in	pejus	- no	PP,	ocorre	quando	so	o	reu	recorre.	Caso	o	MP	tambem	apele,	
pode	haver	reformatio	in	pejus,	limitando-se	ao	objeto	do	recurso	do	MP.	Vedacao	inclusive	de	
reformatio	in	pejus	indireta,	ou	seja,	ainda	que	o	tribunal	anule	todos	os	atos	ate	entao	ocorridos.	
e.
3.
Pressupostos/Requisitos	de	admissibilidade
Juizo	de	admissibilidade	- analise	dos	pressupostos	(interesse,	legitimidade...).	Ha	dupla	analise	(juizo	
a	quo	e	ad	quem).	Havendo	ausencia	de	qualquer	requisito,	o	recurso	nao	eh	conhecido.
a.
juizo	de	merito	- dar	ou	nao	provimento.	Pode	anular	ou	reformar	a	decisao	recorrida.	b.
4.
Pressupostos	objetivos
cabimento	e	adequacao	- previsto	em	leia.
tempestividade	(798,	CPP)	- cumprimento	do	prazo	legal,	que	se	inicia	a	partir	do	dia	util	seguinte	ao	
da	intimacao,	em	dias	corridos.	Para	o	MP,	a	partir	do	formal	recebimento	no	Orgao.	Para	o	
assistente	de	acusacao,	comeca	logo	apos	o	termino	do	prazo	do	MP.		
b.
regularidade	procedimental	da	interposicao	- pode	ser	interposto	por	termo,	oralmente	ou	por	termo	
nos	autos	
c.
ausencia	de	fato	impeditivo	(ocorre	antes	da	interposicao	=	renuncia)	ou	extintivo	(ocorre	apos	a	
interposicao,	impedindo	que	o	recurso	seja	conhecido	=	ausencia	de	preparo,	ou	seja,	apenas	na	acao	
penal	privada	E	desistencia)
d.
5.
Pressupostos	subjetivos
legitimidade	(577)	- MP,	querelante,	reu,	ofendido,	acompanhado	ou	nao	de	assistente	tecnico	(598);a.
interesse	(65,	66,	386,	I	VI)	- quando	houver	algum	ganho	pela	parte,	ha	interesse	em	recorrer.	MP,	
acusado,	ofendido
b.
6.
Efeitos
devolutivo	- devolver	a	materia	para	o	poder	judiciario		apreciara.
suspensivo	- suspende	os	efeitos	da	decisao	b.
regressivo	(589)	- RESE	e	Agravo	em	Execucao	- quando	da	interposicao	do	recurso,	diante	das	razoes	
apresentadas,	o	juiz,	na	analise	de	admissibilidade,	reconsidera	e	se	retrata.	
c.
extensivo	(580)	- estende	para	o	outro	reu	d.
7.
*********
14.11	- Aula	14:
Recursos	em	especieØ
Apelacao	(593,	CPP)
nocao	a.
cabimento	
593,	I	- das	sentencas	de	absolvicao	ou	condenacao	(que	julgam	o	merito)	/	sentenca	de	
absolvicao	sumaria	(397)	/	sentenca	de	absolvicao	impropria	(aquela	que	impoe	medida	de	
seguranca)
I.
593,	II	- das	decisoes	definitivas	ou	com	forca	de	definitiva	(interlocutorias	mistas,	que	
encerram	o	processo	sem	julgamento	de	merito.	Ex.:	sentenca	de	impronuncia	no	juri).	Tem	
carater	residual,	sendo	aplicado	somente	quando	nao	couber	RESE	(quando	nao	estiver	no	rol	
do	581)
II.
593,	III	- sentenca	do	juri,	quando:III.
a)	ocorrer	nulidade	posterior	à	pronúncia;
b)	for	a	sentença	do	juiz-presidente	contrária	à	lei	expressa	ou	à	decisão	dos	jurados	(juiz	
decide	no	lugar	do	juri);																	
c)	houver	erro	ou	injustiça	no	tocante	à	aplicação	da	pena	ou	da	medida	de	segurança	(calculo	
errado	da	pena,	aplicacao	incorreta	do	regime);									
d)	for	a	decisão	dos	jurados	manifestamente	contrária	à	prova	dos	autos.	Nesse	caso,	este	juri	
sera	anulado	e	o	reu	sera	submetido	a	novo	juri.	So	pode	interpor	uma	apelcao	nessa	hipotese,	
independente	da	parte	recorrente!!!
b.
tempestividade	(em	dias	corridos,	a	partir	do	dia	util	subsequente	ao	da	intimacao/publicacao)
Primeiramente,	5	dias	para	interposicao	(593,	caput)I.
excecoes	
ofendido	nao	habilitado	nos	autos	- 15	dias1)
lei	9.099	(JECRIM)	- 10	dias	(ja	com	razoes)2)
II.
