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MICROBIOLOGIA - ESTUDO DIRIGIDOS

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MICROBIOLOGIA 
ESTUDO DIRIGIDO 
MORFOLOGIA E ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA 
CÉLULA – É a menor unidade funcional que vai dar a vida. 
BACTÉRIAS – São microrganismos unicelulares que apresentam morfologia de acordo com a 
composição da parede celular em forma de COCOS, BACILOS, ESPIRILADOS, ESTRELARES e 
QUADRADOS. As bactérias têm formas alongadas elas são chamadas de “Bacilos” ou “Bastonetes”. 
Forma e arranjos: 
As bactérias de interesse médico são de formas esféricas, chamadas de COCOS, CILÍNDRICA ou 
BACILOS e de ESPIRAL. 
Os COCOS são redondos, mais podem ser ovais, alongados ou achatados em uma das extremidades. As 
bactérias em forma de COCOS se dividem em: 
DIPLOCOCOS – Pares de cocos. 
ESTREPTOCOCOS – Cadeias de cocos. 
ESTAFILOCOCOS – Em forma de cacho de cocos. 
TÉTRADE – Formada por divisões em dois planos. 
SARCINA – Se dividem em dois ou três planos e permanecem unidos em grupo cúbicos de oito 
indivíduos. 
Os BACILOS só se dividem no plano sobre seu eixo menor de tal forma que são poucos os arranjos ou 
agrupamentos: os DIPLOBACILOS aparecem aos pares e ESTREPTOBACILOS ocorrem em cadeias. 
Exemplo: 
BACILOS – 
DIPLOBACILOS – Pares de bacilos. 
ESTREPTOBACILOS – Cadeias de bacilos. 
COCOBACILOS – São alguns bacilos que se assemelham tanto aos cocos. 
VIBRIÕES – São bactérias quando têm o corpo rígido e são com vírgulas. 
ESPIRILO – São bactérias que tem a forma de saca-rolhas. 
ESPIROQUETA – São bactérias formadas por um grupo de organismo espiralado, mas de corpo flexível. 
OBS: As bactérias é uma característica genética e geralmente as bactérias são monomórficas, ou seja, elas 
mantêm uma única forma. Alguns poucos microrganismo são pleomórfos. Muitas bactérias foram 
originalmente descritas através da forma típica. Uma vez que os microrganismos são transparentes, é 
freqüente o uso de corante para melhor visualização e do tipo de arranjos. Esses métodos de coloração 
mais empregados em bacteriologia médica são os de GRAM e de ZIEHL-NEELSEN. 
MÉTODO DE GRAM – O método ou técnica de GRAM consiste no tratamento sucessivo de um 
esfregaço bacteriano, fixado pelo calor com os seguintes reagentes: CRISTAL VIOLETA, LUGOL, 
ALCOOL, FUCSINA. 
Toda bactéria de GRAM POSITIVA ou de GRAM NEGATIVA, absorve de maneira idêntica o cristal 
violeta e o lugol, adquirindo a cor roxa devido ao complexo formado pelas duas substâncias no 
citoplasma da célula. Entretanto ao serem tratada pelo álcool, apresentam comportamentos diferentes 
como: As GRAM POSITIVAS não se deixam descorar pelo álcool, enquanto as GRAM NEGATIVAS 
fazem sem qualquer dificuldade. As bactérias Gram-positivas mantêm a cor roxa do complexo cristal 
violeta-lugol, e as Gram-negativas que o perderam, tornam-se descoradas. Ao a receber a FUCSINA, 
somente as última bactérias se deixam corar adquirindo a cor vermelha do corante, então através do 
microscópio podemos observar as bactérias GRAM-POSITIVAS apresentam de cor roxa e as GRAM-
NEGATIVAS apresentam de cor avermelhada. 
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA BACTERIANA – É uma membrana plasmática de estrutura de 
aproximadamente 8nm de espessura. Esta estrutura forma uma barreira responsável pela separação do 
meio interno (citoplasma) e externo sendo vital para vida. 
ESTRUTURA QUÍMICA – A membrana das bactérias é composta de proteínas (60%) imersas em uma 
bicamada de lipídeos (40%), sendo os fosfolipídeos os mais importantes. A membrana dos procariotos 
difere quimicamente da membrana das células eucarióticas, principalmente pela ausência de esteróis. 
