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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenarthras

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Instituto Chico Mendes 
de Conservação da Biodiversidade
Avaliação do Risco 
de Extinção dos 
Xenartros Brasileiros
Série Estado de Conservação 
da Fauna Brasileira - Nº 2
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
2
www.icmbio.gov.br Tolypeutes tricinctus (Liana Mara Mendes de Sena)
3
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Presidente
Cláudio Carrera Maretti 
Diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade
Marcelo Marcelino de Oliveira
 
Coordenador Geral de Manejo para Conservação
Rosana Junqueira Subirá 
 
Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros
Leandro Jerusalinsky
Eduardo Giovani Guimarães/DCOM
Ian Felix/CPB
Projeto Gráfico
Diagramação
Imagens (capa)
Bradypus variegatus - Gileno Xavier 
Choloepus didactylus - Fábio Röhe 
Euphractus sexcinctus - Kena Silva 
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros / editor Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade - Brasília, DF: ICMBio; 2015. 250p. :il. color. ; 24cm. 
ISBN: XXXXXXXXX
 
1. Biodiversidade brasileira. 2. Conservação. 3. Espécies ameaçadas. I. ICMBio. II. Título. III. Série.
CDD: XXXXXX
Dados Internacionais de catalogação na Publicação - CIP
Bibliotecário Responsável: XXXXX
Amely B. Martins/Marcos de S. Fialho 
Ponto Focal
Flávia R. Miranda 
Coordenador de taxón
Myrmecophaga tridactyla - Teresa Anacleto 
Tamandua tetradactyla - Teresa Anacleto 
Tolypeutes tricinctus - Liana Mara Mendes de Sena
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
www.icmbio.gov.br
4
Tamandua tetradactyla (Teresa Anacleto)
5
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Avaliação do Estado de Conservação de Pilosa e Cingulata no Brasil ........................................................... 07 
Avaliação do Risco de Extinção de Bradypus torquatus Illiger, 1811 ............................................................ 13 
Avaliação do Risco de Extinção de Bradypus tridactylus Linnaeus, 1758 no Brasil ....................................... 25 
Avaliação do Risco de Extinção de Bradypus variegatus Schinz, 1825 no Brasil ........................................... 35 
Avaliação do Risco de Extinção de Choloepus didactylus (Illiger, 1811) no Brasil ........................................ 55 
Avaliação do Risco de Extinção de Choloepus hoffmanni Peters, 1858 no Brasil ......................................... 65 
Avaliação do Risco de Extinção de Cyclopes didactylus (Linnaeus, 1758) no Brasil ...................................... 75 
Avaliação do Risco de Extinção de Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 no Brasil ............................. 89 
Avaliação do Risco de Extinção de Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) no Brasil ............................. 107 
Avaliação do Risco de Extinção de Cabassous chacoensis Wetzel, 1980 no Brasil ...................................... 119 
Avaliação do Risco de Extinção de Cabassous tatouay (Desmarest, 1804) no Brasil .................................. 127 
Avaliação do Risco de Extinção de Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) no Brasil ................................. 141 
Avaliação do Risco de Extinção de Dasypus hybridus (Desmarest, 1804) no Brasil ................................... 153
Avaliação do Risco de Extinção de Dasypus kappleri Krauss, 1862 no Brasil .............................................. 163
Avaliação do Risco de Extinção de Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 no Brasil ............................... 173
Avaliação do Risco de Extinção de Dasypus septemcinctus Linnaeus, 1758 no Brasil .............................. 185
Avaliação do Risco de Extinção de Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) no Brasil .............................. 197
Avaliação do Risco de Extinção de Priodontes maximus (Kerr, 1792) no Brasil ....................................... 209
Avaliação do Risco de Extinção de Tolypeutes matacus (Desmarest, 1804) no Brasil .............................. 225 
Avaliação do Risco de Extinção de Tolypeutes tricinctus (Linnaeus, 1758) ............................................. 237
 
 
 
Sumário
6
www.icmbio.gov.br
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
Choloepus didactylus (Gilberto Nascimento)
7
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
 Esta seção da série “Estado de Conservação 
da Fauna Brasileira” visa apresentar o resultado com-
pleto da avaliação para o Brasil do estado de con-
servação das suas 19 espécies de xenartros, grupo 
exclusivamente americano que engloba as ordens 
Cingulata e Pilosa. Dentre as 19 espécies avaliadas, 
18 possuem registros de ocorrência confirmados 
para o território brasileiro. A conversão de hábitats 
em lavouras e pastagens e a caça são os principais 
fatores de risco para este grupo. É esperado que a 
 Os xenartros correspondem a um grupo de 
espécies exclusivamente americanas, essencialmen-
te Neotropicais, à exceção de Dasypus novemcinctus 
(Eisenberg & Redford 1999), abrangendo os animais 
conhecidos como tatus, Ordem Cingulata, e as espé-
cies conhecidas como preguiças e tamanduás, Ordem 
Pilosa. A despeito da atual modesta riqueza de espé-
cies deste grupo - possível produto das extinções do 
Pleistoceno (Cartelle 1998) e, talvez, do fato de ser 
composto por espécies errantes, que não tem em 
rios, e outros elementos vicariantes, obstáculos re-
levantes à sua distribuição, e consequente especia-
ção - são bastante conhecidos pelo público em geral. 
Parte disso se deve as peculiaridades morfológicas e 
comportamentais do grupo, parte por comporem um 
conjunto importante de espécies cinegéticas, p. ex., 
Myrmecophaga tridactyla e Priodontes maximus que 
podem passar dos 30kg (Eisenberg & Redford 1999).
 O processo de avaliação do estado de con-
servação dos xenartros brasileiros foi coordenado 
presente avaliação e consolidação de informações 
naturalísticas sobre as espécies ora apresentadas se-
jam usados como instrumento de base para as ava-
liações futuras e para as tomadas de decisões volta-
das à conservação de tamanduás, tatus e preguiças 
no Brasil. Vale lembrar, no entanto, que tal avaliação 
reflete o momento em que é feita, havendo por isso 
a necessidade de sua repetição periódica ao longo 
do tempo, a fim de detectar possíveis variações nos 
riscos à conservação dessas espécies.
pelo Centro Nacional de Pesquisa para a Conserva-
ção dos Primatas Brasileiros, com a Analista Ambien-
tal Amely B. Martins capitaneando os trabalhos, e 
tendo o suporte técnico de Flávia R. Miranda, na figu-
ra de Coordenadora de Táxon. Coube a Kena Ferrari 
M. da Silva, então bolsista pelo ICMBio, compilar as 
informações existentes e relevantes para o processo 
de avaliação e categorização dos tatus, tamanduás 
e preguiças. Esta consolidação foi aberta à consulta 
e à contribuição da comunidade científica, em dois 
momentos, primeiramente através de uma consulta 
ampla e posteriormente, por meio de uma consulta 
direcionada a um ou pequeno número de especialis-
tas.
 Assim, a primeira etapa deste processo con-
sistiu na compilação de informações sobre todas as 
espécies de Pilosa e Cingulata disponíveis na litera-
tura científica, por meio de uma extensa revisão bi-
bliográfica e montagem de uma base de dados con-
solidada no Sistema para Avaliação e Gerenciamento 
Avaliação do Estado de Conservação de Pilosa e Cingulata no Brasil
Resumo
Apresentação
Amely Branquinho Martins1, Kena Ferrari Moreira da Silva2, 
Marcos de Souza Fialho1 e FláviaRegina Miranda3
1. Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB/ICMBio/MMA. <primatas.sede@icmbio.gov.br>
2. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Estadual de Santa Cruz (BA) – UESC. 
<kenaferrari@gmail.com>
3. Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. <flavia@tamandua.org>
8
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
de Informações de Primatas e Xenartros Brasileiros 
- SAGU-Í (Ramos-Filho et al. 2012), ferramenta esta 
também utilizada nas etapas de consulta e oficina de 
avaliação. Esta segunda etapa de consultas ampla e 
direcionada do processo contemplou a participação 
da comunidade científica, por meio do acesso, cola-
boração e complementação das informações com-
piladas nas fichas de cada espécie bem como dos 
mapas de distribuição de cada uma. As etapas de 
consulta contaram com a participação de 20 especia-
listas.
 O produto deste processo inicial de compi-
lação de dados e consulta à comunidade científica 
subsidiou a oficina de avaliação ocorrida em Iperó, 
estado de São Paulo, nas dependências da Flores-
ta Nacional de Ipanema, em julho de 2012. Contou 
esta, com a participação de 11 especialistas que co-
laboraram como avaliadores (Figura 1). No total, o 
processo de avaliação do estado de conservação dos 
tamanduás, tatus e preguiças do Brasil contou com 
a participação de 34 pesquisadores e colaboradores. 
