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Aula 01 – 08.08: > Organizações criminosas (Lei 12.850/13) Conceito: Convenção Internacional de Palermo trouxe o conceito de organização criminosa e então por meio de decreto o Brasil definiu o que era a organização criminosa; Apresenta tipificação penal, com a vinda da lei específica 12.850/13, além de trazer os meios de investigação que combatem as organizações criminosas e outros crimes, conforme previsto no Art.1, da LOC; a. Por volta dos anos 2000 que esse tratado foi subscrito, e foi promulgado pelo Brasil em 2004 pelo decreto; b. Somente em 2013 o ordenamento jurídico trouxe a lei sobre a organização criminosa e meios de investigação para combate-la; c. Definido o conceito no art. 1º da lei 12.850/13, que traz os requisitos abaixo para caracterizar a organização e para configuração do crime. d. 1. Requisitos (todos devem ser cumpridos para ser uma organização): Associação de 4 ou + agentes (acorde de vontades) a. Estrutura ordenada (permanência) (o encontro para prática do crime não é eventual)b. Divisão de tarefas (entre os agentes)c. Objetivo de obter vantagem de qualquer naturezad. Prática de infração penal com pena máxima superior a 4 anos ou de caráter transnacional, ** independente da pena (FINALIDADE) e. 2. ** Crimes de caráter transnacional são aqueles que ultrapassam as fronteiras: foram praticados no Brasil e podem ter produzidos resultados em outro país, ou foram praticados em outro país e produzem resultados no Brasil, ou ocorrem em outro país e no Brasil ao mesmo tempo. Diferenças e semelhanças:• Concurso Pessoas Associação Criminosa Mais de uma pessoa cometendo crime 3 ou + pessoas cometendo crime Encontro fortuito dos agentes para pratica do crime Permanência e estabilidade dos agentes para cometimento do crime Respondem pelo crime praticado, não por concurso de pessoas Crime autônomo, de associação criminosa, não só pelo crime cometido / o crime final não precisa estar consumado para ser associação Crime menos grave, pena menor Crime mais grave, pena maior Tipos penais da Organização Criminosa: Art. 2º da LOC - Org. Criminosa: Qualquer pessoa que participe da organização, seja promovendo, constituindo, financiando, integrando a organização. Pena de 3 a 8 anos, e multa;i. a. Art. 2º, p1º, - Embaraço à investigação: Pessoa que impede ou embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. b. Outros arts. 18/21 da LOCc. 3. Obtenção e meios de obtenção de provas Art. 3º, I a VII - Em tese se aplicam a qualquer crime, mas atualmente não é utilizado para os demaisa. Colaboração premiada (delação premiada): É basicamente levar informações em troca de receber um benefício. A lei 9807/99 traz benefícios a quem deleta, assim como outras leis específicas. O que ocorria é que as demais leis não falavam sobre os requisitos e instrumentos para essa delação, somente na lei 12.850 que essa lacuna foi preenchida. A delação premiada não é prova, é meio dê obtenção de prova. Logo não pode haver acusação de agente somente com testemunho do colaborador. Requisitos (para que possa realizar a delação premiada) Ao menos 1 dos resultados previstos nos incisos do art. 4º (não cumulativos) - (quais os demais participantes/ comparsas/ quem mais participou do crime; como era o funcionamento da organização; informar quando ocorrerão mais crimes programados. Não pode provocar os demais participantes a praticar o crime para se enquadrar no inciso; auxiliar as autoridades a encontrar o produto do crime; localização de eventual vítima (sequestro); • informar quando ocorrerão mais crimes programados, não pode provocar os demais participantes a praticar o crime para se enquadrar no inciso • O colaborador deve confessar - não pode apontar apenas os crimes dos demais participantes. A sua participação deve ser contada. • Efetividade da colaboração - O que o colaborador contou foi eficaz para a investigação? Contou algo novo, trouxe informações importantes, o que forneceu e trouxe de elementos foi útil para a investigação. Deve levar algo que nenhum outro colaborador ainda tenha levado. • Renúncia ao direito ao silêncio e prestar compromisso com a verdade - não pode ficar em silêncio e DEVE dizer a verdade; se mentir pode haver revogação do acordo • i. Benefícios ao colaborador Redução da pena em até 2/3 ou substituição da pena para restritiva de direito• Perdão judicial, causa extintiva de punibilidade (já esta na fase da ação penal)• Não ser denunciado (esta na fase de investigação, ainda não foi nem oferecida denúncia) se não for o líder da ordem do crime e deve ser o primeiro a delatar • II. Momento A qualquer tempo, mas se realizada após a sentença o benefício será apenas a redução da pena ou progressão de regime • III. b. 4. Meios de Investigação:4. Acordo entre colaborador e MP (negocião, pode ser o MP Estadual ou Federal); entre colaborador e polícia; • Juiz só homologa, ou recusa, ou arquiva / o juiz analisa os aspectos formais, pode até ouvir o Colaborador para questionar se está de acordo, se foi pressionado para faze-lo • Revogado em caso de mentira, ocultação de fato; e retratação, as partes podem "voltar atrás", mesmo que homologado. Tanto o MP quanto o colaborador. • Se acordo passa a não ter validade, as provas apresentadas por esse colaborador não poderão ser utilizadas para sua condenação, apenas as provas de outras testemunhas sobre o mesmo fato poderão incrimina-lo • Ação controladac. As autoridades esperam o momento adequado para agir, para tentar identificar mais agentes, mais crimes que acontecerão Infiltração de agentesd. Agente da polícia ou do MP acaba integrando a organização, as vezes até pratica crime (não pode haver excesso) ######## Aula 02 - 15.08: CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (arts. 1 e 2 da Lei 8137/90)Ø Noções: visa proteger a arrecadação de tributos, que tem destino aos cofres púbicos; o intuito é criminalizar condutas que "mascarem" a realidade tributária, ou seja, falsificando. Não há crime quando simplesmente se deixa de recolher um tributo. 1. Condutas: crime de conduta múltipla - suprimir, reduzir (tributo ou contribuição social), mediante omissão, fraude, falsificação, alteração, etc, sendo que todas as disposições remetem à falsidade ou fraude (incisos do artigo 1); 2. Elemento subjetivo: dolo 3. Consumação: entendimento STF - súmula vinculante 24. Crime material (conduta + resultado, sendo exigido este último); anteriormente, o processo penal era concomitante ao processo administrativo tributário. Entretanto, por vezes, a criminalização ocorria antes mesmo da decisão tributária, o que importava em condenações errôneas. Usava-se, portanto, a esfera penal como meio coercitivo para cobrança do crédito tributário. Desta forma, surgiu a SV 24, que afirmar não poder ser considerado crime tributário enquanto nao houver o lançamento tributário definitivo. Portanto, o crime contra a ordem tributária somente se consuma com a inscrição do crédito em dívida ativa; 4. Tentativa: não admite; 5. Prescrição: início do prazo se dá a partir da consumação do crime (de encontro com a SV 24, mencionada acima; 6. Outros crimes - Art. 2: I, fazer declaração falsa para eximir-se do pagamento de tributo (crime formal, pois a conduta, por si só, consuma o crime. A segunda parte do tipo é mera finalidade e não resultado); a. II, deixar de recolher tributo que descontou ou cobrou (descontar IR do empregado e não repassar à RFB); b. 7. Causas extintivas de punibilidade: Pagamento - lei 10.684/03, art. 9, p.2; a. Parcelamento - suspende a punibilidade; deve ser celebrado até o recebimento da denúncia (art. 83, Lei 9.430/96). b. 8. LAVAGEM DE DINHEIRO - Art. 1 da Lei 9613/98ØConceito: qualquer infração penal anterior resulta em vantagem econômica ilícita, que precisa ser colocada em circulação no mercado, de maneira lícita; 1. Exclusão do rol de crimes antecedentes - objeto: "bens, valores ou direitos provenientes de infração penal" (Lei 12.683/12); 2. Fases da Lavagem (cada uma das fases, por si só, configura o crime): Ocultação (art. 1) - procedimento por meio do qual o agente oculta o bem, afastando-o da origem do crime; a. Dissimulação (massacramento), art. 1, I -b. Reinserção, art. 1, p.1 e 2 -c. 3. Elemento subjetivo - sempre com dolo de "lavar";4. Questões Processuais: Independência do processo (ação penal) da lavagem com a infração penal antecedente - art. 2, II: bastam indícios da lavagem para processar; a. Competência - será do juízo competente para julgamento da infração penal antecedente (art. 2, III) b. 5. LEI 9.613/98 - LAVAGEM DE CAPITAISØ - lavagem de capitais porque quase todos os objetos que tenham valor econômico podem ser objeto material do crime - objeto material: quase todos aqueles que tenham valor econômico 1. Sujeito Ativo: o entendimento majoritário é no sentido de que o sujeito ativo do crime antecedente também pode ser sujeito ativo da lavagem de dinheiro, por se tratarem de bens jurídicos penais distintos. 2. Verbos Núcleos do Tipo: ocultar - esconder, de forma a impedir o acesso das autoridades; dissimular - criar estratagemas de forma a macular a origem ilícita. -Os bens objeto da lavagem de dinheiro jamais deixarão de ter origem ilícita, ou seja, na lavagem de dinheiro só há a aparência de Licitude. 