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1 Controle da Controle da Expressão GênicaExpressão Gênica ‐‐ Procariotos Procariotos ‐‐ Capítulo 10 ‐ Griffiths, 8ª edição Capítulo 28 – Lehninger, 4ª edição • Porquê é necessário? – O ambiente bacteriano muda rapidamente – A sobrevivência depende da sua abilidade de se adaptar a estas mudanças bruscas – A expressão de determinadas enzimas é necessária a sobrevivência nas novas condições – Só que a síntese das enzimas é energeticamente cara – Portanto, a síntese de enzimas só ocorre quando necessário Controle da Expressão em Procatiotos Proteínas Constitutiva •Sempre expressas •“housekeeping” ou manutenção •ex. Enzimas da via glicolítica •Glicose é a a fonte de carbono preferida Induzível •São induzidas •Sintetizadas somente quando necessárias •Ex. Enzimas para metabolizar a lactose •Estas enzimas são sintetizadas somente quando a lactose é a ÚNICA fonte de carbono Controle da Expressão Gênica % in du çã o en zi m át ic a β‐galactosidase (via catabólica) Trptofano sintetase (via biossintética [Substrato] Indução ‐ a a produção de uma enzima específica (ou um grupo de enzimas) em resposta a presença de um substrato Repressão – a interrupção da produção de uma enzima específica (ou um grupo de enzimas) em resposta ao aumento dos níveis de um substrato • François Jacob and Jacques Monod desenvolveram um teoria dos mecanismos de regulação gênica, mostrando ao nível molecular como alguns genes são ativados ou reprimidos • A teoria sustentava que a síntese de proteína não é regulada pelo gene que o codifica mas sim por dois outros genes: um gene operador e um gene regulador • Jacob e Monod chamaram a unidade do gene estrutural, operador e regulador de operon Os maiores eventos da Genética 1961 Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1965 Jacob Monod Síntese de proteínas é regulada transcricionalmente •A RNA polimerase para iniciar a transcrição se liga a sequênicas de DNA próximas ao início do gene, chamada de promotores •A sequência de nucleotídeos nos promotores apresentam uma certa variação que afeta a afinidade de ligação da RNA polimerase e consequentemente afeta o inínico da transcrição. •Assim, para os genes expressos constitutivamente, a concentração celular das proteínas que eles codificam variam de acordo com a interação da RNA pol com seu promotor (transcrição basal) 2 5’ TGTATTGACATGATAGAAGCACTCTACTATAATCTCAACGG 3’ Sequência promotora Início ‐35 ‐10 +1 Sequência Promotora em Procariotos A afinidade da RNA polimerase é um dos principais mecanismos de controle da expressão gênica Interação da RNA polimerase com promotor Fatores Específicos • Na E. coli, o cerne da enzima RNA polimerase é formado por 4 subunidades (2 α, 1 β e 1 β’) • O cerne da enzima 2 α, 1 β, 1 β’ é capaz de transcrever o DNA mas não é capaz de encontrar a região promotora • Uma quinta subunidade σ é que reconhece a sequência promotora no DNA Controla a transcrição seletiva de grupos de genes s32 s60 Vegetativo (principal) heat shock Falta de nitrogênio s70 TTGACA TATAAT(16‐19 bp) (5‐9 bp) A +1 CNCTTGA CCCATNT (13‐15 bp) (5‐9 bp) A +1 CTGGNA TTGCA (6 bp) (5‐9 bp) A +1 Existe mais de um fator sigma Controle transcricional de gene induzíveis • A transcrição basal de genes que não são constitutivos também é determinada pela sequência do promotor • Entretanto, a expressão destes genes são também moduladas por proteínas regulatórias • Muitas destas proteínas funcionam ativando (proteínas ativadoras) ou repremindo (proteínas repressoras) a interação da RNA polimerase com o promotor. Um fator regulatório negativo (repressor) bloqueia a habilidade da RNA polimerase se ligar e iniciar a transcrição no promotor Repressores RNA pol. ‐35 ‐10 Repressor 3 Ativadores RNA pol. ‐35 ‐10 +1 Activador Sitio de ligação do ativador Um fator regulatório positivo (ativador) aumenta a habilidade da RNA polimerase se ligar e iniciar a transcrição no promotor Características das Proteínas Regulatórias Por isso, estas proteínas possuem pelo menos dois domínios de ligação • As proteínas regulatórias que se ligam aos promotores proximais ou distantes precisam desempenha pelo menos duas funções: – Ligar ao DNA – Ativar ou Reprimir a Transcrição Interação das Proteínas Regulatórias com DNA • Para se ligar com especificidade as sequências de DNA, as proteínas regulatórias devem reconhecer grupos químicos específicos doadores ou aceptores de elétrons expostos no sulco maior do DNA Exemplos de interações de aminoácidos com bases do DNA Proteínas Regulatórias Domínio de ligação ao DNASulco Maior Domínios de ligação ao DNA • Os domínios de ligação se ajustam ao sulco maior do DNA • Os domínios de ligação ao DNA das proteínas regulatórias possuem estruturas conservadas de leveduras aos humanos que são classificadas como: • Hélice‐giro‐hélice • Dedo de zinco (zinc finger) • Homeodomínio 4 Domínios de ativação • Além de interagir com o DNA, as proteínas regulatórias também interagem com a RNA polimerase ou com outras