FLAGELOS (bactérias não essenciais) – O flagelo confere movimento à célula e é formado de uma 
estrutura basal, um gancho e um longo filamento externo à membrana. O filamento é composto de um 
único tipo de proteína chamado flagelina. Abaixo localização e números de flagelos em diferentes 
bactérias são eles: 
FLAGELOS MONOTRÍQUIO – Possui um único flagelo. Ex: 
FLAGELOS LOFOTRÍQUIO – Possui vários flagelos. Ex: 
FLAGELOS PERITRÍQUIO – Possui muitos flagelos. Ex: 
FIMBRIAS, PÊLOS ou PILI – Muitas bactérias Gram-negativas são dotadas de apêndices filamentosos 
protéicos que não são flagelos. Tais apêndices, chamados de frimbrias (ou pêlos), são menores, mais 
curtos e mais numerosos que os flagelos e não formam ondas regulares. As fímbrias servem como 
condutor de material genético durante a conjugação bacteriana. Outros tipos funcionam como sítios 
receptores de bacteriófagos e como estruturas de aderência às células de mamíferos e a outras superfícies. 
RIBOSSOMOS – Partículas citoplasmáticas onde ocorre a síntese protéicas, são compostos de RNA 
(60%) e proteína (40%). 
PLASMÍDIOS (bactérias não essenciais) – No citoplasma das bactérias podem existir moléculas de 
DNA circulares, menores que o cromossomos, cujos genes não determinam características essenciais, 
porém, muitas vezes conferem vantagens seletivas às células que as possuem. Estes elementos, 
denominados plasmídios, são capazes de autoduplicação independente da replicação cromossômica e 
podem existir em número variável. Exemplo de plasmídios: fatores sexuais (fator –F), fatores de 
resistência a antibióticos (fator –R). 
ESPOROS BACTERIANOS – São estruturas formadas por algumas espécies de bactérias Gram-
positivas dos gêneros Clostidium e Bacillus, quando o meio se torna carente de água ou de nutrientes 
essenciais. A formação do esporo e procariotos é um tipo de diferenciação celular que ocorre como 
respostas a uma situação desfavorável ao meio ambiente. Bactérias capazes de esporular são mais comuns 
no solo. 
PAREDE CELULAR – É toda estrutura que estar externa a membrana 
ESTRUTURA CAPSULA (não essenciais) – Envoltório viscoso externo a PC. Função: resistência, 
patogenicidade. Composição: polissacarídeo 
MECANISMO DE RESISTÊNCIA DO ESPORO E SUA IMPORTÂNCIA 
A descoberta da existência dos endósporos associadas às suas características de resistência foram de 
grande importância para a microbiologia, sobretudo do ponto de vista clinico e da industria de alimentos, 
os processos capazes de matar células na forma vegetativas não são suficientes contra a célula na forma 
esporulada. Assim, enquanto a maioria das células na forma vegetativa é morta com temperaturas em 
torno de 70C, os endósporos podem sobreviver por horas em água fervente. Os endósporos de bactérias 
termofílicas podem sobreviver em água fervente por 19 horas. 
O esporo não ocorre em todas as espécies bacterianas. Algumas espécies bacterianas formadoras de 
endósporos são muitos importantes como patógenos. Exemplo: Bacillus anthracis – Doença fatal em 
gado. Clostridium tetani – Agente etiológico do tétano. Clostridium perfringens – Agentes da gangrena 
gasosa. Clostridium botulinum – Produz toxinas altamente letais causadoras do botulismo. 
ALGUMAS BACTÉRIAS: 
BACTÉRIA DA COQUELUXE – Bordetella pertussis. 
BACTÉRIA DA CÁRIE – Streptococus mutans. 
BACTÉRIA DA PNEUMONIA, MENINGITE, BACTEREMIA, OTITE MÉDIA E SINUSITE – 
Streptococcus pneumoniae. 
BACTÉRIA DO ORDEOLO ou TERÇOL, SINDROME DO CHOQUE TÓXICO, 
ENDOCARDITE, VÔMITO, DIARRÉIA, OSTEOMIELITE, ARTRITE, PNEUMONIA, 
IMPETIGO, SINDROME DA PELE ESCALDADA, FURÚNCULO – Staphylococcus aureus. 
BACTÉRIA DA MICROBIOTA NORMAL DA PELA E DA MUCOSA – Staphylococcus 
epidermidis. 
MÉTODOS DE CONTROLE DAS BACTÉRIAS – Esterilização, Desinfecção, Germicida, 
Bacteriostático, Assepsia, Degerminação, Sanitização. 
NUTRIÇÃO E METABOLISMO BACTERIANO 
Segue abaixo dois tipos nutritivos são eles: 
VEGETAIS – São fotossintéticos, isto é, obtêm energia da luz solar, e autotróficas, nutrindo-se 
exclusivamente de substância inorgânicas. 
ANIMAIS – São quimiotróficos, pois obtêm energia à custa de reações químicas, e heterotróficas, por 
exigiremfontes orgânicas de carbono. 
