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Direito Civil Obrigações

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Resumo de Direito Civil
01 - OBRIGAÇÕES
O direito das obrigações consiste num complexo de normas que regem as relações jurídicas de ordempatrimonial, que têm por objeto prestações de um sujeito para outro. (Clóvis Bevilaqua).
Os direitos patrimoniais consistem no conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa natural oujurídica, sendo suscetíveis de estimação pecuniária, dividindo-se em pessoais e reais.
Desta forma, os direito das obrigações trata dos direitos pessoais, vínculo jurídico entre sujeito ativo(credor) e sujeito passivo (devedor), em razão do qual o aquele pode exigir deste uma prestação.
Assim, podemos afirmar que os direitos de crédito são:
Direitos Relativos: pois dirigem-se a pessoas determinadas (não erga omnes), pois a prestação só podeser dirigida ao devedor.
Direitos a uma prestação positiva ou negativa: exigem certo comportamento do devedor – que reconhecerem o direito do credor de reclamá-la.
“A obrigação é um vínculo jurídico pelo qual somos compelidos pela necessidade de pagar a alguém qualquer coisa, segundo os direitos de nossa cidade” (Institutas).
“A obrigação é a relação jurídica , de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor cujoobjeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro aosegundo, garantindo-lhe o adimplemento, o patrimônio do devedor” (Washington Monteiro de Barros).
OBRIGAÇÃO: vínculo de direito pelo qual alguém - sujeito passivo - se propõe a dar, fazer, não fazer qualquer coisa - objeto - em favor de outrem - sujeito ativo. Essa definição contém os elementos fundamentais das obrigações.
VÍNCULO JURÍDICO : sujeita o devedor à realização de um ato positivo ou negativo no interessedo credor. É jurídico pois, é acompanhado de sanção. Permite o credor exigir o pagamento da dívida. O descumprimento da obrigação se dá pela perda do patrimônio.
O dever que descumprir a obrigação, ressarcir o prejuízo causada. Art 389
Em casos unilaterais (promessa) cria-se uma obrigação para o outro lado que realizou.
AS PARTES NA RELAÇÃO JURIDICA duas partes determinadas ou determináveis, um sujeito ativo - credor - e um sujeito passivo - devedor. Importante a presença dos dois sujeitos na relação obrigacional.
MATERIAL OBJETO DA PRESTAÇÃO ato humano positivo ou negativo: dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Credor só dispõe de direito a prestação e não sobre o bem devido. Para que a prestação seja cumprida pelo devedor é preciso que ela seja:
· Lícita: conforme o direito, a moral, bons costumes e à ordem pública, sob pena de nulidade da relação obrigacional (CC. Arts. 104 e 166 I e II);
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Possível: física e juridicamente, ou seja, não deve contrariar as leis da natureza (contrariar leis físico-naturais, superar as forças humanas ou ser irreal) e não ser proibida por lei. Deve a impossibilidade ser absoluta, se temporária e cessar antes do implemento da condição não será causa de nulidade da obrigação.
Determinada ou determinável: sob pena de não haver obrigação válida. Quando houver perfeita individuação do objeto da prestação. Será determinável quando sua individuação for feita no momento de seu cumprimento, mediante os critérios estabelecidos, no contrato ou na lei, baseados em caracteres
comuns a outros bens, seja pela indicação do gênero e da quantidade (obrigação genérica - CC art.234). A passagem da indeterminação relativa para a determinação designa-se concentração da pessoa devida. Podem ser objeto de obrigação não só as prestações presentes, bem como, as futuras.
(CC. arts. 458 e 459)
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir
um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de
sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir
em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver
concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único - Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço
recebido.
PRESTAÇÃO É O OBJETO DA OBRIGAÇÃO
Fontes das obrigações
Fonte das obrigações são os fatos jurídicos que dão origem aos vínculos obrigacionais, em conformidade com as normas jurídicas
1 - FONTES IMEDIATAS (PRIMÁRIA) :· LEI: pois todos os vínculos obrigacionais são relações jurídicas; 
2 - FONTES MEDIATAS - FATOS JURÍDICOS (lato sensu):
· FATO NATURAL: ocorre sem intervenção da vontade humana;
· VONTADE HUMANA: decorre do contrato - vontade conjugada - ou de corre de - ato
Unilateral da vontade - promessa de recompensa, título ao portador,etc.. Pode ser:
o VOLUNTÁRIO: produz fatos querido pelo agente; Delito
_ Ato jurídico: em sentido estrito: mera realização da vontade do agente
_ Negócios jurídicos: cria normas que regula os interesses entre as partes –
Autonomia privada.
o INVOLUNTÁRIOS: consequência jurídica alheia a vontade do agente. 
ATO ILÍCITO STRICTU SENSU: são as que se constituem através de uma ação ou omissão culposa ou dolosa do agente, causando danos à vítima. São diretas do comportamento humano infringente de um dever legal ou social.