4. Pena: de 3 a 10 anos. O procedimento adotado é o ordinário, estando o acusado sujeito à pena em regime fechado. ASPECTOS PROCEDIMENTAIS:- Infração Penal não Transeunte - a lavagem de capitais deixa vestígio. Diante disso, a comprovação do crime depende de perícia ou prova apta (arts. 158 e 167, CPP). • Ação Penal - Pública Incondicionada • Bem jurídico penal tutelado - ordem financeira• Sujeito passivo - sociedade • Competência - segue a do crime antecedente. Conforme o art. 2º, da Lei 9.613, a competência para o julgamento da lavagem de dinheiro será determinada pela competência para o julgamento do crime antecedente, ou seja, quando o crime antecedente for da competência da justiça federal, a lavagem também o será; quando o crime antecedente for da competência da justiça estadual, a lavagem também o será. • Autonomia relativa - processualmente a legislação exige a mera indicação de indícios da existência do crime antecedente. Diante disso, pode-se concluir que o preenchimento do requisito relacionado à conduta antecedente estará preenchido independentemente da existência de condenação, processo ou investigação. • *é autônomo no sentido de não precisar de comprovação. -O art.366, do CPP não é aplicável em relação aos crimes de lavagem de dinheiro. O processo penal por ser tutelador de bens indisponíveis NÃO admite a revelia. Diante desta hipótese, o art. 366, do CPP dispõe sobre a suspensão do processo e a suspensão do transcurso do prazo prescricional. Excepcionalmente, estas suspensões não são aplicáveis à lavagem de dinheiro por conta do disposto no art.2o, da Lei 9.613. ******** 22.08 - Aula 03: DOS CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - LEI 7492/86Ø Sistema financeiro: é o conjunto de órgãos que regulamenta, fiscaliza e executa as operações necessárias para a circulação Da moeda e do crédito na economia. 1. Bem jurídico protegido: sistema financeiro nacional. 2. Incidência: mercado financeiro a. mercado de valores mobiliários (lei 6385/76) b. 3. Sujeito ativo: crimes próprios (art. 25, para administração de instituição financeira) a. crimes comuns (ex. Art. 22) b. 4. Tipos penais: art. 4, caput, gestão fraudulenta de instituição financeira (caput): exige habitualidade (atos que, por si só não são ilícitos, mas precisam de práticas reiteradas); crime próprio, de mera conduta (não prevê resultado) art. 4, pu, gestão temerária - gestão arriscada, além do razoável (subjetivo). i) a. art. 16, operar instituição financeira sem autorização - doleiro. b. art. 17, empréstimo vedado - vedação de empréstimo do banco para determinadas pessoas, que não sejam a ele vinculadas. Rol no artigo. Visa proibir simulação. c. art. 22, evasão de divisas (riquezas) Efetuar operação de câmbio não autorizada para evasão divisas (caput) I. Promover saída de divisas sem autorização (sem declarar) (pu)II. Manter depósitos no exterior sem declarar (pu) III. d. 5. CRIMES CONTRA AS FINANCAS PUBLICASØ Art. 359 a 394-H, CP• Em geral incrimina os agentes públicos que cometem crime financeiro contra o Estado• Visam proteger as finanças públicas• Estes princípios estão no art. 37 CF• Bem jurídico penal tutelado: finanças públicas, no sentido de que é proibido gastar mais do que se arrecada ou de comprometer o orçamento além do que a lei permite. • Exemplos de crimes: • Art. 359 A: para que o ente federativo faça uma operação de crédito, quando exigido por lei, deve pedir autorização para o legislativo. Se faz sem essa autorização pratica o crime. • LC 101/2000 , art. 29, III (lei de responsabilidade fiscal)• Se o prefeito quem praticar o crime (DL 201/17) há sanções especiais• Art. 359 B: só pode incluir despesas no que falta a pagar, se esta estiver empenhada (prometida) anteriormente. • Art. 359 C: para aquele que exerce os últimos 8 meses do mandato não pode gastar com o que quiser, tem limites para os gastos e deve assumir obrigações somente até o final do seu mandato. Há exceções mas deve haver caixa para isso. • Art. 359 D: ordenar despesa não autorizada por lei.• ******* 29.08 - Aula 04 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (312, CP)Ø Praticados por funcionário público (327) - Peculato (art. 312): - - Peculato admite concurso de pessoas? sim, desde que saiba da condição de funcionário público. Circunstâncias pessoais não irão se comunicar salvo se elementares do crime, ou seja, se estiver previsto no crime. Apropriação de bem do qual tem posse, como se seu fosse○ Desvio de bem, dando a ele, outra finalidade, sem necessariamente se apossar ○ Furto - facilidade de acesso a determinado bem, em função do cargo ○ Culposo - por imprudência ou negligência do agente público, o crime e praticado (delegado deixa a delegacia aberta) ○ Concussão (art. 316): exigir vantagem indevida P.1, excesso de exação (cobrança de tributo) Exige tributo indevido OU cobra tributo devido de forma vexatória § OBS.: se envolver tributo, lei 8137/90§ ○ - Corrupção passiva (art. 317) Solicitar, receber, aceitar promessa -> em razão da função -> de vantagem indevida <- oferecer, prometer (art. 333, corrupção ativa, praticada pelo particular) ○ OBS.: para que se configure a corrupção ativa, e necessário o oferecimento ou a promessa. O fato de o agente privado pagar/dar dinheiro ao agente público, que pratica corrupção passiva, não o incide em corrupção ativa!!! ELE NAO PRATICA NENHUM CRIME!!! P2, corrupção passiva privilegiada Pratica, retarda, deixa de praticar -> ato de ofício -> infringindo dever = cedendo a pedido/influência de outrem § ○ - Prevaricação (art. 319) Pratica, retarda, deixa de praticar -> ato de ofício = por interesse ou sentimento pessoal ○ - Facilitação de contrabando ou descaminho, que sao praticados por particulares (art. 318) (prova*)- Contrabando= não tem a ver com tributo, mas com importação ou exportação de mercadoria proibida. Descaminho= sonegação fiscal de parte ou todo de tributo, pela entrada, saída ou consumo de mercadoria Praticados por particular: Resistência, art. 329, a uma ordem legal, por violência/ameaça○ Desobediência, art. 330, não cumprimento de ordem legal ○ Desacato,art. 331, continua crime - STJ, ofensa ao funcionário público no exercício da função ○ Tráfico de influência, art. 332 Solicitar, exigir, cobrar, obter -> para si ou para outrem -> vantagem indevida ou promessa de vantagem -> a pretexto de influir em ato de funcionário público - Obs: Solicitar ou receber dinheiro ou outra utilidade, a pretexto de influir em ato de juiz/ MP/ Perito/ testemunha/tradutor/intérprete => 357, crime de exploração de prestígio - ○ - CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTICA Ø Art. 339, denunciação caluniosa (contra quem sabe inocente), atribuir fato criminoso a outrem, sabendo ser inocente, com o fim de prejudicar o imputado. Na calúnia, o dolo é de atingir a honra, apenas. - Art. 340, falsa comunicação de crime (ninguém específico), "acusa" a existência de um crime que não existe (trote) - Art. 342, falso testemunho, nega a verdade, omite em juízo/processo administrativo. Pode haver retratação, até a sentença condenatória do processo principal. - Art. 348, favorecimento pessoal, auxiliar autor de um crime a escapar da autoridade - Art. 349, favorecimento real - tornar seguro o proveito do crime. Ex: dinheiro/bem proveniente de crime e vc auxilia a esconder esse dinheiro/bem - Art. 357, exploração de prestígio - quando juiz, MP, perito ou testemunha usam de sua profissão para facilitar - ***** 05.09 - Aula 05: LEI ANTICORRUPÇÃO - 12.846/13Ø Regulamentação decreto 8420/15 (federal) e 60106/14 (estadual SP)- Não e lei penal. não tem pena privativa de liberdade e não prevê crime. prevê condutas previstas no CP e em lei especial (licitação) - Antes dela, somente se previa responsabilização por processo judicial - Prevê responsabilidade civil e administrativa para as pessoas jurídicas nacionais e estrangeiras, envolvidas em atos de corrupção e fraude a licitação - Responsabilidae objetiva: basta o nexo de causalidade (a existência da PJ e o ato lesivo, em benefício da PJ) - A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a dos seus gestores - Atos lesivos: art. 5, inciso I a V- Sanções Esfera administrativa Multa, que vai de 0,1 a 20% do faturamento bruto do exercício anterior, nunca sendo inferior ao valor da vantagem indevida pretendida ou recebida. Se não apurar faturamento, varia de 6 mil a 60 milhões. Multa não exclui a obrigação de reparar o dano. - Publicação da decisão sancionadora na grande imprensa - Sanções da lei 8666 (proibição de licitar e firmar contrato com administração pública) - ○ Critérios para fixação das sanções: Gravidade da infração - Vantagem auferida/pretendida- Consumação ou não da infração - Grau de lesão ou perigo de lesão - Efeito negativo - Situação econômica da PJ- Cooperação da PJ para as investigações- Existência de compliance (mecanismos de controle, prevenção, incentivo a denúncia, elaboração de código de ética e de conduta, para efetivo cumprimento das leis) - Valor dos contratos mantidos pelo infrator - ○ - Procedimento - "PAR" (Processo Administrativo de