Tipos de nutrientes: simples, complexos, diferenças de necessidades entre os organismos, necessidade 
nutricionais em comuns (água, pressão osmóticas). PESQUISAR 
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO DOS MICROS ORGANISMOS – Cultivo: simular, melhorar. 
Caracterizar as propriedades morfológicas, fisiológicas e químicas. Exceções: Microrganismo não 
cultiváveis – Fastidiosas Ex: Cifilis Bacteriana. 
ELEMENTOS QUÍMICOS COMO NUTRIENTES – Para a renovação da matéria viva, os elementos 
quantitativamente mais importantes são: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e o fósforo. 
E são necessários para a síntese como para o desempenho das funções normais dos componentes 
celulares. 
 
ÁGUA – A água não constitui um nutriente, mas é indispensável para o crescimento, e é múltiplo seu 
papel. As bactérias se nutrem pela passagem de substância em solução através da membrana 
citoplasmática. A água é o solvente universal. Além disso ela exerce a função primordial na regulação 
da pressão osmótica e, pelo seu elevado Calor específico, na regulação térmica. A maior parte das 
bactérias, especialmente as que não esporulam, morre rapidamente pela dessecação. 
TIPOS DE MICRORGANISMOS – Aeróbios restritos ou obrigatórios, Anaeróbios obrigatórios, 
anaeróbios facultativos, microaerófilos, anaeróbios aerotolerantes. 
Como a água, o oxigênio atmosférico não é um nutriente e funciona apenas como receptor final de 
hidrogênio nos processos de respiração aeróbico. Aeróbias exigem a presença de oxigênio livre. 
Microaerófilas exigem pequena quantidade de oxigênio não tolerando as pressões normais de O2 
atmosférico. Anaeróbias estritas não toleram a presença de oxigênio livre, morrendo rapidamente nessas 
condições. Anaeróbias não-estritas não utilizam o oxigênio atmosférico, mais esse não é tóxico. 
Facultativa tanto podem crescer na presença como na ausência de oxigênio livre. 
BIOFILMES – São uma conglomeração de bactérias, fungos, algas, protozoários, resíduos ou produtos 
de corrosão aderidas em uma matriz auto-produzida e secretada de substância poliméricas extra celulares. 
MEIO DE CULTURA – Conjuntos de substâncias, formuladas de maneira adequada, capazes de 
promover o crescimento bacteriano em condições de laboratório, não há um meio de cultura universal. 
Muitas vezes o que é exigido por uma determina bactéria inibe totalmente o crescimento de outras. OBS: 
Para compor um meio adequado, é necessário conhecer a fisiologia das bactérias em estudo. 
COMPOSIÇÃO DOS MEIOS DE CULTURA – Basicamente existem dois grandes grupos de meios de 
cultura: os meios SINTÉTICOS e os meios COMPLEXOS. SINTÉTICOS - são aqueles cuja 
composição química é qualitativa e quantitativamente conhecida, isso acontece porque o meio foi 
planejado para a cultura de fotolitotróficas; só contém material inorgânico, a fonte de carbono é o CO2 
(proveniente do ar) e a fonte de energia é a luz solar. Para que as bactérias cresçam nesse meio, elas 
devem ser incubadas em presença de luz e em condições de aerobiose. COMPLEXOS – São substâncias 
capazes de fornecer uma grande variedade de aminoácidos e vitaminas como exemplo o extrato de carne. 
O meio passou a ser complexo, pois contém um produto cuja composição química não é perfeitamente 
definida o extrato de carne. Para que as características ou a sua atividade do estado físico do meio de 
cultura possam ser devidamente estudadas, a bactéria deve se encontrar em CULTURA PURA, isto é, 
não deve estar misturada a outra. 
MEIOS SELETIVOS E DIFERENCIAIS – Meios seletivos são aqueles cuja característica impede o 
crescimento de certos microrganismos, permitindo apenas o crescimento de outros. Meios diferenciais 
são aqueles que conferem características especiais às colônias que, em condições normais, seriam 
idênticas. Assim bactérias fermentadoras de lactose, semeadas em meio contendo lactose e um indicador, 
dão colônias de cor diferente das não-fermentadoras, pois, crescendo, fermentam a lactose; originando 
ácido lático que faz virar o indicador. 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Cada bactéria tem um ótimo de temperatura para absorção de 
nutrientes que está intimamente relacionado ao crescimento e ao desenvolvimento das culturas. Assim as 
bactérias psicrófilas crescem melhor entre as temperaturas de 0°C a 18°C; mesófilas entre 25°C e 40°C e 
as termófilas entre 50°C e 80°C. 
CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÔNICA (pH) – Os valores de pH em torno de 7,0 são os mais 
adequados para absorção dos nutrientes, embora existam algumas bactérias adaptadas a viver em 
ambientes ácidos e alcalinos. 
 
CONSERVAÇÃO DOS MICRORGANISMOS – A técnica mais comum consiste em semear em meio 
sólido distribuído em tubos e, periodicamente, transferi-la para novo meio. Uma das técnicas mais 
simples consiste em se conservar as culturas à temperatura de geladeira; há microrganismo que 
permanecem viáveis durante meses. Outra técnica consiste em se recobrir a cultura com uma camada de 
óleo mineral estéril, reduzindo dessa forma o suprimento de oxigênio e conseqüentemente, o metabolismo 
bacteriano. 
CRESCIMENTO BACTERIANO 
O crescimento em bactérias é freqüentemente considerado em dois níveis: individual e populacional. 
O crescimento bacteriano é um somatório dos processos metabólicos progressivos, que normalmente 
conduz à divisão (reprodução) com concomitante produção de duas células-filhas a partir de uma. A 
grande maioria, de fato, divide-se dando origem a duas células-filha iguais (divisão binária), embora 
algumas espécies formem brotos que crescem até atingir o tamanho da célula mãe. As bactérias, além de 
esféricas, apresentam-se também sob as formas cilíndricas e espiraladas. Há, portanto, que considerar o 
crescimento nas três dimensões: comprimento, largura e altura. O termo tamanho adulto é usado para 
significar o tamanho da bactéria na hora da sua divisão. O tamanho adulto é característico para cada 
espécie. A idade da bactéria é o espaço de tempo entre uma fissão que a originou e a divisão que a 
duplicará. O tamanho de uma bactéria é influenciado por fatores hereditários e ambientais. 
MÉTODOS E MEDIDAS – O desenvolvimento de uma cultura bacteriana pode ser medido tanto por 
um aumento de quantidade de protoplasma, quando pelo número de organismo. Os métodos para se 
estimar massa ou aumento da quantidade de protoplasma podem ser diretos e indiretos. 
Os métodos diretos são dois tipos: centrifugação e peso seco. 
Centrifugação – neste método, um volume de cultura é centrifugado em tubo capilar e a altura do 
sedimento é uma medida de massa protoplasmática. Se o tamanho do microrganismo for conhecido, o 
número deste pode ser calculado. 
Peso seco – neste método, determina-se o peso seco de organismo por unidade de volume de cultura. Esse 
método ignora o conteúdo aquoso e sua variação durante o crescimento dos microrganismo, porem é uma 
medida mais satisfatória que a massa úmida. 
Os métodos indiretos são: nitrogênio, estimativas colorimétricas ou espectrofotométricas, medida de 
consumo de um metabólito ou acúmulo de um produto do metabolismo, turbidimetria, consumo de 
um composto pela massa bacteriana. 
CURVA DE CRESCIMENTO – A curva de crescimento pode ser arbitrariamente dividida em quatro 
fases: 
1 – Fase de lag, durante a qual praticamente não ocorre divisão celular, porém há aumento de massa. 
2 – Fase de logarítmica, na qual ocorre divisão regular numa velocidade máxima e constante. 
3 – Fase estacionária, durante a qual a velocidade de multiplicação diminui gradualmente, até que se 
anule. O número de bactérias presentes, por unidade de volume, permanece constante por um tempo 
determinado. Durante essa fase, o número de bactérias novas que se formam contrabalança com o número 
daquelas que estãomorrendo. 
4 – Fase declínio, em que os microorganismos gradualmente diminuem em número até que a cultura se 
torne estéril, ou seja, todos os microorganismos morrem. 
 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A CURVA OU FASES DE CRESCIMENTO 
BACTERIANO. 
A fase de lag pode ou não existir, dependendo de certos fatores. Tende a ser longa quando o inoculo é 
pequeno ou provém de uma cultura velha ou quando o meio e a temperatura de incubação são menos 
favoráveis, a fase de log tende a ser menor. O fator determinante é o estágio do crescimento em que se 
encontra a cultura da qual provém o inoculo. A fase de lag é considerada um período de adaptação no 
qual a atividade enzimática múltipla da célula, com os seus produtos, está sendo coordenada para um 
estado chamado integração total. A fase de lag deve ser encarada como um período não de repouso, mas, 
ao contrário, de intensa atividade metabólica. 
