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AUGUSTO COMTE E A ORIGEM DA SOCIOLOGIA

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AUGUSTO COMTE E A ORIGEM DA SOCIOLOGIA�
JOSEANY ARAÚJO DE QUEIROZ�
Joseanyqueiroz22@hotmail.com
INTRODUÇÃO 
A formulação do pensamento social em bases científica dependeu do aparecimento de condições históricas exigindo a análise da vida social em sua especificidade e concretude. Dependeu também do amadurecimento do pensamento científico e do interesse pela vida material do homem (COSTA, 2005, p. 64).
Além disso, resultaram do aparecimento das análises filosóficas principalmente as propostas pela Revolução Industrial e Revolução francesa. Esses movimentos trouxeram à tona dúvidas relativas ás liberdades humanas, aos direitos individuais e à legitimidade dos movimentos sociais.
Assim, por trás da ação política propriamente dita havia todo um questionamento feito das peculiaridades da vida humana e da sociedade.
Essa filosofia social gerou tendência e escolas de pensamento que desembocaram nas primeiras formulações sociológicas (COSTA, 2005, p. 64).
Assim, segundo Costa (2005), o surgimento da sociologia representa a conseqüência de um processo histórico, intelectual e científico que teve com sua máxima no século XVIII, as quais trouxeram grandes mudanças sociais.
Desta forma, este estudo busca analisar como se deu o surgimento da Sociologia e as contribuições do filósofo Frances Augusto Comte para o avanço do estudo da sociedade.
 