A LEI quando a obrigação advém diretamente da lei, independente de um comportamento humano.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
A) OBRIGAÇÕES DE MÚLTIPLOS OBJETOS (MODO DE EXECUÇÃO) PODEM SER :
CUMULATIVAS: várias prestações , todas devem ser cumpridas pelo devedor, podem ser de:dar ou fazer, ou dar e não fazer.
SIMPLES: só um credor, só um devedor, um só objeto
ALTERNATIVAS: objeto é mais de uma prestação , o devedor se libera se cumprir uma delas,apenas uma das prestações constitui o seu débito.
 FACULTATIVA: a lei ou contrato permite o devedor exonerar-se do vinculo obrigacional mediante a entrega de outra prestação - a primeira era devida a segunda constitui faculdade concedida ao devedor de preferi-la para saldar seu débito.
B) OBRIGAÇÕES QUANTO A MULTIPLICIDADE (PLURALIDADE) DE SUJEITOS:
DIVISÍVEL: reparte-se em obrigações autônomas, tantas quantas forem as partes credoras ou devedoras;
INDIVISÍVEL: a lei resolve;
SOLIDÁRIAS: em virtude da lei ou vontade das partes, obrigações entre vários devedores e credores, que enfeixadas passam a constituir um único vínculo jurídico.
 
C) OBRIGAÇÕES QUANDO A FORMA (NATUREZA) DO OBJETO (PRESTAÇÃO):
_ DAR;
_ FAZER ;
_ NÃO FAZER.
D) RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS:
_ OBRIGAÇÃO PRINCIPAL;
_ OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA.
 OBRIGAÇÃO DE DAR
Generalidades
A obrigação de prestação de coisa vem a ser aquela que tem por objeto mediato de uma coisa – certa (CC. art. 233 a 242) ou incerta (CC. art. 243 a 246).
A obrigação será específica se tiver se tiver por objeto a coisa certa e determinada. Será genérica quando o seu objeto for indeterminado.
OBRIGAÇÃO DE DAR: consiste na entrega de alguma coisa, ou seja, na tradição de alguma coisa para o devedor. A prestação, na obrigação de dar, é essencial à constituição ou transferência do direito real sobre a coisa.
Divisão das obrigações de dar
As obrigações de dar se dividem em: dar a coisa certa , dar coisa incerta, restituir.
ı RESTITUIR: envolve umadevolução, como ocorre com o depositário, comodatário que recebida coisa alheia encontra-se adstrito a devolvê-la - o credor é dono da coisa, o que não ocorre na simples obrigação de dar .
_ Se provar a perda da coisa que deve ser restituída sem que tenha havido culpa
do devedor , o credor, por ser proprietário arcará com todos os prejuízos, e a
obrigação se extinguirá (CC. art. 238).Havendo perda da coisa por culpa do
devedor , este responderá pelo equivalente mais perdas e danos (CC. arts. 239,
583 e 1995).
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição,sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este asalvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir acaso fortuito, ou força maior.
Art. 1.995. Se não se restituírem os bens sonegados, por já não os ter o sonegador em seu poder, pagará ele a importância dos valores que ocultou, mais as perdas e danos.
_ Sofrendo deterioração sem que tenha havido culpa do devedor , o credor deverá
recebê-lo no estado em que se encontrar, sem qualquer indenização, caso a
deterioração ocorra por culpa do devedor o credor pode exigir o equivalente ,
podendo, optar pelo recebimento do bem do bem no estado em que se encontra,
acrescido de perdas e danos (CC. arts. 240, 1435 IV).
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.
Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado:
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;
_ Valorizando-se a coisa restituível em virtude de melhorias e acréscimos que se derem sem despesa ou trabalho do devedor, lucra o credor sem pagar indenização (CC. arts.241, 629, 1435). Mas se teve melhoramentos em razão do dispêndio do devedor, deve o credor pagá-los (CC. art. 242), neste caso deve se observar se o devedor procedeu de boa ou má fé. Se de boa fé terá direito à indenização dos melhoramentos necessários e úteis, podendo, sem detrimento para coisa levantar os voluptuários, se não reembolsado; terá ainda direito a retenção no que concerne o valor dos acréscimos úteis e necessários. Se dá má fé terá apenas direito á indenização dos melhoramentos necessários sem que lhe assista o direito de retenção pela importância destes e dos úteis, não podendo levantar os de mero deleite, perde em favor do credor o útil ou voluptuários.
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização.
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará elas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. Parágrafo único - Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado: I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, podendo ser compensada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da responsabilidade;
II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem necessário o exercício de ação possessória;
III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente;
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433.
_ Os frutos percebidos serão do devedor de boa fé, assim, o de má fé responde por
todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou
de perceber.
_ A diferenciação entre a obrigação de dar e de restituir tem importância no campo
processual, já que somente na resituição é cabível a busca e apreensão .