proteínas regulatórias • Os domínios de interação proteína‐proteína mais comuns são: • Hélice‐alça‐hélice • Ziper de leucina Hélice-giro-hélice Dímero Hélice-alça-hélice Dímero Ziper de leucina Transcritos procarióticos são policistrônicos ‐Muitos dos mRNAs procarióticos são policistrônicos – múltiplos genes expressos em um único transcrito e sob o controle de um único promotor ‐O grupo de genes regulado pelo mesmo o promotor e outras sequências adicionais são denominados OPERON ‐ Alguns operons possuem apenas 2 genes, outros possuem 20 ou mais genes. Estrutura do Operon ‐ Promotor é uma pequena sequência de DNA onde a RNA polimerase primeiro se liga para transcrever um gene ‐Operador é uma pequena sequência de DNA que determina onde a RNA polimerase pode ser ligar e iniciar a transcrição ‐ Regulador é uma proteína repressora que se liga ao operador, obstruindo o promotor e assim a transcrição dos genes estruturais ‐Genes Estruturais codifica para proteínas necessárias para o funcionamento da célula. No operon, os genes estruturais são transcritos policistronicamente Genes Estruturaispromotor Operador Estrutura típica de um operon Um único promotor pode coordenar a expressão de um grupo de genes mRNA policistrônico 5 Metabolismo da Lactose Operon Lac Regulação Negativa do Operon Lac • O operon lac é regulado negativamente pela proteína repressora que se liga no operador impedindo a transcrição Hélice-giro-hélice Regulação Negativa do Operon Lac • Na presença da lactose, o indutor do operon lac, se liga a proteína repressora • O repressor não é mais capaz de se ligar ao operador • A transcrição ocorre normalmente O que acontece quando existe glicose e lactose? • Quando tanto a glicose e a lactose estão presentes ocorre um mecanismo chamado repressão do catabólito que restringe a expressão dos genes necessários para o catabolismo da lactose, arabinose e outros açúcares • O efeito da glicose é mediado pelo cAMP,um co‐ ativador e o CAP ou CRP (proteína receptora de cAMP), um ativador 6 Repressão do Catabólito do Operon Lac [ Glicose ] cAMP ‐ cAMP se liga ao CRP ‐O complexo cAMP‐CAP se liga ao promotor do operon ‐ Esta ligação resulta em uma maior eficiência de transcrição (CONTROLE POSITIVE) Na presença da Lactose Evidências Genéticas do Controle da Expressão Gência do Operon lac • Jacob e Monod deduziram os mecanismos da regulação gênica através das análises de várias classes diferentes de mutações que alteravam a expressão dos genesestruturais do operon lac • Mutação no Operador (Oc) • Mutação na Proteína Repressora (I‐) • Mutação na Proteína Repressora (Is) • O repressor se liga ao operador do operon e impede a RNA polimerase de transcrever os genes estruturais do operon • Na presença do indutor, o repressor é inativado através da sua interação com o indutor. Isto permite a RNA polimerase acessar o operon e transcreve‐lo • O operon lac operon é positivamente adicionalmente regulado através da ligação do complexo cAMP‐CRP ao promotor do operon Resumindo o Operon Lac Operon Trp L trpAP T mRNA Polycistronic(encodes 5 proteins) mRNA TrpR (repressor) 5 proteínas diferentes para a síntese do aminoácido triptofano trpBtrpCtrpDtrpE Atenuador TrpR P = promoter T = terminator O = operator OtrpRP 7 Atenuação do Operon Trp • A nessidade de triptofano pode diferir sob diferentes condições de crescimento • Assim, a expressão dos genes do operon Trp está associada com a concentração do aminoácido através de uma mecanismo chamado Atenuação • A transcrição é terminada prematuramente se a concentração do triptofano for limitante P O 1 2 3 4 trpE Região Lider DNA Sequência do Atenuador 1 2 3 4 RNA 2 codons Trp codons O domínio 3 pode se parear tanto com o domíno 2 ou o domínio 4 formando alças Altas concentração de Trp Ribosomes se movem rapidamente sob o mRNA Região lider é completamente traduzida Formação de um grampo entre os domínios 3 e 4 resulta na terminação da transcrição Baixas concentração de Trp Ribosomes “empacam” sob o domínio 1 que contem os 2 códons de Trp Formação de um grampo entre os domínios 2 e 3 permite que a transcrição continue A tradução influenciado a transcrição!!! •A presença ou ausência do repressor do Trp determina se o operon Trp será transcrito •Triptofano é um co‐repressor para seu próprio operon •Entretanto, quando o operon trp está sendo transcrito a concentração de triptofano determina a velocidade de movimentação do ribossomo sob o mRNA. Isto influencia a formação de um sinal de terminação entre os domínios 3 e 4 Resumindo o operon Trp 8 Comparação entre os operons operon Lac •Codifica enzimas de degradação •Lactose é o indutor •Existe regulação por CRP •Gene repressor (lacI) se situa logo acima dos genes estruturais •Não existe terminação trancricional operon Trp •Codifica enzimas de biossíntese •Triptofano é um co‐repressor •Não existe regulação por CRP •Gene repressor (trpR) se situa distante dos genes estruturais •Existe terminação transcricitonal
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