Responsabilização) Competência - da autoridade máxima da entidade vítima○ Competência concorrente - ministério da transparência (antiga CEU) ○ Acordo para a PJ - acordo de leniencia, cuja competência e do ministério da transparência (art. 29). O acordo de leniência equipara-se a delação premiada. Visa reduzir as sanções. O acordo de leniência previsto na lei anticorrupção não protege as pessoas físicas envolvidas de algum modo com a fraude, a lei que protege essa pessoa física é a da delação premiada. As vezes, ocorre de um colaborador fazer um ato de corrupção que a direção da empresa não ficou sabendo ou que era proibido, nesse caso pode haver conflito entre a PJ e o colaborador nas defesas. Nesse caso a PJ faz a leniência e recebe as sanções administrativas e o colaborador, que não é protegido pela PJ, deve realizar os atos de defesa por conta própria. A defesa do colaborador pode ser negar, o que é um risco se a PJ já assumiu no âmbito administrativo, ou pode fazer a delação premiada. O sócio, diretor, presidente, no caso de não saber dos atos de corrupção, defende-se penalmente/criminalmente e deve provar que não sabia dos fatos. Se o acordo de leniência for rejeitado não importa em reconhecimento de culpa e os elementos entregues são devolvidos a PJ (ao contrário da delação premiada) Requisitos para a leniencia iidentificação dos demais infratores • oobtenção de informações e provas • a PJ deve ser a primeira a se manifestar • ddeve cessar a atividade lesiva • aadmitir a conduta lesiva (confessar) • - Limite temporal - até a conclusão do PAR - Consequências do acordo isenção da publicação da decisão na imprensa • isenção da proibição de receber incentivos, subsídios, empréstimos, etc, da administração pública • isenção das sanções previstas na 8666• redução de 2/3 da multa • - ○ OBS1: não livra a PJ de reparar o dano ○ OBS2: nao livra as pessoas físicas da responsabilidade penal (delação premiada) ○ - Não é uma lei penal pois não traz crimes e impõe pena privativa de liberdade. O que há previsto na lei são condutas paralelas previstas na lei penal ou leis especiais • Essa lei veio para impor e prever hipóteses de responsabilidade civil e administrativa das PJs envolvidas em atos de corrupção ou em atos de fraude a licitação • Essa lei veio para deixar o Brasil em paralelo com grandes países como EUA• Não há sanções para pessoas físicas, mas não exclui a possibilidade de outras sanções as pessoas físicas• Vigora sobre a responsabilidade objetiva, isso é, basta o nexo de causalidade. Basta a relação entre a PJ e o ato lesivo, este sendo ou não finalizado. • Deve ser um ato de corrupção em benefício da PJ para caracterizar anticorrupção, se for um ato em benefício próprio já não cabe nessa lei • ******* 12.09 - Aula 06: CRIMES CONTRA AS LICITAÇÕES - LEI 8666/93 + Art. 37, XXI (XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações). Ø Crimes em espécie : 1. Art. 89, dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses legais (hipoteses de dispensa e inexigencia - arts. 24 e 25) crime próprio, sujeito ativo e o funcionário público, crime de mera conduta ○ - Art. 90, frustrar ou fraudar o caráter competitivo da licitação (sujeito ativo e o licitante)- Art. 91, patrocinar interesse privado perante a administração, dando causa a instauração de licitação ou celebração de contrato (condição objetiva - licitação ser invalidada pelo Poder Judiciário) - Art. 92, possibilitar vantagem em favor do adjudicatário (quem venceu a licitacao) sem autorização legal; - Art. 93, impedir, perturbar ou fraudar ato do procedimento licitatório - Art. 94, devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório - Art. 95, afastar ou procurar afastar licitante por meio de violência, grave ameaça ou oferecimento de vantagem (incorre no crime o sujeito ativo e o ativo) - Crimes de terrorismo - lei 13260/16Ø Fundamento constitucional - art. 5º, inciso XLIII, CF• A lei de Terrorismo não se aplica a crimes políticos e contra o Estado democrático de direito. O art. 5º diz que é crime inafiançável e imprescritível os crimes contra ordem constitucional e o Estado Democrático. Esses crimes são regulamentados na lei 7.170/83. Definição de terrorismo - art. 2º, caput• Consiste na prática, de 1 ou mais indivíduos, os atos previstos neste artigo por razões dexenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, quando cometidos a fim de provocar terror social - É um crime equiparado a crime hediondo, mas este não é imprescritível Atos de terrorismo - £1º do art. 2º, inc. I, IV e V• É uma lei muito focada em perigos abstratos IV - ato pelo qual um agente terrorista toma conta de um meio de sistema de comunicação, sistema bancário, sistema de água, etc. Integrar organização terrorista - art. 3º• Crime autônomo / + ou - como a organização criminosa, mas aqui não precisa haver mínimo de agentes e estruturas como habitualidade, etc. Art. 5º: realizar atos preparatórios de terrorismo com propósito terrorista• Iter criminis = cogitação do crime / preparação / atos de execução / consumação/ exaurimento Para crimes em gerais, a punição inicia nos atos de execução, isso é, o crime começa a ser tentado nos atos de execução Os atos preparatórios podem configurar crimes autônomos (ex. Porte ilegal por arma de fogo) A lei de crimes terroristas pune nos atos preparatórios, o que é uma exceção aos demais crimes gerais do CP. Deve-se analisar as circunstâncias da situação. Art. 6º: financiar o terrorismo• Precedente: "Operação hashtag JF de Curitiba"• ******** 19.09 - Aula 07: > Processo Penal: das questões e processos incidentes >Noções gerais >Questões prejudiciais Diz respeito a questões que devem ser analisadas antes do juiz analisar o mérito da causa. Não se trata de preliminares, mas uma espécie desta (ex: após término do inquérito policial, eh feito o relatório e enviado ao MP, que irá analisar pelo arquivamento, pedido de mais provas ou continuidade. Caso tenha indícios de quem for o autor eh oferecida a denúncia; O juiz pode receber a denúncia, iniciando o processo ou recusa-la. Caso aceite, ele manda citar para responder a acusação, por escrito, em 10 dias - Art.396/396-A, podendo colocar assuntos preliminares, entre elas as questões prejudiciais Elas se dividem em duas: obrigatórias (Art.92, CPP): questão que está sob apreciação do juízo cível, com relação ao estado civil das pessoas (ex: bigamia). Aqui se suspende o processo até o trânsito em julgado do processo civil. O prazo será prescricional (Art.116, do CP) • (ex: esbulho possessório da qual depende a existência do crime, vez que a legitimidade da posse ainda não foi decidida no juízo cível. Eh necessário analisar civilmente para depois verificar a questão criminal; facultativas (Art.93, CPP): questões de natureza civil, que não as de cunho do artigo anterior. Se houver sido proposta ação no juízo cível, o juiz criminal poderá suspender a ação penal, desde que seja questão de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil admite e após inquirição de testemunhas e realização de outras provas de natureza urgente. • >Procedimento Suspende o processo e espera a decisão no juízo cível. >Das exceções (Art.95, CPP) Noções• Formas indiretas de defesa. São exceções: - suspeição (juiz suspeito, pois é inimigo do réu, por ex); - incompetência do juízo: ex - litispendência (mesmo fato em 2 processos idênticos); - ilegitimidade de parte; - coisa julgada (réu já foi processado e julgado pela mesma acusação). As exceções de forma geral apresentam as seguintes características com relação aos Procedimentos:• 1)podem ser apresentadas verbalmente ou por escrito; 2)devem ser apresentadas no prazo da resposta à acusação - 10 dias (ou seja, no prazo da 1o defesa apresentada no processo), sob pena de preclusão 3)devem ser apresentadas em apartado, ou seja, separadamente. 4)podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz a qualquer tempo. >Exceção de suspeição e de impedimento Juiz: impedimento (252/253) - ter relação com a causa, diretamente ou por parentesco. Não poder atuar em colegiado com parente no mesmo processo; • suspeição (254) - amizade íntima, inimizade, ter relação com os envolvidos no processo.