ı DAR COISA INCERTA: não considerada em sua individualidade mas no gênero a que pertence. Deve ter dados como gênero e quantidade. No momento em que se efetua a escolha, individualiza o objeto da obrigação, a obrigação de dar a coisa incerta , transforma-se em obrigação de dar a coisa certa.
ı DAR COISA CERTA: estabelece um vínculo entre as partes , devedor compromete-se a entregar ou restituir objeto determinado, assim considerado em sua individualidade. Para exonera-se o devedor deve entregar o objeto determinado - ajustado no contrato - se não houver disposição em contrário o acessório seguirá o principal da obrigação.
ı DE SOLVER DÍVIDA EM DINHEIRO: que abrange prestações especiais, consistentes não só em dinheiro, mas abrangendo também aqui, perdas e danos e pagamento de juros.
ı OBRIGAÇÕES DE CONTRIBUIR: CC. Arts. 1.315 e 1.568 – rege-se pelas normas da obrigação de dar e pelas disposições legais alusivas às obrigações pecuniárias.
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único - Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na propriedade fiduciária.
Obrigação de dar coisa certa
Ter-se-á a obrigação de dar coisa certa, quando seu objeto foi constituído por um corpo certo e determinado, estabelecendo-se entre as partes da relação obrigacional, um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor uma coisa individuada.
Rege-se por um princípio fundamental de que o devedor não poderá ser obrigado a receber outra coisa , ainda que mais valiosa, logo o devedor , para exonerar-se da obrigação , está adstrito a entregar exatamente o objeto determinado na convenção (CC. Art. 313).
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
Mas se o credor aceitar aliud pro alio, ou seja uma coisa por outra, Ter-se- á dação em pagamento
(CC. Art 356) devendo o devedor celebrar outro acordo com o credor, já que não pode mudar unilateralmente o objeto da prestação, da mesma forma para pagar a dívida parceladamente precisará efetuar novo pacato.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
A obrigação de dar a coisa certa , evidentemente, abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (CC. Art. 233).
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Perda ou deterioração da coisa 
Deve o devedor conservar a coisa que deva entregar ao credor, devendo ainda, defendê-la de terceiros. (CC. art. 239) recorrendo, inclusive a medidas judiciais.
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
Perdendo-se a coisa sem culpa do devedor, antes de efetuada a tradição ou pendente a condição suspensiva resolve-se a obrigação para ambos contratantes (CC. art. 234 – 1ª parte). Se já ocorreu a tradição e a coisa vier a se perder logo em seguida, o risco deverá ser suportado pelo comprador já que é seu dono, salvo se houver fraude.
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este peloequivalente e mais perdas e danos.
Se a coisa se deteriorar sem culpa do devedor caberá ao credor escolher se considera extinta a relação obrigacional ou se aceita o bem no estado em que se encontra, abatido no seu preço o valor do estrago. (CC. art. 235)
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
Perecendo a coisa por culpa do devedor, ele deverá responder pelo equivalente, pelo valor que a coisa tinha no momento em que pereceu, mais as perdas e danos (dano emergente e lucro cessante.(CC. art.234 2ª parte).
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Deteriorando o objeto por culpa do devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se achar, com direito a reclamar, em um ou outro caso, indenização de perdas e danos (CC. art. 236).
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.
Notamos, também, nos casos expostos que quem sofre o prejuízo, em regra, é o DONO DA COISA, seja pôr perda ou deterioração - Res perit domine.
Obrigação de dar a coisa incerta
Generalidades
A obrigação de dar a coisa incerta consiste na relação obrigacional em que o objeto, indicado de forma genérica no início da relação, vem a ser determinado mediante um ato de escolha, por ocasião de seu adimplemento. Prestação é indeterminada, suscetível de determinação. O objeto da obrigação é referido em gênero e quantidade (CC. Art. 243), sem que nenhuma individualização seja feita. Não se pode cogitar os riscos derivados de seu perecimento ou deterioração.
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
 Para o cumprimento da obrigação a coisa indeterminada deve tornar-se determinada, individualizada; essa individualização se faz através da - ESCOLHA - o ato de seleção das coisas constantes do gênero.
No momento desta escolha é que se aperfeiçoa a obrigação , transformando-se em obrigação de dar coisa incerta em obrigação de dar coisa certa , o devedor não poderá dar coisa pior, nem ser obrigado a prestar a melhor.
Competência para escolha e seleção da coisa - CC. Art. 244.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário
não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Para que a obrigação de dar a coisa incerta seja suscetível de cumprimento, será preciso que a coisa seja determinada por meio de um ato jurídico unilateral de escolha - concentração, que é a sua individuação manifestada no instante de cumprimento de tal obrigação, mediante atos apropriados, como a separação (pesagem, medição e a contagem) e a expedição. A indeterminação é transitória. As partes estipulam a quem compete a escolha, que poderá inclusive ser delegada a terceiro (CC.