Apos	a	interpopsicao,	o	juiz	recebe	o	recurso	e	abre	prazo	de	8	dias	para	as	raoes	e	
contrarrazoes	(600)
III.
c.
legitimidade	- MP,	ofendido,	reu,	defensord.
processamento	- interposto	e	arrazoado	em	primeira	instancia.	Quando	chega	na	segunda,	sorteado	
relator,	revisor	e	terceiro	juiz.	
e.
efeitos	
devolutivoI.
suspensivo	- para	a	defesa,	em	caso	de	sentenca	condenatoriaII.
duplo	juizo	de	adminissibilidade	III.
f.
1.
RESE	- Recurso	em	Sentido	Estrito	(assemelha-se	ao	AI)
Cabimento	- contra	decisoes	interlocutorias	mistas,	desde	que	previstas	no	rol	taxativo	do	581.	Nao	
estando	no	rol,	cabe	apelacao.
para	as	hipoteses	de	decisao	em	execucao	penal	- Agravo	em	Execucao	(197,	da	LEP),	mas	o	
processamento	eh	igual	ao	do	RESE,	por	analogia.	
I.
a.
tempestividade
interposicao	- 5	dias	(586)I.
razoes	- 2	dias	(588).	OBS.:	nao	ha	intimacao	para	apresentar	razoes	II.
b.
efeitos	
devolutivoI.
regressivo	- juizo	de	retratacao	II.
suspensivo	- hipoteses	expressas	do	584	III.
c.
processamento	(583)	- interposto	e	arrazoado	em	primeira	instancia.	Quando	chega	na	segunda,	
sorteado	relator,	revisor	e	terceiro	juiz.	
d.
2.
ED	(619)
cabimento	- obscuridade,	ambiguidade,	contradicao,	omissao,	erro	materiala.
prazo	- 2	dias	com	razoes	/	5	dias	com	razoes	(se	JECRIM)b.
efeitos	
devolutivoI.
suspensivoII.
extensivo,	eventualmenteIII.
c.
3.
Embarguinhos	(382)	- cabivel	contra	sentenca,	com	prazo	de	2	dias4.
Embargos	Infringentes	e	de	nulidade	(609)
recurso	exclusivo	da	defesaa.
cabimento	- no	colegiado,	um	dos	desembargadores	nao	concordam	com	algum	ponto	do	
julgamento.	Desta	forma,	a	defesa	interpoe	o	recurso	para	que	os	outros	desembargadores	da	
camara/turma	votem,	
b.
prazo	- 10	dias	com	razoes	c.
efeitos	- devolutivo	só	da	matéria	não	unânime,	suspensivo	e,	eventualmente,	regressivo.d.
5.
********
21.11	- Aula	15:
Recurso	Especial	(105,	III,	CF	e	1029,	CPC	- Olhar	Sumula	126)
cabimento	
hipoteses	da	CF,	alineas	a,	b	e	cI.
contra	decisoes	de	unica	ou	ultima	instancai,	nos	tribunais	de	origem,	quando	a	decisao	
recorrida	contrariar	tratado	ou	lei	federal,	ou	negar-lhes	vigencia.	
II.
OBS.:	QUANDO	O	ACORDAO	VIOLAR	TRATADO	OU	CONVENCAO	INTERNACIONAL,	RATIFICADOS	
PELO	BR,	POR	TER	STATUS	DE	NORMA	SUPRALEGAL,	OU	SEJA,	FORCA	DE	EMENDA,	DESAFIA	
REXT.	CASO	CONTRARIE	O	PACTO	DE	SAO	JOSE	DA	COSTA	RICA,	OU	SEJA,	SE	CONTRARIAR	
ACORDO	DE	CRATER	DE	DIREITOS	HUMANOS,	DESAFIA	RESP.		
OBS2:	NAO	CABE	RESP,	DE	DECISAO	DE	COLEGIO	RECURSAL	DO	JECRIM
dar	a	lei	federal	decisao	divergente	de	outro	tribunal	(equivalente	ou	superior),	em	caso	
parecido	=	dissidio	jurisprudencial,	considerando	que	o	STJ	tem	o	intuito	de	uniiformizar	a	
jurisprudencia.	
O	acordao	paradigma	deve	ser	decisao	final.		1)
A	prova	da	divergencia	eh	feita	juntando	copia	do	acordao	paradigma	(1029,	p1,	CPC),	
indicacao	do	link	da	pagina	do	acordao)
2)
Demonstracao	analitica	da	divergencia	=	desenhar	(elaborar	tabela,	elucidando	a	
semelhanca)		
3)
III.