As publicações que seguem correspondem aos da-
dos compilados, organizados e chancelados por este 
grupo com as contribuições das consultas públicas. 
As autorias de cada capítulo correspondem aos pes-
quisadores responsáveis pela revisão final da ficha de 
cada espécie e, ao final de cada capítulo, encontram-
-se listados na ficha técnica todos os colaboradores.
 Entre a Lista nacional das espécies da fauna 
brasileira ameaçadas de extinção, publicada pelo Mi-
nistério do Meio Ambiente em 2003, e a avaliação 
ora apresentada, não observamos grandes discor-
dâncias. As espécies ameaçadas continuam sendo as 
mesmas, embora o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) 
tenha sido categorizado em um grau de ameaça mais 
elevado (ICMBio 2014) neste último processo de ava-
liação. Ademais, as espécies agora avaliadas como 
ameaçadas (ICMBio 2014) foram também enqua-
dradas em alguma categoria de ameaça em todas 
as listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de 
extinção anteriores (Carvalho 1968, Portaria 303 de 
29/5/1968 – IBDF, Coimbra-Filho 1973, Portaria 3481 
DN de 31/5/1973 – IBDF, IBAMA 1989, Bernardes et 
al. 1990, Instruções Normativas nº 03 e 05 – MMA, 
Machado et al. 2005).
 Neste processo de avaliação aqui apresenta-
do, optou-se por conduzir uma avaliação do estado 
de conservação específica para determinado bioma 
para algumas espécies, esta etapa denominada como 
avaliação biomática foi realizada quando haviam evi-
dências de que o estado de conservação da espécie 
avaliada era divergente do estado de conservação 
em um determinado bioma dentro da distribuição da 
espécie. Assim, as populações da Floresta Atlântica 
do tamanduaí (Cyclopes didactylus), de acordo com o 
proposto por Superina e colaboradores (2010), e do 
tatu-canastra (Priodontes maximus) foram avaliadas 
separadamente e avaliadas em categorias diferentes 
da espécie como um todo. Ademais, uma vez que 
este processo avaliou o estado de conservação de to-
www.icmbio.gov.br
Figura 1. Participantes da oficina de avaliação do estado 
de conservação de Xenarthra brasileiros, 2012, Iperó – SP.
9
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
das as espécies de Xenarthra do Brasil, os resultados 
aqui apresentados se configuram como um panora-
ma geral mais completo do estado de conservação 
dos xenartros brasileiros, pois são incluídas não ape-
nas as espécies categorizadas como ameaçadas.
 A carência de dados sobre a bionomia para 
maior parte das espécies foi evidente, gerando dis-
cussões principalmente sobre o período referente a 
três gerações a ser considerado como a janela tem-
poral para aplicação dos critérios IUCN de categoriza-
ção do estado de conservação. As maiores necessida-
des de pesquisa apontadas para tamanduás, tatus e 
preguiças indicam que 83,3% das espécies carece de 
estudos sobre seus limites de distribuição geográficos 
ou novos inventários, 77,7% dos taxa avaliados apre-
sentam lacunas referentes a dados sobre ecologia e 
55,5% das espécies necessitam de maiores esforços 
de pesquisa sobre biologia ou reprodução (Figura 2).
 A perda e degradação de hábitat, principal-
mente provenientes do desmatamento e expansão 
agricultura ou pecuária, além da fragmentação da 
matriz florestal, foram apontados como principais 
ameaças para 88,8% das espécies de Xenarthra ava-
liados (Figura 3). Dentre as diversas ameaças aponta-
das, destacam-se ainda a existência de caça ou apa-
nha para 72,2% das espécies avaliadas, distúrbios 
decorrentes do aumento da matriz rodoviária ou 
energética que afetariam cerca de 61,1% das espé-
cies, e ainda a ocorrência de incêndios, que foi iden-
tificado como fator de risco para 50% das espécies 
de tatus, tamanduás e preguiças avaliados (Figura 3). 
Estas e outras ameaças, identificadas nos capítulos 
subsequentes para cada espécie, aliadas à indicação 
das principais ações de conservação necessárias ou 
existentes, constituem um importante subsídio para 
a tomada de decisões e priorização de ações que vi-
sem a conservação das espécies de Pilosa e Cingulata 
em território brasileiro.
 Ainda a partir dos dados apresentados nos 
capítulos posteriores, pode-se concluir que todas as 
espécies de xenarthros com distribuição confirmada 
para o Brasil possuem registros de ocorrência em 
áreas protegidas, e todas possuem ao menos um re-
gistro em Unidades de Conservação Federal de Pro-
teção Integral. A espécie com menor número de re-
gistro em áreas protegidas é o tatu-mulita (Dasypus 
hybridus) com apenas 2 registros, enquanto outra 
espécie do gênero, o tatu-galinha (D. novemcinctus), 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Figura 2. Principais pesquisas identificadas como necessárias para as espécies 
de tatus, tamanduás e preguiças no Brasil. A) Capacidade de dispersão; B) 
Biologia / Reprodução; C) Demografia; D) Distribuição geográfica / Inventário; 
E) Taxonomia; F) Ecologia; G) Clínico-Sanitária e H) Genética.
Pesquisas
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Grupo
Preguiças
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
possui 75 registros em áreas protegidas em território 
brasileiro (Silva et al. 2014, Faria-Corrêa et al. 2014). 
Estes dados indicam a importância da manutenção 
da efetividade na conservação destas áreas, além 
da pesquisa e o manejo para conservação dos tatus, 
tamanduás e preguiças dentro de Unidades de Con-
servação no Brasil, principalmente como mecanismo 
para o preenchimento de lacunas no conhecimento 
sobre distribuição, aspectos biológicos ou ecológicos 
bem como para redução do risco de extinção.
 Esta seção da série “Estado de Conserva-
ção da Fauna Brasileira” visa apresentar o resultado 
completo da avaliação do estado de conservação dos 
Xenartros no Brasil. É esperado que a presente ava-
liação e consolidação de informações naturalísticas 
sobre as espécies sejam usados como instrumento 
de base para as avaliações futuras, e para tomadas 
de decisões voltadas à conservação de tamanduás, 
tatus e preguiças. Vale lembrar, no entanto, que tal 
avaliação reflete o momento em que é feita, haven-
do por isso a necessidade de sua repetição periódica 
ao longo do tempo, a fim de detectar possíveis varia-
ções nos riscos à conservação dessas espécies.
 O diagnóstico do estado atual de conserva-ção de todos os táxons deste grupo constitui-se numa 
ferramenta imprescindível para o dimensionamento 
da intensidade de perturbação antrópica a que cada 
espécie está submetida, e para a priorização de es-
forços conservacionistas e de pesquisa para aquelas 
que apresentam um estado crítico de conservação.
Figura 3. Principais ameaças identificadas para os tatus, tamanduás e preguiças com 
ocorrência no Brasil. A) Aumento da matriz rodoviária / energética; B) Caça ou apanha; 
C) Incêndio; D) Perda ou degradação de hábitat / fragmentação; E) Predação por espé-
cie exótica; F) Envenenamento indireto e G) Perda da variabilidade genética.
Ameaças
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Grupo
Preguiças
Tamanduás
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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Eisenberg, J.F. & Redford, K.H. 1999. Mammals of the Neotropics: the central Neotropics. Ecuador, Peru, Boli-
via, Brazil. v.3. University of Chicago Press, Chicago. 610p.
Bernardes, A.T.; Machado, A.B.M. & Rylands, A.B. 1990. Livro Vermelho: Fauna Brasileira Ameaçada de Extin-
ção da fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte. 65p.
Cartelle, C. 1998. Há doze mil anos a grande extinção. Pp. 31-36. In: Machado, A. (Org.). Livro Vermelho das 
espécies ameaçadas de extinção da fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte. 605p.
Carvalho, J.C.M. 1968. Lista das espécies de animais e plantas ameaçados de extinção no Brasil. Boletim Infor-
mativo da FBCN, 3: 11-16.
Coimbra-Filho, A. 1972. Livro Vermelho: Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção: Mamíferos. ABC, 
Rio de Janeiro. 173p.
Faria-Corrêa, M.A.; Vaz, S.M.; Anacleto, T.C.S. & Timo, T.P.C. 2015. Avaliação do Risco de Extinção de Dasypus 
hybridus (Desmarest, 1804) no Brasil. Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira, 2: 153-160.
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 2014. Diagnóstico do risco de extinção de 
espécies da fauna: 2012-2014. Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira, 1: 5-306.
Machado, A.B.M.; Martins, C.S. & Drummond; G.M. 2005. Livro Vermelho: Lista da Fauna Brasileira Ameaçada 
de Extinção. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte. 158p.