A fase logarítmica ou exponencial é aquele período durante o qual a multiplicação é máxima e 
constante. Bactérias crescem e reproduzem assexuadamente por fissão binária. Cada duplicação do 
número de organismos numa cultura representa uma nova geração. TEMPERATURA DE 
INCUBAÇÂO os diferentes microorganismos apresentam, conforme seu habitat natural, diferentes 
ótimos de temperatura em suas enzimas estão na forma mais ativa. NATUREZA DO MEIO em geral o 
desenvolvimento bacteriano é mais eficiente em meio complexos do que em meios quimicamente 
definidos, assim as contribuições do meio de cultura para a velocidade de crescimento são sua 
concentração e presença de todos os nutrientes essenciais. AERAÇÂO DO MEIO a influência da 
presença ou não de O2 no meio depende diretamente das vias pelas quais os microorganismo obtêm 
energia. CONCENTRAÇÂO DE ÍONS HIDROGÊNIO o pH do meio de cultura é um fator muito 
importante para a atividade enzimática. De maneira geral, o pH neutro é requerido para o melhor 
desenvolvimento da cultura em temos de velocidade. NATUREZA DO ORGANISMO dependendo das 
características metabólicas do microorganismo, seu tempo de geração será maior ou menor, os seguintes 
fatores são apontados como responsáveis pelo final da fase logarítmica: limitação de nutrientes, acúmulo 
de metabólitos tóxicos e ausência de O2 para o caso particular em que microorganismos facultativos 
fermentativos estejam se desenvolvendo sem aeração. 
A fase estacionária a falta de nutriente e o acúmulo de materiais tóxicos no meio podem cessar o 
crescimento de uma cultura. Culturas bacterianas são difíceis de ser tamponadas e controladas no seu pH 
e potencial de oxirredução. Algumas observações sugerem que um determinado espaço físico, o qual tem 
sido denominado espaço biológico, é necessário para que ocorra o crescimento individual bacteriano. Para 
que o crescimento e a multiplicação possam ocorrer, deve existir pelo menos uma concentração mínima 
de nutrientes por unidades de superfície ou de volume de organismo. Dessa forma quando uma cultura 
aumenta há um decréscimo proporcional na quantidade de nutrientes, até o ponto em que a concentração 
mínima de nutriente por unidade de superfície ou de volume do organismo. Dessa forma, quando uma 
cultura aumenta há um decréscimo proporcional na quantidade de nutrientes, até o ponto em que a 
concentração de nutriente por organismo atinge um nível crítico e a multiplicação cessa. 
A fase de declínio a causa da morte das células depois de um período de crescimento de uma cultura 
pode estar relacionada com a natureza e a concentração do fator limitante do crescimento. Quando a falta 
de nutrientes é o fator responsável, os organismos que pararam de crescer não estão totalmente 
desprovidos de qualquer atividade metabólica. Quando o fator é limitante é o acúmulo de produtos 
metabólicos tóxicos, a causa de morte celular vai depender da natureza desse fator. 
 
 
 
 
 
CONTROLE DOS MICROORGANISMOS 
Terminologia Relacionada ao Controle do Crescimento Microbiano 
Esterilização – Processo de destruição, inativação definitiva ou remoção de todas as formas de vida de 
um objeto ou material. Inclui is endósporos que são as formas mais resistentes de vida. É um processo 
absoluto, não havendo graus de esterilização. 
Desinfecção – Destruição (morte) de microorganismo capazes de transmitir infecção, patógenos, 
portando. São usadas geralmente substância químicas que são aplicadas em objetos ou materiais. 
Reduzem ou inibem o crescimento, mas não esterilizam necessariamente. 
Anti-sepsia – Desinfecção química da pele, mucosas e tecidos vivos. Anti-sepsia é um caso particular da 
desinfecção. 
Germicida – Agente químico genérico que mata germes, micróbios: Bactericida – mata bactérias; 
virucida – mata vírus; fungicida – mata fungos; esporocida – mata esporos etc. 
Bacteriostase – A condição no qual o crescimento bacteriano está inibido, mas a bactéria não está morta. 
Substância química, quimioterápicos podem ser bacteriotáticos. Refrigeração pode funcionar como 
microbiostática para a maioria dos organismo. 
Assepsia – Ausência de microorganismo em uma área. Técnicas assépticas previnem a entrada (sem 
infecção) microorganismo. 
Degermação – Remoção de microorganismo da pele por meio da remoção mecânica ou pelo uso de anti-
sépticos. Antes das injeções, o algodão embebido de álcool é passado na pele; igualmente o álcool-
iodado, preparando o campo cirúrgico. 
MÉTODO FÍSICOS DE CONTROLE 
CALOR – O método mais empregado para matar microorganismo é o calor, por ser barato e eficaz. Os 
microorganismos são considerados mortos quando perdem, de forma irreversível, a capacidade de se 
multiplicar. Quando se pretende esterilizar um objeto, o método será aquele que, ao ser empregado, deve 
ser eficaz e matar as forma de vidas microbianas mais resistente. Os microorganismos morrem pela 
desnaturação de proteínas e fuidificação dos lípides na presença de Calor úmido e por oxidação, quando 
se trata de calor seco. 