Art.485), no seu silêncio, pertence ao devedor o direito de escolha, a lei limita a liberdade de seleção
do devedor, não poderá prestar coisa pior que o credor escolheria, nem será obrigado a prestar a melhor. MÉDIA.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Se o contrato conferir ao credor a escolha (não poderá o credor praticar abusivamente o seu direito, os contratos devem ser interpretados em boa-fé, atendendo mais a sua intenção que ao sentido literal das palavras) .este será citado para esse fim sob pena de perder esse direito, caso em que o devedor deverá providenciá-la. (CC. Art. 342 c/c CPC Art. 629), qualquer das partes poderá impugnar a escolha feita pela outra no período de 48 horas.
 Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-seá como no artigo antecedente.
Efeitos da concentração - CC. Art. 245
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.
Após escolha pelo devedor, ou pelo credor, a obrigação de dar coisa incerta passará a ser de dar a coisa certa, regendo-se pelas normas desta espécie, conseqüentemente , o credor poderá exigir o bem escolhido, não podendo entregar, o devedor , outro, ainda que mais valioso. Antes da concentração, sendo a obrigação de dar a coisa incerta, a coisa permanece indeterminada. Logo se houver perda ou deterioração da coisa, não poderá o devedor falar em culpa, em força maior ou em caso fortuito.
Isto é assim porque genus nunquam perit, ou seja, se alguém vier a prometer 50 sacos de laranja, ainda que se percam em sua fazenda todas as existentes, nem por isso eximir-se-á da obrigação, uma vez que poderá obter laranjas em outro local. 
 Obrigação de solver dívida em dinheiro
Abrange prestação consistente em dinheiro, reparação de danos e pagamento de juros – dívida pecuniária, dívida de valor e dívida remuneratória.
Trata-se de uma modalidade de obrigação de dar, que se caracteriza pelo valor da quantia devida. É obrigação de valor nominal não se admitindo que seja contraída pelo valor não se admitindo que seja contraída pelo valor intrínseco (valor da qualidade e quantidade de metal) ou pelo valor aquisitivo da moeda – CC. art. 315 – nulas as obrigações que repudiem nossa unidade monetária.
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
Somente se o credor concordar a dívida em dinheiro poderá ser paga de outra forma. 
Dívida de valor: não tem por objeto diretamente o dinheiro – seu objeto não é dinheiro mas uma prestação de outra natureza, sendo aquele apenas um meio necessário de liquidação da prestação em certo momento, aqui o devedor arca com a possível valorização.
Obrigação pecuniária: tem por objeto uma quantia fixa em dinheiro, devendo ser satisfeita com o número de unidades monetárias estipulado no contrato, ainda que tenha sido alterado seu poder aquisitivo.
Dívida remuneratória: prestação de juros, objeto da obrigação, remuneração pelo uso do capital alheio deve ser determinada por estipulação contratual ou por lei. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER: devedor vincula-se à um comportamento, determinado consistindo em praticar um ato ou realizar uma tarefa, que gera vantagem para o credor. Envolve uma atividade humana.
Dentro da idéia de fazer encontra-se a de dar, só que de dar a prestação de fato e não de coisa. Obrigação de fazer é a que vincula o devedor à prestação de um serviço ou ato positivo, material ou imaterial, seu ou de terceiro, em benefício do credor ou de terceira pessoa. Ex.: a de construir um edifício, a de escrever um poema, etc..
O inadimplemento da obrigação de fazer conduz, via de regra, ao ressarcimento das perdas e danos, já que não há como penhorar, arrestar ou apreender o objeto da obrigação de fazer, exceto quando se tratar de declaração de vontade, que pode ser suprimida judicialmente.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único - Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único - Se pagar antes de vencida a dívida,só terá direito ao reembolso no vencimento.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Diferenças entre a obrigação de dar e fazer
Ambos constituem obrigações positivas, e muitas vezes se mesclam.
Espécies de obrigações de fazer
_ DE FAZER INFUNGÍVEIS - PESSOA DO DEVEDOR PREOCUPAÇÃO ESSENCIAL DO CREDOR - CC. Art. 247: Obrigação de fazer infungível consiste seu objeto num facere que só poderá ante a natureza da prestação ou por disposição contratual, ser executado pelo próprio devedor, sendo, portanto, intuitu personae , uma vez que se levam em conta as qualidades pessoais do obrigado. O credor poderá exigir que a prestação avençada seja fornecida pelo próprio devedor, devido sua habilidade técnica, cultura, reputação, etc.. NÃO estando obrigado a aceitar substituto. São os negócios
que elaboram-se intuitu personae, pois o credor visa a prestação avençada, se for fornecida por aquele devedor, cujas qualidades pessoais ele tem em vista. Por vezes não se funda em qualidades pessoais e objetiva do devedor, mas em condições particulares a critério do credor. Em nossa codificação civil a regra e a fungibilidade da prestação, para que seja considerada infungível , requer-se menção expressa , embora, em certos casos, em que não haja expressa menção, pode-se a infungibilidade ser reconhecida, dada as circunstâncias e acontecimentos do negócio (quando o devedor deve prestá-la pessoalmente)..