Ramos-Filho, D.A.; Rolim, C.R.A.; Guimarães-Filho, J.B. & Martins, A.B. 2012. The development of SA-
GU-Í - System to Assessment and Management of Information About Brazilian Primates and Xenarthra 
- as a tool for species conservation status assessment. CD-ROM. In: 8th International Conference on Eco-
logical Informatics: Informing decisions on biodiversity and natural resources conservation. Brasília. 
 
Silva, K.F.M.; Costa, J.F.; Anacleto, T. C. S. & Timo, T. P. C. 2015. Avaliação do Risco de Extinção de Dasypus novem-
cinctus Linnaeus, 1758, no Brasil. Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira, 2: 172-182.
Superina, M.; Miranda, F.R. & Abba, A.M. 2010. The 2010 Anteater Red List Assessment. Edentata, 11(2): 96-114.
Referências Bibliográficas
12
www.icmbio.gov.br Bradypus torquatus (Sávio Freire Bruno)
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
13
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Bradypus torquatus é a única das cinco espécies de preguiças que ocorrem no Brasil cuja distribuição geográ-
fica está inteiramente contida e limitada ao bioma Floresta Atlântica. Uma recente revisão dos registros de 
localidade existentes indicou que esta preguiça ocorre quase que exclusivamente nas florestas ombrófilas en-
tre o nível do mar e 1000m de altitude existentes entre o sul de Sergipe e o norte do Rio de Janeiro, incluindo 
também os estados da Bahia e do Espírito Santo. A espécie foi classificada como Vulnerável por possuir área de 
ocupação menor que 1000km2 localizada, majoritariamente, em região severamente fragmentada.
Português – preguiça-de-coleira; aí-pixuna, preguiça-preta (Superina & Aguiar 2006). 
Inglês– maned three-toed sloth; maned sloth (Superina & Aguiar 2006).
Não houve mudanças. Descrita originalmente em 1811 por Johann Karl Wilhelm Illiger como Choloepus tor-
quatus illiger, 1811 (Lambertz 2013).
Não há problemas relevantes para a validade da espécie e não existem revisões taxonômicas em curso.
Vulnerável (VU) - B2a + b(ii,iii)
Resumo
Nomes comuns por região/língua
Sinonímia/s 
Notas taxonômicas 
Categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil 
Ordem FamíliaPilosa Bradypodidae
Avaliação do Risco de Extinção de Bradypus torquatus Illiger, 1811
Adriano Garcia Chiarello1, Flávia Regina Miranda2, Gileno Antonio Araújo Xavier3, 
Nadia de Moraes-Barros4, Sergio Maia Vaz5 
1. Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – USP. 
<bradypus@ffclrp.usp.br>
2. Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. <flavia@tamandua.org>
3. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Área de Anatomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. 
<gileno@dmfa.ufrpe.br>
4. Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo e Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos-Cibio/In-
bio, Universidade do Porto – UP, Portugal. <nadiabarros@cibio.up.pt> 
5. Departamento de Vertebrados, Seção de Mamíferos, Museu Nacional – MN/ UFRJ. <smvaz@mn.ufrj.br>
14
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
A espécie Bradypus torquatus foi categorizada como Vulnerável, utilizando os critérios B2a + b(ii,iii), conside-
rando a sua área de ocupação estimada de pelo menos 978km2, imersa em matriz florestal severamente frag-
mentada, sofrendo declínio continuado em sua área de ocupação e qualidade do hábitat. Para os últimos 23 
anos não foram identificados eventos de extinção nas populações localizadas nas extremidades da extensão 
de ocorrência, pelo contrário, novos registros ampliaram esta extensão de ocorrência da espécie, justificando 
o não enquadramento no critério “B+bi” conforme ocorrido na última Avaliação IUCN em 2010.
Justificativa
Avaliação Global (IUCN): Vulnerável (VU) - B2ab (i, ii, iii) (Superina et al. 2010, Chiarello & Moraes-Barros 2011).
Avaliação Estadual: Espírito Santo – “Em perigo (EP)” - B1a,b(iii) (Passamani & Mendes 2007); Rio de Janeiro – 
“Criticamente em perigo (CP)” (Bergallo et al. 2000).
Avaliações em outras escalas
Vulnerável (VU) - A2cd (MMA 2003, Machado et al. 2008).
Avaliação nacional anterior
www.icmbio.gov.br Bradypus torquatus (Camila Cassano)
15
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
 Esta espécie caracteriza-se por uma pelagem 
espessa de cor castanho-claro, uniforme por todo o 
corpo, sem distinção entre o dorso e o abdomên, e 
uma coleira de pelos longos e pretos ao redor do pes-
coço, geralmente mais longa e nítida na região dorsal 
anterior. Este tufo de pelos pretos está ausente nos fi-
lhotes e juvenis, cujo dorso varia do castanho ao mar-
rom-claro (Eisenberg & Redford 1999) e nos indivídu-
os adultos (acima de 4 anos), a coleira preta é maior e 
mais negra nos machos do que nas fêmeas (Lara-Ruiz 
& Chiarello 2005). Embora variável, o tufo preto é 
maior e composto por pelos mais longos nos machos 
 Biologia: A espécie possui hábitos solitário e 
arborícola restrito. Tem atividade diurna e noturna, 
dependendo da área ou região. É predominantemen-
te diurna na Reserva Ecológica Santa Lúcia, Espírito 
Santo (Chiarello 1998a) e predominantemente no-
turna na Reserva Biológica do Poço das Antas, Rio de 
Janeiro (Pinder 1985). Estudos recentes indicam que 
alguns indivíduos, de uma mesma localidade, podem 
apresentar atividade diurna, enquanto outros têm 
atividadenoturna (Chiarello 2008b). O nível de ativi-
dade de Bradypus torquatus é maior que a de outras 
espécies do mesmo gênero, e embora estas diferen-
do que nas fêmeas (Lara-Ruiz & Chiarello 2005). Exis-
tem três populações geneticamente distintas desta 
espécie nos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de 
Janeiro, respectivamente (Moraes-Barros et al. 2002, 
2006, Lara-Ruiz et al. 2008). Os dados disponíveis até 
o momento indicam que a população localizada ao 
norte da distribuição da espécie (sul da Bahia) pode 
ser considerada, sob o ponto de vista genético, como 
uma subespécie separada (Lara-Ruiz et al. 2008), em-
bora sejam indistinguíveis dos outros na morfologia 
externa (A. Chiarello, comunicação pessoal citado 
em Superina et al. 2010, p.119).
ças possam ser específicas para cada espécie, acredi-
ta-se que o alto nível de atividade da preguiça-de-co-
leira possa ser uma adaptação ao ambiente mais frio 
das montanhas da Mata Atlântica (Chiarello 1998a). 
A dieta desta espécie é estritamente folívora, com-
posta por espécies de árvores e cipós, sendo mais de 
30 espécies até agora identificadas. Cada indivíduo 
consome cerca de 15 a 20 espécies/ano (Chiarello 
1998b, Chiarello et al. 2004). Alimenta-se, preferen-
cialmente, de folhas mais jovens e, raramente, flores 
e frutos (Chiarello 1998b).
Descrição geral do táxon
História de vida
Informações gerais
Massa de adultos
Fêmea
Pode atingir 10kg de massa corpórea. No estudo de Lara-Ruiz & Chiarello (2005), o peso corporal médio entre 21 
fêmeas capturadas foi de 6,9kg (5,1 a 10,1kg) sendo que as fêmeas foram significativamente mais pesadas do que 
os machos. Estas medidas são maiores do que as reportadas por Emmons (1990) (3,6 a 4,2kg).
Macho
Pode atingir 9kg de massa corpórea. Os 15 machos adultos capturados no estudo de Lara-Ruiz & Chiarello (2005) 
apresentaram peso médio de 6,15kg (4,6 a 7,5kg). Um macho adulto selvagem capturado em Santa Maria de 
Jetibá, ES, pesou 9kg (Dias et al. 2009).
Comprimento total
Fêmea
Comprimento médio do corpo entre 45 e 50cm (Emmons 1990). No estudo de Lara-Ruiz & Chiarello (2005) o 
comprimento do corpo de fêmeas adultas (n= 21) variou de 59 a 75,2cm (média = 68,0cm).
Macho
No estudo de Lara-Ruiz & Chiarello (2005) o comprimento do corpo de machos adultos variou de 62 a 72cm, com 
média de 64,6cm (n= 15 machos adultos). As diferenças no tamanho corporal entre machos e fêmeas deste estudo 
não foram estatisticamente significativas. Um macho adulto capturado em Santa Maria de Jetibá, ES, apresentou 
comprimento corporal total de 74cm, o maior já obtido para machos adultos até o momento (Dias et al. 2009).