• • Promotor/Procurador (258) - não poderão atuar em causas em que tenha parentesco com juiz ou qualquer das partes • Intérpretes/Peritos/Serventuários (105, 274 e 281) - mesma aplicação dos juízes• *Deve ser decidida antes das demais exceções; *quando se entra com pedido de suspeição contra o juiz, este vai se manifestar, mas não poderá decidir. A decisão será realizado pelo tribunal. >Exceção de incompetência (arts. 108 e ss) - Em razão: 1)Da matéria (absoluta): JM e JE (especiais) e JC (JF e JE) 2)Da Pessoa (absoluta) 3)Lugar (relativa - prorrogação da competência se não alegada no prazo estipulado - dentro da resposta a acusação- incide a preclusão) >Exceção de litispendência >Exceção de ilegitimidade de parte >Exceção de coisa julgada - O rito das 3 acima eh o mesmo da exceção de incompetência - autos apartados. Aqui o processo não é suspenso, o processo tem seu andamento normalmente. *obs: as exceções, em tese, quando não são acolhidas/aceitas, não existe previsão de recurso cabível. Contudo, se o juiz acolhe a exceção o recurso cabível será o RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - RESE (Art.581, CPP). Da suspeição do juiz não cabe qualquer recurso, pois quem analisará eh o Tribunal. >Da Restituição de coisas apreendidas (Art.118, CPP e Art.91, CP) - Os pertences que foram apreendidos durante o processo serão restituídos quando estes não forem mais necessários/interessarem ao processo (ex: celular que não servirá como objeto de prova); ou também serão devolvidos quando não forem instrumento do crime. - Contudo, se instrumentos do crime e não forem ilícitos vão depender do contexto (ex: carro não é instrumento ilícito, mas ainda é necessário fazer uma perícia). - Portanto, aqui a medida cabível para requerer a devolução eh o pedido de RESTITUIÇÃO ao próprio juiz do processo. Restituição: quando não interessarem ao processo; quando não forem instrumento do crime• >Das medidas assecuratorias (apresenta natureza cautelar, assim servem de instrumento)- São medidas assecuratorias patrimoniais as abaixo listadas (ex: prática do crime resultou em provento de 500mil reais gastos na compra de um apt. Neste caso, para segurar este bem, e que não haja transferência, nem venda, a justiça pública se utilizará de algumas medidas): 1)sequestro (Art.125 e ss): medida assecuratória patrimonial, que recai sobre bens imóveis/móveis adquiridos pelo indiciado, com origem em proventos da infração. Eh possível entrar com embargos (Art. 130, CPP). 2)Hipoteca legal (Art.134 e ss): eh a medida assecuratória que recai em bens mesmo com origens lícitas. Recai sobre bens do acusado para fins de ressarcimento da vítima. 3)Arresto prévio a hipoteca (Art. 136 e ss): O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal >Do incidente de falsidade (Art.145) -Quando se alega, por escrito, que o documento juntado aos autos eh falso. -Eh apartado, não suspendendo o prazo processual. -Eh realizada a Oitiva de testemunhas e perícia -Caso decisão seja favorável, o juiz ordenará o desentranhamento do doc -Da decisão cabe RESE (Art.581, XVIII, CPP) >Do incidente de insanidade mental do acusado (Art.149) - Requerida de ofício ou por requerimento do MP, entre outros, o exame medico-legal. Pode ser realizado antes ou durante o processo. - Aqui há a suspensão do processo e se a perícia concluir que ele adquiriu a doença mental, o processo ficará suspenso até o reestabelecimento do réu. Doença mental ao tempo da infração • Se doença mental após a infração, no curso do processo: suspende o processo • Se no cumprimento da pena: substitui a pena por medida de segurança.• ******* 26.09 - Aula 08:• Prisoes: a unica prisao em que se analisa culpa do acusado ocorre apos o transito em julgado de sentenca penalcondenatoria. Antes disso, as prisoes sao de natureza juridica cautelar, que esta atrelado ao criterio da necessidade. Ø Características: Excepcionalidade: a regra é a liberdade, pela presunção de inocência. Dentro das cautelares, primeiramente se verificam as medidas e depois as prisões (282, §6º; 310, II); • Provisoriedade (art. 282, §5º): O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. • Proporcionalidade (282, III): adequacao da medida ao fato • Provisionalidade • Ø Prisão em flagrante - Introdução: prisão que ocorre logo apos ou durante a prática do delito. Não constitui prova cabal; é uma detenção que visa: cessar a prática criminosa, por qualquer cidadão do povo , evitando a consumação do crime; possibilitar a colheita de informações, reunião de vestígios; possibilitar a identificação do suposto autor do crime. Pautada na certeza visual. ○ Art. 301, CPP - não depende de ordem judicial - Natureza jurídica: Art. 310 - posição majoritária de que possui natureza pré cautelar, é uma detenção administrativa, que viabiliza a análise judicial da necessidade de outras medidas cautelares. Tem por finalidade cessar a prática criminosa, a identificação do suposto autor do crime, permitir a colheita de vestígios, - Espécies: Ø ○ Legais - art. 302: § Incisos I e II - flagrante real/próprio (quem é encontrado praticando o crime ou acaba de cometê-lo); § Inciso III - flagrante impróprio (perseguido/encontrado logo após a prática do delito); § Inciso IV - flagrante presumido - não exige perseguição (encontrado com instrumentos; objetos; documentos que façam crer que o sujeito e o autor do crime); § Flagrante esperado - polícia fica de campana aguardando o sujeito. Há posições que não consideram essa espécie como sendo flagrante, pois se acredita que, na verdade, é uma forma de chegar ao flagrante real; § Flagrante retardado/protelado/ação controlada - polícia tem conhecimento da prática criminosa, mas aguarda o melhor momento para realizar a prisão, reunindo o maior número de informações, de pessoas, realizando um acompanhamento (caminhão transportando determinada carga, que chegará a um destino, onde estarão todos os membros da quadrilha. Acompanha-se o caminhão até o local de destino para só então realizar o flagrante. ○ Ilegais - art. § Flagrante por apresentação - apresentação espontânea do acusado na Delegacia; § Flagrante forjado/fabricado - implantação de provas; § Flagrante preparado/provocado - instigação/ provocação que facilita a prática criminosa (verificar súmula 45/STF) >Sujeitos -ativo: qualquer um e os agentes -passivo: pessoa que recai (qualquer pessoa que se encontrem nas hipóteses do 302) -exceções: presidente da república (por nenhuma prisão cautelar), membros do MP e da magistratura (só podem ser presos em flagrantes por crimes inafiançáveis - hediondos, tráfico de droga, terrorismo...); membros do Congresso Nacional (deputados e senadores - somente por crimes inafiançáveis e ainda essa prisão deverá ser submetida a análise da respectiva casa para que resolva em até 24h para manutenção ou não) -menor de idade: não se aplica, podendo somente ser apreendido desde que o ato infracional envolva violência ou grave ameaça. -JECRIM (infrações penais de menor potencial ofensivo - são crimes que preveem pena máxima de até 2anos + contravenções penais - Art.69, p. Unico, da Lei 9.099/95) - Auto de prisão em flagrante - documento que reúne as informações sobre a captura; peça formal que conterá as circunstância da prisão (palavra da vítima, das testemunhas, do preso, sendo encaminhado para análise do juiz, que verificará a legalidade ou ilegalidade do flagrante, mantendo-o ou não. A ilegalidade pode ser material - quando preso numa das hipóteses ilegais - ou formal - se não houver a observância; o respeito ao procedimento para a lavratura do documento, pois há um procedimento específico; uma ordem estabelecida por lei (CPP). Tem alta relevância (os procedimentos), tendo-se em vista que o flagrante permite a prisão. Juiz relaxa e concede liberdade provisoria, converte em preventiva. ○ Artigo 304 - procedimentos: § Oitiva do condutor; § Oitiva de testemunhas; § Recolhimento das devidas assinaturas, lavrando o devido auto de prisão em flagrante para deliberação do juiz, que pode manter a prisão, arbitrar fiança ou determinar a soltura. ○ O prazo para lavratura do auto de prisão em flagrante é de 24 horas, a partir da captura do acusado (art. 306); ○ A nota de culpa é o documento que compõe o auto, informando o preso sobre os motivos responsáveis pela sua prisão, sob pena de relaxamento de prisão. ○ Testemunhas instrumentárias - do ato e não do fato. Viram apenas a entrega do preso à autoridade. Afasta a possibilidade de apresentação espontânea, que é flagrante ilegal. * audiência de custódia - serve para avaliar as possibilidades de aplicação das medidas cautelares PRISÃO PREVENTIVA Ø Conceito: medida cautelar de privação da liberdade do possível autor do crime (pois é presumidamente inocente), decretada pelo juiz na fase processual ou na fase de investigação, quando as cautelares diversas da prisão (Art. 319) não forem suficientes para a preservação do processo. Cabe tanto na fase de inquérito (juiz precisa ser provocado, visto que ainda está inerte, pois não houve ciência do MP) como na fase de processo (juiz pode decretar a medida de ofício) - art. 311; ○ Art. 310: reforça a ideia de que a prisão preventiva é medida secundária, devendo, primeiramente, considerar o art. 319 (medidas cautelares diversas da prisão); ○ Art. 315: juiz deve fundamentar a sua decisão○ - Fundamentos (art. 312): apresenta fundamentos genéricos - fumus comissi delicti e periculum libertatis, que se exemplificam em : assegurar a garantia da ordem pública, da ordem econômica, aplicação lei penal, ou por conveniência da instrução criminal; A garantia da ordem pública deve ser fundamentada pelo juiz;§ Garantia da ordem econômica diz respeito a crimes relacionados contra a ordem econômica (crimes contra a ordem financeira, crimes de colarinho branco, causam prejuízo econômico à sociedade); § Garantia por conveniência da instrução criminal: impedir atos que afetem a instrução processual (obstrução de provas, ameaça, constrangimento de testemunhas, etc); § Assegurar aplicação da lei penal, para garantir que o acusado não fuja; evitar risco de fuga; § PU: também pode ser decretada em caso de descumprimento de outras obrigações impostas por