CALOR ÚMIDO – Um método de redução do número de microorganismo é a fervura (100°C), que mata 
todas as forma vegetativas dos patógenos, vírus, fungos e seus esporos em 15 minutos. Um dos tipos de 
vírus hepatite sobrevive 30 minutos de fervura e alguns endósporos bacterianos em até 20 horas. A 
esterilização de calor úmido requer uma temperatura acima de fervura de água de 120°C estas 
conseguidas das autoclaves. A esterilização é mais facilmente alcançada quando os organismos estão em 
contato direto com o vapor ou contidos em pequenos volumes aquosos, com isso, o calor úmido 121°C, a 
pressão de 15 libras polegadas quadrada, matará todos os organismo, incluindo os endósporos em cera de 
15 minutos. 
CALOR SECO – A forma mais simples de esterilização, empregando o calor seco, é a flambagem. Os 
microbiologista empregam este procedimento ao esterilizarem as alças platina. A incineração também é 
uma forma de esterilizar, empregando o calor seco. 
RADIAÇÕES IONIZANTES – as radiações gama têm comprimento de onda mais curto que as não-
ionizantes e carregam mais energia. O principal efeito da radiação ionizante é a ionização da água 
formando radicais super-reativos. 
RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTE – têm comprimento de onda mais longo que as interiores e a mais 
empregada é a luz ultravioleta (UV). As desvantagens do uso de UV são: baixo poder de penetração, ou 
seja, esta radiação só é eficaz se os microorganismo estiverem nas superfícies dos materiais a serem 
esterilizados, e os efeitos deletérios sobre a pele e os olhos, causando queimaduras graves. 
INDICADORES BIOLÓGICOS – De grande aplicação prática são os indicadores biológicos, que são 
suspensões-padrão de esporos bacterianos submetidos à esterilização juntamente com os materiais a 
serem processados em autoclaves, estufas e câmarasde irradiação. Terminando o ciclo de esterilização, os 
indicadores são colocados em meios de cultura adequados para o desenvolvimento destes esporos e, se 
não houver crescimento, significa que o processo de esterilização está validado. Estes testes devem ser 
conduzidos periodicamente para controle dos equipamentos e do processo empregado. 
FILTRAÇÃO – A passagem de soluções ou gases através de filtros, de poros pequenos que retêm 
microorganismos, pode ser empregada na remoção de bactérias e fungos deixando passar a maioria dos 
vírus. A filtração tem como principais na esterilização de soluções termossensíveis e na entrada de salas 
ou ambientes onde qualquer microorganismo do ar é indesejável. 
PRESSÃO OSMÓTICA – A alta concentração de sais ou açúcares cria um ambiente hipertônico que 
provoca a saída de água do interior da célula microbiana. 
DESSECAÇÃO – Na falta de água, os microorganismo não são capazes de crescer, multiplicar. Quando 
a água é novamente reposta, os microorganismos readquirem a capacidade de crescimento. 
MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO 
A microbiota normal tem início no momento do nascimento, pois, ao passar pelo canal do parto, ele 
recebe os primeiros componentes de sua microbiota. A microbiota normal distribui pelas parte do corpo 
que estão em contato com o meio externo a pele e mucosa. 
PELE – A microbiota é mais concentrada nas áreas úmidas e quentes como axilas e períneo. 
Predominam na pele as bactérias dos gêneros Staphylococcus, Corynebacterium e Proponibacterium. O 
Staphylococcus Epidermidis é encontrado em 90% das pessoas e o Staphylococcus aureus em 10% a 
40%. A Staphylococcus aureus é encontrada com freqüência elevada na vulva (60% das mulheres), nas 
fossas nasais nas pessoas que trabalham em hospitais (50% a 70%), em pacientes portadores de dermatose 
(80%). Aproximadamente 20% das mulheres são portadoras vaginais de Staphylococcus Saprophyticus 
que são infecção das vias urinárias na mulher jovem entre 20 a 40 anos. A maioria das bactéria da pele 
reside na superfície do estrato córneo e na parte superior dos folículos pilosos. 
CAVIDADE ORAL E VIAS AÉREAS SUPERIORES 
A microbiota da cavidade oral é bastante grande e diversificada. Calcula-se que a saliva contém 10/8 
bactérias/ml e as placas dentais 10/11. Participam da microbiota da cavidade oral números e gêneros tais 
como Staphylococcus, Strptococcus, Neisseria, Bacteroides, Actinomyces, Treponema, Mycoplasma. A 
composição encontrada na faringe é semelhante à cavidade oral e nas fossas nasais Staphylococcus e 
Corynebacterium. A microbiota da cavidade oral tem grande importância em odontologia e em medicina. 