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. 
DE FAZER DE NATUREZA FUNGÍVEIS: o que importa não é a pessoa do devedor, mas a tarefa a ser cumprida. Pode ser cumprida por terceiros, caso em que o credor será livre mandar executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da cabível indenização por perdas e danos.(CC. Art 249 c/c CPC. Art. 632 a 641). O objetivo do credor não leva em conta as qualidades pessoais do obrigado. São fungíveis todas as prestações que não requerem para sua execução aptidões pessoais, além dos requisitos comuns da especialização profissional.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único - Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
Conseqüências do descumprimento das obrigações
A – IMPOSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO - CC. Art. 248
A prestação torna-se impossível, irrealizável.
_ POR CULPA DO DEVEDOR: responderá este por perdas e danos, deve compor o prejuízo; .(CC. Art. 248 – 2a parte e 389)
_ SEM CULPA DO DEVEDOR: pela ocorrência de força maior ou caso fortuito, a obrigação se resolve, voltam as partes ao status quo ante, havendo devolução do que, porventura , tenham recebido, prevalecendo assim o princípio de que ad impossibilita nemo tenetur, ou seja, ninguém é obrigado a efetivar coisas impossíveis.(CC. Art. 248 – 1ª parte e CC. art. 393). 
Se a prestação se impossibilitou por culpa do devedor, responderá por perdas e danos (CC arts. 248, in fine e 389) – não se pode realizar o impossível – ad impossibilia nemo tenetur.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por
culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único - O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. 
INADIMPLEMENTO VOLUNTÁRIO
O devedor voluntariamente não cumpre a obrigação por não lhe convir, descumprimento do
dever.
_ SE INFUNGÍVEL: por ser intuitu personae, não pode em regra, o credor exigir a
execução direta da obrigação, ante o princípio de que nemo potest precise cogi ad
factum, ou que ninguém pode ser coagido a praticar ato a que se obrigara; sem o agravo da
liberdade do devedor, o credor reverte a reparação do prejuízo experimentado em perdas e
danos. CC. Art. 247
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta,
ou só por ele exeqüível.
_ SE FUNGÍVEL: tem alternativa o credor, de um lado as perdas e danos, já referidas, e de outro lado possibilita mandar executar a prestação por terceiro à custa do faltoso, devendo, nesse caso , recorrer a via judicial para comprovação da recusa do devedor e se alcança a aprovação da substituição pretendida .CC. Art. 249. Em caso de manifesta urgência , poderá o credor , independente de autorização judicial , executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. (CC.art. 249, in fine).
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único - Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER: É aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de um fato que poderia praticar , não fosse o vínculo que o prende - obrigação negativa. Será sempre lícita, desde que não envolva sensível restrição à liberdade individual. Abstenção de um ato.
Obrigação negativa, devedor conserva-se numa situação omissiva, pois a prestação negativa a que se comprometeu consiste numa abstenção ou num ato de tolerância.
Inadimplemento das obrigações de não fazer
Ocorre quando o devedor comete o ato que deveria abster-se. 
– IMPOSSÍVEL - CC. Art. 250.:
Se tornou-se impossível sem culpa do devedor a obrigação se extingue;
Se a obrigação de não fazer se impossibilitar , sem culpa do devedor, que não poderá abster-se do ato, em razão de força maior ou caso fortuito, resolver-se-á exonerando-se o devedor. Se por ventura o credor fez algum adiantamento ao devedor, este deverá restituí-lo, esta restituição não tem o caráter de indenização, mas repõe as partes no status quo ante.
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível absterse do ato, que se obrigou a não praticar.
B – INADIMPLEMENTO (INEXECUÇÃO CULPOSA) - CC. Art. 251:
O devedor realiza, por negligência ou por interesse ato que não poderia, caso em que o credor:
· Pode exigir o desfazimento do ato, sob pena de desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado em
perdas e danos, salvo se o desfazimento for satisfatório ao credor;
· Sendo impossível ou inoportuno desfazer o ato sujeita-se o devedor a perdas e danos.
Em havendo urgência no desfazimento, o credor está autorizado a desfazer ou mandar desfazer,independentemente de autorização judicial, sem o prejuízo do ressarcimento devido (CC. art.251,parágrafo único).
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único - Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: Obrigações que embora múltiplo seu objeto o devedor se exonera satisfazendo uma das prestações dentre as várias. (nas cumulativas devem ser prestadas todas as prestações.).
É a contém duas ou mais prestações, com objetos distintos, da qual o devedor se libera com o cumprimento de uma só delas, mediante escolha sua ou do credor.Caracteriza-se por:
· Haver dualidade ou multiplicidade de prestações heterogêneas;
· Opera a exoneração do devedor pela satisfação de uma única prestação, escolhida para pagamento ao credor. 
Chega um momento em que deve ser escolhido o objeto - a prestação - a ser prestada, importante observação é que as prestações são determinadas , diferente da obrigação de dar coisa incerta que refere-se à todo um gênero.