força de outras medidas cautelares; § Art. 313, pu: havendo dúvida sobre a identidade do acusado, também é cabível a prisão preventiva; § ○ - Condições de Admissibilidade: Art. 313, I: PROVA!!! toda infração (crime e contravenção) é suscetível de prisão preventiva?? NÃO (ART. 313), apenas nos crimes, nas contravenções, não. Não cabe para crimes culposos. Pena máxima superior a 4 anos; ○ Art. 313, II: possível a decretação da prisão se houver reincidência (independente do tempo da pena; reincidente é quem pratica crime mais de uma vez, não necessariamente do mesmo crime; ○ Art. 313, III: não cumprimento de medidas protetivas de urgência também possibilita a prisão preventiva; ○ Art. 314: se o acusado estiver amparado pelas excludentes de ilicitude do art. 23, CP, não se aplica prisão preventiva; ○ Art. 316: juiz pode revogar a prisão preventiva se, no decorrer do processo, entender que não haja razão para que se mantenha e vice-versa (pode decretar novamente) - está ligado à provisoriedade; ○ Art. 317 e 318: possibilidade de prisão preventiva domiciliar (hipóteses - pessoa maior de 80 anos, mulher com filho de até 12 anos, proteção de pessoade quem dependa exclusivamente do acusado, etc. Previstas na lei 13.257/16); ○ - OBS Finais: Art. 295: prisão especial somente válida enquanto prisão cautelar!! Pode ser coletiva (p. 3), com aqueles que detém a mesma condição (os que possuem curso superior, policiais, membros de tribunal do júri); ○ Art. 7, V, Lei 8.906/94: Sala de estado maior (advogado, juiz, promotor)○ - PRISÃO TEMPORÁRIA (LEI 7.960/89) Ø Conceito: prisão para investigação; medida cautelar de privação da liberdade por prazo determinado (difere da preventiva) decretada durante o inquérito policial (ou seja, só é cabível na fase de investigação) para investigações de crimes graves (elencados pela lei), mediante provocação do delegado ou do promotor, já que a fase é de inquérito; Art. 1, III: rol taxativo de crimes; ○ Pode o juiz prorrogar o prazo da prisão, que é de 5 dias (5 + 5). Passado o prazo, libera ou converte em prisão preventiva, nos termos do artigo 312; ○ O prazo acima não se aplica aos crimes hediondos, caso em que será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. ○ - Fundamentos: lembra-se dos requisitos genéricos (fummus e periculum); Art. 1, I: Quando for imprescindível para o êxito das investigações, ou seja, a investigação pode ser prejudicada, caso não seja decretada a prisão temporária (periculum); ○ Art. 1, II: Quando o investigado não tiver residência fixa ou não fornecer elemento necessário para sua identificação (periculum). Se solta, a polícia não consegue mais identificar; ○ Art. 1, III: Quando houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos crimes graves, elencados pelo inciso (fummus); ○ - PROVA!!! A interpretação dos incisos deste artigo é cumulativa ou alternativa?? Posição majoritária diz que o inciso III sempre deve estar presente, alternando-se os requisitos I e II. Então se acumula o I e III ou II e III, pois é necessário que estejam presentes ambos os requisitos para concessão de medida cautelar - fummus e periculum. Posição minoritária afirma que os requisitos são cumulativos. - Inviolabilidade do domicílio: art. 5, XI, CF afirma que a casa é asilo inviolável do indivíduo, somente podendo entrar com autorização e durante o dia (das 6 às 18h); se houver consentimento do morador ou em caso de flagrante. Art. 283, CPP: estando em via pública, pode ser peso em qualquer horário. ○ - Uso de algemas: é excepcional, por ser considerado uso de força, o qual é proibido, salvo em caso de resistência ou fundado receio de fuga. Art. 344: algema em audiência. ○ - Observações Prof. Alexandre Toda prisão que ocorrer antes do trânsito em julgado de sentença condenatória tem natureza cautelar• A prisão antes do trânsito em julgado tem a ver com o critério NECESSIDADE• Procedimento prisão em flagrante • Apresentar o acusado imediatamente a autoridade policial1. Oitivas do condutor do acusado / testemunha 2. Interrogatório do acusado, que pode permanecer calado por direito constitucional, que pode ser assistido por um defensor. Se houver advogado o preso tem direito a uma entrevista reservada com o seu defensor 3. Comunicações, no caso de entender que há o flagrante: juiz e MP; Família do preso ou pessoa que este indicar 4. Entrega da nota de culpa, art. 306, £2º - é o conhecimento formal ao preso pelo motivo que esta sofrendo o flagrante 5. Possibilidade de fiança pelo delegado, art. 322, para crimes com pena máxima de até 4 anos, nesse caso não precisa pedir ao juiz 6. Encaminhamento do auto de prisão em flagrante ao juiz em 24h, art. 306, £1º7. O juiz pode (art. 310): Relaxar a prisão se ilegal o flagrante, mesmo que a ilegalidade seja pelos atos "processuais" ou por ser considerado espécie de flagrante ilegal Converter o flagrante em prisão preventiva, se presentes os requisitos da prisão preventiva e se não forem suficientes as medidas cautelares diversas da prisão Conceder liberdade provisória com ou sem fiança Conceder liberdade provisória se presentes uma das hipóteses do art. 23, I a III do CP que são as excludentes de ilicitude 8. Sujeito ativo: quem pratica o crime e esta sujeito ao flagrante• Quem não pode ser preso em flagrante ainda que nas condições do art. 302: presidente da república (por nenhuma prisão cautelar); membros do MP e Magistratura só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis (crimes hediondos, tráfico de drogas); membros do congresso nacional (deputados e senadores) só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis e ainda essa prisão deverá ser submetida a analise da respectiva casa para que resolva em até 24h sobre a manutenção da prisão; menores de idade são apreendidos desde que o ato infracional envolva violência ou grave ameaça, e por isso não sofrem prisão em flagrante; JECRIM, ou seja, infrações penais de menor teor ofensivo, são crimes com pena máxima de até 2 anos, art. 69, PU da lei 9.099/95. • ******** 03.10 - Aula 09:• Procedimentos (art. 394): Ø Nocoes: caminho/curso que o processo devera seguir, percorrendo etapas obrigatorias, sob pena de nulidade - Comum Ordinario (pena maxima >4)○ Sumario (pena maxima <4)○ Sumarissimo (pena maxima 2 anos) - lei 9.099/95○ - Especial Crimes praticados por funcionario publico○ Crimes contra a honra (519/523)○ Crimes contra a propriedade (524/530)○ Crimes contra a vida (406/497)○ Leis especiais diversas (11343/06, crimes eleitorais, abuso de autoridade)○ - Rito comum Ordinario - 394, I (regra geral, que se aplica de forma subsidiaria a todos os ritos) Cabimento§ Denuncia (art. 41)§ Recebimento ou rejeicao § Citacao Pessoal - oficial e justica• Ficta Edital - quando o acusado estiver em local incerto e nao sabido (361, CPP)○ Por hora certa, nos termos do CPC (362, CPP e 252, CPC)○ • § Resposta a acusacao (396/396-A)§ Absolvicao Sumaria hipoteses (397)• § AIJ§ ○ - Atos - Oferecimento da denuncia - observar os requisitos do artigo 41, CPP, denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. (aqui eh definido o rito, na maioria das vezes, exceto quando se tem TC - termo circunstansciado na fase de inquerito, quando se tratar de crime de menor potencial ofensivo - Lei 9099, art. 69) Prazo de 15 dias se acusado solto e 5 dias se preso (art. 46)a. 1. Analise de recebimento ou nao pelo juiz, liminarmente Rejeita se for inepta, faltar pressuposto processual ou condicao para o exercico da acao penal ou faltar justa causa para o exercicio da acao penal (art. 395) Se rejeitar, cabe RESE ao MPI. Se receber, cabe HC a defesaII. a. 2. Possibilidade de suspensao condicional do processo (art. 89, 9099/95) - acordo que o acusado pode celebrar com o MP homologado pelo juiz, prevendo que o processo seja suspenso, mediante o cumprimento de determindas obrigacoes pelo acusado. Apesar de prevista na lei de juizados especiais, a suspensao se aplica a todo e qualquer rito, limitando-se a crimes com pena minima de ate um ano. Observadas as hipoteses de aumento, diminuicao e qualificadoras, que alteram a pena minima. Suspende o prazo prescricional. O MP deve oferecer, se o acusado se enquadrar nessas condicoes; nao e, portanto, faculdade. 3. ****EXCECAO: violencia domestica contra mulher - Lei Maria da Penha, art. 41 + sumula 536, STJ! Citacao - serve para dar ciencia formal ao acusado e para que ele apresente resposta a acusacao. Se esgotadas as tentativas de citacao e o reu nao se manifesta, nomeia-se advogado dativo e o processo segue o curso. Contudo, se for citado por editado e nao comparecer em juizo, considera-se nao citado e, portanto, sem conhecimento formal da acusacao,situacao em que o processo ficara suspenso (art. 366). O efeito da revelia no processo penal eh diferente, podendo o processo seguir, independente de o acusado estar ciente, devendo, obrigatoriamente, estar presente o advogado dativo em todos os atos processuais. Ou seja, ocorrera quando citado, mas nao se manifestar/nao comparecer. ○ 4. Resposta a acusacao (art. 396 e ss) - defesa do acusado que deve ser apresentada no prazo de 10 dias. Ressaltando que, em havendo defesas indiretas, deverao ser apresentads em apartado, no mesmo prazo. Momento de arrolar ate 8 testemunhas (5, no sumario) sob pena de preclusao, e indicar interesse na producao de prova (pode apresentar em qualquer etapa do processo). 