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LICENCIAMENTO AMBIENTAL Ecologia e Gestão Ambiental Profa. Dra. Verônica Oliveira Vianna Curso de Zootecnia - UEPG LICENCIAMENTO AMBIENTAL É o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas que possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis (CONAMA, 1997). Competência: Órgão estadual, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Se a atividade ou obra proporcionar impacto ambiental de âmbito regional e nacional a competência é do IBAMA. IMPACTO REGIONAL = “... todo e qualquer atividade que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais estados “(CONAMA, 1997). Localizadas e desenvolvidas conjuntamente no Br e em país limítrofe; na plataforma continental; em terras indígenas; ou em UC do domínio da União. Base ou empreendimento militar, quando couber. Localizadas e desenvolvidas entre dois estados; Destinados a pesquisar, produzir, lavrar, beneficiar, transportar, armazenar e dispor de material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Licenciamento ambiental de atividades ou obras obtidas através do IBAMA: Itaipu Binacional Refinaria de Petróleo de Duque de Caxias Obras de Transposição do Rio São Francisco. Com relação as atividades agrícolas, existe a necessidade de se pedir o licenciamento ambiental? Resolução do CONAMA nº 237/97, atividades como: projetos agrícolas, criação de animais e projetos de assentamento e de colonização. A atividades como aqüicultura, criadouros da fauna silvestre, silvicultura, introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas também estão incluídas nesta resolução, porém no grupo “USO DE RECURSOS NATURAIS Processo de licenciamento ambiental está caracterizado em três fases: LICENÇA PRÉVIA (LP) = Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, a qual atesta a viabilidade ambiental e estabelece os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) = Autoriza A instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambientais e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) = Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Jornal de Beltrão Francisco Beltrão - Sudoeste do Paraná Quinta-feira, 05 de maio de 2011 CLASSIFICADOS Súmula RECEBIMENTO DE LICENÇA DE INSTALAÇÃO NEURI JOÃO MERLIN BAU, torna público que recebeu do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Licença de Instalação para atividade de Serraria), situada na Rod. PR 281, KM 01, S/N, Lote 01 da Gl 01, Município de Salto do Lontra, Paraná, válida até 22/03/2013. PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO OSVALDO BELLÉ, torna público que requereu ao IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Licença de Operação, para atividade de Loteamento (Marina Portal do Sol), situada na Linha Grápia, S/N, Lote 179 da Gl 114-FB, Município de Nova Prata do Iguaçu, Paraná O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: 1. Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerer; 2. Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; 3. Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do Sisnama, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; 4. Solicitação de esclarecimento e complementação pelo órgão ambiental competente, integrante do Sisnama, uma única vez , em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; 5. Audiência pública quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente; 6. Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico; 7. Deferimento ou indeferimento do pedido de licença técnica, dando-se a devida publicidade. Licenciamento Ambiental Atividades Pecuárias Juliana Cristina Rebonato Mendes Licenciamento Ambiental Finalidade Atestar a viabilidade de localização, instalação e operação de empreendimentos industriais e de prestação de serviços. Licenciamento Ambiental Empreendimento industrial ou de prestação de serviços que lançam efluentes e/ou resíduos sólidos contaminantes sobre o solo, corpos hídricos ou atmosfera Indústrias, Postos de combustíveis, Hotéis Hospitais, Laboratórios, Aterros sanitários Suinocultura Avicultura Pesque-pagues Objetivo Atestar a