A cárie dentária, as doenças periodontais, actinomicoses e endocardites subagudas são todas doenças 
causadas por membros da microbiota da cavidade oral. 
VAGINA 
A microbiota vaginal varia com a idade, pH e secreção hormonal. No primeiro mês de vida, e no período 
compreendido entre a puberdade e a menopausa, há predomínio de Lactobacillus. A variação de pH, está 
relacionada com a quantidade de glicogênio na vagina. A fermentação deste polímero pelos lactobacilos 
abaixa o pH, criando um ambiente desfavorável ao crescimento das bactérias que proliferam em pH 
neutro. 
INTESTINOS 
O número de bactérias da microbiota intestinal é dez vezes maior que o número de células que formam os 
nossos órgãos e tecidos. Ela desempenha várias funções, e também é conhecida como a indígena dos 
intestinos, microbiota intestinal ou simplesmente a normal dos intestinos. A microbiota intestinal é 
dividida em AUTÓCTONE e ALÓCTONE, a autóctone corresponde a microbiota normal ou indígena e 
a alóctone microbiota transitória que passa pelos intestinos, mas não coloniza. As bactérias da microbiota 
intestinal são encontradas nos intestinos delgado e grosso. A concentração de bactérias no intestino 
delgado proximal é em torno de 10/3 unidades formadoras de colônias por mililitro (ufc/ml), as espécie 
mais representadas sendo as de estafilococos, estreptococos e lactobacilos, raramente são encontradas 
bactérias ANAERÓBIAS. No intestino grosso, as bactérias anaeróbias superam as demais (facultativas e 
aeróbias) predominam os bacteróides, bifidobactérias e fusobactérias. Calcula-se que a microbiota 
intestinal compreenda em torno de 500 espécie pertencentes a 200 gêneros, mais desses somente em torno 
de 20 são representados de maneira significativa. Várias bactérias são encontradas nesse órgão, 
principalmente cocos gram-positivos, mais tolerantes à acidez gástrica. A ACIDEZ GÁSTRICA – é 
responsável pelo pequeno número de bactérias no intestino delgado proximal. Somente sobrevive os 
cocos e bacilos Gram-positivos mais tolerantes à acidez. INFECCÕES URINÁRIAS – a espécie da 
microbiota intestinal mais frequentemnte associada com infecções urinárias é a Escherichia Coli ela 
atinge a uretra, passando em seguida para a bexiga e vias urinárias superiores. 
PROBIÓTICOS – Organismos ou substâncias que contribuem para o equilíbrio microbiano intestinal. 
Microorganismos vivos capazes de promover o equilíbrio da microbiota intestinal, exercendo efeitos 
benéficos para a saúde do homem. 
PREBIÓTICOS – Ingrediente alimentar não dirigível (pelas enzimas digestivas) que pode promover a 
seleção das espécies bacterianas benéficas para o homem. São derivados de carboidratos que ocorrem 
naturalmente no trigo, na chicória, na cebola, no alho, no aspargo e em outros vegetais. Essas substância 
não são hidrolisadas pelas enzimas digestivas, atingindo, intactas, o intestino grosso, onde são, digeridas 
pela microbiota intestinal. 
MICOLOGIA (CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS) 
Os fungos são ubíquos, encontrado em vegetais, na água, em animais, no homem, em detritos e em 
abundância no solo, participando ativamente do ciclo dos elementos na natureza. Os fungos são seres 
vivos eucarióticos, com um só núcleo, como leveduras, ou multinucleados, como os fungos filamentosos 
ou bolores e os cogumelos. Todas as células fúngicas são eucarióticas, isto é, possuem núcleo com 
membrana nuclear. 
MORFOLOGIA E REPRODUÇÃO – Os fungos se desenvolvem meios especiais de cultivo formando 
colônia de dois tipos: leveduriformes e filamentosas. LEVEDURIFORMES – são pastosas ou cremosas 
e caracterizam o grupo de levedura, são unicelulares em que a própria célula cumpre as funções 
vegetativas e reprodutivas, formam-se os brotos gêmulas ou bastoconídios possuem forma arredondas 
ou ovalada ligadas em cadeia formando estrutura pseudohifa de conjunto pseudomicélio. 