16
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
Comprimento cauda (cm)
Fêmea Em torno de 4,9cm (Wetzel 1985) e entre 4,8 e 5cm (Emmons 1990).
Macho Em torno de 4,9cm (Wetzel 1985) e entre 4,8 e 5cm (Emmons 1990).
Altura da Orelha
Fêmea Não há informação.
Macho Não há informação.
Razão sexual
1:1,7 (M:F); estimativa baseada em 30 adultos, 11 machos e 19 fêmeas capturados no sul da Bahia, Espírito 
Santo e norte do Rio de Janeiro (Chiarello 2008b).
Sistema de acasalamento Não há informação.
Intervalo entre nascimentos
Uma fêmea selvagem monitorada por mais de cinco anos na região serrana do ES pariu regular-
mente um filhote, entre os meses de fevereiro e março, de 1999 a 2004, indicando um intervalo 
anual entre partos (Lara-Ruiz & Chiarello 2005).
Tempo médio e intervalo de gestação
O período de gestação é desconhecido, mas ao que tudo indica deve ser semelhante às de-
mais espécies do gênero, ou seja, em torno de seis meses (Lara-Ruiz & Chiarello 2005). A in-
gestão de folhas pelo filhote começa com duas semanas de idade, entretanto a amamentação 
continua entre 2 e 4 meses de idade (Lara-Ruiz & Chiarello 2005).
Número de filhotes por gestação
As fêmeas parem apenas um filhote por ano, que atinge a independência por volta dos 8 a 
10 meses de vida, quando abandona a área da mãe para se estabelecer em outro local da 
floresta (Chiarello 2008b).
Idade de maturação dos indivíduos.
Fêmea
O estudo de Lara-Ruiz & Chiarello (2005) sugere que fêmeas podem estar sexualmente ativas assim que atingem o 
tamanho de adultos (~59cm de tamanho corporal total), o que provavelmente ocorre a partir dos 3 anos de vida.
Macho Não há informação.
Longevidade Um macho desta espécie viveu no mínimo 12 anos (Lara-Ruiz & Chiarello 2005).
Tempo geracional
A partir de Lara-Ruiz & Chiarello (2005), o tempo geracional sugerido para esta espécie é de 7,5 anos, logo 
3 gerações corresponde à 23 anos.
Sazonalidade reprodutiva
Os nascimentos ocorrem entre fevereiro e julho no Espírito Santo (Lara-Ruiz & Chiarello 2005), e no 
Rio de Janeiro ocorrem ao longo do ano (Pinder 1993). Na maioria dos casos, as fêmeas têm a gestação 
e a lactação ocorrendo durante o período do ano em que as temperaturas são favoráveis e os alimen-
tos preferidos são abundantes (Dias et al. 2009).
Enfermidades: doenças e parasitas encontradas para o táxon
Foram encontrados ectoparasitas na pelagem de 28 Bradypus torquatus, como os carrapatos Amblyoma varium e Boophilus sp., o besouro 
Trichilium sp. e a mariposa comensal Cryptosis sp. (Pinder 1993).
Informações gerais (continuação)
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Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
 A espécie é endêmica ao Brasil e está presente 
apenas na Mata Atlântica costeira do Sudeste e Nordes-
te. Ocorre nos estados de Sergipe, Rio de Janeiro, Bahia, 
Espírito Santo e provavelmente no extremo nordeste 
de Minas Gerais (Chiarello 2008a, Superina et al. 2010). 
 Nos dias atuais está restrita à região de Mata 
Atlântica do sul de Sergipe (município de Estância) 
(Chagas et al. 2009), ao centro-norte do Rio de Janeiro 
(municípios de Macaé, Silva Jardim e Rio das Ostras), 
e recentemente nos municípios de Nova Friburgo, Ca-
choeiras de Macacu e Teresópolis (Boffy et al. 2010), 
passando pela Bahia (região do Recôncavo Baiano, 
municípios de Ilhéus e Itabuna, até o extremo sul), 
pelo Espírito Santo (região serrana e litorânea do cen-
tro-sul do estado, ao sul do rio Doce apenas). A espé-
cie não ocorre a partir da margem esquerda (margem 
norte) do rio Doce até as proximidades do rio Mucuri. 
Foi registrada no extremo nordeste de Minas Gerais 
(médio Jequitinhonha, no município de Bandeira, na 
divisa com Bahia) (Vaz 2003), mas este registro não 
é confirmado (Hirsch & Chiarello 2012). A espécie foi 
introduzida em Parques Nacionais do Espírito Santo 
(PARNA do Caparaó) e do Rio de Janeiro (PARNA da 
Tijuca) (Chiarello 2008a), mas não há informações so-
bre o estabelecimento ou não de populações nestes 
Parques.
 Existem registros para Minas Gerais e Per-
nambuco ainda não confirmados. Os estados de 
Sergipe e Rio de Janeiro têm apenas 2% e 7% dos 
registros confirmados, respectivamente (Hirsch & 
Chiarello 2012). B. torquatus está listado como Vul-
nerável, mas com a ressalva de que uma reavaliação 
deve ser realizada assim que dados sobre suas popu-
lações silvestres se tornem disponíveis (Superina et 
al. 2010). Esta espécie foi listada inicialmente como 
Em Perigo devido a sua extensão de ocorrência ser 
Distribuição geográfica
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
muito restrita. No entanto, novos dados e uma de-
talhada análise sobre distribuição geográfica reve-
laram que a extensão da ocorrência é maior do que 
se pensava anteriormente (Hirsch & Chiarello 2012). 
 Historicamente é possível que tenha ocor-
rido redução em sua área de ocupação ou extensão 
de ocorrência, visto que há um relato, não confirma-
do, para o estado de Pernambuco (Hirsch & Chiarello 
2012), registro este localizado, portanto,ao norte do 
limite norte de sua distribuição atual, que é a região 
da Mata Atlântica costeira do sul de Sergipe.
 Sua extensão de ocorrência é estimada em 
71.427,8km2 utilizando apenas registros confirma-
dos e 116.170,9km2 utilizando tanto registros con-
firmados como não confirmados (Hirsch & Chiarello 
2012). Segundo o mapa de distribuição elaborado 
pelo CPB/ICMBio a extensão de ocorrência é de 
189.282km2, aproximadamente, incluindo os dois 
hiatos de ocorrência, regiões no norte do Espírito 
Santo e entre o norte do Rio de Janeiro e sul do Es-
pírito Santo. Não se sabe exatamente se a área de 
ocupação é maior que 2.000km2, entretanto, sabe-
-se que esta é de pelo menos 987km² (A. Hirsch & 
A.G. Chiarello, dados não publicados).
Extensão de ocorrência e área de ocupação
 Não há informações publicadas com re-
lação à abundância de indivíduos ou densidade 
de populações. Entretanto, em algumas partes da 
Bahia e Espírito Santo é avistada com frequência, 
sugerindo que pode ser abundante em algumas lo-
calidades (A.G. Chiarello, dados não publicados.) 
 A base de ocorrência desta espécie está em re-
manescentes florestais altamente fragmentados (Su-
perina et al. 2010). Existem dois hiatos de distribuição 
geográfica desta espécie, sendo uma barreira natural 
que ocorre ao norte do Espírito Santo, provavelmente 
 Habita tanto florestas localizadas ao nível do 
mar (sul da Bahia, centro-norte do Espírito Santo e 
norte do Rio de Janeiro) como florestas baixo-mon-
tanas (600-900m de altitude). Até o momento, não 
foi encontrada acima dos 1.000m (região serrana do 
Espírito Santo). Parece preferir as matas ombrófilas 
densas e ainda não foi encontrada em florestas se-
midecíduas ou decíduas (Chiarello 2008a). Cerca de 
80% dos pontos com ocorrência confirmada estão 
em Floresta Ombrófila (Hirsch & Chiarello 2012). 
 O táxon não é restrito a hábitats primários. 
Bradypus torquatus é encontrada em matas primá-
rias, mas também é capaz de sobreviver e até mes-
mo atingir altas densidades populacionais em matas 
devido ao alto grau de deciduidade das florestas des-
ta região e outra entre o norte do estado do Rio de Ja-
neiro e sul do Espírito Santo (Hirsch & Chiarello 2012). 
 A tendência populacional é decrescente (A.G. 
Chiarello, dados não publicados). Embora partes da 
região serrana do Espírito Santo tenham recuperado 
parcialmente sua cobertura florestal nos últimos 20-
30 anos, desmatamentos ainda persistem nos demais 
estados e mesmo no Espírito Santo, conforme relató-
rios recentes da SOS Mata Atlântica, o que leva a infe-
rir que vem ocorrendo um decréscimo populacional.
secundárias, como já foi observado em fragmentos 
da região de Santa Maria de Jetibá e de Aracruz, 
na zona serrana e na baixada litorânea do Espiri-
to Santo, respectivamente. Estudo recente sugere 
que a espécie ocorre também nas florestas de “ca-
brucas” (plantações de cacau sob matas nativas no 
sul da Bahia) (Cassano et al. 2011). Esta espécie foi 
avistada em fragmentos menores de 20 ha, embora 
a persistência no longo prazo das populações nes-
ses locais seja desconhecida (Superina et al. 2010). 