5. Analise do juiz se absolve ou nao sumariamente ou se mantem a denuncia (hipoteses - art. 397) Se absolver sumariamente, cabe apelacao para a acusacaoa. *Nesta fase processual o juiz pode analisar as matérias arguidas no recebimento da denúncia ou queixa? A jurisprudência entende que SIM, ele pode e deve rever as matérias e, eventualmente, reconhecer. Só que não seria caso de absolvição, mas de reconsiderar e rejeitar a denúncia (Art.399, CPP) Mantendo a denuncia/queixa, havera AIJ em ate 60 dias (art. 400, CPP) Oitiva do ofendido1) Testemunha acusacao - se houver oitiva por carta precatoria, deve-se aguardar a realizacao desta diligencia para seguir com a oitiva das testemunhas de defesa 2) Testemunha defesa3) Esclarecimentos periciais4) Acareacoes5) Reconhecimento pessoal (vitima reconhecer o acusado)6) Ultimo ato = interrogatorio do acusado7) Ultimas diligencias (art. 402) - requeridas se houver surgido a necessidade durante a instrucao, em 2 dias 8) Alegacoes Finais orais, em nao havendo ultimas diligencias (403, caput e p3) Pode ser por escrito a. Se os atos nao forem continuos, ou seja, se todos os atos da AIJ nao ocorrerem no mesmoo dia, o juiz dara prazo para apresentar alegacoes finais, em forma de memoriais, em 5 dias (art. 403, p3) b. 9) I. b. 6. Eventualmente o juiz deve se ater aos fatos narrados pelo MP na denuncia, mas pode entender que o tipo penal praticado eh diverso do alegado. Desta forma, ele emenda, enquadrando o fato em outro crime (emendatio libelli - art. 383) a. Pode surgir fato novo no curso da instrucao. Juiz abre vista para o MP, que pode aditar a denuncia, incluindo uma nova acusacao - mutatio libelli (art. 384), em 5 dias, podendo arrolar ate 3 testemunhas. I. O MP pode divergir e, assim, o processo segue para a Procuradoria Geral de Justica. Analogia ao art. 28, CPP. II. Abre prazo de 5 dias para defesa, que tambem pode arrolar ate 3 testemunhas.III. Segue, portanto, uma AIJ em continuacao, ouvindo as novas testemunhas, o acusado, e todos os demais atos pertinentes ao rito ordinario IV. b. 7. Sentenca (art. 381 e ss) Art. 385 - o juiz pode condenar o reu, mesmo que o MP peca absolvicao. Contrariedade ao sistema penal acusatorio a. 8. *** Estando diante de caso de aumento de pena ou de qualificadora, considera-se o maximo da pena possivel para a definicao do rito. *** Se houver causa de diminuicao de pena, considerar a pena maxima possivel (ou eja, de 4 a 10 anos, usa 10 anos) e diminuir o menor indicador possivel (ou seja, diminuicao de 1/3 a 2/3, usa o 1/3) *** Crime qualificadoo traz novas previsoes de pena minima e maxima; causas de aumento de pena nao alteram a pena base, apenas a aumentam. ******* 10.10 - Aula 10: • Continuacao aula passada (anotacoes acima) + Rito Sumario- RITO SUMARIO (arts. 531/38, CPP - crimes com pena maxima maior que 2 e menor que 4 anos)Ø (Pode usar a mesma regua do procedimento ordinario)- Diferencas: Prazo para oferecimento da denuncia - 5 preso e 15 solto;○ - Testemunhas - 5 para acusacao e 5 para defesa, na Resposta a acusacao; AIJ - acontece em ate 30 dias;○ Em tese, nao ha a fase do art. 402 (ultimas diligencias). A parte pode requerer, cabendo ao juiz decidir; ○ Nao ha previsao da possibilidade de memoriais/alegacoes finais por escrito, mas pode ocorrer;○ - RITO SUMARISSIMO (Lei 9.099/95 - crimes com pena maxima de ate 2 anos)Ø Diferencas: Nao ha prisao em flagrante;○ Nao ha inquerito policial, mas TC - termo circunstanciado (art. 69); ○ Sao ouvidas as testemunhas, condutor, e o suposto autor do fato, que assina um termo de compromisso; ○ O TC segue para a vara do JECRIM;○ Na sequencia, ha uma audiencia preliminar (art. 72/76), na qual devem comparecer o ofendido e o suposto autor do fato 1 ato - tentativa de conciliacao Composicao civil entre suposto autor do fato e vitima (art. 74) - em caso positivo, serve como titulo executivo judicial; □ Tratando-se de crime de acao penal privada, a aceitacao da vitima importa em renuncia (extincao) ao direito de queixa. Se acao penal publica condicionada, representa renuncia a direito de representacao. □ Se acao penal publica incondicionada, ocorre a transacao penal (art.76). impede a transação - quando houver condenação anterior transitada em julgado; ter aceitado outra transação nos últimos 5 anos; circunstancias do artigo 59. Alem disso, nao cabe em violencia contra a mulher, por forca da Lei Maria da Penha (Sumula 536 STJ) ® □ ******Se acao penal publica: Incondicionada: conciliacao atraves de transacao penal (oferecida pelo MP)- Condicionada: conciliacao atraves de composicao civil - acarreta extincao da punibilidade - *******Se acao penal privada: conciliaco atraves de composicao civil - acarreta extincao da punibilidade, mas o STJ entende tambem ser possivel a transacao (imposição de pena restritiva de direitos ou multa - final do artigo 76, L 9099) § Tentativa de transacao: Se aceita, o juiz homologa. Se o autor do fato descumpre o acordo, o MP pode oferecer a denuncia (SV 35/STF); □ Se nao aceita: MP oferece ou nao a denuncia ® Vitima oferece a queixa ® □ § Oferecida denuncia ou queixa oral, o autor do fato sai citado e eh designada AIJ§ AIJ Palavra a defesa para apresentacao de resposta (defesa previa). A indicacao de testemuhas (5) deve ser feita em ate 5 dias da audiencia (art. 68) □ Recebe ou nao a denuncia/queixa □ Aceitando a denuncia ou proposta a queixa, cabe apelacao (art. 82)□ Proposta de suspensao condicional do processo (art. 89)□ Se rejeitada a proposta, sao ouvidos: ofendido® testemunhas de acusacao® testemunhas de defesa® interrogatorio ® □ Vista a acusacao e debates orais (alegacoes finais) - 20 minutos prorrogaveis por mais 10 □ Sentenca em audiencia □ Cabe recurso de apelacao para turma recursal (10 dias)□ § ○ - ******** 17.10 - Aula 11 (continuacao acima) • Anotar diferenca entre transacao e suspensao condicional do processo - RITO DO JURI (cabivel em crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados - art. 74)Ø Principios Constitucionais (art. 5, XXXVIII): Plenitude de defesa○ Sigilo das votacoes - jurados nao podem conversar entre si sobre o caso ○ Soberania do veredictos - decisao do juri eh soberana ○ Competencia para os crimes dolosos contra a vida○ - OBS.: Nem todo crime com resultado morte tem dolo na morte, por isso o latrocinio nao tem competencia juri (crimes preterdolosos) - Exceccoes: foro por prerrogativa do funcao, em razao do cargo que o agente ocupa- Juri pode ser estadual ou federal- Crimes praticados a bordo de navio, aeronave, competencia da justica federal- Contra índio ou praticado por indio, relacionado a disputa por interesse indigena, federal- Fase instrucao preliminar ou sumario da culpa• Oferece a denuncia ou queixa subsisdiaria (se vitima morreu), em 5 dias se reu preso e 10, se solto- Recebe ou nao a denuncia - recebida, citacao do reu para oferecer resposta a acusacao (406), excecoes em apartado. Nao ha pedido de absolvicao sumaria - Vistaao MP para se manifestar- Juiz alisa e marca AI (410) nao aplica o 397 (absolvicao sumaria)○ - Na sequencia, mesmo procedimento do ordinario (audiencia com oitivas)- Juiz avalia se eh caso de mutatio libelli (art. 384) - situacao /circunstancia/fato nos autos que altera a acusacao, enviando ao MP para aditar a denuncia Nao havendo possibilidade acima, debates em 20 minutos extendidos por mais 10○ Sentenca - vigor do principio in dubio pro societa: De pronuncia (413) - reconhece a prova da materialidade do crime e indicios de autoria ou de participacao, especifica as causas de aumento de pena e qualificadoras, submetendo-o, portanto, ao tribunal do juri. A pronuncia vincula a analise do juri. Cabe RESE § De impronuncia (414) - quando nao ve prova da materialidade do crime ou indicio suficiente da autoria. Ou seja, ele na esta convencido que houve o crime ou de que o acusado o praticou. Nao faz coisa julgada material podendo o MP oferecer uma nova denuncia, observado o prazo prescricional. Cabe apelacao ao MP. § Absolvicao Sumaria (415) - provada a inexistencia do fato, provado nao ser o reu o autor ou participe do fato, quando o fato nao constituir infracao penal (fato atipico) demonstrada causa de isencao de pena e exclusao do crime. Se a unica tese for de inimputabilidade, o juiz pode absolver sumariamente (absolvicao impropria). Cabe apelacao. § Desclassificacao (419) - juiz entende que nao houve crime doloso contra a vida, enviando os autos para juiz singular. Cabe RESE. Das decisoes terminativas, cabe apelacao□ § ○ Vista ao MP, para ultimas diligencias e arrolamento de testemunhas○ Vista a defesa para ultimas diligencias e arrolamento de testemunhas○ Despacho do juiz marcando a data do juri, apos deliberar sobre diligencias e faz relatorio para jurados ○ - Fase do Plenario (juri)• Composicao do juri (juiz presidente do juri, 25 jurados, no dia da sessão tem que comparecer pelo menos 15 para iniciar o sorteio). Os sorteados devem ser aprovados pelo MP e defesa. (art. 448) • Cada parte pode recusar 3 jurados sem justificativa.