Importante	fazer	a	leitura	do	regimento	interno	do	tribunalIV.
a.
requisitos
analise	e	questoes	de	direito	(nao	de	materia	fatica)	- sumula	7	STJ	I.
interposto	contra	decisao	que	nao	caiba	mais	recurso	no	tribunal.	Devem	ser	usados	todos	os	
recursos	cabiveis	no	tribunal	a	quo.	
II.
prequestionamento	- os	tribunais	superiores	somente	analisam	determinada	materia,	se	o	
tribunal	de	origem,	que	proferiu	a	decisao	atacada,	tiver	analisado	a	decisao,	evitando	a	
supressao	de	instancia.	Caso	o	tribunal	de	origem	permaneca	omisso,	mesmo	apos	ED,	deve-se	
interpor	preliminar	de	nulidade	no	Resp	(102,	III,	p3,	CF	+	105,	III,	CF).	
III.
b.
prazo	- 15	dias	(arrt.	1003,	p5,	CPC),	com	as	razoes	e	contrarrazoes	em	15	dias,	enderecado	ao	
presidente	ou	vice	do	tribunal	que	proferiu	acordao
c.
Interposicao	no	tribunal	que	proferiu	a	decisao,	ao	presidente	ou	viced.
juizo	de	admissibilidade
pelo	presidenteou	vice-presidente	do	tribunal	- a	quem	eh	direcionado	o	RespI.
pelo	ministro	relator	no	STJII.
e.
juizo	de	merito	pelo	STJ	- relator	ou	turmaf.
efeitos
devolutivo,	em	regra,	da	materia	objeto	do	recursoI.
suspensivo,	mediante	requerimento	(1029,	p5,	CPC)	ao	presidente	ou	vice	do	tribunal	de	
origem,	enquanto	este	nao	proferir	decisao	sobre	admissibilidade	do	Resp.	Pode,	ainda,	
requerer	ao	Presidente	do	STJ	ou	relator,	se	ja	houver.	
II.
extensivo,	eventualmente,	beneficiando	co-reuIII.
g.
regularidade	formal	- 1029,	CPC
PI	deve	seguir	os	requisitos	do	CPCI.
h.
da	decisao	que	nao	conhecer	o	Resp	ou	Rext,	cabe	Agravo	(1042),	em	15	diasi.
6.
Recurso	Extraordinario	(102,	III,	da	CF	e	1029,	CPC)
requisitos	- idem	Resp
questao	de	direito	- afronta	a	CFI.
cabivel	contra	decisao	de	ultima	ou	unica	instanciaII.
prequestionamentoIII.
+	Repercussão	geral	(102,	p.3o,	CF	e	1.035,	CPC)	- Trata-se	de	um	pressuposto	do	recurso	
extraordinário;	obrigatoriamente	deve	haver	um	item	que	ultrapasse	os	interesses	subjetivos	
das	partes,	ou	seja,	deve	ser	demonstrado	que	a	aplicação	dada	é	de	interesse	que	o	supremo	
enfrente	a	questão	é	aplique	nos	demais	casos	(transcendencia).	Terá	repercussão	geral	ser	for	
contrária	à	Sumula	ou	jurisprudência	do	STF.
IV.
a.
cabimento	(102,	III)	
contra	acordao	que	declarar	a	inconstitucionalidade	de	lei	federal	I.
julgar	valida	lei	ou	ato	de	governo	local,	em	face	da	CFII.
julgar	valida	lei	ou	ato	de	governo	local,	contestada	com	base	em	lei	federal		III.
b.
7.
*******
28.11	- Aula	16:
MEDIDAS	AUTONOMAS	DE	IMPUGNACO	Ø
Habeas	Corpus	(art.	5,	CF,	LXVIII	+	647	e	ss,	CPP):	remedio	cabivel	sempre	que	alguem	estiver	sofrendo	ou	
estiver	na	iminencia	de	sofrer	constrangimento	ilegal	em	sua	liberdade	de	locomocao.	
Pode	ser	concedido	de	oficio○
Nao	se	aplica	apenas	se	o	sujeito	estiver	preso;	basta	a	ameaca	ou	a	mera	existecia	de	uma	acao	
penal,	que	configure	uma	coacao	ilegal.	
○
Pode	visar	o	trancamento	de	uma	acao	penal,	a	nulidade	de	uma	prova	(ou	qualquer	outra	nulidade),	
incompetencia	do	juizo,	etc	
○
Pode	ser	lliberatorio	(quando	o	ato	coator	ja	foi	proferido,	independente	de	o	ato	ter	sido	cumprido.	