 As áreas de vida desta espécie raramente ex-
cedem a 10ha, muitas vezes são de 1 a 2ha por pre-
guiça (Chiarello et al. 2004). Entre fêmeas, as áreas 
de vida têm pouca sobreposição com a de indivíduos 
População
Hábitat e ecologia
19
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Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Necessárias:
 As principais ameaças identificadas para o tá-
xon foram: desmatamento decorrente de expansão 
agrícola ou pecuária, expansão urbana, aumento da 
matriz rodoviária e incêndios.
 As principais ameaças à espécie são a des-
truição das florestas (Emmons 1990) e a perda da 
variabilidade genética decorrente do isolamento das 
populações pela fragmentação e descaracterização 
de hábitats (Chiarello et al. 2004, Fonseca & Aguiar 
2004, Lara-Ruiz et al. 2008). O isolamento de peque-
nas populações pode acarretar drástica redução de 
fluxo gênico, uma vez que a espécie tem movimentos 
 Como as preguiças só ocorrem em matas, é 
preciso viabilizar estratégias para redução do desma-
tamento e da incidência de incêndios florestais (Chia-
rello 2008a). Os estudos recentes indicam que suas 
maiores populações remanescentes estão localizadas 
no sul da Bahia (Ilhéus), centro-sul do Espírito Santo 
(Santa Teresa) e norte do Rio de Janeiro (Silva Jardim), 
estas populações apresentam diversidade genéti-
ca reduzida e se encontram geneticamente isoladas 
umas das outras (Lara-Ruiz 2004, Lara-Ruiz & Chiarello 
2005). Por este motivo, Chiarello (2008a) propõe que 
a estratégia que melhor resultaria em benefícios para 
 Segundo Chiarello (2008a, Hirsch & Chiarello 
2012), ocorre nas seguintes Unidades de Conservação: 
Estação Ecológica de Wenceslau Guimarães (observa-
do), Reserva Biológica de Una (observado), Reservas 
Particulares do Patrimônio Natural Ecoparque de Una 
(observado), Serra do Teimoso (relato) e Água Branca 
(observado) e Parque Estadual da Serra do Conduru 
lentos e mostra grande dificuldade em se deslocar 
por paisagens desflorestadas. Outros fatores decor-
rentes da fragmentação são o aumento da incidência 
de incêndios em Unidades de Conservação e o au-
mento da malha viária e do fluxo de tráfego, defla-
grando ameaças importantes às populações desta 
espécie. A caça é considerada como uma ameaça 
secundária, visto que em algumas regiões, particu-
larmente no sul da Bahia, as preguiças podem even-
tualmente ser apanhadas para venda ou consumo 
(Chiarello 2008a).
a conservação da espécie seria promover o aumento 
da conexão entre fragmentos, visando a restauração 
do fluxo gênico, pelo menos em nível regional, o que 
possibilitaria que populações isoladas constituíssem 
metapopulações de fato. A translocação também é 
sugerida por Chiarello (2008a), mas como as popu-
lações da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro têm 
composição genética própria (Lara-Ruiz 2004, Mora-
es-Barros et al. 2006), os locais de captura e soltura 
devem ser próximos e semelhantes do ponto de vista 
florístico e climático (o cruzamento de indivíduos de 
diferentes estados deve ser evitado).
(relato) na Bahia; Floresta Nacional de Goytacazes (ob-
servado), Reservas Biológicas de Comboios (Passamani 
et al. 2000, observado) e Augusto Ruschi (observado), 
“Estação Biológica” de Santa Lúcia (observado), “Par-
que Municipal Natural” de São Lourenço (observado) 
e Reserva Biológica Estadual de Duas Bocas (observa-
do) no Espírito Santo; Reservas Biológicas de União 
Ameaças e usos
Ações de conservação
Presença em áreas protegidas
vizinhos. As estimativas de área de vida desta espécie, 
em diferentes ambientes da Mata Atlântica do Bra-
sil, foram de 5,7ha no Rio de Janeiro (Pinder 1985), 
de 0,8 a 10,8ha no Espírito Santo (Chiarello 2008b) 
e de 3 a 5ha na Bahia (Cassano 2006). Cassano et al. 
(2011) obteve áreas de uso de 0,56ha (fêmea adul-
ta), 2,28ha (macho juvenil) e até 29,33ha para uma 
fêmea jovem que provavelmente se encontrava em 
movimento de dispersão, segundo os autores.
20
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
(observado) e Poço das Antas (Pinder 199, observado), 
Parque Municipal Fazenda Atalaia (Cassano 2006, ob-
servado) e Parque Estadual do Desengano (S.M. Vaz, 
dados não publicados) no Rio de Janeiro. Boffy et al. 
(2010) fez registros desta espécie no município de Te-
resópolis, próximo ao Parque Nacional da Serra dos 
Órgãos, no município de Cachoeiras de Macacu, na 
região próxima ao Parque Estadual dos Três Picos e no 
município de Nova Friburgo, região próxima ao Parque 
Estadual de Nova Friburgo, sendo a presença desta es-
pécie provável, mas ainda não confirmada para estas 
três UCs de Mata Atlântica doRio de Janeiro. Citado 
também para a Estação Experimental de Canavieiras, 
BA (relato) Chiarello (2008a, Hirsch & Chiarello 2012).
Necessárias: 
Existentes: 
Especialistas e Núcleos de Pesquisa e Conservação: 
 Dados de capacidade de dispersão, razão 
sexual, sistemas de acasalamento e densidade po-
pulacional são desconhecidos, porém necessários 
para planos de conservação e monitoramento desta 
espécie (Superina et al. 2010). Registros obtidos re-
centemente, como em um grande remanescente de 
Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro (Boffy et 
al. 2010), ilustram bem o quão pouco sabemos mes-
mo sobre distribuição geográfica. São necessários 
 “Mamíferos arborícolas (Chaetomys subs-
pinosus e Bradypus torquatus) e implicações sobre 
a supressão vegetal” (coordenador: Gastón Giné; 
Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conser-
vação da Biodiversidade – UESC; SISBIOTA - Redes 
de pesquisa em funcionamento ecológico de paisa-
gens florestais antrópicas/ Parceria UESC/UFPE/UnB/
UFBA/CENA-USP); “Área de vida e seleção de hábitat 
pela preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) no sul 
da Bahia (mestranda: Nereyda Falconi; Programa de 
Pós Graduação em Ecologia e Conservação da Biodi-
versidade – UESC; orientação: Emerson Vieira – Uni-
versidade de Brasília, UnB); Uma tentativa de análise 
da viabilidade populacional da espécie foi realizada 
para a região serrana do Espírito Santo, mediante 
projeto financiado pelo “Segundo Edital do Programa 
 Adriano G. Chiarello (Departamento de Bio-
logia, FFCLRP, USP); Paula Lara-Ruiz e Fabrício R. dos 
Santos (LBEM/UFMG); Camila Cassano (UESC); Nádia 
de Moraes-Barros, Instituto de Biociências, Universi-
dade de São Paulo e Centro de Investigação em Bio-
também estudos taxonômicos, pois é possível que 
esta espécie seja um gênero diferente de Bradypus, 
(Scaeopus), conforme já sugerido por outros autores 
(Wetzel & Avila-Pires 1980, Barros et al. 2003). Es-
tudos taxonômicos em nível de subespécie também 
são necessários, pois a população do sul da Bahia 
pode ser considerada uma subespécie separada das 
outras populações do Rio de Janeiro e do Espírito 
Santo) (Lara-Ruiz et al. 2008).
de Espécies Ameaçadas da Fundação Biodiversitas/
CEPAN”, coordenado por A.G. Chiarello, em parceria 
com Valor Natural, PUC - Pontifícia Universidade Ca-
tólica de Minas Gerais e UFMG - Universidade Fede-
ral de Minas Gerais (Laboratório de Biodiversidade e 
Evolução Molecular), entretanto constatou-se falta 
de dados para uma modelagem segura (A.G. Chia-
rello, dados não publicados). Há pesquisas em anda-
mento por A. Chiarello e A. Hirsh, para determinação 
precisa da área de ocupação; entre estes autores e 
K. Ferraz, avaliando a distribuição potencial desta es-
pécie e estudos sobre diversidade genética nuclear, 
sob coordenação de N. Moraes-Barros (Programa de 
Pós-graduação em Biologia (Genética) e Centro de In-
vestigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos 
- Cibio-Inbio, Universidade do Porto). 
diversidade e Recursos Genéticos-Cibio/Inbio, (Uni-
versidade do Porto, Portugal); Vera Lúcia de Oliveira 
(CEPLAC); Sérgio Lucena Mendes (UFES), André Hirs-
ch (Universidade Federal de São João del-Rei, Cam-
pus Sete Lagoas).