- - Pode haver júri sem a presença do acusado.- - SORTEIO DE SETE JURADOS- - DEPOIMENTOS….- - DEBATES….- - LEITURA DOS QUESITOS- sobre materialidade do crime;- o réu foi o autor do crime ou o reú participou para…;- o reú deve ser absolvido? (se for consumado) / o réu tentou matar a vítima? (se for tentado)- Causa de aumento ou diminuição de pena- Qualificadora e causas de aumento de pena.- - SALA SECRETA- - VOTAÇÃO PELO CONSELHO SENTENÇA.- - SENTENÇA (JUIZ SOMENTE CALCULA A PENA) - Pode reconhecer de ofício agravante, atenuante, reincidência e etc - ******** 24.10 - Aula 12:• NULIDADES NO PROCESSO PENAL (arts. 563 e ss)Ø Nocoes: cada ato processual deve seguir uma serie de formalidades, chamados atos tipicos. 1. Atos anulaveis atos que nao obedecem a forma legala. atos atipicos b. produzem efeitos ate que sejam declarados nulos por decisao judicialc. podem prevalecer mesmo apos coisa julgada d. A depender da finalidade do ato, o vicio existente sera superado, pois a forma nao tem maior relevancia que o conteudo. Convalidacao dos efeitos. e. 2. Atos processuais inexistentes Falta de pressuposto essenciala. atos sem significado juridico - "nao atos"b. nao produzem efeito juridicoc. podem ser atingidos pela coisa julgada d. 3. Nulidades absolutas (Sempre que não houver a observância de um ato processual - descumprimento de uma formalidade/ato processual, sendo que que este ato visa assegurar uma garantia constitucional, se estará diante de uma nulidade absoluta. Por ex: devido processo legal e ampla defesa protegidos pela CF, sendo que o réu não foi citado - neste caso há nulidade absoluta). violacao de forma/ato procesual que visa garantia constitucional ou interesse de ordem publica (devido processo legal, ampla defesa, etc) a. nao sao atingidas pela preclusao, ou seja, mesmo que a parte nao alegue, pode ser reconhecida..b. podem ser reconhecidas de oficio pelo juizc. nao se aplica o principio da instrumentalidade das formas, que privilegia a finalidade, e nao as formasd. nao se aplica o principio do interesse, ou seja, nao eh necessario demonstrar interesse na nulidadee. no CPP - aquelas do artigo 564, que nao sao mencionadas no art. 572, I (rol nao taxativo, de nulidades relativas) f. estao sujeitas a aplicacao do principio da causalidade (de um ato processual, geralmente decorrem outros atos - da denuncia, a audiencia, etc) g. 1. Nulidades relativas - ocorre a violação de uma formalidade de um Ato que visa a proteção de um interesse privado, ou seja, exclusivamente de uma ou de ambas as partes violacao de forma que visa a protecao de um interesse privado de uma das partesa. nao podem ser reconhecidos de oficio pelo juiz b. estao sujeitas aos seguintes principios instrumentalidade das formasI. da causalidadeII. do interesse (arguida a nulidade a parte que interessa)III. c. 5. Obs: Incompetência gera nulidade • 1)ABSOLUTA: Incompetência que gera nulidade absoluta se deve em razão da matéria ou em razão da pessoa. Ou seja, se o crime da justiça federal, está sendo processado na justiça estadual (e vice-versa) há um incompetência absoluta em razão da matéria. Pode ser reconhecida em qualquer tempo e anulará o processo desde o início e também pela pessoa devido ao foro. 2)RELATIVA: A incompetência territorial gera uma nulidade relativa, se a parte não arguir no tempo oportuno ela preclui. Se ninguém alegar, permanecerá. Principios Constitucionais e relativos as nulidades devido processo legal - art. 5, LIVa. contraditorio e ampla defesa - art. 5, LVb. inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilicitosc. instrumentalidade das formas (ou do prejuizo) - 563 e 566d. causalidade (efeitos da declaracao de nulidade) - art. 573, p1e. interesse - art. 565f. convalidacao dos atos processuais - art. 572, I c/c 571g. ***Rol de nulidades do CPP = exemplificativo ***Meios para arguicao de nulidade: peticao simples;□ oralmente;□ resposta a acusacao;□ alegacoees finais;□ recurso;□ HC;□ rev crim - após o trânsito em julgado□ 6. *a coisa julgada convalida a nulidade? (Prova) Depois do trânsito em julgado a nulidade só será admitida a favor do réu (absoluta ou relativa - através de revisão criminal) **Sumula 160, STF: o tribunal não pode declarar nulidade que prejudique o réu se não foi objeto do recurso da acusação de apelação. - assemelha-se ao principio recursal do não reformatio in pejus. ******* 31.10 - Aula 13: RECURSOSØ Teoria Geral dos Recursos- Conceito: meio de impugnacao das decisoes judiciais utilizado antes do transito em julgado e no proprio processo em que foi proferida a decisao. Os recursos visam a reforma, a invalidacao, o esclarecimento ou a integracao da decisao judicial. diferenca enttre recurso (apelacao, RESE, ED, Resp, REXT) e acao autonoma de impunacao (HC, MS, Revisao Criminal - idem acao rescisoria no civel) = a acao eh um processo novo, tb visa impugnar uma decisao judicial, mas com sujeitos processuais proprios, criando uma nova relacao juridica. Pode ocorrer durante ou depois do processo. a. 1. Fundamento e duplo grau de jurisdicao: previsto implicitamente na CF, quando dispoe sobre a estrutura do Poder Judiciario (art. 92). Pacto de Sao Jose da Costa Rica, art. 8, II, h, preve direito de recorrer da sentenca/acórdão de juiz ou tribunal superior; com status de norma supralegal (Tratado Internacional de Direitos Humanos). Prejuizo nos casos de foro por prerrogativa de funcao (julgado direto no STF). 2. Principios Taxatividade - somente podem ser utilizados os recursos previstos em lei e nas hipoteses de seu cabimento a. Unirrecorribilidade das decisoes (593, p4, CPP) - em regra, ha um recurso para cada decisao.Excecoes: Resp e REXT b. Fungibilidade (579, CPP) - ocorre quando a parte interpoe o recurso incorreto, cabendo seu conhecimento, como se fosse o recurso correto, visando evitar a formalidade excessiva. Nao ha admissao quando ha ma-fe. c. Disponibilidade - eh faculdade da parte recorrer. MP tambem pode renunciar ao direito de recorrer, mas, recorrendo, nao pode desistir do recurso (576, CPP). O advogado da defesa nao pode se recusar a recorrer, caso seja a decisao do reu. (Olhar art. 574) d. Proibicao de reformatio in pejus - no PP, ocorre quando so o reu recorre. Caso o MP tambem apele, pode haver reformatio in pejus, limitando-se ao objeto do recurso do MP. Vedacao inclusive de reformatio in pejus indireta, ou seja, ainda que o tribunal anule todos os atos ate entao ocorridos. e. 3. Pressupostos/Requisitos de admissibilidade Juizo de admissibilidade - analise dos pressupostos (interesse, legitimidade...). Ha dupla analise (juizo a quo e ad quem). Havendo ausencia de qualquer requisito, o recurso nao eh conhecido. a. juizo de merito - dar ou nao provimento. Pode anular ou reformar a decisao recorrida. b. 4. Pressupostos objetivos cabimento e adequacao - previsto em leia. tempestividade (798, CPP) - cumprimento do prazo legal, que se inicia a partir do dia util seguinte ao da intimacao, em dias corridos. Para o MP, a partir do formal recebimento no Orgao. Para o assistente de acusacao, comeca logo apos o termino do prazo do MP. b. regularidade procedimental da interposicao - pode ser interposto por termo, oralmente ou por termo nos autos c. ausencia de fato impeditivo (ocorre antes da interposicao = renuncia) ou extintivo (ocorre apos a interposicao, impedindo que o recurso seja conhecido = ausencia de preparo, ou seja, apenas na acao penal privada E desistencia) d. 5. Pressupostos subjetivos legitimidade (577) - MP, querelante, reu, ofendido, acompanhado ou nao de assistente tecnico (598);a. interesse (65, 66, 386, I VI) - quando houver algum ganho pela parte, ha interesse em recorrer. MP, acusado, ofendido b. 6. Efeitos devolutivo - devolver a materia para o poder judiciario apreciara. suspensivo - suspende os efeitos da decisao b. regressivo (589) - RESE e Agravo em Execucao - quando da interposicao do recurso, diante das razoes apresentadas, o juiz, na analise de admissibilidade, reconsidera e se retrata. c. extensivo (580) - estende para o outro reu d. 7. ********* 14.11 - Aula 14: Recursos em especieØ Apelacao (593, CPP) nocao a. cabimento 593, I - das sentencas de absolvicao ou condenacao (que julgam o merito) / sentenca de absolvicao sumaria (397) / sentenca de absolvicao impropria (aquela que impoe medida de seguranca) I. 593, II - das decisoes definitivas ou com forca de definitiva (interlocutorias mistas, que encerram o processo sem julgamento de merito. Ex.: sentenca de impronuncia no juri). Tem carater residual, sendo aplicado somente quando nao couber RESE (quando nao estiver no rol do 581) II. 593, III - sentenca do juri, quando:III. a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados (juiz decide no lugar do juri); c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança (calculo errado da pena, aplicacao incorreta do regime); d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Nesse caso, este juri sera anulado e o reu sera submetido a novo juri. So pode interpor uma apelcao nessa hipotese, independente da parte recorrente!!! b. tempestividade (em dias corridos, a partir do dia util subsequente ao da intimacao/publicacao) Primeiramente, 5 dias para interposicao (593, caput)I. excecoes ofendido nao habilitado nos autos - 15 dias1) lei 9.099 (JECRIM) - 10 dias (ja com razoes)2) II. Apos a interpopsicao, o juiz recebe o recurso e abre prazo de 8 dias para as raoes e contrarrazoes (600) III. c. legitimidade - MP, ofendido, reu, defensord. processamento - interposto e arrazoado em primeira instancia. Quando chega na segunda, sorteado relator, revisor e terceiro juiz. e. efeitos devolutivoI. suspensivo - para a defesa, em caso de sentenca condenatoriaII. duplo juizo de adminissibilidade III. f. 1. RESE - Recurso em Sentido Estrito (assemelha-se ao AI) Cabimento - contra decisoes interlocutorias mistas, desde que previstas no rol taxativo do 581. Nao estando no rol, cabe apelacao. para as hipoteses de decisao em execucao penal - Agravo em Execucao (197, da LEP), mas o processamento eh igual ao do RESE, por analogia. I. a. tempestividade interposicao - 5 dias (586)I. razoes - 2 dias (588). OBS.: nao ha intimacao para apresentar razoes II. b. efeitos devolutivoI. regressivo - juizo de retratacao II. suspensivo - hipoteses expressas do 584 III. c. processamento (583) - interposto e arrazoado em primeira instancia. Quando chega na segunda, sorteado relator, revisor e terceiro juiz. d. 2. ED (619) cabimento - obscuridade, ambiguidade, contradicao, omissao, erro materiala. prazo - 2 dias com razoes / 5 dias com razoes (se JECRIM)b. efeitos devolutivoI. suspensivoII. extensivo, eventualmenteIII. c. 3. Embarguinhos (382) - cabivel contra sentenca, com prazo de 2 dias4. Embargos Infringentes e de nulidade (609) recurso exclusivo da defesaa. cabimento - no colegiado, um dos desembargadores nao concordam com algum ponto do julgamento. Desta forma, a defesa interpoe o recurso para que os outros desembargadores da camara/turma votem, b. prazo - 10 dias com razoes c. efeitos - devolutivo só da matéria não unânime, suspensivo e, eventualmente, regressivo.d. 5. ******** 21.11 - Aula 15: Recurso Especial (105, III, CF e 1029, CPC - Olhar Sumula 126) cabimento hipoteses da CF, alineas a, b e cI. contra decisoes de unica ou ultima instancai, nos tribunais de origem, quando a decisao recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigencia. II. OBS.: QUANDO O ACORDAO VIOLAR TRATADO OU CONVENCAO INTERNACIONAL, RATIFICADOS PELO BR, POR TER STATUS DE NORMA SUPRALEGAL, OU SEJA, FORCA DE EMENDA, DESAFIA REXT. CASO CONTRARIE O PACTO DE SAO JOSE DA COSTA RICA, OU SEJA, SE CONTRARIAR ACORDO DE CRATER DE DIREITOS HUMANOS, DESAFIA RESP. OBS2: NAO CABE RESP, DE DECISAO DE COLEGIO RECURSAL DO JECRIM dar a lei federal decisao divergente de outro tribunal (equivalente ou superior), em caso parecido = dissidio jurisprudencial, considerando que o STJ tem o intuito de uniiformizar a jurisprudencia. O acordao paradigma deve ser decisao final. 1) A prova da divergencia eh feita juntando copia do acordao paradigma (1029, p1, CPC), indicacao do link da pagina do acordao) 2) Demonstracao analitica da divergencia = desenhar (elaborar tabela, elucidando a semelhanca) 3) III. Importante fazer a leitura do regimento interno do tribunalIV. a. requisitos analise e questoes de direito (nao de materia fatica) - sumula 7 STJ I. interposto contra decisao que nao caiba mais recurso no tribunal. Devem ser usados todos os recursos cabiveis no tribunal a quo. II. prequestionamento - os tribunais superiores somente analisam determinada materia, se o tribunal de origem, que proferiu a decisao atacada, tiver analisado a decisao, evitando a supressao de instancia. Caso o tribunal de origem permaneca omisso, mesmo apos ED, deve-se interpor preliminar de nulidade no Resp (102, III, p3, CF + 105, III, CF). III. b. prazo - 15 dias (arrt. 1003, p5, CPC), com as razoes e contrarrazoes em 15 dias, enderecado ao presidente ou vice do tribunal que proferiu acordao c. Interposicao no tribunal que proferiu a decisao, ao presidente ou viced. juizo de admissibilidade pelo presidenteou vice-presidente do tribunal - a quem eh direcionado o RespI. pelo ministro relator no STJII. e. juizo de merito pelo STJ - relator ou turmaf. efeitos devolutivo, em regra, da materia objeto do recursoI. suspensivo, mediante requerimento (1029, p5, CPC) ao presidente ou vice do tribunal de origem, enquanto este nao proferir decisao sobre admissibilidade do Resp. Pode, ainda, requerer ao Presidente do STJ ou relator, se ja houver. II. extensivo, eventualmente, beneficiando co-reuIII. g. regularidade formal - 1029, CPC PI deve seguir os requisitos do CPCI. h. da decisao que nao conhecer o Resp ou Rext, cabe Agravo (1042), em 15 diasi. 6. Recurso Extraordinario (102, III, da CF e 1029, CPC) requisitos - idem Resp questao de direito - afronta a CFI. cabivel contra decisao de ultima ou unica instanciaII. prequestionamentoIII. + Repercussão geral (102, p.3o, CF e 1.035, CPC) - Trata-se de um pressuposto do recurso extraordinário; obrigatoriamente deve haver um item que ultrapasse os interesses subjetivos das partes, ou seja, deve ser demonstrado que a aplicação dada é de interesse que o supremo enfrente a questão é aplique nos demais casos (transcendencia). Terá repercussão geral ser for contrária à Sumula ou jurisprudência do STF. IV. a. cabimento (102, III) contra acordao que declarar a inconstitucionalidade de lei federal I. julgar valida lei ou ato de governo local, em face da CFII. julgar valida lei ou ato de governo local, contestada com base em lei federal III. b. 7. ******* 28.11 - Aula 16: MEDIDAS AUTONOMAS DE IMPUGNACO Ø Habeas Corpus (art. 5, CF, LXVIII + 647 e ss, CPP): remedio cabivel sempre que alguem estiver sofrendo ou estiver na iminencia de sofrer constrangimento ilegal em sua liberdade de locomocao. Pode ser concedido de oficio○ Nao se aplica apenas se o sujeito estiver preso; basta a ameaca ou a mera existecia de uma acao penal, que configure uma coacao ilegal. ○ Pode visar o trancamento de uma acao penal, a nulidade de uma prova (ou qualquer outra nulidade), incompetencia do juizo, etc ○ Pode ser lliberatorio (quando o ato coator ja foi proferido, independente de o ato ter sido cumprido. Se o assunto for prisao, pede-se um contra-mandado de prisao ou alvara de soltura) ou preventivo (ato coator ainda nao ocorreu. Pede-se o salvo conduto, em caso de prisao) ○ Partes: impetrante (quem assina), paciente (eventual favorecido) e autoridade coatora ○ Impetrado diretamente na autoridade superior aquela do ato praticado (delegado praticou ato, impetra ao juiz; promotor pratica ato, impetra para o Tribunal) excecao - se praticado pelo JECRIM, para a Turma Recursal§ ○ HC permite que se peca medida liminar, demonstrando-se fummus boni juris e periculum in mora Pode ou nao ser satifativa (quando coincide com o pedido principal) § ○ Pede-se concessao da ordem de HC para algo (trancamento da acao peenal, por exemplo)○ No caso de HC para trancamento da acao penal, em limiinar, pede suspensao do processo.○ No caso de HC por prova ilicita, em liminar, pede suspensao○ Sumula 691, STF, afirma que nao cabe HC contra o indeferimento de liminar pelo tribunal de origem, mas a jurisprudencia entende que, estando em situacao de flagrante ilegalidade, pode julgar ○ Da decisao denegatoria de HC do tribunal, cabe ROC - Recurso Ordinario Constitucional para STF ou STJ (art. 105, II, a, CF + 102, II, a, CF) ○ Atencao - apenas liminar, caso contrario, supressao de instancia. So eh reimpetrado HC, se a negativa e merito vier do Juiz ○ Cabimento (art. 648, CPP): Quando nao houver justa causa§ Quando alguem estiver preso ha mais tempo do que determina a lei§ Quando quem ordenar a coacao, nao tiver comptencia para faze-lo§ Quando houver cessado o motivo do ato coator § Nulidade§ Extincao da punibilidade§ ○ Nao ha prazo para o HC○ - MS (art. 5, XIX, CF + Lei 12016/09) protecao de direito liquido e certo, nao amparado por HC○ deve vir acompanhado de prova pre-constituida ○ Usado em casos pontuais no PP; tem uso subsidiario ○ Impetrante, com capacidade postulatoria, autoridade coatora○ Prazo preclusivo de 120 dias ○ Uso para desbloqueio de valores em conta, restituicao de coisas apreendidas, entre outros, que nao relacionados a prisao ○ Revisao Criminal (arrt. 621, CPP): Cabivel apos o transito em julgado da acao penal§ Eh uma especie de acao rescisoria § So eh cabivel para o reu, mesmo apos morto§ Nao ha preclusao§ Competencia de julgamento do tribunal de 2 instancia, exceto quando o STF/STJ tiver imposto ou mantido a condenacao. Dirigida ao presidente do tribunal § cabimento condenacao contraria a lei ou a prova dos autos□ condenacao se fundamentar em documentos/provas falsos□ apos a sentenca, descobrem-se novas provas de inocencia do reu ou de circunstancia que altere o merito ou que reduz a pena □ § Possivel tentar tutela antecipada § Cabiveis Resp e Rext§ - - CORREICAO PARCIAL (Lei do Conselho da Justica Federal 5010/66)Ø Erro de procedimento do juiz (ex.: concede prrazo menor para responder acusacao)- Subsidiario, so entra se nao houver outro recurso cabivel- Predomina entndimento que so cabe contra ato de juiz - Rito depende do regimento interno de cada tribunal- Direito Penal - Demais Crimes e Espécies de Recursos 07/08/17 12:44
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