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A cultura da melancia (Citrullus lanatus (Thunb.). Matsum & Nakai), no estado do Pará Matheus Eduardo Souza Cardoso RESUMO A melancia (Citrullus lanatus (Thunb.). Matsum & Nakai) é uma cucurbitácea conhecida por ter grande quantidade de água na sua composição, tendo em suas características edafoclimáticas necessidades especificas. Mesmo sendo uma cultura de risco a sua produção vem crescendo variavelmente em todo o Brasil. O objetivo desse estudo foi avaliar as perspectivas do cultivo da melancia no Brasil, especialmente a região norte destacando o estado do Pará o comparando com os estados mais produtores. Para isso, foram consultados dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da produção agrícola anual, entre o período de 2007 a 2014, evidenciando o ano de 2014. As informações de produção avaliadas (rendimento médio em (kg/ha) no Brasil, valor em (1000R$) arrecadados no norte brasileiro e a produção de melancia nos estados do norte) foram transformadas em gráficos para melhor compreensão. Percebe-se que o rendimento médio (kg/ha) variou bastante no período de 2007 a 2014, todavia o valor arrecadado seguiu em uma crescente. Palavra-chave: Agricultura familiar, irrigação, produção irregular. The culture of watermelon (Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai), in Para state ABSTRACT Watermelon (Citrullus lanatus (Thunb.). Matsum & Nakai) is a cucurbit known to have lot of water in their composition, in their soil and climate characteristics specific needs. Although a risk culture its production has increased variably throughout Brazil. The aim of this study was to evaluate the watermelon crop prospects in Brazil, especially the northern region highlighting the state of Pará the comparison with most producing states. For this, statistical data were consulted by the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) of the annual agricultural production between the period 2007- 2014, highlighting the year 2014. The evaluated production information (average yield (kg/ha) in Brazil, value (1000R $) collected in northern Brazil and the production of watermelon in the northern states) were transformed into graphs for better understanding. It is noticed that the average yield (kg/ha) varied significantly from 2007 to 2014, but the amount collected went on increasing. Keyword: Family agriculture, irrigation, irregular production. INTRUDUÇAO A melancia (Citrullus lanatus (Thunb.). Matsum & Nakai), pertence à família das cucurbitáceas, sendo originária do continente africano, presume-se que do deserto de Kalahari. O primeiro registro de colheita de melancia se deu há cerca de 5.000 anos, no Egito, como descrevem hieróglifos encontrados nas paredes de suas construções remotas. É uma planta anual, de crescimento rasteiro, com várias ramificações que alcançam até 5 m de comprimento (DUARTE & WÊDJANE, 2007). A melancia pode ser arredondado ou alongada, de casca lisa, verde ou rajada por manchas amareladas. Polpa abundante que varia de cor branco-rósea, amarelada, avermelhada ou purpúrea. O peso pode variar entre 10 e 20 Kg. As sementes chatas, negras e lisas são desordenadamente dispersas em toda a grande polpa (SEBRAE, 2016). O cultivo da melancia esta em pleno desenvolvimento, desde a sua imigração para o Brasil, muito se tem visto em relação à evolução dos seus sistemas de cultivo. A implantação da irrigação na cultura foi o grande marco para que o fruto pudesse ser cultivado durante todo o ano em regiões onde a produção poderia ser prejudicada devido o baixo índice de chuvas. A irrigação é uma prática altamente vantajosa na produção de melancia, pois além de possibilitar incrementos de produtividade e obter frutos de melhor qualidade, o uso da irrigação viabiliza a produção na entressafra, quando os preços são mais atrativos ao produtor (MAROUELLI et al., 2012). A cultura da melancia tem importância econômica considerável no Pará como em todo o país, devido seu fácil manejo e baixo custo de produção é bastante utilizada por pequenos agricultores, em que os produtores apresentam pouca empregabilidade de tecnologia e