Pesquisas
21
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Oficina de Avaliação do Estado de Conservação 
de Xenarthra Brasileiros. 
Data de realização: 18 a 20 de julho de 2012. 
Local: Iperó, SP.
Adriano Garcia Chiarello, Fábio Röhe, Flávia Regina 
Miranda, Gileno Antonio Araújo Xavier, Guilherme 
de Miranda Mourão, José Abílio Barros Ohana, Kena 
Ferrari M. da Silva, Marcelo Lima Reis, Mariana de An-
drade Faria-Corrêa, Sergio Maia Vaz, Teresa Cristina da 
Silveira Anacleto.
Amely B. Martins (Ponto Focal), Estevão Carino (Faci-
litador), Ivy Nunes (Mapas), Kena Ferrari M. da Silva 
(Compilação), Marcos de S. Fialho (Ponto Focal), Taissa 
Régis (Apoio).
Ficha Técnica
Avaliadores
Colaboradores
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www.icmbio.gov.br
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
Bradypus tridactylus (Fábio Röhe)
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Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Bradypus tridactylus é uma espécie amazônica e está presente nos estados do Amapá, Pará, Roraima e Ama-
zonas. Possui extensão de ocorrência ampla sem grandes vetores de ameaças identificados, sendo, portanto, 
categorizada como Menos Preocupante. 
Português – aí, preguiça-de-bentinho, preguiça-de-três-dedos (Superina & Aguiar 2006) ou ainda preguiça-
-de-garganta-amarela (Medri et al. 2011). 
Inglês – pale-throated three-toed sloth, pale-throated sloth (Superina & Aguiar 2006). 
Outros - perezoso de tres dedos (espanhol); aï (francês), bradype (francês), paresseux tridactyle (francês); 
mouton paresseux (francês) (Superina & Aguiar 2006).
Durante muitos anos, a sinonímia Bradypus tridactylus foi atribuído em muitos casos (principalmente em arti-
gos publicados antes do anos 70) a espécie Bradypus variegatus.
Não há problemas relevantes para a validade da espécie e não existem revisões taxonômicas em curso.
Menos Preocupante (LC)
Resumo
Nomes comuns por região/língua
Sinonímia/s 
Notas taxonômicas 
Categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil 
Ordem FamíliaPilosa Bradypodidae
Avaliação do Risco de Extinção de Bradypus tridactylus Linnaeus, 1758 no Brasil
Flávia Regina Miranda1, Fábio Röhe2, Nadia de Moraes-Barros3 
1. Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. <flavia@tamandua.org>
2. Wildlife Conservation Society. <fabiorohe@gmail.com>
3. Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo e Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos-Cibio/Inbio, 
Universidade do Porto – UP, Portugal. <nadiabarros@cibio.up.pt>
A espécie Bradypus tridactylus possui extensão de ocorrência ampla, sem grandes vetores de ameaças identi-
ficados, sendo, portanto, categorizada como Menos Preocupante (LC).
Justificativa
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
 Menos Preocupante (LC) (Superina et al. 2010).
Avaliações em outras escalas
Espécie não consta na última avaliação nacional.
Avaliação nacional anterior
Descrição geral do táxon 
26
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 A pelagem de Bradypus tridactylus é mar-
rom-acinzentada, sendo que a região da testa e da 
garganta tem coloração amarela a região dos ombros 
possuem pelos escuros na maioria dos espécimes. 
Os machos podem se distinguir das fêmeas pela sua 
mancha dorsal amarelo-alaranjado com uma linha 
central preta larga (Hayssen 2009). Os juvenis são 
mais cinzentos do que os adultos (Gray citado em 
Hayssen 2009, p. 2). O padrão de coloração dorsal 
da pelagem varia, mas frequentemente apresenta 
um padrão salpicado que a distingue do padrão de 
marrom ao marrom-amarelado da espécie B. varie-
gatus (Eisenberg & Redford 1999). No campo, outra 
forma de distinguir esta espécie é observar a colora-
ção da pelagem da garganta, pois em B. tridactylus é 
dourada enquanto que em B. variegatus é marrom 
(Anderson & Handley citado em Medri et al. 2011, 
p. 93). Contudo, algumas poucas populações de B. 
Bradypus tridactylus (Fábio Röhe)
27
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
 Biologia: Esta espécie tem hábito arborícola 
(Fonseca et al. 1996). Tem atividade variando entre 
diurna e noturna (Emmons 1990), mas os desloca-
mentos ocorrem com maior frequência no período 
noturno (Carmo 2002). Um indivíduo desta espécie 
dormiu em média até 18, 5 horas/dia (Beebe citado 
em Hayssen 2009, p. 6). Em vida livre esta espécie 
tem como principais predadores os felinos, como a 
onça pintada (Panthera onca) e o gato-maracajá (Le-
opardus wiedii); cobras, como a sucuri (Eunectes) e a 
ave de rapina Harpia harpyja (Beebe, Hoke, Izor cita-
do em Hayssen 2009, p. 6).
História de vida
Informações gerais
Massa de adultos
Fêmea
Entre 3 e 6kg (Emmons 1990).
Macho
Comprimento total
Fêmea
Comprimento médio de 50cm (Eisenberg & Redford 1999).
Macho
Comprimento cauda (cm)
Fêmea
A cauda tem de 3 a 8cm (Eisenberg & Redford 1999).
Macho
Altura da Orelha
Fêmea
1,3cm (1,0-1,5, N=3) Wetzel (1985).
Macho
Razão sexual Em Manaus (Brasil) a razão sexual foi de 1:1 (Jorge et al. 1985).
Sistema de acasalamento Não há informação.
Intervalo entre nascimentos O intervalo entre os nascimentos é aproximadamente de 12 meses (Taube et al. 2001).
Tempo médio e intervalo de gestação
O período de gestação é de 106 dias de acordo com Nowak (1999) ou cerca de seis meses 
conforme Taube et al. (2001).
Número de filhotes por gestação Nasce um único indivíduo por vez (Taube et al. 2001).
variegatus ditribuídas na região do baixo rio Tapajós, 
exibem uma cobertura dourada muito evidente na 
garganta.Ainda assim, tal coloração dourada não é 
encontrada na base dos pelos, os quais são marrons, 
diferente do observado em B. tridactylus onde o 
dourado segue por todo o pelo, da sua extremidade 
até a base. Portanto, a falta de uma análise minucio-
sa da morfologia pode levar a erros de identificação 
(Moraes-Barros et al. 2011). Bradypus tridactylus 
possui 2n=52 cromossomos (Jorge & Pereira citado 
em Hayssen 2009, p. 6).
28
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
Idade de maturação dos indivíduos.
Fêmea
Os indivíduos de ambos os sexos atingem a maturidade sexual com cerca de três anos de idade (Montgomery 
apud Medri et al. 2011, p. 94).
Macho
Longevidade Longevidade de no mínimo 12 anos (Lara-Ruiz & Chiarello 2005).
Tempo geracional
Conforme informações para B.torquatus (Lara-Ruiz & Chiarello 2005), o tempo geracional seria em torno de 
7,5 anos, logo 3 gerações correspondem à 23 anos.
Sazonalidade reprodutiva
Há registros de nascimentos entre julho e setembro (Beebe citado em Wetzel 1982, p. 354), 
entre março a setembro (Richard-Hansen & Taube citado em Hayssen 2009, p. 4) e 
de janeiro a abril (Taube et al. 2001).
Enfermidades: doenças e parasitas encontradas para o táxon
Endoparasitas incluem Endotrypanum schaudini (Shaw citado em Hayssen 2009, p. 5). Trypanosoma rangeli ocorreu em um animal selvagem 
(Dereure et al. citado em Hayssen 2009, p. 5). Parasitas externos incluem carrapatos: Amblyomma geayi e Amblyomma varium (Waage & 
Best, Marques et al. citado em Hayssen 2009, p. 5); ácaros: Edentalges bradypus, Lobalges trouessarti e Psoralges andrei (Fain citado em 
Hayssen 2009, p. 5); mosquitos: Aedes serratus (Pinheiro et al. citado em Hayssen 2009, p. 5), e Acaridada (Waage & Best citado em Hayssen 
2009, p. 5). Em Manaus, a maioria dos indivíduos dos indivíduos de Bradypus tridactylus (99%) estavam infestados com uma média de 33 
carrapatos/indivíduo (Waage & Best citado em Hayssen 2009, p. 5).