Nas obrigações alternativas, perecendo alguns dos objetos, presta-se com o objeto remanescente, nele se concentrará, se todas perecem a obrigação se extingue.
Obrigações alternativas oferecem vantagens tanto ao devedor, que pode oferecer a mais vantajosa, bem como, ao credor assegura o melhor adimplemento do contrato. 
Concentração do débito na obrigação alternativa:
O cerne da obrigação alternativa está na concentração (ato da escolha) da prestação de que múltipla e indeterminada, passa a ser, então simples e determinada, uma vez escolhida, o débito se concentrará na prestação selecionada extinguindo a obrigação.
Feita a escolha, a obrigação antes complexa torne-se simples.
Esse ato de escolha denomina-se de concentração – sendo feita por que tem o direito de fazê-lo, nossa legislação dá liberdade as partes de convencionarem a quem cabe a escolha, em nada se estipulando caberá a escolha ao devedor – parte mais fraca da relação - (CC. art. 252).
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. 
A escolha terá lugar in solutione quando couber ao devedor, bastando simples declaração unilateral da vontade seguida da oferta real (CC. art. 252 § 1º).
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. 
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Quando a escolha toca ao credor , ela terá lugar in petitione, mediante uma declaração de vontade receptícia (declaração unilateral da vontade comunicada à outra parte , sem necessidade de aceitação), só quando a outra parte toma conhecimento é que se terá a concentração do débito. Se o credor tiver que acionar o devedor deve indicar na inicial sua predileção (CPC art. 571 § 2º).
Se o objeto da prestação for indeterminado e a escolha couber ao credor será ele citado para exercer esse direito em 5 dias se outro prazo não constar da lei ou do contrato, sob pena de perder o direito de escolha e ser depositada a coisa que o devedor escolher (CC. art. 342 c/c art. 894 do CPC)
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-seá como no artigo antecedente. 
Sendo vários os credores deliberará a maioria, calculada pelo valor de suas cotas.
Nada impede que a escolha seja dada a terceiro (CC.art. 252 § 4º) ou por sorteio (CC art. 817).
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Art. 817. O sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns considera-se sistema de partilha ou processo de transação, conforme o caso.
Não se aplica aqui, o princípio do meio-termo ou da qualidade média, o titular do direito pode optar livremente por qualquer das prestações da obrigação alternativa.
Direito de escolha comporta transmissibilidade, pois pode ser, em regra, transferida aos herdeiros do credor e do devedor.
Feita escolha, por quem quer que seja esta é definitiva e irrevogável.
Se tratar-se de prestações periódicas ou reiteradas, a escolha efetuada em determinado tempo não privará o titular do seu direito da possibilidade de optar por prestação diversa no período seguinte. A lei reconhece o jus variandi, apenas para o devedor, logo se a escolha couber ao credor, ele não poderá valer-se do jus variandi. Ex.: o devedor obriga-se a pagar anualmente ao credor, dez valiosas obras de arte ou dois milhões de reais, a cada ano que passa poderá optar ora pela entrega das obras de arte, ora pelo pagamento da quantia, pois a escolha que fez num ano não obriga a mantê-la no ano seguinte. (CC.Art. 252 § 2o.).
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
IMPOSSIBILIDADE ORIGINÁRIA OU SUPERVENIENTE EM RAZÃO DE PERECIMENTO OCASIONADO POR FORÇA MAIOR OU CASO FORTUITO
· Se UMA SÓ das prestações se impossibilitar SEM culpa do devedor, há uma concentração automática, e a obrigação subsiste quanto a outra. (CC. art. 253).
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
· Se TODAS as prestações perecerem SEM culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação, liberando-se as partes, só haverá exoneração se o devedor não estava em mora (CC. art 399).
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
· Havendo liberação em virtude de impossibilidade superveniente, deverá o devedor restituir ao credor o que porventura recebeu anteriormente, e, havendo recusa da parte deste, poderá recobrar o indevido.
 POR CULPA DO DEVEDOR
· Se a escolha competir ao credor e uma das prestações se tornar impossível por culpa do devedor, o credor terá o direito de exigir ou a prestação subsistente ou o valor da outra com perdas e danos (CC. art. 255, 1ª parte).
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
· Se a escolha couber ao devedor e uma das prestações se tornar impossível por culpa sua, a obrigação concentrar-se-á na remanescente, pois o devedor não pode forçar o credor a receber o valor da que se perdeu.
· Se por culpa do devedor, não se puder cumprirnenhuma das prestações, não competindo a escolha ao credor ficará o devedor obrigado a pagar o valor da última que se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar (CC. art. 254).
