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Balanço hídrico Pedro Afonso-TO

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA
JOÃO ELIAS PORTILHO PAIVA
MAYRA DA SILVA SARAIVA
WELISSON MOURA
YURI CARREIRA MATIAS
CAPITÃO POÇO – PARÁ
2017
1.Introdução
Os fatores climáticos, tais como temperatura, precipitação, umidade relativa do ar, insolação, radiação solar, fotoperíodo interferem diretamente na produtividade das culturas, a agricultura é considerada a atividade mais dependente das condições climáticas. A chuva afeta a disponibilidade hídrica do solo, influenciando a absorção de água e de nutrientes pelas raízes, regula a abertura e fechamento dos estômatos, afetando na fixação de CO2 causando efeitos na fotossíntese. (SENTELHAS & MONTEIRO,2009).
 De acordo com Camargo (1971), para saber se uma região apresenta deficiência ou excesso de água durante o ano, é indispensável comparar dois elementos opostos do balanço: a precipitação que fornece a umidade para o solo e a evapotranspiração que consome a umidade do solo, dentre outros. 
 O planejamento hídrico é a base para se dimensionar qualquer forma de manejo integrado dos recursos hídricos, assim, o balanço hídrico permite uma primeira avaliação, na escala macro, da disponibilidade hídrica no solo ao longo do tempo. O balanço hídrico como unidade de gerenciamento, permite classificar o clima de uma região, realizar o zoneamento agroclimático e ambiental. Assim o conhecimento dos fatores hídricos favorece o planejamento agropecuário e as práticas de controle de produção, ou seja, disponibiliza informações que permitem aos produtores identificar as fragilidades climáticas, considerada uma ferramenta importante para o sucesso de um empreendimento agrícola.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar o clima da região de Pedro Afonso – TO, utilizando o balanço hídrico climático e classificação climática seguindo o método proposto por Thornthwaite.
Gráfico1: Balanço Hídrico Climatológico, Pedro Afonso -TO (1986-2016) 
2-Interpretação do gráfico 
 Segundo o gráfico o município apresenta deficiência hídrica em 5 dos 12 meses do ano compreendendo o período do mês de maio á setembro onde a ETP foi superior ao volume precipitado, ocorrendo deficiência hídrica levando ao consumo das reservas hídricas do solo, tornando esse período inadequado para o cultivo das culturas considerado o período seco. No mês de outubro a evapotranspiração real se mantem igual a evapotranspiração potencial nesse mês não há nem deficiência nem excedente hídrico. No período a partir do mês de novembro ocorre o aumento da precipitação, alterando as condições de disponibilidade de água no solo, causando o excedente hídrico onde o ETP permanece igual ao ETR porém com o volume pluviométrico superior . Nos 30 anos analisados, o máximo de deficiência hídrica , foi registrado no mês de agosto (109mm) em média no período (1986 á 2016), o excedente hídrico ocorreu nos meses de novembro á abril sendo a máxima no mês de janeiro com 172mm. Através do BH, pode-se determinar um planejamento dos recursos hídricos determinando o melhor período de plantio, além de permitir o manejo da irrigação( quando e quanto irrigar) com base nos dados obtidos. 
3- Classificação Climática
DEF = 328mm
EXC = 644 mm
ETP = 1358 mm
Índice hídrico Ih = (EXC / ETP) 100
Ih = (644/1358)*100 = 47 
Índice de aridez Ia = (DEF / ETP) 100
Ia = (328/1358)*100 = 24
Índice de umidade Iu = Ih – 0,6 Ia 
Iu = 47 – (0,6*24) = 32,6
B₁= úmido 
w = deficiência hídrica moderada no inverno
ETPanual = 1358 mm
A’ = megatérmico
(ETPverão / ETPanual)*100
(317/1358)*100 = 23 % = a’ 
Classificação 
B₁wA’a’ 
O clima do município de Pedro Afonso- TO enquadra-se no tipo megatérmico úmido, com deficiência hídrica moderada no inverno.
 
4.Quadro do balanço hídrico 
Localidade: Pedro Afonso- TO
Latitude: -8.96
 Altitude: 187.00 m
 CAD: 150 mm
	Mês
	P média
	ETP Média
	(P-ETP)
	Nac
	Arm
	Alt
	EtR
	Def
	Exc
	defc
	1
	282
	110
	172
	0
	150
	0
	110
	0
	172
	0
	2
	226
	101
	125
	0
	150
	0
	101
	0
	125
	0
	3
	269
	110
	160
	0
	150
	0
	110
	0
	160
	0
	4
	177
	106
	71
	0
	150
	0
	106
	0
	71
	0
	5
	64
	112
	-48
	-48
	109
	-41
	105
	7
	0
	-7
	6
	5
	108
	-103
	-150
	55
	-54
	60
	49
	0
	-49
	7
	4
	118
	-114
	-265
	26
	-29
	33
	85
	0
	-85
	8
	7
	131
	-124
	-388
	11
	-14
	22
	109
	0
	-109
	 9
	42
	125
	-84
	-472
	6
	-5
	
	46
	79
	0
	-79
	10
	142
	120
	22
	-248
	29
	22
	120
	0
	0
	0
	11
	227
	111
	116
	-5
	145
	116
	111
	0
	0
	0
	12
	228
	106
	122
	0
	150
	5
	106
	0
	117
	0
	Total
	1674
	1358
	316
	 
	 
	0
	1030
	328
	644
	-328
	∑P=
	1674
	∑ALT=
	0
	∑ETP=
	1358
	∑(P-ETP)=
	316
	∑ P
	1674
∑ P = ∑ETP + ∑ (P - ETP) 	 1674 = 1358 +316 
∑ALT = 0
∑ETP = ∑ETR + ∑DEF 		 1358 = 1030 + 328
∑ (P - ETP) = ∑EXC - ∑DEF 	 316 = 644 - 328 
∑ P = ∑EXC + ∑ETR 1674 = 644 + 1030
 
5.Referencias 
SENTELHAS, P.C., MONTEIRO, J.E.B de A. Agrometeorologia dos Cultivos Informações para uma agricultura sustentável: Agrometeorologia dos Cultivos – O Fator Meteorológico na produção agrícola. INMET, 2009 disponível em: http://www.leb.esalq.usp.br/aulas/ice630/EC_1_2014.PDF . acesso em: 27/11/2017
Caracterização climática da região de Pedro Afonso – TO no período de 1985 a 2014 / autores, Elisandra Solange Oliveira Bortolon... [et al]. Palmas, TO Embrapa Pesca e Aquicultura, 2016. (Documentos/ Embrapa Pesca e Aquicultura,ISSN 2318-1400;25).

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