 A espécie não endêmica ao Brasil, ocorrendo 
nas Guianas (Guiana Francesa, Guiana e Suriname) e 
na Venezuela. O único bioma brasileiro em que esta 
espécie pode ser encontrada é a Amazônia (Fonseca et 
al. 1996, Paglia et al. 2012). Está presente nos estados 
do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima.
 Bradypus tridactylus só é encontrada na re-
gião centro-norte da América do Sul (Anderson & 
Handley citado em Moraes-Barros et al. 2010, p. 53). 
Ocorre desde o delta do rio Orinoco na Venezuela, 
nas terras altas do Amazonas, através das florestas da 
Guiana, Suriname, Guiana Francesa até o norte do Bra-
sil (Wetzel 1982, 1985, Superina et al. 2010). O mapa 
de distribuição apresentado por Moraes-Barros et al. 
(2010) apresentou divergências com os anteriores 
(Gardner 2007, Chiarello 2008) devido principalmente 
aos casos de troca na identificação taxonômica entre 
B. tridactylus e B. variegatus. Segundo estes autores, 
a simpatria com B. variegatus ocorre apenas ao longo 
da margem norte do rio Amazonas. No Brasil, B. tridac-
tylus é encontrada somente ao norte do rio Amazonas 
e a leste do rio Negro (Moraes Barros et al. 2010). É 
necessária ainda maior amostragem e pesquisa sobre 
a distribuição da espécie, em especial a margem direi-
ta do rio Branco e zonas fronteiriças com as Guianas.
Distribuição geográfica
Extensão de ocorrência: 473.562km2 *
* Valor calculado para a Oficina de Avaliação do Estado de Conservação de Xenarthra Brasileiros.
Informações gerais (continuação)
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Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Área de ocupação: Não se sabe, entretanto é maior que 2.000km2
 É uma espécie considerada comum (indivídu-
os da espécie são facilmente encontrados). Embora 
esta espécie sofra ameaça pela perda de florestas, 
ainda permanece localmente abundante em muitas 
áreas protegidas (Aguiar 2004).
 Estimativas de densidade ou de tamanho da 
população existentes: Estimada em 2,21 indivíduos/
 O táxon não é restrito a hábitats primários e 
habita as florestas Neotropicais. A área de vida regis-
trada para a espécie, na Guiana Francesa, variou de 
ha ou 221 indivíduos/km2 pelo método de censo por 
transecto linear em Manaus, Brasil (Chiarello 2008).
 Suspeita-se que exista aporte de indivíduos 
de fora do Brasil, entretanto não há informações so-
bre a contribuição relativa de populações estrangei-
ras para a manutenção das populações nacionais.
 A tendência populacional é desconhecida.
1,4 a 3,6ha (Taube citado em Taube et al. 2001, p. 
174). Não há informações para o Brasil.
População
Hábitat e ecologia
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
Necessárias: Inibir o desmatamento.
 Embora não existam ameaças eminentes 
para espécie (Superina et al. 2010) uma ameaça plau-
sível para o futuro é o desmatamento.
Ameaças e usos
Ações de conservação
 No Amazonas: Reserva Biológica Adolpho Du-
cke (Ribeiro et al. 2004) e Parque Estadual do rio Negro 
– setor sul (F. Röhe, dados não publicados); no estado 
do Pará: Floresta Nacional Saracá-Taquera (Oliveira et al. 
2006) e Reserva Biológica do Rio Trombetas (F.R. Miran-
da, dados não publicados); no Amapá: Floresta Nacio-
nal do Amapá (Laufer et al. no prelo) e Parque Nacional 
Montanhas do Tumucumaque (Silva 2008); por fim, em 
Roraima: Parque Nacional do Viruá (Oliveira et al. 2009) 
e ESEC Maracá (Barnett & Cunha 1998).
Presença em áreas protegidas
Necessárias: 
Existentes: 
Especialistas e Núcleos de Pesquisa e Conservação: 
 Inventários em potenciais áreas de sua ocor-
rência, estudos ecológicos, demográficos e taxonô-
micos.
 Não há informações de pesquisas em andamento.
 Nadia de Moraes-Barros (Centro de Inves-
tigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos 
- Cibio/Inbio, Universidade do Porto, Portugal e De-
partamento de Genética e Instituto de Biociências, 
Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de 
Especialistas em Xenartros da IUCN/SSC).
Pesquisas
31
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Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
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Press. 451p.
Oficina de Avaliação do Estado de Conservação 
de Xenarthra Brasileiros. 
Data de realização: 18 a 20 de julho de 2012. 
Local: Iperó, SP.
Adriano Garcia Chiarello, Fábio Röhe, Flávia Regina 
Miranda, Gileno Antonio Araújo Xavier, Guilherme de 
Miranda Mourão, José Abílio Barros Ohana, Kena F. M. 
da Silva, Marcelo Lima Reis, Mariana de Andrade Fa-
ria-Corrêa, Sergio Maia Vaz, Teresa Cristina da Silveira 
Anacleto.
Amely B. Martins (Ponto Focal), Estevão Carino (Facili-
tador), Ivy Nunes (Mapas), Kena F. M. da Silva (Compi-
lação), Marcos de S. Fialho (Ponto Focal), Taissa Régis 
(Apoio).
Ficha Técnica
Avaliadores
Colaboradores
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Bradypus variegatus (Gileno Xavier)
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Bradypus variegatus possui ampla extensão de ocorrência quando comparada com demais espécies de pre-
guiças. Ocorre nos biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Sua área de ocupação está em declínio, o que 
é particularmente verdadeiro para a Mata Atlântica. As principais ameaças à espécie são indiscutivelmente a 
perda e a fragmentação dos hábitats naturais dos quais a espécie depende, o aumento da matriz rodoviária 
e energética, apanhas e quedas. Apesar de haver indícios de declínios populacionais, estes não afetam a po-
pulação a ponto desta ser categorizada em algum nível de ameaça. Existe conectividade com as populações 
dos países vizinhos. Assim, a categoria indicada na avaliação regional não foi alterada. Portanto, a espécie é 
categorizada como Menos Preocupante.
Português – preguiça-comum, preguiça-marmota e preguiça-de-bentinho (Superina & Aguiar 2006). É 
também é conhecida como preguiça-de-óculos (Superina et al. 2010), carneira (M.S. Fialho, comunicação 
pessoal) e preguiça-de-garganta-marrom.
Inglês – brown-throated three-toed sloth e brown-throated sloth (Superina & Aguiar 2006). 
Outros - perezoso tridáctylo, perezoso bayo (espanhol) e paresseux tridactyle, bradype (frânces) (Superina et 
al. 2010).
Não houve mudanças.
Não há problemas relevantes para a validade da espécie e não existem revisões taxonômicas em curso.
Menos Preocupante (LC)
Resumo
Nomes comuns por região/língua
Sinonímia/s 
Notas taxonômicas 
Categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil 
Ordem FamíliaPilosa Bradypodidae
Avaliação do Risco de Extinção de Bradypus variegatus Schinz, 1825 no Brasil
Gileno Antonio Araújo Xavier1, Guilherme de Miranda Mourão2, 
Jociel Ferreira Costa3, Nadia de Moraes-Barros4 
1. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Área de Anatomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. 
<gileno@dmfa.ufrpe.br>
2. Laboratório de Fauna Silvestre, Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal, Embrapa/Pantanal. <gui.mourao69@gmail.com>
3. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA. <jocielfcosta@yahoo.com.br>
4. Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo e Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos-Cibio/
Inbio, Universidade do Porto – UP, Portugal. <nadiabarros@cibio.up.pt>
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Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
A espécie Bradypus variegatus possui extensão de ocorrência ampla, sem grandes vetores de ameaças identi-
ficados com exceção da Mata Atlântica, sendo, portanto, categorizada como Menos Preocupante (LC).
Justificativa
Avaliação Global (IUCN): É uma espécie considerada Menos Preocupante (LC) de acordo com os critérios da 
União Internacional para a Conservação da Natureza IUCN e consta no Apêndice II da CITES (2011) (Chiarello 
et al. 2008, Superina et al. 2010). Avaliação Estadual: É considerado Regionalmente Extinta (REx) no estado do 
Paraná e Menos Preocupante (LC) no estado de São Paulo (Mikich & Bérnils 200 4, Vivo et al. 2009).
Avaliações em outras escalas
Bradypus variegatus não consta na última avaliação nacional. 
Avaliação nacional anterior
Descrição geral do táxon
 Os pelos são longos, grossos e ondulados, 
com coloração que varia do marrom-pálido ao mar-
rom-amarelado,com manchas esbranquiçadas con-
centradas na parte dorsal próxima aos membros pos-
teriores (Emmons 1990, Eisenberg & Redford 1999). 