viabilidade de localização do empreendimento, também estabelece as condicionantes para a elaboração dos projetos e planos de controle ambiental e para sua operação, não dando direito em nenhum momento de começar as obras para instalação da infraestrutura do empreendimento. Licença Prévia Licença de Instalação ■Somente é concedida se o IAP aprovar os planos e projetos de controle ambiental. A licença de instalação dá direito à implantação do empreendimento na área aprovada. Assim, pode-se realizar a terraplenagem, colocação de cercas, construção das instalações e implantação dos sistemas de controle dos impactos ambientais. Licença de Operação ■Fase final do licenciamento ambiental. Aprovada a LI, a próxima licença a ser obtida é a LO, a qual autoriza o empreendimento a iniciar sua operação. ■Renovação de Licença de Operação Cálculo de Taxa Ambiental Valor da UPF/PR (início 2006) – R$ 50,97 Porte do Empreendimento Tipo de Licença LP R$ LI R$ LO R$ Até 2000 m2 2,5 2,5 2,5 De 2001 a 10000 m2 3,5 3,5 3,5 De 10001 a 40000 m2 10 10 10 Acima de 40001 m2 18 18 18 Valor da UPF/PR ( 2011) – R$ 64,06 Tramitação de Processos Protocolo Sistema Análise do técnico Emissão da licença – vistoria Chefia – análise final Processo arquivado Liberação ou não da licença Aqüicultura Aqüicultura Deodápolis – MS - Projeto de piscicultura de engorda com 71,8 ha – viveiros escavado e represas. . Suinocultura Suinocultura Suinocultura Dicas de Boas Práticas Ambientais 1. As instalações da criação deverão estar localizadas em zona rural. 2. Deverá existir licenciamento ambiental para a atividade, e a licença precisa estarjunto à criação. 3. Será necessário manter condições de higiene das instalações para a criação, evitando a proliferação de vetores, através de medidas como: limpeza periódica dos pisos, das baias e das divisórias; canaletas internas e externas; canaletas coletoras de dejetos e impermeabilização destas. 4. As instalações da criação e o sistema de tratamento de dejetos não poderão estar em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como margens de rios, arroios, lagos, lagoas e açudes, banhados e nascentes. 5. As instalações internas das pocilgas (piso, paredes laterais e canaletas) precisarão estar impermeabilizadas e sem vazamentos. 6. A água deverá ser disponibilizada aos animais de maneira adequada,utilizando-se bebedouros com regulagem de vazão e de altura,recomendados para cada ciclo da fase produtiva e reprodutiva. 7. Será necessário limpar as baias com raspagem prévia e uso de rodo, seguidos pela lavagem com jato de pressão somente nas saídas dos lotes. 8. Os resíduos sólidos gerados devem ser retirados diariamente e encaminhados para a área da compostagem. 9.Todos os empreendimentos que utilizam manejo de dejetos líquidos precisam ter estruturas de armazenagem (esterqueiras) impermeabilizadas e com capacidade compatível com o volume de excrementos gerado, de acordo com o número de animais e o tipo de sistema de produção utilizado. 10. Todos os dejetos líquidos deverão ser destinados à ETE (Estação de Tratamento de Efluentes), devidamente impermeabilizada e aprovada pelo órgão ambiental. 11. As canaletas ou canos condutores de efluentes, as esterqueiras e a ETE implantada precisarão estar impermeabilizadas, para evitar a contaminação das águas subterrâneas e superficiais e do solo. 12. Não deverão existir vazamentos, afloramentos ou transbordamentos de efluentes das pocilgas ou dos sistemas de tratamento/contenção para o solo ou recursos hídricos. 13. Os dejetos sólidos (esterco, lodo, borra e outros resíduos sólidos orgânicos), após estabilizados, precisarão ser recolhidos e aplicados em solo agrícola, conforme projeto aprovado pelo órgão ambiental. 14. Deverá existir um Projeto de Destinação e Aplicação de Resíduos Sólidos (esterco) em solo agrícola, contendo: a descrição da metodologia adotada; a quantidade gerada de esterco; o local de aplicação; o tipo de solo e cultura utilizada; recomendações de adubação; e a dosagem usada. Este projeto precisa ter ART (Anotação de ResponsabilidadeTécnica) de profissional habilitado, e estar devidamente aprovado pelo órgão ambiental competente. 