DA FILOSOFIA SOCIAL À SOCIOLOGIA
Para Costa (2005), cada uma das escolas de pensamento, partindo de uma atitude laica e pragmática em relação ao comportamento humano, procurava identificar os princípios que governavam a vida social do homem. Foi, entretanto, o positivismo que logrou, de forma pioneira, sistematizar o pensamento sociológico. 
Foi ele o primeiro a definir precisamente o objeto, a estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação, além disso, a definir a especificidade do estudo científico da sociedade. Conseguiu distingui-lo de outras áreas do conhecimento, instituindo um espaço próprio à ciência da sociedade. Seu principal representante foi o pensador francês Augusto Comte (COSTA, 2005, p. 72). 
Sobre a palavra “positivo”, Augusto Comte define dizendo que:
Positivo é sinônimo de real, útil, certo preciso, relativo, orgânico e simpático em oposição às especulações da filosofia idealista que só admitia a existência do transcendente ou de uma realidade invisível. O positivismo, uma atitude do espírito, segundo Comte, é produto de lenta evolução por que passou o gênero humano. (CASTRO, 1995, p. 55)
O positivismo reconhecia que os princípios reguladores do mundo físico e do mundo social diferiam quanto a sua essência: os primeiros diziam respeito a acontecimentos exteriores ao homem; outros, a questões humanas. Entretanto, a crenças na origem natural de ambos teve o poder de aproxime-los (COSTA, 2005, p. 72).
Alem disso, a rápida evolução dos conhecimentos das ciências naturas, física, química, biologia e o visível sucesso de suas descobertas no incremento da produção material e no controle das forças da natureza atraíram os primeiros cientistas sociais para o seu método de investigação.
Desta forma, essa tentativa de derivar as ciências das ciências físicas é patente nas obras dos primeiros estudiosos da realidade social. O próprio Comte, antes de criar o termo “sociologia”, chamou de “física social” as suas análises da sociedade (COSTA, 2005, p. 72).
A LEI DOS TRÊS ESTADOS
O alicerce fundamental da obra comtiana é, indiscutivelmente, a "Lei dos Três Estados" (ARON, 2003, p. 87). Observando a evolução das concepções intelectuais da humanidade, Comte percebeu que essa evolução passa por três estados teóricos diferentes: o estado 'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'positivo' ou 'científico', em que:
Estado teológico ou fictício: Corresponde a antiguidade e a idade média, onde toda explicação sobre a existência humana e do mundo dava-se através da religião e havia o predomínio do direito sobrenatural (ARON, 2003, p. 87).
Estado metafísico ou abstrato: já se passa a pesquisar diretamente a realidade, mas ainda há a presença do sobrenatural, de modo que a metafísica é uma transição entre a teologia e a positividade.  O que a caracteriza são as abstrações personificadas, de caráter ainda absoluto: "a Natureza", "o éter", "o Povo", "o Capital" (ARON, 2003, p. 87).
Estado Positivo ou científico: o ser humano desiste de procurar as causas íntimas dos fenômenos para, através da observação e do método científico, estabelecer as leis gerais que os regem. O estado positivo, portanto, corresponde à maturidade do espírito humano que não é mais enganado por explicações vagas, uma vez que pode alcançar o real, o certo e o preciso (ARON, 2003, p. 87).
No estado teológico, dado o domínio da crença na origem sobrenatural do direito, o poder encontrava-se nas mãos dos sacerdotes e militares. No estado metafísico, dado o domínio da razão e natureza, emerge a crença no direito natural. É a época jurídica. 
No estado positivo, com o domínio da ciência, só tem valor o que é experimental. O papel fundamental deve ser desempenhado pelo sociólogo. É a época industrial. A sociologia deve fornecer uma visão de conjunto, integral da realidade social. (CASTRO, 1995, p. 55)
A evolução histórica tem como principio o amor, como base a ordem e como finalidade o progresso.
A ORDEM E O PROGRESSO E A SOCIOLOGIA DE COMTE
Comte considerava como um dos pontos altos de sua sociologia, a reconciliação entre a ordem e o progresso, pregando a necessidade mútua destes dois elementos para a nova sociedade. 
Segundo Comte, o equívoco dos conservadores ao desejarem a restauração do velho regime feudal era postular a ordem em detrimento do progresso, menosprezando a necessidade de ordem na sociedade (MARTINS, 2004, p. 45).
A sociologia positiva considerava que a ordem existente era, sem dúvida alguma, o ponto de partida para a construção da nova sociedade. 
Desta forma, admitia Comte que algumas reformas poderiam ser introduzidas na sociedade, mudanças que seriam comandadas por cientistas e industriais, de tal modo que o progresso continuaria uma conseqüência suave e gradual da ordem (MARTINS, 2004, p. 45).
Assim, para Comte, as sociedades possuem aspectos que ele denominou de ESTÁTICA e DINÂMICA:
A estática: É a teoria da ordem. É o estudo das relações mútuas ou do equilíbrio das diversas instituições de uma sociedade em um dado momento: a organização depois da evolução, a ordem ao lado do progresso (CASTRO, 1995). Exemplo de Estática: Lei, porque ela é fundamental para que exista ordem. Já a dinâmica é a teoria do progresso. É o estudo da evolução social, na passagem pelos três estados (CASTRO, 1995, p. 56).
A dinâmica: Como evolução rumo ao progresso, era a premissa básica da teoria de Comte. Exemplo de Dinâmica: Trabalho e pesquisa, pois são fundamentais para que haja o progresso (CASTRO, 1995, p. 56).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros ele é a expressão teórica dos movimentos revolucionários (MARTINS, 2004, p. 8).
Na verdade, a sociologia, desde seu inicio, sempre foi algo mais que uma mera tentativa de reflexão sobre a sociedade moderna. Suas explicações sempre contiveram intenções práticas, um forte desejo de interferir no rumo da civilização. Se o pensamento científico sempre guarda uma correspondência com a vida social, na sociologia esta influência é particularmente marcante. (MARTINS, 2004, p. 8).
Desta forma, para Comte, a sociologia é por tanto, a ciência do entendimento o homem só pode entender o espírito humano se observar sua atividade e sua obra na sociedade e através da história (ARON, 2003, p. 147).
A sociologia é também, a ciência do entendimento porque o modo de pensar e atividade de espírito são em todos os momentos solidários com o contexto social, ou seja,vivemos num meio social que influencia nossa maneira de sentir e ser em relação a nós mesmos e ao mundo. (ARON, 2003, p. 147).
A importância do trabalho de Augusto Comte é sentida até hoje, como forma de entendermos o nosso próprio momento histórico e o que virá adiante.
REFERÊNCIAS
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. 6ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
CASTRO, Celso A. Pinheiro de. Advento da Sociologia. Sociologia do Direto. São Paulo: Atlas, 1995.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução a ciência da sociedade. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2005.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2004.
� Paper apresentado à disciplina de Sociologia Jurídica, ministrada pelo professor Doutor Luíz Otávio Pereira.
� Discente regularmente matriculada no Curso de Graduação em Direito da Escola Superior Madre Celeste – ESMAC

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