Os pelos da face são mais curtos e a na faixa suborbi-
tal apresenta cor mais clara, ressaltando uma faixa de 
cor negra que contorna os olhos, como uma másca-
ra, e que se estende para baixo pelas laterais da face 
(Wetzel 1985, Miranda & Costa 2006, Silva 2012).
 Os pelos da garganta são castanhos em toda 
sua extensão. Em algumas localidade, principalmen-
te na área de simpátrica com B. tridactylus, os pelos 
da garganta podem ser dourados, mas sempre com a 
base castanha. B. variegatus não apresenta o forame 
nasofaríngeo rostrodorsal, observados somente em 
B. tridactylus (Wetzel & Kcok 1973). O ventre possui 
uma coloração uniforme castanho acinzentado simi-
lar a do dorso, mas sem as manchas brancas (Silva 
2012).
 Os machos adultos podem ser diferenciados 
das fêmeas por apresentarem, na região interescapu-
lar, uma área circunscrita com pelagem mais curta, 
formada por uma faixa mediana de cor preta e duas 
bandas laterais de pelos amarelados ou alaranjados, 
a mancha dorsal ou espéculo (Beebe 1926, Britton 
1941, Wetzel & Ávila-Pires 1980, Eisenberg & Redford 
1999, Anderson & Handley 2001, Xavier 2006). Entre 
machos jovens, a mancha dorsal, quando presente, 
apresentar-se com graus diferenciados de desenvol-
vimento, que vai desde uma pequena depressão, 
com pelos mais escuros e menores, até manchas de 
proporções reduzidas. Variações são observadas in-
dependentemente da idade e tamanho dos indivídu-
os jovens (Xavier 2006). Para a sexagem dos filhotes 
e jovens, as características externas são insuficientes 
para uma determinação conclusiva, sendo indicado o 
exame crítico da genitália externa (Pocock 1924, Brit-
ton 1941, Divers 1986, Xavier 2006). Dois casos de 
albinismo total nesta espécie foram reportados em 
Pernambuco por Xavier et al. (2010c).
 São reconhecidas nove subespécies (Wetzel 
1982). Estudos moleculares indicam que a diversi-
dade genética da subespécie B. v. variegatus é me-
nor nas florestas da Mata Atlântica do Sudeste. No 
Nordeste, a diversidade genética é maior, contudo, é 
ainda menor quando comparadas a populações sim-
pátricas de B. torquatus (Moraes-Barros et al. 2002, 
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
2006, 2007). Estudos filogeográficos recentes revela-
ram que B. variegatus da América Central, Amazônia 
ocidental e Mata Atlântica constituem únicas e dis-
tintas unidades evolutivas que são distinguíveis por 
traços moleculares e morfológicos (Moraes-Barros et 
al., dados não publicados).
 Bradypus variegatus é arborícola (Fonseca 
et al. 1996). A espécie tem atividade diurna ou no-
turna (Sunquist & Montgomery 1973, Queiroz 1995). 
Um único indivíduo pode estar no seu período ativo 
numa dada manhã e, em poucos dias, este período 
ativo pode ser realizado em plena madrugada (Quei-
roz 1995). Alimenta-se principalmente de folhas, ra-
mos e brotos de várias plantas, frequentemente da 
família Moraceae (Chiarello 2008), Cecropiaceae e 
Clethraceae (Urbani & Bosque 2007). A mitológica 
associação entre preguiças e embaúbas talvez só se 
explique pela facilidade em se localizar animais em 
árvores de copas tão escassas e desprotegidas quan-
to as de Cecropia (Queiroz 1995).
 Pelo seu hábito arborícola, B. variegatus é al-
tamente vulnerável no chão (Moreno & Plese 2006). 
Foi reportado predação de um indivíduo, ao descer 
até o chão para defecar, por uma coruja murucutu-
tu Pulsatrix perspicillata no Panamá (Voirim et al. 
2009).
História de vida
Bradypus variegatus (Gileno Xavier)
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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
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www.icmbio.gov.br
Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros
Informações gerais
Massa de adultos
Fêmea Média de 4,34 +/- 0,85kg (Wetzel 1985) e média de 4,67 +/- 0,92kg (DEPAVE/ SISFAUNA 2012)
Macho Média de 4,77 ± 0,84kg (DEPAVE/SISFAUNA 2012).
Comprimento total
Fêmea
Média de 58cm (Wetzel 1985).
Macho
Comprimento cauda (cm)
Fêmea
5,8cm em média (Wetzel 1985).
Macho
Altura da Orelha
Fêmea
1,3 ± 0,3cm (0,8 - 2,2) (Wetzel 1985).
Macho
Razão sexual 1: 1.0 - M:F (Queiroz 1995).
Sistema de acasalamento
Bezerra et al. (2008) observaram que o macho se posiciona sobre o dorso da fêmea durante a cópula e que 
a ela vocalizava continuamente. A dupla copulou por cerca de 7 minutos após terem sido avistados.
Intervalo entre nascimentos
O intervalo entre nascimentos em B. variegatus é de 10-12 meses (Herbig-Sandreuther 1964, 
Silveira 1968).
Tempo médio e intervalo de gestação
O período de gestação conhecido para indivíduos em cativeiro é de 120-180 dias (Taube et al. 
2001). Em vida livre o intervalo entre gestações é de aproximadamente 19 meses (Bezerra et 
al. 2008, T. Plese, comunicação pessoal 2010 citado em Superina et al. 2010, p.125).
Número de filhotes por gestação
A fêmea de B. variegatus reproduz um filhote por gestação, embora já tenham sido obser-
vados dois filhotes aos cuidados de uma única fêmea (Queiroz 1995, Bezerra et al. 2008). 
Herbig-Sandreuter (1964) observou que um filhote de Bradypus variegatus, nascido no co-
meço da estação seca no Brasil, começou a comer folhas no seu quarto dia de vida. O filhote 
para de mamar com três a quatro semanas e permanece no ventre da mãe por cerca de seis 
meses, e no final deste período a mãe deixa o filhote em sua área de vida e busca outra área 
para evitar a competição com a prole (Montgomery & Sunquist 1978).
Idade de maturação dos indivíduos.
B. variegatus machos e fêmeas atingem a maturidade sexual com seis anos, quando então alcançam peso e tamanho de um 
adulto (Miranda & Costa 2006). 
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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Série Estado de Conservação da Fauna Brasileira - Nº 2
Longevidade
Como a maioria das observações sobre a tempo de vida de Bradypus variegatus tem sido insatisfatória, por 
viveram apenas alguns meses em cativeiro (Crandal 1964), estudos de campo, sem dúvida, são necessários 
para estabelecer o período de vida (Wetzel 1982).
Tempo geracional
Anderson & Handley (2002) calcularam o tempo de geração para a espécie em 6 anos, logo 3 gerações 
correspondem a 18 anos.
Sazonalidade reprodutiva
Período de acasalamento varia de acordo com a região geográfica e ano, mas ocorre principalmente na 
primavera, de julho a novembro na América do Sul e de fevereiro a maio na América Central (Bezerra 
et al. 2008, Superina et al. 2010).
Enfermidades: doenças e parasitas encontradas para o táxon
Diversos parasitas foram encontrados em B. variegatus, dentre estes os ectoparasitas Edentalges bradypus (Fain 1965), Lobalges trouessarti 
e os ácaros da sarna Sarcoptes scabiei (Fonseca 1954, Oliveira et al. 2000); carrapatos: Amblyomma aureolatum = A. striatum (Aragão & 
Fonseca 1961), A. varium (Luederwaldt 1918, Marques et al. 2002), Boophilus microplus, em cativeiro (Aragão 1936), Microsporum canis e 
M. gypseum (Xavier et at. 2008). Os endoparasitas incluem Endotrypanum (Shaw 1985); Leishmania braziliensis (Zeledón et al. 1975); Trypa-
nosoma cruzi e Trypanosoma leuwenhoeki (Shaw 1985) e Leiuris leptocephalus (Werneck et al. 2008).
 Bradypus variegatus não é endêmica do Bra-
sil, ocorre de Honduras ao oeste da costa do Equador, 
através da Colômbia e Venezuela, continuando a leste 
dos Andes e através das florestas do Equador, Peru, 
Bolívia e Brasil. Não ocorre no Delta do Orinoco, Lla-
nos, terras altas da Guiana e nas florestas do Amapá e 
norte do Pará. (Wetzel & ÁvilaPires 1980, Wetzel 1985, 
Superina et al. 2010). No mapa de distribuição atuali-
zado, ao contrário do que mostram as descrições ante-
riores (Gardner 2007, Hayssen 2010), é encontrada ao 
norte do rio Amazonas e no noroeste do

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