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Aula 06 Revisão FIL DA EDU

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Aula 06 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Slide Aula 06 – Descartes e a Filosofia do Cogito
Nesta aula, abordaremos os seguintes conteúdos:
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O contexto do surgimento do racionalismo cartesiano
Descartes (1596–1650) viveu em um tempo de profunda crise da sociedade, tempo de transição entre uma tradição que sobrevivia e outra que estava surgindo, resultando em uma nova visão de mundo.
As teorias científicas de Copérnico e Galileu revolucionaram a maneira de se considerar o mundo físico.
A decadência do sistema feudal propiciou o surgimento de uma nova ordem econômica baseada no comércio livre e no individualismo.
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Descartes (1596–1650) viveu em um tempo de profunda crise da sociedade, tempo de transição entre uma tradição que sobrevivia e outra que estava surgindo, resultando em uma nova visão de mundo.
As teorias científicas de Copérnico e Galileu revolucionaram a maneira de se considerar o mundo físico.
A decadência do sistema feudal propiciou o surgimento de uma nova ordem econômica baseada no comércio livre e no individualismo.
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A dúvida metódica
A etapa inicial da argumentação cartesiana é a formulação de uma dúvida metódica, colocando tudo em questão. Começa-se duvidando de tudo: senso comum, argumento de autoridade, testemunho dos sentidos, das informações da consciência, da realidade do exterior e do próprio corpo. Descartes lança as hipóteses do sonho enganador, do erro dos sentidos e do gênio malvado.
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Cogito, ergo sum
Para Descartes, a cadeia de dúvidas se interrompe diante do seu próprio ser que duvida. Se duvido, penso: e, se, penso, logo existo. Assim, Descartes introduz uma grande modificação no pensamento moderno: a crença na autonomia do pensamento, a ideia de que a razão bem dirigida basta para encontrar a verdade sem precisar dos livros e dos “dogmas”. 
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O espírito humano tem em si os meios de alcançar a verdade, se souber cultivar sua independência e conduzir-se com método. A certeza é possível porque o espírito humano já possui ideias gerais, claras e distintas que são inatas (inerentes à capacidade de pensar), e não estão sujeitas ao erro. A primeira ideia inata é o cogito pelo qual nos descobrimos como seres pensantes.
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 As regras do método
De acordo com Descartes, se no início do discurso do método, o bom senso (isto é, a racionalidade) é natural ao homem, o erro resulta na realidade de mau uso da razão. Daí a necessidade do método.
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De acordo com Descartes, se no início do discurso do método, o bom senso (isto é, a racionalidade) é natural ao homem, o erro resulta na realidade de mau uso da razão. Daí a necessidade do método.
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2. A segunda era dividir o problema em tantas partes
quantas fossem necessárias para melhor poder resolvê-lo.
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3. A terceira, conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, gradualmente, até o conhecimento dos mais compostos; e admitindo uma ordem mesmo entre aqueles que não apresentam nenhuma ligação natural entre si.
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4. Por último, a quarta, sempre fazer enumerações tão completas, revisões tão gerais, que tivesse certeza de nada ter omitido.
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Nessa aula, você refletiu sobre a contribuição do grande filósofo Descartes, considerado o “pai” da filosofia moderna.
Analisou e conheceu a adoção da posição racionalista no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do método para bem conduzir a razão.
Compreendeu a importância fundamental da filosofia de Descartes para a modernidade.
Texto Aula 06 – Descartes e a Filosofia do Cogito
Nessa aula, você conhecerá um pouco do contexto do século XVII, preparado pelo humanismo do século XVI (Montaigne e outros). 
Entenderá o pensamento e a contribuição de Descartes, que foi considerado o “pai” da Filosofia Moderna, assim como a modernidade da qual somos herdeiros até hoje.
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Descartes (1596 – 1650) viveu em um tempo de profunda crise da sociedade, tempo de transição entre uma tradição que sobrevivia e outra que estava surgindo, resultando em uma nova visão de mundo. Ele acompanhou as grandes transformações da sua época.
O início das grandes navegações e a descoberta das Américas.
As teorias científicas de Copérnico e Galileu, que revolucionaram a maneira de se considerar o mundo físico.
A escolástica medieval, que estava longe de desaparecer.