manejo das culturas, sendo que grande parte dos tratos culturais necessários a uma boa condução da cultura são feitos pela família do agricultor, havendo pouco emprego de mão de obra vinda de fora da propriedade. E a cultura da melancia necessita de muitos tratos culturais passíveis de serem feitos manualmente, necessitando assim, de grande emprego de mão de obra. (ARAÚJO et al.,2007). Sua produção é usada na alimentação humana e animal. Em algumas regiões as sementes são tostadas para a extração do seu óleo, ainda podendo usufruir da sua casca para fazer doces (MIRANDA, 1997). A melancia atualmente no Brasil é considerada uma das mais importantes sendo superada apenas pelas culturas de tomate, batata e cebola (IBGE, 2014). A melancia é cultivada pelos seus frutos e sementes. Os frutos são normalmente consumidos crus, como sobremesa refrescante. Nas regiões áridas de África são utilizados como fonte de água desde tempos imemoriais (WEDMAN, 2013). A melancia tem outras formas de utilização, as sementes são muito consumidas em diversas regiões da Ásia. Na Índia faz-se pão de farinha de semente de melancia; no Médio Oriente comem-se as sementes assadas; na China selecionaram-se cultivares com sementes grandes. As sementes são ricas em lipídeos (WEDMAN, 2013). As sementes de melancia beneficiam de uma imbuição durante 24 h em água tépida. A germinação é epigeia. Sobre condições óptimas de temperatura 25 a 30 ºC a germinação ocorre em três dias. A 15 a 20 ºC são necessárias duas semanas para que ocorra a brotação (MIRANDA, 1997). A melancia é cultivada, praticamente, em todo o País, tanto em condições de sequeiro como em regime irrigado. O sistema de cultivo sobre irrigação vem crescendo, sobretudo, na Região Nordeste, que apresenta boas condições de solo, clima e água para a exploração racional dessa cucurbitácea durante quase todo o ano. O cultivo irrigado permite ao produtor ofertar frutos de melhor qualidade, no momento em que o preço é mais atrativo no mercado consumidor (ANDERSON, 2007). A produção e a qualidade dos frutos de melancia estão associadas a fatores genéticos, climáticos e filotécnicos, sendo a nutrição da planta o importante para se conseguir bons resultados. Outro fator que prejudica a qualidade dos frutos é a densidade populacional, assim, necessita-se de pesquisas sobre esse problema algo que geralmente é inacessível aos pequenos produtores agravando a problemática. O objetivo desse estudo foi avaliar as perspectivas do cultivo da melancia no Brasil, especialmente a região norte destacando o estado do Pará o comparando com os estados mais produtores. Para isso, foram consultados dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da produção agrícola anual, entre o período de 2007 a 2014, evidenciando o ano de 2014 MATERIAIS E MÉTODOS Estudo descritivo do tipo retrospectivo, foi analisado todo o Brasil, especificamente o estado do Pará no período de 2007 a 2014. As informações foram obtidas com base em revisão bibliográficas e analise de dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com índices da agricultura anual, onde foram retirados valores do rendimento médio em (kg/ha) no Brasil, valor em (1000R$) arrecadados no norte brasileiro e a produção de melancia nos estados do norte. Os dados obtidos foram analisados e sequencialmente criados gráficos com o auxilio do programa Microsoft Excel, também houve revisões bibliográficas no intuito de debater sobre o tema pesquisado.RESULTADOS E DISCUSSÃO Como resultado dessa pesquisa, procurou-se demostrar as condiçoes da cultura da melancia no estado do Pará, no norte brasileiro e em todo o Brasil. O rendimento médio da melancia é variável como demostra a (Figura 1). Há variação entre os anos principalmente pelas questões climáticas referentes a cada ano, prejudicando-a em logos períodos de umidade alta e baixa isolação deixando-a sem sabor, assim caindo a sua produção e sequencialmente o seu rendimento. Figura1: Rendimento médio (kg/ha) da cultura da melancia no Brasil entre os anos de 2007 a 2014. Fonte: (IBGE-2014). A melancia no Brasil entre 2007 a 2014 teve seu melhor rendimento em 2013 onde alcançou 23 551 (kg/ha) resultado de um montante de características do solo, clima, controle das doenças e pragas entre outras coisas que beneficiaram a ramificação e o crescimento do fruto). Há variação entre os anos principalmente pelas questões climáticas referentes a cada ano, prejudicando-a em logos períodos de umidade alta e baixa isolação deixando-a sem sabor, assim caindo a sua produção e sequencialmente o seu rendimento. A análise dos elementos climáticos, principalmente temperatura e umidade relativa do ar, indicam que a Região Nordeste é a que apresenta as melhores condições climáticas para o cultivo da melancia durante o ano inteiro, em comparação com as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde o cultivo é recomendado apenas durante a primavera (ANDERSON, 2007). Nos últimos anos o valor por tonelada da melancia no norte do Brasil estabeleceu uma crescente. Em contramão às crises econômicas brasileiras o valor da melancia cresceu, começando a ser vista como bom produto de exportação (Figura 2). Figura 2: Valor em reais da tonelada da melancia no norte brasileiro entre os anos de 2007 a 2014(-2011). Fonte: (IBGE-2014). Entre os anos de 2007 a 2014 (-2011) foi um período de valorização da melancia com ascensão em 2014, evento ocorrido maioritariamente pela elevação da qualidade do produto. Mesmo com a valorização no mercado o Brasil fica bem atrás de grandes produtores e exportadores de melancia no mundo, os maiores produtores mundiais são a China seguida pelo Irã e Egito (FAO, 2002). A baixa produtividade nacional é devido à inclusão da produção das áreas de sequeiro, sujeitas aos riscos da irregularidade das chuvas (DUARTE & WÊDJANE, 2007). O preço é muito variavel deixando assim o cultivo de melancia é considerado uma atividade de risco elevado, devido a sazonalidade nos preços recebidos pelo produtor e aos problemas agronômicos da cultura, como a incidência de diversas pragas e doenças e a baixa produtividade, muitas vezes relacionada ao manejo inadequado da irrigação e adubação ( SEBRAE, 2016). No Pará a produçao da melancia é prejudicada pelo clima umido predominate no estado, comparando-o aos demais estados do norte brasileiro, ele é o terceiro maior produtor (Figura 3). Figura 3 - Porcentagem distribuída entre os estados do norte, do total de melancias produzidas na mesma região. Fonte: (IBGE-2014) O Pará com 22%, 114 992 (t) da produção total do norte, esta muito abaixo dos principais estados produtores de melancia no Brasil que são a Bahia e o Rio Grande do Sul com; 253 010 (t) e 418 374 (t) respectivamente (IBGE, 2014). Todavia o Pará tem grande potencial produtivo pela sua grande extensão de territórios e acessíveis inovações tecnológicas no mercado. A melancia tem vários números de cultivares com um total de 516 tipos que são comercializados no mundo (RITA, 2010). As tradicionalmente mais plantadas no Brasil são de origem americana ou japonesa, que se adaptaram bem às nossas condições (DUARTE & WÊDJANE, 2007). As sementes de melancia são maduras quando o fruto é maduro. Contrariamente à maioria das outras cucurbitáceas, as sementes de melancia são repartidas por todo o fruto e não numa cavidade central. Para as pequenas quantidades de sementes, é aconselhável extrair as sementes manualmente. Os melhores auxiliares no processo de extração são as crianças, que faremos prometer de cuspir as sementes numa pequena tigela preparada para isso. Na escolha da cultivar pra o plantio é importante considerar o tipo de fruto preferido pelo mercado e sua resistência ao transporte, a adaptação da cultivar à região e a tolerância a doenças (DOMINGOS, 2003). A melancia necessita de um clima ameno quente com dias longos de umidade relativa do ar baixa, pois favorecem o crescimento das ramas e o desenvolvimento dos frutos os deixando mais saborosos (DUARTE & WÊDJANE, 2007). O Pará é prejudicado por ter períodos muito quentes e umidade relativa do ar alta, podendo amenizar o problema com inovações tecnológicas e o uso da irrigação. Em função das condições climáticas e do período de exploração, diversas doenças poderão afetar a cultura da melancia, limitando o seu cultivo, em especial em áreas