15. Não poderá ocorrer a presença de resíduos sólidos inorgânicos próximos à criação, como, por exemplo, plásticos junto à alimentação dos suínos, embalagens de agrotóxicos, sacos de adubos, latas, vidros e outros dejetos sólidos inorgânicos de origem agropecuária. 16. Não deverá existir odor perceptível fora da propriedade ou quantidade excessiva de microvetores (moscas, mosquitos, fungos etc.) e macrovetores (ratos, cães, gatos, bovinos etc.) junto à atividade, aos dejetos e ao sistema de tratamento de efluentes. 17. A utilização de resíduos oriundos da suinocultura para alimentação de peixes (piscicultura) somente poderá ser realizada mediante licenciamento ambiental do órgão competente. 18. É proibido o lançamento dos resíduos não tratados em corpos hídricos. O efluente final gerado, no caso de tratamento dos dejetos,poderá ser lançado em cursos d’água, desde que sejam atendidos os padrões de emissão fixados pelo órgão ambiental competente. 19. Se os dejetos, após tratamento, forem lançados em algum corpo receptor (arroio, rio, solo, banhado), deverão ser observadas as seguintes condicionantes: o efluente final precisará cumprir os padrões de emissão estabelecidos pelo órgão ambiental; não poderá ocorrer alteração na vegetação, na coloração e no odor no corpo receptor, bem como assoreamento e indícios de poluição decorrente da suinocultura. 20. Será necessário manter procedimentos de inspeção e manutenção periódicos das instalações implantadas nos sistemas de tratamento de dejetos (efluentes e resíduos sólidos), bem como ações de prevenção e correção, para garantir condições operacionais adequadas, objetivando o bom funcionamento do sistema. 21. Deverão existir dispositivos de segurança (válvulas, encanamentos e bomba reserva para troca na ETE, quando necessário) e procedimentos descritos a serem adotados pelos responsáveis pela atividade, caso haja contaminação das águas e do solo da região. 22. Caso existam recursos hídricos na propriedade com a Mata Ciliar degradada, é de fundamental importância a proteção e recuperação desta vegetação até uma distância de, no mínimo, 30 metros. 23. Não deverão existir atividades de matadouro de suínos no local (para venda ou uso próprio) sem licenciamento ambiental e inspeção oficial. Comparativo Bov. Leite e Suinocultura 4.684 cabeças de suínos em 9 propriedades 5.728 cabeças de gado em 57 propriedades 55,01% 44,99% Gado leiteiro Suínos Fonte: Rebonato & Vianna (2007) Suinocultura -Áreas de Aplicação dos Dejetos Indicações Importantes: - Utilizar solos com boa drenagem interna, não sujeitos às inundações periódicas; - Os solos devem ter profundidade igual ou superior a 50 centímetros; - Usar patamares, terraceamento, plantio direto, plantio em curvas de nível, cordões de vegetação permanente, cobertura morta e demais práticas de conservação do solo, impedindo o escorrimento superficial, conforme recomendações técnicas; - Aplicar resíduos líquidos somente em áreas com declividade menor ou igual a 30º, respeitando as práticas conservacionistas; - Aplicar resíduos sólidos somente em áreas com declividade menor ou igual a 45º, respeitada a aptidão de uso do solo (fruticultura e silvicultura) e as práticas conservacionistas; - No caso de plantio direto, quando forem utilizados resíduos líquidos estabilizados e resíduos sólidos compostados, aplicar antes do tombamento da adubação verde; - Quando forem utilizadas outras formas de plantio ou cultivo mínimo, deverá ser feita a incorporação imediata dos resíduos no solo nas faixas adubadas; - Não aplicar os resíduos em forma de leque, para o alto, no momento de descarga, modificando para distribuidores de barra, semelhantes aos pulverizadores, para que os dejetos sejam liberados o mais próximo possível do solo; - O lençol freático deve estar a pelo menos 1,5 m da superfície do solo, na situação crítica de maior precipitação pluviométrica. Avicultura Avicultura Resíduos de incubatório Resíduos Resíduos BOA SEMANA!!!!!!!!!!! ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!!!!!!!!!
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