A decadência do sistema feudal, substituído por uma nova ordem econômica baseada no comércio livre e no individualismo.
A Reforma de Lutero, que abalou a autoridade universal da Igreja Católica no Ocidente, e a Contra Reforma, reação ao Protestantismo, que teve como consequência a Guerra dos Trinta Anos, na qual o próprio Descartes participou.
A arte retomando os valores da antiguidade clássica, impondo uma cultura leiga, às vezes, de inspiração pagã.
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A obra de Descartes é uma longa reflexão e tomada de posição sobre o seu tempo. A crença no poder crítico da razão humana individual é traço fundamental da modernidade de Descartes.
O homem da época de Descartes viveu uma grande diversidade de experiências. 
Devemos compreender o pensamento filosófico de Descartes como o resultado da reflexão sobre a experiência de vida.
É possível considerar Descartes como um dos iniciadores da modernidade, doravante, influenciará o desenvolvimento do pensamento filosófico.
Com Descartes, a necessidade de contextualização do pensamento e o sujeito pensante entram em cena: “terei a satisfação de mostrar os caminhos que segui e apresentar minha vida como em um quadro”.
Descartes sempre escreveu na primeira pessoa do singular.
Descartes foi excelente aluno, sobretudo interessado pela Matemática; viajou por diversos países da Europa; descobriu sua vocação filosófica decidindo dedicar-se a “descobrir os fundamentos dessa ciência admirável”. 
Ele considerou a Matemática como modelo de sua reflexão filosófica e, com isso, pretendia elaborar uma matemática universal para todos os assuntos.
Nesse tempo de conflitos, crises e incertezas, Galileu foi proibido de lecionar.  Ao tomar conhecimento da condenação de Galileu, Descartes desistiu de publicar a sua obra - O tratado do mundo. 
Em 1637, Descartes publicou, em francês, seus tratados científicos que têm como introdução o discurso do método. Descarte adquiriu fama e sua obra foi condenada.
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Conheça o projeto filosófico de Descartes.
Segundo Descartes, se no início do discurso do método, o bom senso (isto é, a racionalidade) é natural ao homem, o erro resulta na realidade de mau uso da razão. 
A finalidade do método é: por a razão no bom caminho. Portanto, o método visa o conhecimento, a elaboração de uma teoria científica. Este é o sentido das regras que Descartes formula. 
Utilizando esse método saberemos como usar da intuição.
O conflito entre os dois modelos de ciência, o antigo e o moderno, fazia com que alguns pensadores céticos se perguntassem se as futuras gerações não descobririam as teorias da ciência nova também de forma errônea.
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Na época de Descartes, havia uma crise generalizada da autoridade.
Descartes deixa bem claro que não se pode confiar na tradição, nos ensinamentos do saber adquirido, e constata que a tradição, ao contrário do que pretendia, estava muito longe de ter encontrado a verdade e de ter constituído um sistema sólido e coerente que lhe desse autoridade.
A única alternativa possível parecia ser a interioridade, a própria razão humana, a luz natural que o homem possui em si mesmo, a sua racionalidade. Portanto, o homem traz dentro de si a possibilidade do conhecimento.
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Conheça também o argumento do cogito de Descartes.
“Penso logo existo”, uma das mais célebres expressões filosóficas que existe. Com esse argumento, Descartes busca uma certeza imune ao questionamento cético.
A etapa inicial da argumentação cartesiana é a formulação de uma dúvida metódica, colocando tudo em questão. Começa-se duvidando de tudo: senso comum, argumento de autoridade, testemunho dos sentidos, das informações da consciência,da realidade do exterior e do próprio corpo. A cadeia de dúvidas se interrompe diante do seu próprio ser que duvida. Se duvido, penso: “Penso logo existo”.
Assim, Descartes introduz uma grande modificação no pensamento moderno: “ a crença na autonomia do pensamento, a ideia de que a razão bem dirigida basta para encontrar a verdade sem precisar dos livros e dos “dogmas”.
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Mesmo hoje, o argumento do cogito e suas consequências suscitam grandes interesses.
O objetivo de Descartes, contudo, é fundamental para a possibilidade do conhecimento científico. É necessário, portanto, encontrar um caminho de superação desse idealismo radical, no qual a única realidade certa é a existência do puro pensamento. 
No entanto, é fundamental encontrar uma ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva.

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