FILAMENTOSAS – característica de bolores, podem ser algodonosas, aveludadas, pulverulentas, com 
os variados tipos de pigmentação, são organismo multicelulares em forma de tubos as hifas que podem 
ser contínuas não-septadas ou (cenocíticas) ou septadas. OBS: O conjunto de hifas dá-se o nome de 
micélio. O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o micélio aéreo. Os 
micélios reprodutivos onde são formados os esporos são chamados de propágulos e que podem ter 
origem sexuada ou assexuada. Os conídios representam o modo mais comum de reprodução assexuada e 
cumprem importante papel na dispersão dos fungos na natureza. As células que dão origem aos conídios 
são chamados células conidiogênicas. Os conídios podem ser hialinos ou pigmentados e apresentam 
formas diferentes: esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes. Os artroconídios são formados por 
fragmentação de hifas em elementos retangulares. Os propágulos assexuados de fungos filamentosos que 
possuem hifas não-septadas originam-se em estruturas denominadas esporângio, por um processo interno 
de clivagem do citoplasma e são chamados esporangiosporo. Os propágulos sexuados originam-se da 
fusão de estruturas diferenciadas com caráterde sexualidade. Os propágulos sexuados internos são 
chamados ascósporos e formam-se no interior de estruturas denominadas ascos. Três tipos de ascocarpos 
são eles: Cleistotécio, peritécio e apotécio. O CLEISTOTÉCIO é uma estrutura globosa, fechada, de 
parede formada pela união de hifas geralmente com oito ascósporos. O PERITÉCIO é uma estrutura 
piriforme com um poro por onde são eliminados os ascos. O APOTÉCIO é um ascocarpo aberto em 
forma de cálice. OBS: Os propágulos sexuados externos são chamados basidiósporo e originam-se no 
ápice de uma célula fértil chamado de basídio. 
NUTRIÇÃO, CRESCIMENTO E METABOLISMO – Os fungos são microorganismo eucarióticos 
que se encontram amplamente distribuídos no solo, na água, em alimentos, nos vegetais, em detritos em 
geral, em animais e no homem, e em sua maioria são aeróbios obrigatórios, com exceção de certas 
leveduras fermentadoras anaeróbias facultativas que podem desenvolver-se em ambiente com oxigênio 
reduzido ou mesmo na ausência de elementos. 
Os saprófitas utilizam substância orgânicas inertes, muitas delas em decomposição. Os parasitas 
desenvolvem-se em outros organismo vivos, os hospedeiros, e nutrem-se de substância existentes em suas 
células vivas. 
O crescimento dos fungos é mais lento que o das bactérias, e suas culturas precisam, em média de 7 
a 15 dias ou mais de incubação. Os fungos patogênicos e oportunistas mais importantes estão 
distribuídos em três filos do reino fungi: Zygomycota, Basidiomycota, Ascomycota e no grupo dos 
Deuteromycetes. 
Os fungos são enquadrados em três reinos distintos: Chromista, Fungi e Protozoa. O reino Chromista 
abrange microorganismo unicelulares com parede celular se quitina e Beta-glucana, mas contendo 
celulose. O reino Fungi, são classificados respectivamente no filo Oomycota e Hyphochytriomycota. O 
reino Protozoa são predominantemente unicelulares sem verdadeira parede celular contendo 
cloroplastos. 
FILO ASCOMYCOTA – Agrupa fungos de hifas septadas, a sua característica o Asco, estrutura em 
forma de bolsa ou saco no interior são produzidos os ascósporos, esporos sexuados. 
FILO BASIDIOMYCOTA – Fungos superiores ou cogumelos comestíveis. Apresentam hifas septadas e 
são caracterizadas pela produção de esporos sexuados externos. 
FILO ZYGOMYCOTA – Fungos micélio cenocítico, ainda que septos possam separar estruturas como 
esporângios. 
DEUTEROMYCETES (FUNGOS MITOSPÓRICOS) – São todos os fungos que não tem conexão 
com ASCOMYCETES e BASIDIOMYCETES são incluídos no grupo artificial dos 
DEUTEROMYCETES. 
FILO OOMYCOTA – São 700 espécie de característica de parede celular com celulose e hábitat 
próprio, geralmente em água. 
VIAS DE DISPERSÃO – No seu habitat natural os microorganismo com condições adequadas de 
nutrientes e ambientais, multiplicam-se assexuada ou sexuadamente, de acordo com a espécie e suas 
necessidades e se dispersam na natureza. No caso dos fungos a eficiência da dispersão está relacionada à 
alta produção de propágulos de disseminação, sendo os mais importantes os esporos. Essa dispersão é 
feita através de várias vias como ar atmosférico, água, insetos, homem e animais. A principal via de 
dispersão utilizada pelos fungos em sua disseminação é o ar atmosférico, onde os propágulos podem ser 
levados as grandes distâncias pelos ventos.

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