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
· Se por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, competindo a escolha ao credor, este poderá pedir o valor de qualquer das duas, além da indenização pelas perdas e danos. (CC. art. 255, 2ª parte). 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
PERECIMENTO POR CULPA DO CREDOR
A legislação não trata dessa hipótese, tem-se entendido que se a escolha competir ao devedor e uma das prestações se impossibilitar por culpa do credor, ficará o devedor liberado da obrigação, quando não preferir satisfazer a outra prestação exigindo que o credor indenize por pelas perdas e danos. Se perecer uma só prestação e a escolha for do credor culposo, liberar-se-á o devedor , salvo se o credor preferir exigir a outra prestação ou ressarcir perdas e danos. Se os dois objetos da prestação perecem por culpa do credor, o devedor a quem cabia a escolha ou não, poderá este pleitear o equivalente de qualquer delas , mais perdas e danos e exonera-se da obrigação. 
OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL E INDIVISÍVEL
Introdução
O direito real caracteriza-se pela relação entre o homem e a coisa, que se estabelece diretamente e sem intermediário, contendo, portanto três elementos:
· O sujeito ativo;
· A coisa;
· Inflexão do sujeito sobre a coisa.
O direito pessoal se caracteriza como uma relação entre pessoas, abrangendo tanto o sujeito ativo (credor) como o passivo (devedor) e a prestação que o primeiro deve para o segundo. Esse direito só pode ser exercido se houver unicidade de credor ou devedor, caso em que se tem uma obrigação única.Fala-se em indivisibilidade da obrigação ou em solidariedade somente quando houver mais de um devedor ou se apresentar mais de um credor. A pluralidade de sujeitos encerra tantas obrigações quantas forem as pessoas credores e devedores – trata-se de uma obrigação múltipla ou conjunto, pois cada credor terá direito a uma parte e cada devedor responderá por sua quota. (CC. art. 257). Essa afirmação sofre duas exceções indivisibilidade e a solidariedade., pois aqui embora concorram vários sujeitos, cada credor apesar de ser uma parte,poderá reclamar o pagamento integral da prestação – cada devedor responderá pelo débito todo.
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
Assim,
REGRA: divisão da obrigação em tantas obrigações independentes quantas forem as partes. CC. Art. 257
_ VÁRIOS CREDORES: cada um deles tem direito de receber uma parte da prestação;
_ VÁRIOS DEVEDORES: cada um deve pagar uma fração correspondente ao seu débito.
EXCEÇÃO A ESSA REGRA: indivisibilidade e solidariedade,:
· CREDORES: pode exigir de cada qual o pagamento integral;
· DEVEDORES: paga integralmente à um dos credores e liberta-se da dívida.
Indivisibilidade difere de solidariedade
_ NA INDIVISIBILIDADE: a prestação é exigível por inteiro de um só devedor em virtude da natureza do seu objeto, insuscetível de repartição.
_ NA SOLIDARIEDADE: prestação a ser prestada é exigível por inteiro, pois advém da lei que assim o determina ou da vontade das partes que assim ajustaram
Conceito de obrigação indivisível e divisível
Nosso código não conceituou a obrigação divisível mas sim a divisível (CC. art. 258).
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. Divisibilidade ou indivisibilidade, só é relevante se houver mais de um credor, mais de um devedor, caso contrário é irrelevante.
Quando fracionando o objeto devido não só se alteraria sua substância, como representa sensível diminuição de seu valor. (CC. Art. 87 e 88).
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Física: não pode ser fracionada em prestações homogêneas, cujo o valor seja
proporcional ao todo.
o Legal: motivos variáveis que impedem sua divisão, ainda que seja naturalmente divisível.
o Convencional ou contratual: advém da vontade das partes;
o Judicial: através de sentença.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único - O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. 
 A divisibilidade e indivisibilidade nas demais modalidades de obrigação
Obrigação de dar: pode ter uma prestação divisível ou indivisível, sendo divisível quando:
· Tiver como objeto a transferência do domínio ou de outro direito real, ante a divisão em partes ideais;
· Tratar-se de obrigação pecuniária;
· Se referir a entrega de coisa fungível
· Tratar-se de obrigação genérica compreendendo um certo número de objetos da mesma espécie, igual ao dos co-credores ou co-devedores ou submúltiplo desse número.
Será indivisível se atinar á constituição de servidões prediais, indivisíveis por disposição legal (CC. art.
1.386).
Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro.
Obrigação de restituir: geralmente é indivisível, o mesmo ocorre com o contrato de mútuo e de depósito. O credor não pode ser forçado a receber pro parte o objeto que se encontra na posse de outrem, a não ser que o permita.
Obrigação de fazer: poderá ser:
· Divisível: se sua prestação constituir um ato fungível ou se relacionar com divisão do tempo,levando-se mais em conta a quantidade do que a qualidade;
· Indivisível: se sua prestação consistir em serviço dotado de individualidade própria.
Obrigação de não fazer: em regra é indivisível, pois seu inadimplemento seja ele total ou parcial,
acarreta sempre uma perda para o credor, entretanto, poderá ser divisível se sua prestação consistir
num conjunto de abstenções que não se relacionem entre si.
Efeito da indivisibilidade da prestação
Divisível se reparte em tantas quantas obrigações forem os credores ou devedores.
A – OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL COM UNICIDADE DE CREDOR E DEVEDOR:
Havendo unicidade de sujeitos (um só credor e um só devedor), irrelevante será averiguar se a prestação é divisível ou não, pois o credor não poderá ser obrigado a receber nem o devedor a pagar por parte, se assim não se convencionou.
B – OBRIGAÇÃO COM MULTIPLICIDADE DE DEVEDORES E CREDORES - CC. Art. 257:
Havendo multiplicidade de credores ou de devedores em obrigação divisível,a obrigação está dividida em tantas obrigações iguais e distintas quanto forem os credores ou os devedores. Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. 
numa mesma obrigação, nenhum credorpoderá pedir senão a sua parte, nenhum devedor está obrigado senão pela sua parte material ou intelectual conforme o caso. Havendo a insolvência de um dos co-devedores sua quota-parte não onera as dos demais
C - OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL COM PLURALIDADE DE DEVEDORES - CC. Art. 259:
_ Cada um será obrigado pela dívida toda. Cada devedor só deve parte da dívida, todavia, em virtude da natureza indivisível da prestação pode ser compelido a satisfazê-la por inteiro. (CC. art. 259);
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.Parágrafo único - O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
_ Cabe ao devedor que paga a dívida indivisível por inteiro, ação contra os co-devedores, pois só devia parte da dívida.(CC.Art.259, parágrafo único). Trata-se de sub-rogação legal - (CC. Art. 350). A ação regressiva deverá ser proposta proporcionalmente às quotas de cada devedor e não a um só dos demais co-obrigados. (CC. Art 283 e 285).
O credor não pode recusar o pagamento por inteiro feito por um dos co-devedores, sob pena de
ser constituído em mora.
A prescrição aproveita a todos os devedores, mesmo que reconhecida a favor de um só deles. Sua suspensão ou interrupção aproveita e prejudica a todos (CC. Arts. 201 e 204 § 2º).
 Nulidade quanto a um dos devedores estende-se a todos.
O defeito do ato quanto a uma das partes se propaga as demais , não permitindo que ele subsista válido (CC. Art 171).
_ A insolvência de um dos co-devedores não prejudica o credor , pois está autorizado a demandar de qualquer deles a prestação integral recebendo o débito todo do que escolher.
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL COM PLURALIDADE DE CREDORES - CC. Art. 260:
_ Cada credor pode exigir a dívida por inteiro.
_ o devedor se desobriga pagando a todos os credores conjuntamente poderá, entretanto, pagar a dívida integralmente a um dos credores quando autorizado pelos demais ou se este der caução de retificar os demais, pois se contrário fosse, o devedor poderia pagar a credor insolvente que não repassaria as quota partes aos demais. Não havendo essa garantia real ou fidejussória , o devedor deverá, após constituí-los em mora, promover o depósito judicial da coisa devida. (CC. Art. 260 I e II).
Cada co-credor , sendo indivisível a obrigação , terá direito de exigir em dinheiro, daquele que receber a prestação por inteiro, a parte que lhe caiba no total. CC. Art. 261
O co-credor que vier a receber o quadro X de Portinari, insuscetível de fracionamento, deverá ,feita a sua avaliação, pagar aos demais co-credores, em dinheiro, a parte cabível ao crédito de cada um, restabelecendo-se a igualdade entre eles.
_ CC. Art. 262 - Como se vê o perdão da dívida é pessoal, abrange apenas o que perdoou; logo os demais co-credores deverão indenizar o devedor em dinheiro da parte que foi perdoada. A transação, a novação, a compensação e a confusão em relação a um dos credores não operam a extinção do débito para com os outros co-credores, que só poderão exigir descontada a quota dele.
Perda da qualidade de indivisibilidade - CC. Art. 263
Os devedores de uma prestação indivisível convertida no seu equivalente pecuniário passarão a dever,
cada um deles, a sua quota-parte, pois a obrigação torna-se divisível ao se resolver em perdas e danos.
O inadimplemento da obrigação converte-a em perdas em danos, dando lugar à indenização, em dinheiro, dos prejuízos causados ao credor. Se apenas um dos devedores foi culpado pela inadimplência, só ele responderá pelas perdas e danos, exonerando-se os demais; mas se a culpa for de todos, todos responderão por partes iguais, pro rata, cessando, assim a indivisibilidade. Aplica-se à indivisibilidade o princípio cessante causa, cessat effectus. (CC. art. 263 §§ 1º e 2º). Quanto a cláusula penal se só um dos co-devedor for culpado, todos os demais incorrerão na pena, entretanto ela só poderá ser demandada por inteiro do culpado, visto em relação aos demais a responsabilidade é dividida proporcionalmente à quota parte de cada um - ficando-lhes reservada a ação regressiva contra o que deu causa à aplicação da pena. (CC. Art. 414 , parágrafo único). Mas se o objeto da pena for indivisível, todos os coobrigados dela serão devedores integralmente.

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