com baixo nível tecnológico, onde medidas de controle adequadas não são utilizadas (DANIEL et al.,2010). Tem mais de 30 doenças conhecidas entre elas a principais são o Cancro das hastes, Podridão-do-colo, Oídio dentre outros, as pragas mais recorrentes são a Mosca Branca, Pulgão, Mosca Minadora, Tripes, Ácaros, Vaquinha, Broca das Cucurbitáceas e Lagarta Rosca (DUARTE & WÊDJANE, 2007). É necessário o combate das pragas juntamente com as doenças para que tenha bons resultados na colheita, o uso de inseticidas e agrotóxicos deve ser controlado diretamente para que não prejudique a planta (DUARTE & WÊDJANE, 2007). Deve-se usar como manejo a semeadura direta, usando-se duas sementes por cova, à profundidade de 2-3 cm. A rotação de cultura é muito utilizada , plantando após a melancia outra cultura de espécie e família diferentes como o milho, o feijão dentre outras. Pois a plantio sucessivo de plantas da mesma família na mesma área diminui a produção e favorece o ataque de pragas e doenças (DUARTE & WÊDJANE, 2007). A melancia pode ser produzida em vários tipos de solo, porém ela desenvolve-se melhor em solos de textura média, profundas, boa drenagem interna e muita disponibilidade de nutrientes. Escolhida a área, deve-se fazer a análise do solo, a fim de descobrir as necessidades de calcários e fertilizantes a serem aplicados (DUARTE & WÊDJANE, 2007). Na colheita deve ser feita quando os frutos atingirem o ponto de maturação, que pode ser identificado de várias maneiras: o secamento da gavinha mais próxima do fruto; secamento do próprio pedúnculo; coloração da parte inferior do fruto apoiada ao solo, que passa de branca a amarelada e a medição do conteúdo de açúcares dos frutos usando-se um refratômetro manual (ANDRADE et al., 2007). Em relação a mão de obra utilizada, a família ainda é o predominante como força de trabalho, apenas algumas propriedades apresentaram a ocupação de um funcionário permanente. Todos os produtores apresentam a necessidade de contratação de trabalhadores temporários para as atividades que demandam muita mão de obra, como a capina de manutenção das áreas produtivas para eliminação de plantas daninhas e a colheita, período crucial na exploração de frutos, onde se demanda uma grande quantidade de mão de obra (PAULO, 2014). A cultura da melancia no Pará é uma pratica bem sustentável por ser utilizada mais por pequenos produtores, todavia há grandes produtores a exemplo de outros estados, que usufruem de maquinarias pesados, agrotóxicos e outros artifícios. Deve haver praticas de conscientização desses produtores para usarem também praticas mais sustentáveis que respeitem a natureza e que tragam benefícios em longo prazo. CONCLUSAO Os dados apresentados mostram que mesmo com a cultura da melancia sendo de grande risco, há uma valorização do seu produto final e um crescimentodos investimentos na mesma, causados pela implantação da irrigação com alternativa para os períodos de seca. O Pará é prejudicado pela ocorrência de varias doenças e pragas por ter alta umidade do ar, todavia a métodos de contenção (agrotóxicos e inseticidas) para essas problemáticas tendo assim grande potencial com o uso da irrigação para alavancar sua produção. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - FAO. (Roma, Itália) Estatísticas da agropecuária; Acesso em 2016. Acesso disponível em: http://www.fao.org/brasil/pt/ ANDERSON S. de A. J. Engenheiro agrônomo, D.C. em Irrigação e Drenagem, pesquisador da Embrapa Meio-Norte; BRAZ H. N. R. Engenheiro agrícola, M. Sc. em Irrigação e Drenagem, pesquisador da Embrapa Meio-Norte; CÂNDIDO A. S. Engenheiro agrônomo, M. Sc. em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa Meio-Norte; A cultura da melancia – EMBRAPA meio norte, 2007. ARAÚJO, J. L. P.; CORREIA, R. C.; MARINHO, L. M.; RAMALHO, P. J. P. Estudo da composição dos custos e da viabilidade econômica do sistema de produção de melancia na Região do Submédio São Francisco. VII Congresso Brasileiro de Sistemas de Produção, 2007. Fortaleza. Anais. Fortaleza, 2007. Disponível em: http://www.cnpat.embrapa.br/sbsp/anais/resumos_trab/32. 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