Se	o	assunto	for	prisao,	pede-se	um	contra-mandado	de	prisao	ou	alvara	de	soltura)	ou	preventivo	
(ato	coator	ainda	nao	ocorreu.	Pede-se	o	salvo	conduto,	em	caso	de	prisao)
○
Partes:	impetrante	(quem	assina),	paciente	(eventual	favorecido)	e	autoridade	coatora	○
Impetrado	diretamente	na	autoridade	superior	aquela	do	ato	praticado	(delegado	praticou	ato,	
impetra	ao	juiz;	promotor	pratica	ato,	impetra	para	o	Tribunal)	
excecao	- se	praticado	pelo	JECRIM,	para	a	Turma	Recursal§
○
HC	permite	que	se	peca	medida	liminar,	demonstrando-se	fummus	boni	juris	e	periculum	in	mora	
Pode	ou	nao	ser	satifativa	(quando	coincide	com	o	pedido	principal)	§
○
Pede-se	concessao	da	ordem	de	HC	para	algo	(trancamento	da	acao	peenal,	por	exemplo)○
No	caso	de	HC		para	trancamento	da	acao	penal,	em	limiinar,	pede	suspensao	do	processo.○
No	caso	de	HC	por	prova	ilicita,	em	liminar,	pede	suspensao○
Sumula	691,	STF,	afirma	que	nao	cabe	HC	contra	o	indeferimento	de	liminar	pelo	tribunal	de	origem,	
mas	a	jurisprudencia	entende	que,	estando	em	situacao	de	flagrante	ilegalidade,	pode	julgar
○
Da	decisao	denegatoria	de	HC	do	tribunal,	cabe	ROC	- Recurso	Ordinario	Constitucional	para	STF	ou	
STJ	(art.	105,	II,	a,	CF	+	102,	II,	a,	CF)
○
Atencao	- apenas	liminar,	caso	contrario,	supressao	de	instancia.	So	eh	reimpetrado	HC,	se	a	negativa	
e	merito	vier	do	Juiz
○
Cabimento	(art.	648,	CPP):
Quando	nao	houver	justa	causa§
Quando	alguem	estiver	preso	ha	mais	tempo	do	que	determina	a	lei§
Quando	quem	ordenar	a	coacao,	nao	tiver	comptencia	para	faze-lo§
Quando	houver	cessado	o	motivo	do	ato	coator	§
Nulidade§
Extincao	da	punibilidade§
○
Nao	ha	prazo	para	o	HC○
-
MS	(art.	5,	XIX,	CF	+	Lei	12016/09)
protecao	de	direito	liquido	e	certo,	nao	amparado	por	HC○
deve	vir	acompanhado	de	prova	pre-constituida	○
Usado	em	casos	pontuais	no	PP;		tem	uso	subsidiario	○
Impetrante,	com	capacidade	postulatoria,	autoridade	coatora○
Prazo	preclusivo	de	120	dias	○
Uso	para	desbloqueio	de	valores	em	conta,	restituicao	de	coisas	apreendidas,	entre	outros,	que	nao	
relacionados	a	prisao
○
Revisao	Criminal	(arrt.	621,	CPP):
Cabivel	apos	o	transito	em	julgado	da	acao	penal§
Eh	uma	especie	de	acao	rescisoria	§
So	eh	cabivel	para	o	reu,	mesmo	apos	morto§
Nao	ha	preclusao§
Competencia	de	julgamento	do	tribunal	de	2	instancia,	exceto	quando	o	STF/STJ	tiver	imposto	
ou	mantido	a	condenacao.	Dirigida	ao	presidente	do	tribunal
§
cabimento
condenacao	contraria	a	lei	ou	a	prova	dos	autos□
condenacao	se	fundamentar	em	documentos/provas	falsos□
apos	a	sentenca,	descobrem-se	novas	provas	de	inocencia	do	reu	ou	de	circunstancia	que	
altere	o	merito	ou	que	reduz	a	pena
□
§
Possivel	tentar	tutela	antecipada	§
Cabiveis	Resp	e	Rext§
-
-
CORREICAO	PARCIAL (Lei	do	Conselho	da	Justica	Federal	5010/66)Ø
Erro	de	procedimento	do	juiz	(ex.:	concede	prrazo	menor	para	responder	acusacao)-
Subsidiario,	so	entra	se	nao	houver	outro	recurso	cabivel-
Predomina	entndimento	que	so	cabe	contra	ato	de	juiz	-
Rito	depende	do	regimento	interno	de	cada	tribunal-
Direito	Penal	- Demais	Crimes	e	Espécies	de	Recursos	
07/08/17 12:44

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